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Aula 11

Direito Tributário p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas)


Professor: Fábio Dutra

14508501389 - Olivia Joana Luna Rocha


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AULA 11: Extinção do Crédito Tributário

SUMÁRIO PÁGINA
Observações sobre a aula 01
Extinção do Crédito Tributário 02
Lista das Questões Comentadas em Aula 51
Gabarito das Questões Comentadas em Aula 58

Observações sobre a Aula

Olá amigo (a), tudo bem?

É sempre um enorme prazer estar aqui com você! Nesta aula,


trabalharemos exclusivamente o assunto “extinção do crédito tributário”, que é
rico em detalhes e sempre é cobrado em provas de concurso público!

No decorrer desse estudo, estudaremos o assunto “pagamento indevido


e repetição do indébito”. Pode ter certeza de que todo esse conteúdo foi
preparado com o máximo de cuidado, a fim de que se torne 100%
compreensível.

É claro que, se surgir alguma dúvida, você pode me chamar no fórum! ☺

Vamos começar!

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1 – EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

O art. 156 do CTN estabelece como causas de extinção do crédito


tributário as seguintes:

Art. 156. Extinguem o crédito tributário:

I - o pagamento;

II - a compensação;

III - a transação;

IV - remissão;

V - a prescrição e a decadência;

VI - a conversão de depósito em renda;

VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos


termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;

VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do


artigo 164;

IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva


na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação
anulatória;

X - a decisão judicial passada em julgado.

XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições


estabelecidas em lei. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)

Observação: Dação em pagamento não se confunde com pagamento. Aquela 14508501389

ocorre quando o credor aceita receber a obrigação de forma diversa do que


foi estabelecido inicialmente. Como as obrigações tributárias são pecuniárias
(em dinheiro), pagar com bens imóveis é uma forma de dação em
pagamento.

Para o ilustre professor Leandro Paulsen1, o crédito tributário se extingue


quando for (grifamos):

1
PAUSEN, Leandro. Curso de Direito Tributário Completo. 6ª Edição. 2014.
Pág. 268.

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Satisfeito mediante pagamento, pagamento seguido de homologação no caso


dos tributos sujeitos a lançamento por homologação, compensação, conversão
em renda de valores depositados ou consignados ou dação em pagamento de
bens imóveis na forma e condições estabelecidas por lei (incisos I, II, VI,
VII, VIII e XI), ainda que mediante transação (inciso III);

Desconstituído por decisão administrativa ou judicial (incisos IX e X);

Perdoado (inciso IV: remissão);

Precluso o direito do Fisco de lançar ou de cobrar o crédito judicialmente


(inciso V: decadência e prescrição).

Observação: Preclusão significa perda de direito de se manifestar no


processo, por ter esgotado o prazo. No Direito Tributário, a decadência é
perda do prazo para lançar; a prescrição, perda do prazo para propor ação de
cobrança.

Uma questão muito discutida e controvertida é se a lista do art. 156 é


taxativa (ou exaustiva) ou se é exemplificativa.

Para enfrentar as provas objetivas de concurso público, o melhor


entendimento a ser considerado é o de que as causas extintivas previstas no
art. 156 do CTN são exaustivas, tendo em vista que no art. 141 do CTN, o
próprio legislador estabelece que o crédito tributário somente se extingue
nos casos previstos no próprio CTN.

Ademais, esse tem sido o entendimento mais recente do STF sobre o


caso:

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUICIONALIDADE. OFENSA AO


PRINCÍPIO DA LICITAÇÃO (CF, ART. 37, XXI). I - Lei ordinária distrital -
pagamento de débitos tributários por meio de dação em pagamento.
II - Hipótese de criação de nova causa de extinção do crédito 14508501389

tributário. III - Ofensa ao princípio da licitação na aquisição de


materiais pela administração pública. IV - Confirmação do julgamento
cautelar em que se declarou a inconstitucionalidade da lei ordinária distrital
1.624/1997.

(STF, ADI 1.917/DF, Plenário, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Julgamento


em 26/04/2007)

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Nessa ocasião, o STF teve a oportunidade de apreciar uma situação em


que a lei ordinária permitia que as empresas pagassem os débitos tributários
por meio de dação em pagamento em bens móveis. De acordo com a
Suprema Corte, essa possibilidade ofende o princípio da licitação.

Vamos relembrar o exemplo na aula inicial do nosso curso: se o estado


de Pernambuco, por exemplo, recebe um lote de papel A4 como quitação de
algum tributo, ainda que amparado por lei estadual, estaria adquirindo tais
produtos sem a realização de uma licitação. Apenas como ilustração, caso
houvesse tal permissão, uma empresa pernambucana fabricante de papel iria
conseguir “vendê-lo” ao governo, ainda que perdesse a licitação. Bastava dar o
“calote”.

Para a prova, guarde o seguinte:

Não se permite dação em pagamento em bens MÓVEIS


(apenas imóveis);

O crédito se extingue apenas nas hipóteses previstas no


CTN.

1.1 - Pagamento

O pagamento é a principal forma de extinção do crédito


tributário. Isso também ocorre nas demais obrigações, como as civis,
trabalhistas ou empresariais.

Por esse motivo, o CTN estabeleceu diversas regras específicas ao Direito


Tributário, no que se refere ao pagamento. Algumas delas serão estudadas
em tópicos específicos. As demais são explicadas a seguir.

Com o fito de deixar nosso curso sempre mais didático, alteramos a


ordem seguida pela legislador, sendo que, de início, vamos tratar das formas
em que o pagamento pode ser efetuado.
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A regra geral, prevista no art. 162 do CTN, I, é a de que o pagamento


seja efetuado em moeda corrente, cheque ou vale postal.

Observação: O vale postal é uma ordem de pagamento, realizada por


intermédio da empresa de correios.

Também é possível que o pagamento seja efetuado em estampilha,


papel selado ou processo mecânico, apenas nos casos estabelecidos em
lei.

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Observação:
Estampilha e Papel selado: São selos adquiridos do fisco, após entrega de
dinheiro, para comprovar a quitação da dívida tributária.

Processo mecânico: É a autenticação fiscal que atesta pagamento de


tributo.

De todo modo, em qualquer dessas modalidades, o pagamento acaba


sendo feito em dinheiro. No que se refere ao cheque e ao vale postal, percebe-
se que são instrumentos de transferência de valores. Já em relação à
estampilha, papel selado e ao processo mecânico trata-se de mecanismos de
comprovação de que o pagamento foi realizado, em dinheiro.

A seguir, veremos algumas regras sobre as modalidades de pagamento.


São assuntos que não costumam ser cobrados em prova, mas o conhecimento
da literalidade do CTN nunca é demais para enfrentar o CESPE.

Primeiramente, destacamos que a legislação tributária pode determinar


que o contribuinte preste garantias para efetuar o pagamento por cheque ou
vale postal. Contudo, tais exigências não podem tornar o pagamento
impossível ou mais oneroso do que o pagamento em moeda (CTN, art.
162, § 1º). Na prática, o dispositivo quer dizer que o fisco pode até tentar se
proteger contra o “cheque sem fundo”, mas não pode, com esse objetivo,
onerar o contribuinte ou impossibilitar o pagamento.

Ainda no que se refere ao pagamento por cheque, a extinção do crédito


tributário não ocorre com a entrega do cheque, mas apenas com o resgate
deste pelo sacado, que é basicamente a compensação bancária CTN, art.
162, § 2º).

No que concerne ao pagamento feito em estampilha, a extinção do


crédito tributário ocorre com a inutilização regular daquela (CTN, art. 162, §
3º). Por exemplo, o “selo-pedágio” (uma espécie de estampilha), quando
afixado no para-brisa do automóvel (inutilização regular), era utilizado para
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comprovar o pagamento do pedágio (considerado taxa, neste caso


especíco).

Observação: O § 3º do art. 162 excetua o disposto no art. 150 (referente ao


lançamento por homologação). A exceção é bastante óbvia, tendo em vista
que nesta modalidade de lançamento o pagamento fica sujeito à posterior
homologação da autoridade fiscal.

Contudo, se houver a perda ou destruição da estampilha, ou mesmo erro


no pagamento por esta modalidade, não há qualquer restituição ao
contribuinte, salvo nos casos previstos na legislação tributária ou
quando o erro seja imputável à autoridade administrativa (CTN, art.

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162, § 4º). Ora, se o servidor público errar, o contribuinte não pode ser punido
por isso.

Prescreve o § 5º do mesmo artigo que o pagamento em papel selado ou


por processo mecânico equipara-se ao pagamento em estampilha. Como
havíamos dito, todos eles são semelhantes, e têm por objetivo comprovar
pagamento já realizado.

Dando continuidade ao estudo do pagamento – e o que veremos a


partir de agora é importante -, veja o que diz o art. 157 do CTN:

Art. 157. A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do


crédito tributário.

O que o dispositivo estabelece é que a imposição de multa se acumula


com o pagamento do tributo, ou seja, se o contribuinte é multado, não deixa
de continuar obrigado ao cumprimento da obrigação tributária relativa
ao tributo. Bastante óbvio, não?

Acrescente-se que em Direito tributário não há presunção de


pagamento. Logo, se o sujeito passivo paga a última prestação de um crédito
tributário, não se presume que as demais foram pagas. Do mesmo modo, ao
pagar um tributo, não se presume que outros créditos relativos ao
mesmo ou a outro tributo tenha sido pago.

Como exemplo, se o contribuinte possui dois apartamentos na cidade do


Rio de Janeiro, ao quitar o IPTU de um dos apartamentos, não se presume que
o IPTU relativo ao outro imóvel tenha sido pago. Tudo isso em consonância
com o art. 158, I e II, do CTN.

No tocante ao local do pagamento do tributo, se a legislação tributária


não dispuser nada a respeito, deve ser feito na repartição competente do
domicílio do sujeito passivo (CTN, art. 159). Contudo, na prática atual, o
pagamento é feito em rede bancária, credenciada pelo Fisco.
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A obrigação de pagar tributo é portável, ou seja, o


devedor deve procurar o credor paga efetuar o
pagamento.

Observação: O recolhimento do tributo pelo estabelecimento bancário


(pessoa jurídica de direito privado) encontra respaldo no art. 7º, § 3º, do
CTN, já que isso não se confunde com a capacidade tributária ativa.

Quanto ao prazo de pagamento do tributo, em regra, é o próprio ente


instituidor que o define. No entanto, se não houver disposição a respeito, o

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prazo é de 30 dias, a contar da notificação do lançamento ao sujeito


passivo.

Observação: Não se esqueça de que, com a notificação, o sujeito passivo


tem a opção de pagar ou impugnar o lançamento.

Cumpre ressaltar que a regra dos “30 dias” não é aplicável ao


lançamento por homologação. O motivo é bastante óbvio: como nessa
modalidade o contribuinte deve antecipar o pagamento, não há notificação de
lançamento. Sendo assim, cabe à legislação tributária definir o prazo
para pagamento dos tributos lançados por homologação.

Lembre-se: de acordo com o STF (RE 195.218/MG), a


definição do prazo para recolhimento do tributo
não se sujeita ao princípio da legalidade.

Se o pagamento for efetuado antecipadamente, a legislação tributária


pode conceder desconto, respeitadas as condições. O mais correto seria que o
legislador tivesse dito lei em vez de legislação tributária, já que, como visto,
esta compreende também os atos infralegais, e a concessão de desconto
deve somente pode ser feita por lei em sentido estrito.

1.1.1 – Efeitos da mora

Quando o sujeito passivo não efetua o pagamento do tributo até a data


de vencimento, começam a surtir os efeitos da mora automaticamente.

No Direito Tributário, os efeitos da mora ocorrem


automaticamente (mora ex re).
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Vamos ver o que diz o art. 161 do CTN:

Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é


acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da
falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da
aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei
ou em lei tributária.

§ 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são


calculados à taxa de um por cento ao mês.

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Repare que além dos juros de mora, o contribuinte também se sujeita


ao pagamento de penalidades. Trata-se da multa moratória, que é a sanção
pelo não cumprimento da obrigação tributária no tempo previsto na legislação
tributária.

Se a lei não definir a taxa que servirá de base para o cálculo dos juros de
mora, estes serão calculados à taxa de 1% ao mês, conforme prevê o § 1º,
do art. 161, do CTN.

Nesse sentido, o STJ já decidiu que a taxa SELIC é composta da taxa de


juros e da correção monetária, não podendo, portanto, ser cumulada com
outro índice de correção:

"(...) A taxa SELIC é composta de taxa de juros e taxa de correção


monetária, não podendo ser cumulada com qualquer outro índice de
correção. (...)"

(STJ, REsp 447.690/PR, Segunda Turma, Rel. Min Eliana Calmon, Julgamento
em 05/06/2003)

1.1.2 – Consulta tributária

A consulta tributária é um procedimento administrativo com o objetivo


de que o contribuinte satisfaça suas dúvidas relativas à legislação
tributária. Vamos repetir novamente o texto do art. 161 do CTN, acrescido do
seu § 2º:

Art. 161: (...):

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência de consulta


formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do
crédito.

