Professional Documents
Culture Documents
gregorio nacianceno
OMILÍAS
OBRE LA
ATIVIDAD
E l n o m b r e de G r e g o r i o de N a c i a n z o (330-390)
suele asociarse al del o t r o G r e g o r i o , el N i s e -
n o , y a B a s i l i o M a g n o , f o r m a n d o así la tríada
de los q u e se ha d a d o en l l a m a r «las l u m b r e -
ras de C a p a d o c i a » .
M e n o s e s p e c u l a t i v o q u e su h o m ó n i m o , y p o -
c o dispuesto a la acción, a diferencia de su ami-
g o B a s i l i o , G r e g o r i o N a c i a n c e n o d e s t a c ó , sin
e m b a r g o , s o b r e a m b o s y en t o d a la antigüe-
d a d cristiana, p o r su e l o c u e n c i a , m e r e c i é n d o -
se el t í t u l o de « D e m ó s t e n e s c r i s t i a n o » . F u e
a s i m i s m o literato m u y refinado, y t r a t ó de
c o m p a g i n a r la c u l t u r a literaria c o n la vida as-
cética y s o l i t a r i a a la q u e se sentía l l a m a d o y
a la q u e r e t o r n a b a en c u a n t o p o d í a .
Escritor sumamente dotado, no compuso
auténticos tratados d o g m á t i c o s o c o m e n t a r i o s
b í b l i c o s , si bien a m b o s g é n e r o s figuran en su
a m p l i a p r o d u c c i ó n , que abarca H o m i l í a s , Poe-
mas y muchas Cartas.
D e sus 45 H o m i l í a s , t o d a s ellas de v a l o r ines-
t i m a b l e , se r e c o g e n en esta o b r a las tres q u e
c o n c i e r n e n al ciclo de la N a t i v i d a d , es decir:
la n . ° 38 s o b r e la N a v i d a d , la n . ° 39 s o b r e la
E p i f a n í a y la n . ° 4 0 s o b r e el B a u t i s m o del Se-
ñor. L a s tres fueron p r o n u n c i a d a s entre el 379
y el 3 8 1 . S e t r a t a de u n a s H o m i l í a s de gran
p r o f u n d i d a d t e o l ó g i c a y p a s t o r a l , q u e dejan
e n t r e v e r esa fe y d o c t r i n a « c o n las cuales
—según R u f i n o — n o p u e d e dejar de c o n c o r -
dar t o d o aquel q u e q u i e r a definirse o r t o d o -
x o » , y q u e han m e r e c i d o c o n t o d a justicia a
su A u t o r el t í t u l o de « T e ó l o g o » y la autori-
d a d manifiesta e indiscutible de la q u e siem-
p r e ha g o z a d o , aun m u c h o m á s allá de las
fronteras de la Iglesia griega.
Biblioteca de Patrística
L o s P a d r e s siguen c o n s t i t u y e n d o h o y en día
un p u n t o de referencia i n d i s p e n s a b l e p a r a la
v i d a cristiana.
T e s t i g o s p r o f u n d o s y a u t o r i z a d o s de la m á s
i n m e d i a t a t r a d i c i ó n a p o s t ó l i c a , p a r t í c i p e s di-
rectos de la vida de las c o m u n i d a d e s cristia-
nas, se destaca en ellos u n a r i q u í s i m a temática
p a s t o r a l , u n d e s a r r o l l o del d o g m a i l u m i n a d o
p o r u n c a r i s m a especial, u n a c o m p r e n s i ó n de
las E s c r i t u r a s q u e tiene c o m o guía al E s p í r i t u .
L a penetración del mensaje cristiano en el am-
biente socio-cultural de su é p o c a , al i m p o n e r
el e x a m e n de v a r i o s p r o b l e m a s a cual m á s de-
l i c a d o , lleva a los P a d r e s a indicar s o l u c i o n e s
q u e se revelan e x t r a o r d i n a r i a m e n t e actuales
para nosotros.
D e aquí el « r e t o r n o a los P a d r e s » m e d i a n t e
u n a iniciativa editorial q u e trata de detectar
las exigencias m á s vivas y a veces t a m b i é n m á s
d o l o r o s a s en las q u e se d e b a t e la c o m u n i d a d
cristiana de n u e s t r o t i e m p o , p a r a esclarecerla
a la luz de los enfoques y de las soluciones que
los P a d r e s p r o p o r c i o n a n a s u s c o m u n i d a d e s .
E s t o p u e d e ser a d e m á s u n a g a r a n t í a de certe-
zas en un m o m e n t o en que f o r m a s de plura-
l i s m o mal e n t e n d i d o p u e d e n o c a s i o n a r d u d a s
e i n c e r t i d u m b r e s a la h o r a de afrontar pro-
b l e m a s vitales.
L a c o l e c c i ó n , p r e p a r a d a p o r la E d i t o r i a l C i u -
dad N u e v a c o n el a s e s o r a m i e n t o de i m p o r t a n -
tes p a t r ó l o g o s e s p a ñ o l e s , está siendo realizada
por profesores competentes y especializados
en cada una de las o b r a s , que traducen en p r o -
sa llana y m o d e r n a la e s p o n t a n e i d a d c o n q u e
escribían los P a d r e s .
Gregorio Nacianceno
HOMILÍAS SOBRE
LA NATIVIDAD
Introducción y notas de Claudio Moreschini
Traducción del griego de Isabel Garzón Bosque
1. Sal 9 5 , 1.
2 . Sal 9 5 , 1 1 .
3. C f . E x 10, 2 1 .
4. C f . E x 13, 2 1 .
5. C f . Is 9, 2 .
6. 2 C o 5, 17.
7. S e g ú n u n a s i m b o l o g í a bastante difundida en el c r i s t i a n i s m o anti-
g u o , h a b i e n d o s i d o definido M e l q u i s e d e c , rey de S a l e m , « s a c e r d o t e del
46 GREGORIO NACIANCENO
2 1 . C o n f o r m e a u n a c o n c e p c i ó n b a s t a n t e difundida, s o b r e t o d o en
la a p o l o g é t i c a cristiana, los í d o l o s a l o s cuales la religión p a g a n a ofre-
cía sus v í c t i m a s n o eran s ó l o i m á g e n e s v a n a s , s i n o q u e c o n t e n í a n en
su i n t e r i o r al d e m o n i o , q u e se a l i m e n t a b a de c a r n e y de h u m o del
a n i m a l sacrificado. P o r l o d e m á s , la m i s m a p o e s í a h o m é r i c a s o l í a re-
p r e s e n t a r a los d i o s e s p a g a n o s c o m o seres h u m a n o s q u e se a l e g r a b a n
del o l o r y de la c a r n e de las h e c a t o m b e s .
2 2 . L a s d i v i n i d a d e s de las religiones p a g a n a s y del c u l t o oficial del
E s t a d o n o eran p a r a los c r i s t i a n o s o t r a c o s a q u e d e m o n i o s q u e preten-
dían la a d o r a c i ó n de los h o m b r e s p a r a d e s v i a r l o s del c u l t o v e r d a d e r o
de D i o s y p a r a p e r d e r l o s c o n la idolatría.
2 3 . O b s é r v e s e , aquí y en la siguiente H o m i l í a (cf. 3 9 , 2), el j u e g o de
p a l a b r a s e n t r e Logos d i v i n o , al q u e a d o r a S a n G r e g o r i o , y logos h u m a -
n o , o sea, palabra, discurso, r a z o n a m i e n t o . A m b o s c o n c e p t o s están uni-
d o s entre sí s e g ú n S a n G r e g o r i o , p a r a q u i e n el v e r d a d e r o a d o r a d o r del
Logos d i v i n o p o s e e t a m b i é n p l e n a m e n t e el arte del d i s c u r s o , la retórica.
