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FACULDADE MAURICIO DE NASSAU

CURSO DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA MATEMÁTICA APLICADA

3 Polinômios

Um polinômio na variável complexa x é uma expressão dada por:


𝑎𝑛 ∙ 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 ∙ 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎2 ∙ 𝑥 2 + 𝑎1 ∙ 𝑥 + 𝑎0
Onde:
- 𝑎𝑛 , 𝑎𝑛−1 , … , 𝑎2 , 𝑎1 , 𝑎0 são números complexos chamados
coeficientes do polinômio; 𝑎0 é o coeficiente independente e 𝑎𝑛 é o coeficiente
dominante do polinômio.
- 𝑛 é um número natural.
- O grau do polinômio é o número natural correspondente ao maior
expoente de 𝑥, com coeficiente não nulo.
Exemplos:
1
- 4𝑥 3 − 5𝑥 2 + 2 𝑥 − 7 é um polinômio de grau 3.
1
- − 6 𝑥 5 + 𝑥 2 − 3𝑥 + 1 é um polinômio de grau 5.

- 𝑥 + 4 é um polinômio de grau 1.
- −7 é um polinômio de grau 0.
Observação:
3 4
- A expressão 2𝑥 + 𝑥 2 + 𝑥 = 2𝑥 + 3𝑥 −2 + 4𝑥 −1 não é um polinômio, pois os
expoentes de 𝑥 não podem ser negativos.
1
- A expressão 3𝑥 2 − 5√𝑥 + 2 = 3𝑥 2 − 52 + 2 não é um polinômio, pois os
expoentes de 𝑥 não podem ser fracionários.

Chama-se função polinomial, qualquer função 𝑓: 𝐶 → 𝐶 que a cada 𝑥 ∈ 𝐶


associa o polinômio 𝑎𝑛 ∙ 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 ∙ 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎1 ∙ 𝑥 + 𝑎0 , isto é:
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑛 ∙ 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 ∙ 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎1 ∙ 𝑥 + 𝑎0

Exemplos de funções polinomiais:


- 𝑓(𝑥) = 4𝑥 − 5
- 𝑔(𝑥) = 2𝑥 2 − 𝑥 + 1
- ℎ(𝑥) = 𝑖𝑥 3 − 2𝑥 + 4

O valor numérico de um polinômio em um ponto é dado pela substituição


do valor de 𝑥 pelo valor do ponto procurado.

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Exemplo 3.1:
- Calcular a função 𝑓(𝑥) = 4𝑥 − 5 no ponto 𝑥 = 3:
𝒇(𝟑) = 4(3) − 5 = 12 − 5 = −𝟑
- Calcular a função 𝑔(𝑥) = 2𝑥 2 − 𝑥 + 1 no ponto 𝑥 = −2:
𝒇(−𝟐) = 2(−2)2 − (−2) + 1 = 2(4) + 2 + 1 = 8 + 2 + 1 = 𝟏𝟏
- Calcular a função ℎ(𝑥) = 𝑖𝑥 3 − 2𝑥 + 4 no ponto 𝑥 = −1:
𝒇(−𝟏) = 𝑖(−1)3 − 2(−1) + 4 = 𝑖(−1) + 2 + 4 = 𝟔 − 𝒊

Chamamos raízes de um polinômio os valor de 𝑥 para os quais 𝑓(𝑥) = 0.

Exemplo 3.2:
- 5/4 é raiz do polinômio 𝑓(𝑥) = 4𝑥 − 5, pois:
𝑓(𝑥) = 4𝑥 − 5 = 0 → 4𝑥 = 5 → 𝑥 = 5/4
- 2𝑖 é raiz do polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 3 + 3𝑥 2 + 4𝑥 + 12, pois:
𝑝(2𝑖) = (2𝑖)3 + 3(2𝑖)2 + 4(2𝑖) + 12 = 8𝑖 3 + 12𝑖 2 + 8𝑖 + 12
𝑝(2𝑖) = −8𝑖 − 12 + 8𝑖 + 12 = 0
- −3 é raiz do polinômio 𝑞(𝑥) = 𝑥 3 + 𝑥 2 − 4𝑥 + 6, pois:
𝑞(−3) = (−3)3 + (−3)2 − 4(−3) + 6 = −27 + 9 + 12 + 6 = 0