Sendo assim, se o contribuinte formula consulta tributária, dentro do


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prazo legal para pagamento do tributo, não há fluência de juros de mora


nem mesmo aplicação de multa moratória.

Embora não se possam cobrar juros de mora, deve ficar claro que não
estamos falando em mais um caso de suspensão do crédito tributário,
já que a exigibilidade não fica suspensa. Além disso, não se trata de uma
hipótese prevista no art. 151 do CTN.

1.1.3 – Imputação em pagamento

A imputação em pagamento ocorre quando um mesmo sujeito passivo


deve dois ou mais créditos tributários a uma mesma Fazenda Pública. Nesse

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caso, o recebimento deve ser feito obedecendo a ordem prevista no art. 163
do CTN.

Observação: Como atualmente os pagamentos são feitos diretamente na


rede bancária, não há supervisão da autoridade administrativa para
determinar a ordem em que os créditos devem ser pagos. Contudo, para fins
de prova, tudo isso que será visto adiante é plenamente válido.

Art. 163. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do


mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de
direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou
provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade
administrativa competente para receber o pagamento
determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras,
na ordem em que enumeradas:

I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo


lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária;

II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por


fim aos impostos;

III - na ordem crescente dos prazos de prescrição;

IV - na ordem decrescente dos montantes.

Os incisos do art. 163 devem ser seguidos de forma hierárquica. Assim,


em primeiro lugar, deve-se dar prioridade aos débitos em que o
contribuinte figura como contribuinte, e só depois àqueles pelos quais é
responsável.

Não sendo possível tal distinção, ou seja, digamos que em todos os


débitos o sujeito passivo seja contribuinte. Neste caso, o segundo critérios diz
respeito ao caráter contraprestacional do tributo. Assim, deve-se dar 14508501389

prioridade àqueles que são “mais vinculados” (contribuições de


melhoria), e só depois receber os débitos que são “menos vinculados”, até que
se chegue aos impostos (tributos não vinculados).

Se ainda assim persistirem as dúvidas, o próximo critério é o prazo


prescricional. A autoridade administrativa deve dar prioridade àqueles cuja
data de prescrição esteja mais curta. Faz todo o sentido, já que se não
forem cobrados, há o risco de serem extintos pelas prescrição (como ainda
vamos estudar).

Por último, caso os prazos de prescrição coincidam, a prioridade gira em


torno do valor dos créditos. Nessa linha, têm prioridade os créditos
tributários de maior valor.

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Deve-se, então, seguir essa ordem, avançando para o próximo critério


apenas se os dois créditos empatarem na primeira etapa, e assim
sucessivamente até que se consiga estabelecer uma ordem de prioridade aos
créditos objetos de pagamento.

Vamos esquematizar:

CRITÉRIO PRIORIDADE + " -


Pessoal Contribuinte/Responsável
Vinculação do Fato Gerador Contribuição de Melhoria/Taxas/Impostos
Prescrição Prazo mais curto/mais longo
Valor do Crédito Valor maior/Valor menor

1.1.4 – Pagamento indevido e restituição

Em Direito Tributário, não há vontade das partes para surgimento


da obrigação. Ocorrendo o fato gerador, surge a obrigação tributária. Do
mesmo modo, se o cumprimento da obrigação (pagamento) foi maior do que o
devido ou se é indevido, não há qualquer discussão acerca da devolução: o
sujeito passivo possui o direito ser restituído. Nas palavras do legislador
do CTN, o direito à restituição surge independentemente de prévio
protesto.

Não importa quem calculou o montante devido, se


foi o Fisco ou o sujeito passivo.

É comum encontrarmos questões de provas que mencionem “repetição


do indébito tributário”. Não se assuste, pois se refere única e
exclusivamente ao direito do contribuinte de pleitear a restituição do que foi
pago indevidamente.
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Vamos ver o que diz o art. 165 do CTN:

Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio


protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a
modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do
artigo 162, nos seguintes casos:

I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que


o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou
circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido;

II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota


aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou
conferência de qualquer documento relativo ao pagamento;

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III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.

Observação: O disposto no § 4º do art. 162 se refere à perda ou destruição


da estampilha, ou o erro no pagamento por esta modalidade. Não há
restituição neste caso.

As três hipóteses previstas no art. 165 do CTN se resumem basicamente


em duas: restituição sem instauração de litígio (incisos I e II) e
restituição com instauração de litígio (inciso III). Mais à frente, você
entenderá o porquê de tal divisão, quando estudarmos os prazos que o sujeito
passivo possui para pleitear a restituição.

1.1.5 – Restituição de tributo indireto

Lembre-se, inicialmente, que os tributos indiretos são aqueles em que o


contribuinte de direito é efetua apenas o recolhimento da obrigação tributária,
mas quem realmente arca com o ônus tributário é o contribuinte de fato.
Assim, ao realizar, por exemplo, a venda de mercadorias, o comerciante inclui
o valor do tributo nos preço da mercadoria.

Nosso foco neste momento está em verificar como é feita a restituição


dos tributos indiretos. Vamos recorrer, como sempre, ao CTN:

Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza,


transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita
a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de
tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente
autorizado a recebê-la.

Percebe-se, portanto, que a restituição somente será feita em duas


situações:

•! Se o contribuinte de direito comprovar ter assumido o encardo do tributo,


isto é, não o ter transferido; 14508501389

•! Se o contribuinte de fato autorizar expressamente o contribuinte de direito


a receber a restituição.

Em síntese, o contribuinte de direito (quem efetuou o recolhimento) deve


comprovar que não houve transferência do ônus tributário a terceiro. Se
houver transferido, que o contribuinte de fato o autorize a pleitear a
restituição. Caso contrário, não haverá restituição.

O entendimento do STF tem seguido essa linha, conforme fica


demonstrado na seguinte súmula:

Súmula STF 546 - Cabe a restituição do tributo pago indevidamente,


quando reconhecido por decisão, que o contribuinte "de jure" não recuperou

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do contribuinte "de facto" o "quantum" respectivo.

Deve-se destacar também que o entendimento do STJ (REsp


903.394/AL) é no sentido de que o contribuinte de fato não possui
legitimidade para pleitear a restituição do que foi pago indevidamente,
no que se refere aos tributos indiretos.

Somente o contribuinte de direito pode pleitear a


restituição de tributo indireto.

1.1.6 – Restituição de juros e multas

Ao pleitear a restituição do tributo pago indevidamente, o sujeito passivo


também possui direito à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora
e da multa moratória paga a maior.

Vamos ver um exemplo: Geraldo deve R$ 100,00, a título de tributo. A


multa e os juros por atraso de pagamento são calculados pelas respectivas
taxas de 10% e 5%. Supondo que Geraldo, por equívoco, entendeu que o
tributo devido era de R$ 200,00 e efetuou o pagamento com atraso, acabou
recolhendo o valor total de R$ 230,00.

No entanto, ao tomar conta de que o pagamento foi efetuado a maior,


Geraldo tem direito de ser restituído em R$ 115,00 (R$ 100,00 de tributo, R$
10,00 de juros e R$ 5,00 de multa moratória).

Vejamos, então, o que diz o caput art. 167 do CTN:

Art. 167. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição,


na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades 14508501389

pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não


prejudicadas pela causa da restituição.

Com relação às infrações de caráter formal, ou seja, multas punitivas,


não há qualquer restituição, pois não decorrem do atraso do pagamento.

1.1.7 – Juros de mora e correção monetária na restituição

No tópico anterior, nós estudamos a restituição das multas e juros pagos


indevidamente, em função do recolhimento do valor incorreto do tributo.
Portanto, não se confunde com o que veremos a partir de agora: correção
monetária e juros devidos sobre o valor a ser restituído. O que seria isso?

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Da mesma forma que o contribuinte, ao recolher o tributo em atraso,


deve arcar com os encargos financeiros, o Fisco também está sujeito ao
pagamento de juros e correção monetária sobre o valor a ser restituído
ao sujeito passivo. Vamos, então, neste tópico, estudar o termo inicial da
fluência dos juros de mora e da correção monetária.

No que se refere aos juros de mora, o par. único do art. 167 estabelece
que eles incidem sobre o valor da restituição, a partir do trânsito em julgado
da decisão definitiva que determinar a restituição:

Art. 167. (...):

Parágrafo único. A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir


do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar.

Observação: Juros não capitalizáveis são os juros simples.

Essa regra também tem sido adotada pelo STJ, conforme se expõe a
seguir:

Súmula STJ 188 - Os juros moratórios, na repetição do indébito tributário,


são devidos a partir do trânsito em julgado da sentença.

Dessa forma, a partir do trânsito em julgado da decisão judicial, inicia-se


a incidência dos juros de mora.

Contudo, com a inscrição do precatório até 1º de julho até o final do


exercício seguinte (31 de dezembro do próximo ano), não há incidência de
juros de mora. A incidência só volta a ocorrer se o precatório não for pago
dentro do prazo, que é, como se afirmou, 31 de dezembro do ano seguinte. É
a jurisprudência pacífica do STF:

Súmula Vinculante 17 - Durante o período previsto no parágrafo 1º do 14508501389

artigo 100 da Constituição, não incidem juros de mora sobre os precatórios


que nele sejam pagos.

Vejamos o que consta no art. 100, § 1º, da CF/88:

Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal,


Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-
se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos
precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de
casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos
adicionais abertos para este fim. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009). (Vide Emenda Constitucional nº 62, de
2009)

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§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles


decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas
complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte
ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de
sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência
sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º
deste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de
2009).

Observação: Precatório é o documento expedido pelo Poder Judiciário para


inclusão da verba necessária no orçamento público do ano seguinte. É o meio
pelo qual as dívidas da Fazenda, decorrentes de sentenças judiciais, são
pagas.

Segue abaixo uma ilustração do que foi visto até o momento, adaptada
da obra do professor Ricardo Alexandre2:

Não incidem juros de


mora
Súmula Vinculante 17

Juros de mora Juros de mora


Súmula STJ 188 Se o pagamento
CTN, art. 167, par. não foi feito
único

Pagamento Ação de repetição Trânsito 01/07/X1 31/12/X2


Indevido do indébito em julgado

No que se refere à correção monetária - atualização monetária em face


da inflação -, a contagem é diferente, já que o valor da restituição deve ser
14508501389

corrigido desde a data do pagamento indevido. Vejamos a pacífica


jurisprudência do STJ, cristalizada na Súmula 162:

Súmula STJ 162 - Na repetição de indébito tributário, a correção monetária


incide a partir do pagamento indevido.

Esses são os conhecimentos que devemos levar para a prova. O


candidato precisa memorizar as Súmulas 162 e 188 do STJ.

2
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Destaque-se que a jurisprudência mais recente do STJ tem caminhado


no sentido de que, após a edição da Lei 9.250/1995, aplica-se a taxa SELIC
desde o recolhimento indevido, não podendo ser cumulada com
qualquer outro índice de juros ou atualização monetária.

Se a questão cobrar restituição, citando a taxa SELIC,


entenda que deve ser aplicada desde o recolhimento
indevido, vedada qualquer cumulatividade com outros
índices.

Caso contrário, considere as Súmulas 162 e 188, ambas


do STJ.

1.1.8 – Prazo para pleitear a restituição

Você se lembra quando estudamos o art. 165 do CTN? Naquele


momento, eu havia dito que os incisos desse artigo se referem, basicamente, a
duas situações distintas: restituição sem instauração de litígio (incisos I e
II) e restituição com instauração de litígio (inciso III).

Pois bem, a partir de agora, estudaremos os prazos para pleitear a


restituição nas duas situações. O que você deve saber, de antemão, é que o
prazo é sempre de 5 anos, variando apenas o termo inicial da contagem
desse prazo.

Os incisos I e II do art. 165 do CTN querem dizer a mesma coisa.


Podemos dizer que se referem as mais diversas situações que levam o
contribuinte a realizar o pagamento indevidamente, com exceção da hipótese
prevista no inciso III do mesmo artigo, referente ao pagamento indevido
realizado no curso de processo administrativo ou judicial.

Seguindo o raciocínio esposado acima, o art. 168, I, determina que o


prazo para pleitear a restituição nas hipóteses tratadas nos incisos I e II do
art. 165 é de 5 anos, contados da data da extinção do crédito tributário.
14508501389

Uma observação deve ser feita neste ponto: na sistemática do


lançamento de ofício e por declaração, o pagamento extingue de imediato o
crédito tributário. Contudo, no lançamento por homologação, não é bem assim
que acontece.

Quando o tributo é lançado por homologação, o sujeito passivo tem o


dever de efetuar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa,
de sorte que a extinção definitiva do crédito tributário só ocorre com a
homologação.

Como sabemos que o prazo que a autoridade possui para homologar é


de 5 anos, e que muitas vezes a homologação ocorre tacitamente (automática,

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após o curso do prazo quinquenal), na prática, o sujeito passivo teria o prazo


de 10 anos para pleitear a restituição.

Explique-se melhor: se a autoridade administrativa deixar ocorrer a


homologação tácita, a extinção definitiva do crédito tributário ocorre 5 anos
após a data do fato gerador. A partir daí, inicia-se a contagem do prazo para o
contribuinte pleitear a restituição. Foi com base nesse raciocínio que o STJ
sustentou a tese dos “5+5”.

