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Manual de Sobrevivência

Hospital Infantil Albert Sabin

Organização:

Turma de Residentes 2015-2017

Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE


Olá!

Sejam bem vindos ao nosso Sabin! Sabemos que a Pediatria é um mundo


novo mesmo pra quem já pensa nela desde o primeiro semestre da
faculdade! Sabemos também que pode ser difícil chegar a um novo
hospital sem ter uma orientação inicial!

Estaremos com vocês na maioria dos plantões durante a semana e nos


colocamos a disposição para ajudá-los nesse começo, mas tem dia que o
R1 trabalha enquanto o R2 vai pra praia hehe

Assim, inspirados pela ajuda que tivemos dos nossos R+ quando


chegamos, decidimos organizar uma espécie de manual para socorrê-los
em eventuais necessidades. Aqui encontrarão a maioria das medicações
que usamos na rotina do bloco D e também no ambulatório. Incluímos
também dicas para as intercorrências mais comuns nos plantões, alguns
telefones úteis e horários que vocês precisam saber!

Um abraço grande e sejam bem-vindos!

R2s do HIAS

(Turma 2015-2017)

Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE


Orientações gerais
# Plantões na enfermaria

1. O Dzinho

Nosso plantão diurno, conhecido carinhosamente como Dzinho, inclui somente os horários de
12-14h e 17-19h. Nesses horários os residentes (e internos) escalados vão para o repouso no
2º andar e esperam alguma coisa acontecer. No horário do almoço, são atribuições do Dzinho
eventuais intercorrências e admissões somente do 3º e 4º andares. Já no horário de 17-19h as
admissões do 1º e 2º andar também serão responsabilidade do Dzinho. A ronda do plantão
diurno geralmente é feita pelos plantonistas antes de retornarmos às 17h.

2. O plantão noturno

O plantão noturno é de 19h-07h. É importante tentar ser pontual, pois o colega do diurno
geralmente só vai embora após passar o plantão para o residente da noite. Os kits do plantão
estão disponíveis a partir de 18:30h na janelinha próximo a lavanderia. O horário da ronda
noturna varia conforme o plantonista, mas geralmente é por volta de 20h. Durante a ronda,
checamos as pendências no LIVRO DOS GRAVES (cada andar tem o seu) e resolvemos o que
for trazido pela equipe de enfermagem (geralmente incluem: liberar dieta, checar sonda,
prescrever hidrato de cloral...). Pendências resolvidas? Ótimo! Agora é só esperar as
intercorrências e as admissões ;P Admissões que chegam após meia-noite não precisam de
preenchimento completo da ficha de admissão, apenas uma nota. O mesmo vale para
pacientes que já sejam “da casa”. A divisão de horários na madrugada varia conforme o
plantonista. Se sentirem-se inseguros em alguma conduta, CHAMEM OS PLANTONISTAS,
mesmo os que não pareçam muito disponíveis. Eles são pagos para isso. Além disso, estão
disponíveis para parecer noturno por telefone: NEFRO (escala com telefones no andar), CCIH
(telefone noite/fds). Lembre, o parecer é para URGÊNCIAS!! (tipo.. precisa dialisar AGORA?
Sepse grave precisando trocar ATB mas já fez todos?)

3. “Alta do pulso”

Eventualmente em um plantão você vai ser chamado para dar alta a pacientes que foram
apenas fazer pulsoterapia. Se não houver intercorrências registradas e o paciente estiver bem,
basta uma pequena nota no prontuário e alta na prescrição 

# Horários de funcionamento - refeitório:


Café da manhã: 6-7h
Lanche: 9-10h
Almoço: 11:30h a 13:30h
Jantar: 21h-22h

Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE


# Laboratório de apoio
Alguns exames são enviados para o nosso laboratório de apoio, o Gaspar Viana. Os resultados
podem ser checados pela internet no computador da enfermaria.
Usuário: hias
Senha: hias01

Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE


# Telefones úteis - HIAS

1º andar (1) 4209 Dra. Carina (endócrino) 9 88951301


2º andar (1) 4218 Dra. Débora (endócrino) 9 99246500
3º andar (Pneumo + cardio) (1) 4267 Dra Janaira (imuno) 9 99271374
4º andar (Nefro + Gastro) (1) 4219 Dra Monizi (imuno) 9 97733902
CCIH (1) 4272 RES CIPE Michelle 9 99243144
CCIH noite e fds 9 87682634 RES CIPE André 9 96745595
9 81166963
Centro cirúrgico (1) 4226 RES CIPE Manoel 9 96930453
CEAP (1) 4283 / 4212 RES CIPE Monika 9 99777161
Farmácia (1) 4277 R2 Adriana 9 97127004
Fármacia ambulatorial (1) 4250 R2 Camilla 9 96670102
Laboratório (chefia) (1) 4270 / 3251 R2 Carol 9 88951894
Laboratório (microbiologia) (1) 4211 R2 Dani 9 99558020
NIR (6) 1121 R2 Eucilene 9 96108280
Reanimação (1) 4294 R2 Flávia 9 99055845
Centro dx CA (Mielo, Bx) (1) 4192 / 4188 R2 Krislane 9 96268916
Dra. Conceição 9 99092287 R2 Lorena 9 88496964
Dra. Roseny 9 99888528 R2 Lucas 9 88613000
Dr. Alexandre 9 88268074 R2 Mari 9 99227652
9 86172079
Dra. Fernanda 9 88738459 R2 Marina (88) 9 92964257
Dra. Gabriela 9 99550215 R2 Mayara 9 89314330
Dra. Mércia 9 87757333 R2 Nayara 9 85383885
9 99171175
Dra. Lia 9 96972488 R2 Paty 9 99946006
Dra. Rose 9 81935445 R2 Rafinha 9 99989310
Dra. Célia 9 88673787 R2 Ruana 9 88050030
Dra. Luana (chefia internos) 9 88250184
9 88309846
Dra. Tânia 9 99869992
Dr. Artur (hemato) 9 99110450
Dra. Erlane (genética) 9 99986577
Dra. Luciana Paim (reumato) 9 91782762
Dra. Lia (nefro) 9 89710071
Dra. Ana Glória (dermato) 9 99536593
Dra. Verônica (psiquiatria) 9 88644628
Dra. Olivia (Centro de 9 91175408
Estudos – TCC)
Dra. Sandra (endócrino) 9 96133710

Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE


Antimicrobianos
AMPICILINA
# Apresentação: SUSPENSÃO: 250mg/5ml
ENDOVENOSO: 500mg ; 1000mg -> 100mg/ml
# Dose: 100mg/kg/dia 6/6h
# Regra prática (EV): Peso/4 em ml

# Diluição:
# Correção para ClCr: ClCr 10-30 -> aumentar intervalo para 8/8h ou 12/12h
ClCr < 10 -> aumentar intervalo para 12/12h

AMICACINA
# Apresentação: ENDOVENOSO: 100mg/2ml (50mg/ml)
# Dose: 15mg/kg/dia 8/8h ou 1x/dia (máximo 1,5g/dia)
# Diluição: 5mg/ml em SF0,9% ou AD
# Correção para ClCr: ClCr 30-50 -> aumentar intervalo para 12/12h ou 18/18h
ClCr 10-29 -> aumentar intervalo para 18/18h ou 24/24h
ClCr < 10 -> aumentar intervalo para 48/48h ou 72/72h

