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Objetivo
Busca explicar o que determina as vantagens comparativas
Determinante
Os ganhos com o comércio internacional são medidos em termos de satisfação total
(utilidade) e não em termos de número de bens consumidos.
Método
- Especialização parcial na produção de um determinado bem
- Os custos são crescentes
Critério
Especializa-se na produção do bem cujo fator de produção é mais abundante, visto que
seu custo será menor.
Em texto
O modelo de Heckscher-Ohlin tem o objetivo de discriminar o que determina as
vantagens comparativas de um país. Para tanto, concluíram que a dotação relativa dos
fatores de produção entre os países é o que determina a base do Comércio
Internacional.
Cada país se especializará na produção do bem que empregue a maior quantidade de
seu fator de produção mais abundante e importará o bem que empregue mais de seu
fator de produção mais escasso, sendo que o fator mais abundante possui um preço
menor do que o fator de produção mais escasso. Neste modelo observa-se que os
custos de produção são crescentes e que a produtividade marginal do trabalhado é
decrescente, assim sendo a produção de um bem ocorrerá enquanto seus custos de
produção forem menores do que seu retorno. Logo, temos uma especialização parcial
sobre a produção de um bem.
Outro ponto a ser ressaltado é que os ganhos com o comércio internacional e com a
especialização parcial estão ligados a utilidade gerada no consumo dos bens produzidos
(ou importados) e não à quantidade produzida, ou dos bens consumidos.
Stolper-Samuelson
Objetivo
Avaliar os efeitos do Comércio Internacional na distribuição de renda interna.
Ganho
Os ganhos com o Comércio Internacional são para aqueles que possuem o fator de
produção abundante.
Conclusão
Aqueles que possuem os fatores abundantes ganham, mas aqueles que não possuem
os fatores abundantes, perdem. Isto pode agravar a desigualdade de renda dentro do
país.
Hipótese
Pleno emprego
Em texto
Assim sendo, observamos que se a especialização de um país for feita para a produção
de bem intensivo em trabalho, o trabalhador comum ganhará mais e o capitalista, ou
aquele que detém o capital, um pouco menos. Porém, se a especialização na produção
de um bem ocorrer naquele que tem uso intensivo em capital, fará com que o trabalhador
comum ganhe menos e o capitalista ganhará mais. Portanto, podemos concluir que o
benefício do comércio internacional também estará associado ao produto ao qual o país
se especializa.
O que ocorre nessa situação é que existem grupos na economia que necessitam de
tratamento especial, visto que já são comparativamente mais pobres. Logo, sabendo
que o comércio internacional, eventualmente, gera perdedores e ganhadores, o governo
deve de alguma forma ponderar o ganho de um grupo com a perda de outro. Existindo
uma compensação entre aqueles que perdem com o comércio internacional, este será
uma boa fonte de ganhos para todos.
Teoria de Heckscher-Ohlin-Samuelson
Objetivo
Avaliar os efeitos do Comércio Internacional na distribuição de renda mundial
Hipótese
- Perfeita mobilidade dos fatores de produção;
- O trabalhador migra para outros países em busca de melhores salários e o capital se
desloca para onde a retorno é melhor.
Conclusão
O comércio internacional de bens equaliza as dotações e as remunerações dos fatores
de produção
Em texto
Ponto de partida: Embora a mobilidade dos fatores possa ocorrer no longo prazo,
muitos fatores não são móveis no curto prazo.
Objetivo
Os efeitos do comércio internacional sobre a distribuição de renda interna no curto
prazo.
Hipóteses
- Fatores específicos e móveis;
- Os fatores mais específicos levam mais tempo para serem rearranjados entre as
indústrias (capital físico, tais como fábricas e maquinário).
Conclusão
Os efeitos no nível de bem-estar dos trabalhadores são ambíguos, dependem da
importância relativa dos bens em seu consumo, isto é, depende do padrão de consumo
de cada trabalhador.
Em texto
De acordo com Linder, a teoria da dotação dos fatores possui considerável poder de
explicação para o comércio de produtos primários (recursos naturais) e produtos
agrícolas, mas não para o comércio de produtos industrializados, isto por que a principal
força que influência o comércio de bens manufaturados são as da demanda interna e
não a dotação relativa de fatores.
Linder observa que as empresas produzem para atender o mercado interno, isto é,
buscam atender primeiro as preferências de sua demanda interna, sendo que só após
atender esta demanda, exportarão seus produtos. A escolha do país, ou mercado, para
onde os produtos serão exportados, seguem um critério de similaridade entre as
preferências do consumidor interno e externo. Esta similaridade entre as preferências
dos consumidores é medida por meio da renda per capita média de cada país. O
argumento do autor é que os gastos dos consumidores são condicionados em grande
parte por seus níveis de renda. Portanto, a renda per capita média de um país resultará
em um padrão específico de preferências, constituindo assim, por meio da renda per
capita média, uma forma de comparação entre as preferências dos consumidores dos
diferentes países. Portanto, os mercados externos com maior potencial para
exportação, existirão nas nações cujos gastos de consumo similares aos dos
consumidores domésticos, sendo que as exportações de uma nação são, portanto, uma
ampliação do que é produzido para o mercado interno.
Ao exportar seus produtos para países com preferências muito diferentes, o país
exportador terá que adaptar seus produtos, o que lhe gerará custo, podendo implicar na
perda de vantagem comparativa. Portanto, aquele que executar menos adaptações em
seus produtos para exportação possuirá uma vantagem comparativa maior.
Nações com renda per capita similar terão estruturas de demanda sobrepostas e, deste
modo, consumirão tipos similares de bens manufaturados. Países ricos
(industrializados) provavelmente negociarão com outros países ricos, e países pobres
(em desenvolvimento) provavelmente negociarão com outras nações pobres, isto leva
a uma diminuição dos custos de adaptação dos produtos.
Cada nação se especializa em um setor específico para o qual possui uma vantagem
comparativa. À medida que os recursos são transferidos para o setor com uma
vantagem, outros setores, possuidores de desvantagens comparativas, se retraem.
Desse modo, os recursos são transferidos geograficamente ao setor no qual os custos
comparativos são menores. Como resultado da especialização cada nação experimenta
uma diversidade crescente entre os produtos que exporta e que importa.
Para bens homogêneos, uma nação pode exportar e importar o mesmo produto, isto
por causa dos custos de transporte. Por exemplo, quando países dividem fronteira. Em
alguns casos pode ser menos custoso a troca de bens entre os dois países, nas regiões
próximas as fronteiras, do que entre regiões do mesmo país, as quais podem estar muito
distantes umas das outras.