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Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação

da Universidade Federal do Rio de Janeiro

(PDTIC da UFRJ)

Biênio 2011-2012

Publicado no Boletim UFRJ nº 03 de 20/01/2011, páginas 15 a 38 (Portaria n° 4518 de 20/12/2010) e no D.O.U. nº 19 de


27/01/2011 p. 54.

1
Sumário

1 Introdução........................................................................................................................................................ 3
1.1 Objetivos................................................................................................................................................... 4
2 Normativos relacionados.................................................................................................................................. 4
3 Contexto........................................................................................................................................................... 5
4 Benefícios Esperados........................................................................................................................................ 5
5 Metodologia Aplicada...................................................................................................................................... 6
6 Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação – PDTIC .............................................................. 6
6.1 Padronização dos Ambientes de TIC.......................................................................................................... 6
6.1.1 Software Livre..................................................................................................................................... 7

6.1.2 Padronização de Documentação de Sistemas de Informação.......................................................... 10

6.2 Modernização/ampliação de Laboratórios de TIC .................................................................................. 10


6.2.1 Planejamento das Ações................................................................................................................... 12

6.3 Reestruturação da Gestão de TIC............................................................................................................ 14


6.3.1 Planejamento das Ações................................................................................................................... 14

6.4 Políticas de Segurança e Gestão de Risco................................................................................................ 15


6.4.1 Planejamento das Ações – Fase 1..................................................................................................... 16

6.4.2 Planejamento das Ações – Fase 2..................................................................................................... 17

6.4.3 Planejamento das Ações – Fase 3..................................................................................................... 19

6.4.4 Planejamento das Ações - Fase 4...................................................................................................... 20

6.4.5 Planejamento das Ações – Fase 5..................................................................................................... 21

6.5 Gestão Eletrônica de Documentos (GED)................................................................................................ 21


6.5.1 Planejamento das Ações................................................................................................................... 22

6.6 Modernização da Rede de Voz e Dados .................................................................................................. 23


6.6.1 Planejamento das Ações................................................................................................................... 24

6.7 Gestão de Recursos Humanos e Capacitação em TIC ............................................................................. 25


6.7.1 Planejamento das Ações.................................................................................................................. 35

7 Orçamento..................................................................................................................................................... 36
8 Processo de Manutenção do PDTIC................................................................................................................ 36
9 Considerações Finais...................................................................................................................................... 36

2
1 Introdução

A atenção dada às recomendações da Instrução Normativa 04/2008 (IN4) e outras orientações no


âmbito da contratação e execução dos serviços de TI, com o objetivo de melhorar o processo de governança
em tecnologia da informação (TI) na administração pública, gerou um movimento no sentido de criar
condições que busquem desenvolver, atualizar e revisar constantemente o processo de gestão dos recursos de
TI nas instituições públicas.

A motivação para elaboração do presente Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação


(PDTIC) da UFRJ – biênio 2011-2012 foi de procurar aprimorar o “Plano de Metas para a Tecnologia da
Informação e Comunicação da Universidade Federal do Rio de janeiro” elaborado em Dezembro de 2009 pela
comissão PDTIC composta por membros do IPPUR, Bioquímica, Escola Politécnica, NCE, COPPE, CLA, SCRI e
Prefeitura. A elaboração desses planos coincide com a estrutura da Superintendência de Tecnologia da
Informação e Comunicação (SuperTIC), cujas atribuições incluem a própria coordenação das iniciativas visando
sua implantação e acompanhamento das ações e orientações neles contidas, resgatando para a esfera da
Administração Central, a responsabilidade pela coordenação política e sustentação financeira dos
investimentos e custeio relativos à área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).

A ação participativa do Conselho Gestor de Tecnologia da Informação e Comunicação (CG-TIC), criado


em 15 de março de 2010, pela Portaria de No. 915/10 do Pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, na
condução dos trabalhos, possibilitou a elaboração de um PDTIC mais consistente e próximo da realidade da
UFRJ, conquistando apoio de todos quanto aos objetivos constantes do plano e suas ações decorrentes.

A construção do consenso corporativo deve ser o modelo para o estabelecimento de um processo


capaz de legitimar e aprovar as diretrizes, política e programas de TIC de necessidade e interesse da UFRJ, bem
como acompanhar e viabilizar o alcance dos objetivos presentes no Plano. O propósito é estruturar iniciativas
e ações de TIC para melhoria da qualidade dos processos internos e dos sistemas que os apóiam, além dos
mecanismos de acompanhamento e avaliação.

As soluções obtidas com esse trabalho serão preservadas e comunicadas a toda comunidade,
garantindo a abrangência do conhecimento das diretrizes, aqui equacionadas, para que todos possam
contribuir de forma pró-ativa no acompanhamento e na implementação de todas as ações de TIC.

Este plano encontra-se dividido em 7 (sete) grandes áreas derivadas do Plano de Metas de dezembro
de 2009 e das recomendações da IN04, que se desdobraram em grandes temas de interesse de toda a
comunidade da UFRJ para a sua efetiva implantação. Para isso, foi proposto um conjunto de projetos e ações,
cujas linhas gerais, visam direcionar o atendimento das demandas, bem como superar os problemas atuais de
gestão, segurança, infra-estrutura e de recursos humanos.

Um aspecto importante em relação às orientações governamentais é a preparação da SuperTIC para a


adoção das melhores práticas de Governança de TI que permita a otimização do planejamento e da
organização dos serviços e processos de TIC. Isso pode ser facilitado pela utilização de modelos que medem a
capacidade de execução dos processos na organização, tais como:

1. COBIT: proporciona boas práticas sobre os objetivos de controle dos processos de governança
de TI.

2. ITIL: proporciona as boas práticas a serem utilizadas pelas organizações para estabelecer e
melhorar sua capacidade de gerenciamento de serviços de TI.

3
3. MPS.BR: visa a melhoria e a determinação da capacidade no uso de processos em uma
unidade organizacional, no que se refere a software.

Como estratégia inicial, a diretoria de desenvolvimento de sistemas de informação (InfoTIC) desta


superintendência iniciou um processo de padronização através da elaboração de um conjunto de modelos de
documentação de sistemas. Primeiramente, foram definidos os modelos de documentação, observando a
Metodologia de Desenvolvimento de Sistemas (MDS) da UFRJ.

Além disso, em conformidade com as diretrizes governamentais, a SuperTIC iniciou uma campanha
para orientar e promover a utilização de ferramentas de automação de escritório baseada na plataforma livre,
no âmbito da administração central.

Entretanto, por tratar-se de instrumento de cunho estratégico, a revisão e atualização deste trabalho
estão previstas para serem realizadas sistematicamente, com o intuito de acompanhar as necessidades da
comunidade da UFRJ em função das mudanças no ambiente que porventura possam ocorrer, garantindo o
alinhamento e adequação das diretrizes e ações estratégicas da Universidade.

1.1 Objetivos

O alinhamento de todos os planos, recursos e unidades organizacionais da UFRJ é um fator


fundamental para que a estratégia delineada no planejamento possa ser implementada. Assim, o objetivo
desse trabalho é consolidar o direcionamento descrito no plano de metas de Dezembro de 2009, de modo a
garantir que a SuperTIC sirva como instrumento para sustentar e ampliar as atividades institucionais no campo
da gestão da informação para todas as unidades da UFRJ.

Este objetivo pode ser traduzido nas seguintes perspectivas:

• Fornecer uma visão do ambiente atual de TIC sobre os problemas e dificuldades das metas
prioritárias descritas no Plano de Metas (2009).
• Estabelecer ações para a implementação, divulgação e acompanhamento das mudanças
necessárias para a transição do cenário atual para o cenário proposto pelas metas prioritárias.
• Propiciar insumos para tomar decisões sobre modificações, melhorias ou acréscimos na infra-
estrutura de TIC.

2 Normativos relacionados

A elaboração e publicação deste PDTIC seguem as normativas pertinentes na ocasião de sua


publicação, tendo como base as referências a seguir descritas.

• Portaria Nº 283 de 22/09/2006


• Decreto Nº 6.563/2008
• Instrução Normativa Nº 04/2008 MPOG (Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão) –
SLTI (Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação)
• Acórdão Nº 1603/2008 – TCU
• Portaria Normativa SLTI Nº 05/2005
• Portaria Normativa SLTI Nº 03/2007

4
• Instrução Normativa Nº SLTI 02/2008
• Plano de Metas para Tecnologia da Informação e Comunicação 2009 – UFRJ
• Portaria Nº 11 de 30/12/2008

3 Contexto

As Diretrizes de TIC para a UFRJ no período 2011-2012 que compõem esse Plano Diretor de TIC, em
conformidade com o Plano de Metas de TIC apresentado no documento elaborado em dezembro de 2009 e
das recomendações da IN04, estabeleceu 7 (sete) objetivos estratégicos que considera como prioridades
institucionais e organizacionais para os próximos anos e que deverão direcionar e orientar a consolidação da
TIC da UFRJ, a saber:

• Padronização dos Ambientes de TIC


• Modernização/ampliação de Laboratórios de TIC
• Reestruturação da Gestão de TIC
• Políticas de Segurança e Gestão de Risco
• Gestão Eletrônica de Documentos (GED)
• Modernização da Rede de Voz e Dados
• Gestão de Recursos Humanos e Capacitação em TIC

Por essa razão, esse documento tem como propósito apresentar os resultados das ações realizadas
pelos grupos de trabalho estabelecidos, descrevendo os principais problemas encontrados e estruturar
iniciativas e ações de TIC para cada uma das áreas para o biênio 2011-2012.

Além disso, em atenção à política de adoção de software livre no governo do Brasil, em especial ao
Protocolo Brasília (http://www.softwarelivre.gov.br/protocolo-brasilia), a SuperTIC, apoiada pelo CG-TIC da
UFRJ estabeleceu como meta prioritária a adequação e adoção dos padrões e tecnologia de software livre que
se fazem necessários no âmbito administrativo desta universidade. Devido ao seu caráter prioritário, as
primeiras ações para adoção do software livre iniciaram em 2010, como parte do esforço de Padronização dos
Ambientes de TIC na UFRJ.

