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20/12/2017 Universidades.

Ministro do Ensino Superior surpreendido com recusa das Finanças em reforçar orçamento

UNIVERSIDADES

Ministro do Ensino Superior


surpreendido com recusa das Finanças
em reforçar orçamento
Manuel Heitor diz que se trata de um "erro" e garante que acordo de
legislatura é para cumprir apesar de despacho do secretário de Estado do
Orçamento ter recusado verba a várias instituições.

SAMUEL SILVA • 6 de Dezembro de 2017, 17:42

LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

O Ministério das Finanças recusou o pedido de


reforço orçamental feito por parte das instituições de
ensino superior para fazer face aos custos
acrescidos, ao longo deste ano, com o aumento do
salário mínimo e a progressão dos professores que
obtiveram o título de agregado. A verba reclamada
ascende a 7,4 milhões de euros e a sua transferência
estava prevista no âmbito do acordo para a
legislatura assinado com o Governo. A decisão
apanhou de surpresa o ministro da Ciência e Ensino
Superior, que se colocou do lado das instituições.

O despacho em que são recusados vários pedidos de


reforço orçamental foi enviado na terça-feira às
instituições e é assinado pelo secretário de Estado do
Orçamento, João Leão. O documento foi enviado
“sem o conhecimento” do Ministério da Ciência e
Ensino Superior, revela Manuel Heitor, que
classifica a situação de “pouco razoável”.
https://www.publico.pt/2017/12/06/sociedade/noticia/ministro-do-superior-surpreendido-com-recusa-das-financas-em-reforcar-orcamento-1795139 1/3
20/12/2017 Universidades. Ministro do Ensino Superior surpreendido com recusa das Finanças em reforçar orçamento

Depois de ter sido confrontado com o teor do


documento, o ministro contactou o primeiro-
ministro, António Costa, de quem diz ter a garantia
que “o acordo para a legislatura vai ser cumprido” e
a totalidade da verba transferida para as instituições
de ensino superior. Esta quinta-feira, Heitor vai
reunir com o seu homólogo das Finanças para
discutir o assunto e tentar ultrapassar a situação.

À agência Lusa, Manuel Heitor disse mesmo que a


situação se trata de “um erro”.

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A decisão do secretário de Estado do Orçamento


veio a público na tarde desta quarta-feira, depois de
dois comunicados emitidos pelo Conselho de
Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e
pelo Conselho Coordenador dos Institutos
Superiores Politécnicos (CCSIP) em que era
criticada a posição do Ministério das Finanças.
“CRUP e CCISP têm razão”, afirma o ministro
Manuel Heitor.

Em causa estão 7,4 milhões de euros – 5,9 milhões


de euros para as universidades e os restantes para os
institutos politécnicos – uma verba que diz respeito
aos aumentos salariais dos professores com
agregação e à actualização do salário mínimo, que
não estavam previstos na versão original do
Orçamento do Estado de 2017. O acordo para a
legislatura prevê um reforço do orçamento original
sempre que haja alterações legais aprovadas pelo
Governo ou Assembleia da República, que tenham
um impacto financeiro nas instituições.

https://www.publico.pt/2017/12/06/sociedade/noticia/ministro-do-superior-surpreendido-com-recusa-das-financas-em-reforcar-orcamento-1795139 2/3
20/12/2017 Universidades. Ministro do Ensino Superior surpreendido com recusa das Finanças em reforçar orçamento

As universidades e politécnicos receberam, ao final


da tarde de terça-feira, o despacho do secretário de
Estado do Orçamento em que é dada resposta
relativamente às verbas reclamadas pelas
instituições. Uma parte destas viu a sua intenção
reconhecida pelo Ministério das Finanças, que
assegurou a transferência de verbas nos próximos
dias. No entanto, um grupo de instituições viu o
pedido recusado.

Finanças autorizam uso de saldos de


gerências
Em contrapartida, as Finanças autorizam a
utilização saldos de gerência, com dispensa do
cumprimento da regra do equilíbrio orçamental,
para que seja possível garantir o pagamento de
salários.

Nem o CCISP nem o CRUP divulgam quais são as


instituições a quem o MF recusou o reforço
orçamental. O PÚBLICO apurou que estão nesta
situação as maiores universidades e politécnicos,
que são também aqueles que, em regra, apresentam
saldos de gerência positivos.

Ainda assim, a reacção de CRUP e CCISP foi feita em


uníssono, criticando o Governo pela “dualidade de
critérios” e “quebra de compromisso”, sintetiza ao
PÚBLICO o líder dos politécnicos, Nuno Mangas. O
CCISP reúne esta quinta-feira para tomar analisar a
situação. Os membros do CRUP encontram-se na
próxima terça-feira. Até lá, os dirigentes de um e
outro organismos dizem ser prematuro avançar com
qualquer tipo de resposta à decisão agora tomada
pelo Ministério das Finanças.

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https://www.publico.pt/2017/12/06/sociedade/noticia/ministro-do-superior-surpreendido-com-recusa-das-financas-em-reforcar-orcamento-1795139 3/3

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