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1.1 Medida
1
2 CAPÍTULO 1. MEDIDA E INTEGRAÇÃO
↓ ↓
↓ ↓
i) X ∈ A.
pois, ∪n A−n ∈ A.
Em geral, é difı́cil caracterizar os elementos de uma álgebra-σ e por isso
recorre-se a técnicas construtivas. Pode-se gerar uma álgebra-σ a partir de
uma famı́lia de subconjuntos de X, juntando novos elementos através de
uniões, intersecções e passagens ao complementar de elementos do conjunto
inicial, no máximo em infinidade numerável. Isto motiva a definição de gera-
dor de uma álgebra-σ: Uma álgebra-σ é gerada por um conjunto S se todos
1
Uma função f (x) : X → Y é contı́nua no ponto x0 ∈ X se, para todo o ε > 0, existe
um δ > 0, tal que, se |x − x0 | < δ, implica que |f (x) − f (x0 )| < ε. É usual escrever esta
definição do seguinte modo,
Aa = {x : f (x) > a}
Ai = {x ∈ X : f (x) = ai }
a) |f | é mensurável.
6 CAPÍTULO 1. MEDIDA E INTEGRAÇÃO
3.0 3.0
a# b#
2.5 1!"x" n"1 2.5 1!"x" n"3
2.0 2.0
1.5 1.5
Out[8]= 1.0 1.0
0.5 0.5
f1 $x# f3 $x#
0.0 0.0
!4 !2 0 2 4 !4 !2 0 2 4
x x
0 1
C0
1!3 2!3
C1
1!9 2!9
C2
∞
�
C∞ = Cn
n=0
n � �n
A medida de Lebesgue de Cn é, µ(Cn ) = 23n = 23 , e a medida de Lebesgue
de C∞ é limn→∞ µ(Cn ) = µ(C∞ ) = 0. Por outro lado, C∞ não é vazio, pois,
por exemplo, {0}, {1/3} ∈ C∞ . Assim, o conjunto ternário de Cantor C∞
tem medida de Lebesgue zero.
Pode-se agora mostrar que o conjunto ternário de Cantor tem a potência
do contı́nuo. Isto é, C∞ tem tantos elementos como o intervalo [0, 1], ou como
o conjunto dos números reais. Por construção, o desenvolvimento ternário
de x ∈ C∞ é,
�∞
ai
x=
i=1
3i
Por exemplo, seja f (x) = limn→∞ xn , com x ∈ [0, 1]. Então como,
� 1
1
In = xn dx = ≤1
0 n+1
14 CAPÍTULO 1. MEDIDA E INTEGRAÇÃO
e portanto,
+∞ se d<1
Hd∗ (I) = � se d=1
0 se d>1
Como se conclui deste exemplo, o expoente d tem o significado de uma
dimensão — dimensão de Hausdorff ou dimensão fractal.
Quando é possı́vel encontrar uma partição regular de um conjunto em
subconjuntos de medida de Lebesgue igual, pode-se facilmente determinar a
dimensão de Hausdorff do conjunto. Assim, para A ⊂ Rk√ , cada elemento Ij
da cobertura em k-cubos, de lado ε, tem diâmetro |Ij | = kε, e,
√
Hd∗ (A) ∼N grande N ( kε)d
ou seja,
ln Hd∗ (A) ln N ln N
d = lim √ − lim √ = lim 1
ε→0 ln( kε) ε→0 ln( kε) ε→0 ln √kε
em que N é o número de elementos da cobertura de A. Claro está que, por
hipótese, ln Hd∗ (A) é finito e N ≡ N (ε). O número d assim determinado
designa-se por capacidade ou dimensão fractal do conjunto A.
D�1.5 D�1.8
1.5 3
1.0 2
0.5 1
0.0 0
�0.5 �1
�1.0 �2
�3
�1.5
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0
Exercı́cios
0 1 0 1 0 1
1!3 1!3