4 Benefícios Esperados

O presente documento reflete o resultado do trabalho realizado por cada um dos grupos de trabalho
estabelecidos, contendo diretivas que devem:

• Apontar os principais desafios da UFRJ nas metas estabelecidas e as estratégias e ações de TIC
para enfrentá-los;
• Dar visibilidade a atuação da área de TIC na UFRJ;
• Estabelecer práticas para a transparência de custos de TIC da UFRJ;
• Criar percepção de valor e demonstrar a importância da TIC no desenvolvimento das
atividades administrativas da UFRJ.

5
5 Metodologia Aplicada

O primeiro fator de sucesso é a adoção de uma metodologia adequada com intuito de se evitar
incoerências e/ou inconsistências que podem ser as causas de grande parte dos atrasos e das falhas no
processo.

Para o desenvolvimento dos trabalhos, partiu-se da experiência e conhecimento adquiridos na


elaboração do Plano de metas de 2009 para a criação de um Conselho Gestor responsável pelo planejamento
e gestão do PDTIC (CG-TIC) da UFRJ. Para viabilizar esta dinâmica de construção conjunta, o CG-TIC implantou
uma estrutura formada por grupos de trabalho, constituídos por professores e funcionários, responsáveis
pelos desenvolvimentos dos 7 (sete) objetivos estratégicos. Dessa forma, o processo foi conduzido com o
apoio e participação dos grupos de trabalho que formaram a espinha dorsal na elaboração do Plano.

Para a elaboração do PDTIC, foi adotada uma metodologia de trabalho que utilizou uma abordagem
experimental para construção de um conjunto de ações específicas, a partir do levantamento e análise dos
problemas de cada uma das áreas. O planejamento que guiou o desenvolvimento dos trabalhos seguiu, em
geral, um processo que contemplou basicamente as etapas de Levantamento, Análise e Elaboração
Documental.

Na fase de Planejamento, os membros do Conselho Gestor realizaram uma reunião inicial como forma
de nivelar os conceitos e obter a compreensão ampla das metas estratégicas das diversas áreas, para que a
partir dos estudos, pudessem identificar as necessidades de TIC e ações correspondentes.

As técnicas utilizadas para as etapas de levantamento e análise ficaram a critério de cada grupo, mas
de uma maneira geral foram empregadas técnicas de reuniões em grupo, entrevistas individuais com os
representantes/gerentes das áreas envolvidas, e exame de documentos. Para levantamento das informações
estruturadas, foram utilizados questionários próprios e/ou os questionários disponíveis no Modelo de
Referência de Plano Diretor de Tecnologia da Informação (2008- 2009) da Secretaria de Logística e Tecnologia
da Informação do Ministério do Planejamento que cobriram as informações técnicas e administrativas.

A etapa de análise incluiu a organização, possíveis ajustes e adaptações das informações coletadas nas
reuniões e nos formulários de levantamento de dados, visando um melhor aproveitamento no levantamento
das informações que iriam compor o plano, bem como o estabelecimento das ações identificadas.

Ao longo de 4 meses, o andamento dos grupos de trabalho foi realizado em reuniões mensais do CG-
TIC, resultando no PDTIC detalhado na próxima seção.

6 Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação – PDTIC

O objetivo desta seção do documento é apresentar as Metas e as Ações a serem tomadas para
atendimento às metas estratégicas apresentadas em 2009, e as diretrizes para 2011-2012.

6.1 Padronização dos Ambientes de TIC

A ausência de padronização e documentação dos procedimentos da TIC, principalmente quanto a utilização de


padrões abertos compatíveis com a norma e-Ping, integração do fluxo da informação e ao processo de
desenvolvimento dos sistemas de gestão, muitas vezes dificulta a gestão e desempenho, aumentando o risco
de impacto nas atividades.

6
A adoção de ações de padronização, permeando a utilização de formatos abertos (e.g., ODF para
documentos), integração do fluxo de informação, o desenvolvimento de sistemas de gestão e a estruturação
da arquitetura de dados, beneficiará as atividades da TIC, possibilitando a previsibilidade dos resultados.

Diversas ações precisam ser adotadas, principalmente para se definir um conjunto mínimo de padrões
e processos em conformidade com as normas governamentais (e-Ping) e melhores práticas do mercado que
permitam a eficiência, desempenho e redução dos custos de execução das atividades de TIC. Nesse sentido,
algumas ações já estão em curso, com o foco na padronização do ambiente de desenvolvimento de sistemas
de informação na UFRJ.

6.1.1 Software Livre

O produto denominado software livre não traz em si algum tipo de ruptura tecnológica, mas uma nova
forma de desenvolvimento e licenciamento de produtos de software que tem quebrado princípios dos
modelos tradicionais. Essa quebra, em grande parte, deu-se inicialmente pela redução dos custos de
produção, mas, principalmente, deu-se pelo caráter comunitário do processo de construção, interação e
geração de resultados, sem precedentes na história do setor de software.

Na administração pública os termos Software Livre e Inclusão Digital tem aparecido nos últimos anos
como pauta principal dos planos estratégicos de TIC, tendo como foco a expansão de projetos sócio-digitais, os
quais muitas vezes são inviabilizados pelos altos custos dos produtos de software proprietários dos fabricantes
e fornecedores.

Neste contexto, inexistem laços formais para participação nas comunidades de desenvolvimento e
percebe-se um crescente fluxo de geração de novas comunidades e do processo de aprendizagem coletiva.

Ao caminhar na direção da adoção da plataforma livre como diretriz estratégica, sobretudo, num
ambiente que estimula a diversidade, independência e inovação na Universidade, além de atender a um
direcionamento estratégico do Governo, coerente com a Proposta da e-Ping, obtém-se uma série de
vantagens, tais como:

• Diminuição de dependência de fornecedor;


• Eliminação das atualizações de versões, que o software proprietário impõe periodicamente a
seus usuários, em face da descontinuidade de suporte a versões ou soluções anteriores;
• Independência tecnológica;
• Permite o domínio da tecnologia e sua utilização sem restrições de fornecedores ou patentes;
• Possibilidade de auditoria;
• Permite a personalização, nos casos em que o código fonte é aberto, podendo ser modificado,
se necessário.

Pela própria natureza investigativa, a área acadêmica da UFRJ já adota a tecnologia de Software Livre
há muitos anos e, portanto, é necessário ampliar e sistematizar a utilização da plataforma de código aberto
para toda a comunidade da UFRJ, no sentido de racionalizar os recursos e investimentos em TIC.

Mas, para que esse processo seja ampliado, é necessária a adoção de um conjunto de ações
estruturadas com vistas à migração para o mundo do código aberto, adequando-se aos padrões, tecnologias e
uso de programas e sistemas para computadores que se fazem necessários no âmbito da UFRJ.

7
A proposta de construção dessas ações deve utilizar uma metodologia participativa, contando com um
grupo de trabalho que procura levantar as experiências e expectativas das diversas áreas (acadêmica ou não)
que já adotam as ferramentas de código aberto, bem como levantar as necessidades das áreas que ainda não
as adotam.

Como parte desse processo, a UFRJ - por meio da SuperTIC - promoveu o evento UFRJ Free Soft (1ª.
Mostra de Software Livre), destinado aos servidores públicos da UFRJ, em especial dos órgãos e
departamentos com relação direta e indireta com a tecnologia, professores e alunos, com o intuito de
incentivar e criar uma cultura na adoção do Software Livre como ferramenta de desenvolvimento e de apoio
aos processos de TIC.

Além disso, a SuperTIC lançou o Projeto “Seja Livre”, que é uma campanha de caráter permanente
desenvolvida para difundir o uso de software livre na UFRJ através do fornecimento de programas, auxílio na
instalação e treinamento de usuários, bem como o incentivo à participação ativa do processo de migração de
documentos, imagens, planilhas e demais documentos para esta nova plataforma, segundo recomendação do
Ministério do Planejamento.

Com base no plano de migração para software livre do governo federal (i.e., e-Ping, Guia Livre) e em
conformidade com as particularidades existentes na UFRJ, foi definido um conjunto de medidas planejadas
cuidadosamente de forma a causar o menor impacto possível nesta etapa, no que tange a convergência dos
padrões utilizados nos diversos órgãos governamentais.

Para iniciar, indicou-se que este plano fosse restrito às Áreas Administrativas e não acadêmicas da
UFRJ. Com isto, elegeu-se a Administração Central (Prédio da FAU – Reitoria), com todas as Pró-Reitorias e
Gabinete do Reitor, o NCE e o CISI da COPPE como parceiros na adoção desta medida.

A estratégia para a adoção de software livre nos setores e institutos mencionados acima, se dará em
fases. E em cada uma delas serão tratadas as seguintes questões: diagnóstico da situação técnica e política do
escopo da implantação – levantamento que norteará o trabalho em outras fases; projetar a mudança;
implementar a mudança; avaliar o resultado e propor melhorias.

A primeira fase de diagnóstico tem o objetivo de fazer um levantamento de cada um dos locais de
trabalho, considerando que cada um tem uma dinâmica própria e um determinado perfil, de maneira a
identificar as características de atividade e os documentos que são gerados diariamente, além dos legados. O
diagnóstico vai contemplar as seguintes análises de custo: a) custo de substituição dos produtos de software
utilizados; e b) custo de regularização daqueles que não poderão ser substituídos por alguma razão específica
e; por fim, obter um mapeamento do cenário real de software, nestes setores.

A SuperTIC conta com uma equipe preparada para efetuar treinamento, com infra-estrutura para
atendimento a dúvidas e prestação de apoio em tempo hábil, de modo que o usuário possa se sentir
amparado no processo.

O treinamento visa atender a dois objetivos:

• Capacitar os funcionários da SuperTIC no uso das ferramentas de escritório para que possam
substituir as ferramentas proprietárias utilizadas atualmente;
• Formar um grupo de profissionais capacitados para serem instrutores nestas ferramentas, com
o objetivo de ministrar treinamentos para os servidores da UFRJ.
Foi ainda criado um mecanismo para registro de ocorrências, de forma que seja possível destacar
pontos de melhoria que podem ser incorporados ao projeto de implantação.

8
6.1.1.1 Planejamento das Ações

Meta:

Implantar Software Livre na UFRJ

Ações:

FASE 1 - Estudo dos produtos de Software Livre recomendados pela UFRJ para compor a Suíte de Escritório

Realização do fórum de discussão sobre as ferramentas que seriam disponibilizadas no sítio da UFRJ,
com o objetivo de agregar conhecimento, colaborar com sugestões e servir de canal para saneamento
de eventuais dúvidas quanto à utilização de recursos. As informações obtidas através deste canal –
otimizadas – servem para criação de um guia próprio para orientar futuros servidores e alunos
(realizado em out/2010).