24. S o b r e el d i s c u t i d o significado de estas a f i r m a c i o n e s , en relación
con la c r o n o l o g í a d e e s t a s H o m i l í a s , se ha h a b l a d o e n la I n t r o -
ducción.
50 GREGORIO NACIANCENO
34
Lucifer se convirtió en tenebroso por su soberbia y
por ello recibió ese nombre y otro tanto las potencias re-
beldes que están bajo su poder y son origen del mal,
pues huyendo del bien nos atrajeron al mal a nosotros.
10. Por todos estos motivos, Dios construyó el
35
mundo inteligible , al menos a lo que yo puedo juzgar
sobre él, meditando con pequeño discurso cosas grandes.
Después de que el principio fue bellamente dispuesto por
Dios, concibió el segundo mundo, material y visible. Está
compuesto por la combinación y reunión de cielo y tierra
y de las cosas que se hallan en medio de ambos. Es digno
de loa por el buen ingenio de cada una de sus partes, pe-
ro más digno de alabanza es por la armonía y acuerdo de
todas ellas, ya que cada una guarda proporción con otra
y todas con el conjunto para la formación de un único
mundo. Dios muestra así que es capaz no sólo de crear
una naturaleza semejante a Él, sino también una que le es
36
completamente extraña . Pues son propias de la divini-
dad las naturalezas inteligentes y que sólo son concebidas
por la mente, pero le son ajenas todas las cosas que están
sometidas a la percepción sensible y aún caen más lejos de
ella cuantas carecen de alma y movimiento.
lo sensible. S a n G r e g o r i o de N i s a l o r e s o l v e r á de o t r o m o d o : el ángel
es m u d a b l e en c u a n t o él m i s m o es c r i a t u r a (cf. J . D a n i é l o u , L'étre et
le temps chez Grégoire de Nysse, L e i d e n 1970, p . 115).
34. C f . Is 14, 2 s s .
3 5 . E l « m u n d o inteligible» es el c o m p u e s t o p o r las n a t u r a l e z a s inte-
ligibles, e s t o e s , p r i v a d a s de c u e r p o y de m a t e r i a : los ángeles, c o m o
antes se ha d i c h o . Sin e m b a r g o , este t é r m i n o era e m p l e a d o p o r los
p l a t ó n i c o s p a r a designar el m u n d o de las ideas.
36. Q u e la belleza del m u n d o c r e a d o y la a r m o n í a de s u s p a r t e s
atestiguan la p r e s e n c i a de u n a m e n t e o r d e n a d o r a y p r o v i d e n c i a l , e r a
y a u n a d o c t r i n a p r o p i a de las filosofías p l a t ó n i c o - a r i s t o t é l i c a y e s t o i c a .
C f . c u a n t o c o m e n t a a este p r o p ó s i t o el m i s m o S a n G r e g o r i o al inicio
del c a p . 1 1 .
HOMILÍA 38 55
37. C f . G n 1, 2 6 .
3 8 . E l h o m b r e es u n m i c r o c o s m o s , el « s e g u n d o m u n d o » , c o m o ha-
b í a e n s e ñ a d o y a F i l ó n de A l e j a n d r í a (cf. De post. Caini, 16, 58; Quis
rer. diu. beres, 3 1 , 1 5 5 ; De Abr., 15, 7 1 etc.). E l c o n c e p t o , q u e en últi-
m o análisis se r e m o n t a a P l a t ó n (cf. Tim., 81a; 8 8 d ) , se e n c u e n t r a
t a m b i é n en S a h G r e g o r i o N a c i a n c e n o (cf. Hom., 2 8 , 2 2 ) .
56 GREGORIO NACIANCENO
4 3 . C f . G n 2 , 17.
44. E s t a a f i r m a c i ó n s u e n a a u n a f a m o s a s e n t e n c i a de P l a t ó n , q u i e n
( F e d r o 2 4 7 e ) h a b í a d i c h o : « L a e n v i d i a p e r m a n e c e fuera del c o r o de los
d i o s e s » . D e n u e v o aludirá o t r a v e z a P l a t ó n n u e s t r o a u t o r en Orat.,
2 8 , 1 1 . L o s e n e m i g o s de D i o s q u e a v e n t u r a n esta i n t e r p r e t a c i ó n de
atribuir al C r e a d o r la r e s p o n s a b i l i d a d de la c u l p a del h o m b r e , serían
q u i z á c r i s t i a n o s de i n s p i r a c i ó n v a g a m e n t e g n ó s t i c a . T a l v e z , S a n G r e -
g o r i o se esté d i r i g i e n d o p o l é m i c a m e n t e a l o s m a n i q u e o s .
4 5 . C f . 1 C o 3, 2.
46. L a i n t e r p r e t a c i ó n de las « t ú n i c a s de piel» c o n q u e se v i s t i e r o n
A d á n y E v a d e s p u é s del p e c a d o (cf. G n 3, 21) es, c o m o se s a b e , de
O r í g e n e s (cf. M e t h o d . , De resurr., I, 2 9 ) . S a n G r e g o r i o de N i s a la re-
c o g e c o n a l g u n a s m o d i f i c a c i o n e s , e n t e n d i e n d o p o r « t ú n i c a s de p i e l »
58 GREGORIO NACIANCENO
56. C f . J n 10, 1 1 .
57. C f . L e 15, 8.
HOMILÍA 38 61
58
aquella que le precede y el Verbo a la v o z y el esposo
al desposado que dispone para el Señor un pueblo elegi-
do purificando primero con agua a quienes más tarde ha-
brían de ser purificados por el Espíritu? ¿Reprochas esto
a Dios? ¿Supones que es inferior por estos motivos?
¿Porque se ciñe una toalla y lava los pies de sus discípu-
59
l o s y pone de manifiesto que el mejor camino para la
exaltación es la humildad? ¿Porque se humilla para levan-
tar al alma arrojada al suelo por el pecado? ¿Por qué no
60
criticas también el hecho de que coma con publícanos
y les adoctrine en su casa con miras a sacar algún prove-
cho? ¿Cuál, en concreto? La salvación de los pecadores.
Tal vez alguno acusará también al médico que se inclina
ante los enfermos y soporta el hedor para devolver la sa-
lud a los contagiados, o acusará quizás a quien, llevado
por un sentimiento de amor hacia los hombres, se arroja
a un pozo para salvar a las bestias que han caído en su
61
interior, tal y como la ley prescribe .
58. C f . L e 3, 4.
59. C f . J n 13, 4-5.
60. C f . L e 5, 2 7 ss.
6 1 . C f . D t 2 2 , 4.
6 2 . C f . J n 4, 6.
63. Cf. M t 4, 2.
64. Cf. J n 4, 7.
6 5 . Cf. L e 2 2 , 44.
66. Cf. J n 1 1 , 3 5 .
62 GREGORIO NACIANCENO
67. Cf. G a 2 , 2 0 .
6 8 . Cf. 1 C o 15, 15.
69. Cf. H c h 1, 9.
70. E s t e t é r m i n o , q u e n o s resulta e x t r a ñ o , es u n t e c n i c i s m o de la
herejía m o d a l i s t a de M a r c e l o de A n c i r a (siglo I V ) , q u i e n , al o p o n e r s e
al a r r i a n i s m o , cae en el e r r o r o p u e s t o (y esta equivalencia de las d o s
herejías fue s i e m p r e s u b r a y a d a , c o m o u n topos, p o r l o s escritores ni-
c e o s ) . M a r c e l o s o s t i e n e q u e el H i j o , g e n e r a d o p o r el P a d r e c o n m i r a s
a la c r e a c i ó n del m u n d o , será « r e a s u m i d o » en el -Padre (y p e r d e r á p o r
t a n t o , la p r o p i a h i p ó s t a s i s y la s u b s i s t e n c i a p e r s o n a l ) al fin del mun-
d o . P a r a m á s detalles y u n a v i s i ó n m á s p r o f u n d a , cf. M . S i m o n e t t i , La
crisi ariana nel quarto secólo, R o m a 1975, p p . 6 6 - 7 1 .