AMOXICILINA
# Apresentação: SUSPENSÃO: 250mg/5ml (VELAMOX) ou 400mg/5ml (SINOT)
# Dose: 50mg/kg/dia 8/8h // 80-90mg/kg/dia se dose dobrada
# Regra prática: peso/3 em ml (na apresentação de 250mg/5ml) ou peso/5 (na apresentação
de 400mg/5ml)
# Correção para ClCr: ClCr 10-29 -> 8-20mg/kg 12/12h
ClCr < 10 -> 8-20mg/kg 24/24h

AMOXICILINA - CLAVULANATO
# Apresentação: SUSPENSÃO: Sigma-Clav BD 400mg/5ml
Sinot-Clav 400mg + 57mg/5ml
Posto 250mg + 62,5mg/5ml
# Dose: 50mg/kg/dia 8/8h (SE BD: 12/12h) - cálculo pela amoxicilina

AZITROMICINA (Zitromax)
# Apresentação: SUSPENSÃO: 200mg/5ml
FA: 500mg
# Dose: 10mg/kg/dia (máx 500mg/dia) ou 20mg/kg/dia (max 1,2g/dia) se bactérias atípicas
# Diluição: 1-2mg/ml. Correr em 1-3h
# Correção para ClCr: sem ajuste.

CEFALEXINA (Keflex)
# Apresentação: SUSPENSÃO: 250mg/5ml
# Dose: 50mg/kg/dia
# Regra prática: peso / 4 em ml por dose
# Correção para ClCr: evitar na IR!!

Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE


CEFTRIAXONA (Rocefin, Ceftriax)
# Apresentação: FA: 250mg (IM); 500mg (IM, IV), 1000mg (IM, IV)
# Dose: 50-100mg/kg/dia em 1 ou 2 doses (acima de 2g/dia, dividir em 2 doses! Na meningite,
fazer também 2 doses, com máximo de 100-160mg/kg/dia).
Maximo 4g/dia
# Diluição: USO EV: 100mg/ml. Rediluir para 40mg/ml em SF0,9%. Correr em 30 min.
USO IM (pode usar apresentação EV para fazer IM seguindo as orientações
abaixo e usando a lidocaína a 1% sem vasoconstrictor como diluente):

Apresentação do frasco Quantidade de diluente a ser acrescentada


250mg/ml 350mg/ml
250mg 0.9ml ----
500mg 1.8ml 1.0ml
1g 3.6ml 2.1ml
2g 7.2ml 4.2ml

# Regra prática: peso = ml / dia


# Correção para ClCr: manter mesma dose

CEFEPIME
# Apresentação: FA = 1000mg ou 2000mg
# Dose: 50mg/kg/dose 8/8h
Máximo 2g/dose
# Diluição: inicial 100mg/ml. Rediluir para 40mg/ml em SF0,9%. Correr em 30min.
# Regra prática: peso/2 em ml / dose.
# Correção para ClCr: ClCr 10-50 -> aumentar intervalo para 24/24h
ClCr < 10 -> aumentar intervalo para 48/48h

CEFTAZIDIMA
# Apresentação: FA 1000mg ; 2000mg
# Dose: 100-150mg/kg/dia 8/8h
# Diluição: USO EV: diluir para 100mg/ml. Rediluir para 40mg/ml. Correr em 20min.
USO IM: diluir em AD ou lidocaína 1% para 250mg/ml
Máximo 6g/dia
# Regra prática: peso / 3 em ml / dose (dose mínima)
# Correção para ClCr: ClCr 30-50 -> 50mg/kg a cada 12h
ClCr 10-29 -> 50mg/kg a cada 24h
ClCr < 10 -> 50mg/kg a cada 48h

CLINDAMICINA
# Apresentação: 150mg/ml (FA 2, 4 e 6ml)
# Dose: 25-40mg/kg/dia de 6/6h ou 8/8h
Mínimo 300mg/dia
# Diluição: 6mg/ml em SF. Correr em 30min.
# Correção para ClCr: sem ajuste.

Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE


GENTAMICINA
# Apresentação: 20mg/ml ou 40mg/ml
# Dose: 7mg/kg/dia em 1-3 doses. (MUDA EM RN CONFORME IDADE E PESO)
# Diluição: 10mg/ml em SF0,9%. Correr em 30 minutos.
# Correção para ClCr: ClCr 30-50 -> aumentar intervalo para 12/12h ou 18/18h
ClCr 10-29 -> aumentar intervalo para 18/18h ou 24/24h
ClCl < 10 -> aumentar intervalo para 48/48h ou 72/72h

MEROPENEM
# Apresentação: FA 500mg; 1000mg
# Dose: 60mg/kg/dia 8/8h (se MENINGITE: dose dobrada!!)
# Diluição: em bolus -> 50mg/ml (500mg + 10ml diluente). Em 30 min -> 1-20mg/ml.
# Correção para ClCr: ClCr 30-50: 20-40mg/kg 12/12h
ClCr 10-20mg/kg 12/12h
ClCr < 10: 10-20mg/kg 24/24h

METRONIDAZOL:
# Apresentação: FA 5mg/ml
SUSPENSÃO: 40mg/ml
# Dose: 30-40mg/kg/dia 8/8h
# Diluição: solução já pronta para infusão.
# Regra prática: VO – peso/3 ml / dose
EV – 2xP / dose

OXACILINA
# Apresentação: FA 500mg
# Dose: 150-200mg/kg/dia 4/4h ou 6/6h
Máximo 1g/dose 4/4h
# Regra prática: peso/3 / dose (se 4/4h)
# Diluição: diluição inicial 100mg/ml. Rediluir para 10mg/ml em SF0,9%
# Correção para ClCr: usar dose mínima na IR grave.

PENICILINA CRISTALINA
# Apresentação: FA 1.000.000 UI; 5.000.000 UI
# Dose: 200.000UI/kg/dia 4/4h
Máximo 24.000.000 UI/dia
# Diluição: 500.000 UI/ml (1 FA 5.000.000 + 8 ml AD -> 500.000UI/ml)
Rediluição: < 1 ano -> 50.000UI/ml
> 1 ano -> 100.000UI/ml
# Correção para ClCr: ClCr 30-50 -> 75% da dose
ClCr < 10 -> 20-50% da dose

PENICILINA BENZATINA
# Apresentação: FA 1.200.000 UI ; 600.000UI
# Dose: 25-50 mil UI/kg/dose – DOSE ÚNICA (faringite, impetigo)

SULFAMETOXAZOL - TRIMETROPIM
# Apresentação: SUSPENSÃO: 200mg + 40mg/5ml
# Dose: 40mg/kg/dia 12/12h

Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE


# Regra prática: peso/2 em ml / dose

VANCOMICINA
# Apresentação: FA 1g – 50mg/ml
# Dose: 40mg/kg/dia 6/6h
# Regra prática: peso/5 ml / dose
# Diluição: 2,5-5mg/ml em SF0,9% ou SG5%. Correr em 1h.

