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ITAJAÍ
2011
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ITAJAÍ
2011
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EQUIPE TÉCNICA
a) Nome do estagiário
Ana Paula Simão
b) Área de estágio
Administração Geral
c) Supervisor de campo
Caio César Ferrari Santângelo
d) Orientador de estágio
Regis Heitor Ferroli
a) Razão social
Fundação Universidade do Vale do Itajaí
b) Endereço
Rua Uruguai, 458, Centro, Itajaí-SC
d) Duração do estágio
240 horas
RESUMO
LISTA DE TABELAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 15
1.1 Objetivo geral ................................................................................................. 16
1.2 Objetivos específicos ...................................................................................... 17
1.3 Justificativa da realização do estudo .............................................................. 17
1.4 Aspectos metodológicos ................................................................................. 18
1.4.1 Caracterização da pesquisa ........................................................................... 19
1.4.2 Amostra .......................................................................................................... 20
1.4.3 Coleta de dados ............................................................................................. 21
1.4.4 Análise dos dados .......................................................................................... 22
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 24
2.1 Administração Geral ....................................................................................... 24
2.1.1 Escolas de administração ............................................................................... 24
2.1.2 As funções do administrador .......................................................................... 26
2.2 Empreendedorismo ........................................................................................ 27
2.3 Plano de negócios .......................................................................................... 29
2.3.1 Estruturas de planos de negócios .................................................................. 31
2.3.2 O uso de software para elaboração de um plano de negócios ....................... 33
2.4 Plano de marketing ......................................................................................... 34
2.4.1 Análise ambiental ........................................................................................... 35
2.4.2 Análise do macroambiente ............................................................................. 36
2.4.3 Análise do microambiente .............................................................................. 38
2.4.4 Análise SWOT ................................................................................................ 42
2.4.5 Segmentação e posicionamento .................................................................... 44
2.4.6 Definição do composto mercadológico ........................................................... 45
2.4.7 Ciclo de vida do produto ................................................................................. 47
2.4.8 Análise BCG ................................................................................................... 50
2.5 A empresa ...................................................................................................... 52
2.5.1 missão organizacional .................................................................................... 52
2.5.2 Visão de futuro ............................................................................................... 53
2.5.3 Organograma ................................................................................................. 55
2.5.4 Fluxograma ..................................................................................................... 56
2.5.5 Layout ............................................................................................................. 58
2.5.6 Terceirização .................................................................................................. 59
2.6 Plano financeiro .............................................................................................. 60
2.6.1 Fluxo de caixa ................................................................................................ 61
2.6.2 Indicadores de viabilidade .............................................................................. 63
2.6.3 Ponto de equilíbrio .......................................................................................... 65
3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ......................................................... 68
3.1 Breve histórico ................................................................................................ 68
3.2 Missão, visão e valores .................................................................................. 69
3.3 Infraestrutura e portfólio de serviços............................................................... 70
3.4 Resultados da pesquisa ................................................................................. 72
3.4.1 Sumário executivo .......................................................................................... 72
3.4.1.1 Enunciado do projeto..................................................................................... 73
3.4.1.2 Competência dos responsáveis .................................................................... 73
3.4.1.3 Os produtos e a tecnologia............................................................................ 74
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1 INTRODUÇÃO
define o propósito do trabalho”. Deste modo, o presente estudo tem como propósito
elaborar um plano de negócio para implantação de uma Clínica Odontológica na
cidade de Brusque.
1.3 Justificativa
1.4.2 Amostra
Onde:
N - é o tamanho da população
n - tamanho da amostra
n○ - primeira aproximação para o tamanho da amostra
E○ - erro amostral tolerável
Sendo:
n = _105.495 · 400__
105.495 + 400
Assim encontrou-se o tamanho da amostra estimada para esta pesquisa:
n = 398 clientes potenciais
Quanto ao método de amostragem selecionado se utilizou a categoria de
amostragem não-probabilística por conveniência. Segundo Mc Daniel e Gates (2008
apud CECCONELLO e AJZENTAL, 2008, p. 372): “amostras não probabilísticas
incluem elementos de uma população que são selecionados de maneira não
aleatória.”. Para isso os elementos da população foram selecionados por
conveniência, devido ao fato de a amostra ser mais facilmente obtida, bem como os
custos inerentes ao método serem mais baratos.
com 398 clientes potenciais na cidade de Brusque, sendo formado com perguntas
abertas e fechadas.
Cabe ressaltar que foi aplicado um pré-teste com o questionário com 15
respondentes, objetivando encontrar falhas na estruturação do mesmo. Neste
sentido foram feitas alterações na primeira versão do questionário, relacionadas
principalmente a ampliação das opções de respostas dos envolvidos.
Para aplicação dos 398 questionários foram utilizadas algumas estratégias,
sendo 12% destes questionários auto-aplicados (com o auxílio de uma secretária)
dentro de uma clínica odontológica na cidade de Brusque entre os dias 15 de junho
a 30 de julho.
Já para os 88% dos questionários foi contratado a empresa Uni Júnior que
cedeu até quatro estagiários além da acadêmica para aplicá-los, mediante
entrevista, em vários pontos da cidade, entre os dias 18 de julho a 12 de agosto.
Sendo que, entre estes, 28% foram aplicados em uma Universidade local (Unifebe),
11% aplicados na Prefeitura (dentro das repartições), 36% aplicados no Centro da
cidade (comércio local) e 16% de porta em porta em três bairros da cidade
(Maluche, Santa Terezinha e Santa Rita), para dessa forma atingir a diferentes perfis
de clientes potenciais.
Já a aplicação de entrevistas em profundidade se dá pela necessidade de
buscar compreender opiniões e crenças sobre uma questão específica no contexto
do respondente. (ROESCH, 2007). Nesta pesquisa, as entrevistas em profundidade
tiveram um roteiro semi-estruturado e foram aplicadas com três empresários do
ramo, sendo registradas com gravador.
Com relação a procedimentos técnicos/meios, a pesquisa se utilizou da
estratégia de levantamento. Roesch (2007) relata que a finalidade de pesquisas com
levantamentos é apropriar-se de informações de uma dada população, cujo
comportamento se deseja conhecer.
interpretação dos dados, formando uma ligação entre os resultados obtidos com
outros dados já conhecidos, geralmente advindos de teorias e estudos anteriores.