7 1 . R e f e r e n c i a a los a r r í a n o s q u e , b a s á n d o s e en la h u m i l d a d q u e ca-
r a c t e r i z ó la vida del H i j o e n c a r n a d o , n e g a r o n su n a t u r a l e z a d i v i n a y
p o r e n d e , l o s e p a r a r o n del P a d r e .
72. C f . J n 8, 4 8 .
HOMILÍA 38 63
73. C f . L e 4, 4 1 .
74. C f . M t 3, 13.
7 5 . C f . M t 3, 16.
76. C f . M t 3, 17.
77. C f . M t 4, 6 ss.
7 8 . C f . M t 4, 1 1 .
7 9 . C f . J n 1 1 , 1 ss.
80. C f . L e 8, 27 ss.
8 1 . C f . L e 10, 17.
82. C f . M t 14, 13 ss.
64 GREGORIO NACIANCENO
83 84 85
mar . Es traicionado y crucificado , crucificado Él y
86
con Él crucificada mi culpa. Conducido como cordero ,
87
como sacerdote ofrece el sacrificio . Sepultado como
hombre, como Dios resucitado, sube después al cielo y tor-
nará con toda su gloria. ¡Cuántas fiestas necesitaría para
celebrar cada uno de los misterios de Cristo! Punto funda-
mental de todas ellas será uno sólo: mi perfección y restau-
ración y el regreso a la primitiva condición de Adán.
17. Ahora ten noticia de su concepción y salta de
88
gozo, si no como Juan, en el vientre materno , sí co-
89 90
mo David, al detenerse el arca . Aprecia el censo en
virtud del cual serás registrado en el cielo. Honra la ge-
91
neración merced a la cual serás librado de los vínculos
de la generación. Venera a la pequeña Belén, que te con-
92
dujo al Paraíso. Adora el pesebre gracias al cual tú,
que estabas desprovisto de cordura, fuiste nutrido del Lo-
gos. Conoce, como el buey, a quien te posee. A esto ex-
93
horta Isaías . Conoce, como el asno, el pesebre de tu
Señor. Ya seas uno de los puros, sujeto a la Ley, de los
que meditan la palabra y son aptos para los sacrificios,
que pertenecen al linaje de los gentiles. Corre junto con
94 95
la estrella , junto con los M a g o s obsequia oro, incien-
83. C f . M t 14, 2 6 .
84. Cf. M t 2 6 , 47 ss.
85. C f . M t 2 7 , 3 5 .
86. C f . Is 57, 2.
87. Cf. H b 3, 1.
88. C f . L e 1, 4 1 .
89. C f . 2 S 6, 14.
90. C f . L e 2, 1 ss.
91. Cf. L e 2, 7.
92. Cf. ibíd
93. Cf. Is 1, 3.
94. Cf. M t 2 , 2 .
9 5 . Cf. M t 2, 11.
HOMILÍA 38 65
104
ña en el T e m p l o y expulsa de él a los sacrilegos, a los
105
que trafican con las cosas de D i o s . Si es necesario ser
lapidado para sufrir, ten por seguro que pasarás inadverti-
do a quienes quieran apedrearte y, como el mismo Dios,
106
huirás por medio de ellos . Si te acercares a Herodes,
107
no le contestes . Tu silencio será más respetado que el
108
largo discurrir de otros. Si eres flagelado , exige las co-
109
sas que vienen después. Prueba la hiél , por ver qué
110 111
gusto tiene. Bebe vinagre . Reclama los salivazos .
112
Recibe las bofetadas y los golpes . Corónate de espi-
113
n a s , o sea, con la aspereza de la vida de Dios. Arró-
114 115
pate con el manto escarlata . Ase la c a ñ a , que se
116
arrodillen ante ti quienes se mofan de la verdad . Fi-
117
nalmente hazte crucificar con El crucificado , muere
118 1 1 9
con É l . De buena gana hazte sepultar con E l para
120
que también resucites con E l y seas glorificado y con
Él reines, viendo así a Dios tal y como Él es y, siendo
visto tú por Él, por el Dios que es adorado y glorificado
104. C f . L e 2 , 4 6 .
105. C f . M t 2 1 , 12.
106. C f . J n 8, 5 9 ; L e 4, 3 0 .
107. C f . L e 2 3 , 9.
108. C f . M t 2 7 , 2 6 .
109. Cf. M t 2 7 , 3 4 .
110. C f . M t 2 7 , 4 8 .
111. C f . M t 2 7 , 3 0 .
112. C f . M t 2 7 , 29-30.
113. C f . M t 2 7 , 2 9 .
114. C f . ibíd.
115. C f . ibíd.
116. C f . ibíd.
117. C f . M t 2 7 , 3 5 .
118. C f . M t 2 7 , 5 0 .
119. C f . M t 2 7 , 6 0 .
120. C f . M t 2 8 , 6 s s .
HOMILÍA 38 67
1. C f . J n l , 9.
2. J n 8, 12.
3. Sal 3 3 , 6.
4. C f . J n 1, 9.
5. C f . 1 C o 15, 4 5 .
70 GREGORIO NACIANCENO
6
como fuimos! «La luz resplandece en las tinieblas» , es
decir, en esta vida, en esta vida carnal. Es perseguida, por
7
las tinieblas, mas no apresada . Me refiero al poder del
enemigo que si, imprudente como era, atacó a quien pa-
8
recía Adán, enfrentado con Dios fue vencido para que
nosotros, apartados de las tinieblas, nos acerquemos a la
luz y luego lleguemos a ser luz perfecta, o sea, engendra-
dos por la luz perfecta. ¿Advertís la gracia en este día?
¿Veis la eficacia de este misterio? ¿Acaso no sois levanta-
dos de la tierra? ¿No fuisteis, por ventura, puestos en el
cielo, a la vista de todos, merced a mi voz y a mis consi-
9
deraciones? . Y aún más altos seréis colocados cuando el
Logos dirija por buen camino mi discurso.
3. ¿Es ésta la purificación conforme a la ley, la
10
que es sombra , que actúa mediante purificaciones pasa-
11
jeras y en virtud de las cenizas de una ternera purifica
a los manchados? ¿O es, tal vez, los misterios de este li-
naje que celebran los griegos? Celebraciones e iniciacio-
nes que a mí se me antojan simplezas, invenciones som-
brías de los demonios, ficción de mentes desgraciadas
6. J n 1, 5.
7. Cf. J n 1, 5.
8. A q u í se alude a l o q u e S a n G r e g o r i o e x p l i c a r á m a s detenidamen-
te d e s p u é s (cf. c a p . 13), e s t o es, al e n c u e n t r o v i c t o r i o s o de C r i s t o c o n
el d e m o n i o . E s t e ú l t i m o , e n g a ñ a d o p o r el a s p e c t o h u m a n o (de A d á n ,
c o m o se dice aquí y en el c a p í t u l o 13) del H i j o de D i o s , c a y ó s o b r e
É l a fin de a p o d e r a r s e de aquella p r e s a q u e , c o m o h o m b r e , considera-
b a le pertenecía. M a s q u e d ó b u r l a d o p o r q u e bajo la e n v o l t u r a de ia
c a r n e h u m a n a , se e s c o n d í a la n a t u r a l e z a divina.