Anti-parasitários

Albendazol (para maiores de 2a)


# Apresentação: SUSPENSÃO: 400mg/10ml ; cp 400mg
# Dose: 10ml ou 1cp 1x/dia 3-5 dias

Mebendazol
# Apresentação: SUSPENSÃO: 100mg/5ml; cp 100mg
# Dose: 100mg (5ml) 12/12h por 3 dias (ascaris, necator, enterobius, estrongiloides)
200mg 12/12h por 5 dias para larva migrans

Ivermectina (para maiores de 1a)


# Apresentação: cp 6mg
# Dose: 15-25kg -> ½ cp
26-44kg -> 1 cp
45-64kg -> 1cp + ½cp
> 65kg -> 2cps
A dose é única. No caso de escabiose, pode repetir 1x após 2 semanas.

Nitazoxanida (Annita)
# Apresentação: SUSPENSÃO (pó): 20mg/ml
Cp 500mg
# Dose: 7,5mg/kg/dose 12/12h por 3 dias
> 12 a: 500mg 12/12h por 3 dias

Analgésicos e antitérmicos
DIPIRONA
# Apresentação: Gotas: 500mg/ml (25mg/gota)
Solução: 50mg/ml
Ampola: 500mg/ml
# Dose: 10-25mg/kg/dose 6/6h (fazer mínimo no lactente e máximo no escolar)
# Regra prática: gotas: 0,8-1gota x P / dose
solução: 0,3-0,5ml x P / dose
EV: 0,03ml x P / dose - completar com AD para 10ml

Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE


IBUPROFENO (Alivium)
# Apresentação: gotas: 50mg/ml [5mg/gota] ou 100mg/ml [10mg/gota] (pouco usada)
Solução: 30mg/ml (pouco usada)
# Dose: 10mg/kg/dose de 8/8h ou 6/6h (analgésico)
Máximo: 40mg/kg/dia ou 2,4g/dia
# Regra prática: 1-2gotas x P (analgésico e antitérmico) – Maximo 40gotas/dose

PARACETAMOL
# Apresentação: Gotas: TYLENOL gotas 200mg/ml [10mg/gota] ou TYLENOL bebê 100mg/ml
[5mg/gota]
Solução: TYLENOL 160mg/5ml (32mg/ml) ou SUS 200mg/ml
# Dose: 10-15mg/kg/dose 6/6h
# Regra prática: gotas 1gt/kg // gotas bebê 2gt/kg // suspensão 0,3-0,5ml/kg/dose

CETOPROFENO
# Apresentação: Gotas: 20mg/ml (1mg/gota)
FA 50mg/ml
# Dose: 1mg/kg/dose 8/8h a 6/6h
OBS.: 7-11 anos: 25mg/dose / > 11 anos: 50mg/dose
# Diluição: 30-50ml SF0,9%. Correr em 30min.

TRAMADOL
# Apresentação: Gotas: 100mg/ml (2,5mg/gota)
Cápsula: 50mg
Ampola: 50mg/ml
# Dose: 1-2mg/kg/dose de 4/4h a 6/6h
Máximo 400mg/dia

MORFINA
# Apresentação: FA 1mg/ml (2ml) ou 10mg/ml (1ml)
# Dose: 0,1-0,2mg/kg/dose bolus 4/4h (EV, IM ou SC)
MÁXIMO 15mg/dose
Dose deve ser titulada conforme resposta do paciente! A resposta é muito variável!

Drogas de ação no TGI

Bromoprida
# Apresentação: GOTAS: 4mg/ml (1gt = 0,17mg)
FA: 5mg/ml
# Dose: 0,5-1mg/kg/dia em 3 doses.
# Regra prática: VO -> 1 gota/kg/dose 8/8h
EV -> 0,03xP / dose – completar para 20 com AD ou SF.

Dramin
# Apresentação: FA 50mg/ml
Cp 50mg

Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE


Gotas: 25mg/ml (1mg/gota)
# Dose: 1-1,5mg/kg/dose 6/6h
# Regra prática: VO – 1gt/kg/dose

Ondasentrona
# Apresentação: FA 2mg/ml
Cp 4mg ; 8mg
# Dose: VO 2-11a: 4mg 8/8h
>= 12a: 8mg 8/8h
EV: 0,15mg/kg/dose
# Regra prática: EV - 0,15xP/2 = ml/dose

Domperidona (Motilium)
# Apresentação: SUSPENSÃO 1mg/ml
Cp 10mg
# Dose: 0,25-0,4mg/kg/dose 8/8h (antes das refeições)
# Regra prática: 0,3xP = ml/dose

Simeticona (Luftal)
# Apresentação: GOTAS: 75mg/ml (2,5mg/gota)
# Dose: lactente 4-6gotas de 8/8h
< 12a: 8 gotas/dose até de 6/6h ou 4/4h
> 12a: 16 gotas/dose até de 6/6h ou 4/4h

ColiKids (Lactobacillus reuteri)


# Apresentação: GOTAS (5ml)
# Dose: 5 gotas 1x/dia. Pode diluir em sucos ou outros líquidos, exceto líquidos quentes.

Hioscina (Buscopan) – evitar em lactentes


# Apresentação: GOTAS: 10mg/ml (0,5mg/gota)
CP: 10mg
FA: 20mg/ml
# Dose: VO 1-6a: 5-10 gotas/dose de 8/8h
VO 6-14a: 10-20 gotas/dose de 8/8h
EV ou IM: 1-6a: 5mg/dose
> 6a: 10-20mg/dose
(No uso EV, pode diluir com SF ou SG. Fazer lento, ~ 1ml/min)

Hioscina + dipirona (Buscopan composto)


# Apresentação: GOTAS: 6,67 + 333,4mg/ml (0,5 + 25mg / gota)
# Dose: 1-6a: 0,1-0,2mg/kg/dose 8/8h ou 6/6h
> 6a: 0,2mg/kg/dose 8/8h ou 6/6h
# Regra prática: 1-6a: 5-10gotas/dose
> 6a: 10-20gotas/dose

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Ranitidina (Label, Antak)
# Apresentação: XAROPE 15mg/ml
FA 25mg/ml
# Dose: VO: 5-10mg/kg/dia 12/12h (refluxo)
EV: 2-4mg/kg/dia 8/8h ou 6/6h (profilaxia úlcera de estresse) [a partir de 1m até 14a]

Lactulona
# Apresentação: XAROPE: 667mg/ml
SACHÊ: 10g em 15ml
# Dose: constipação - 0,3-2ml/kg/dia 12/12h
encefalopatia hepática – 2-10ml/dia 8/8h a 6/6h (lactente)
10-15ml/kg/dia 8/8h a 4/4h (criança)
(na EH, ajustar a dose para manter 2-4 dejeções por dia)

Óleo mineral (não fazer em menores de 4 anos ou com risco de aspiração!!)


# Apresentação: -----
# Dose: VO: 5-20ml/dose 1x/dia ou 12/12h
Máxima: 50ml/dose
Enema: 30-60ml dose única.

Solução para mucosite


# Apresentação: xilocaína 5ml + nistatina 5ml + eritromicina 5ml + hidróxido de alumínio 5ml
# Dose: bochechar e cuspir 8/8h

Floratil
# Apresentação: sachês
# Dose: 1 sachê em pequena quantidade de água, 12/12h, por 3 dias.