FASE 2 - Definir o Padrão de documentos veiculados entre pró-reitorias, superintendências e órgãos


colegiados da UFRJ

Ao longo de 2011 espera-se que todos os documentos veiculados, incluindo-se sítios internet, intranet,
anexação de arquivos ao e-mail corporativo (attachment), sejam disponibilizados no padrão aberto, a
saber:

• Padrão ODF, quando necessária a edição de informações ali contidas;


• Padrão PDF, quando necessária somente a impressão e/ou visualização do mesmo.

FASE 3 - Elaboração do Plano de Migração dos Produtos de Software recomendados

Disponibilizar em um sítio específico da internet um atalho para baixar gratuitamente um conjunto de


03 (três) programas de computador, recomendados para a migração (realizado em set/2010). Um
sistema operacional, uma suíte de escritório e um navegador de sites internet, a saber:

• Ubuntu 10.04 (ou superior) LTS (já incorpora BrOffice e Firefox);


• BrOffice 3.2 (ou superior) para Windows;
• Firefox 3.6 (ou superior) para Windows.

FASE 4 - Implantação e suporte de Software Livre na administração

Implantação de um processo para fornecer suporte permanente para os usuários migrarem para
plataforma de software livre para os programas sugeridos (execução contínua). A partir de 2012, não
haverá mais suporte para nenhum programa proprietário que não possuir licença válida e adequada a
sua efetiva utilização.

FASE 5: Divulgação e aplicação de estratégias de sensibilização para adoção do Software Livre em


outras unidades da UFRJ (Projeto Seja Livre)

Realizar palestras e seminários para mostrar as experiências e casos de sucesso com a adoção do
Software Livre (execução contínua).

9
Estimular a atuação conjunta do corpo técnico, gerencial e funcional das unidades, com apoio da
SuperTIC, na criação de uma ambiente favorável a adoção do Software Livre.

6.1.2 Padronização de Documentação de Sistemas de Informação

Em conformidade com a atribuição da SuperTIC de organizar, elaborar e propor diretrizes gerais e


políticas de TIC para a UFRJ, foi elaborada uma proposta para a adoção de um conjunto de modelos de
documentação de sistemas de informação. Notadamente, a área de desenvolvimento de software ainda
apresenta um baixo grau de reutilização, inconsistência nos dados e falta de padronização global de processos.

Esses modelos de documentação contribuem para a formalização dos processos de desenvolvimento e


manutenção de sistemas da instituição. Conforme a complexidade e o tamanho do projeto a ser desenvolvido,
poderão ser utilizados em totalidade ou parcialmente, e na sequência mais adequada.

A padronização do procedimento para desenvolvimento de sistemas possibilita aos analistas


trabalharem de forma pré-definida, aumentando a qualidade dos sistemas, reduzindo custos, cumprindo
cronogramas, seguindo normas de segurança e qualificando recursos humanos. Seguir padrões não significa
perder flexibilidade, mas sim criar histórico para auxiliar na manutenção dos sistemas e no desenvolvimento
de técnicas que visem à melhoria constante dos processos.

6.1.2.1 Planejamento das Ações

Meta:

Padronizar a arquitetura de desenvolvimento de software da UFRJ

Ações:

Elaboração do conjunto de fases, baseadas no Processo Unificado – PU, que servirão de guia para os
analistas na elaboração do software. As atividades deverão seguir um fluxo iterativo e incremental,
com gerenciamento de requisitos e riscos, gerenciamento da qualidade e das mudanças ocorridas ao
longo do projeto (realizado em set/2010).

Capacitação da equipe de desenvolvimento em novas tecnologias para gerenciamento do


desenvolvimento (a ser realizado em 2011).

Definição de novos processos, linguagens e padrões de desenvolvimento (execução contínua).

6.2 Modernização/ampliação de Laboratórios de TIC

Dentro da Meta de Modernização/Ampliação de Laboratórios de TIC, os Laboratórios de Informática


da Graduação (LIG) ocupam um espaço de destaque, em função da sua importância no suporte às aulas de
graduação, na forma de espaço para as aulas ou para o desenvolvimento de tarefas associadas às mesmas.

O grupo de trabalho Modernização/ampliação de Laboratórios de TIC efetuou um levantamento e


diagnóstico das necessidades nos principais LIG da UFRJ, com relação aos recursos computacionais (hardware
e software), tecnologias educacionais de suporte às aulas, gestão e tendências para o futuro dos laboratórios.
Os resultados encontram-se descritos na tabela a seguir.

10
Diagnóstico das Necessidades

Requisitante Atores Solução


Id Necessidade Situação Criticidade Duração Impacto
do Serviço Envolvidos Atual

Apesar de ser
estrutura
Gestão Cada
implantada em
Integrada da Todas as Todas as Unidade
1 nível da 5 6 meses 5
Estrutura dos Unidades Unidades gerencia
Universidade, não
LIG seu LIG
há gerenciamento
central.

Não há restrição ao
acesso.
Acesso
controlado aos Todas as Todas as Não existem 15
2 Variada 3 3
computadores Unidades Unidades estatísticas de uso. meses
dos LIG
Não existe controle
sobre o tipo de uso.

Grande demanda
por acesso sem-fio.

Rede cabeada
Conectividade Todas as Todas as 15
3 Não há adequada para os 3 3
sem-fio Unidades Unidades meses
computadores
instalados, mas
inacessível aos
portáteis.

Os computadores
ficam ociosos por
Redução do Todas as Todas as longos períodos 15
4 Não há 4 4
tempo ocioso Unidades Unidades diários (ao menos meses
quanto a sua
finalidade original).

Possível demanda
Adequação
por tecnologias
dos LIG às Depende
Todas as Todas as “avançadas” de 18
5 Modernas da 3 3
Unidades Unidades suporte didático meses
Tecnologias de Unidade
(projetor, quadro
Ensino
ativo etc.)

6 Atualização Todas as Todas as Depende Não há 5 24 5


dos Unidades Unidades da padronização dos meses
Computadores Unidade computadores.

Existe demanda por


máquinas atuais,

11
isto é, capazes de
atender as
demandas dos
programas
utilizados.

Os computadores
instalados estão
Manutenção
com garantia
dos Depende
Todas as Todas as vencida, sem 24
7 Computadores da 5 5
Unidades Unidades contrato de meses
e Unidade
manutenção e sem
Equipamentos
pessoal dedicado à
sua manutenção

Criticidade
Faixa de 1 a 5, onde (1) muito baixa; (2) baixa; (3) média; (4) alta e (5) muito alta.
Impacto
Faixa de 1 a 5, onde (1) muito baixo; (2) baixo; (3) médio; (4) alto e (5) muito alto.

Uma necessidade, nesse contexto, foi identificada como um problema, de forma a propor ações que
visam assegurar, melhorar e ampliar a utilização dos LIG no processo de ensino-aprendizagem.

6.2.1 Planejamento das Ações

Metas:

FASE 1: Criar uma Comissão para realizar a Gestão Integrada da Estrutura dos LIG

Ações:

Elaborar diagnóstico detalhado do estado atual dos diversos LIG da UFRJ;

Gerir a estrutura dos LIG, conforme projeto a ser desenvolvido na Fase 3.

Pessoal: mínimo de 4 funcionários.


Requisitos: sala adequada para 4 funcionários, quatro computadores, armários e telefone.
Duração: Seis meses para a criação da Comissão.
Agentes da ação: GC-TIC / UFRJ.
Criticidade: 5
Impacto: 5

FASE 2: Elaborar diagnóstico detalhado

Ações:

Levantar a estrutura atual implantada para os LIG (e.g., número de salas; computadores em
funcionamento; aparelhos de ar condicionado; impressoras, scanners e outros periféricos disponíveis
etc.);

12
Levantar o uso atualmente dado aos LIG (e.g., atividades executadas nos LIG; aulas de graduação
regularmente oferecidas nos LIG etc.)

Levantar as necessidades de estrutura e pessoal (e.g., número de bolsistas necessários; padronização


das máquinas instaladas; manutenção etc.);

Levantar as necessidades acessórias (p. ex.: aparelhos de ar condicionado; adequação do sistema


elétrico, com atenção ao aterramento; sistemas no-break ou estabilização da rede elétrica; extintores
de incêndio adequados ao tipo de atividade etc.);

Elaborar um documento apresentando o diagnóstico obtido ao CG-TIC.

Duração: Seis meses para obter o diagnóstico.


Agentes da ação: Comissão de Gestão Integrada da Estrutura dos LIG, criado na Fase 1.
Criticidade: 4
Impacto: 4

FASE 3: Elaborar Projeto para LIG

Ações:

Definir o conceito de LIG desejado para os próximos anos.

Definir os papéis da Comissão de Gestão da Estrutura dos LIG e das Unidades nas quais os LIG estão
implantados;

Definir as metas necessárias para atingir este conceito (e.g., rede sem-fio no espaço dos LIG e em suas
redondezas; acesso controlado aos LIG; redução do tempo ocioso; adequação dos LIG às modernas
tecnologias de Ensino; Atualização e Manutenção dos equipamentos; Incentivar o aumento do número
de disciplinas regularmente ministradas nos LIG; Criar portais de conteúdo para os professores e
usuários dos LIG etc.);

Definir as ações a serem tomadas para a adequação dos LIG a este conceito;

Definir as estratégias para obtenção dos recursos necessários à execução das ações definidas;

Elaborar um documento apresentando o conceito e as propostas para o CG-TIC.

Duração: Seis meses para elaboração do projeto.


Agentes da ação: Comissão de Gestão Integrada da Estrutura dos LIG, criado na Fase 1.
Criticidade: 4
Impacto: 4

FASE 4: Executar as ações de adequação dos LIG

Ações:

Estabelecer um canal de comunicação entre o Grupo de Gestão da Estrutura dos LIG e as Unidades nas
quais os LIG estão implantados, sob a coordenação da SuperTIC;

Adequar os LIG ao conceito estabelecido, respeitando as eventuais diferenças nas necessidades de


cada Unidade que os mantém;

13
Definir prazos para revisão do Projeto para LIG estabelecido na Fase 3;

Apresentar relatório anual das atividades realizadas para o CG-TIC.