3.1 Operações com Polinômios


A adição e a subtração de polinômios são realizadas termo a termo com os
coeficientes de potências de 𝑥 iguais.
Exemplo 3.3: Dados os polinômios 𝑓(𝑥) = −7𝑥 3 + 5𝑥 2 − 𝑥 + 4 e 𝑔(𝑥) = −2𝑥 2 +
8𝑥 − 7, determine:
a) 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥)
𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥) = (−7𝑥 3 + 5𝑥 2 − 𝑥 + 4) + (−2𝑥 2 + 8𝑥 − 7)
𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥) = −7𝑥 3 + (5 − 2)𝑥 2 + (−1 + 8)𝑥 + (4 − 7)
𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥) = −7𝑥 3 + 3𝑥 2 + 7𝑥 − 3

b) 𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥)
𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥) = (−7𝑥 3 + 5𝑥 2 − 𝑥 + 4) − (−2𝑥 2 + 8𝑥 − 7)
𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥) = −7𝑥 3 + (5 + 2)𝑥 2 + (−1 − 8)𝑥 + (4 + 7)
𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥) = −7𝑥 3 + 7𝑥 2 − 9𝑥 + 11
A multiplicação de polinômios é realizada multiplicando todos os termos
de um polinômio de grau 𝑛 por todos os termos de outro polinômio de grau 𝑚 e
somando os resultados obtidos. O resultado é um polinômio de grau 𝑛 + 𝑚.

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Exemplo 3.4: Dados os polinômios 𝑓(𝑥) = 3𝑥 2 − 5𝑥 + 8 e 𝑔(𝑥) = −2𝑥 + 1,


determine 𝑓(𝑥) ∙ 𝑔(𝑥)
𝑓(𝑥) ∙ 𝑔(𝑥) = (3𝑥 2 − 5𝑥 + 8) ∙ (−2𝑥 + 1)
𝑓(𝑥) ∙ 𝑔(𝑥) = 3𝑥 2 ∙ (−2𝑥) + 3𝑥 2 ∙ (1) − 5𝑥 ∙ (−2𝑥) − 5𝑥 ∙ (1) + 8 ∙ (−2𝑥) + 8 ∙ (1)
𝑓(𝑥) ∙ 𝑔(𝑥) = −6𝑥 3 + 3𝑥 2 + 10𝑥 2 − 5𝑥 − 16𝑥 + 8
𝑓(𝑥) ∙ 𝑔(𝑥) = −6𝑥 3 + 13𝑥 2 − 21𝑥 + 8

A divisão de um polinômio 𝑓(𝑥), chamado de dividendo, por outro 𝑔(𝑥),


chamado divisor, gera dois novos polinômios: o quociente 𝑞(𝑥) e o resto 𝑟(𝑥), que
atendem às seguintes condições:
- 𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥) ∙ 𝑞(𝑥) + 𝑟(𝑥);
- grau de 𝑟(𝑥) < grau de 𝑔(𝑥) ou 𝑟(𝑥) = 0, isto é, 𝑟(𝑥) é o polinômio nulo.
O processo mais geral utilizado para dividir polinômios é conhecido como
método da chave. No exemplo abaixo, onde este método é aplicado, o polinômio
6𝑥 3 − 13𝑥 2 + 𝑥 + 3 é o dividendo, o polinômio 2𝑥 2 − 3𝑥 − 1 é o divisor, enquanto
3𝑥 − 2 é o quociente (resultado da divisão) e −2𝑥 + 1 é o resto (o que sobra e não é
suficiente para dividir mais uma vez).

Para utilizar o método da chave, prosseguimos com os seguintes passos:


1º passo: Dividimos o termo de maior grau de 𝑓(𝑥) pelo termo de maior
grau de 𝑔(𝑥):
6𝑥 3
= 3𝑥
2𝑥 2
Obtendo assim, o primeiro termo do quociente 𝑞(𝑥).

2º passo: Multiplicamos o quociente obtido (3𝑥) por 𝑔(𝑥) e subtraímos de


𝑓(𝑥), isto é, somamos 𝑓(𝑥) com o oposto do resultado obtido. Obtemos um resto
parcial.