Os dados quantitativos coletados nesta pesquisa, através de questionários,
foram submetidos à análise estatística, por meio de tabulações, cálculos e gráficos.
Os dados ainda foram interpretados por meio de textos explicativos que auxiliaram
na análise dos dados.
Para análise dos dados qualitativos foi utilizada a técnica de análise de
conteúdo que, segundo Roesch (2007), permite ao pesquisador compreender e
capturar o ponto de vista do pesquisado, buscando identificar tendências e padrões
relevantes.
Outra ferramenta de apoio para análise dos dados foi a utilização do software
Excel, facilitando o trabalho do pesquisador na tabulação dos dados, bem como na
estruturação de um banco de dados e desenvolvimento de planilhas para o plano
financeiro.
Além disso, foi utilizado o software Visio como ferramenta que auxiliou na
formulação do plano de operações da empresa, por meio da elaboração do
organograma e layout da empresa.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.2 Empreendedorismo
Categorias Características
Empreendedores Tem suas recompensas pela oportunidade de começar algo
idealistas novo e criativo
Empreendedores São recompensados por serem proprietários do próprio
otimizadores negócio, envolvendo satisfação pessoal.
Empreendedores Despendem mais tempo para construir um negócio maior e
trabalhadores mais rentável.
árduos
Empreendedores Querem ter controle de tudo que se passa na sua empresa,
malabaristas despendendo muita energia.
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Alguns empreendedores são, sem dúvida, bons técnicos, mas, entre eles,
alguns não conhecem bem o mercado, a gestão financeira ou
administrativa, as leis ou o ambiente socioeconômico. Para elaborar o Plano
de Negócios, exigem-se conhecimentos sobre o setor do negócio e o
contexto mercadológico, bem como percepção gerencial e habilidades para
lidar com assuntos técnicos e legais, em diversas áreas, e para vencer
barreiras no relacionamento interpessoal. A elaboração do Plano de
Negócios exige idéias claras e que todos os envolvidos estejam de acordo.
Seção Descrição
É a primeira visualização para quem o lê, então deve ser concisa e
Capa
objetiva.
Contém o título de cada seção com sua respectiva página, bem
Sumário
como os principais assuntos referentes a cada seção.
Sumário Contém uma síntese das informações mais relevantes do plano de
Executivo negócios, devendo ser dirigido ao seu público-alvo.
Nessa seção são definidas as diretrizes da empresa, como sua
Análise
visão e missão, as oportunidades e ameaças, seus pontos fortes e
Estratégica
fracos, seus objetivos e metas do negócio.
Descrição da Nessa seção deve-se descrever a estrutura organizacional e legal,
Empresa a localização, parcerias, serviços terceirizados, impostos, etc.
Como são produzidos, quais os recursos utilizados, o ciclo de vida,
Produtos e
os fatores tecnológicos envolvidos, os principais clientes atuais,
Serviços
entre outros.
Plano Contém as ações que a empresa está planejando em seu sistema
Operacional produtivo.
Plano de Nessa seção serão informados os planos de treinamento e
Recursos desenvolvimento de pessoal da empresa, indicando os esforços da
Humanos empresa na formação de seu pessoal.
Como está segmentado, o crescimento desse mercado, as
Análise de
características do consumidor e onde ele está, análise da
Mercado
concorrência, sua participação de mercado, etc.
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Seção Descrição
Contém o enunciado do projeto, as competências
dos responsáveis, os produtos e a tecnologia, o
Sumário Executivo mercado potencial, os fatores de diferenciação,
previsão de vendas, rentabilidade e projeções
financeiras e necessidades de financiamento
Essa seção deve conter a missão e os objetivos da
empresa, estrutura organizacional e legal, um
A Empresa resumo das responsabilidades dos dirigentes, um
plano de operações da administração e do
comercial e as parcerias.
Aqui deve ser desenvolvida uma análise completa
O Plano de Marketing de mercado e as estratégias de marketing bem
distribuídas em cada área.
Tarefas como projeções de resultados, fluxo de
caixa, balanço, bem como investimento inicial,
Plano Financeiro
ponto de equilíbrio e análise do investimento, serão
abordadas nesta seção.
Quadro 3: Estrutura de Plano de Negócios de Dolabela
Fonte: adaptado de Dolabela (2008)
O modelo de plano de negócio proposto por Dolabela (2008) tem uma ordem
de apresentação das tarefas diferente da ordem de realização das mesmas, visando
facilitar o trabalho do empreendedor, como demonstra o Quadro 4.
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Cada seção apresentada pelos autores deve ser redigida de forma clara e
objetiva, interligadas entre si, à medida que qualquer pessoa que ler possa entender
um plano de negócios. A estrutura do plano deve ser condizente com o tamanho e
tipo de empresa, buscando viabilizar a sua redação para que qualquer
empreendedor possa se utilizar dessa ferramenta de planejamento tão útil para o
desenvolvimento de seus negócios.
Software Descrição
Totalmente on-line , tendo a opção de uso gratuito
Easyplan
e recursos opcionais pagos. www.easyplan.com.br.
É o software mais vendido dos Estados Unidos.
Business Plan Pro
www.paloalto.com
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Entrantes
potenciais
Concorrentes
no setor
Fornecedores Compradores
Rivalidade entre
empresas
existentes
Substitutos
Barreiras de
Características
Entrada
Esse tipo de economia barra a entrada de novas empresas de
duas formas: a primeira induzindo a empresa nova a entrar em
Economias de
larga escala, sujeitando-as a um risco de forte reação das
escala
empresas já estabelecidas no mercado e a segunda forçando a
ingressar em pequena escala tendo uma desvantagem de custo.
Empresas já estabelecidas ou que entram primeiro no mercado
tem um vínculo maior com os clientes, exigindo um esforço maior
Diferenciação
dos entrantes que tem despesas mais altas para superar esses
do produto
vínculos, acarretando prejuízos iniciais e demandando um longo
período de tempo.
O investimento de capital para competir seja para instalações de
Necessidades produção ou para publicidade inicial ou pesquisa e
de capital desenvolvimento, criam uma barreira de entrada, principalmente
se a atividade para o qual o capital é requerido é arriscada.