Duração: Um ano para a execução das ações, após o fim da Fase 3.


Agentes da ação: Comissão de Gestão Integrada da Estrutura dos LIG e Unidades.
Criticidade: 4
Impacto: 4

6.3 Reestruturação da Gestão de TIC

A institucionalização de um modelo de governança de TIC deve principalmente estar fundamentada


numa estrutura organizacional onde os processos, pessoas e recursos possam garantir o suporte adequado às
ações gerenciais, administrativas e acadêmicas da UFRJ. Esse modelo de governança deve estar aderente aos
modelos, às normas, aos padrões de referência e às legislações vigentes e as medidas a serem adotadas para
sua aplicação passam pela reorganização e revisão da estrutura funcional UFRJ que não atende mais o fluxo de
processos atualmente aplicado.

Dentro dessa perspectiva, o mapeamento/redesenho de processos de trabalho é um exercício de


reflexão e debates que procura retratar fielmente como ocorrem os trâmites internos, identificar distorções e
incongruências no fluxo de informações, quais são os seus pontos fracos, quais são as responsabilidades por
cada etapa e, principalmente, quais são as entregas efetivas.

O objetivo é maximizar a eficiência das atividades de trabalho, através do desenho sistêmico das
atividades, e descobrir que áreas ou funções participam do processo, agregando ou não valor, incluindo o
trajeto físico, onde muitas vezes a informação ou produto transita. Os processos procuram retratar de uma
forma global a lógica geral de funcionamento interno da organização que, muitas vezes, são refletidas nos
sistemas informatizados construído para apoiar a sua gestão.

Os modelos de processos podem ser utilizados para a configuração dos componentes do sistema e a
identificação de mudanças necessárias. Quando os processos de trabalho apresentam distorções que podem
ser propagadas para os sistemas informatizados que os apóiam, provavelmente, não atendem
satisfatoriamente as necessidades das unidades, gerando frustrações gerais, atrasos e custo mais alto.

O mapeamento/redesenho das atividades de uma organização é complexo e, por isso, a SuperTIC está
promovendo um conjunto de metas prioritárias e ações que procuram realizar um diagnóstico dos processos
acadêmicos e administrativos da UFRJ, com o objetivo de:

• Promover uma gestão através de processos mais consistentes e delineados;


• Promover a reconfiguração e a identificação de mudanças necessárias dos Sistemas de Gestão
Acadêmica e Administrativa que sejam adequadas ao novo desenho de processos da UFRJ;
• Definir, validar e institucionalizar os processos fundamentais de governança de TIC aderentes
aos modelos, normas e padrões vigentes.

6.3.1 Planejamento das Ações

Metas:

FASE 1: Disponibilizar ferramentas tecnológicas e metodologia para o mapeamento de processos

14
Ações:

Implantação de um processo de Extração de Conhecimento para identificação das atividades dos


principais processos de trabalho administrativos e acadêmicos que permeiam pela UFRJ. Implantação
de um processo de extração do conhecimento (identificação) de um fluxo de exemplo, através da
utilização de técnicas de mineração de dados em log de banco de dados do Sistema de
Acompanhamento de Processos (SAP) administrativos da UFRJ.

Identificação das inconsistências e gargalos para avaliar detalhadamente o estado dos processos e
para ajudar a (re) construir o fluxo das atividades dos processos.

FASE 2: Implantar o redesenho dos processos administrativos e acadêmicos

Ações:

Realização de um seminário com os integrantes do Conselho Gestor de TIC para que possam conduzir
à definição de quais as áreas de processos de negócios serão efetivamente modeladas e redesenhadas.

Criação de um plano que possibilite a implantação total ou parcial dos processos redesenhados.

Definição dos Indicadores de desempenho dos processos como forma de efetuar o acompanhamento
efetivo dos processos.

FASE 3: Promover alterações e melhorias nos Sistemas Acadêmicos e Administrativos.

Ação:

Promover ações para realizar as modificações nos Sistemas Acadêmicos e Administrativos à luz do
novo redesenho dos processos.

6.4 Políticas de Segurança e Gestão de Risco

A implantação de uma Política de Segurança da Informação da UFRJ não tem sido uma tarefa fácil ou
trivial, pois a descentralização da TIC da universidade tem sido uma barreira à elaboração de planos gerais e
procedimentos padronizados de segurança da informação em seus órgãos, setores e laboratórios, existindo
apenas iniciativas isoladas, geralmente de forma pontual e incompleta.

De uma forma geral, pode-se dizer que os cuidados com a segurança da informação são insuficientes e
a vulnerabilidade da UFRJ nesse aspecto pode provocar danos de difícil recuperação, sem contar o aspecto de
a UFRJ estar sendo usada como intermediária de possíveis ataques a outros centros e instituições, através de
máquinas invadidas.

Como plano para implementação da política de segurança da UFRJ, sua execução foi dividida em 5
(cinco) fases distintas, a saber:

Fase 1 – Definição da missão estratégica


Fase 2 – Levantamento da situação atual

15
Fase 3 – Descrição da situação desejada
Fase 4 – Implantação do plano e política de segurança
Fase 5 – Execução e Monitoramento da política
Cada fase é composta de um conjunto de ações, necessárias para a sua execução, estando também
descritos os atores envolvidos em cada ação, bem como o prazo previsto para sua duração.

Para estimar o nível de risco envolvido na concretização do presente plano, as ações de cada fase são
avaliadas em termos de sua criticidade e impacto. A criticidade é definida como o grau de importância daquela
ação para a respectiva fase do plano, podendo ter os graus de 1 a 3, correspondendo a uma criticidade baixa,
média e alta, respectivamente. Já o impacto é definido como o grau de prejuízo que uma fase pode sofrer se
aquela ação não for realizada, também podendo ser graduada de 1 a 3, correspondendo a um impacto baixo,
médio e alto, respectivamente.

FASE 1 – Definição da Missão Estratégica

A Política de Segurança da Informação (PSI) registra os princípios e as diretrizes de segurança que


regulam o funcionamento da infra-estrutura de informação adotada pela organização e deve ser observada
por todos e aplicada a todos os sistemas de informação, processos corporativos internos e sua relação com
sistemas externos.

O principal propósito da PSI é informar aos usuários, equipe e dirigentes as suas obrigações para a
regulação do funcionamento harmonioso entre os fatores humanos, infra-estruturas, hardware, software,
sistemas e tecnologias de informação da UFRJ.

Fatores críticos de sucesso:

• Apoio e participação das decanias, diretorias e dos demais órgãos da UFRJ no processo de
implantação;
• Conscientização dos professores, funcionários e corpo discente da importância da implantação
da política;
• Recursos Humanos adequados;
• Ampla divulgação dos objetivos da política de segurança e seus benefícios.

6.4.1 Planejamento das Ações – Fase 1

A tabela abaixo lista as principais ações da Fase 1.

16
Tabela 1: Ações relacionadas com a Fase 1

Ação Atores Duração C I


F1.1 - Criar grupo de trabalho para Conselho Gestor de TIC
formulação da política. 2 sem 3 3

F1.2 - Criar Comitê de Segurança para Conselho Gestor de TIC e


construção da política de segurança e Grupo de trabalho
definir órgãos executivos responsáveis 6 sem 3 3
por aprovar a política de segurança

F1.3 - Elaborar as etapas para a construção Grupo de trabalho


da política de segurança. 4 sem 3 3

Ação: descrição da ação; Atores: todos os atores que têm interesse ou relação com a ação; Duração: prazo final
para a execução da ação; Criticidade (C): graduada entre 1 e 3, onde 1 – baixa; 2 - média; 3 - alta; Impacto (I):
impacto causado pelo NÃO atendimento à ação, graduado entre 1 e 3, onde 1 – baixo; 2 - médio; 3 - alto.

FASE 2 – Levantamento da Situação Atual


Nesta fase, o principal objetivo é fazer o levantamento da situação atual da infra-estrutura e serviços
de TIC da UFRJ. A qualidade das informações cedidas é de essencial importância para que o planejamento da
UFRJ seja feito com maior acurácia possível.

Ao identificar setores-chave e os responsáveis pelos processos e atividades de TIC, é possível ter uma
visão geral de distribuição dos recursos humanos dentro da UFRJ, incluindo competências, necessidades de
treinamento, capacitação etc.

Fatores Críticos de Sucesso


• Alocação de recursos financeiros e humanos para viabilizar que pessoas relacionadas ao
levantamento da situação atual possam ir a setores, que possuem pouca expertise, a fim de
orientar o preenchimento dos questionários para obter subsídios necessários para o
desenvolvimento desta fase.
• Colaboração e comprometimento dos responsáveis e administradores de redes dos domínios
administrativos que compõem a rede da UFRJ como um todo.

6.4.2 Planejamento das Ações – Fase 2

A tabela abaixo lista as principais ações para fazer o levantamento da situação atual da UFRJ:

Tabela 2: Ações previstas para a Fase 2

Ação Atores Prazo C I

F2.1 - Identificar os domínios administrativos NCE


lógicos e físicos para levantamento das suas 2 sem 3 3
necessidades de TIC. Administradores de Redes

F2.2 - Identificar os responsáveis pelos domínios NCE


administrativos para definir suas
necessidades de TIC para a condução das Administradores de Redes 6 sem 2 2
suas atividades. e gerência
administrativa

F2.3 - Fazer um questionário para levantar a Comitê de Segurança 4 sem 3 3

17
situação das redes da UFRJ. criado em F1.2

F2.4 - Aplicar o questionário e tabular as NCE e Comitê de


respostas. Segurança criado em 12 sem 3 3
F1.2

Ação: descrição da ação; Atores: todos os atores que têm interesse ou relação com a ação; Duração: prazo final
para a execução da ação; Criticidade (C): graduada entre 1 e 3, onde 1 – baixa; 2 - média; 3 - alta; Impacto (I):
impacto causado pelo NÃO atendimento à ação, graduado entre 1 e 3, onde 1 – baixo; 2 - médio; 3 - alto.

18
FASE 3 – Descrição da Situação Desejada
Nesta fase serão identificados as ações, diretrizes e princípios que nortearão a elaboração e
manutenção da PSI na UFRJ.