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3º passo: Repetimos o procedimento anterior com o resto parcial obtido até


que o grau do resto se torne menor que o grau do divisor (ou o resto seja o polinômio
nulo):
−4𝑥 2
- Dividindo os maiores valores: = −2
2𝑥 2

- Multiplicando −2 por 2𝑥 2 − 3𝑥 − 1 e somando com o resto parcial da


etapa anterior:

Como o grau do novo resto parcial −2𝑥 + 1 é menor que o grau do divisor
2𝑥 2 − 3𝑥 − 1, a divisão está encerrada e o resultado −2𝑥 + 1 é o resto total
da divisão.

Exemplo 3.5: Efetuar a divisão do polinômio


3𝑥 3 − 14𝑥 2 + 23𝑥 − 10 por 𝑥 2 − 4𝑥 + 5:
3𝑥 3
Passo 1: = 3𝑥 é o primeiro termo do quociente:
𝑥2

Passo 2: Multiplicando 3𝑥 por 𝑥 2 − 4𝑥 + 5 e subtraindo do polinômio original:

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Repetindo os passos 1 e 2, e dividimos −2𝑥 2 + 8𝑥 − 10 por 𝑥 2 − 4𝑥 + 5:


−2𝑥 2
= −2
𝑥2

Assim, o quociente é 𝑞(𝑥) = 3𝑥 − 2 e o resto é 0.

Um caso particular importante na divisão de polinômios é aquele em que o


divisor é um polinômio de 1º grau, com coeficiente dominante unitário, isto é, um
polinômio do tipo 𝑥 − 𝑎 ou 𝑥 + 𝑎, sendo 𝑎 ∈ 𝐶. Para essa situação, o resto da equação
pode ter grau zero (ou seja, não ter componentes multiplicando 𝑥, 𝑟(𝑥) = 𝑘, onde 𝑘 ∈
𝐶), ou ser igual à zero (polinômio nulo 𝑟(𝑥) = 0).

Demonstração:
Considerando como dividendo um polinômio 𝑓 de grau 𝑛(𝑛 ≥ 1), temos:

O grau de 𝑞(𝑥) é 𝑛 − 1.
Como o grau do resto deve ser menor que o grau do divisor, temos:

𝑔𝑟𝑎𝑢 𝑟(𝑥) < 1 ⇒ 𝑔𝑟𝑎𝑢 𝑟(𝑥) = 0 𝑜𝑢 𝑟(𝑥) = 0


Quando 𝑔𝑟𝑎𝑢 𝑟(𝑥) = 0, 𝑟(𝑥) = 𝑘 (constante), para todo 𝑘 ∈ 𝐶, 𝑘 ≠ 0.

Uma forma prática de encontrar o valor do resto, ou saber se a divisão do


polinômio é exata (resto = zero), é através do teorema do resto, que diz que: “O resto
da divisão de um polinômio 𝑓(𝑥) por 𝑥 − 𝑎 é igual a 𝑓(𝑎)”.

Demonstração:
Da divisão de 𝑓(𝑥) por 𝑥 − 𝑎, podemos escrever: 𝑓(𝑥) = (𝑥 − 𝑎) ∙ 𝑞(𝑥) + 𝑟(𝑥) em
que 𝑟(𝑥) = 𝑟 é um polinômio constante, pois 𝑟(𝑥) tem grau zero ou 𝑟(𝑥) é nulo.

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Calculando os valores desses polinômios em 𝑥 = 𝑎, vem:


𝑓(𝑎) = (𝑎 − 𝑎) ∙ 𝑞(𝑥) + 𝑟
Como (𝑎 − 𝑎) ∙ 𝑞(𝑥) = 0, temos que 𝑟 = 𝑓(𝑎).

Uma consequência importante do teorema do resto é o teorema de


D’Alembert: “Se 𝑎 (𝑎 ∈ 𝐶) é raiz de um polinômio 𝑓(𝑥), então 𝑓(𝑥) é divisível por
𝑥 − 𝑎 e, reciprocamente, se 𝑓(𝑥) é divisível por 𝑥 − 𝑎, então 𝑎 é raiz de 𝑓(𝑥)”.

