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28.

BATALHA ESPIRITUAL

A luta espiritual afeta todos os crentes e não apenas os


missionários que trabalham em terras dominadas pelo paganismo e
trevas espirituais. O diabo existe mesmo e os demónios são em
grande número. Assim, todos os crentes - queiram ou não,
concordem ou não, tenham consciência disso ou não - acham-se
engajados numa guerra, numa luta de vida ou morte contra um
inimigo feroz; tanto faz ser um missionário, ou um ministro de
música, ou um líder de células.
A Bíblia nos adverte seriamente, para que estejamos sempre
alertas (Efésios 6:10-18), nos fortalecendo, nos revestindo da
armadura espiritual, para podermos enfrentar os ataques que vêm,
não de pessoas, mas de seres invisíveis.
I) A POSTURA DO CRENTE DIANTE DA BATALHA ESPIRITUAL.
1. RECONHECER QUE ESTÁ NUMA GUERRA
A Bíblia ensina que precisamos-estar alertas, vigilantes,
mantendo os olhos sempre em Jesus, mas atentos ao diabo. Não
podemos ignorar os seus desígnios; devemos entender que nossos
inimigos são seres que pensam, conversam, escutam, observam e
planejam estratégias (II Coríntios 2:11; Efésios 6:11). É
necessário identificar as estratégias do inimigo e a maneira como
ele age.
2. RESISTIR AO DIABO E ELE FUGIRÁ
Deus não irá resistir a ele por nós. Somos nós mesmos quem
temos de fazer isso, rejeitando as suas tentativas de levar-nos a
nos sentir magoados ou irritados, não ligando para as influências
que ele tem arremessado contra nós. Ele pode tentar repetir sua
estratégia algumas vezes, mas se permanecermos convictos da
eficácia da obra de Cristo, a vitória certamente será nossa (Tiago
4:7; I Pedro 5:9).
3. TER UMA POSIÇÃO EQUILIBRADA
Temos que evitar os extremos, prejudiciais para a vida
espiritual: não devemos nos tornar “obcecados por demónios”,
atribuindo tudo ao diabo; por outro lado, é preciso admitir que o
diabo está agindo e que ignorá-lo não anula sua atuação. É preciso
termos discernimento, estarmos cientes das coisas que o diabo faz,
mas sem nos deixarmos influenciar por sua atividade. É bom
estarmos cientes das ações de Satanás, mas passemos mais
tempo estudando a Palavra de Deus e conhecendo o Seu poder.
II) O EXERCÍCIO DA AUTORIDADE NA BATALHA ESPIRITUAL
Quando Deus criou o homem, deu-lhe o livre arbítrio, bem
como autoridade sobre o planeta Terra (Salmo 115:16), e o poder
de decisão. Se pecarmos, permitimos o inimigo agir; se, com
autoridade, exercitarmos nosso livre arbítrio, podemos expulsar o
inimigo. Adão desobedeceu e perdeu sua autoridade. Jesus veio ao
mundo e a retomou (Colossenses 2:15; Isaías 61:1). Deus quer
formar um exército, mobilizar pessoas que sabem que possuem
autoridade espiritual e que a exercitem. É necessário que os
crentes se empenhem nessa guerra, tanto defensiva quanto
ofensivamente, colocando-se nas brechas em favor das instituições,
derrotando os principados, derrubando as fortalezas e expulsando
as trevas, agindo de forma bem específica e definida, lutando com
oração e buscando o poder do Espírito Santo, para que haja
transformações na família, na sociedade e na nação.
Deus nos fornece as armas e a armadura, o que significa que
estamos preparados tanto para atacar como para nos defender.
Cristo é nossa armadura, nossa justiça, salvação e verdade (II
Coríntios 10:4; I Coríntios 1:30).
III) GUERRA DEFENSIVA.
A luta defensiva se trava individualmente (Efésios 6:13).
Devemos defender nosso compromisso com Cristo dos ataques,
mentiras, tentações e seduções que o inimigo atira contra nós. Há
três áreas que devem ser protegidas:
1. A MENTE
O diabo gosta de colocar certas ideias em nossa mente.
Qualquer um de nós pode estar lutando com pensamentos que
comprometam sua vida cristã. Se tais pensamentos estiverem
relacionados com orgulho, incredulidade, lascívia, depressão ou
condenação, precisam ser expulsos de nossa vida. Entreguemos
nossa mente a Deus, pondo-a em harmonia com a Palavra (II
Coríntios 10:3-5).
2. O CORAÇÃO (ATITUDES E EMOÇÕES)
O diabo só pode atuar no mundo por intermédio do pecado e
do egoísmo. A Bíblia nos adverte que, para não dar lugar ao diabo,
devemos resolver o problema das atitudes erradas (arrogância,
rebeldia, rancor, contendas) em nossa vida, no casamento, na
igreja, na nação e, regularmente, corrigirmos tais atitudes (Efésios
4:26-27; Provérbios 4:23).
3. A LÍNGUA
O diabo sabe que ela possui um enorme poder, podendo ser
usada tanto para o bem como para o mal (Tiago 3:10). O inimigo
gosta de levar-nos a expressar incredulidade, difamar outros,
passar mexericos, falar sarcasticamente. Cuidemos do nosso falar
(Salmo 37:30).
IV) GUERRA OFENSIVA
A guerra ofensiva tem por alvo o mundo que nos cerca, a fim
de ganharmos mais terreno para o reino de Deus. Não podemos
entrar nessa batalha só para nos defender; é preciso partir para o
ataque contra as portas do inferno (Mateus 16:18), usando as
estratégias da oração e adoração para derrubar tais portas (Efésios
6:12).
1. OS DOMINADORES DESTE MUNDO
O inimigo procura ocupar as posições de autoridade,
atacando as estruturas organizacionais e as instituições, para tentar
governar a terra. A autoridade é uma forma de proteção para a
organização. A maneira como a liderança é exercida e como o
subalterno se submete a seu superior, determina a vitória na
batalha espiritual (Romanos 13:1-3; Tito 3:1).
2. PRINCIPADOS
Biblicamente, são territórios governados por um príncipe,
designando a organização das hostes de Satanás em termos
geográficos. Precisamos conhecer as áreas de atuação do diabo,
nos opondo a ele e usando a autoridade dada por Cristo para
derrubar tais domínios, orando pelos grupos humanos e pregando-
lhes o evangelho.
3. POTESTADES
Quanto mais pecarmos, maior será o domínio do inimigo
sobre nós. Esse domínio varia com o tipo de mal que é praticado.
Deus pode revelar-nos qual é a potestade dominante em cada
situação. Então podemos repreendê-los em nome de Jesus e
adotar uma atitude oposta à influência delas.
4. DOMINADORES DO MUNDO TENEBROSO
Uma das principais táticas de Satanás é manter a mente do
homem em trevas, através do ateísmo, das heresias, seitas, etc.
Devemos viver a verdade e pregar o evangelho. Não podemos
dissociar a batalha espiritual da obra de evangelismo; é preciso
acender a luz para acabar com as trevas (Mateus 4:16,17).

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