É recomendável que na estrutura da organização exista uma área responsável pela segurança de
informações, a qual deve iniciar o processo de elaboração da política de segurança de informações, bem como
coordenar sua implantação e revisá-la, além de designar funções de segurança.

Vale salientar, entretanto, que pessoas de áreas críticas da organização devem participar do processo
de elaboração da PSI, como a alta administração e os diversos gerentes e proprietários dos sistemas
informatizados.

Fatores Críticos de Sucesso


• Complexidade e factibilidade das metas;
• Adoção de boas práticas;
• Recursos humanos e orçamentos adequados

6.4.3 Planejamento das Ações – Fase 3

Tabela 3: Ações previstas para a Fase 3

Ação Atores Prazo C I

F3.1 - Definir princípios e diretrizes básicos a Conselho Gestor de TIC e


serem seguidos Comitê de Segurança 2 sem 2 2
(F1.2)

F3.2 - Definir o escopo e os limites onde serão Conselho Gestor de TIC e


desenvolvidas as ações de segurança da Comitê de Segurança 4 sem 3 3
informação e comunicação (F1.2)

F3.3 - Definir os objetivos a serem alcançados Conselho Gestor de TIC,


com a implementação das ações de segurança Comitê de Segurança
6 sem 3 3
da informação e comunicação, considerando as (F1.2) e Administradores
expectativas, diretrizes e princípios. de Rede

Ação: descrição da ação; Atores: todos os atores que têm interesse ou relação com a ação; Duração: prazo final
para a execução da ação; Criticidade (C): graduada entre 1 e 3, onde 1 – baixa; 2 - média; 3 - alta; Impacto (I):
impacto causado pelo NÃO atendimento à ação, graduado entre 1 e 3, onde 1 – baixo; 2 - médio; 3 - alto.

FASE 4 – Implantação do Plano e Política de Segurança


Nesta fase de implantação, deve-se extrapolar o escopo abrangido pelas áreas de informação e pelos
recursos computacionais e integrar a visão, a missão, as metas institucionais, bem como o PDTIC e as políticas
da instituição referentes à segurança em geral.

A PSI tem o propósito de elaborar critérios para o adequado manuseio, armazenamento, transporte e
descarte das informações através do desenvolvimento de diretrizes, normas, procedimentos e instruções.

19
Fatores críticos de sucesso

• Existência de uma comissão composta por profissionais dos diversos setores da organização,
devendo ser a mais abrangente possível;
• Comprometimento formal e por escrito da alta direção com os processos de elaboração e
implantação da PSI;
• Forte participação das áreas envolvidas, pessoal técnico e responsável pelas decisões da
organização;
• Alocação dos recursos humanos e financeiros necessários;
• Divulgação ampla a todos os atores que direta ou indiretamente são afetados pela política;
• A política deve ser ampla, não estar atrelada a software e/ou hardware específico, e não ser
demasiadamente detalhada ou restritiva.

6.4.4 Planejamento das Ações - Fase 4

Tabela 4: Ações previstas para a Fase 4

Ações Atores Prazo C I

F4.1 – Determinar as ações necessárias para Comitê de Segurança


implantação do plano de acordo com o 6 sem 3 3
definido nas fases anteriores.

F4.2 - Levantar bibliografia relativa as normas Comitê de Segurança


2 sem 1 1
de segurança correntes.

F4.3 - Criar padronização de documentos Comitê de Segurança


4 sem 1 1
(norma zero)

F4.4 – Definir os documentos que comporão Comitê de Segurança


2 sem 1 1
a política.

F4.5 - Referenciar os itens a serem Comitê de Segurança


2 sem 3 3
desenvolvidos nos documentos.

F4.6 - Definir as métricas de segurança a Comitê de Segurança


2 sem 2 2
serem monitoradas

F4.6 - Elaborar os documentos para Comitê de Segurança


12 sem 3 3
aprovação

F4.7 - Deliberar e aprovar os documentos Órgãos definidos em F1.2 6 sem 3 3

Ação: descrição da ação; Atores: todos os atores que têm interesse ou relação com a ação; Duração: prazo final
para a execução da ação; Criticidade (C): graduada entre 1 e 3, onde 1 – baixa; 2 - média; 3 - alta; Impacto (I):
impacto causado pelo NÃO atendimento à ação, graduado entre 1 e 3, onde 1 – baixo; 2 - médio; 3 - alto.

FASE 5 – Execução e Monitoramento

Fase para a gestão da política de segurança, incluindo a execução de monitoramento e testes


periódicos de segurança, e a implantação de ações corretivas para as vulnerabilidades e os incidentes de
segurança identificados. A gestão efetiva da segurança protege todos os ativos de TIC e minimiza o impacto de
vulnerabilidades e incidentes de segurança.

20
Fatores Críticos de Sucesso:

• Boa estratégia de divulgação e treinamento;


• Forma eficiente de análise de desempenho da política de segurança;
• Análise crítica da política a intervalos regulares;
• Recursos Humanos Adequados;
• Uso de Ferramentas adequadas.

6.4.5 Planejamento das Ações – Fase 5

Tabela 5: Ações previstas para a Fase 5

Ações Atores Prazo C I

F5.1 - Divulgar a política de segurança. Comitê de Segurança,


2
Administradores de 3 3
meses
Rede e usuários

F5.2 – Executar treinamento e conscientização Administradores de


de usuários. Rede 6
2 2
meses

F5.3 - Revisar e manter perfis por papel (perfis Gerentes dos sistemas e 12
2 2
por função) nos sistemas. usuários meses

F5.4 - Analisar eficiência dos principais Administradores de


6
controles. Redes e Comitê de 2 3
meses
Segurança

F5.5 - Analisar os indicadores de segurança. Administradores de


6
Rede e Comitê de 2 2
meses
Segurança

F5.6 - Revisar itens da política de segurança. Comitê de Segurança 12


3 3
meses

Ação: descrição da ação; Atores: todos os atores que têm interesse ou relação com a ação; Duração: prazo final para a
execução da ação; Criticidade (C): graduada entre 1 e 3, onde 1 – baixa; 2 - média; 3 - alta; Impacto (I): impacto
causado pelo NÃO atendimento à ação, graduado entre 1 e 3, onde 1 – baixo; 2 - médio; 3 - alto.

6.5 Gestão Eletrônica de Documentos (GED)

A situação atual na UFRJ, com algumas poucas exceções, indica a necessidade de se implantar
procedimentos administrativos visando à efetiva gestão de seu acervo documental, bem como a revisão dos
procedimentos administrativos no que tange a atualização de trabalho e gestão eletrônica de documentos. A
titulo de exemplificação, a UFRJ tem hoje algumas áreas que merecem preocupação quanto a preservação do
contexto histórico e informativo como, por exemplo, as fichas financeiras e pastas funcionais micro filmadas
do período de 1970 a 1995 que envolvem em torno de 1.800.000 de documentos, ou as portarias/atos
administrativos da UFRJ desde 1946. Acrescente-se a isso as vantagens que poderiam advir na consulta aos
mais de 2.000.000 de processos arquivados em imagens, que geram em torno de 2.500 consultas por ano a
Divisão de Gestão Documental e da Informação – DGDI/SG-6 e fazendo com que um enorme tempo de

21
trabalho seja utilizado na busca da informação, ao invés de ser investido na melhoria dos procedimentos e
oferecimento de novas facilidades aos usuários em geral.

Apostando no uso da GED como instrumento de gestão do conhecimento organizacional, a COPPE


iniciou alguns anos atrás as atividades de digitalização do seu acervo documental, incluindo materiais
administrativos e acadêmicos, o que tem trazido bastante flexibilidade e produtividade aos seus setores
administrativos e programas acadêmicos. Desta forma, esta experiência deve ser ampliada para a UFRJ. Soma-
se a isto, a recente implantação de Sistema de Gestão Integrada nos setores administrativos da COPPE, que
também pode ser estendido para a UFRJ. Entretanto, a estrutura existente na COPPE não é capaz de atender a
UFRJ como um todo, devido ao seu objetivo inicial ter sido restrito as demandas desta unidade administrativa,
oferecendo, assim, capacidade de tratamento apenas para os documentos utilizados na COPPE, o que
representa um subconjunto daqueles utilizados na UFRJ.

6.5.1 Planejamento das Ações

O objetivo deste conjunto de ações é implantar, de forma gradual e abrangente, as facilidades, infra-
estrutura computacional e procedimentos para dotar a UFRJ capaz de realizar a gestão eletrônica de seus
documentos, envolvendo a preservação do material já existente a partir de digitalização e armazenamento; a
organização dos procedimentos e processos de trabalho voltados à administração e áreas acadêmicas para o
trato de documentos em formato eletrônico, e; a geração dos novos documentos em meio digital, organizados
em base de dados específica e com controle de acesso adequado aos perfis de trabalho e atividades das
diferentes estruturas de trabalho da UFRJ.

Meta:

Dar início ao desenvolvimento do projeto de Gestão Eletrônica de Documentos (GED) da UFRJ

Ações:

Tomando como base a experiência positiva observada na COPPE e as iniciativas tomadas na DGDI/SG-
6, são propostas as seguintes ações:

• Elaboração de um plano para Capacitação de Pessoal de Arquivo e Protocolo da UFRJ visando


atingir qualidade na gestão documental e informação;
• Elaboração de projeto piloto de criação de Assentamento Funcional Digital e Digitalização
Descentralizada para os setores de pessoal das unidades Administrativas da UFRJ;
• Elaboração de um projeto para implantação de leituras óticas nos protocolos da UFRJ;
• Implantação de dispositivo para armazenamento de arquivos de alta capacidade (storage
server) com acesso disponível através da rede de dados da UFRJ;
• Elaboração de Projeto da Estrutura de Dados e Documentos a ser utilizado pela UFRJ na
organização das bases de documentação eletrônica;
• Implantação de Sistema de Gestão Integrado, apoiado pelas experiências da COPPE;
• Avaliação e extensão dos sistemas internos da UFRJ para apoio a pré-classificação na autuação
de processos (TTD) e memorando eletrônico;
• Elaboração de projeto para armazenamento das fichas financeiras e pastas funcionais micro
filmadas e das portarias/atos administrativos da UFRJ;
• Implantação de projeto piloto em unidade a ser definida pela SuperTIC, tomando por base a
experiência da COPPE.