Anti-histamínicos e corticoides
Hidroxizine (Hixizine)
# Apresentação: XAROPE 2mg/ml
CP 25mg
# Dose: 1-2mg/kg/dia 8/8h ou 6/6h
# Regra prática: 0,25xP / dose

Loratadina (Claritin) (evitar em menores de 2a!)


# Apresentação: XAROPE 1mg/ml
CP 10mg
# Dose: 2-5a: 5mg 1x/dia
>= 6a ou >= 30kg: 10mg 1x/dia

Desloratadina (Sigmaliv, Desalex) (a partir de 6m)


# Apresentação: XAROPE 2,5mg/ml
CP 5mg
# Dose: 6-12m: 1mg/dose 1x/dia
1-5a: 1,25mg/dose 1x/dia
6-11a: 2,5mg/dose 1x/dia
>= 12a: 5mg/dose 1x/dia

Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE


# Regra prática: 6-12m: 2ml 1x/dia
1-5a: 2,5ml 1x/dia
6-11a: 5ml 1x/dia
>= 12a: 10ml 1x/dia

Prometazina (Fenergan)
# Apresentação: FA 25mg/ml
# Dose: 0,1mg/kg/dose 6/6h
Máximo 1mg/kg/dia
# FAZER IM. Passar para anti-histamínicos VO (opção do Fenergan VO 25mg/cp) assim que
possível!

Prednisolona (Prelone, Predsim)


# Apresentação: SOLUÇÃO: 3mg/ml
CP 5mg ; 20mg
# Dose: Ataque: 1-2mg/kg/dose 6/6h (asma!)
1-2mg/kg/dia 1x/dia por 5-7d (asma!)
# Regra prática: P/3 = dose ml

Hidrocortisona (Solucortef)
# Apresentação: FA 100mg/ml
# Dose: 2-4mg/kg/dose 6/6h ou 4/4h (asma!)
# Diluição: 0,1-1mg/ml em SG5%. Correr em 30min.

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Hidratação e Distúrbios Hidroeletrolíticos
# Regra de Holliday:
CH: Cota Hídrica
Pcal: Peso Calórico

Cota hídrica basal diária (hidratação para 24h):


Peso <10 kg --- CH = 100 ml/kg
Peso >10 kg até 20 kg --- CH = 1.000 ml + 50 ml/ kg (a mais, entre 10 e 20)
Peso > 20 kg --- CH = 1.500 ml + 20ml/ kg (a mais, acima de 20)

Pcal = CH / 100 (é no peso calórico e não no peso real que se baseia o cálculo de eletrólitos na
HV!!)

Ex: Peso criança = 15kg


-- CH = 1.000 ml + 50 ml/kg x 5 kg = 1.000 ml + 250 ml --- CH = 1.250 ml
-- Pcal = 1.250 / 100 --- Pcal = 12,5 kg

Sódio basal:
Necessidade diária: 3 mEq Na/ kg
1 ml NaCl 20% = 3,4 mEq Na

Potássio basal:
Necessidade diária: 2 mEq K/ kg
1 ml KCl 10% = 1,34 mEq K

Ex.: HV de manutenção para criança de 22 kg


 CH = 1.500 ml + 20 ml/kg x 2 kg --- CH = 1.540 ml/dia
Pcal = 1540/100 --- Pcal = 15,4 kg
 NaCl 20% = 3 mEq Na/kg dia x 15,4 kg x 1 ml NaCl 20%/3,4 mEq Na
NaCl 20% = 13,6 ml NaCl 20%/dia
 KCl 10% = 2 mEq K/kg dia x 15,4 kg x 1 ml KCl 10%/1,34 mEq K
KCl 10% = 23 ml KCl 10%/dia

Prescrevendo... Em geral, a cota hídrica é fornecida por SG 5%. Como geralmente o volume das
bolsas de SG5% é de 500ml, dividimos a HV em fases iguais de no máximo 500ml. Sendo assim:
CH = 1.540 ml --- 4 fases iguais de 385ml, com 6h de duração cada fase (1 dia = 24h;
24h/4fases = 6h/fase) . O volume total dos eletrólitos, por conseguinte, também será dividido
igualmente para cada fase (13,6ml NaCl 20%/dia = 3,4ml NaCl20%/fase; 23ml KCl 10%/dia =
5,7ml KCl 10%/fase). A velocidade de infusão da HV por BIC é dada em ML/H, a partir da razão
do volume de cada fase pelo tempo de infusão da mesma. Se não houver BIC, pode-se
transformar ml/h em GOTAS/MIN, dividindo-se a velocidade de infusão por 3 (1ml/h =
3gts/min). Assim:

HV para 24h ( A = B = C = D)
SG 5% .... 385 ml
(3) NaCl 20% .... 3,4ml
(2) KCl 10% ....5,7ml
Fazer 394,1ml , EV em BIC a 65,7ml/h (ou EV , 22gts/min)

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OBSERVAÇÃO: há uma tendência recente a fazer a hidratação das nossas crianças,
principalmente os DOENTES CRÍTICOS, com SGF1:1 em substituição ao SG5%. Nessa caso,
calcule a cota hídrica e o volume de KCl normalmente. Não acrescente NaCl.

# Correção de Potássio
Hipocalemia grave: K < 2,5
Fase rápida = 4h
• 0,3 a 0,5 mEq K/kg/h
• Fazer de 4 a 6 mEq K/100 ml SF 0,9% ou SG 5%
(Concentração máx. veia periférica = 8 mEq K/100 ml;
veia central = 15 mEq K/100 ml)
 Lembre: KCl 10%= 1,34 mEq K /ml

• Ex.: Paciente de 10 kg, K= 2,0


-- Calculando 0,4 mEq K/kg/h, com 4 mEq K/100 ml SG 5%
- 0,4 mEq K/kg.h x 10 kg x 4h = 16 mEq K

100 ml SG 5% ---------------- 4 mEq K


X ml SG5% -------------------- 16mEq K
X = 400 ml SG 5%

1 ml KCl10% --------------- 1,34 mEq K


Y ml KCl10% --------------- 16mEq K
Y = 12 ml KCl 10%

-- Prescrição:
SG 5%.....400ml
KCl 10%.....12ml
Correr EV em 4h, em BIC a 103 ml/h (ou 35 gts/min)

Hipocalemia leve/moderada
Aumentar aporte KCl 10% em HV e/ou fazer KCl 6% xarope, VO, 6/6h
• 2 a 5 mEq K/kg/dia
• 1 ml KCl 6% = 0,8 mEq K

# Correção do Sódio:
Hiponatremia grave: Na < 120 ou Sintomática
(Na desejado - Na atual) x 0,6 x Peso = mEq Na a repor
[ A diferença não pode ultrapassar 12! Ideal 6-8 por dia]
• 1 ml NaCl 3% = 0,5 mEq Na
• 100 ml NaCl 3% = 15 ml NaCl 20% + 85 ml SG 5%
• Fase de ataque: 4 a 6h
• HipoNa aguda: velocidade máx. 5 mEq Na/kg/h ou 10 ml NaCl 3%/kg/h

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• Hipo Na crônica: velocidade máx. 2,5 mEq Na/kg/h ou 5 ml NaCl 3%/kg/h

Ex.: Paciente de 10 kg, Na = 115


Calculando mEq Na a repor com aumento sérico estimado em 8 mEq:
(123 - 115) x 0,6 x 10 = 48 mEq Na