Contudo, com o advento da LC 118/05, foi estabelecida a seguinte regra:

Art. 3º Para efeito de interpretação do inciso I do art. 168 da Lei no


5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional, a
extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a
lançamento por homologação, no momento do pagamento
antecipado de que trata o § 1o do art. 150 da referida Lei.

Com base no dispositivo acima citado, podemos afirmar que o prazo


estabelecido no art. 168, I, é contado a partir do momento do pagamento
antecipado, nos tributos que seguem a sistemática do lançamento por
homologação. Desse modo, o prazo de 5 anos conta-se do pagamento, da
mesma forma como ocorre com as outras modalidades de lançamento.

Pode-se afirmar que o prazo para buscar restituição, com


base no art. 168, I, é de 5 anos, contados do
pagamento indevido.

Observação: O art. 4º, da LC 118/05, determinou que o art. 3º produz


efeitos retroativos. O raciocínio do legislador era de que a norma era
meramente interpretativa (CTN, art. 106, I).
Contudo, a jurisprudência do STF e STJ já se encontra pacífica no
sentido de que o citado art. 3º produz efeitos prospectivos. Sendo 14508501389

assim, todas as ações ajuizadas após a vigência da LC 118/05 estão


submetidas ao novo prazo (apenas 5 anos), ainda que se refiram a
pagamentos anteriores à vigência da referida LC.

Finalizado o estudo do inciso I, do art. 168, vamos avançar para o inciso


II deste artigo, que se refere ao prazo para pleitear restituição de pagamento
indevido, realizado no curso de processo administrativo ou judicial, em que se
discute a legitimidade do lançamento.

Trata-se de situação de difícil verificação prática, que consiste no


seguinte: o sujeito passivo ao obter uma decisão desfavorável, seja ela
administrativa ou judicial, paga o tributo, oferecendo, em seguida, recurso
contra a decisão condenatória.

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Na realidade, o que é mais comum de acontecer é o não pagamento no


âmbito do processo administrativo, pois as reclamações e os recursos
nessa esfera têm o condão de suspender a exigibilidade do crédito
tributário. No que se refere ao processo judicial, o sujeito passivo
normalmente efetua o depósito do montante integral, que também
suspende o crédito tributário, em vez de pagar o tributo.

O que se quis dizer na redação do dispositivo foi que o pagamento foi


efetuado diante de decisão condenatória contra a qual cabia recurso. No
julgamento desse recurso, o sujeito passivo obteve anulação da decisão
anterior, obtendo decisão favorável. É nesse momento que se inicia a
contagem do prazo de 5 anos para pleitear a restituição.

Por último, ressalte-se que a contagem do prazo limite para pleitear


a restituição não é afetada se o tributo, ou melhor, a lei instituidora do
tributo for declarada inconstitucional. Guarde isso!

1.1.9 - Prazo para anular decisão administrativa denegatória

Após a realização do pagamento indevido, o sujeito passivo pode pleitear


a restituição tanto no âmbito administrativo como no Judiciário. Em qualquer
caso, o prazo é de 5 anos.

Havendo opção pela via administrativa, tendo obtido decisão final


desfavorável, o contribuinte tem o direito de acionar o Poder Judiciário,
com vistas a anular a decisão administrativa que denegou a restituição
do tributo pago indevidamente.

Vejamos o que diz o art. 169 do CTN:

Art. 169. Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão


administrativa que denegar a restituição.

Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da


ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data
14508501389

da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda


Pública interessada.

Repare que o dispositivo cria um evidente privilégio ao Fisco, devedor da


ação de restituição proposta pelo sujeito passivo: o prazo exíguo de 2 anos.

O dispositivo também prescreve que ocorre a interrupção do prazo


prescricional pelo início da ação judicial, que ocorre com a distribuição da
ação.

Ademais, em vez de devolver o prazo integralmente, como é típico do


fenômeno da interrupção, optou-se por recomeçar o prazo da metade, a partir
da data da intimação (ou citação) feita ao representante judicial da Fazenda

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Pública. Trata-se de mais um privilégio, que impede que o prazo de 2 anos


seja estendido.

Destaque-se que se o prazo for interrompido com 2 meses, por exemplo,


o seu curso não será reiniciado pela metade, já que não se pode reduzir o
prazo, para torná-lo inferior a 2 anos. No caso exemplificado, será reiniciada a
contagem de mais 1 ano e 10 meses.

A regra se refere à prescrição intercorrente, que ocorre caso o


processo judicial não se conclua no prazo fixado. É claro que esse prazo só se
exaure se o autor da ação (sujeito passivo) for o responsável pela paralisação
do processo.

Embora possa parecer complexo, saiba que, nas provas deconcurso


público, normalmente o assunto costuma ser cobrado pela literalidade do art.
169, o que torna a resolução das questões muito simples.

1.2 - Compensação

A essência da compensação ocorre quando duas pessoas são devedoras


e credoras uma da outra, simultaneamente. Por exemplo: Sebastião deve ao
Município de Salvador R$ 250,00, e este deve a Sebastião R$ 100,00. As
dívidas podem ser extintas até o montante em que se compensarem. No
exemplo citado, Sebastião continuará devendo à Fazenda Municipal o valor de
R$ 150,00.

Nesse sentido, o art. 170 do CTN estabelece o seguinte:

Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou
cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa,
autorizar a compensação de créditos tributários com créditos
líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo
contra a Fazenda pública. (Vide Decreto nº 7.212, de 2010)

Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei


14508501389

determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu montante,


não podendo, porém, cominar redução maior que a
correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a
decorrer entre a data da compensação e a do vencimento.

De início, cumpre-nos destacar que o art. 170 traz apenas as regras


gerais acerca do instituto da compensação. Os detalhes devem ser
estabelecidos na lei do ente federativo com o qual o contribuinte deseja
realizar a compensação. Nesse ponto, vale frisar: a compensação somente
se faz possível se houver lei autorizativa, estipulando quais os créditos
que podem ser compensados.

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Não é suficiente a previsão no CTN para realizar a


compensação. Cada ente federativo deve editar lei
versando sobre a matéria.

Dito isso, vamos entender o dispositivo!

Os créditos tributários são aqueles devidos pelo sujeito passivo, ou


seja, são créditos da Fazenda Pública, mas representam débitos para o sujeito
passivo. No que se refere aos créditos do sujeito passivo contra a
Fazenda, a situação é oposta e bastante óbvia: o sujeito passivo é o credor, e
a Fazenda, devedora.

Observação: Os créditos do sujeito passivo não necessariamente


possuem natureza tributária.

Os créditos tributários devem sempre estar vencidos, ou seja, quando o


legislador permite que a compensação pode ter como objeto créditos vencidos
ou vincendos, diz respeito aos créditos do sujeito passivo contra a
Fazenda Pública.

Nessa esteira, se os créditos do sujeito passivo forem vincendos, ou seja,


ainda estiverem por vencer, serão reduzidos (ajustados a valor presente)
conforme os critérios definidos na lei autorizativa, desde que a redação não
seja superior ao juro de 1% ao mês.

Os créditos do sujeito passivo contra a Fazenda também devem


ser certos (quanto à existência) e líquidos (quanto ao valor). Para
ilustrar essa regra, vamos ver um exemplo prático de compensação: imagine
que a lei tenha autorizado a compensação de créditos gerados por pagamento
indevidos a título de tributo. Em vez de pleitear a restituição, seria muito mais
simples ao sujeito passivo compensar com os créditos tributários que deve a
Fazenda, correto? 14508501389

Entretanto, como vimos em tópicos anteriores, a discussão da


legitimidade de valor já pago ao Fisco indevidamente. Até que ocorra o trânsito
em julgado da decisão judicial, o crédito do sujeito passivo não é certo (na
decisão final, pode ser julgado que ele não existe), não podendo se
tornar objeto de compensação, até que a decisão se torne irrecorrível.

Com base nesse raciocínio, a LC 104/2001 incluiu a seguinte regra no


CTN:

Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento


de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do
trânsito em julgado da respectiva decisão judicial.

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Ora, se não se pode compensar antes do trânsito em julgado,


obviamente também não é possível realizar a compensação com base em
medida liminar:

Súmula STJ 212 - A compensação de créditos tributários não pode ser


deferida por medida liminar.

Não caia em pegadinhas! Não é possível compensar


créditos objetos de decisão judicial recorrível,
medidas cautelares ou liminares ou, ainda, tutela
antecipada.

Não obstante a proibição da compensação com base em liminar em


mandado de segurança, a jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de que o
mandado de segurança constitui ação adequada para declarar direito à
compensação tributária:

Súmula STJ 213 - O mandado de segurança constitui ação adequada para a


declaração do direito à compensação tributária.

1.3 - Transação

No âmbito do Direito Tributário, a transação tem por objetivo por fim a


um litígio – administrativo ou judicial - instaurado entre o sujeito passivo e a
Fazenda Pública.

Trata-se de uma forma alternativa para solucionar os conflitos entre as


partes, mediante concessões mútuas, ou seja, cada parte cede parte de seu
direito, a fim de que se chegue a um consenso.

Diferentemente do Direito Civil, no Direito Tributário, a


14508501389

transação é terminativa (guarde essa palavra), ou seja,


só existe diante de um litígio.

Não obstante a autorização da transação seja feita pela autoridade


competente, nos termos do par. único do art. 171, a transação só pode
ocorrer mediante lei autorizativa.

Como exemplo, a lei pode autorizar a Fazenda a deixar de receber parte


do crédito tributário, com a condição de que o sujeito passivo desista do litígio
e pague a parcela restante do crédito tributário dentro do prazo previsto.

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Observação: Veja que a extinção do crédito tributário pode ocorrer de forma


combinada. No exemplo acima, uma parte foi extinta pela transação e a
outra, pelo pagamento.

1.4 - Remissão

A remissão é conceituada como o perdão da dívida. Por se tratar de


benefício fiscal, deve ser regulada em lei específica, conforme estabelece o
art. 150, § 6º, da CF/88.

Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a


conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial
do crédito tributário, atendendo:

I - à situação econômica do sujeito passivo;

II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a


matéria de fato;

III - à diminuta importância do crédito tributário;

IV - a considerações de equidade, em relação com as características


pessoais ou materiais do caso;

V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade


tributante.

Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito


adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155.

Observe que o art. 172 do CTN traz regras direcionadas ao legislador. Ou


seja, ao editar a lei específica concessora da remissão, o legislador deve seguir
as diretrizes estabelecidas na norma acima.

Uma observação a ser feita é que não há conflito entre o que está
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previsto no art. 108, § 2º, do CTN, com o art. 172, IV. Quando estudamos as
técnicas de integração, vimos que o aplicador da lei não pode utilizar da
equidade como forma de dispensa do pagamento de tributo devido.
Diferentemente disso, o art. 172, IV, permite que o legislador conceda
remissão, considerando as características pessoais o materiais do caso, com
base na equidade.

Destaque-se que a remissão pode se referir ao perdão tanto de


tributo como de multas, desde que já tenha sido constituído o crédito
tributário. Se, por outro lado, ainda não tiver havido o lançamento, o
benefício será concedido sob a forma de isenção (para tributos) ou anistia
(para multas), hipóteses de exclusão do crédito tributário, que são estudadas
em tópico próprio.

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Se o crédito tributário está constituído = Remissão


(tributo ou multa)

Se o crédito tributário não está constituído = Isenção


(tributo) ou Anistia (multa)

Por fim, vamos relembrar do mnemônico MARIPA. Aplicam-se as regras


da moratória concedida em caráter individual (CTN, art. 155) à remissão,
quando também estiver sendo concedida individualmente.

Vamos, então, relembrar como funciona: você deve saber que a


remissão individual não gera direito adquirido. Por isso, em alguns casos,
basta que o sujeito passivo comprove que faz parte do rol daqueles alcançados
pela remissão.

De qualquer modo, não estando satisfeitos os requisitos ou as condições,


a remissão é revogada, ficando o sujeito passivo obrigado a pagar o
crédito tributário acrescido de juros de mora. Caso seja constatado que
houve dolo ou simulação do beneficiado ou de terceiro para se beneficiar
ilicitamente da remissão, haverá, ainda, imposição de penalidade.

Cabe ressaltar também que há outra consequência, em se tratando da


revogação da remissão: a contagem do prazo de prescrição. Se houve dolo ou
simulação, o tempo decorrido entre a concessão da remissão e sua revogação
não é contado para fins de prescrição. Por outro lado, se não houve dolo ou
simulação, a revogação da remissão só pode ocorrer antes de findar o prazo
prescricional.

1.5 - Decadência

Sabe-se que, com a ocorrência do fato gerador, surge a obrigação


tributária. No entanto, a dívida somente se torna exigível com o lançamento,
que é o procedimento administrativo que constitui o crédito tributário. O prazo
decadencial é justamente o prazo que a autoridade administrativa 14508501389

possui para promover o lançamento. No fim do prazo decadencial, ocorre a


decadência.