Exemplo 3.6: Determinar 𝑚 de modo que 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 − 4𝑥 2 + 𝑚𝑥 − 5 seja divisível


por 𝑥 − 3.
Pelo teorema de D’Alembert, 𝑥 = 3 é raiz de 𝑓(𝑥), isto é 𝑓(𝑥) = 0. Assim:
14
3𝑚 − 14 = 0 ⇒ 𝑚=
3
Se realizarmos divisões sucessivas pelo teorema de D’Alembert, temos:

- Da primeira divisão, podemos escrever:


𝑝(𝑥) = (𝑥 − 𝑎) ∙ 𝑞(𝑥) I
- Da segunda divisão, podemos escrever:
𝑞(𝑥) = (𝑥 − 𝑎) ∙ (𝑥 − 𝑏) ∙ 𝑞′(𝑥) II
Substituindo II em I, obtemos 𝑝(𝑥) = (𝑥 − 𝑎) ∙ (𝑥 − 𝑏). 𝑞′(𝑥). Desse modo,
o produto (𝑥 − 𝑎) ∙ (𝑥 − 𝑏) corresponde a um fator de 𝑝(𝑥), e, assim, 𝑝(𝑥) é divisível
por (𝑥 − 𝑎) ∙ (𝑥 − 𝑏).
Ainda baseado no teorema de D’Alembert podemos utilizar um método
mais rápido e prático para efetuar divisões de polinômios, o chamado dispositivo
prático de Briot-Ruffini. Para utilizar esse dispositivo, apliquemos os seguimos os
passos à divisão de 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 − 4𝑥 2 + 5𝑥 − 2 por 𝑔(𝑥) = 𝑥 − 3.
1º Passo: Calculamos a raiz do divisor 𝑔(𝑥) e, ao seu lado, colocamos os
coeficientes ordenados do dividendo 𝑓(𝑥), segundo potências decrescentes de x:

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2º Passo: Abaixamos o primeiro coeficiente do dividendo (1) e o


multiplicamos pela raiz do divisor (1 × 3 = 3).

3º Passo: Somamos o produto obtido com o coeficiente seguinte


(3 + (−4) = −1). O resultado é colocado abaixo desse coeficiente.

4º Passo: Com esse resultado (−1), repetimos as operações (multiplicamos


pela raiz e somamos com o coeficiente seguinte), e assim por diante.

O ultimo dos números obtidos no dispositivo ou algoritmo de Briot-Ruffini


é o resto da divisão. No exemplo do passo a passo, 𝑟 = 4. Os demais números (1, −1,2)
correspondem aos coeficientes ordenados do quociente da divisão, assim:
𝑞(𝑥) = 𝑥 2 − 𝑥 + 2

Exemplo 3.7: Fazer a divisão de 9𝑥 2 + 12𝑥 + 4 por 𝑥 + 2.

A raiz do divisor é dada por: 𝑥 + 2 = 0 → 𝑥 = −2. Assim, pelo dispositivo de


Briot-Ruffini:

Onde 𝑟(𝑥) = 16 e 𝑞(𝑥) = 9𝑥 − 6.

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3.2 Equações Algébricas


Equação algébrica ou polinomial é toda equação redutível à forma 𝑝(𝑥) =
0, em que 𝑝(𝑥) = 𝑎𝑛 ∙ 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 ∙ 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎1 ∙ 𝑥 + 𝑎0 , com 𝑎𝑛 ≠ 0, é um
polinômio de grau 𝑛, sendo 𝑛 ≥ 1, com coeficientes em 𝐶, e cuja incógnita 𝑥 pode
assumir qualquer valor em 𝐶.
Exemplos de equações polinomiais:
- 4𝑥 + 5 = 0
- 𝑥 2 − 2𝑥 + 8 = 0
- 3𝑥 2 + 𝑖𝑥 − 1 = 0

Os valores de 𝑥 que satisfazem uma equação polinomial são chamadas de


raízes da equação e segundo o teorema fundamental da álgebra, enunciado e provado
por Carl Gauss (1777-1855): “Todo polinômio de grau 𝑛, 𝑛 ≥ 1, admite ao menos uma
raiz complexa”.
Pelo teorema de D’Alembert cada raiz pode ser escrita na forma de um fator
𝑝(𝑥) = (𝑥 − 𝑟), onde 𝑟 é raiz do polinômio. Generalizamos esse conceito através do
teorema da decomposição, que diz que:

Seja 𝑝(𝑥) um polinômio de grau 𝑛, 𝑛 ≥ 1, dado por: 𝑃(𝑥) = 𝑎𝑛 ∙ 𝑥 𝑛 +


𝑛−1
𝑎𝑛−1 ∙ 𝑥 + ⋯ + 𝑎1 ∙ 𝑥 + 𝑎0 . Então, 𝑝(𝑥) pode ser decomposto em 𝑛 fatores do 1º
grau sob a forma:
𝑝(𝑥) = 𝑎𝑛 ∙ (𝑥 − 𝑟1 ) ∙ (𝑥 − 𝑟2 ) ∙ … ∙ (𝑥 − 𝑟𝑛 )
Em que 𝑟1 , 𝑟2 , … , 𝑟𝑛 são as raízes de 𝑝(𝑥) e 𝑎𝑛 é o coeficiente dominante de 𝑝(𝑥).

