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O Mulato: Resumo Por Capítulo

Paráfrase da obra “O Mulato” de Aluísio Azevedo, por Bruno Alves

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ÍNDICE
PARA ENTENDER A OBRA 2
Capítulo 1 2
Capítulo 2 3
Capítulo 3 5
Capítulo 4 Erro! Indicador não definido.
Capítulo 5 Erro! Indicador não definido.
Capítulo 6 Erro! Indicador não definido.
Capítulo 7 Erro! Indicador não definido.
Capítulo 8 Erro! Indicador não definido.
Capítulo 9 Erro! Indicador não definido.
Capítulo 10 Erro! Indicador não definido.
Capítulo 11 Erro! Indicador não definido.
Capítulo 12 Erro! Indicador não definido.
Capítulo 13 Erro! Indicador não definido.
Capítulo 14 Erro! Indicador não definido.
Capítulo 15 Erro! Indicador não definido.
Capítulo 16 Erro! Indicador não definido.
Capítulo 17 Erro! Indicador não definido.
Capítulo 18 Erro! Indicador não definido.
Capítulo 19 Erro! Indicador não definido.
QUESTÕES DE VESTIBULAR Erro! Indicador não definido.
O MULATO: RESUMO POR CAPÍTULO

PARA ENTENDER A OBRA


Segundo romance de Aluísio Azevedo, publicado em 1881, O Mulato inaugura o
Naturalismo brasileiro descrevendo de forma crítica a sociedade maranhense do fim do
século XIX. Abordando questões como o preconceito racial e o poder da Igreja, a obra
causou irritação entre os burgueses de São Luís, terra natal do autor, onde a história é
ambientada, mas foi enaltecida na Corte (Rio de Janeiro).

Este resumo destina-se a contar o livro em uma linguagem mais acessível e concisa,
sem deixar de lado os episódios que sustentam a obra como um todo e explicando
alguns pontos que podem não ficar claros apenas com a leitura do texto original. Em
alguns casos, para explanações mais completas sobre fatos históricos e expressões da
época, há links que podem ser acessados diretamente no texto.

Caso restem dúvidas quanto à obra ou ao próprio resumo, entre em contato pelo site
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Capítulo 1
A pobre cidade de São Luís do Maranhão é castigada por um dia de sol forte e calor
intenso. Nas ruas andam somente os pretos e os aguadeiros, aqueles que abastecem as
casas com água. Na Praia de Santo Antônio uma buzina chama as peixeiras, mulheres
negras e gordas, que enchem seus tabuleiros com a produção dos pescadores.

Na Praia Grande e na Rua da Estrela há mais movimento: comerciantes de paletó suado,


negros no carreto, caixeiros, escravos vendidos como animais, leiloeiros nos armazéns,
gordos capitalistas, além de alguns desempregados e ociosos que, no entanto,
mantinham a postura de homens muito ocupados.

O sobrado de Manuel Pescada possui uma varanda pitoresca, com uma bela vista para o
rio Bacanga, azulejos portugueses, armários de jacarandá que exibem pratas e
porcelanas. À mesa, ainda com a louça do almoço e uma garrafa com restos de vinho
português, estão o dono da casa e sua filha, Ana Rosa, que é questionada sobre o
interesse em se casar, mas não responde, distraída com migalhas de pão.

Manuel Pedro da Silva, nome de batismo, era um português de cinquenta e tantos anos,
forte e trabalhador. Fora casado com Mariana, uma senhora de Alcântara, que faleceu
deixando-lhe uma filha. Para cuidar da pequena, convidou sua sogra, D. Maria Bárbara,
para morar consigo.

A velha mantinha uma boa aparência, mas possuía um gênio insuportável, tratando os
escravos com violência por puro gosto e incomodando os vizinhos com suas gritarias
quando estava furiosa. Orgulhosa de sua ascendência portuguesa por parte dos avós, D.

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Maria contentou-se em casar a filha com um homem branco e europeu, assim como ela
havia feito.

Mariana, no entanto, uniu-se a Manuel Pedro por mera comodidade, atendendo a suas
inclinações maternais. Quando jovem fora apaixonada por José Cândido, conhecido
como “Farol”, um agitador político liberal, cuja aproximação foi impedida pela família.
Manuel Pedro, por outro lado, era avesso às tendências românticas de Mariana, mas era
um bom homem. Ao saber da morte de Farol, Mariana foi tomada por uma tristeza que
se converteu em doença e, antes de falecer, deu à filha o único conselho do qual Ana
Rosa nunca se esqueceria: para ser feliz, ela teria que se casar por amor, arriscando a
própria vida se necessário.