Velocidade máxima infusão de NaCl 3%:


5 mEq Na/kg h x 10 kg = 50 mEq Na/h

Velocidade infusão em fase de ataque (4h):


48 mEq Na/4h = 12 mEq Na/h (ok! < 50 mEq Na/h)

Lembre: 1ml NaCl3% = 0,5mEq Na


1 ml NaCl 3% ------------- 0,5 mEq Na
X ----------------------------- 48 mEq Na
X = 96 ml NaCl 3%

Lembre: 100ml NaCl3% = 15ml NaCl20%


85ml SG5%
15 ml NaCl 20% ---------- 100 ml NaCl 3%
Y ----------------------------- 96 ml NaCl 3%
Y = 14,4 ml NaCl 20%

85 ml SG 5% ---------------- 100 ml NaCl 3%


Z ------------------------------- 96 ml NaCl 3%
Z = 81,6 ml SG 5%

Prescrição:
NaCl 20% ...... 14,4 ml
SG 5% ............. 81,6 ml
Fazer EV em 4h, em BIC a 24 ml/h (ou 8 gts/min)

# Hipoglicemia
Dx < 40 sintomática ou Dx < 20 - fazer flush de glicose!
 RN: Glicose 10%, 2 ml/kg, EV em bolus (ou Glicose 5%, 4 ml/kg)
 Crianças maiores: Glicose 25%, 2 ml/kg, EV em bolus

• 10 ml SG 10% = 1,2 ml SG 50% + 8,8 ml SG 5%


• 10 ml SG 25% = 5 ml SG 50% + 5 ml AD

Hipoglicemia assintomática com Dx > 20 - alimentar e monitorar Dx

# Cálculo da VIG ou TIG (Volume ou Taxa de Infusão de Glicose)


VIG objetivada: 4-6mg/kg/min RNPT
4-8mg/kg/min RNT
(geralmente iniciamos com VIG de 4 e titulamos conforme necessário)

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Gramas de glicose para atingir a VIG = Peso x VIG x 1,44
Ex.: RNT com peso = 4kg. VIG objetivada = 4mg/kg/min. CH = 4x100 = 400ml.
Gramas de glicose = 4 x 4 x 1,44 = 23g glicose

Assim, para ofertar a glicose calculada com a CH calculada, fazemos o calculo da concentração
que a solução deveria ter:

400ml -------- 23g


100ml -------- X
X = ~6%

Para chegarmos a essa concentração, devemos misturar SG5% com glicose a 50%. O método
prático mais conhecido para isso é a técnica da aranha:
subtrai
SG5% 50 - 6 = 44 (diferença das concentrações)

subtrai
6% 44+1 = 45 (“soma da diferença das concentrações”)

Glicose 50% 6 - 5 = 1 (diferença das concentrações)

Assim, calculamos o volume de SG5%


400ml ---------- 45
X ----------------- 44
X = 391ml

E calculamos o volume de glicose 50%


400ml -------- 45
Y --------------- 1
Y = 8,8ml

Prescrevendo...
HV fase única para 24h
SG5% ------------- 391ml
Glicose 50% ----- 8,8ml

OBS.: a regra da aranha é baseada naquela velha fórmula da estequiometria...


V1 x C1 = V2 x C2 + V3 x C3
Se não decorar a aranha, calcule as gramas de glicose e as concentrações da solução ideal (C1),
a cota hídrica total (V1), aplique as constantes e faça as contas
V2 + V3 = V1
C2 = 50%
C3 = 5%

DICA: há também uma regra prática para calcular o volume de SG50%:


SG50% = (P x 1,44 x VIG x 20 – CH)/9

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Sedação leve para exames
(rotina HIAS)
 Sedar crianças menores que não cooperam com exames (no nosso serviço, usado
principalmente na realização de ecocardiograma!)
 Fazer 30 minutos antes do eco.
 Observar por 60min. Se não dormir, repetir a dose, contanto que não ultrapasse 20ml
de dose cumulativa (dose máxima independente de peso ou idade!)
 Paciente em uso de diazepam -> não fazer hidrato de cloral
 Paciente em uso de clonazepam ou clobazam (frisium) -> fazer metade da dose

Hidrato de cloral
# Apresentação (HIAS): 40mg/ml (4%)
# Dose: 10-20mg/kg/dose
# Regra prática: P/2 em ml

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Asma / BVA / intercorrências respiratórias
# Asma / broncoespasmo
Conduta básica na crise:
1. O2 se saturação menor que 95%

2. B2 de curta ação (fenoterol NBZ, fenoterol spray, salbutamol spray) +/- brometo de
ipatróprio

Fenoterol (Berotec)
# Apresentação: 5mg/ml (0,25mg/gota)
# Dose: 0,1mg/kg/dose 20/20min (resgate)
# Regra prática: 1 gota a cada 3kg + 4ml SF 20/20 minutos, 3 vezes.
Máximo 10gts/dose (De acordo com o Blackbook. No Sabin dificilmente
fazemos mais de 5gts – alguns staffs advogam que os efeitos colaterais suplantariam
os benefícios. Pelo consenso, máximo 20gts/dose ou 5mg)

Fenoterol spray
# Apresentação: 100ug/jato
# Dose: 1 jato a cada 3kg, 20/20 minutos, 3x.
Máximo 10 jatos por dose.

Salbutamol spray (Aerolin)


# Apresentação: 100ug/jato
# Dose: 2-4 jatos / dose.
Máximo de 10 jatos / dose.

Após melhora reduzir nebulização para 2/2h e observar.


Se paciente grave, considerar acrescentar:

Brometo de ipratrópio (Atrovent)


# Apresentação: 0,25mg/ml
# Dose: < 20kg: 10 gotas/dose
> 20kg: 20 gotas/dose No Sabin, o protocolo da pneumo
questiona a eficácia do atrovent e
OU tende a não usar essa medicação!

Brometo de ipratrópio spray (Atrovent)


# Apresentação: 20ug/jato
# Dose: 4 jatos/dose

3 - Corticóide oral ou EV (se cortico-dependente ou má resposta a conduta inicial)


(ver doses na seção anti-histamínicos e corticoides)

4 - Sulfato de Magnésio: considerar se crise muito grave com má resposta inicial ou resposta
incompleta após 2 horas de b2.

Sulfato de Magnésio 50%


# Apresentação: 500mg/ml
# Dose: 25-75mg/kg/dose de 4/4h (média 40mg/kg/dose).
Máximo 2g/dose.

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# Diluição: Diluir em SF para correr 2,5mg/kg/min em aproximadamente 20 minutos.

5 - Salbutamol EV: fazer na crise grave refratária (muitos preferem ao invés do sulfato)

Salbutamol
Apresentação: 0,5mg/ml
Dose: Bolus 15-20ug/kg em 15min. Infusão continua 0,5-1ug/kg/min

Dando alta na emergência?