Custos de São os custos despendidos pelo comprador para mudar de um
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Análise Interna
Predominância de
Predominância de
Análise Externa
Produto
Preço
Variedade
Preço de tabela
Qualidade
Descontos
Design
Concessões
Características
Prazo de pagamento
Nome da marca
Condições de
Embalagem
financiamento
Serviços
Clientes-alvo
Posicionamento
pretendido
Promoção
Propaganda Praça
Venda Pessoal Canais
Promoção de vendas Cobertura
Relações públicas Variedade
Locais
Estoque
Transporte
Logística
Figura 3: Composto mercadológico
Fonte: adaptado de Kotler e Armstrong (2007)
do mercado, sendo que as mudanças de uma etapa para a outra são determinadas
pelos históricos de vendas e lucros.
O ciclo de vida de um produto equipara-se ao ciclo de vida do serviço
apresentando os mesmos estágios, como relata Cobra (2001).
Segundo Kotler e Armstrong (2007), o conceito de ciclo de vida do produto
pode tanto descrever uma categoria de produto, como uma forma de produto ou
ainda uma marca, com aplicações diferentes para cada caso.
Além disso, Kotler e Armstrong (2007) relatam que o ciclo de vida dos
produtos apresenta cinco etapas distintas, lembrando que nem todos os produtos
seguem esse ciclo, visto que alguns são lançados e morrem rapidamente, já outros
permanecem no estágio de maturidade por um longo tempo:
O desenvolvimento do produto é um estágio que inicia se pela descoberta e
aprimoramento de uma idéia para um novo produto, sendo uma etapa em que
não existem vendas e os custos dos investimentos são altos.
A introdução é uma etapa onde o produto está entrando no mercado,
ocorrendo um baixo crescimento de vendas e lucros inexistentes devido às
altas despesas com o lançamento do produto.
O crescimento é um estágio em que ocorre crescimento dos lucros devido à
rápida aceitação pelo mercado.
A maturidade é um período em que ocorre redução no crescimento das
vendas, devido ao produto ter alcançado a aceitação da maioria dos
compradores potenciais, podendo ainda estabilizar ou declinar os lucros, pois
ocorrem maiores gastos de marketing para confrontar com a concorrência.
O declínio é um estágio caracterizado pela diminuição das vendas e dos
lucros.
A precificação de um produto pode ser estabelecida, de acordo com o seu
estágio de ciclo de vida. Os objetivos devem ser modificados à medida que as
vendas passam por cada estágio (LAS CASAS, 2010).
Quando um produto ou marca é novo no mercado, Las Casas (2010)
recomenda dois tipos de estratégias: por penetração ou por desnatação.
Assim, pode-se determinar o preço considerando uma venda volumosa com
um retorno menor, neste caso a estratégia será por meio da penetração de mercado.
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Estrelas: irá gerar lucros e um fluxo positivo de caixa, bem como terá um
potencial de crescimento adicional, sendo que os lucros devem ser
reinvestidos neste negócio, buscando crescimento futuro.
Vacas Leiteiras: existem em empresas maduras e obtém fluxo de caixa
positivo, por não se utilizar mais de grandes investimentos em publicidade e
expansão, sendo que os investimentos podem ser direcionados em outros
negócios mais arriscados.
Pontos de Interrogação: existem em empresas novas, sendo o negócio
arriscado pode se tornar uma estrela ou fracassar, mesmo assim pode ser
apostado com os ganhos das vacas leiteiras visando nutri-los para serem
futuras estrelas.
Cachorros: geram pouco lucro, bem como tem um péssimo desempenho,
sendo alvo de desinvestimento ou liquidação, caso não houver uma
reviravolta.
Todas as estratégias apresentadas são de extrema importância para o
desenvolvimento de vantagens competitivas para o empreendimento. Tanto a matriz
BCG como as outras ferramentas devem ser trabalhas de maneira integrada visando
maximizar os resultados que a empresa almeja, bem como alcançar seus objetivos.
52
2.5 A empresa
e sim uma decorrência fundamental do negócio. Sendo assim a missão deve definir
os produtos/ serviços (o que fazer), os mercados (para quem fazer) e a tecnologia a
ser utilizada (como fazer), a fim de refletir valores e as prioridades do negócio, bem
como guiar as atividades rotineiras e futuras da organização.
Em síntese, a formalização de uma missão pode auxiliar o empreendedor
dando um norte para suas ações, para que ele não perca o foco do negócio. Assim
vale lembrar que a missão deve ser disseminada e compreendida por todos os
envolvidos com o negócio, para que todos caminhem na mesma direção.
Missão Visão
2.5.3 Organograma
2.5.4 Fluxograma
suas empresas. Sendo utilizada de maneira racional, clara e objetiva poderá trazer
grandes vantagens, além de permitir um fluxo mais eficiente de informações.
Todas as empresas são formadas por sistemas, métodos e processos que
impulsionam para realização de seus objetivos. Oliveira (2005, p. 252) cita a
diferença entre cada conceito: “Os métodos estão relacionados com a maneira pela
qual o trabalho é executado; os processos, com o tipo de trabalho feito. O sistema
corresponde a um conjunto de processos relacionados.”.
Sendo assim, se faz importante analisar o fluxo de operações de entrada,
processamento e saída de todo e qualquer processo, conforme relata D’Ascenção
(2007), envolvendo desde a documentação que tramita, até as áreas envolvidas e os
recursos utilizados.
O fluxograma é uma ferramenta que tem esse papel, segundo Oliveira (2005),
de representar por meio gráfico, o passo a passo de um trabalho, caracterizando as
operações, os responsáveis e ou áreas envolvidas no processo.
D’Ascenção (2007, p. 110), complementa o conceito afirmando: “Fluxograma
é uma técnica de representação gráfica que se utiliza de símbolos previamente
convencionados, permitindo a descrição clara e precisa do fluxo, ou sequência, de
um processo, bem como sua análise e redesenho.”.
Já Araujo (2005) indica algumas recomendações na análise de processos,
bem como utilização do fluxograma, tais quais:
Criar passos, alterar sua sequência, combinar e eliminar passos, são
alternativas para a simplificação de processos;
A omissão de um passo pode prejudicar no resultado final do estudo;
A observação pessoal do processo é essencial na tomada de informações;
As alterações num processo podem exigir transformações no arranjo físico
(layout);
Identificar indicadores de falhas num processo, como a formação de filas, por
exemplo;
Outra conveniência é a elaboração de manuais de serviços ou procedimentos
de um novo processo;
O Visio é um dos softwares mais utilizados para elaboração de fluxogramas
(para organogramas também);
58
2.5.5 Layout
Além disso, Araujo (2005) cita algumas estratégias essenciais para implantar
um layout adequado:
Calcular a área necessária ou existente;
Fazer a planta baixa com o auxílio de um software como o Visio, por exemplo;
Verificar o fluxo de pessoas e papéis;
Determinar a quantidade e natureza dos móveis e equipamentos;
Determinar a extensão e localização das instalações elétricas e hidráulicas.