Ana Rosa, que herdou a beleza da mãe e a robusteza do pai, foi criada entre a falta de
afeto paternal e o mau gênio da avó. Mesmo assim aprendeu muito de gramática, algo
de francês e música. Na puberdade entrou em contato com romances europeus e gostava
de passeios ao ar livre.

Aos quinze anos percebeu mudanças em seu corpo e sua mente: sentia-se só, precisava
de um amor para se dedicar. Tivera antes disso alguns namoradinhos, mas os
considerava “coisas de criança”. Agora Ana Rosa queria um homem que lhe daria uma
casa filhos para cuidar: era o melhor destino que uma mulher poderia desejar, pensava
ela, que sempre gostou de cuidar de bebês.

O noivo, no entanto, não aparecia. Passados três anos a moça deixava transparecer uma
tristeza que preocupou seu pai. Por conselho médico, passou três meses na praia, onde
revigorou os ânimos com banhos de mar e com a amizade de D. Eufrasinha, uma jovem
viúva, cujo marido, após dez dias de casamento, foi morto na Guerra do Paraguai. Ana
Rosa aprendeu com a amiga alguns segredos da vida conjugal e remodelou seu ideal de
marido de acordo com o que Eufrasinha ditava: “olhos mortos, beiços grossos, nariz
comprido”.

No armazém de Manuel Pescada havia um empregado exemplar, discreto, econômico e


português, chamado Luís Dias. O rapaz era disputado pelos patrões da região, mas não
abria mão de sua fidelidade a Manuel, que o estimava como um membro de sua família
e enxergava nele um bom pretendente para sua filha. Ana Rosa, porém, desprezava o
rapaz, considerando-o avarento e sem vontade própria. Manuel pedia ajuda a seu
compadre, cônego Diogo, para encaminhar a união de sua herdeira, mas o religioso
dizia ser necessário dar tempo ao tempo.

Capítulo 2
Fazia três meses da estada de Ana Rosa na praia quando Manuel Pedro indagava-lhe
sobre o casamento. Nessa ocasião surgiu o cônego Diogo, sempre muito bem cuidado e

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bem vestido, trazendo notícias a seu compadre, das quais gostaria de tratar em
particular.

No escritório de Manuel, o cônego revelou que em breve chegaria de Portugal um


sobrinho bastardo do comerciante, filho de seu falecido irmão José com uma negra,
Domingas. O rapaz, chamado Raimundo, fora enviado a Coimbra para formar-se em
Teologia, mas acabou concluindo os estudos em Direito, e agora retornaria a São Luís
para desfazer-se de seus bens e, em seguida, viveria no Rio de Janeiro. O religioso
tratava do caso com desgosto, considerando a origem mestiça do rapaz uma afronta à
moralidade: para ele pessoas de sangue negro nunca deveriam ter acesso à educação,
nem inteligência para superar os brancos.

Manuel considerou razoável hospedar Raimundo em sua casa, em honra a seu irmão.
Dias não concordou com essa postura, declarando um perigo receber em casa um
homem desta estirpe. Só houve consenso quando Manuel argumentou que uma boa
recepção a Raimundo poderia resultar em vantagens nas possíveis negociações que
seriam feitas – tanto o comerciante quanto o religioso tinham interesse em comprar as
terras do sobrinho bastardo.

Saindo do escritório os compadres encontraram Ana Rosa na varanda, pronta para uma
reunião de aniversário à qual iria com seu pai. Enquanto Manuel ia se arrumar o cônego
ficou a conversar com a moça. Era fim do expediente no armazém e os caixeiros, que
viviam no mirante da casa, entravam para almoçar. O primeiro a passar pela varanda foi
Bento Cordeiro, o mais antigo funcionário, muito feio e dado às bebidas. Depois passou
Gustavo de Vila-Rica, português recém-chegado que andava sempre bem aprumado,
frequentava bailes e gostava de ler. Por último surgiu um pequeno, ainda com dez anos,
que evitou cumprimentar Diogo e Ana.

Manuelzinho chegara há seis meses, deixando sua mãe numa aldeia do Porto, e era
constantemente maltratado pelos funcionários mais velhos: restava a ele as tarefas de
limpeza e varrição do armazém. Sendo chamado pelo cônego para cumprimentá-los
decentemente, o menino ficou mudo. Ana Rosa reparou nas unhas compridas e sujas do
garoto e, maternalmente, se colocou a cortá-las e limpá-las. Com carinho, a moça
indagou o pequeno sobre as saudades da mãe e de sua terra, deixando-o comovido
aponto de chorar: era a primeira vez que alguém se importava com ele no Brasil.