- Manter corticoide oral por 5 dias - 1mg/kg/dia

- Iniciar ou manter medicação preventiva por via inalatória:

Clenil HFA
# Apresentação: 50ug/jato, 100ug/jato, 200ug/jato e 250ug/jato
# Dose: < 5a: 50ug/jato - 1 jato de 12/12h
6-12a: dose baixa 50ug/jato - 1 jato de 12/12h até 2 jatos de 12/12h
dose média 250ug/jato 1 jato 1x/dia ou 1 jato de 12/12h
Adulto: dose baixa 50ug/jato 2 jatos 12/12h
dose média 250ug/jato de 12/12h

- Orientar uso da medicação de resgate:

B2-agonista

Salbutamol spray (Aerolin)


# Apresentação: 100ug/jato
# Dose: 1-2jatos por dose.

Fenoterol spray (Berotec)


# Apresentação: 200ug/jato ou 100ug/jato
# Dose: 200-400ug/dose até de 4/4h

# Bronquiolite viral aguda


 Nebulização com salina hipertônica
Preparo: 10 ml NaCl3% = 1,5ml NaCl20% + 8,5ml AD
Retirar 4ml e nebulizar 8/8h
(Fazer broncodilatador concomitante para evitar broncoespasmo)

 Fornecer 02 se necessário para manter Sat02 > 94%


 Lavar com salina e aspirar narinas antes de mamar e antes de nebulizar.
 Não há indicação de fazer corticoide na BVA (fazer somente se suspeita de ASMA)
 É possível fazer teste terapêutico com B2. Manter se houver resultado.
 Manter decúbito elevado.
 Se taquipneia importante, suspender alimentação VO e alimentar por SNE.
 Na BVA grave com progressão para IRpA, dieta zero + HV. Evitar hiperhidratação pelo
risco de SIHAD. Se necessário, fazer somente 2/3 da CH.

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 Imunomodulação com azitromicina (200mg/5ml, 5mg/kg/dia, 1x/dia, 3x/semana) em
casos de evolução atípica.
 Não há indicação de fisioterapia respiratória na BVA.

# Estridor
(Atenção! Não entram aqui as infecções bacterianas causadoras de estridor!!)

 Fornecer 02 umedecido
 Hidratar
 Corticóide EV (dexametasona) ou inalatório (budesonida)
Dexametasona
# Apresentação: 4mg/ml
# Dose: 0,6mg/kg. Máximo 8mg. Dose única. Não é necessário diluir.

 Nebulização com adrenalina


Adrenalina
# Apresentação: 1:1000
# Dose: 0,5ml/kg. Máximo 5ml. Pode ou não diluir com igual volume de SF0,9%

# Opcões para fornecimento de oxigênio na enfermaria:


Máscara de Venturi

Tipo de máscara FiO2


LARANJA 50%
ROSA 40%
VERDE 35%
BRANCA 31%
AMARELA 28%
AZUL 24%

Oxihood (RNs, lactentes pequenos)

A soma do O2 e ar comprimido prescritos deve ser = 8L.


Para saber a FiO2 fornecida, somar 2 ao valor do O2. Assim:
O2 4L + Ar 4L -> FiO2 = 2 + 4 = 6 -> FiO2 60%
O2 3L + Ar 5L -> FiO2 = 2 + 3 = 5 -> FiO2 50%
O2 2L + Ar 6L -> FiO2 = 2 + 2 = 4 -> FiO2 40%
O2 2L + Ar 7L -> FiO2 = 1 + 2 = 3 -> FiO2 30%

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# Intubação Pediátrica:
Tamanho do tubo: (Idade + 4)/4
Tipo de tubo: < 8a – sem cuff
> 8a – com cuff
Fixação (altura do dente): Idade + 4 ou tubo x 3
Escolha do laringoscópio: < 6m – 0
6m-2a – 1
3a-6a – 2
> 8a – 3
Drogas para indução:
1. Midazolam 5mg/ml
1ml + 4ml AD
Fazer P/10, EV
2. Fentanil 50mcg/ml
Px0,04ml + AD para completar seringa de 10ml, EV
3. Succinilcolina 50mg/ml
1ml + 9ml AD
Fazer Px0,2 + AD para completar seringa de 10ml, EV

Parâmetros iniciais para ventilação mecânica:


Volume corrente (Vt) 8-12ml/kg
Frequência FR para idade
PIP 20-25
PEEP 4-5
FiO2 1,0 (100%), reduzindo depois para 0,5
Tempo Insp. (Ti) I:E 1:2 ou 1:3

Sedação de manutenção:
No mesmo soro:
1. Midazolam 5mg/ml.
Dose: 0,1-0,5mg/kg/h
Em ml: 0,1 x P x 24 / 5

2. Fentanil 50mcg/ml
Dose: 1-5mcg/kg/h
Em ml: 1 x P x 24 / 50

3. SF0,9% para completar, formando solução pra correr com 1ml/h ou 2ml/h

Exemplo: criança de 1 ano, P = 10kg


Midazolam 5mg/ml --------- 5ml
Fentanil 50mcg/ml ---------- 5ml
SF0,9% ------------------------- 14ml
Volume total = 24ml. Fazer EV em BIC 1ml/h.

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Crise convulsiva
Midazolam (Dormonid)
# Apresentação: FA 5mg/ml 1ª escolha do HIAS no > 3m.
# Dose: 0,1-0,3mg/kg/dose
# Diluir 1ml em 4ml AD -> 1mg/ml -> 0,1-0,3ml/kg/dose
# Fazer no máximo 3 doses com intervalo de 5 minutos. Esteja pronto para entubar a partir da
2ª dose (risco de depressão respiratória).

Fenobarbital
# Apresentação: 100mg/ml 1ª escolha do HIAS no < 3m.
# Dose de ataque: 10-20mg/kg/dose, EV, lento.
# Diluir 1ml em 9ml AD -> 10mg/ml -> 1-2ml/kg/dose
# Se não houver controle com a dose inicial, repetir após 5 min com 5-10mg/kg, chegando ao
máximo de 30mg/kg somando todas as doses de ataque.
# Dose de manutenção: 5-7mg/kg/dia de 12/12h
Iniciar a manutenção com metade da dose total de ataque, 12h após o mesmo. De modo geral,
fazemos 5mg/kg/dia.

Fenitoína
# Apresentação: 50mg/ml
# Dose de ataque: 15-20mg/kg/dose
# Diluir 1ml em 4ml AD -> 10mg/ml -> 2ml/kg/dose
# Se não houver controle, podem ser feitas doses adicionais de ataque de 5mg/kg até dose
total de 30mg/kg.
# Dose de manutenção: 4-10mg/kg/dia de 8/8h
Iniciar a manutenção 8h após o ataque.
# Preferir a fenitoína nos seguintes casos: convulsão focal, tumor de SNC, TCE.

Na crise convulsiva, não esquecer de:


Manter vias aéreas pérvias
Monitorizar e fornecer O2 s/n
Evitar trauma
Se crise nova, procurar a causa!