9. H e m o s t r a d u c i d o así el t é r m i n o g r i e g o anagoghé, a u n q u e la ver-
s i ó n n o sea del t o d o p r e c i s a ; en g r i e g o indica u n a i n t e r p r e t a c i ó n espi-
ritual del h e c h o b í b l i c o y S a n G r e g o r i o añade t a m b i é n al t é r m i n o el
significado de « c o n d u c i r a l o a l t o » , i m p l í c i t o en el v e r b o anághein.
10. A l u s i ó n a la L e y , c o n s i d e r a d a c o m ú n m e n t e c o m o « s o m b r a del
f u t u r o » , de la nueva ley, desde los t i e m p o s de la a p o l o g é t i c a .
11. Cf. H b 9, 13.
HOMILÍA 39 71
12. A l u s i ó n a l o s c u l t o s m i s t é r i c o s p a g a n o s q u e c o n t a b a n c o n una
a m p l i a difusión en la é p o c a i m p e r i a l y c o n s t i t u í a n p a r a el c r i s t i a n i s m o
un p e l i g r o m a y o r a ú n q u e el de la religión tradicional.
13. R e f e r e n c i a p o l é m i c a al arte retórica, t e n i d a en g r a n considera-
c i ó n en la é p o c a en q u e escribía S a n G r e g o r i o .
14. U n a tentativa de i n t e r p r e t a c i ó n r a c i o n a l i z a n t e de la a d o l e s c e n c i a
de Z e u s , a l i m e n t a d o y e d u c a d o en C r e t a a e s p a l d a s de su p a d r e C r o -
n o , q u e q u e r í a d e v o r a r l o c o m o al r e s t o de sus hijos p o r t e m o r a q u e ,
c o m o l u e g o s u c e d i ó , lo d e s t i t u y e s e . S e g ú n S a n G r e g o r i o , Z e u s n o ha-
bría s i d o s i n o u n r e y de C r e t a , d i v i n i z a d o d e s p u é s .
15. S e g ú n la t r a d i c i ó n , los curetes eran g u e r r e r o s q u e d a n z a b a n con
sus a r m a s , a fin de q u e el fragor de su baile o c u l t a s e a los o í d o s de
C r o n o los v a g i d o s de Z e u s niño.
16. A l u s i ó n a los ritos de los s a c e r d o t e s frigios q u e al s o n de flautas
se m u t i l a b a n en h o n o r de R e a ( o C i b e l e s ) . E s t e c u l t o o r g i á s t i c o ha-
72 GREGORIO NACIANCENO
17
bantes , ni de todo aquello que, estando fuera de sí, ha
cen los iniciados en los misterios de Rea en honor de la
madre de los dioses. A nosotros no nos es raptada ningu
18
na muchacha , ni tenemos Deméter que ande errante,
19
ni sacamos a relucir Céleos, Tritolemos , ni dragones,
ni, en fin, tantas otras cosas que aquella hace y padece.
Me avergüenzo de poner a la luz del día la nocturna ce
lebración de los misterios y de hacer de la vergüenza un
20
misterio . Eleusis conoce tales cosas y también los ini
ciados en esos misterios, silenciosos y realmente dignos
de silencio. Nada tenemos que ver con Dioniso, ni con
el muslo que sufre dolores de parto al alumbrar a un fe
21
to no llegado a término , ni, por ende, con la cabeza
22
que ya antes había parido otro feto . Ni con un dios
afeminado y su coro de borrachos, ejército de disolutos,
23
ni con la necedad de los tebanos que lo veneran , ni
bía t e n i d o o r i g e n en A s i a M e n o r y d i f u n d i d o p o r el m u n d o g r e c o r r o
m a n o , g o z a b a de m u y p o c a e s t i m a .
17. L o s c o r i b a n t e s eran los s a c e r d o t e s de R e a q u e d a n z a b a n y ba
tían p a l m a s d u r a n t e las p r o c e s i o n e s .
18. A l u s i ó n al r a p t o de P r o s e r p i n a e f e c t u a d o p o r P l u t ó n y a la bús
q u e d a q u e de ella h i z o p o r t o d o el m u n d o su m a d r e Deméter.
19. E l r e y C e l e o , p a d r e de T r i t o l e m o , h a b í a a c o g i d o y hospedado
a D e m é t e r d u r a n t e su peregrinaje.
2 0 . O s c u r a s a l u s i o n e s a los ritos m i s t é r i c o s de E l e u s i s , q u e repre
s e n t a b a n el m i t o de la p e r e g r i n a c i ó n de D e m é t e r y del d e s c u b r i m i e n
t o de P r o s e r p i n a . E r a f a m a q u e este r i t o se c e l e b r a b a en los m i s t e r i o s
eleusinos con prácticas obscenas.
2 1 . D i o n i s i o , c o n c e b i d o p o r Z e u s y S e m e l e , fue e x t r a í d o del c u e r p o
de su m a d r e antes de q u e se c u m p l i e r a el t i e m p o de su n a c i m i e n t o y
fue e s c o n d i d o p o r Z e u s en u n o de sus m u s l o s , c u a n d o S e m e l e fue ase
s i n a d a p o r E r a , airada c o n t r a ella p o r el a d u l t e r i o de Z e u s .
2 2 . R e f e r e n c i a al n a c i m i e n t o de A t e n e a de la c a b e z a de Z e u s , p a r a
significar su o r i g e n virginal e intelectual.
2 3 . A l u s i ó n p o l é m i c a a B a c o y a sus d e s e n f r e n a d o s c o r o s . E n T e b a s
se c e l e b r a b a n fiestas s a g r a d a s en h o n o r de B a c o , c o n o c i d a s de t o d o s
p o r la p o s e s i ó n d i o n i s í a c a y la e b r i e d a d de sus p a r t i c i p a n t e s .
HOMILÍA 39 73
24
con el rayo adorado de Semele . Tampoco con los obs-
cenos misterios de Afrodita, engendrada de forma ver-
gonzosa, y según la opinión de sus propios adoradores,
25
también vergonzosamente venerada . Ni con ciertos Fa-
26
los e Itífalos, depravados de aspecto y hechos . Tampo-
27
co con los asesinos de extranjeros de Taúride , ni con
la sangre de los adolescentes espartanos desgarrados con
látigos, que se derrama sobre los altares. Adolescentes
28
adoradores de una diosa, virgen por más señas , que só-
lo se comportaban virilmente ante una cosa: el mal. Pues
en unas solas personas se juntaban el honor a la molicie
y la veneración del coraje.
31
cinios subterráneos de Trofonio , las necias parlerías del
32
roble de D o d o n a , las astutas mañas del trípode de Del-
33
fos , el agua de la fuente de Castalia, que presagiaba el
34
futuro? Ninguno de éstos fue capaz de adivinar su
35
propio porvenir: el silencio . En nada tenemos los sa-
crificios de los magos, ni los augurios fundados en el exa-
36
men de visceras . En nada la astrología y la genealogía
de los caldeos quienes, incapaces de conocerse a sí mis-
mos y de saber qué son y qué serán, vinculan nuestro fu-
37
turo a los movimientos celestes . Nuestras fiestas no
guardan relación alguna con las orgías de los tracios de
las que, según es fama, derivan las prácticas religiosas de
3 1 . E l b e o c i o T r o f o n i o , d e s e o s o de g l o r i a , se h a b r í a e s c o n d i d o has-
t a el fin de sus días en u n a g r u t a s u b t e r r á n e a en L e b a d e a , en B e o c i a .
