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ATIVIDADE 03- HISTÓRIA II NO ENSINO FUNDAMENTAL

Inteligência: espacial.

PROJETO: A HISTÓRIA DE FORTALEZA A PARTIR DA EDUCAÇÃO


PATRMONIAL NO CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA.

INTRODUÇÃO

A metodologia de ensino será dividida em três etapas, intituladas como


“momentos”. Primeiro momento consiste em apresentar a Biografia. Segundo
caracteriza-se na visitação do cemitério. A priori explicaremos resumidamente sobre a
arte dos primeiros túmulos carregados de simbologia (ao lado da capela), que foram
construídos na época em que esculturas com anjos pensativos, apontando para o céu
estavam em moda (vinda de Portugal), esculpida pelo escocês Frederico Skinner, ao
estilo Neoclássico. E o ultimo momento será a solicitação de uma atividade escrita.
Neste sentido, buscamos analisar os túmulos do Cemitério tampouco como fruto
tangível da construção humana, ricos de elementos que despertam a lembrança de uma
cidade marcada pelo descompromisso com a preservação de seus bens culturais, por
conta de uma “sede capitalista” em apagar o “antigo”, construindo o edifício “moderno”
em favor de seus lucros, através da especulação imobiliária, atuante no bairro
denominado atualmente de “Centro” e adjacências. Como professores de história, nosso
papel consiste em problematizar dos documentos não-escritos em sala de aula. Se
utilizarmos apenas o livro didático como fonte a ser analisada nas aulas de História,
ficaremos presos ao comodismo, e não sensibilizaremos nossos educandos em relação à
significação dos conteúdos para sua vida posterior e no exercimento da cidadania.

OBJETIVOS

 Inferir a Educação Patrimonial como uma metodologia de ação instrutiva


calcada no Patrimônio Cultural.
 Desvelar que longe de serem apenas locais de melancolia e nostalgia, os
cemitérios mostram e ensinam aspectos socioculturais das cidades, através
da evocação da memória e de sentimentos de pertencimento da cultura
fortalezense entendendo os túmulos como monumentos.
 Perceber a noção da transformação do espaço geográfico e histórico de
Fortaleza a partir do estudo do Cemitério São João Batista.
 Realizar a visita do túmulo para reavivar a memória deste escritor, pois
muitas pessoas desconhecem sua vida e obra. Na obra de seu filho,
encontramos muitas curiosidades a respeito de seu pai.

A metodologia em três etapas, intituladas como “momentos”. Primeiro momento em


sala de aula: apresentação da Biografia. Primeiramente, podemos em uma aula expositiva
discutir sobre a vida do referido poeta. Para isso, trabalhamos como fonte um livro de memórias
de Quintino Cunha “Anedotas de Quintino”, escrito por seu filho Plautus Cunha. Nessa obra,
Cunha discorre sobre suas memórias em relação ao seu pai, desde a meninice até a vida adulta.
Descreve também sobre sua vida política e social, do qual lutou contra o governo dos Accioly,
bem como sendo advogado das pessoas menos abastadas. No entanto, Quintino (considerado
como o “Gênio do improviso” ou dotado de “lirismo empolgante”) deixou seu legado para a
cultura cearense através de seu tom humorístico e suas poesias, tendo-o como um nome de
bairro de Fortaleza.

A priori explicaremos resumidamente sobre a arte dos primeiros túmulos


carregados de simbologia (ao lado da capela), que foram construídos na época em que
esculturas com anjos pensativos, apontando para o céu estavam em moda (vinda de
Portugal), esculpida pelo escocês Frederico Skinner, ao estilo Neoclássico.
Após a contextualização do cemitério, iremos para o sepulcro de Quintino Cunha
e observaremos: que tipo de material foi usado na feitura do túmulo, leitura do seu
epitáfio, fotografia, e ornamentos. Para atividade de casa, será solicitada uma pesquisa
biográfica e da coletagem de algumas obras do autor.
Terceiro momento: já em sala de aula solicitaremos aos discentes a realização de uma
atividade escrita, saber:
01) Qual foi sua primeira impressão ao chegar ao cemitério?
02) Sobre as obras de arte nos primeiros túmulos, qual é a sua opinião a respeito das
mesmas?
03) Você já visitou alguma vez um cemitério antes da nossa aula de campo? Caso
“sim”, descreva sua experiência, bem como, a frequência dessas visitas.
04) Em relação à questão anterior, se a resposta foi negativa, justifique o motivo de
nunca não ter ido a um necrotério.
05) Com base nas explicações em sala de aula, o que você entende por patrimônio
cultural? Justifique sua resposta.
06) Em sua opinião qual é a utilidade dos cemitérios (além de guardar corpos sem
vida)?
07) Para que as pessoas inserem fotos, frases de seus familiares mortos nos túmulos?
Explique.
08) Relacione sua pesquisa com os detalhes presentes no túmulo de Quintino Cunha.
09) Relacione a cruz no túmulo de Quintino Cunha com a morte e a foto do mesmo
com sua memória.
10) Ao perceberem vários sepulcros abandonados pela família e outros bem
conservados, você acha importante os mortos serem rememorados apenas no Dia
de Finados? Justifique sua resposta.
11) Comparando a paisagem modificada da parte comercial do atual bairro Centro, o
Cemitério São João Batista (que fazia parte da urbe fortalezense desde a época
em que tal bairro era literalmente a cidade de Fortaleza) e o vídeo “Fortaleza em
1920” e o que mudou na nossa cidade e o que permanece até hoje? Explique,
fundamentando sua resposta a partir das fontes citadas: o bairro centro, o
cemitério e o vídeo.
12) Agora descreva sua nova concepção de “cemitério” após nossa análise
patrimonial. Caso não tenha mudado, também justifique sua resposta.

Compreendendo o cemitério como lugar de luta contra o esquecimento, por si só


encontra-se como um Lugar de Memória. No entanto, as cidades contemporâneas a cada
dia que passa desconfiguram e/ou desfiguram o “antigo”, em prol do capitalismo, sem
preocupar-se com sua identidade. É nesse contexto que muitas edificações estão sendo
demolidas, silenciando ações de pessoas que contribuíram para nossa existência
enquanto sujeitos históricos e sociais. A preservação torna-se de suma importância, bem
como ações educativas que abarquem noções de patrimônio material e imaterial.

REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média Tecnológica.


Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEMTEC, 1999.
4v.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:
terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais / Secretaria de
Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998.436 p.

BATISTA, Henrique Sérgio de Araújo. Assim na morte como na vida: arte e


sociedade no Cemitério São João Batista (1866-1915). Fortaleza: Universidade
Federal do Ceará, 2003. (Dissertação de Mestrado em História Social).

BORGES, Maria Elisa Linhares. História e Fotografia. Belo Horizonte: Ed. Autêntica,
2003. (coleção história e reflexões).

CUNHA, Plautus. Anedotas de Quintino (Humorismo, Chistes, Quadros Santos e


Poesias Inéditas). Editora Miguel Ângelo Acceti, 1974.

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