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Alimentação

Cálculo da capacidade gástrica (a partir de 1 mês de vida):


20-30ml/kg/vez

Fórmulas especiais:
Alergia a proteína do leite de vaca (APLV):

Nome comercial Tipo de fórmula Kcal/100ml Ca/100ml Comentário


Pregomin Pepti Extensamente 66 50
hidrolisado
Sem lactose
Alfaré Extensamente 70 54
hidrolisado
Sem lactose
Althéra Extensamente 67 41
hidrolisado
Com lactose
Neocate LCP Fórmula de 71 49
aminoácidos
Neocate Fórmula de 100 50 Maior de 1a
Advance aminoácidos
Aptamil HA Parcialmente 65 46
hidrolisado
NAN Supreme Parcialmente 67 47
hidrolisado
NAN Soy Fórmula de soja 67 69

Outras patologias

Nome comercial Patologia Kcal/100ml Ca/100ml


Nan sem lactose Intol. a lactose 67 56
NAN Comfor Constipação 67 43
Aptamil Active Constipação 65 49
NAN AR DRGE 67 62
Aptamil AR DRGE 67 78

Fórmulas de maior aporte calórico para dia oral ou enteral:

OBS.: de acordo com a Nutrição do HIAS, as fórmulas de partida comuns também poderiam ser
administradas por via enteral!

OBS2.: Também é possível aumentar o aporte calórico com complementos como o FM85 (no
leite materno), TCM ou maltodextrina.

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Nome comercial Via de adm Idade Kcal/100ml Comentário
Fortini ORAL A partir de 1 150 Nutricionalmente
MultiFiber ano completo /
líquido hipercalórico /
sem lactose
Infatrini ORAL OU 0-12m 100 Uso em lactentes
ENTERAL para maior oferta
calórica
Nutrini ENTERAL 1-6 anos 100 Risco nutricional
(standard) / desnutrição /
sem lactose
Pediasure ORAL OU 1-10 anos 100 Nutricionalmente
complete ENTERAL completo
Peptamen junior ORAL OU 1-10 anos 100 Má-absorção,
ENTERAL diarreia,
desnutrição,
sepse / isenta de
glúten, lactose e
colesterol
Nutrini Pepti ENTERAL (semi- A partir de 1a 100 Má absorção,
elementar) intolerância /
isenta de lactose
Nutren Junior ORAL OU 1-10 anos 100 Complemento
ENTERAL alimentar / isento
de lactose e
glúten

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HV para lise tumoral

Calcular superfície corpórea:


SC: Fazer a raiz quadrada da seguinte equação: E(cm) x P(kg)/3600
OU
SC = Px4 + 7/P + 90

HV: SG5% 2000-3000ml/m2

Na lise tumoral, dosar:


Ácido úrico / K / HCO3 / pH / LDH / P / FA

Se necessário, também podemos fazer:


Bicarbonato de Na 8,4% 20-40mEq/L (lembre: Bic Na 8,4% -> 1mEq = 1ml)
Alopurinol 200-300mg/m2

Manter pH urinário > 7,1

Cálculo do clearance de creatinina


ClCr = 0,413 x E / Cr

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Cetoacidose diabética
Protocolo HIAS
(resumidinho)

Cetoacidose – critérios bioquímicos:


1. Hiperglicemia - glicemia > 200 mg/dl
2. Acidose metabólica - pH < 7,30 e/ou bicarbonato < 15 mmol/L
3. Cetose – cetonemia > 3 mMol/l ou cetonúria

Indicações de internação em UTI :


Ø Cetoacidose diabética grave – longa duração dos sintomas, sinais de choque, baixo nível
consciência.
Ø crianças < 2 anos - devido maior risco de edema cerebral
Ø Glicemia > 1.000 mg/dl
Ø Condições inadequadas de tratamento nas unidades de urgência

1ª HORA
Hidratação
Puncionar 2 veias
Expansão inicial : SF0,9% 20 ml/kg em 1h
30 - 50 ml/kg em 1h (se sinais de choque)

Max.1000 ml/h até normalização do estado hemodinâmico

2ª HORA
1) Insulinoterapia
Iniciar após expansão inicial (2ª hora)
• Melhor método: via endovenosa contínua
• Via subcutânea ou intramuscular – não usar em casos de acidose grave, má perfusão
periférica

VIA ENDOVENOSA
Insulina regular
• Dose ataque : 0,1U/kg EV, em bolus
• Dose manutenção: 0,1U/kg/hora (bomba de infusão )
• Preparo : diluir 50 U insulina regular em 500ml SF0,9% , lavar o equipo com a solução e
trocar o frasco a cada 6 h.
 Quando glicemia ficar próxima a 250 mg/dl ou a queda da glicemia for superior a 100
mg/dl/h com acidose ainda presente, a velocidade de infusão deve ser reduzida para
0,05 U /kg/hora .
 Quando houver melhora da acidose ( pH > 7.3 ou bicarbonato > 18mEq/L), deve ser
aplicada 0,2U /Kg de insulina regular IM 30’ antes de suspender a infusão.

VIA INTRAMUSCULAR
• Insulina regular 0,2U/kg IM 2/2h. Se a criança estiver hidratada e com boa perfusão
periférica, a aplicação poderá ser feita via subcutânea.
• Quando a glicemia capilar ficar próxima a 250 mg/dl ou a queda de glicemia capilar for
superior a 100mg/dl/h , com acidose ainda presente → reduzir dose para 0,1U/kg 2/2h.

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OBS.: Quando houver melhora da acidose ( pH > 7,3 ou bicarbonato > 18 mEq/L) pode-se
aplicar insulina regular 0,2 U /kg de 4/4h até a manhã seguinte à estabilização do quadro,
quando será iniciada a NPH.

Atenção :
Ø Geralmente a correção da glicemia antecede a correção da acidose. Portanto, manter
insulinização intensiva enquanto persistir acidose. Se necessário, deverá ser aumentada a
concentração de glicose do soro para evitar hipoglicemia.
Ø Avaliar glicemia capilar 2/2 h e cetonúria 2/2h
Ø A taxa de queda da glicemia deve ser entre 50 – 100mg/dl/ hora.

2) Hidratação
10 ml/kg/hora até hidratação

Se glicemia > 250 mg/dl - manter SF0,9 %


Se glicemia < 250 mg/dl - substituir por SG 5% + SF0,9 (1:1) e/ou aumentar a concentração de
glicose do soro

Potássio
• K < 4,5 mEq/l � adicionar K (40 mEq/ litro) ao soro a partir da 2ª hora se diurese presente
• K entre 4,5 - 6,0 � a partir da 4ª hora ( 20 mEq/ litro )
Velocidade máxima = 0,5 mEq/kg/h e dosagem de potássio 4/4 h

Se clinicamente hidratado e com débito urinário satisfatório :


• Tipo de soro : Soro glicofisiológico 1: 1
• Volume: calcular conforme Holliday-Segar.

OBS : Suspender hidratação endovenosa se paciente hidratado, com boa diurese e boa
aceitação por via oral.

Bicarbonato:
Indicação : pH < 7,10
Bicarbonato (mEq) = (15 – Bic. encontrado ) x 0,3 x peso ( kg)

Infundir metade da quantidade calculada em 2h.


Se ao controle gasométrico, pH < 7,0, repetir a infusão.

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Rotina para lavado bronco-alveolar
Indicações:
 Atelectasia crônica
 Pneumopatia crônica a esclarecer
 Pre operatório de bronquiectasias
 Infiltrado pulmonar em paciente imunossuprimido
 Pneumopatia intersticial
 Histiocitose
 Hemossiderose
 Proteinose alveolar
 Pneumonia lipoídica

Os exames devem ser solicitados em folha de exame comum, agrupados em dois pedidos
diferentes, um para o LACEN e outro para o laboratório de apoio e previamente autorizado
pela direção clínica. A coleta deve ser realizada em dois frascos.