Em síntese, o estudo do layout tem sua importância não só para proporcionar
conforto e melhor aspecto visual, como muitos empreendedores pensam, e sim
melhorar o arranjo físico dos recursos materiais e humanos, potencializando suas
utilizações, bem como facilitando o fluxo do trabalho.
2.5.6 Terceirização
for esse tempo, maior será o grau de incerteza nas previsões. Consequentemente,
propostas de menor risco são aquelas em que o tempo de retorno do investimento é
menor, gerando maior liquidez.
O cálculo do Payback é simples como demonstra Braga (1995, p. 283): “Se as
entradas líquidas de caixa forem uniformes, bastará dividir o investimento inicial
pelas entradas anuais de caixa. Quando as entradas anuais forem desiguais, estas
deverão ser acumuladas até atingir o valor do investimento, apurando-se o prazo de
retorno.”.
Outro indicador muito importante, segundo Gitman (2004), é o Valor Presente
Líquido (VPL) que consiste na técnica de levar em conta o valor do dinheiro no
tempo.
Já o cálculo do Valor Presente Líquido (VPL), de acordo com Hoji (2010), se
faz somando as entradas e saídas de um fluxo de caixa na data inicial.
No entanto, Braga (1995) refere-se ao mesmo método como Valor Atual
Líquido (VAL), ressaltando que neste método os fluxos de caixa são convertidos ao
valor presente por meio da aplicação de uma taxa de desconto predefinida,
remetendo-se ao custo de capital da empresa ou a rentabilidade mínima admissível
em vista do risco envolvido.
Braga (1995, p. 286) ainda ressalta critérios de decisão para aceitação ou
rejeição do investimento utilizando-se do Valor Atual Líquido (VAL):
Quando o VAL ≥ 0, pode se concluir que a proposta irá gerar um retorno
maior ou igual do que a taxa de desconto utilizada e que o investimento
poderá ser aprovado. Para um VAL < 0 considera-se que a proposta não é
economicamente viável, pois seu retorno será inferior ao custo de capital ou
à rentabilidade mínima exigida. A implementação de uma proposta nestas
condições prejudicará a rentabilidade global da empresa, afetando
negativamente o seu valor de mercado.
Entretanto Hoji (2010) lembra que a TIR não pode ser confundida com a taxa
mínima de atratividade que o valor investido deverá proporcionar para que o
investimento seja atraente. A taxa mínima de atratividade também é conhecida como
taxa mínima de retorno, taxa mínima de juros ou ainda taxa de expectativa.
Quanto aos critérios de decisão para a aceitação ou rejeição do projeto por
meio do TIR, Gitman (2004, p.344) considera: “Se a TIR for maior que o custo de
capital, deve-se aceitar o projeto. Se a TIR for menor que o custo de capital, deve-se
rejeitar o projeto.”.
Para analisar a viabilidade econômica de um plano de negócio se faz
necessário utilizar algumas técnicas que calculem e indiquem se o investimento é
viável ou não. Sendo assim o empreendedor poderá ter mais segurança no negócio
que está investindo, bem como terá seus riscos calculados.
Com relação aos custos e despesas fixos, Hoji (2010) relata que o valor total
deste mantém-se fixos, independente do nível de produção. Ao passo que o valor
total dos custos e despesas variáveis varia proporcionalmente à quantidade
produzida.
Hoji (2010) ressalta algumas premissas para calcular o ponto de equilíbrio:
Pressupõe-se que toda a produção seja vendida, sem estoques;
Os custos e despesas não se diferem, apenas separados em fixos e
variáveis.
Outra análise importante para determinar o ponto de equilíbrio é o conceito de
margem de contribuição, que segundo Bernardi (2009, p. 243) enfatiza:
Margem de contribuição de um produto, mercadoria ou serviço é a diferença
entre o valor das vendas, os custos variáveis e as despesas variáveis da
venda. Isso significa que se pode avaliar o quanto cada venda contribui para
pagar os custos fixos e as despesas fixas.
Entretanto Hoji (2010) afirma ter algumas limitações neste conceito, como se
a empresa produz mais de um produto, apresentando problemas de identificação
dos custos e despesas fixos com os produtos.
De uma maneira mais ampla, a análise do ponto de equilíbrio é um
instrumental imprescindível na análise financeira. Esta análise proporciona ao
empreendedor visualizar o ponto em que seu negócio começa a dar retorno, para
melhor controle de seus gastos, bem como mais eficiência no planejamento de suas
operações.
68
3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
De acordo com a Univali (2011), a Uni Júnior foi fundada em julho de 1995, já
com a formatação de empresa júnior, tendo como objetivo prestar serviços à Univali
e à comunidade em geral.
Sendo uma organização vinculada à Univali e ao Centro de Ciências Sociais
Aplicadas – Gestão (Ceciesa-Gestão), busca proporcionar aos acadêmicos dos
cursos de Administração, Contábeis e Logística a prática dos processos de gestão
empresarial aprendidos teoricamente em sala de aula.
A equipe da Uni Júnior é composta por acadêmicos e professores, que
assessoram suas atividades, sob a coordenação do curso de Administração,
promovem serviços de consultoria empresarial e eventos de interesse dos
acadêmicos dos cursos relacionados.
A equipe da Uni Júnior busca desenvolver parcerias que visem aumentar a
eficiência, eficácia e efetividade de organizações em sua área de atuação, além de
oferecer suporte para desenvolvimentos de projetos, planos e pesquisas para apoio
aos empreendedores e pequenos empresários (UNIVALI, 2011).
69
A Uni Júnior dispõe de um espaço próprio para suas instalações, onde conta
com uma infraestrutura adequada para o desenvolvimento de seus trabalhos, além
de ter a sua disposição uma frota de carros da Univali, que após reserva prévia pode
ser usufruído para visitas a clientes, bem como pesquisas de campo.
O prédio comercial da Uni Júnior atualmente está localizado na Rua Uruguai
nº 586, bairro Centro, próximo ao campus I da Univali em Itajaí. Nesse mesmo
prédio está instalado a Trade Júnior, empresa júnior do curso de Comércio Exterior
da Univali. Sendo assim, a localização comercial se torna uma referência em
prestação de serviços à comunidade.