22
6.6 Modernização da Rede de Voz e Dados

O serviço de suporte a rede de voz e dados impacta em diversos objetivos estratégicos,


principalmente, no suporte ao ambiente operacional de TIC. Do ponto de vista da estratégia de TIC, o suporte
a rede de voz e dados possibilita garantir a disponibilidade de acesso às informações criticas para as atividades
da UFRJ. A modernização e o perfeito funcionamento da rede irão proporcionar uma redução nas interrupções
de funcionamento da rede de voz e dados e garantir maior confiabilidade e integridade do ambiente de redes
e da infra-estrutura de telecomunicações.

A atual rede da UFRJ é o resultado de um projeto elaborado em 1992 e finalizado em 1996, mas ainda
não atingiu a sua capacidade máxima em determinados pontos. No entanto, alguns problemas vêm se
acentuando ao longo do tempo pela falta de manutenção efetiva e pelo pequeno número de peças para
substituição, além da topologia física atual não possuir posicionamento global e nem redundância adequada .
Devido a pouca capilaridade, existem ainda usuários sem rede.

Por outro lado, a UFRJ é hoje referência em VoIP pelo papel desempenhado pelo Laboratório VoIP
desde 2002 ao desenvolver e manter evoluindo toda a arquitetura VoIP que está sendo utilizada no serviço
fone@RNP, que atende às instituições de ensino e pesquisa conectadas ao backbone nacional da RNP
(incluindo o MEC, MCT, MS, Embrapas, dentre mais de 110 instituições). Através do fone@RNP, chamadas
DDD para telefones fixos de todas as capitais do país podem ser completadas sem ônus, pois acontecem via
Internet e são completadas no destino como uma chamada local. Na UFRJ, o usuário acessa o serviço
fone@RNP através de telefone IP no campus, ou através de aplicativos de telefonia IP configurados com
contas VoIP alocadas através da intranet da UFRJ, ou ainda discando para o ramal 3000 do sistema integrado
de telefonia.

A UFRJ possui uma rede de telefonia digital DDR que engloba os campos do Fundão e Praia Vermelha.
A central NEC da Praia Vermelha se conecta ao Fundão via dois enlaces dedicados, contratados à operadora
OI. No Fundão, os pontos de troca de tráfego com as operadoras (OI e EMBRATEL) ocorrem nas centrais-mãe
instaladas no Centro de Ciências da Matemática e da Natureza (CCMN), no Centro de Tecnologia, no Hospital
Universitário Clementino Fraga Filho no campus da Ilha do Fundão e no Centro de Filosofia e Ciências
Humanas (CFCH) no campus da Praia Vermelha, na Urca. Nestes quatro locais, há troncos de saída e entrada
da OI, bem como troncos de saída da Embratel. A central que atende o Museu Nacional é conectada à central-
mãe do Hospital Universitário. A central do campus de Macaé ainda não está conectada diretamente a
nenhuma central do sistema integrado por não existir, até o momento, empresa que possa oferecer esta
conectividade.

A falta de um contrato de manutenção para as centrais telefônicas fez com que, com o passar dos
anos, vários problemas de hardware surgissem, afetando o funcionamento de interfaces e estações de
controle das centrais. Além disso, problemas elétricos, envolvendo reguladores, conservação e troca de
baterias das centrais, bem como problemas de refrigeração nas salas das centrais tem comprometido a
confiabilidade e disponibilidade do sistema telefônico.

A configuração de encaminhamento de tráfego entre as centrais não está documentada e existe a


necessidade de se fazer um levantamento documentado de toda a topologia, bem como da configuração de
serviços e permissões válidas para todos os ramais. Cabe ressaltar ainda que as atuais centrais do sistema
integrado de telefonia da UFRJ são computadores dedicados à comutação digital de linhas, e sendo
computadores também precisam passar por atualizações (upgrades) em seus sistemas operacionais. Também
se incluem nesse caso os aplicativos, que devem ser atualizados devido à liberação de novos serviços por parte
das operadoras, liberação de novos prefixos, novos códigos de ligação, novas tarifas, períodos de promoções,
planos de fidelidade etc.

23
Devido a urgência de ações nesta área, em junho de 2010, foi criada a Diretoria de Telefonia (TeleTIC),
no contexto da SuperTIC, a quem compete o planejamento, coordenação e controle das atividades
relacionadas aos serviços de implantação, operação e manutenção dos serviços de transmissão de voz da
UFRJ, gestão do sistema de telefonia convencional e gestão da infra-estrutura das redes de distribuição
estruturada e convencional de telefonia.

Sendo a rede IP o meio convergente para suporte aos serviços de tempo real como a telefonia, o
planejamento integrado da operação da rede e configuração lógica de seus recursos se faz necessário para
atender aos requisitos de qualidade, desempenho, gerência, confiabilidade, disponibilidade e segurança
exigidos pela convergência. Fica, portanto, evidente a necessidade de viabilizar um projeto de modernização
da atual rede de voz e dados, não só no sentido de corrigir os problemas atuais, mas também de ampliar e
atualizar a rede da UFRJ, visando atender as perspectivas de expansão física e de uso da rede para os próximos
anos, proporcionando uma topologia tolerante a falha e redundante para maximizar a disponibilidade do
sistema, o que facilita o seu gerenciamento e, principalmente, garante maior segurança e adequação às novas
tecnologias, tais como Videoconferência, Integração de voz e dados, serviços multimídia em geral etc.

Considerando que o uso de VOIP pode trazer inúmeros benefícios tecnológicos e financeiros para a
Universidade, é fundamental que o uso desta tecnologia seja incentivado nos projetos de expansão e
modernização do sistema telefônico, com ênfase preferencial ao uso de software livre, sempre que viável do
ponto de vista de versatilidade, desempenho e interoperabilidade. Evidentemente, o uso amplo de nova
tecnologia exige a formação de equipe especializada e sua capacitação, desafio a ser superado para 2011. A
interação esperada com os grupos de pesquisa já existentes na UFRJ nesta área será de importância
fundamental para o aprimoramento tecnológico da equipe de funcionários em curto espaço de tempo e
garantia de motivação para a exploração de serviços mais sofisticados que a convergência digital nos
possibilita. A UFRJ tem como meta buscar a inovação tecnológica e usá-la como instrumento de motivação
para o crescimento técnico corporativo e de desafio para os grupos de P&D.

6.6.1 Planejamento das Ações

Meta:

Viabilizar o projeto de modernização da rede de voz e dados

Ação:

Neste sentido, para melhor ordenar os assuntos relativos à concepção, operação, gerência e evolução
tecnológica da infra-estrutura de rede para suporte à integração de voz, dados, vídeo e de outros serviços
multimídia, é proposta a criação de uma Comissão de Rede de Voz, Dados e Serviços Multimídia (CRVDSM) da
UFRJ para o planejamento e coordenação técnicos unificados, cujas atribuições são:

- Conduzir o processo necessário para que se faça um diagnóstico da situação atual da infra-estrutura
de rede de dados e de telefonia na UFRJ, apontando carências e necessidades de evolução
tecnológica;

- Elaborar um plano de evolução tecnológica da infra-estrutura de rede para o curto, médio e longo
prazo, bem como acompanhar seu orçamento, execução e implantação;

- Propor a criação de sub-comissões com atribuições técnicas especificas (i.e., desenvolver projetos,
normas e procedimentos, documentação, bem como questões relativas a desempenho, segurança,
confiabilidade, disponibilidade, gerência etc.) a serem detalhadas pela CRVDSM;

24
- Propor políticas de uso e de aprimoramento da rede, bem como políticas de fomento a novos usos e
facilidades, além de acompanhar o desempenho dos serviços ofertados;

- Trabalhar de forma integrada para a promoção da rede, sua preservação e continuidade,


internamente à UFRJ, e identificar oportunidades de captação de recursos junto a órgãos de
fomento;

- Indicar os recursos humanos e financeiros necessários à execução dos planos e políticas propostos,
elaborando ou ajudando a elaborar projetos de interesse da UFRJ, de forma a atender as
demandas/necessidades da Instituição;

- Estabelecer metas e prioridades, ouvido o pessoal técnico e a comunidade de usuários, de acordo


com o orçamento disponível.

Meta:

Iniciar a implantação do projeto de VOIP para a Universidade

Ações:

Elaborar um plano de metas para o projeto VOIP para o curto, médio e longo prazo, bem como
acompanhar seu orçamento, execução e implantação;

Propor políticas de uso e de aprimoramento do projeto VOIP, além de acompanhar o desempenho dos
serviços;

Formar uma equipe especializada, assim como garantir sua capacitação no que diz respeito as metas
estabelecidas para o projeto VOIP.

6.7 Gestão de Recursos Humanos e Capacitação em TIC

O Plano de Metas para a área de Tecnologia da Informação e Comunicação na UFRJ de 2009


estabeleceu tanto a necessidade de definir recursos humanos para a área de TIC na Universidade, bem
como a proposta de uma política de qualificação permanente. As limitações no desempenho institucional,
devido à insuficiência de pessoal para atender à crescente demanda, dificultam o alcance dos objetivos e
metas estipuladas para a UFRJ. Além disso, a diversidade das atividades realizadas e a ausência de um
plano institucional de capacitação de pessoal impactam sobremaneira na qualidade do trabalho
desenvolvido.

Neste sentido, o Grupo de Trabalho Gestão de Recursos Humanos e Capacitação em TIC se


responsabilizou pela pesquisa e análise dos recursos humanos existentes na UFRJ, sendo seu objetivo
principal produzir conhecimento sobre os sujeitos envolvidos em atividades de TIC da UFRJ, e seus
resultados estão apresentados a seguir.

A pesquisa foi realizada no sentido de produzir um mapeamento inicial associado ao objetivo de


se identificar os profissionais, sua formação, qualificação, lotação, atividades em desenvolvimento, salário
e condição familiar.

25
A importância dessa pesquisa está associada ao fato de que o desenvolvimento das políticas para
alcançar os objetivos propostos depende da existência de recursos humanos capacitados para o exercício da
ação. Particularmente no que concerne aos profissionais de TIC, podem ser observados quatro grandes grupos
de situações:

1. Servidores que ocupam cargos de TIC e desenvolvem atividades em TIC;

2. Servidores que ocupam cargos de TIC e desenvolvem atividades em funções burocráticas ou


de serviços sem vinculo com TIC;

3. Servidores em TIC que atuam como docentes e pesquisadores em TIC;

4. Servidores com atribuições na área de TIC, mas que possuem outros cargos na UFRJ.

Num primeiro momento, não foi possível identificar os profissionais referentes à situação descrita no
item 4, sendo esta uma necessidade futura para levantamento.

