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Resumo
A necessidade da prática educativa é um fator que deve ser observado por todos
aqueles que trabalham com a formação dos profission ais da educação. Essa formação se
faz de forma continuada e não termina quando o graduando se forma. É preciso, nestas
circunstâncias, oferecer práticas diferenciadas aos mesmos, criando oportunidades não tão
comuns em cursos de Licenciatura, mais precisamente os de Licenciatura em Física. A
Astronomia é um tema que causa grande curiosidade na maioria das pessoas por se tratar
de um assunto que remete a nossa origem e também por apresentar projeções para o nosso
futuro. Este trabalho relata uma experiência em ensino de Astronomia realizada na
Universidade Federal de Itajubá na forma de um curso de extensão voltado para alunos do
Ensino Médio. O trabalho descreve as duas edições do curso realizadas na referida
instituição e aponta as dificuldades encontradas na sua aplicação e as experiências
positivas vivenciadas pelos instrutores do curso, alunos de graduação da Universidade.
Pode-se discutir muitos conceitos de física tomando com referência alguns conceitos de
astronomia e astrofísica, portanto temas como óptica, eletromagnetismo e até física
moderna ganham um novo espaço para serem estudados.Analisando este cenário, a prática
educativa também pode oferecer aos estudantes dos cursos de Bacharelado uma
oportunidade de exercer o magistério, já que provavelmente estes terão que exercê -la
futuramente. Associando-se essas idéias à necessidade de uma nova visão da física, que
seja mais receptiva, construtiva e agradável aos alunos, o curso de extensão Astronomia:
Uma Nova Visão da Física no Ensino Médio constituiu-se numa ótima opção de análise
sobre a abordagem astronômica de conceitos físicos no que se refere ao Ensino Médio.As
duas edições do curso são descritas sob o olhar de estudantes de graduação que
planejaram e aplicaram o curso em Itajubá, Minas Gerais para alunos do Ensino Médio.
INTRODUÇÃO
O curso Astronomia: Uma Nova Visão da Física do Ensino Médio foi criado
em junho de 2005 como um curso de extensão na Universidade Federal de Itajubá
voltado para alunos do Ensino Médio (EM) do município de Itajubá – MG, fruto de
uma iniciativa de estudantes de Física – Licenciatura e Bacharelado com o apoio de
professores e coordenadores. O curso é oferecido semestralmente na Universidade
Federal de Itajubá (UNIFEI) e estudantes de escolas públicas e privadas da região
podem se inscrever. As aulas são oferecidas na própria Universidade e os alunos
que terminam o curso com bom aproveitamento e freqüência necessária recebem
um certificado de conclusão expedido pela UNIFEI.
O tema Astronomia foi escolhido por se tratar de assunto que traz grande
curiosidade e mantém as pessoas envolvidas em suas discussões. Como a principal
intenção do curso era ensinar conceitos de física, a astronomia foi utilizada como
“pano de fundo” para sua elaboração.
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Planejamento
Estrutura
Material Didático
Foi criada uma apostila escrita pelos próprios instrutores com o material a
ser abordado. Algumas referências bibliográficas (Boczko, 1984; Oliveira Filho e
Saraiva, 2003) foram consultadas para a preparação dess a apostila. O material do
curso de extensão do INPE, essencialmente voltado para a formação de professores
do Ensino Médio (EM) também foi utilizado tanto para a preparação das apostilas
quanto para a escolha de algumas atividades complementares.
Divulgação
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Foram abertas 50 vagas que eram preenchidas por ordem de chegada dos
interessados. Pessoas que já haviam concluído o EM que tivessem interesse pela
área, inclusive universitários, também poderiam se inscrever. Não houve exame de
seleção para a inscrição dos candidatos, de modo que os 50 primeiros inscritos
tiveram a sua vaga garantida.
O Apoio Financeiro
As Aulas do curso
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Planejamento
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foi a observação do movimento aparente das estrelas no céu. Essa atividade foi
intitulada “Elevação e Distância Zenital de uma Estrela”. Foram feitas observações
de algumas estrelas localizadas preferencialmente a norte, sul, leste e oeste. O
aluno escolheu a estrela mais fácil de ser visualizada e acompanhou de hora em
hora sua posição no céu, anotando sua elevação (que é o ângulo que a estrela faz
com o plano do horizonte) e sua distância zenital (que é o complemento da
elevação, isto é, 90° - elevação). Os conceitos de elevação e distância zenital já
haviam sido discutidos em sala. Após observar este movimento, o aluno tinha em
mãos os ângulos necessários para construir um gráfico que mostrou o
comportamento da estrela ao longo de sua observação.
Observa-se que a estrela viaja no céu de leste para oeste, assim como
acontece com o movimento aparente do sol ao longo do dia, portanto sua elevação
deve aumentar com o passar do tempo. Talvez fosse necessário deixar muito mais
explícitos esses conceitos no momento de sua apresentação à sala.
A maioria dos estudantes obteve dados corretos e esses valores foram
coletados pela instrutora, para que alguns gráficos fossem feitos e mostrados à sala.
Para tanto, utilizou-se um computador com o programa editor de gráficos e um
projetor multimídia. Foram utilizados os dados de cinc o alunos. Com esses dados,
foi possível construir vinte gráficos que mostravam a elevação ao longo do tempo
para cada estrela. Apesar de alguns poucos valores se modificarem devido à hora
que cada aluno escolheu para fazer a observação, o comportamento gráfico era
muito semelhante. De certa maneira, os resultados deste experimento foram muito
bons e mostram que a abordagem astronômica pode ser interessante e instigante,
mostrando-se uma opção menos cansativa de estudar conceitos físicos. Um
exemplo desta atividade é apresentado na Figura 02.
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RESULTADOS
Através das duas edições do curso foi possível aos graduandos em física
c olocar em prática os conceitos e teorias educativas estudadas na graduação. Foi
notável a participação e o interesse dos alunos em colaborar com os questionários,
facilitando o trabalho dos instrutores e possibilitando a projeção de novas metas.
Para a terc eira edição do curso pretende-se manter esta mesma estrutura,
pois não se notou nenhum prejuízo importante em compreender os tópicos
abordados.
No que se refere à ementa, continua-se com a mesma proposta que segue
uma seqüência historicamente construída, trazendo primeiramente os modelos de
universo e apresentado conceitos da mecânica, já conhecidos pelos antigos gregos.
As atividades referentes ao estudo da óptica deverão ser apresentadas
utilizando-se mais experimentos, como o de refração da luz. Espera -se que os
conceitos visualizados em sala possam ser constatados através das atividades
práticas. Pretende-se incluir novas experiências, não somente as de observação,
mas também relacionadas a alguns conceitos físicos propriamente ditos.
O próximo passo a ser dado para expandir o curso será o de criar uma
versão para Internet, já que a Universidade Federal de Itajubá possui cursos a
distância. Pensa-se em implantar o curso em apenas uma escola de nível médio
para turmas selecionadas para que se tenha uma primeira impressão de como
transportar um curso que possui além das aulas teóricas, observações e atividades
práticas, para o meio virtual.
CONCLUSÕES
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Referências
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