Exames solicitados:
PARA O LABORATÓRIO DE APOIO PARA O LACEN
Citologia diferencial Pesquisa de BAAR
Pesquisa direta para fungos Cultura para BK
Coloração pela prata para pesquisa de P. Bacterioscopia
jirovecii
Cultura para fungos Cultura para germes piogênicos
Pesquisa de macrófagos alveolares com
gordura
Pesquisa de macrófagos alveolares com
hemossiderina
PAS (na suspeita de proteinose alveolar)
CD-1a (na suspeita de histiocitose)
CD-4 e CD-8 (na suspeita de sarcoidose e
pneumonia de hipersensisibilidade)

Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE


Prescrição de Hemoderivados

Concentrado de hemácias
Dose: 10-15ml/kg
1 unidade = 250-300ml.

Tempo de infusão: geralmente 1-2h. Não deve ultrapassar 4 horas. Não exceder a velocidade
de infusão de 20-30mL/kg/hora.

Avaliação da resposta terapêutica: nova dosagem de HB ou HT 1-2 horas após a transfusão,


considerando também a resposta clínica.

Concentrado de plaquetas
Dose: 1 unidade a cada 7-10kg
Em menores de 15kg: 5-10ml/kg
(pode fazer até o dobro em paciente oncológico)
1 unidade = 50-70ml – obtenção por sangue total (5,5 x 1010 plaquetas em cada unidade)
200 a 400ml – obtenção por aférese (3 x 1011 plaquetas em cada unidade)
(1 unidade obtida por aférese = 6-8 unidades obtidas por sangue total)

Tempo de infusão: ideal em 30 minutos, não excedendo a velocidade de infusão de 20-


30mL/kg/hora

Avaliação da resposta terapêutica: nova dosagem 1 hora após a transfusão, porém a resposta
clínica também deve ser considerada.

Quando transfundir ou não transfundir plaquetas:

NÃO TRANSFUNDIR:

X Qualquer valor quando a etiologia da plaquetopenia é IMUNE, exceto em casos de


sangramento grave, SEMPRE associando formas de tratamento específico! Ou seja, não
transfundir:
 PTI
 Dengue hemorrágica
 Plaquetopenia associada a leptospirose ou riquetioses.
 Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT)
 Plaquetopenia induzida por heparina (PIH)

Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE


Transfundir:

 Quando a etiologia é falência medular aguda, se:


 Contagens inferiores a 5.000/µL em pacientes estáveis (sem sangramento).
 Contagens inferiores a 20.000/µL na presença de fatores associados a eventos
hemorrágicos como: febre (>38°C), manifestações hemorrágicas menores (petéquias,
equimoses, gengivorragias), doença transplante versus hospedeiro, esplenomegalia,
utilização de medicações que encurtam a sobrevida das plaquetas (alguns antibióticos
e antifúngicos), hiperleucocitose (contagem maior que 30.000/mm³), presença de
outras alterações da hemostasia (por exemplo, leucemia promielocítica aguda) ou
queda rápida da contagem de plaquetas.

 Quando a etiologia é a falência medular crônica (por exemplo, anemia aplástica grave,
síndrome mielodisplásica, etc.):
 Profilaticamente se contagens inferiores a 5.000/µL
 Contagens inferiores a 10.000/µL, na presença de manifestações hemorrágicas.

 Antes de procedimentos cirúrgicos conforme a tabela:


Condição Nível desejado
Punção lombar para coleta de líquor ou Superior a 20.000/uL
quimioterapia (pacientes pediátricos!)
Biópsia e aspirado de medula óssea Superior a 20.000/µL
Endoscopia digestiva
Sem biópsia Superior a 20.000 – 40.000/µL
Com biópsia Superior a 50.000/µL
Biópsia hepática Superior a 50.000/µL
Broncoscopia com instrumento de fibra
óptica
Sem biópsia Superior a 20.000 – 40.000/µL
Com biópsia Superior a 50.000/µL
Cirurgias de médio e grande porte Superior a 50.000/µL
Cirurgias oftalmológicas e neurológicas Superior a 100.000/µL

Plasma fresco congelado

Dose: 10-20ml/kg
(aumenta 20-30% os níveis dos FC do paciente, chegando a níveis hemostáticos)

Monitorização laboratorial: o TAP maior que 1,5 vezes o ponto médio da variação normal e/ou
o TTPa maior do que 1,5 vezes o limite superior do normal, podem ser usados como parâmetro
para reposição, de acordo com a situação clínica do paciente. Lembre que esses marcadores
NÃO tem correlação direta com risco de sangramento.

Tempo de infusão: correr aberto, tempo máximo deve ser de 1 hora.

Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE


Neutropenia febril
Protocolo HIAS
Conceito:
Bastões + segmentados < 500/mm³ + 1 pico febril (>=38,3ºC ou 2 picos febris >=38ºC)

Conduta:
Identificar o foco
Solicitar exames: HC, HCT, bioquímica, SU, Rx tórax, USG de abdome, swabs
Se não há foco evidente: seguir o protocolo
Classificar o paciente em alto ou baixo risco

A. Paciente de baixo risco


 > 100 neutrófilos/mm³
 Sem comorbidades (foco, sepse, mucosite, lesão perianal, etc)
 Sem neoplasia em atividade (ou seja, em remissão total ou parcial)
 Sem cateter implantado

Conduta (no tratamento hospitalar):


Ceftazidima 150mg/kg/dia 8/8h + amicacina 15mg/kg/dia 8/8h
Acrescentar vancomicina se:
- Suspeita clínica de infcções graves relacionadas a cateter (bacteremia, celulite)
- Colonização por S. pneumoniae resistente ou ORSA
- HCT positiva para Gram+
- Hipotensão, choque ou comprometimento cardiovascular

B. Paciente de alto risco

Conduta:
Iniciar 2ª linha -> cefepime 150mg/kg/dia

Acrescentar vancomicina se:


- Infecções relacionadas a cateteres, Gram+, S. pneumoniae ou instabilidade hemodinâmica

Seguimento

1) Paciente afebril no terceiro dia?


 HCT positiva: trocar ou não ATB (conforme TSA) e manter por 14-21d.
 HCT negativa + > 500 neutrófilos: manter ATB até D7 ou 2º dia afebril
 HCT negativa + < 500 neutrófilos: manter ATB até D10 ou 5º dia afebril

2) Paciente febril no terceiro dia?


 HCT positiva: trocar ou não ATB (conforme TSA) e manter por 14-21d.
 HCT negativa: vancomicina 40mg/kg/dia -> se já estiver em uso, rastrear de novo e
trocar ATB para 2ª linha (se estável) ou 3ª linha (se instável)

3) Paciente febril no quinto dia?

Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE


 Febre persistente + piora: trocar para esquema seguinte e rastrear. Incluir
ecocardiograma e avaliar necessidade de USG e TC de abdome.
 Febre persistente SEM piora: iniciar anfotericina B 1mg/kg/dia e reavaliar a cada 48h

4) Instabilidade hemodinâmica
 Esquema de 3ª linha: imipenem 60mg/kg/dia + vancomicina 40mg/kg/dia. Rastrear e
reavaliar diariamente.

Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE

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