En aquel m i s m o lugar, h a b r í a e s t a b l e c i d o su m o r a d a un demonio
q u i e n , f i n g i é n d o s e T r o f o n i o , ofrecía a q u i e n e s l o s o l i c i t a b a n los vatici-
nios requeridos.
3 2 . E n D o d o n a , c é l e b r e c i u d a d de E p i r o , se e n c o n t r a b a u n b o s q u e
de r o b l e s c o n s a g r a d o s a Z e u s , de c u y a fronda se extraían los vaticinios.
33. E l f a m o s o o r á c u l o del A p o l o de D e l f o s , d o n d e h a b í a u n t r í p o -
de a c u y o l a d o la P i z i a , s a c e r d o t i s a del A p o l o p í t i c o , p o s e í d a p o r el
dios, vaticinaba.
34. U n a fuente del m o n t e P a r n a s o c o n s a g r a d a a A p o l o y a las m u -
sas. E r a d e s i g n a d a c o n frecuencia c o m o la fuente de la p o e s í a y de la
inspiración poética.
3 5 . A l u s i ó n al h e c h o de q u e en los t i e m p o s de San G r e g o r i o m u -
c h o s de los o r á c u l o s m á s f a m o s o s se h a b í a n r e d u c i d o al s i l e n c i o , e s t o
es, n o vaticinaban y a y estaban a b a n d o n a d o s , t e s t i m o n i o de la difusión
del c r i s t i a n i s m o y del a b a n d o n o de la religión tradicional.
36. C o n el n o m b r e g e n é r i c o de m a g o s se d e s i g n a b a a los s a c e r d o t e s
p e r s a s u orientales en general, e x p e r t o s en la p r á c t i c a de las p r e d i c c i o -
nes b a s a d a s en el e x a m e n de visceras de v í c t i m a s sacrificadas al efecto.
E s t a práctica, c o n t o d o , era típica t a m b i é n de o t r o s sacerdotes p a g a n o s .
37. T a m b i é n los c a l d e o s eran s a c e r d o t e s o r i e n t a l e s , e x p e r t o s en as-
trología. R e c u é r d e s e q u e el estudio de la a s t r o n o m í a era p a r t i c u l a r m e n t e
c u l t i v a d o d e s d e la a n t i g ü e d a d s o b r e t o d o p o r los b a b i l o n i o s , a q u i e n e s
se c o n s i d e r a b a a n t e p a s a d o s de los c a l d e o s .
HOMILÍA 39 75
38
los cultos . N i con las celebraciones y misterios de Or-
39
feo , a quien los griegos admiran por su sabiduría, atri-
buyéndole la invención de la lira con cuyo tañido atraía
a sí todas las cosas. Ni con el justo castigo que Mitra im-
40
pone a los iniciados en sus misterios . Ni con los des-
cuartizamientos de Osiris o con cualquier otro suplicio
41
venerado por los egipcios . N i con los infortunios de
42
Isis , ni con los machos cabríos adorados por los men-
43
desios , ni con el pesebre de Apis, el buey cebado por
44
la necedad de los habitantes de Menfis , ni con las inju-
rias con que se honra al Nilo, el dador de frutos, como
le llaman, rico en espigas y que mide la felicidad por cu-
45
bos de agua .
6. Y paso por alto el culto tributado a los reptiles
y a las bestias salvajes, así como el precio pagado a la
obscenidad. Cada uno de éstos tenía ceremonias y fiestas
propias, sólo les era común la insensatez. Dado que de-
46. C f . R m 1, 23 s s .
47. C f . G n 3, 2 2 .
4 8 . R e a p a r e c e la i n t e r p r e t a c i ó n del á r b o l de la vida q u e se e n c o n
t r a b a en el P a r a í s o y de su significado q u e y a se ha v i s t o en la Homi
lía 38, n ú m . 12.
HOMILÍA 39 77
52. S o b r e el significado y el v a l o r de la p u r i f i c a c i ó n , p r e v i a a t o d o
c o n o c i m i e n t o de D i o s , cf. c u a n t o se h a d i c h o en la I n t r o d u c c i ó n .
5 3 . C f . E x 34, 3 0 ss.
54. J e 13, 2 2 .
5 5 . C f . L e 5, 8.
56. C f . M t 14, 2 9 .
5 7 . C f . H c h 9, 4 ss.
5 8 . C f . M t 8, 5 ss.
HOMILÍA 39 79
59. M t 8, 8.
6 0 . Cf. L e 19, 2 s s .
6 1 . L e 19, 9.
62. C f . M t 12, 44-45.
6 3 . C f . Is 1 1 , 2-3.
64. C f . M t 12, 4 5 .
80 GREGORIO NACIANCENO
6 5 . C f . P r 4, 2 3 .
66. Cf. Sal 80, 6.
67. Cf. J r 4, 3.
6 8 . C f . 1 C o 2 , 7.
69. C f . Sal 86, 7.
70. R e f e r e n c i a a c u a n t o el m i s m o S a n G r e g o r i o había d i c h o y a an-
tes en la Homilía 38, d o n d e se había a p u n t a d o la h i s t o r i a de la C r e a -
c i ó n del u n i v e r s o , del h o m b r e , de su caída y de su s a l v a c i ó n gracias
a la E n c a r n a c i ó n del H i j o de D i o s .
HOMILÍA 39 81
74. 1 C o 8, 6.
75. S o b r e este pasaje, cf. c u a n t o se h a o b s e r v a d o en la I n t r o -
ducción.
76. R m 11, 36.
7 7 . C f . J n 15, 2 6 .
78. San G r e g o r i o h a b í a s i d o , en efecto, el p r i m e r o en f o r m u l a r con
esta t e r m i n o l o g í a la P n e u m a t o l o g í a o r t o d o x a . F r e n t e a San B a s i l i o q u e
se l i m i t a b a a c o n s i d e r a r al E s p í r i t u S a n t o c o m o « p a r en h o n o r » al P a -
dre y al H i j o , y p o r c o n s i g u i e n t e D i o s , el N a c i a n c e n o sostiene q u e el
E s p í r i t u S a n t o p r o v i e n e del P a d r e , p e r o n o c o m o el H i j o , s i n o por
« p r o c e s i ó n » . A u n q u e d e r i v a d o de J n 15, 2 6 , el t é r m i n o es u n neolo-
g i s m o de S a n G r e g o r i o , en la m e d i d a en q u e p r e t e n d e indicar «el m o -
d o de ser» del E s p í r i t u S a n t o .
HOMILÍA 39 83
8 1 . C f . Sal 67, 3 4 .
82. C f . 1 C o 15, 4 5 .
83. C f . R m 5, 16.18.
84. C f . M t 2 , 1 1 .
8 5 . C f . L e . 2, 9 ss.
HOMILÍA 39 85
86
Ana, aquella anciana y casta mujer , lo alabamos. Gra-
cias fueron dadas a quien vino a su patria como extranje-
87
r o , pues así glorificó a quienes realmente éramos ex-
tranjeros. Mas ahora nos hallamos ante una nueva acción
de Cristo y ante un nuevo misterio. N o puedo sofocar
mi entusiasmo. Me siento lleno de Dios. Poco falta para
88
que anuncie el Evangelio como J u a n , que si bien no
89
soy yo el Precursor, vengo también del desierto . Cris-
to es iluminado: comportémonos así nosotros. Cristo es
bautizado: sumerjámonos también nosotros para que jun-
90
tamente con El salgamos del agua Es bautizado Jesús.
¿Esto sólo? ¿O también es necesario considerar el resto
de sus acciones? ¿Quién es el bautizado? ¿Por quién?
¿Cuándo? ¿Siendo puro es bautizado por Juan cuando da
inicio a las señales divinas? ¿Qué hemos de aprender?