Enquanto isso Luís Dias passava pela varanda sem ser percebido e, vendo a cena de Ana
Rosa com Manuelzinho, sentiu enorme ciúme. Imaginava que a moça pretendia criar a
criança para poder contar com ele quando precisasse enviar cartas a seus amantes e se
enxergava como o homem que poria fim a tal situação.

Dias era fechado, guardando em si uma baixeza que poucos desconfiavam. Sua única
ambição era ser rico, se propondo a fazer o que fosse necessário para atingir seu
objetivo. Sua figura, magra, curvada, de olhos fundos, refletia seu interior. Para
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economizar, deixava de comprar escovas de dentes, sendo seus dentes podres um dos
sinais que repugnavam Ana Rosa. Seu único hábito “extravagante” era levar aos
sábados uma garrafa de vinho ou uma marmelada à casa de uma mulata gorda que vivia
com duas filhas.

Certa manhã Dias queixou-se de alguma enfermidade e pediu para ficar em seu quarto.
Manuel, informado pelo médico que o problema de seu funcionário poderia ser falta de
banho, foi à cama de Luís para orientá-lo e acabou afeiçoando-se ao compatriota: logo
queria lhe arranjar casamento.

Depois de arranjar as unhas de Manuelzinho, Ana Rosa aconselhou o pequeno a tomar


banho todas as manhãs, pois assim ela teria gosto de cuidar dele. Quando subia para seu
quarto o menino foi interrompido por Dias, que lhe deu uma palmada e ordenou que não
se envolvesse mais coma filha do patrão.

Após voltarem da reunião de aniversário, Ana passou por uma nova crise de nervos.
Manuel chamou um doutor que aconselhou à garota distrações e um casamento.

Dias depois o cônego aparece na casa de Manuel para informar a chegada do navio em
que viria Raimundo. Os dois foram à fortaleza de São Marcos e embarcaram para o
navio, onde receberiam o rapaz.

Capítulo 3
Atravessando a Praça do Comércio, acompanhado por Diogo e Manuel, Raimundo era
alvo da curiosidade do povo da região. A boa aparência do rapaz, que herdara do pai os
olhos azuis, chamava a atenção dos portugueses e comerciantes, aos quais logo foi
apresentado por seu tio. Chegando à sua casa, Manuel colocou-se a disposição do
sobrinho com muita cortesia e o viajante quis descansar em seu novo quarto.

Carregado de experiências de estudo e viagens estrangeiras, faltava a Raimundo o


conhecimento de suas origens. Sabia que o pai morrera antes de ser mandado a Portugal,
mas quanto à mãe, não sabia nem o nome. O retorno à sua província poderia solucionar
estes mistérios, mas talvez não houvesse muito que fazer por lá: queria liquidar os
negócios e se estabelecer na capital, o Rio de Janeiro, onde pretendia ter um escritório e
casar-se.

A história de Raimundo, no entanto, era conhecida por muitos no Maranhão. Seu pai,
José da Silva, trabalhava com o contrabando de africanos e fugiu do Pará, onde era
malquisto, acompanhado de Domingas, uma de suas escravas mais jovens. Vivendo
numa fazenda no Maranhão, Domingas deu à luz ao filho de José, batizado Raimundo.

Após prosperar nos negócios José da Silva casou-se com uma brasileira viúva, D.
Quitéria Inocência, muito religiosa e cruel com os escravos. Quando a mulher percebeu

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os cuidados extremados com que José tratava Domingas e seu filho, ordenou que o
pequeno fosse mandado embora daquelas terras e torturou a escrava com queimaduras
pelo corpo. O marido censurou a esposa e levou Raimundo para viver com seu irmão,
Manuel, onde estaria seguro, sob a orientação de ser encaminhado aos estudos em
Portugal, quando estivesse na devida idade.

Retornando à sua casa José flagrou Quitéria dividindo o quarto com Diogo, jovem padre
da região. Furioso, o homem traído estrangulou a esposa até a morte. O padre propôs
um acordo de sigilo mútuo e a morte de Quitéria foi associada a uma possessão
demoníaca. José deixou a fazenda nas mãos de Domingas e retornou a São Luís, de
onde planejava partir para Portugal.

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