A equipe da Uni Júnior está sob nova direção com o professor Caio César
Ferrari Santângelo a frente da empresa como Professor Responsável pela Uni
Júnior, contando com a Assessoria Administrativa de Germano José de Souza, MSc.
Além de ter à disposição professores consultores de cada curso específico como:
professor Carlos Augusto Silveira responsável pelo curso de Logística, professora
Suzete Antonieta Lizote responsável pelo curso de Contábeis e o professor Caio
César Ferrari Santângelo responsável pelo curso de Administração.
A gestão atual da Uni Júnior conta ainda com o apoio de Luciana Merlin
Bervian, Diretora do Centro do Ceciesa – Gestão e do professor Marcos Aurélio
Rosembrock, Coordenador do curso de Administração e representante dos
coordenadores dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Logística na Uni
Júnior, nesta gestão.
A Uni Júnior tem à disposição atualmente nove estagiários com bolsa,
também denominados Consultores Juniores, divididos nos períodos matutino e
vespertino, que vivenciam o ambiente empresarial e aplicam o conhecimento teórico
passado em sala de aula, além de ter a orientação dos professores em suas
atividades, dessa forma preparando o acadêmico para ser um profissional de
sucesso nas organizações (UNIVALI, 2011).
O portfólio de serviços da Uni Júnior oferece uma gama completa de serviços
de consultoria, bem como prepara eventos de interesse dos acadêmicos, reunindo
71
Serviços Modalidades
Controle de documentos;
CONSULTORIA ORGANIZACIONAL
Descrição de normas e procedimentos;
Estruturação Organizacional;
Indicadores de desempenho;
PDCA;
Planejamento Estratégico;
Plano de Negócios;
Sistemas de Qualidade.
Análise da concorrência;
CONSULTORIA MERCADOLÓGICA Estratégias de comunicação;
Pesquisa de Satisfação;
Planejamento de Vendas;
Plano de Marketing
Gestão de armazém.
Viabilidade econômica.
Cursos;
EVENTOS Gestão de Eventos;
Palestras;
Visitas Técnicas.
Quadro 8: Portfólio de serviços da Uni Júnior
Fonte: adaptado homepage da Uni Júnior
72
Esta seção contém uma síntese das informações mais relevantes do plano de
negócios. Desta forma serão abordados temas como o enunciado do projeto, as
competências dos responsáveis, os produtos e a tecnologia, o mercado potencial, os
fatores de diferenciação, previsão de vendas, rentabilidade e projeções financeiras e
necessidades de financiamento.
73
A intenção é que a Oral Vida não trabalhe com capital de terceiros para
financiar suas atividades. Entretanto, se for necessário, alocará recursos em uma
instituição financeira de credibilidade dos empreendedores.
3.4.2.1 Setor
102.280 105.495
99.917
66.558
57.971
41.224
3,14%
1,50%
1,30%
2008 2.315.724
2.068.595
2007
1.892.973
2006
1.718.686
2005
1.317.644
2004
1.130.886
2003
Sob esse ponto de vista, Brusque possui um PIB per capita muito expressivo
se comparado com a média estadual e nacional, como se observa no Gráfico 4.
23.173
20.369
15.240
3.4.2.2 Fornecedores
mais utilizados visando manter uma relação de longo prazo, para conseguir
condições mais estendidas e prazos de entrega mais curtos.
Devido à disponibilidade de fornecedores no mercado é interessante estar
atento às promoções geralmente de produtos de uso cotidiano (gaze, luvas,
máscaras). Outro aspecto importante identificado na pesquisa com empresários do
ramo é que se recomenda evitar estoque de produtos, principalmente os de base
tecnológica que tendem a mudar frequentemente, procurando renovar os materiais à
medida que surgem novas tendências.
O Quadro 9 evidencia os principais fornecedores indicados pelos empresários
entrevistados.
Tipo de
Fornecedores Endereço
fornecedor
Avenida Brasil, 199, Centro, Balneário Camboriu -
Ilha dental Dental
SC. Tel:47- 33630540
Dental Cremer Rua Iguaçu, 291, Blumenau - SC, Tel: 08007277565 Dental
Dental Kobrasol Rua Koesa,241, São José - SC, Tel: 48- 32591500 Dental
3.4.2.3 Concorrentes
odontológicos (ANEXO A). Cabe ressaltar, que dentre estas apenas dez são clínicas
exclusivamente odontológicas particulares.
Para identificar os concorrentes que são mais lembrados no município foi
necessária a utilização da pesquisa de campo mediante amostra da população de
Brusque, onde os respondentes indicavam a clínica odontológica que frequentam
atualmente (APÊNDICE B). Os resultados podem ser observados na Tabela 1.
Pode ser observado na Tabela 1 que a maioria dos respondentes (33,4%) não
sabia ou não lembrava o nome da clínica que frequenta ou apenas não quiseram
responder a questão.
Em seguida, destacam-se os consultórios particulares (28,4%), sendo
representados pelos profissionais individuais que atendem a uma ou mais
especialidades. Vale ressaltar que a grande maioria dos respondentes lembrou o
88
nome do seu dentista, mas como apareceram muitos nomes diferentes com poucas
citações, estes foram agrupados para melhor interpretação.
Em terceira posição aparecem as clínicas mantidas ou conveniadas pelos
Sindicatos (12,6%). Porém, como muitos questionários foram aplicados no comércio
e na prefeitura, cujos sindicatos são muito expressivos na cidade, as respostas
ficaram tendenciosas neste sentido.
Outro viés que apareceu foi com a terceira colocada, a Clínica Odontológica
Catarinense (9,5%), pelo fato de ter sido aplicado o questionário neste
estabelecimento.
As outras clínicas não obtiveram muita representatividade na pesquisa. Na
opção outros foram aglomerados as clínicas e consultórios citados de outras cidades
da região.