26
Objetivo Geral:

Mapear, conhecer, sistematizar a informação sobre as condições de trabalho e vida dos funcionários
de TIC da UFRJ.

Objetivos Específicos:

• Identificar e estabelecer o perfil dos funcionários de TIC;

• Conhecer a situação funcional desses servidores;

• Conhecer a concepção sobre seu trabalho no âmbito da UFRJ;

• Mapear o horizonte do quadro de TIC da UFRJ;

• Identificar anseios e expectativas.

Metodologia

Como metodologia para este mapeamento foram propostas as seguintes atividades: levantamento de
dados, análise de dados e proposta de metas e ações, detalhadas a seguir.

1) Levantamento de dados

O levantamento de dados e informações foi dividido em duas etapas: uma primeira para reconhecer os
dados quantitativos, e uma segunda a partir de entrevistas qualitativas.

Etapa 1

A Pró-reitoria de pessoal (PR4) disponibilizou as informações necessárias para realizar a tarefa de


levantamento quantitativo dos funcionários, tais como inserção na UFRJ, idade, qualificação e sexo, dentre
outras. Alguns dos resultados desta etapa podem ser vistos nos dados quantitativos que foram tabulados nos
quadros e gráficos apresentados neste documento.

Etapa 2

Num primeiro momento, foi objetivo do grupo de trabalho realizar as entrevistas pessoalmente.
Entretanto, esse procedimento precisou ser abandonado dadas as dificuldades de marcação das entrevistas.
Por isso, optou-se por um direcionamento via e-mail.

As perguntas elaboradas visaram traçar o perfil dos profissionais de TIC através das seguintes
informações: identificação, situação funcional, formação acadêmico-profissional, ambiente profissional e
pessoal.

27
2) Análise dos dados

A UFRJ dispõe de 283 funcionários especializados em TIC, sendo que eles se encontram distribuidos
em diferentes unidades. A primeira tarefa da pesquisa foi reconhecer os principais grupos e identificar a sua
distribuição entre as principais unidades. O critério para divisão dos grupos foi pelo número de funcionários
existentes em cada setor da universidade. São quatro grandes grupos, a saber: Reitoria, Centro de Ciências da
Matemática e da Natureza (CCMN), Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia
(COPPE) e Outras, onde estão reunidas as demais unidades da universidade. Conforme pode ser visto na
Tabela 1, o CCMN apresenta em torno de 38%, as outras unidades em torno de 21%, a Reitoria tem 31% e a
COPPE quase 10%.

Tabela 1 - Distribuição de Funcionários TIC na UFRJ

Unidade Quantidade Porcentagem

Reitoria 88 31,10%

CCMN 108 38,16%

COPPE 28 9,89%

Outras 59 20,85%

TOTAL 283 100%

Fonte: Pró-reitoria de Pessoal /UFRJ - PR4

Este resultado de certa forma reflete a política de informatização até então praticada na UFRJ,
centralizado em um orgão responsável pela execução das atividades de TIC, mantendo os recursos técnicos e
humanos para garantir a realização do processo de informatização. Entretanto, o desenvolvimento da
sociedade da comunicação e da informação nos faz compreender que é necessário mudar o paradigma de
análise dos processos técnicos e sociais. Compreende-se que o processo de informatização deve estar
associados a toda a estrutura da organização da universidade. Esse é o ponto de partida para informatizar a
administração, o ensino, a pesquisa e a extensão, avançando os processos de sua apropriação em todas as
instâncias do universo de ações.

Portanto, pode-se dizer que a concentração de funcionários no CCMN está organizada sob uma
concepção de universidade concebida de uma forma de pensar da modernidade compartimentada, quando
sabemos que a produção do conhecimento avança no sentido de revelar que cada campo contém as múltiplas
dimensões da totalidade. Por essa razão, é preciso pensar na distribuição mais igualitária dos recursos
humanos, que detêm o conhecimento sobre TIC da UFRJ.

Na Tabela 2, podemos ver como os funcionários estão distribuídos pelas principais unidades que
compõem a Reitoria. Como está expresso, na SuperTIC, temos em torno de 59%, na de Pessoal 16%, e no
Gabinete do Reitor estão quase 12%, as de Ensino e Pesquisa tem em torno de 7% e, nas demais partes da
administração, temos 9%.

28
Tabela 2 - Funcionários TIC na Reitoria

Unidade Quantidade Porcentagem

Reitoria 88 100%

Gabinete do Reitor 10 11,76%

Superintendência Geral de Administração e Finanças 03 3,53%

Superintendência Geral de Graduação e Corpo Discente 04 4,49%

Superintendência Geral para Graduados e Pesquisa 02 2,35%

Superintendência Geral de Planejamento e Desenvolvimento 05 5,88%

Superintendência de Pessoal 14 16,46%

Superintendência da Tecnologia da Informação e 50 58,83%


Comunicação (SuperTIC)

Fonte: Pró-reitoria de Pessoal /UFRJ - PR4

A análise da distribuição dos funcionários no CCMN (Tabela 3) revela que a maior parte dos
funcionários está concentrada no NCE, com 80,56% do universo examinado. O que reitera a análise inicial que
reconhece a desigualdade na distribuição de recursos humanos dentro da UFRJ. O argumento que sustenta
essa desigualdade seria o fato de que o NCE teria a responsabilidade de fazer a assistência técnica às unidades
da UFRJ. Entretanto, essa lógica de setorialização já está superada pelo próprio advento da sociedade em rede.

Tabela 3 - Funcionários TIC no CCMN

Unidade Quantidade Porcentagem

Centro de Ciências da Matemática e da 108 100%


Natureza

Instituto de Matemática 02 1,85%

Instituto de Geociências 03 2,78%

Núcleo de Computação Eletrônica 87 80,56%

Outras 16 14,81%

Fonte: Pró-reitoria de Pessoal /UFRJ - PR4

Quanto à distribuição de funcionários nas demais unidades da UFRJ, pode-se observar na Tabela 4 os 59
funcionários distribuídos em 33 unidades, sendo que a média corresponde a menos de 2 profissionais por
unidade. Essa distribuição dificulta um projeto de avanço da UFRJ em direção às formas contemporâneas de
produção e difusão do conhecimento.

29
Tabela 4 - Funcionários TIC em outras unidades da UFRJ

Unidade Quantidade Porcentagem

Outras unidades 59 100%

Escola de Música 01 1,15%

Faculdade de Letras 03 3,45%

Centro de Filosofia e Ciências Humanas 01 1,15%

Escola de Comunicação 01 1,15%

Faculdade de Educação 01 1,15%

Escola de Serviço Social 02 2,3%

Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas 01 1,15%

Faculdade de Direito 01 1,15%

Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa Administrativa 01 1,15%

Instituto de Economia Ie/CCJE 01 1,15%

Faculdade de Administração e Ciências Contábeis/CCJE 01 1,15%

Centro de Ciências da Saúde 02 2,3%

Faculdade de Medicina 02 2,3%

Escola de Enfermagem 01 1,15%

Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho 02 2,3%

Instituto de Ginecologia 01 1,15%

Escola de Educação Física e Desportos 02 2,3%

Instituto de Biologia 03 3,45%

Maternidade Escola 01 1,15%

Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde 04 4,6%

Escola Politécnica 04 4,6%

Fórum de Ciência e Cultura 02 2,3%

Museu Nacional/FCC 02 2,3%

Biblioteca Central/FCC 01 1,15%

Setor de Pessoal – Macaé 05 5,75%

Coordenação de Atividades Educacionais/HU 02 2,3%

Coordenação de Processamento de Dados/HU 06 6,9%

30
Divisão de Apoio Assistêncial/HU 04 4,6%

Instituto de Física 01 1,15%

Fonte : Pró-reitoria de Pessoal /UFRJ - PR4

Quanto ao tempo de permanência (Gráfico 1), podemos fazer importantes considerações. Entre 0 e 10
anos de permanência dos profissionais, existem na UFRJ um pouco mais de 60, entre 10-20 anos, um número
insignificante, e entre 20 e 30 anos estão concentrados mais de 160 funcionários, entre 30 e 40 anos, somam
60. Se considerarmos que o Brasil está conectado à Internet há menos 20 anos, é possível perceber que no
período em que a UFRJ mais precisava de técnicos e analistas em informática, menor foi a sua contratação.

Gráfico 1 – Tempo de permanência dos funcionários de TIC na UFRJ

Tempo de permanência dos funcionários de TICs

180

160

140
n° de funcionários

120

100

80

60

40

20

0
(0-10] (10-20] (20-30] (30-40] (40-50]
anos

Fonte: Pró-reitoria de Pessoal /UFRJ - PR4

A mesma relação pode ser observada na idade dos funcionários (Gráfico 2), em que 70% tem entre 45
e 70 anos, mais de 100 entre 50 e 60 anos e, entre 20 e 30 anos, a geração que foi criada com a Internet, existe
um número insignificante de menos de 30 profissionais. Esse dado é extremamente significativo. Poucos
profissionais têm a idade da rede. Portanto, a maioria deles não pertence à geração que conhece as
possibilidades de criar oportunidade de vida e de trabalho por meio da grande rede.

Apenas na Reitoria, é possível observar um quadro de funcionários que tem a idade da rede. No
Gráfico 3, vemos que são mais de 25 os profissionais jovens que pertencem ao quadro da Reitoria, em especial
na SuperTIC, o que potencializa as possibilidades de percepção das relações sociais mediadas por redes e a
manipulação de ferramentas técnicas.