Já o prazo prescricional é aquele que a Fazenda Pública possui,


após o lançamento definitivo do tributo, para promover a ação de
execução fiscal, com o objetivo de satisfazer o crédito tributário. No fim do
prazo prescricional, ocorre a prescrição.

Veja, então, que, antes do lançamento corre prazo decadencial, e após o


lançamento, prazo prescricional. Pode-se dizer, a grosso modo, que o
lançamento é marco que divide o prazo decadencial do prazo
prescricional.

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Nesse ponto do nosso estudo, alguns detalhes devem ser frisados:

•! Tanto o prazo decadencial como o prescricional são de 5 anos (a distinção


ocorre na fixação do termo inicial de contagem);
•! Tanto a decadência como a prescrição são causas de extinção do crédito
tributário (art. 156, V).
•! O lançamento é o marco que divide o prazo decadencial do prazo
prescricional.

Conforme o entendimento da jurisprudência e da doutrina, extinto o


crédito, seja pela decadência ou pela prescrição, não há qualquer direito da
Fazenda Pública em receber o crédito. Portanto, se o contribuinte paga
crédito prescrito ou decaído, faz jus à restituição.

Deve-se destacar que, de acordo com o art. 146, III, b, da CF/88, cabe
à lei complementar dispor sobre normas gerais em matéria de
prescrição e decadência tributárias. Sendo assim, não poderia, por
exemplo, uma lei ordinária estabelecer prazos diferentes do que foi previsto no
CTN (norma recepcionada com status de lei complementar).

Foi nessa linha que a Súmula Vinculante nº 8 do STF declarou


inconstitucionais os dispositivos que previam prazo decadencial e
prescricional de 10 anos, contrariando o disposto no CTN.

Além desse conhecimento básico acerca do instituto da decadência, é


necessário conhecer as diferentes formas de contagem do prazo de 5 anos.
Vamos, a partir deste momento, estudar cada uma delas.

1.5.1 – Regra geral de contagem

A regra geral de contagem do prazo decadencial está prevista no art.


173, I, do CTN. De acordo com esse dispositivo, o direito de a Fazenda Pública
constituir o crédito tributário (decadência) extingue-se em 5 anos, contados
do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento
poderia ter sido efetuado.
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Em tese, o lançamento pode ser efetuado logo após a ocorrência


do fato gerador. Portanto, o início da contagem do lapso temporal de 5 anos
ocorre no dia 1º de janeiro do ano seguinte em relação à data de ocorrência do
fato gerador.

A título de exemplo, imagine que o fato gerador de determinado tributo


ocorra no dia 10 de janeiro de 2014. Nesse caso, o prazo decadencial começa
a ser contado a partir de 01 de janeiro de 2015. A decadência, então, se
consome no dia 01 de janeiro de 2020, exatamente 5 anos depois.

É muito importante que você perceba que, muito embora o prazo seja de
5 anos, as regras de contagem podem fazer com que o prazo chegue

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praticamente aos 6 anos, se o fato gerador tiver ocorrido no dia 01 de janeiro,


por exemplo.

Cumpre-nos destacar que a regra geral não se aplica aos tributos


lançados por homologação. A contagem do prazo decadencial nos tributos
em que se aplica tal modalidade de lançamento recebeu tratamento específico,
o qual será estudado mais adiante.

O prazo decadencial possui regras específicas para os


tributos lançados por homologação.

1.5.2 – Regra da antecipação da contagem

A regra da antecipação da contagem do prazo decadencial está prevista


no par. único do art. 173, do CTN, que estabelece o seguinte:

Art. 173 - (...):

Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se


definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data
em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário
pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida
preparatória indispensável ao lançamento.

Nós vimos que a regra geral é que o prazo decadencial seja contado a
partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento
poderia ter sido efetuado, correto?

Ocorre que, se nesse intervalo (entre a data do fato gerador e o primeiro


dia do exercício seguinte) a autoridade fiscal notificar o sujeito passivo de
alguma medida indispensável ao lançamento, como o início de um 14508501389

procedimento de fiscalização, por exemplo, haverá antecipação da


contagem do prazo decadencial para a data em que o sujeito passivo
toma ciência do termo de início de fiscalização.

Se a notificação do início de procedimento fiscal ocorrer


após o “primeiro dia do exercício seguinte”, não haverá
impacto sobre o curso do prazo decadencial.

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1.5.3 – Regra da anulação do lançamento por vício formal

Consoante o disposto no art. 173, II, do CTN, o direito de a Fazenda


Pública constituir o crédito tributário extingue-se após o prazo de 5 anos,
contados da data em que se tornar definitiva a decisão que houver
anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.

Trata-se de uma regra bastante tranquila de se entender. Vamos ver um


exemplo prático:

Determinado sujeito passivo é notificado do lançamento de um tributo


contra ele efetuado. Discordando de alguns aspectos descritos na notificação, o
sujeito passivo impugna o lançamento. Ao final do litígio, chega-se à conclusão
que, embora o fato gerador tenha ocorrido, a autoridade que promoveu o
lançamento não possuía competência para o ato. A consequência disso é a
anulação do lançamento.

De acordo com o que estudamos até o momento, se houve lançamento,


não há mais contagem de prazo decadencial, e sim prescricional. Contudo,
veja que o lançamento foi anulado em decorrência de vício formal.

Observação:
Vício formal: diz respeito aos requisitos burocráticos.
Exemplo: competência da autoridade.

Vício material: diz respeito à obrigação tributária.


Exemplo: não ocorrência do fato gerador.

Em decorrência da anulação, a Fazenda Pública deverá promover novo


lançamento, corrigindo os erros formais ocorridos no lançamento anterior. Para
isso, ela possui novamente à sua disposição o prazo de 5 anos, contados da
data da decisão definitiva que anulou o lançamento.

A devolução do prazo decadencial ocorre integralmente,


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ou seja, mais 5 anos para a Fazenda realizar novamente


o lançamento. Contudo, a regra somente se aplica
quando o o vício do lançamento é formal.

A devolução integral do prazo decadencial é denominada


interrupção de prazo decadencial. Esse é o entendimento de parte da
doutrina, e que já foi encampado pelo CESPE. Há quem entenda também que
se trata de novo prazo decadencial, não havendo interrupção.

Observação:
A interrupção de um prazo, seja ele decadencial ou prescricional, indica
que o prazo antigo é abandonado e novo prazo começar a ser contado

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novamente. Ou seja, o prazo é integralmente devolvido.

A suspensão de um prazo indica que a contagem é suspensa, retornando,


quando legalmente determinado, do momento em que havia parado.

1.5.4 – Prazo decadencial nos tributos lançados por homologação

Na modalidade de lançamento por homologação, o sujeito passivo efetua


o pagamento antecipado, sem prévio exame da autoridade administrativa.
Posteriormente, esta homologa o lançamento, extinguindo o crédito tributário.

O prazo para homologação, como já foi visto no nosso curso, é de 5


anos, contados da data da ocorrência do fato gerador (CTN, art. 150, §
4!). Se a homologação não ocorrer dentro do prazo, haverá a homologação
tácita, ou seja, considera-se que o procedimento levado a cabo pelo
contribuinte estava correto.

O curso desse prazo também possui outra função, que é a possibilidade


de a Fazenda Pública constatar eventuais diferenças que deixaram de
ser pagas e constituir de ofício tais valores, com base no art. 149, V, do
CTN.

Portanto, o prazo de 5 anos, contados da data da ocorrência do


fato gerador é o prazo decadencial que a Fazenda possui para homologar a
atividade do sujeito passivo e, sendo o caso, efetuar lançamento suplementar.

Contudo, nem sempre o prazo quinquenal é contado a partir da


data de ocorrência do fato gerador (CTN, art. 150, § 4º). Há algumas
exceções que serão vista a partir de agora.

Nos casos em que o sujeito passivo não declara nem paga qualquer
valor até a data do vencimento, aplica-se a regra geral das demais
modalidades de lançamento, ou seja, o prazo de 5 anos é contado a partir
do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter
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sido efetuado (CTN, art. 173, I).

Por outro lado, se o sujeito passivo declara e paga o crédito


tributário apenas de forma parcial, a regra é aquela típica dos tributos
lançados por homologação, ou seja, conta-se 5 anos a partir da data do
fato gerador (CTN, art. 150, § 4º).

Observação: Neste caso, como já foi dito, eventuais diferenças ficam


sujeitas ao lançamento suplementar, realizado de ofício, com base no art.
149, V, do CTN.

Cabe destacar que o próprio § 4º, do art. 150, do CTN, excetua da regra
dos tributos lançados por homologação quando for comprovada a

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ocorrência de dolo, fraude ou simulação. Diante da inexistência de regra


específica sobre o assunto, aplica-se também nesta situação a regra geral
da decadência, prevista no art. 173, I, do CTN.

Por último, temos também a situação em que o contribuinte presta a


declaração, mas não efetua o pagamento devido no vencimento. Nesse
caso, entende o STJ que a declaração do sujeito passivo é suficiente para
constituir o crédito tributário (sem o respectivo lançamento),
correndo, a partir da data de vencimento do tributo, o prazo
prescricional.

Nesse sentido, veja a Súmula 436, lavrada pelo STJ:

Súmula STJ 436 - A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo


débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra
providência por parte do fisco.

Vejamos um exemplo prático: a Declaração de Débitos e Créditos


Tributários Federais (DCTF) é uma declaração obrigatória para pessoas
jurídicas em geral, referindo-se a diversos impostos e contribuições federais. O
objetivo é informar o fisco sobre os tributos apurados pela empresa. A entrega
dessa declaração constitui o crédito tributário, dispensando as providências do
fisco nesse sentido.

Há que se destacar que, prestando a declaração desacompanhada de


pagamento no vencimento, o sujeito ativo da obrigação tributária pode
inscrever o sujeito passivo em dívida ativa, atividade preparatória para
promover a ação de execução fiscal.

Vamos esquematizar o que vimos até o momento:

DECADÊNCIA – Lançamento por Homologação

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Contribuinte
declara e Art. 150, § 4º Conta-se da data do fato gerador
paga

Contribuinte Conta-se do 1º dia do ano seguinte


não declara Art. 173, I
nada

Dolo, fraude
ou Art. 173, I Conta-se do 1º dia do ano seguinte
simulação

Contribuinte " Ocorre a constituição do crédito tributário.


declara e " Terá início o prazo prescricional (data da declaração ou
não paga vencimento, o que for posterior).

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Observação: Para entender melhor o nosso esquema, lembre-se que o prazo


é sempre de 5 anos, alterando apenas a data a partir da qual se conta o
referido prazo.

1.6 – Prescrição

Como já foi dito, opera-se a prescrição quando não há propositura de


ação de execução fiscal dentro do prazo estabelecido no CTN, com o
objetivo de cobrar do sujeito passivo o crédito tributário na via judicial.

O prazo para que se promova a ação de execução fiscal é de 5 anos,


contados da data da constituição definitiva do crédito tributário.
Dissemos anteriormente que, após o lançamento, o prazo era prescricional, e
de fato é. Contudo, tal prazo só começa a ser contado a partir do dia em que
não mais se discute a legitimidade do lançamento, ou seja, a partir do dia
em que o crédito tributário é considerado definitivamente constituído.

Importa-nos saber quando ocorre a constituição definitiva do crédito.


Novamente, vamos nos lembrar: ao ser notificado do lançamento, o sujeito
passivo tem um prazo fixado em lei para pagar ou impugnar o lançamento.

Caso o sujeito passivo cumpra com a obrigação tributária, pagando o


tributo contra ele lançado, o crédito tributário é extinto pelo próprio
pagamento (CTN, art. 156, I).

Se, por outro lado, o sujeito passivo impugnar o lançamento, instaura-se


um litígio entre a Fazenda Pública e o contribuinte ou responsável, em que se
discute o crédito tributário. Ao final, caso a decisão seja desfavorável ao
sujeito passivo, mantendo o crédito lançado, ocorre a constituição
definitiva do crédito tributário.

Imaginemos, ainda, que o sujeito passivo, notificado do lançamento, não


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tome qualquer medida para efetuar o pagamento ou impugnar o lançamento.


Nesse caso, também haverá a constituição definitiva do crédito tributário.

Perceba, então, que a constituição definitiva está relacionada ao fato de


o lançamento não poder mais ser discutido. Afinal de contas, se o prazo
prescricional é o prazo para a Fazenda promover a execução fiscal do sujeito
passivo, não faz sentido algum executar algo que não se sabe ao certo
se continuará existindo (a impugnação pode resultar na anulação do
cancelamento).

Novamente, vale lembrar que o art. 146, III, b, da CF/88, determina que
cabe à lei complementar definir normas gerais acerca da decadência e
prescrição tributária. Portanto, somente outra lei complementar poderia
alterar os prazos ou criar outras regras e restrições.

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Estando o crédito tributário prescrito, ao fim do prazo quinquenal


previsto no CTN, o que ocorre se a Fazenda Pública ainda assim
executar o sujeito passivo?

Neste caso, vale a Súmula 409 do STJ, cuja redação é a seguinte: “Em
execução fiscal, a prescrição ocorrida antes da propositura da ação pode ser
decretada de ofício (art. 219, § 5º, do CPC).”