3.4.2.4 Clientes
Masculino Feminino
Gênero
35,68% 64,32%
União
Casado Separado Solteiro Viúvo Estado
Estável
30,65% 4,27% 60,05% 1,26% Civil
3,77%
Acima de 60 de 51 a 60 de 41 a 50 de 30 a 40 de 20 a 29 Até 19
Faixa
anos anos anos anos anos anos
Etária
3,02% 4,77% 9,30% 15,83% 53,52% 13,57%
3.4.2.5 Público-alvo
A clínica popular busca focar numa parcela de mercado que visa preço mais
acessível. Em contra partida a clínica diferenciada foca no segmento de população
de alto poder aquisitivo. Entretanto a clínica diversificada é aquela que oferece maior
variedade de serviços. Já a clínica especializada é focada em uma especialidade
como nicho de mercado.
Sendo assim, analisando atratividade de cada segmento, bem como para
definir um plano de atuação mais eficaz decidiu-se atuar nos segmentos de clínicas
populares e diversificadas como mercados-alvo.
Tendo em vista as variáveis demográficas apontadas pela pesquisa, definiu-
se como público-alvo da clínica odontológica o seguinte perfil: homens e mulheres,
principalmente na faixa etária de vinte a quarenta anos, com ensino médio ou
superior, salário médio mensal de 2,5 salários mínimos e que buscam saúde bucal e
estética.
3.4.3.2 Preço
3.4.3.3 Praça
indicada foi em bairro (23%), seguido de shopping center (12%) com menor
expressividade.
Dessa forma, observando os resultados da pesquisa e analisando o
comportamento da população, que tem como hábito se deslocar para a região
central da cidade tanto pela proximidade com os bairros quanto pela facilidade
dessa locomoção, identifica-se como melhor localização para o negócio o centro de
Brusque.
É importante destacar, a visualização por parte dos gestores, de um ponto
comercial interessante para o estabelecimento do empreendimento no centro da
cidade. Tendo em vista a ótima localização, bem como espaço adequado para suas
instalações (90m² de área útil), além de estacionamento próprio, analisou-se como
procedente a possível locação do imóvel pelo valor de R$ 1.000,00 mensais.
3.4.3.4 Promoção
Para a nova empresa alcançar de maneira mais eficiente seus clientes e não
tornar-se mais uma clínica odontológica no mercado, se faz necessário definir
estratégias para promover os serviços, bem como a imagem da empresa.
Dessa forma, buscou-se por meio da pesquisa de mercado, avaliar hábitos de
mídia dos pesquisados, a fim de identificar comportamento da população em relação
aos veículos de comunicação, como pode ser visualizados nos Gráficos 12, 13, 14 e
15.
Com relação ao modo como o pesquisado tomou conhecimento da clínica
odontológica que frequenta, observou-se, por meio do Gráfico 12, que a grande
maioria dos respondentes (78,89%) utilizou-se de indicação para conhecer a clínica
que frequenta. O resultado denota a importância desta forma de comunicação para
serviços odontológicos, bem como o expressivo valor dado a indicação perante os
outros veículos.
109
Quando questionados sobre que jornal local mais costumam ler, uma
expressiva parte dos pesquisados (68,59%) responderam ler o jornal O Município,
seguido de 11,56% que afirmaram não ler jornal, como pode ser observado no
Gráfico 14.
3.4.4 A empresa
3.4.4.1 A missão
3.4.4.2 A visão
Longo Prazo:
Abrir filiais na região do Vale do Itajaí, tornando-se referência em tratamentos
odontológicos;
Desenvolver um modelo de plano odontológico particular, utilizando-se dessa
ferramenta para fidelizar clientes.
3.4.4.4 O foco
A Oral Vida se instalará em uma sala alugada com área útil de 90m², tendo a
sua disposição insumos necessários ao seu funcionamento (água, energia elétrica,
internet e telefone). Deste modo, organizará seus ambientes da seguinte forma:
Recepção;
Sala de espera;
Dois consultórios odontológicos;
Banheiro;
Sala de esterilização.
Para uma visualização mais clara, foi projetado um layout das instalações da
Oral Vida, como pode ser observado no Apêndice C. Porém devem ser analisados
todas as exigências preconizadas pela Anvisa (2006) quanto a infra-estrutura de
uma clínica odontológica (ANEXO D).
Com relação aos equipamentos necessários para o início das atividades na
Oral Vida pode-se destacar: cadeiras odontológicas, auto-clave (esterilizador), raio x,
bomba a vácuo (sugador), balcões, móveis para consultório, poltronas, televisão,
frigobar, ar-condicionado, computadores, aparelhos telefônicos, máquina para
118
3.4.4.8.1 Administração
3.4.4.8.2 Comercial
Para esta área o responsável direto Rafael Raimundo da Silva, contará com o
apoio de um auxiliar de saúde bucal nas atividades de instrumentação para os
dentistas, além de realizar as devidas esterilizações de equipamentos e ambientes
para o qual é capacitada. Outra função pertinente a ela é acompanhar
constantemente o volume de estoque de produtos odontológicos, auxiliando o gestor
da área nos pedidos que deverão ser negociados com fornecedores. Outras
atividades pertinentes a auxiliar de saúde bucal estão contidas no Anexo B.
Cabe ao gestor da área também supervisionar as atividades deste
departamento, zelando pela qualidade nos serviços prestados e pelo atendimento
personalizado. Para isso desenvolverá treinamentos para padronização de
atendimento de sua equipe com o auxílio de um sistema de gestão. Deste modo,
estabelecerá uma comunicação mais ágil, além de ter controle dos serviços
executados.
3.4.4.8.4 Terceirização
Agendamento de consultas;
Cadastro de clientes, fornecedores e produtos com fotos;
Controle de estoque e de vendas;
Lançamento de prontuários clínicos;
Controle de tratamentos com fotos;
Emissão de receitas e atestados;
Geração de orçamentos
Fluxo de caixa, com gráficos e relatórios financeiros e gerenciais;
Controle bancário;
Lançamento de contas a pagar e receber;
Envio de mala direta para clientes e fornecedores.
Outro aspecto importante refere-se ao empreendedor já possuir o sistema,
obtendo prática na sua operacionalização, bem como conhecendo seus benefícios.
Dessa forma, pode-se visualizar uma tela de trabalho do software ProDent, mediante
a Figura 9.
3.4.4.8.6 As parcerias
3.4.5.1 Investimentos
Para fazer um levantamento de tudo que uma clinica odontológica precisa foi
necessário consultar empresários do ramo, pesquisar com fornecedores (ANEXO C
consta orçamento feito para compra de estoque inicial e equipamentos), bem como
pesquisar sites com auxilio da internet.
Dessa forma, foram orçados obras civis, instalações, equipamentos,
máquinas, móveis e utensílios, além despesas pré-operacionais, compras para
estoque inicial e software.