31
Gráfico 2 - Idade dos funcionários de TIC na UFRJ

Idade dos funcionários de TICs

120

100
n° de funcionários

80

60

40

20

0
(20-30] (30-40] (40-50] (50-60] (60-70]
faixa etária

Fonte: Pró-reitoria de Pessoal /UFRJ - PR4

Gráfico 3 - Idade dos funcionários de TIC na Reitoria

Idade dos funcionários de TICs - Prédio da Reitoria

30

25
n° de funcionários

20

15

10

0
(20-30] (30-40] (40-50] (50-60] (60-70]
faixa etária

Fonte: Pró-reitoria de Pessoal /UFRJ - PR4

No CCMN, esta relação se inverte (Tabela 5 e Gráfico 4). São sete funcionários entre 20 e 30 anos, e
101 entre 45 e 70 anos, o que é preocupante, na medida em que são estes os profissionais atualmente mais
capacitados, que deverão em breve entrar em regime de aposentadoria. Urge a necessidade de se fazer um
programa intenso de capacitação que garanta a continuidade do conhecimento público produzido nos quadros

32
da UFRJ e que deverá ser preservado e renovado. Formar novas gerações é o desafio proposto para quem
produziu e acumulou conhecimento na era da informática.

Tabela 5 - Idade dos Funcionários de TIC no CCMN

Unidade (20-45] anos (45-70] anos TOTAL

Centro de Ciências Matemáticas e da 07 101 108


Natureza

Instituto de Matemática - 02 02

Instituto de Geociências - 03 03

Núcleo de Computação Eletrônica 07 80 87

Fonte: Pró-reitoria de Pessoal /UFRJ - PR4

Gráfico 4 - Idade dos funcionários de TIC no CCMN

Idade dos funcionários de TICs - CCMN

60

50
n° de funcionários

40

30

20

10

0
(20-30] (30-40] (40-50] (50-60] (60-70]
faixa etária

Fonte: Pró-reitoria de Pessoal /UFRJ - PR4

Finalmente, o nível de capacitação dos funcionários de TIC da UFRJ foi dividido em 4 níveis, o mais
baixo é 1 e o mais alto 4. A Tabela 6 mostra que, no nível mais baixo 1, encontram-se 165 funcionários e, no
mais alto, temos 66. Na média, entre 2 e 3, encontram-se 52.

33
Tabela 6 - Nível de Capacitação dos Funcionários TIC na UFRJ

Unidade 1 2 3 4 TOTAL

Reitoria 64 10 03 11 88

CCMN 54 10 10 34 108

COPPE 16 04 01 07 28

Outras 31 06 08 14 59

TOTAL 165 30 22 66 283

Fonte: Pró-reitoria de Pessoal /UFRJ - PR4

Já o indicador da escolaridade (Tabela 7) revela que são 104 os profissionais com nível superior
completo, sendo 89 com o segundo grau completo, com mestrado são 37 e com doutorado apenas 17, o que
pode dificultar a implantação de uma verdadeira política de implementação de programas de digitalização da
gestão, ensino e pesquisa da UFRJ.

Tabela 7 - Escolaridade dos Funcionários TIC na UFRJ

Unidade G F E D C B A TOTAL

Reitoria - 26 38 17 06 01 - 88

CCMN 01 32 29 04 27 14 01 108

COPPE 01 09 11 03 02 02 - 28

Outras - 22 26 09 02 - - 59

TOTAL 02 89 104 33 37 17 01 283

Fonte: Pró-reitoria de Pessoal /UFRJ - PR4

Legenda:
A: Pós Doutorado
B: Doutorado
C: Mestrado
D: Especialização
E: Superior Completo ou Hábil. Legal Equivalente
F: Segundo Grau Completo
G: Primeiro Grau Completo

A etapa 2 ainda se encontra em andamento. Uma vez finalizada, pretende-se fazer o entrelaçamento
entre os dados quantitativos (etapa 1) e qualitativos (etapa 2) e aprofundar a análise apresentada neste item.

Sabe-se que a situação de recursos humanos em órgãos públicos tem trazido problemas de difícil
solução, principalmente no diz respeito a técnicos especializados bem qualificados, na medida em que o

34
mercado oferece salários muito mais altos do que os praticados em uma instituição de ensino público. Esta
situação estabelece uma potencial volatilidade dos recursos humanos, tornando complexa a manutenção e
gestão da inteligência dos negócios da instituição, além de dificultar a execução de projetos de longo prazo.

Embora concursos públicos tenham sido realizados nos últimos 5 anos, muitos dos profissionais
contratados, inicialmente pouco capacitados, após um período de 2 anos de capacitação, frequentemente,
acabam deixando seus cargos para assumir novas posições em outras instituições públicas ou privadas.

6.7.1 Planejamento das Ações

A partir desta primeira análise e tomando como base o “Plano de Metas para a Tecnologia da
Informação e Comunicação da Universidade Federal do Rio de janeiro” elaborado em Dezembro de 2009, o
Grupo de Trabalho estabeleceu como principais metas e ações para 2011-2012:

Meta:

Definir os recursos humanos necessários para a área de TIC

Ações:

Estabelecer quantitativamente e qualitativamente os recursos humanos coerentes com as metas de


modernização e crescimento definidas pelo CG-TIC;

Elaborar políticas concretas unificadas para recrutamento, alocação e movimentação de pessoal de TIC;

Elaborar um programa de indução à participação do quadro discente da UFRJ nas ações relacionadas à
implantação e modernização de TIC.

Meta:

Adotar perfis profissionais adequados para as funções de Desenvolvimento, Suporte e Manutenção.

Ações:

Efetuar o mapeamento das competências do pessoal de TIC da UFRJ;

Propor a adequação do quadro de pessoal ao mapeamento das competências;

Identificar um conjunto de conhecimentos e habilidades mínimos requeridos ao desempenho


funcional;

Identificar um conjunto de necessidades de treinamento e capacitação (Plano de Desenvolvimento


Individual).

35
Meta:

Desenvolver políticas de qualificação de pessoal na área de TIC

Ações:

Elaborar projeto para o desenvolvimento e qualificação permanente do pessoal de TIC, visando o


complemento e atualização de sua formação;

Realizar censo institucional detalhado para identificação da escolaridade, capacitação, experiência e


perfil profissional do servidor da área de TIC;

Elaborar um plano estratégico para o desenvolvimento do quadro técnico-administrativo da área de


TIC.

7 Orçamento

Uma das metas proposta no “Plano de Metas para a Tecnologia da Informação e Comunicação da
Universidade Federal do Rio de janeiro” de Dezembro de 2009, era a inclusão de orçamento específico para a
área de TIC no orçamento geral da UFRJ. Neste sentido, em Junho de 2010, um orçamento foi indicado pelo
CG-TIC, para provimento de recursos destinados a área de TIC da UFRJ coerentes com as metas de
modernização e crescimento referentes ao ano de 2011, sendo este aprovado para inclusão no orçamento
geral da UFRJ de 2011.

Nem todo plano geral de investimentos (orçamento) para o desenvolvimento e execução do PDTIC foi
incluído neste orçamento devido à necessidade de um maior grau de detalhamento técnico dos projetos que
se desdobrarão das ações propostas no PDTIC, com intuito de aumentar a confiabilidade dos dados orçados.
Reuniões iniciais deverão ser efetuadas entre as áreas envolvidas ao longo de 2011, visando à previsão dos
recursos necessários para se compor o orçamento completo do projeto.

8 Processo de Manutenção do PDTIC.

O acompanhamento e a manutenção do PDTIC é uma atribuição dos membros do Conselho Gestor de


TIC (CG-TIC) da UFRJ, sob a coordenação da SuperTIC. O acompanhamento deverá ser efetuado através de
reuniões bimensais dos membros do CG-TIC. Nesses encontros, deverão ser avaliadas as atividades que estão
sendo executadas, suas alterações/ajustes de desvios entre o planejamento e a execução do plano e
identificar as novas demandas, dentre outros.

A execução do plano é dependente dos contextos internos e externo no qual os projetos estão
inseridos, bem como das mudanças que podem ocorrer durante a validade do plano (2011-2012). Por essa
razão, é necessário que haja um processo de revisão periódica anual, com objetivo de adequá-lo às futuras
demandas e garantir o realinhamento aos novos cenários.

9 Considerações Finais

Este Plano Diretor é o primeiro passo para o estabelecimento de um processo maior que possibilite a
implantação de uma efetiva Governança de TIC no âmbito da UFRJ, de acordo com as determinações legais e
com o conjunto de políticas públicas elaborada para o Poder Executivo Federal.

36
A execução e o efetivo cumprimento do presente PDTIC é uma questão-chave para que os
investimentos necessários em TIC sejam efetuados, ao longo dos próximos dois anos. Cabe destacar que
algumas ações descritas já se encontravam em andamento durante a elaboração desse documento.

Torna-se necessário realizar anualmente a manutenção e revisão deste PDTIC através de


reuniões/encontros bimensais dos membros do CG-TIC. Nesses encontros deverão ser avaliadas as atividades
específicas que estão sendo executadas, suas alterações/ajustes de desvios e as novas demandas, dentre
outros.

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Conselho Gestor de TIC

Presidente: Carlos Antonio Levi da Conceição

Suplente: Cláudia Maria Lima Werner

Secretária: Jaqueline Maria Freitas

Conselheiros Titulares:

Amauri Pezzuto Junior

Agnaldo Fernandes

Carlos Eduardo Mendes de Azevedo

Cris Anderson Correa de Souza

Cristóvão José da Rocha

Fortunato Manoel Mauro

Guilherme Horta Travassos

Ivan Ferreira de Lima

Marcello Cantizano dos Santos

Marcos Gouveia Figueiredo

Marcos Roberto da Silva Borges

Maurício José Thurler Tecles

Paulo Henrique Aguiar Rodrigues

Ricardo Michel

Ricardo Peçanha

Ricardo Rodrigues Pereira

Sheila Souza Back

Tamara Cohen Egler

Membros Suplentes:

João Rafael de Mendonça Nocito

Jorge Henrique Cavalcante Fiel

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Juscelino Vieira Damasceno

Roberto Rossi

Sergio Fontoura de Oliveira

Colaboradores:

Adilson Couto de Souza Filho

Albino Aveleda

Alice Ribeiro

Andre GielKop

Celso Esteves Formoso

Diego Carvalho

Edmundo Souza e Silva

Fabio David

Fabricia Sobral

Jano Moreira de Souza

Joancarlo Paulucci Dias

João Victor di Stasi

Jorge Freitas

Marcio Ayala

Marco Vaz

Marcos Gouveia

Miguel Gabriel Prazeres de Carvalho

Paulo Henrique de Souza Picciani

Rafael Jorge Csura Szendrodi

Sérgio Guedes

Tarcísio Pelissari Costa

Vinicius Santana

Wilder Faria

William Campos

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