Veja que a prescrição será decretada de ofício pelo juiz, e isso pode se dar
mesmo sem a oitiva da Fazenda Pública, conforme demonstra a
jurisprudência do STJ, na ementa do julgamento do REsp 733.286-RS.

1.6.1 – Interrupção do prazo prescricional

O legislador do CTN estabeleceu algumas situações que interrompem o


prazo prescricional. Interromper significa que o prazo é integralmente
devolvido, contado do “zero” novamente.

Vejamos, então, o que diz o art. 174 do CTN:

Art. 174 - (...):

Parágrafo único. A prescrição se interrompe:

I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;


(Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)

II - pelo protesto judicial;

III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;


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IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que


importe em reconhecimento do débito pelo devedor.

São quatro hipóteses de interrupção do prazo prescricional. Nas três


primeiras, a interrupção é consequência de ato judicial. Apenas a última se
refere à possibilidade de o ato ser realizado na órbita administrativa
(extrajudicial).

Observação: O inciso IV traz também a única hipótese em que ocorre


interrupção da prescrição por iniciativa do devedor.

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Se cair na prova uma questão afirmando a


possibilidade de o prazo prescricional ser
interrompido por iniciativa do devedor, a assertiva
estará correta!

O art. 174, I, traz como hipótese interruptiva do prazo prescricional o


despacho do juiz que ordena citação em execução fiscal. Vamos
entender o que vem a ser isso!

Ao admitir a ação de execução fiscal, o juiz realiza o despacho que


ordena a citação do devedor, e é esse despacho que faz com que se
interrompa a prescrição, devolvendo integralmente o prazo de 5 anos à
Fazenda Pública.

Tome muito cuidado, pois antes da LC 118/05, a redação desse inciso


era “pela citação pessoal feita ao devedor”. Ou seja, não era o despacho, mas
a notificação pessoal ao devedor. Na prática, o devedor poderia “fugir”, e não
ser notificado. Por esse motivo, alterou-se para o momento do despacho
que ordena a citação.

O que interrompe a prescrição é o despacho, e não a


citação pessoal! Guarde muito bem isso!

No tocante ao protesto judicial, previsto no art. 174, II, do CTN, trata-


se de medida judicial intentada pelo credor (Fazenda Pública), com o objetivo
de manifestar sua intenção de ver satisfeito o seu direito.

De acordo com Eduardo Sabbag3,

À luz do crédito tributário, o protesto judicial somente se justifica na


14508501389

hipótese de a Fazenda estar impossibilitada de ajuizar a execução fiscal,


diante da iminência do término do prazo prescricional. ∀

Em relação aos atos judiciais que constituam em mora o devedor


(CTN, art. 174, III), deve-se destacar que são as notificações, intimações ou
interpelações judiciais, com a finalidade de manifestar a intenção do credor em
receber a dívida. Podemos afirmar, então, que o protesto judicial, disposto no
inciso anterior, está contido entre os atos judiciais que constituam em mora o
devedor.

3
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Por último, quando o art. 174, IV, mencionou ato do devedor, ainda
que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito, não quis
dizer nada além da conhecida confissão de dívida, que pode ocorrer tanto
na esfera administrativa como na judicial.

Imagine que a autoridade administrativa tenha realizado o lançamento


de algum tributo e notificou o devedor. Considere ainda que o contribuinte
manteve-se inerte, ou seja, não pagou nem impugnou o lançamento dentro do
prazo previsto na legislação do respectivo ente federativo. Ocorrida a
constituição definitiva do crédito tributário, tem início o prazo prescricional,
para que se promova a ação de execução fiscal.

Passados dois anos, o devedor solicita à Fazenda o parcelamento de


referido débito. Obviamente, o sujeito passivo está nesse momento
reconhecendo que possui uma dívida com o Fisco. Interrompe-se, então,
a prescrição, fazendo com que o Fisco tenha novamente 5 anos para promover
a execução fiscal.

São exemplos típicos de confissão de dívida: pedido de


parcelamento e pedido de compensação de débito.

Por fim, é importante ressaltar que a consulta administrativa não é


modo de interrupção de prescrição. Guarde muito bem isso, pois esse é o
entendimento do STJ (EDcl no REsp 87.840/BA).

1.6.2 – Suspensão do prazo prescricional

Distintamente do que ocorre com a interrupção da prescrição, na


suspensão, o prazo deixa de ser contado, até que se encerre a situação
o que suspendeu. Após esse evento, continua-se o curso do prazo
prescricional do ponto onde havia parado. Ou seja, não há devolução 14508501389

integral do prazo, mas apenas suspensão temporária.

O CTN não dispôs expressamente sobre a suspensão da


prescrição, mas a doutrina e a jurisprudência reconhecem hipóteses de
prescrição, previstas indiretamente no CTN, em decorrência da lógica de
aplicação dos dispositivos ali prescritos.

Em primeiro lugar, vamos nos lembrar das hipóteses de suspensão do


crédito tributário. Vimos que o que se suspende não é o direito de lançar, mas
sim a exigibilidade do crédito, impedindo a Fazenda Pública de promover
a ação de execução fiscal.

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Observação: A execução fiscal é disciplinada pela Lei 6.830/1980, a


conhecida Lei de Execuções Fiscais, ou simplesmente LEF.

Nessa esteira, se a Fazenda está impedida de promover a ação de


execução fiscal, não há lógica alguma em correr o prazo prescricional, que tem
como objetivo justamente punir o sujeito ativo, por se manter inerte em
relação ao seu direito de exigir a dívida tributária, por meio da execução fiscal.

Dessa forma, devemos memorizar que, se há suspensão da


exigibilidade do crédito tributário, também estará suspenso o curso do
prazo prescricional.

A suspensão do prazo prescricional permanecerá até que


o crédito se torne exigível.

Cabe destacar também que quando a moratória em caráter individual


for obtida fraudulentamente (dolo ou simulação), o tempo decorrido entre
a sua concessão e a revogação não é contado para fins de prescrição,
conforme consta no par. único do art. 155. Sendo assim, pode-se
visualizar mais uma hipótese de suspensão do prazo prescricional.

Como o art. 155 também se aplica aos outros benefícios fiscais


(MARIPA) previstos no CTN, quando concedidos de modo individual, podemos
dizer que também haverá suspensão da prescrição, se houver situação
semelhante à qual acabamos de estudar, ou seja, a obtenção fraudulenta de
moratória, anistia, remissão, isenção e parcelamento.

A título de exemplo, caso o sujeito passivo se passe por outra pessoa


para fazer jus à isenção de caráter individual no ano de 2013, e o Fisco
descubra a fraude perpetrada em 2015, revogando-a, esses dois anos (entre a
concessão e a revogação) não são contados para fins de prescrição. Portanto,
14508501389

houve suspensão do prazo prescricional por dois anos.

Outro caso de suspensão da prescrição é o disposto no art. 2º, § 3º, da


Lei 6.830/1980 (LEF), cuja redação é a seguinte:

§ 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da


legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e
certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de
direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se
esta ocorrer antes de findo aquele prazo.

Como funciona isso? Lembre-se de que, com o lançamento, a dívida se


torna exigível, mas é somente após a inscrição do crédito tributário em

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dívida ativa que este se torna exequível, isto é, passível de execução


judicial. Portanto, para promover a ação de execução fiscal, é necessário que a
Fazenda Pública inscreva o crédito tributário em dívida ativa.

Observação: No âmbito federal, essa tarefa cabe à Procuradoria-Geral da


Fazenda Nacional (PGFN), responsável por efetuar o exame de legalidade,
certeza e liquidez.

Desse modo, a LEF definiu que a inscrição do crédito tributário em dívida


ativa suspende a prescrição por 180 dias, ou até a distribuição da execução
fiscal, se esta ocorrer antes daquele prazo.

Isso significa que, inscrito o crédito, a Fazenda Pública tem um


acréscimo de até 180 dias para promover a ação de execução fiscal, até que
esta seja distribuída. Depois disso, o prazo volta a fluir, mas logo a seguir, com
o despacho do juiz ordenando a citação (CTN, art. 174, I), ocorre a interrupção
da prescrição, o que faz com que o prazo de 5 anos seja integralmente
restituído.

A grande discussão doutrinária e jurisprudencial é que a LEF não poderia


tratar de prescrição tributária, por ser tema cuja regulamentação compete
exclusivamente à lei complementar, nos termos do art. 146, III, b, da CF/88.

Nesse sentido, para o STJ (REsp 249.262/DF), a LEF não pode estipular
causa de suspensão do prazo prescricional não prevista no CTN. Sendo assim,
o art. 2º, § 3º, da LEF, não pode ser aplicado para execuções fiscais de
dívida ativa de natureza tributária.

1.6.2.1 – Prescrição Intercorrente

Há, na LEF, mais uma previsão de suspensão do prazo prescricional.


Trata-se dos casos em que, no curso da ação de execução fiscal, não for
localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a
penhora (art. 40): 14508501389

Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for


localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a
penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.

Desta forma, enquanto não localizado o devedor ou enconrados bens


sobre os quais possa recair a penhora, admite-se a suspensão da execução
fiscal, e a consequente suspensão da prescrição pelo prazo máximo de
um ano. Se até então não for localizado o devedor ou encontrados bens
penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos (LEF, art. 40, § 2º):

Art. 40:

(...)

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§ 2º - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado


o devedor ou encontrados bens penhoráveis, o Juiz ordenará o
arquivamento dos autos.

Findo o prazo de um ano, com o arquivamento dos autos, tem início o


curso do prazo prescricional. Isso significa que, após o prazo de cinco anos
(prescrição), o Juiz poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente, e
decretá-la de imediato, extinguindo o processo, com a extinção do crédito
tributário.

Nesse sentido, o STJ editou a seguinte súmula:

Súmula STJ 314 – Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis,


suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da
prescrição quinquenal intercorrente.

É importante que o candidato esteja ciente de que o prazo prescricional,


na realidade, se inicia com a constituição definitiva do crédito tributário. Não
se esqueça, no entanto, que com a propositura de ação de execução fiscal, a
prescrição se interrompe pelo despacho do juiz que ordenar a citação do
executado (devedor). Portanto, o prazo prescricional retorna ao início.

Quando o prazo quinquenal começa a ser novamente contado? Neste


caso, é interessante seguir a supracitada Súmula 314 do STJ, ou seja, a partir
da data em que se encerra o período de um ano de suspensão do processo.

O prazo prescricional também pode ser citado na prova


como “interregno preclusivo”. Fique atento(a)!

1.6.2.2 – Resumo das Hipóteses de Suspensão da Prescrição


14508501389

Podemos citar como situações em que o prazo prescricional é suspenso


as seguintes:

•! Suspende-se o prazo prescricional enquanto o crédito tiver sua


exigibilidade suspensa, nos termos do art. 151 (moratória, depósito do
montante integral, reclamações e recursos administrativos, liminares ou
tutelas antecipadas e parcelamento).
•! Suspende-se o prazo prescricional quando a moratória for concedida
individualmente, em decorrência de artifício doloso, até que ocorra
a revogação do benefício. Tal regra também se aplica aos seguintes
benefícios fiscais: anistia, remissão, isenção e parcelamento.

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•! Suspende-se o prazo prescricional com a inscrição do crédito


tributário em dívida ativa por 180 dias, ou até a distribuição da execução
fiscal, se esta se der primeiro.
•! Suspende-se por até um ano o prazo prescricional, quando não for
localizado o devedor ou encontrados bens penhoráveis, no curso do
processo de execução fiscal.

1.7 – Consignação em pagamento

A consignação em pagamento tem tudo a ver com a forma de extinção


“pagamento”, tanto é que o próprio CTN a incluiu dentro da seção que cuida
daquela modalidade de extinção do crédito tributário.

A ação de consignação em pagamento é movida no âmbito do


Poder Judiciário, com o objetivo de que o sujeito passivo exerça o seu
direito de pagar e quitar a obrigação tributária, quando se encontra
impedido pelo próprio credor.

“Como assim, professor?” É isso mesmo o que você ouviu: pode


acontecer, entre outras situações possíveis, de o credor recusar o pagamento
do tributo, condicionando-o ao pagamento de outra obrigação.

Vamos ver as hipóteses que foram previstas no art. 164 do CTN:

Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada


judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos:

I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao


pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento
de obrigação acessória;

II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências


administrativas sem fundamento legal;

III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito


14508501389

público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.

§ 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o


consignante se propõe pagar.

§ 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa


efetuado e a importância consignada é convertida em renda;
julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-
se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das
penalidades cabíveis.

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As hipóteses elencadas nos incisos I e II são os casos em que a Fazenda


credora impõe condições absurdas ao contribuinte que não tem outra saída
senão socorrer ao Judiciário.

Isso se deve ao fato de que, não pagando, o contribuinte fica sujeito


também aos encargos moratórios (juros e multa), além da ação de
execução fiscal, já que, se nenhuma medida for tomada, o crédito
tributária continua plenamente exigível.