O investimento inicial para a Oral Vida iniciar suas atividades será no valor de
R$ 164.634,00 e está programado para ser realizado a partir de 01/01/2012.
Máquinas
Data Descrição Quantidade Valor Unitário Total
1 01/01/2012 Computador 03 $ 1.124,00 $ 3.372,00
2 01/01/2012 Impres. Laser Color. 01 $ 1.250,00 $ 1.250,00
3 01/01/2012 Televisão LCD 32’ 01 $ 1.299,00 $ 1.299,00
4 01/01/2012 Purificador de Agua 01 $ 449,00 $ 449,00
5 01/01/2012 Ar Cond. Splint 7000 02 $ 749,00 $ 1.498,00
6 01/01/2012 Ar Cond. Splint18000 02 $ 1.669,00 $ 3.338,00
7 01/01/2012 Aparelho telefone 01 $ 179,00 $ 179,00
Móveis e Utensílios
Data Descrição Quantidade Valor Unitário Total
1 01/01/2012 Balcão Recepção 01 $ 3.300,0 $ 3.300,00
2 01/01/2012 Poltronas 06 $ 593,00 $ 3.558,00
3 01/01/2012 Balcão Esterilização 01 $ 3.250,00 $ 3.250,00
4 01/01/2012 Mesa Escritório 02 $ 800,00 $ 1.600,00
5 01/01/2012 Balcão Consultório 02 $ 2.741,00 $ 5.482,00
6 01/01/2012 Mesa de Centro 01 $ 545,00 $ 545,00
7 01/01/2012 Cadeiras 09 $ 632,00 $ 5.688,00
8 01/01/2012 Balcão Bebedouro 01 $ 762,00 $ 762,00
9 01/01/2012 Painel para TV 01 $ 1.350,00 $ 1.350,00
Despesas Pré-Operacionais
Data Descrição Quantidade Valor Unitário Total
1 01/01/2011 Registro da marca 01 $ 2.280,00 $ 2.280,00
2 01/01/2011 Registro da empresa 01 $ 1.500,00 $ 1.500,00
3 01/01/2011 Desen. da marca 01 $ 1.200,00 $ 1.200,00
Compras (Estoque inicial)
Data Descrição Quantidade Valor Unitário Total
1 01/01/2011 Material de consumo 200 ----------- $ 5.500,00
Softwares
Data Descrição Quantidade Valor Unitário Total
1 01/01/2011 Licenças PróDente 02 $ 246,00 $ 492,00
Projeção da necessidade de capital de giro $ 50.000,00
Total dos investimentos $ 164.634,00
Fonte: Pesquisa de campo
127
3.4.5.2 Despesas
As despesas foram projetadas para os cinco primeiros anos do empreendimento e divididas em despesas de vendas
(despesas variáveis) e administrativas (despesas fixas). Cabe ressaltar que os dados foram obtidos com pesquisa de mercado
(taxa sobre as vendas, marketing), com entrevistas a empresários do ramo (água, luz, manutenção), de forma a cumprir com todas
as previsões de gastos feitas nos planos de marketing e de operações.
Tabela 15 - Despesas
Descrição ANO I ANO II ANO III ANO IV ANO V TOTAL
A Despesas de Vendas $ (168.800,00) $ (199.760,00) $ (236.512,00) $ (280.214,40) $ (332.257,28) $ (1.217.543,68)
A1 Pessoal das vendas $ (144.800,00) $ (173.760,00) $ (208.512,00) $ (250.214,40) $ (300.257,28) $ (1.077.543,68)
A2 Custos insumos $ (24.000,00) $ (26.000,00) $ (28.000,00) $ (30.000,00) $ (32.000,00) $ (140.000,00)
B. Despesas Administrativas $ (183.985,70) $ (184.159,80) $ (184.368,59) $ (184.619,15) $ (184.919,82) $ (922.053,06)
B1 Água, Luz, Telefone. $ (8.748,00) $ (8.748,00) $ (8.748,00) $ (8.748,00) $ (8.748,00) $ (43.740,00)
B2 Aluguéis e IPTU. $ (12.450,00) $ (12.450,00) $ (12.450,00) $ (12.450,00) $ (12.450,00) $ (62.250,00)
B3 Taxa máquina fixa de cartão de crédito/débito $ (886,80) $ (886,80) $ (886,80) $ (886,80) $ (886,80) $ (4.434,00)
B4 Taxa sobre as vendas (crédito – 3,60%) $ (688,00) $ (825,71) $ (990,85) $ (1.189,02) $ (1.426,82) $ (5.120,40)
B5 Taxa sobre as vendas (débito – 2,50%) $ (181,90) $ (218,29) $ (261,94) $ (314,33) $ (377,20) $ (1.353,66)
B6 Marketing & Publicidade $ (15.000,00) $ (15.000,00) $ (15.000,00) $ (15.000,00) $ (15.000,00) $ (75.000,00)
B7 Internet $ (1.200,00) $ (1.200,00) $ (1.200,00) $ (1.200,00) $ (1.200,00) $ (6.000,00)
B8 Material de Escritório $ (2.400,00) $ (2.400,00) $ (2.400,00) $ (2.400,00) $ (2.400,00) $ (12.000,00)
B9 Treinamentos $ (600,00) $ (600,00) $ (600,00) $ (600,00) $ (600,00) $ (3.000,00)
B10 Viagens $ (3.000,00) $ (3.000,00) $ (3.000,00) $ (3.000,00) $ (3.000,00) $ (15.000,00)
B11 Manutenção & Conservação $ (1.500,00) $ (1.500,00) $ (1.500,00) $ (1.500,00) $ (1.500,00) $ (7.500,00)
B12 Depreciação $ (9.219,00) $ (9.219,00) $ (9.219,00) $ (9.219,00) $ (9.219,00) $ (46.095,00)
B13 Pessoal da Administração c/encargos $ (115.872,00) $ (115.872,00) $ (115.872,00) $ (115.872,00) $ (115.872,00) $ (579.360,00)
B14 Terceirização (contabilidade e limpeza) $ (10.440,00) $ (10.440,00) $ (10.440,00) $ (10.440,00) $ (10.440,00) $ (52.200,00)
B15 Outros gastos $ (1.800,00) $ (1.800,00) $ (1.800,00) $ (1.800,00) $ (1.800,00) $ (9.000,00)
DESPESAS TOTAIS $ (352.785,70) $ (383.919,80) $ (420.880,59) $ (464.833,55) $ (517.177,10) $ (2.139.596,74)
Fonte: Pesquisa de campo
128
Em função do planejamento das operações, foi estruturada a mão de obra necessária para iniciar as atividades da Oral
Vida, bem como por meio de consultas aos empresários do ramo, foi possível estabelecer salários, comissões e dividendos.