¿Cómo debemos instruirnos con este acontecimiento?
Debemos purificarnos, ser humildes y anunciar su pala-
91
bra en la madurez de la edad física y espiritual . Aludo
a quienes improvisan la administración del bautismo, no
86. C f . L e 2 , 28-38.
8 7 . C f . J n 1, 1 1 .
8 8 . C f . M t 3, 1 ss.
8 9 . T a m b i é n S a n G r e g o r i o , en efecto, antes de ser l l a m a d o a guiar
la c o m u n i d a d nicena de C o n s t a n t i n o p l a h a b í a p a s a d o casi c i n c o a ñ o s
en la m e d i t a c i ó n y en el silencio del d e s i e r t o , j u n t o a Seleucia, en
Siria.
9 0 . C f . M t 3, 16.
9 1 . L a c o n t r a p o s i c i ó n de la « e d a d física» y la « e d a d e s p i r i t u a l » re-
p r e s e n t a u n a r g u m e n t o m u y d i f u n d i d o en el c r i s t i a n i s m o a n t i g u o , se-
g ú n el cual la m a d u r e z espiritual, del h o m b r e interior, n o se c o r r e s -
p o n d e n e c e s a r i a m e n t e c o n la m a d u r e z física, la del h o m b r e exterior.
S e s o l í a i n t e r p r e t a r c o n a r r e g l o a e s t o , a a l g u n o s p e r s o n a j e s del A n t i -
g u o T e s t a m e n t o , c o m o D a n i e l , c i t a d o aquí u n p o c o m á s adelante, J a -
c o b u o t r o s q u e , a p e s a r de su j u v e n t u d , m o s t r a b a n u n a m a d u r e z inte-
lectual y , s o b r e t o d o , e s p i r i t u a l , d e s p r o p o r c i o n a d a c o n su aspecto
físico externo.
86 GREGORIO NACIANCENO
9 2 . C f . 1 C o 15, 4 5 .
9 3 . M t 3, 14.
HOMILÍA 39 87
94 95
al L o g o s , el amigo al esposo , el que está por encima
96
de todos los nacidos de mujer , al Primogénito de toda
97
criatura , el que saltó de alegría en el vientre de su ma-
98
dre al adorado cuando estaba aún en el seno materno ,
99
el Precursor que precedería a quien se muestra y habrá
de mostrarse. «Soy yo quien tiene necesidad de ser bauti-
10
zado por ti» ° . Y añade también: «en favor tuyo». Pues
sabía que sería bautizado con el martirio o que, como
101
Pedro, no lavaría sólo sus pies . Y sigue: «¿y vienes tú
a mí?». También esto es profético: sabía que, tras Hero-
102
des, enloquecería Pilatos y de ese modo Cristo segui-
ría a aquel que ya antes había sido muerto. ¿Qué contes-
103
ta Jesús? «Déjame ahora» , esto se ajusta a lo convenido.
Conocía bien que, poco después, El bautizaría al Bautis-
104 105
ta . ¿Qué significa el bieldo? . La purificación. ¿Y el
106
fuego? . La destrucción de lo mudable y el fervor del
107
Espíritu. ¿Y el hacha? . Que será arrancada el alma
que permanezca estéril tras recibir el estiércol. ¿Qué sig-
94. C f . M t 3, 3.
9 5 . C f . M t 9, 15.
96. C f . M t 1 1 , 1 1 .
97. C f . C o l 1, 15.
9 8 . C f . L e 1, 4 1 .
9 9 . C f . L e 1, 17.
100. M t 3, 14.
101. Cf. J n 13, 6 ss.
102. Cf. M t 27, 1 1 .
103. M t 3, 15.
104. L o q u e e q u i v a l e a decir q u e t a m b i é n J u a n B a u t i s t a sería bautiza-
d o c o n el b a u t i s m o de C r i s t o , o sea, c o n el b a u t i s m o de s a n g r e del
m a r t i r i o , p o r q u e fue a s e s i n a d o p o r H e r o d e s .
105. C f . M t 3, 12.
106. C f . M t 3, 10.
107. C f . ibtd.
88 GREGORIO NACIANCENO
108
nifica la espada? . El corte hecho por el Logos, la divi-
sión establecida entre lo peor y lo mejor, la que separa al
creyente del incrédulo, la que enfrenta al hijo, a la hija,
109
a la esposa, con el padre, la madre, la suegra , la que
distingue las cosas nuevas y recientes de las viejas y som-
brías. ¿Qué significa la correa de la sandalia, esa que no
110
osas desatar t ú que bautizas a Jesús, que vienes del de-
111
sierto y no te alimentas, que eres el nuevo Elias , in-
112
cluso superior al profeta , pues has visto al profetiza-
113
do, tú, mediador del Antiguo y el Nuevo Testamento? .
¿Qué significan todas estas cosas? Se trata, tal vez, de ex-
plicaciones sobre la venida de Cristo y su Encarnación,
explicaciones cuya interpretación no es fácil, ni siquiera
en lo fundamental y ello no sólo para cuantos son aún
carnales e infantiles en Cristo, sino también para los que,
como Juan, están ya en el Espíritu.
114
16. Sale Jesús del agua . Consigo lleva levantado
el mundo y ve cómo se abren los cielos que Adán se ha-
bía cerrado a sí mismo y a cuantos de él descendieran,
como había cerrado también el Paraíso con flameante es-
115
pada . El Espíritu da testimonio de la naturaleza divi-
na de Jesús: acude a encontrarse con su igual. Y otro tan-
116
to la voz del c i e l o , pues de allí procedía Aquél de
quien se da testimonio. El Espíritu se manifiesta corpo-
108. C f . M t 10, 3 4 .
109. C f . M t 10, 3 5 .
110. C f . M t 3, 1 1 .
111. C f . M t 1 1 , 14.
112. C f . M t 1 1 , 9.
113. C f . L e 16, 16.
114. C f . M t 3, 16.
115. C f . G n 3, 2 4 .
116. C f . M t 3, 17.
HOMILÍA 39 89
117
raímente en forma de paloma , honrando así al cuer-
po, honrado ya antes por Dios mediante la deificación.
Por otra parte, ya desde antiguo la paloma estaba acos-
118
tumbrada a anunciar el final del diluvio . Claro que si
tú estimas la naturaleza divina atendiendo al peso y al
volumen, te ha de parecer insignificante el Espíritu, pues
se presenta en forma de paloma. ¡Ah, mezquino para
contemplar tales grandezas! Incluso cuentas con la posibi-
lidad de despreciar el reino de los cielos, que es compara-
119
do con un grano de mostaza . Y, por supuesto, adver-
120
tirás que el enemigo aventaja en g r a n d e z a a Jesús,
121
porque aquel recibe los nombres de «monte a l t o » ,
122 123
«Leviatán» y rey de lo que se halla en las aguas ,
124 125 126
mientras que Jesús es el cordero , la perla la g o t a
y otros nombres semejantes.
117. C f . M t 3, 16.
118. C f G n 8, 10.
119. C f . M t 13, 3 1 .
120. C f . Z a 4, 7.
121. C f D n 2, 45.
122. C f J b 3, 8.
123. R e f e r e n c i a i n s e g u r a .
124. C f . J n 1, 2 9 .
125. C f . M t 13, 4 6 .
126. L o q u e S a n G r e g o r i o p r e s e n t a c o m o u n a cita b í b l i c a n o h a si-
d o identificado hasta a h o r a . N i s i q u i e r a l o s e d i t o r e s m a u r i n o s han p o -
d i d o indicar el pasaje a q u e hace referencia S a n G r e g o r i o .