Exemplo 3.8: Dada a função do segundo grau, que é um polinômio de grau 2: 𝑓(𝑥) =
𝑥 2 − 3𝑥 + 2, calculemos suas raízes pela fórmula de Bhaskara:
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 = (−3)2 − 4 ∙ (1) ∙ (2) = 9 − 8 = 1
−𝑏 ± √∆ −(−3) ± √1 3 ± 1
𝑥= = =
2𝑎 2 ∙ (1) 2
3+1 4 3−1 2
Logo, as raízes são: 𝑟1 = = 2 = 2 e 𝑟2 = = 2 = 1. 𝑆 = {1, 2}.
2 2

Pelo teorema da decomposição, o polinômio de grau 2 com 𝑎𝑛 = 1 pode ser escrito na


forma fatorada como:
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑛 ∙ (𝑥 − 𝑟1 ) ∙ (𝑥 − 𝑟2 )
𝑓(𝑥) = (𝑥 − 1) ∙ (𝑥 − 2)
Para provar que essa multiplicação realmente resulta no polinômio 𝑓(𝑥),
desenvolvamos:
𝑓(𝑥) = (𝑥 − 1) ∙ (𝑥 − 2) = 𝑥 ∙ 𝑥 + 𝑥 ∙ (−2) + (−1) ∙ 𝑥 + (−1) ∙ (−2)

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𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 2𝑥 − 𝑥 + 2 = 𝑥 2 − 3𝑥 + 2
𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 3𝑥 + 2

Algumas raízes podem apresentar valores iguais e nesses casos, dizemos


que uma determinada raiz possui multiplicidade 𝑛, onde 𝑛 é o número de vezes que essa
raiz se repete. Por exemplo, quando temos duas raízes iguais a 2, escrevemos:
𝑓(𝑥) = (𝑥 − 2) ∙ (𝑥 − 2), ou quando a raiz é igual a 1 e possui multiplicidade 3:,
escrevemos 𝑓(𝑥) = (𝑥 − 1) ∙ (𝑥 − 1) ∙ (𝑥 − 1).

Exemplo 3.9:
𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 4𝑥 + 4
Possui raízes:
−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐 −(−4) ± √(−4)2 − 4(1)(4) 4 ± √0 4
𝑥= = = = =2
2𝑎 2(1) 2 2
O que significa que o polinômio 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 4𝑥 + 4 possui duas raízes iguais.
Escrevendo na forma fatorada:
𝑓(𝑥) = (𝑥 − 2) ∙ (𝑥 − 2)
Desenvolvendo:
𝑓(𝑥) = 𝑥 ∙ 𝑥 + 𝑥 ∙ (−2) + (−2) ∙ 𝑥 + (−2) ∙ (−2)
𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 2𝑥 − 2𝑥 + 4 = 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 4𝑥 + 4

Ferramentas importantes no estudo das raízes de um polinômio, as Relações


de Girard são as relações entre os coeficientes de uma equação polinomial e suas
raízes.

Equação de Grau 2 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐

𝑏 𝑐
𝑥 2 + 𝑥 + = 𝑥 2 − (𝑟1 + 𝑟2 )𝑥 + 𝑟1 ∙ 𝑟2
𝑎 𝑎
𝑏
𝑟1 + 𝑟2 = − 𝑎
Ou seja: { 𝑐
𝑟1 ∙ 𝑟2 = 𝑎

Equação de Grau 3 𝑎𝑥 3 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐𝑥 + 𝑑

𝑏 𝑐 𝑑
𝑥 3 + 𝑥 2 + 𝑥 + = 𝑥 3 − (𝑟1 + 𝑟2 + 𝑟3 )𝑥 2 + (𝑟1 𝑟2 + 𝑟2 𝑟3 + 𝑟1 𝑟3 )𝑥 − 𝑟1 ∙ 𝑟2 ∙ 𝑟3
𝑎 𝑎 𝑎