Imagine agora a situação prevista no inciso III: o contribuinte possui um


apartamento no Município de Guarulhos, e recebe notificações de lançamento
de IPTU tanto do Município de São Paulo como do Município de Guarulhos.
Trata-se de bitributação. O que fazer se não se sabe exatamente quem é
credor da obrigação? Move-se, então, uma ação judicial de consignação em
pagamento.

Destaque-se que, de acordo com o § 1º do art. 164, a consignação


somente pode versar sobre o crédito que o consignante (sujeito passivo) se
propõe a pagar. Portanto, o sujeito passivo deve depositar o valor que
entende devido.

Embora seja discutível no âmbito da doutrina e da jurisprudência qual


valor deve ser depositado, se aquele exigido pelo fisco ou o que o sujeito
passivo entende devido, devemos levar para a prova a literalidade do CTN,
que parece se referir a este.

Ao término da ação, julgada procedente a consignação proposta pelo


sujeito passivo, o pagamento tem-se por efetuado e o valor que foi
consignado judicialmente é convertido em renda.

Observação: Converter-se em renda significa transferir para o credor, com o


objetivo de quitar o tributo devido.

Por outro lado, se a consignação for julgada improcedente, deve-se14508501389

proceder ao pagamento da diferença devida, bem como dos acréscimos


legais (juros de mora e penalidades cabíveis).

A extinção do crédito tributário não ocorre com a ação de


consignação em pagamento, mas sim quando estiver
julgada procedente.

Por último, deve ser salientada a distinção entre o depósito do montante


integral e a ação de consignação em pagamento. Embora haja depósito do
sujeito passivo em ambos os casos, o depósito do montante integral se refere
a um ato isolado do sujeito passivo, podendo ocorrer tanto na via

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administrativa quando na judicial, com o objetivo de suspender o crédito


tributário.

Por outro lado, a ação de consignação em pagamento consiste em um


processo judicial, cujo objetivo é exercer o direito de pagar o crédito que tenha
sido obstado pelo Fisco ou que tenha suscitado dúvida quanto ao real credor.
Neste caso, o objetivo é pagar e extinguir o crédito.

Na consignação, o sujeito passivo quer pagar.

No depósito, o sujeito passivo quer discutir ou evitar o


débito.

1.8 – Pagamento antecipado e a posterior homologação

Na sistemática do lançamento por homologação, como já foi diversas


vezes explicado no nosso curso, o sujeito passivo paga o tributo sem prévio
exame da autoridade administrativa.

Após pelo pagamento do sujeito passivo, a autoridade administrativa


possui determinado prazo para atestar a correção do procedimento e do valor
recolhido, e só então homologa a atividade do contribuinte.

Nessa esteira, pode-se dizer a extinção definitiva do crédito tributário, no


que se refere aos tributos lançados por homologação, apenas ocorre com a
homologação do lançamento, ato que, como regra, pode levar até 5 anos,
contados do fato gerador.

Note bem que, embora a extinção do crédito só se dê com a


homologação do lançamento, para fins de definição do prazo inicial para
pleitear a restituição, a LC 118/05 estabeleceu que é considerado extinto
na data do pagamento.
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O crédito lançado por homologação não é extinto na data


do lançamento! Considera-se extinto apenas para
fins de contagem de prazo para restituição.

1.9 – Conversão do depósito em renda

Com o depósito do montante integral, exigido pela Fazenda Pública, o


sujeito passivo suspende a exigibilidade do crédito tributário. Havendo decisão
em favor da Fazenda Pública, ocorre a conversão do depósito em renda do
vencedor da ação.

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Portanto, o crédito que anteriormente estava com a exigibilidade


suspensa, com a decisão definitiva torna-se extinto.

1.10 – Decisão administrativa final

Ao ser notificado do lançamento contra ele efetuado, o sujeito passivo,


como já foi visto, possui duas opções: pagar ou impugnar o lançamento.

Ao impugnar administrativamente o lançamento, o sujeito passivo dá


início ao processo administrativo fiscal, seguindo as normas específicas do ente
federativo que detém a competência tributária do tributo objeto de discussão.

Se a decisão final no âmbito administrativo for favorável ao


sujeito passivo, o crédito tributário fica definitivamente extinto, com
base no art. 156, IX.

“E se a decisão final for desfavorável, professor?”

Nesse caso, cabe ao contribuinte pagar o crédito tributário ou ajuizar


ação judicial para discutir no Poder Judiciário a legitimidade do lançamento
contra ele efetuado.

1.11– Decisão judicial transitada em julgado

Dando continuidade ao que foi dito no tópico anterior, caso o contribuinte


recorra ao Judiciário para discutir a procedência do lançamento, é a decisão
transitada em julgado (contra a qual não cabe recurso) que determinará se o
crédito tributário subsistirá ou não.

Caso a decisão seja favorável ao sujeito passivo, tem-se por


extinto o crédito tributário. Se, por outro lado, a decisão for em favor da
Fazenda Pública, não haverá outra opção ao sujeito passivo, senão o
pagamento.

1.12 – Dação em pagamento em bens imóveis 14508501389

A dação em pagamento é instituto do direito privado, regulado pelos


arts. 356 a 359 do Código Civil. Trata-se de “pagamento” efetuado por meio da
entrega de bem ou direito que não seja moeda.

Na seara do Direito Tributário, a dação em pagamento somente passou a


ser prevista como modalidade de extinção do crédito tributário com advento da
LC 104/2001 .

Destacamos que a extinção só pode ser feita com bens imóveis. É


muito comum as questões de prova armarem verdadeiras pegadinhas para
fazer o candidato bem preparado tropeçar por descuido na rápida leitura da
questão. Portanto, tome muito cuidado com isso. Repita-se: BENS IMÓVEIS.

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Mas como funciona isso? O contribuinte pode “sair” transferindo imóvel


para a Fazenda, como forma de quitar a obrigação tributária? Não é bem
assim!

Para que seja feita a extinção do crédito tributário mediante dação em


pagamento em bens imóveis é necessário que cada ente federado edite
lei autorizativa para disciplinar como será feita essa transferência e em que
hipóteses pode ser feita.

A dação em pagamento depende de lei autorizativa,


editada por cada esfera do Estado.

Há quem entenda que a previsão da dação em pagamento como forma


de extinção do crédito tributário tenha promovido a derrogação (revogação
parcial) do art. 3º do CTN, que disciplina que o tributo deve ser uma prestação
“em moeda”.

O raciocínio esposado não merece prosperar, haja vista que o próprio


art. 3º do CTN permite que o tributo pode ser prestação “em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir”. Com base nisso, eu te pergunto: os bens
imóveis inegavelmente podem ser expressos em moeda. É evidente que sim.

Questão 01 – ESAF/AFRFB/2009

Notificado o sujeito passivo do lançamento, inicia-se o prazo decadencial de


14508501389

cinco anos para extinção do crédito.

Comentário: O prazo decadencial não tem início com a notificação do


lançamento, mas sim, como regra, no primeiro dia do exercício seguinte
àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Questão errada.

Questão 02 – ESAF/ACE-MDIC/2012

O mandado de segurança não constitui ação adequada para a declaração do


direito à compensação tributária.

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Comentário: De acordo com a Súmula 213 do STJ, o mandado de segurança


constitui ação adequada para declarar direito à compensação tributária.
Portanto, a questão está errada.

Questão 03 – ESAF/AFTM-Natal/2001

A decadência é forma de extinção do crédito tributário, que ocorre quando a


obrigação tributária principal é excluída em decorrência de determinação legal.

Comentário: A decadência ocorre quando a Fazenda Pública perde o direito de


constituir o crédito tributário. Trata-se de hipótese de extinção do crédito
tributário. Questão errada.

Questão 04 – ESAF/PGFN/2007

O CTN omitiu-se em prever a possibilidade de, na forma e condições


estabelecidas em lei, a dação em pagamento em bens móveis extinguir o
crédito tributário.

Comentário: De fato, a dação em pagamento em bens móveis não é causa


de extinção do crédito tributário. Questão correta.

Questão 05 – ESAF/PGDF/2007

O despacho do juiz que ordenar a citação suspende a prescrição.

Comentário: De acordo com o par. único do art. 174, do CTN, a prescrição se


interrompe pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal.
Questão errada.

Questão 06 – ESAF/PGDF/2007
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A repetição do indébito tributário em sede administrativa somente é cabível


nas situações de cobrança ou pagamento totalmente indevido, em razão de
erro de direito ou de fato.

Comentário: Consoante o disposto no art. 165 do CTN, o sujeito passivo tem


direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do
tributo pago indevidamente (repetição do indébito tributário). Questão errada.

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Questão 07 – ESAF/AFRFB/2009

O pagamento de débitos prescritos não gera o direito a sua repetição, na


medida em que, embora extinta a pretensão, subsiste o direito material.

Comentário: O pagamento de débitos decaídos ou prescritos gera direito á


sua repetição (restituição). Não se esqueça disso. Questão errada.

Questão 08 – ESAF/AFRFB/2009

A Constituição Federal autoriza que lei ordinária, em situações específicas,


estabeleça normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre decadência e prescrição.

Comentário: De acordo com o art. 146, III, b, da CF/88, cabe à lei


complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária,
especialmente sobre decadência e prescrição. Dessa forma, a questão está
errada.

Questão 09 – ESAF/Agente Tributário-MT/2002

É sabido que o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário, por


meio do lançamento, extingue- se em cinco anos, contados a partir do primeiro
dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado. Esse modo de extinção do crédito tributário é a decadência.

Comentário: A questão apresenta a regra geral de contagem do prazo


decadencial: primeiro dia do ano seguinte àquele em que o lançamento poderia
ter sido efetuado. Ressalte-se que a decadência é modalidade de extinção do
crédito tributário. Questão correta.

Questão 10 – ESAF/TRF/2002 14508501389

O crédito tributário não é atingido pela decadência.

Comentário: O que se atinge pela decadência é a obrigação tributária. Nós


vimos que o prazo decadencial é o prazo para que o fisco constitua o crédito
tributário. Questão correta.

Questão 11 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002

O prazo de prescrição da ação anulatória de decisão administrativa que


denegar restituição de tributos não se interrompe pelo início da referida ação
judicial.

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Comentário: Sabe-se que a ação anulatória da decisão administrativa que


denegar a restituição prescreve em dois anos. Além disso, determina o par.
único do art. 169, do CTN, que tal prazo é interrompido pelo início da ação
judicial. Questão errada.

Questão 12 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002

Prescreve em cinco anos a ação anulatória de decisão administrativa que


denegue restituição de tributos recolhidos indevidamente aos cofres públicos.

Comentário: A ação anulatória da decisão administrativa que denegar a


restituição prescreve em dois anos, conforme o caput do art. 169. Questão
errada.

Questão 13 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002

Ato administrativo, editado por autoridade administrativa competente, que


constitua em mora o devedor, interrompe a prescrição.

Comentário: Há quatro formas de interromper a prescrição. Uma delas é a


prática de qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor. Para não
errar esse tipo de questão, o candidato deve memorizar que há apenas uma
hipótese de interrupção do prazo prescricional, permitido no âmbito
administrativo: reconhecimento de débito pelo devedor (confissão de dívida).
Questão errada.

Questão 14 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002

Se a Fazenda Pública não constituir o crédito tributário, no prazo de cinco


anos, contado do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado, ou contado da data em que se tornar
definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento14508501389

anteriormente efetuado, não mais poderá proceder ao lançamento, pois seu


direito estará extinto pela prescrição.

Comentário: A questão previu as duas formas de contagem do prazo


decadencial, previstas no art. 173, I e II. Contudo, o erro está em afirmar que
o crédito estará extinto pela prescrição, quando, na verdade, é pela
decadência. Questão errada.

Questão 15 – ESAF/PGDF/2007

O prazo legal previsto no Código Tributário Nacional para a extinção do direito


de pleitear a restituição de tributos, é de 10 (dez) anos.

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Comentário: O prazo previsto no art. 168 do CTN para que o sujeito passivo
pleiteie a restituição de tributos pagos indevidamente é de 5 anos. Lembre-se
de que não há prazo de 10 anos no CTN em hipótese alguma Questão errada.

Questão 16 – ESAF/AFTM-Recife/2003

A restituição do tributo não dá lugar à restituição das penalidades de caráter


formal não prejudicadas pela causa da restituição.

Comentário: Conforme está expresso no art. 167 do CTN, a restituição total


ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de
mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter
formal não prejudicadas pela causa da restituição. Questão correta.

Questão 17 – ESAF/AFRF/2005

A restituição de tributos, cujo encargo financeiro possa transferir-se, somente


pode ser obtida se o contribuinte de direito provar que não o transferiu ou que
está autorizado pelo contribuinte de fato. No caso do direito ao creditamento
do IPI, não se aplica esta regra, porque não se
trata de tributo indireto.

Comentário: A questão aborda com precisão a literalidade do art. 166 do


CTN. Contudo, peca ao dizer que ao IPI não se aplica a regra, já que se trata
de típico tributo indireto. Questão errada.