Para análise de depreciação dos investimentos foram consultados fornecedores, que informaram taxas de depreciação
anual para os investimentos. Com relação aos seguros, os valores foram obtidos por meio de pesquisa com instituição financeira
de credibilidade.
Os materiais de consumo necessários foram consultados com empresários do ramo e suas compras projetadas para os
próximos cinco anos, com crescimento médio de 7 % ao ano. Cabe ressaltar que estes materiais são os de uso cotidiano (luva,
resinas, gaze) para procedimentos básicos (limpeza, restauração, extração) podendo ser utilizados por todos os dentistas. Já
materiais específicos para procedimentos especializados serão fornecidos por cada especialista (implante, aparelho ortodôntico,
instrumentais específicos).
3.4.5.6 Receitas
As receitas foram projetadas para os próximos cinco anos com taxa de crescimento de 20% ao ano, tomando por base
faturamento de uma clínica maior que a Oral Vida. Entretanto, as projeções foram devidamente feitas levando-se em conta a
quantidade de cadeiras odontológicas utilizadas. Para considerar os valores recebidos foram descontados possíveis
inadimplências e recebimentos posteriores ao fechamento contábil.
Tabela 19 - Receitas
Descrição ANO I ANO II ANO III ANO IV ANO V TOTAL
1 VENDAS (faturamento) $ 420.000,00 $ 504.000,00 $ 604.800,00 $ 725.760,00 $ 870.912,00 $ 3.125.472,00
A1 Serviços $ 420.000,00 $ 504.000,00 $ 604.800,00 $ 725.760,00 $ 870.912,00 $ 3.125.472,00
A1,1 Dentística $ 21.000,00 $ 25.200,00 $ 30.240,00 $ 36.288,00 $ 43.545,60 $ 156.273,,60
A1,2 Ortodontia $ 50.400,00 $ 60.480,00 $ 72.576,00 $ 87.091,20 $ 104.509,44 $ 375.056,64
A1,3 Clínica Geral $ 46.200,00 $ 55.440,00 $ 66.528,00 $ 79.833,60 $ 95.800,32 $ 343.801,92
A1,4 Prótese $ 155.400,00 $ 186.480,00 $ 223.776,00 $ 268.531,20 $ 322.237,44 $ 1.156.424,64
A1,5 Implante $ 75.600,00 $ 90.720,00 $ 108.864,00 $ 130.636,80 $ 156.764,16 $ 562.584,96
A1,6 Periodontia $ 21.000,00 $ 25.200,00 $ 30.240,00 $ 36.288,00 $ 43.545,60 $ 156.273,60
A1,7 Endodontia $ 21.000,00 $ 25.200,00 $ 30.240,00 $ 36.288,00 $ 43.545,60 $ 156.273,60
A1.8 Odontologia do sono $ 8.400,00 $ 10.080,00 $ 12.096,00 $ 14.515,20 $ 17.418,24 $ 62.509,44
A1.9 Cirurgia $ 21.000,00 $ 25.200,00 $ 30.240,00 $ 36.288,00 $ 43.545,60 $ 156.273,60
2. RECEBIMENTOS $ 418.000,00 $ 502.000,00 $ 602.800,00 $ 723.760,00 $ 868.912,00 $ 3.115.472,00
B1 Serviços $ 418.000,00 $ 502.000,00 $ 602.800,00 $ 723.760,00 $ 868.912,00 $ 3.115.472,00
3. Receitas Financeiras $ - $ - $ - $ - $ - $ -
4. Outras Receitas $ - $ - $ - $ - $ - $ -
Fonte: Pesquisa de campo
132
Com relação aos encargos que recorrerão sobre o faturamento da empresa, todas as taxas apresentadas foram
pesquisadas com uma assessoria contábil.
O fluxo de caixa foi projetado para os próximos cinco anos, sendo formado por entradas (receitas de venda e capital próprio)
e saídas (despesas administrativas, tributárias, com produção, com pessoal e com dividendos). O fluxo do período foi obtido
subtraindo o total de entradas do total de saídas, gerando um resultado positivo para todos os períodos considerados. O saldo
acumulado de caixa representa a soma dos resultados de cada período, demonstrando que a empresa obterá o retorno financeiro
desejado pelos empreendedores.
Nessa projeção é evidenciada a formação de lucro em cada período considerado, mediante a confrontação das receitas
realizadas e das despesas incorridas.
O Pay-Back é uma técnica que indica quanto tempo vai levar para o
empreendedor recuperar o investimento feito. Neste caso, foram somados os lucros
líquidos anuais (Tabela 22) até chegar ao valor do investimento, resultando em dois
anos e onze meses o período de payback estimado. Tendo em vista o baixo tempo
de retorno, considera-se que a proposta sofrerá menor risco, além de gerar maior
liquidez no caixa da empresa.
A taxa mínima de atratividade é uma taxa especulada no mercado para
comparar com a Taxa Interna de Retorno (TIR), a fim de analisar outras formas de
se obter retorno sobre o valor investido. Para isso foi pesquisado com uma
instituição financeira de credibilidade, uma taxa atrativa para se investir o valor de
R$ 165.000,00 (investimento inicial). Dessa forma, foi indicada uma aplicação em
renda variável oferecendo uma taxa de retorno de 12,15% ao ano sobre o valor
investido.
A Taxa Interna de Retorno (TIR) corresponde à taxa de rentabilidade
equivalente de um investimento, que indica a capacidade do projeto se pagar. Dessa
137
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Marilena Coelho de; COSTA, Helder Gomes. Métodos para avaliação da
postura estratégica. Caderno de Pesquisa em Administração, São Paulo, v. 08, n.
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CERTO, Samuel C.. Administração moderna. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall,
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KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de marketing. 12. ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. 12. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2007.
APÊNDICES
145
Nome da Empresa:
Endereço:
Fone:
E-mail:
Ramo de negócio:
Nome do Empreendedor:
ANEXOS
155
ANEXO A – Concorrentes