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𝑏
𝑟1 + 𝑟2 + 𝑟3 = − 𝑎
𝑐
Ou seja: 𝑟1 𝑟2 + 𝑟2 𝑟3 + 𝑟1 𝑟3 = 𝑎
𝑑
𝑟1 ∙ 𝑟2 ∙ 𝑟3 = − 𝑎
{
Equação de Grau 4 𝑎𝑥 4 + 𝑏𝑥 3 + 𝑐𝑥 2 + 𝑑𝑥 + 𝑒

Assumindo o mesmo raciocínio usado para as equações do 2º e 3º grau, obtemos:


𝑏
𝑟1 + 𝑟2 + 𝑟3 + 𝑟4 = −
𝑎
𝑐
𝑟1 𝑟2 + 𝑟1 𝑟3 + 𝑟1 𝑟4 + 𝑟2 𝑟3 + 𝑟2 𝑟4 + 𝑟3 𝑟4 =
𝑎
𝑑
𝑟1 ∙ 𝑟2 ∙ 𝑟3 + 𝑟1 ∙ 𝑟2 ∙ 𝑟4 + 𝑟1 ∙ 𝑟3 ∙ 𝑟4 + 𝑟2 ∙ 𝑟3 ∙ 𝑟4 = −
𝑎
𝑒
{ 𝑟1 ∙ 𝑟2 ∙ 𝑟3 ∙ 𝑟4 =
𝑎
Equação de Grau n 𝑎𝑛 ∙ 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 ∙ 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎1 ∙ 𝑥 + 𝑎0

Generalizando para equações de grau n, temos:


𝑎𝑛−1
𝑟1 + 𝑟2 + ⋯ + 𝑟𝑛 = −
𝑎𝑛
𝑎𝑛−2
𝑟1 𝑟2 + 𝑟1 𝑟3 + ⋯ + 𝑟𝑛 𝑟𝑛−1 = (𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑎𝑠
𝑎𝑛
𝑟𝑎í𝑧𝑒𝑠 𝑡𝑜𝑚𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑢𝑎𝑠 𝑎 𝑑𝑢𝑎𝑠)
𝑎𝑛−3
𝑟1 ∙ 𝑟2 ∙ 𝑟3 + 𝑟1 ∙ 𝑟2 ∙ 𝑟4 + ⋯ + 𝑟2 ∙ 𝑟3 ∙ 𝑟4 = − (𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑎𝑠
𝑎𝑛
𝑟𝑎í𝑧𝑒𝑠 𝑡𝑜𝑚𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑡𝑟ê𝑠 𝑎 𝑡𝑟ê𝑠)
.
.
.
𝑎0
𝑟1 ∙ 𝑟2 ∙ … ∙ 𝑟𝑛 = (−1)𝑛 ∙
{ 𝑎𝑛

Exemplo 3.10. Resolva a equação 𝑥 3 − 8𝑥 2 + 19𝑥 − 12 = 0, sabendo que uma das


raízes é igual à soma das outras duas.
Sejam 𝑟1, 𝑟2 e 𝑟3 as raízes procuradas. Escrevendo as relações de Girard, temos:
𝑏 −(−8)
𝑟1 + 𝑟2 + 𝑟3 = − = =8
𝑎 1
𝑐 19
𝑟1 𝑟2 + 𝑟2 𝑟3 + 𝑟1 𝑟3 = = = 19
𝑎 1
𝑑 −(−12)
{ 𝑟1 ∙ 𝑟2 ∙ 𝑟3 = − = = 12
𝑎 1
Do enunciado, temos que 𝑟1 = 𝑟2 + 𝑟3. Substituindo na primeira relação, temos:

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𝑟1 + 𝑟2 + 𝑟3 = 8
𝑟1 + (𝑟1 ) = 8
2𝑟1 = 8 → 𝑟1 = 4
3 2
Como, 𝑟1 = 4 é uma raiz, o polinômio 𝑥 − 8𝑥 + 19𝑥 − 12 = 0 é divisível por 𝑥 − 4

As duas outras raízes são calculadas pela equação do segundo grau resultante da
divisão: 𝑥 2 − 4𝑥 + 3 = 0.
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 = (−4)2 − 4(1)(3) = 16 − 12 = 4
−𝑏 ± √∆ −(−4) ± √4 4 ± 2
𝑥= = = → 𝑥1 = 3 𝑒 𝑥2 = 1
2𝑎 2(1) 2
Assim, o conjunto solução da equação é 𝑆 = {1, 3, 4}.