Questão 18 – FGV/CGE-MA/2014

O INSS ingressou com execução fiscal em face do Estado Beta, pela falta de
pagamento da contribuição previdenciária de alguns de seus agentes
administrativos. Está provado nos autos que os créditos remontam aos anos de
1991 a 1994 e não há comprovação de qualquer pagamento. 14508501389

O lançamento do tributo devido efetivou-se em março de 2001 e a inscrição


em dívida ativa em setembro de 2003. O juiz de 1º grau extinguiu o processo
com base na constatação de ter havido a decadência.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
a) O Juiz errou, já que por se tratar de tributo lançado por homologação são 5
anos para homologar e mais 5 anos para inscrever o crédito tributário.
b) O juiz errou, visto que no caso da contribuição previdenciária deve haver
antecipação do pagamento do tributo, não mais se falando de decadência.
c) O juiz está correto, visto que o prazo decadencial, nesta espécie de tributo,
conta-se da data do fato gerador.
d) O juiz errou, havendo a aplicação, cumulativa e concorrente, dos prazos
previstos no Código Tributário Nacional.

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e) O juiz está correto, contando-se o prazo decadencial do primeiro dia do


exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.

Comentário: A contribuição previdenciária é tributo submetido à sistemática


do lançamento por homologação, ou seja, cabe ao contribuinte efetuar o
pagamento antecipado do referido tributo.

Logo, a regra seria contar o prazo decadencial a partir do fato gerador.


Contudo, como não houve qualquer pagamento, o prazo decadencial se inicia
no primeiro dia do exercício seguinte (1992, 1993, 1994 e 1995).

Contando cinco anos a partir do crédito mais recente (1995), percebe-se que
houve decadência (há mais de cinco anos entre 1995 e 2001). Portanto, se o
crédito mais recente decaiu, os demais também tiveram a mesma
consequência. Portanto, não há que se falar em lançamento, nem em inscrição
em dívida ativa e muito menos em execução fiscal.

Desse modo, a resposta é que o juiz está correto, contando-se o prazo


decadencial do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento
poderia ter sido efetuado. Sendo assim, o gabarito é a Letra E.

Questão 19 – FGV/Juiz-TJ-AM/2013

O contribuinte realiza o fato gerador de ICMS em 01.03.2004. Em março de


2008 a fiscalização, percebendo que o contribuinte não havia declarado nem
recolhido o tributo, promove a autuação fiscal. No mesmo mês (março/2008) o
contribuinte promove a impugnação administrativa da exigência fiscal. Em
março de 2012 sobrevém a decisão administrativa definitiva (assim entendida
a decisão insuscetível de novo recurso do contribuinte na fase administrativa).
Permanecendo inadimplido o crédito fiscal, a Fazenda Pública ajuíza, em março
de 2013, a competente Execução Fiscal, à qual o contribuinte opõe Embargos
de Devedor alegando a extinção do crédito por força da decadência e/ou da
prescrição.
Diante do exposto, o magistrado incumbido de solucionar a causa deverá
14508501389

a) acolher o argumento de decadência do direito da Fazenda constituir o


crédito tributário, ante o decurso de oito anos entre o fato gerador e a decisão
administrativa definitiva.
b) acolher o argumento de prescrição do direito da Fazenda ajuizar a Execução
Fiscal, ante o decurso de nove anos entre o fato gerador e o ajuizamento da
Execução Fiscal.
c) acolher tanto o argumento da decadência quanto o argumento da
prescrição.
d) acolher o argumento da Fazenda, na impugnação aos Embargos de
Devedor, no sentido de que não se consumou nem a decadência nem a
prescrição.

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e) acolher o argumento de prescrição do direito da Fazenda constituir o crédito


tributário, ante o decurso de oito anos entre o fato gerador e a decisão
administrativa definitiva.

Comentário: A decadência refere-se basicamente à perda do direito de lançar


o crédito tributário, e a prescrição, a perda do direito da Fazenda Pública de
promover a execução fiscal. Tudo bem até aqui? Vamos analisar a situação, e
verificar se houve decadência ou prescrição.

Como o ICMS é tributo lançado por homologação, e considerando o fato de não


ter havido qualquer declaração e pagamento, o prazo decadencial é contato a
partir do primeiro dia do exercício seguinte ao da ocorrência do fato gerador.
Como o prazo decadencial se inicia em 2005, em 2008 (data da autuação) não
houve ainda o término do prazo qüinqüenal. Portanto, não ocorreu o instituto
da decadência.

No que se refere à prescrição, a contagem se dá a partir da constituição


definitiva do crédito tributário, o que ocorreu em março de 2012. Em março de
2013, data em que foi promovida a ação de execução fiscal, não houve a
prescrição, por ter transcorrido apenas 1 ano, e não 5.

Com base no exposto, cabe ao juiz acolher o argumento da Fazenda, na


impugnação aos Embargos de Devedor, no sentido de que não se consumou
nem a decadência nem a prescrição. Portanto, o gabarito é a Letra D.

Questão 20 – FGV/Consultor-AL-MA/2013

Em relação à extinção do crédito tributário, assinale a afirmativa correta.


a) Sempre sucede com a satisfação da obrigação tributária principal.
b) Só advém se houver o pagamento integral do débito.
c) Pode ocorrer por decreto instituidor de dação em pagamento.
d) Acontece quando firmado acordo de parcelamento da dívida.
e) Ocorre pela conversão de depósito judicial em renda da Fazenda.
14508501389

Comentário:

Alternativa A: Nem sempre ocorre a satisfação da obrigação tributária. A


extinção pode ocorrer, por exemplo, por meio da decadência. Item errado.

Alternativa B: Conforme explicado na assertiva anterior, se houver


decadência, o crédito se extingue sem que haja pagamento integral. Item
errado.

Alternativa C: A dação em pagamento só pode ocorre mediante previsão em


lei. Item errado.

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Alternativa D: O parcelamento é causa suspensiva do crédito tributário, e não


extintiva. Item errado.

Alternativa E: Conforme prevê o art. 156, VI, do CTN, a conversão de


depósito em renda extingue o crédito tributário. Item correto.
Gabarito: Letra E

Questão 21 – FGV/Consultor-AL-MA/2013

Todos os tributos são restituíveis, sempre que for provado que tenham sido
pagos de forma indevida.

Comentário: Se o tributo foi pago indevidamente, a regra é a restituição.


Contudo, nem sempre isso acontece, quando se trata de tributos indiretos.
Neste caso, a restituição só é feita a quem prove haver assumido o referido
encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este
expressamente autorizado a recebê-la, nos termos do art. 166 do CTN.
Questão errada.

Questão 22 – FGV/Consultor-AL-MA/2013

A prova negativa da repercussão da carga tributária é condição para a


repetição do indébito.

Comentário: Não necessariamente deve se provar ter assumido o encargo


financeiro (prova negativa de repercussão da carga tributária), podendo
também tê-lo transferido a terceiro e estar por este expressamente autorizado
a receber a restituição. Questão errada.

Questão 23 – FGV/AFRE-RJ/2011

O CTN expressamente estabelece, no que diz respeito à extinção do crédito


14508501389

tributário, que é vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo


que seja objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito
em julgado da respectiva decisão judicial.

Comentário: Dispõe o art. 170-A, do CTN, que é vedada a compensação


mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo
sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão
judicial. Questão correta.

Questão 24 – FGV/AFRE-RJ/2011-Adaptada

O CTN expressamente estabelece, no que diz respeito à extinção do crédito


tributário, que a lei permite à autoridade administrativa conceder remissão

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total ou parcial do crédito tributário em virtude de erro ou ignorância


escusáveis do sujeito passivo quanto à matéria de direito.

Comentário: O art. 172, II, do CTN, permite que a lei autoriza a autoridade
administrativa a conceder remissão total ou parcial do crédito tributário,
atendendo ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a
matéria de fato. Questão errada.

Questão 25 – FGV/AFRE-RJ/2011

O CTN expressamente estabelece, no que diz respeito à extinção do crédito


tributário, que no caso de consignação do pagamento pelo sujeito passivo,
caso seja julgada procedente, o montante consignado é convertido em renda,
ao passo que, na improcedência, o crédito tributário é cobrado acrescido de
juros de mora, sem aplicação de qualquer penalidade.

Comentário: O erro da questão está em dizer que, diante de consignação


judicial julgada improcedente, não há aplicação de penalidade, contrariando o
disposto no art. 164, § 2º, do CTN. Questão errada.

Questão 26 – FGV/AFRE-RJ/2011

O CTN expressamente estabelece, no que diz respeito à extinção do crédito


tributário, que caso haja dois ou mais débitos simultâneos do mesmo sujeito
passivo para com o mesmo sujeito ativo, a imputação do pagamento compete,
em primeiro lugar, ao contribuinte ou responsável pelo pagamento. Somente
na hipótese de abstenção deste, a autoridade administrativa fará a imputação.

Comentário: De acordo com o art. 163, I, do CTN, a imputação será feita em


primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos
decorrentes de responsabilidade tributária. Questão errada.

Questão 27 – FGV/AFRE-RJ/2010
14508501389

O Código Tributário Nacional, em seu artigo 156, relaciona expressamente as


hipóteses de extinção do crédito tributário. As alternativas a seguir apresentam
hipóteses que estão inseridas na extinção do crédito tributário, à exceção de
uma. Assinale-a.
a) Novação.
b) Dação em pagamento com bens imóveis.
c) Transação.
d) Compensação.
e) Pagamento antecipado e homologação do lançamento.

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Comentário: Essa questão é bastante simples. Basta a simples memorização


das hipóteses de extinção do crédito tributário. A novação não foi prevista no
art. 156 do CTN como causa de extinção do crédito tributário. Portanto, a Letra
A é a resposta da questão.

Questão 28 – FGV/Advogado-BADESC/2010-Adaptada

O crédito tributário não se extingue com a morte do contribuinte devedor.

Comentário: A morte do contribuinte não foi prevista no art. 156 do CTN


como causa de extinção do crédito tributário. Nesse caso, o crédito continua
existindo, havendo a transferência da responsabilidade tributária. Questão
correta.

Questão 29 – FGV/AFRE-RJ/2008

O direito à repetição do indébito tributário extingue-se no prazo de _____


anos, a contar _____. Assinale a alternativa que complete corretamente as
lacunas da frase acima.
a) cinco + cinco / da extinção do crédito tributário
b) cinco / da suspensão do crédito tributário
c) cinco + cinco / da suspensão do crédito tributário
d) cinco / da extinção do crédito tributário, salvo para o ICMS e o ISS
e) cinco / da extinção do crédito tributário

Comentário: Podemos dizer que, em regra, o direito à repetição do indébito


tributário extingue-se no prazo de 5 anos, a contar da data da extinção do
crédito tributário, conforme previsto no art. 168, I, do CTN. Portanto, a
alternativa correta é a Letra E.

Questão 30 – CESPE/PROCURADOR FEDERAL/2010


14508501389

Pela remissão, o legislador extingue a punibilidade do sujeito passivo infrator


da legislação tributária, impedindo a constituição do respectivo crédito
tributário.

Comentário: A remissão é causa de extinção do crédito tributário. Portanto,


no momento da remissão, o crédito tributário já foi constituído. Questão
errada.

Questão 31 – CESPE/PROMOTOR-MP-RR/2011

A compensação, modalidade de suspensão do crédito tributário, depende de lei


regulamentadora que a autorize.

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Comentário: De fato, a compensação depende de lei regulamentadora que a


autorize. Contudo, trata-se de modalidade de extinção, e não suspensão, do
crédito tributário. Questão errada.

Questão 32 – CESPE/DPE-TO/2013

A conversão do depósito em renda é modalidade de suspensão do crédito


tributário.

Comentário: A conversão do depósito em renda é modalidade de extinção do


crédito tributário, conforme previsão no art. 156, VI, do CTN. Questão errada.

Questão 33 – CESPE/DPE-TO/2013

O vencimento do crédito tributário ocorre dez dias depois da data em que se


considera o sujeito passivo notificado do cálculo do montante do tributo
devido.

Comentário: De acordo com o art. 160 do CTN, quando a legislação tributária


não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias
depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do
lançamento. Ou seja, a legislação do ente federativo pode determinar que o
prazo para pagamento é de 10 dias, mas, se isso não for feito, a regra é o
prazo de 30 dias. Questão errada.

Questão 34 – CESPE/DPE-TO/2013

Caso a legislação tributária não disponha a respeito do local de pagamento do


tributo, ele deve ser efetuado na repartição competente do local da ocorrência
do fato gerador.

Comentário: Caso a legislação tributária não disponha a respeito do local de


14508501389

pagamento do tributo, ele deve ser efetuado na repartição competente do


domicílio do sujeito passivo. Questão errada.

Questão 35 – CESPE/DPE-TO/2013

A lei pode autorizar a compensação de crédito tributário com créditos vencidos,


líquidos e certos, possibilidade vedada para os vincendos.

Comentário: O crédito tributário pode ser compensado com créditos líquidos e


certos, vencidos ou vincendos do sujeito passivo contra a Fazenda Pública.
Questão errada.

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Questão 36 – CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃO/2013

Opera-se a dispensa legal de pagamento do tributo devido, pressupondo


crédito tributário regularmente constituído, por meio da:

a) isenção.
b)prescrição.
c)decadência.
d) imunidade.
e) remissão.