127. O l o q u e es l o m i s m o , a s u m i ó u n a f o r m a h u m a n a , mientras
u n a f o r m a , en c u a n t o l i m i t a c i ó n , n o p u e d e a d a p t a r s e a la n a t u r a l e z a
d i v i n a del H i j o .
90 GREGORIO NACIANCENO
128. C f . E x 17, 6.
129. C f . E x 13, 2 1 ; 14, 2 2 .
130. C f . 1 C o 10, 1 s s .
131. C f . M t 3, 2.
132. C f . M t 2 8 , 19.
133. E s la función q u e tiene el E s p í r i t u S a n t o en la c e l e b r a c i ó n del
b a u t i s m o : v u e l v e al h o m b r e p e r f e c t o c o m o D i o s , s e g ú n la p n e u m a t o -
l o g í a e n s e ñ a d a s o b r e t o d o p o r S a n B a s i l i o (cf. De Spiritu Sancto, 16,
3 8 ; 26, 61), q u e r e t o m a el N a c i a n c e n o t a m b i é n en la Homilía 33, 17
y 34, 12. Y o t r o t a n t o S a n G r e g o r i o de N i s a en su t r a b a j o Sobre el
Espíritu Santo contra los macedonianos.
134. S e t r a t a del m a r t i r i o , c o n s i d e r a d o desde los t i e m p o s m á s anti-
g u o s c o m o el « b a u t i s m o de s a n g r e » .
135. E s t o es, la p e n i t e n c i a .
HOMILÍA 39 91
136
y el estrado . Éste es propio de aquél cuyas llagas son
137 138
fétidas , que camina llorando y entristecido y repro-
139
duce el arrepentimiento de Manases y la humillación
140
con que N í n i v e alcanzó el perdón. Es el bautismo
perteneciente a quien pronuncia en el templo las palabras
del publicano, que es juzgado por contraposición con la
141
arrogancia del fariseo . El bautismo propio de quien,
como la cananea, se ampara en la misericordia y suplica
142
migajas, esto es, el alimento de un perro hambriento .
18. Por mi parte, yo reconozco que, como hom-
bre que soy, soy un animal voluble y de frágil naturale-
za. Acepto el bautismo de buen grado, venero a quien
me lo ha concedido y procuro que los demás participen
de él, mostrándome misericordioso para poder alcanzar
misericordia. Pues me sé rodeado de debilidad y recuerdo
143
que seré medido según midiere . Mas, ¿qué dices, qué
dispones tú, nuevo fariseo, puro de nombre, que no de
comportamiento, que nos echas a la cara las doctrinas de
Novato mas te dejas llevar también por sus debilida-
144
des? . ¿No aceptas el arrepentimiento? ¿No das lugar a
los lamentos? ¿No te mueven a llanto las lágrimas ajenas?
¡Que no topes con un juez como tú! ¿No respetas la mi-
136. C f . Sal 6, 7.
137. C f . Sal 37, 6.
138. C f . Sal 37, 7.
139. C f . 2 C r o 3 3 , 13.
140. C f . J o n 3, 5.
1 4 1 . C f . L e 18, 13.
142. C f . M t 15, 22 ss.
143. C f . M t 7, 2 .
144. N o v a t o , hereje q u e v i v i ó en R o m a d u r a n t e la s e g u n d a mitad
del siglo III, fue c o n d e n a d o p o r su e x c e s i v o r i g o r i s m o y se c o n v i r t i ó
e n s e g u i d a en el s í m b o l o de t o d a actitud e x c e s i v a m e n t e severa en la ad-
ministración de la penitencia.
92 GREGORIO NACIANCENO
145. C f . Is 5 3 , 4.
146. C f . L e 5, 3 2 .
147. C f . O s 6, 6.
148. C f . M t 18, 2 2 .
149. C f . 2 S 12, 13.
150. C f . M t 2 6 , 7 0 .
151. C f . J n 2 1 , 15.
152. C f . 1 C o 5, 1 ss.
HOMILÍA 39 93
153
za» si era castigado con excesivo rigor. ¿No toleras el
matrimonio de las viudas jóvenes arguyendo que, por su
154
edad, son fáciles de conquistar? Pablo sí osó hacerlo .
Claro que tú, sin duda, eres su maestro, pues has alcanza-
do el cuarto cielo, has visto otro paraíso y escuchado pa-
155
labras secretas y has rodeado tu evangelio con un
156
gran círculo .
19. Mas tú podrías decir: «tales cosas no proceden
después del bautismo». ¿En qué te basas? Pruébalo o no
lo condenes. Si la cuestión es ambigua sea nuestra guía la
misericordia. Según tú dices, Novato «no recibió a quie-
nes habían cometido apostasía en el momento de la per-
157
secución» . ¿Y qué? Actuó ciertamente con rectitud si
los tales no se habían arrepentido. Tampoco yo acepto
a quienes no se someten o no lo hacen dignamente o no
compensan el mal con su enmienda. Cuando los acepto
158
asigno a cada uno de ellos el puesto que le conviene .
Mas si Novato no admitió a quienes se consumían en
llanto por su pecado, no seré yo quien le imite. ¿Por qué
he de tomar como norma la crueldad de quien no conde-
naba la avaricia, que es una forma de idolatría, y sin em-
bargo castigaba cruelmente la fornicación, como si él no
fuera de carne y hueso? ¿Qué decís? ¿Os han convencido
nuestras palabras? Poneos entonces junto a nosotros que
153. 2 C o 2 , 7.
154. C f . 1 T m 5, 14.
155. C f . 1 C o 7, 8.
156. C f . 2 C o 12, 1 ss.
157. D u r a n t e la p e r s e c u c i ó n de D e c i o (249-250 d. C ) .
158. P a r e c e p o d e r deducirse de este ligero a p u n t e q u e los p e n i t e n t e s
tenían en la c o m u n i d a d cristiana g o b e r n a d a p o r S a n G r e g o r i o de N a -
c i a n z o u n lugar r e s e r v a d o a ellos. P a r a m á s detalles s o b r e este p u n t o
cf. H . A l t h a u s , Die Heilslehre des Gregors von Nazianz, M ü n s t e r 1972,
p . 196.
94 GREGORIO NACIANCENO
159. Is 6 5 , 5.
160. Is 1, 16.
161. C f . Is 1, 18.
162. C f . F l p 2 , 15.
HOMILÍA 40
1. E s t o es, c u a n d o D i o s s o p l ó en el c o m p u e s t o t e r r e n o q u e consti-
tuía el c u e r p o h u m a n o su p r o p i o hálito, p a r a hacer del h o m b r e un
ser viviente. C f . G n 2, 7.
2 . C f . L e 2 , 7.
3. C f . L e 3, 2 1 .
4. C f . L e 2 4 , 1 s s .
5. C f . R m 8, 2 9 .
6. C f . C o l 1, 18.
7. E n la fiesta de las L u c e s , c o m o y a se ha d i c h o en la I n t r o d u c -
c i ó n , se c e l e b r a b a n s i m u l t á n e a m e n t e la E p i f a n í a (cf. Homilía 39) y el
b a u t i s m o de C r i s t o , al cual está d e d i c a d a esta Homilía.
8. E n c u a n t o el b a u t i s m o n o s a r r a n c a al d o m i n i o del a d v e r s a r i o y
n o s i n t r o d u c e en el R e i n o de D i o s .
HOMILÍA 40 97
12. C f . G n 1, 17.
13. C f . G n 2 , 16-17.
14. C f . Sal 118, 105.
15. C f . P r 6, 2 3 .
16. C f . E x 34, 2 9 .
17. C f . E x 3, 2 .
18. C f . E x 13, 2 1 .
19. C f . 2 R 2 , 1 1 .
2 0 . C f . L e 2 , 9.