Exemplo 3.11. Resolva a equação 2𝑥 3 −13𝑥 2 + 22𝑥 − 8 = 0, sabendo que suas raízes
são positivas e uma delas é igual ao produto das outras duas.
Sejam 𝑟1, 𝑟2 e 𝑟3 as raízes procuradas. Escrevendo as relações de Girard, temos:
𝑏 −(−13) 13
𝑟1 + 𝑟2 + 𝑟3 = − = =
𝑎 2 2
𝑐 22
𝑟1 𝑟2 + 𝑟2 𝑟3 + 𝑟1 𝑟3 = = = 11
𝑎 2
𝑑 −(−8)
{ 𝑟1 ∙ 𝑟2 ∙ 𝑟3 = − = =4
𝑎 2
Do enunciado, temos que 𝑟1 = 𝑟2 ∙ 𝑟3. Substituindo na terceira relação, temos:
𝑟1 ∙ 𝑟2 ∙ 𝑟3 = 4
𝑟1 ∙ (𝑟1 ) = 4 → (𝑟1 )2 = 4 → 𝑟1 = √4 → 𝑟1 = 2
Como, 𝑟1 = 2 é uma raiz, o polinômio 2𝑥 3 −13𝑥 2 + 22𝑥 − 8 = 0 é divisível por 𝑥 − 2

As duas outras raízes são calculadas pela equação do segundo grau resultante da
divisão: 2𝑥 2 − 9𝑥 + 4 = 0.
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 = (−9)2 − 4(2)(4) = 81 − 32 = 49
−𝑏 ± √∆ −(−9) ± √49 9 ± 7 1
𝑥= = = → 𝑥1 = 4 𝑒 𝑥2 =
2𝑎 2(2) 4 2
1
Assim, o conjunto solução da equação é 𝑆 = {2 , 2, 4}.

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Quando resolvemos a equação 𝑥 2 − 2𝑥 = 5 = 0, encontramos as raízes 𝑥 =


1 + 2𝑖 e 𝑥 = 1 − 2𝑖. Essas duas raízes são números complexos conjugados. Já a
equação 𝑥 2 + 4 = 0 apresenta como raízes 𝑥 = 2𝑖 e 𝑥 = −2𝑖, que também formam um
par de números complexos conjugados. Para todos os números complexos, podemos
escrever o teorema:
“Se um número complexo 𝑧 = 𝑎 + 𝑏𝑖, com 𝑏 ≠ 0, é raiz de uma equação
com coeficientes reais, então seu conjugado 𝑧̅ = 𝑎 − 𝑏𝑖 também é raiz dessa equação.”

Exemplo 3.12: A equação 𝑥 2 + 𝑚𝑥 + 𝑛 = 0, com 𝑚 e 𝑛 coeficientes reais, admite


5 − 2𝑖 como raiz. Qual é a outra raiz que essa equação possui? Quais são os valores de
𝑚 e 𝑛?
Como a equação apresenta coeficientes reais, se 5 − 2𝑖 é raiz, então seu
conjugado 5 + 2𝑖 também é raiz da equação.
Usando as relações de Girard, é possível determinar 𝑚 e 𝑛.
𝑏
𝑟1 + 𝑟2 = −
{ 𝑎
𝑐
𝑟1 ∙ 𝑟2 =
𝑎
Da soma das raízes:
𝑏 𝑚
𝑟1 + 𝑟2 = − → (5 − 2𝑖) + (5 + 2𝑖) = − → 𝑚 = −10
𝑎 1
Do produto das raízes:
𝑐 𝑛
𝑟1 ∙ 𝑟2 = → (5 − 2𝑖) ∙ (5 + 2𝑖) =
𝑎 1
(5 − 2𝑖) ∙ (5 + 2𝑖) = 5 ∙ 5 + 5 ∙ (2𝑖) − 2𝑖 ∙ (5) − 2𝑖(2𝑖) = 𝑛
𝑛 = 25 + 10𝑖 − 10𝑖 − 4𝑖 2 = 25 − (−4) = 29
Então, temos, para os valores encontrados de 𝑚 e 𝑛, o polinômio 𝑥 2 − 10𝑥 + 29 = 0