Comentário: Dispensa legal de pagamento de tributo pode ser tanto remissão


quanto isenção. Nesse caso, devemos observar as demais informações
fornecidas pela questão. Veja que foi dito que o crédito tributário já foi
constituído, logo, só pode ser remissão, típica modalidade de extinção do
crédito tributário. A resposta correta é a letra E.

Questão 37 – CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃO/2011

De acordo com o CTN, constitui caso de extinção do crédito tributário:

a) a concessão de isenção tributária.


b) o transcorrer do prazo de cinco anos contados da constituição do crédito.
c) a concessão de anistia.
d) o depósito do montante integral do crédito.
e) a concessão de parcelamento do crédito.
Comentário: Com o transcorrer do prazo qüinqüenal, a contar da constituição
definitiva do crédito tributário, este estará extinto pela prescrição. As demais
modalidades se referem à suspensão ou exclusão do crédito tributário. A
resposta, portanto, é a Letra B.

Questão 38 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012
14508501389

Somente nos casos previstos no CTN pode ser modificado ou extinto o crédito
tributário regularmente constituído.

Comentário: De acordo com o art. 141 do CTN, o crédito regularmente


constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade
suspensa ou excluída, nos casos previstos no próprio CTN. Questão correta.

Chegamos ao final de mais uma aula! Um abraço e até a próxima!

Prof. Fábio Dutra


Email: fabiodutra08@gmail.com
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2 – LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

Questão 01 – ESAF/AFRFB/2009

Notificado o sujeito passivo do lançamento, inicia-se o prazo decadencial de


cinco anos para extinção do crédito.

Questão 02 – ESAF/ACE-MDIC/2012

O mandado de segurança não constitui ação adequada para a declaração do


direito à compensação tributária.

Questão 03 – ESAF/AFTM-Natal/2001

A decadência é forma de extinção do crédito tributário, que ocorre quando a


obrigação tributária principal é excluída em decorrência de determinação legal.

Questão 04 – ESAF/PGFN/2007

O CTN omitiu-se em prever a possibilidade de, na forma e condições


estabelecidas em lei, a dação em pagamento em bens móveis extinguir o
crédito tributário.

Questão 05 – ESAF/PGDF/2007

O despacho do juiz que ordenar a citação suspende a prescrição.

Questão 06 – ESAF/PGDF/2007

A repetição do indébito tributário em sede administrativa somente é cabível


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nas situações de cobrança ou pagamento totalmente indevido, em razão de


erro de direito ou de fato.

Questão 07 – ESAF/AFRFB/2009

O pagamento de débitos prescritos não gera o direito a sua repetição, na


medida em que, embora extinta a pretensão, subsiste o direito material.

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Questão 08 – ESAF/AFRFB/2009

A Constituição Federal autoriza que lei ordinária, em situações específicas,


estabeleça normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre decadência e prescrição.

Questão 09 – ESAF/Agente Tributário-MT/2002

É sabido que o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário, por


meio do lançamento, extingue- se em cinco anos, contados a partir do primeiro
dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado. Esse modo de extinção do crédito tributário é a decadência.

Questão 10 – ESAF/TRF/2002

O crédito tributário não é atingido pela decadência.

Questão 11 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002

O prazo de prescrição da ação anulatória de decisão administrativa que


denegar restituição de tributos não se interrompe pelo início da referida ação
judicial.

Questão 12 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002

Prescreve em cinco anos a ação anulatória de decisão administrativa que


denegue restituição de tributos recolhidos indevidamente aos cofres públicos.

Questão 13 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002
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Ato administrativo, editado por autoridade administrativa competente, que


constitua em mora o devedor, interrompe a prescrição.

Questão 14 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002

Se a Fazenda Pública não constituir o crédito tributário, no prazo de cinco


anos, contado do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado, ou contado da data em que se tornar
definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento
anteriormente efetuado, não mais poderá proceder ao lançamento, pois seu
direito estará extinto pela prescrição.

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Questão 15 – ESAF/PGDF/2007

O prazo legal previsto no Código Tributário Nacional para a extinção do direito


de pleitear a restituição de tributos, é de 10 (dez) anos.

Questão 16 – ESAF/AFTM-Recife/2003

A restituição do tributo não dá lugar à restituição das penalidades de caráter


formal não prejudicadas pela causa da restituição.

Questão 17 – ESAF/AFRF/2005

A restituição de tributos, cujo encargo financeiro possa transferir-se, somente


pode ser obtida se o contribuinte de direito provar que não o transferiu ou que
está autorizado pelo contribuinte de fato. No caso do direito ao creditamento
do IPI, não se aplica esta regra, porque não se
trata de tributo indireto.

Questão 18 – FGV/CGE-MA/2014

O INSS ingressou com execução fiscal em face do Estado Beta, pela falta de
pagamento da contribuição previdenciária de alguns de seus agentes
administrativos. Está provado nos autos que os créditos remontam aos anos de
1991 a 1994 e não há comprovação de qualquer pagamento.
O lançamento do tributo devido efetivou-se em março de 2001 e a inscrição
em dívida ativa em setembro de 2003. O juiz de 1º grau extinguiu o processo
com base na constatação de ter havido a decadência.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
a) O Juiz errou, já que por se tratar de tributo lançado por homologação são 5
anos para homologar e mais 5 anos para inscrever o crédito tributário.
b) O juiz errou, visto que no caso da contribuição previdenciária deve haver
antecipação do pagamento do tributo, não mais se falando de decadência.
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c) O juiz está correto, visto que o prazo decadencial, nesta espécie de tributo,
conta-se da data do fato gerador.
d) O juiz errou, havendo a aplicação, cumulativa e concorrente, dos prazos
previstos no Código Tributário Nacional.
e) O juiz está correto, contando-se o prazo decadencial do primeiro dia do
exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.

Questão 19 – FGV/Juiz-TJ-AM/2013

O contribuinte realiza o fato gerador de ICMS em 01.03.2004. Em março de


2008 a fiscalização, percebendo que o contribuinte não havia declarado nem
recolhido o tributo, promove a autuação fiscal. No mesmo mês (março/2008) o

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contribuinte promove a impugnação administrativa da exigência fiscal. Em


março de 2012 sobrevém a decisão administrativa definitiva (assim entendida
a decisão insuscetível de novo recurso do contribuinte na fase administrativa).
Permanecendo inadimplido o crédito fiscal, a Fazenda Pública ajuíza, em março
de 2013, a competente Execução Fiscal, à qual o contribuinte opõe Embargos
de Devedor alegando a extinção do crédito por força da decadência e/ou da
prescrição.
Diante do exposto, o magistrado incumbido de solucionar a causa deverá
a) acolher o argumento de decadência do direito da Fazenda constituir o
crédito tributário, ante o decurso de oito anos entre o fato gerador e a decisão
administrativa definitiva.
b) acolher o argumento de prescrição do direito da Fazenda ajuizar a Execução
Fiscal, ante o decurso de nove anos entre o fato gerador e o ajuizamento da
Execução Fiscal.
c) acolher tanto o argumento da decadência quanto o argumento da
prescrição.
d) acolher o argumento da Fazenda, na impugnação aos Embargos de
Devedor, no sentido de que não se consumou nem a decadência nem a
prescrição.
e) acolher o argumento de prescrição do direito da Fazenda constituir o crédito
tributário, ante o decurso de oito anos entre o fato gerador e a decisão
administrativa definitiva.

Questão 20 – FGV/Consultor-AL-MA/2013

Em relação à extinção do crédito tributário, assinale a afirmativa correta.


a) Sempre sucede com a satisfação da obrigação tributária principal.
b) Só advém se houver o pagamento integral do débito.
c) Pode ocorrer por decreto instituidor de dação em pagamento.
d) Acontece quando firmado acordo de parcelamento da dívida.

Questão 21 – FGV/Consultor-AL-MA/2013
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Todos os tributos são restituíveis, sempre que for provado que tenham sido
pagos de forma indevida.

Questão 22 – FGV/Consultor-AL-MA/2013

A prova negativa da repercussão da carga tributária é condição para a


repetição do indébito.

Questão 23 – FGV/AFRE-RJ/2011

O CTN expressamente estabelece, no que diz respeito à extinção do crédito


tributário, que é vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo

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que seja objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito
em julgado da respectiva decisão judicial.

Questão 24 – FGV/AFRE-RJ/2011-Adaptada

O CTN expressamente estabelece, no que diz respeito à extinção do crédito


tributário, que a lei permite à autoridade administrativa conceder remissão
total ou parcial do crédito tributário em virtude de erro ou ignorância
escusáveis do sujeito passivo quanto à matéria de direito.

Questão 25 – FGV/AFRE-RJ/2011

O CTN expressamente estabelece, no que diz respeito à extinção do crédito


tributário, que no caso de consignação do pagamento pelo sujeito passivo,
caso seja julgada procedente, o montante consignado é convertido em renda,
ao passo que, na improcedência, o crédito tributário é cobrado acrescido de
juros de mora, sem aplicação de qualquer penalidade.

Questão 26 – FGV/AFRE-RJ/2011

O CTN expressamente estabelece, no que diz respeito à extinção do crédito


tributário, que caso haja dois ou mais débitos simultâneos do mesmo sujeito
passivo para com o mesmo sujeito ativo, a imputação do pagamento compete,
em primeiro lugar, ao contribuinte ou responsável pelo pagamento. Somente
na hipótese de abstenção deste, a autoridade administrativa fará a imputação.

Questão 27 – FGV/AFRE-RJ/2010

O Código Tributário Nacional, em seu artigo 156, relaciona expressamente as


hipóteses de extinção do crédito tributário. As alternativas a seguir apresentam
hipóteses que estão inseridas na extinção do crédito tributário, à exceção de
uma. Assinale-a.
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a) Novação.
b) Dação em pagamento com bens imóveis.
c) Transação.
d) Compensação.
e) Pagamento antecipado e homologação do lançamento.

Questão 28 – FGV/Advogado-BADESC/2010-Adaptada

O crédito tributário não se extingue com a morte do contribuinte devedor.

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Questão 29 – FGV/AFRE-RJ/2008

O direito à repetição do indébito tributário extingue-se no prazo de _____


anos, a contar _____. Assinale a alternativa que complete corretamente as
lacunas da frase acima.
a) cinco + cinco / da extinção do crédito tributário
b) cinco / da suspensão do crédito tributário
c) cinco + cinco / da suspensão do crédito tributário
d) cinco / da extinção do crédito tributário, salvo para o ICMS e o ISS
e) cinco / da extinção do crédito tributário

Questão 30 – CESPE/PROCURADOR FEDERAL/2010

Pela remissão, o legislador extingue a punibilidade do sujeito passivo infrator


da legislação tributária, impedindo a constituição do respectivo crédito
tributário.

Questão 31 – CESPE/PROMOTOR-MP-RR/2011

A compensação, modalidade de suspensão do crédito tributário, depende de lei


regulamentadora que a autorize.

Questão 32 – CESPE/DPE-TO/2013

A conversão do depósito em renda é modalidade de suspensão do crédito


tributário.

Questão 33 – CESPE/DPE-TO/2013

O vencimento do crédito tributário ocorre dez dias depois da data em que se


considera o sujeito passivo notificado do cálculo do montante do tributo
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devido.

Questão 34 – CESPE/DPE-TO/2013

Caso a legislação tributária não disponha a respeito do local de pagamento do


tributo, ele deve ser efetuado na repartição competente do local da ocorrência
do fato gerador.

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Questão 35 – CESPE/DPE-TO/2013

A lei pode autorizar a compensação de crédito tributário com créditos vencidos,


líquidos e certos, possibilidade vedada para os vincendos.

Questão 36 – CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃO/2013

Opera-se a dispensa legal de pagamento do tributo devido, pressupondo


crédito tributário regularmente constituído, por meio da:

a) isenção.
b)prescrição.
c)decadência.
d) imunidade.
e) remissão.

Questão 37 – CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃO/2011

De acordo com o CTN, constitui caso de extinção do crédito tributário:

a) a concessão de isenção tributária.


b) o transcorrer do prazo de cinco anos contados da constituição do crédito.
c) a concessão de anistia.
d) o depósito do montante integral do crédito.
e) a concessão de parcelamento do crédito.

Questão 38 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

Somente nos casos previstos no CTN pode ser modificado ou extinto o crédito
tributário regularmente constituído.
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3 – GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

1 ERRADA 14 ERRADA 27 LETRA A


2 ERRADA 15 ERRADA 28 CORRETA
3 ERRADA 16 CORRETA 29 LETRA E
4 CORRETA 17 ERRADA 30 ERRADA
5 ERRADA 18 LETRA E 31 ERRADA
6 ERRADA 19 LETRA D 32 ERRADA
7 ERRADA 20 LETRA E 33 ERRADA
8 ERRADA 21 ERRADA 34 ERRADA
9 CORRETA 22 ERRADA 35 ERRADA
10 CORRETA 23 CORRETA 36 LETRA E
11 ERRADA 24 ERRADA 37 LETRA B
12 ERRADA 25 ERRADA 38 CORRETA
13 ERRADA 26 ERRADA - -

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