Nos exemplos anteriores foram dadas informações sobre as raízes, e assim


conseguimos encontra-las. Quando temos equações de grau maior ou igual à 3 e não
temos nenhuma informação sobre as raízes, podemos utilizar o teorema das raízes
racionais:
“Seja a equação polinomial de coeficientes inteiros 𝑎𝑛 ∙ 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 ∙ 𝑥 𝑛−1 +
𝑝
⋯ + 𝑎1 ∙ 𝑥 + 𝑎0 , com 𝑎 ≠ 0. Se o número racional 𝑞, 𝑝 ∈ 𝑍 e 𝑞 ∈ 𝑍 ∗ , com p e q primos
entre si, é raiz dessa equação, então p é divisor de 𝑎0 e q é divisor de 𝑎𝑛 .”
Exemplo 3.13: Suponhamos que se queira encontrar as três raízes da equação 3𝑥 3 −
7𝑥 2 + 8𝑥 − 2 = 0.

Por meio do teorema das raízes racionais, sabemos que, se a equação tiver alguma raiz
𝑝
racional, ela será da forma ⁄𝑞 , em que p é divisor de 𝑎𝑛 = −2 e q é divisor de 𝑎0 = 3,

Professor Felipe Mota prof.felipem@hotmail.com


FACULDADE MAURICIO DE NASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA MATEMÁTICA APLICADA

isto é, 𝑝 ∈ {−1,1, −2,2} e 𝑞 ∈ {−1,1, −3,3}. Assim, os candidatos a raízes racionais


são:
1 1 2 2
+1, −1, + , − , +2, −2, + , −
3 3 3 3
Seja 𝑓 o polinômio dado, façamos as verificações:
𝑓(1) = 3(1)3 − 7(1)2 + 8(1) − 2 = 3 − 7 + 8 − 2 = 2
𝑓(−1) = 3(−1)3 − 7(−1)2 + 8(−1) − 2 = −3 − 7 − 8 − 2 = −20
𝟏 𝟏 𝟑 𝟏 𝟐 𝟏 𝟏 𝟕 𝟖
𝒇 ( ) = 𝟑( ) − 𝟕 ( ) + 𝟖 ( ) − 𝟐 = − + − 𝟐 = 𝟎
𝟑 𝟑 𝟑 𝟑 𝟗 𝟗 𝟑
1 1 3 1 2 1 1 7 8 50
𝑓 (− ) = 3(− ) − 7 (− ) + 8 (− ) − 2 = − − − − 2 = −
3 3 3 3 9 9 3 9
𝑓(2) = 3(2)3 − 7(2)2 + 8(2) − 2 = 24 − 28 + 16 − 2 = 10
𝑓(−2) = 3(−2)3 − 7(−2)2 + 8(−2) − 2 = −24 − 28 − 16 − 2 = −70
2 2 3 2 2 2 8 28 16 10
𝑓 ( ) = 3( ) − 7 ( ) + 8 ( ) − 2 = − + − 2 =
3 3 3 3 9 9 3 9
2 2 3 2 2 2 8 28 16 34
𝑓 (− ) = 3(− ) − 7 (− ) + 8 (− ) − 2 = − − − − 2 = −
3 3 3 3 9 9 3 3
Como, a condição para ser um número ser raiz é que ele zere a equação, verificamos
que a única raiz racional dessa equação é 1/3.
1 1
Como, 𝑟1 = 3 é uma raiz, o polinômio 3𝑥 3 −7𝑥 2 + 8𝑥 − 2 = 0 é divisível por 𝑥 − 3

As duas outras raízes são calculadas pela equação do segundo grau resultante da
divisão: 3𝑥 2 − 6𝑥 + 6 = 0.
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 = (−6)2 − 4(3)(6) = 36 − 72 = −36
−𝑏 ± √∆ −(−6) ± √(−36) 6 ± 6𝑖
𝑥= = = → 𝑥1 = 1 + 𝑖 𝑒 𝑥2 = 1 − 𝑖
2𝑎 2(3) 6
1
Assim, o conjunto solução da equação é 𝑆 = {3 , 1 + 𝑖, 1 − 𝑖}.

REFERÊNCIAS
IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; DEGENSZAJN, David; PÉRIGO, Roberto;
Matemática Volume Único. 5ª Edição. Editora Atual, São Paulo, 2006.

Professor Felipe Mota prof.felipem@hotmail.com

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