2 1 . C f . M t 2 , 9.
2 2 . C f . M t 17, 1 s s .
100 GREGORIO NACIANCENO
23
sus ojos quedó curado de las tinieblas del alma . Luz es
también el esplendor que, cuando los justos resplandez-
24 25
can como el s o l y Dios se siente en medio de dioses
y reyes para determinar y juzgar quiénes y qué cosas son
dignos de la felicidad de lo alto, sobrevendrá desde el cie-
lo a quienes se hayan purificado aquí en la tierra. Ade-
más de todo esto y de manera muy particular, luz es la
iluminación del bautismo de que ahora tratamos, que
comprende el grande y admirable misterio de nuestra sal-
vación.
7. N o cometer pecado es exclusivo de Dios, de la
26
naturaleza primera y sin composición , pues la simplici-
dad es pacífica y no conoce sediciones ni revueltas. Me
atrevería a decir que es conforme también a la naturaleza
angélica, o al menos que le conviene, dada su proximidad
a Dios. Por el contrario, propio es el pecar de la humana
condición y de su composición terrena, pues la composi-
ción es el principio de separación. N o estimó convenien-
te el Señor abandonar sin ayuda a lo que El había crea-
do, ni mirar con desdén cómo corría peligro de apartarse
27
de É l . Así, igual que nos creó antes de que existiéra-
mos, cuando ya nos había dado la existencia nos creó
con una forma más divina y sublime que la primera. Ella
es, por una parte, señal para quienes comienzan y por
2 3 . C f . H c h 9, 3.
2 4 . C f . S b 3, 7.
2 5 . C f . Sal 8 2 , 1 y 6
26. S e g ú n la e n s e ñ a n z a del n e o p l a t o n i s m o , ( a s u m i d a aquí p o r S a n
G r e g o r i o y q u e p u e d e e n c o n t r a r s e i g u a l m e n t e en S a n G r e g o r i o de N i -
sa, cf. El alma y la resurrección, la n a t u r a l e z a d i v i n a es s i m p l e , o sea,
n o c o m p u e s t a de p a r t e s , q u e i m p l i c a r í a n la necesidad de p o s t u l a r en
D i o s la existencia de a l g o d i s t i n t o a D i o s m i s m o .
2 7 . Se hace referencia de n u e v o a la i n t e r p r e t a c i ó n de la historia de
la h u m a n i d a d y de su caída, d o m i n a d a s p o r la v i s i ó n p r o v i d e n c i a l de
Dios.
HOMILÍA 40 101
3 1 . R e f e r e n c i a a la p e n i t e n c i a q u e S a n G r e g o r i o c o n c e d e a quien se
a r r e p i e n t e y q u e e s p e r a o b t e n e r él m i s m o , en c u a n t o p e c a d o r . C f . l o
l e í d o en la H o m i l í a 3 9 , n ú m s . 16-19.
3 2 . M e j o r g o z a r de la p u r i f i c a c i ó n del b a u t i s m o , q u e es m á s asequi-
ble, q u e n o de la p e n i t e n c i a , más penosa.
3 3 . D e esta referencia a la realidad social de C o n s t a n t i n o p l a extrae-
m o s u n a noticia s o b r e el e m p o b r e c i m i e n t o d e las clases m á s débiles,
en é p o c a de g r a v e s d e s e q u i l i b r i o s s o c i a l e s .
HOMILÍA 40 103
34. C f . L e 13, 8.
3 5 . C f . R m 6, 4.
36. C f . M t 4? 2 s s .
104 GREGORIO NACIANCENO
37
la Luz oculta se mostraba , tú cuentas con el remedio
para vencerlo. N o temas la contienda. Opónle el agua, el
38
Espíritu que apagará los dardos encendidos del malig-
39
n o . Es Espíritu, pero funde los montes. Es agua que
apaga el fuego. Si te presenta la pobreza, que hasta eso
osó, y pide que las piedras se conviertan en pan ponien-
40
do ante tus ojos el hambre , no ignores lo que se pro-
pone. Argúyele con lo que no ha podido aprender. Pon
ante él la palabra que da vida, que es el pan bajado del
41
cielo que da la vida al mundo . Si te tienta con la va-
nagloria, pues también recurrió a ella conduciéndolo so-
bre el pináculo del templo y diciéndole «arrójate» para
42
que revelara así su naturaleza divina , no permitas que
el orgullo te haga caer. Si lo consiguiera, no se detendría
ahí. Es insaciable, todo lo ambiciona. Halaga con suavi-
dad, mas luego emplea malevolencia. Esa es su forma de
combatir. Y el ladrón es también conocedor de la Escri-
tura. De allí saca el «escrito está» acerca del pan. De allí
43
el «escrito está» sobre los ángeles. «Escrito está», dice ,
«que encargará a sus ángeles que te alcen sobre sus ma-
nos». ¡Oh hábil maestro del mal! ¿Por qué te callaste lo
que sigue? Aunque lo silencias me lo sé muy bien: «yo
haré que pises sobre el áspid y el basilisco, que pisotees
44
serpientes y escorpiones» , porque estás defendido por
5 0 . C f . M t 2 5 , 14-30.
108 GREGORIO NACIANCENO
5 1 . 2 C o 6, 2.
52. C f . E f 5, 14.
53. C f . Is 38, 13.
HOMILÍA 40 109
54
otra circunstancia, según recomienda Salomón . Ha de
acatarse su consejo, ya que es útil. Procúrate la salvación
y considera cualquier oportunidad como apta para el
bautismo. Si nunca prestas atención al hoy y acechas el
mañana, te pasará inadvertido que el maligno, según es
en él costumbre, te engaña cada poco tiempo. «Dame a
mí el presente y el futuro a Dios. A mí la juventud, a
Dios la vejez. A mí los placeres, a El la inutilidad».
¡Cuan grande es el peligro que te rodea! ¡Cuan grandes
las desgracias! ¡Mayores de lo que piensas! Fuiste víctima
de la guerra, te sepultó un terremoto, te tragó el mar, te
devoró una fiera, te consume una enfermedad o, tal vez
algo diminuto: se te ha atragantado una migaja de pan.
¡Qué hay más fácil que hacer morir a un hombre, por
muy orgulloso que esté de ser imagen de Dios! Tal vez
acabó contigo una fiesta inmoderada, o te derribó el
viento, o quizás una medicina que en vez de saludable re-
sultó dañina, o un juicio inhumano, o un verdugo inexo-
rable, o, en fin, cualquiera de las cosas que produce una
muerte súbita y más poderosa que el socorro con que se
acude a remediarla.
15. Mas, si te previenes con el sello y aseguras tu
futuro con la más sólida y bella de las ayudas, marcado
en alma y cuerpo con Espíritu y ungüento al igual que
antaño hiciera Israel durante la noche con la sangre que
55
protegía a los primogénitos , ¿qué podrá sucederte?
56
¿Qué es lo dispuesto para ti? Escucha los Proverbios :
«si te acostares», dice, «no sentirás temor. Te acostarás y
dormirás un dulce sueño». Recibe de David la buena
54. C f . Q o 3, 1 ss.
5 5 . C f . E x 12, 22 ss.
56. P r 3, 2 4 .
110 GREGORIO NACIANCENO
57
nueva : «no temerás al terror de la noche, ni a la des-
gracia y el demonio del mediodía». Para ti, que aún estás
en la vida, es esto importantísimo a fin de obtener segu-
ridad. Pues difícilmente puede alguien adueñarse de un
ganado marcado, en tanto que el que no lo está resulta
asequible a los ladrones. Y una vez muerto, tu entierro
te será favorable, más brillante que el vestido, más pre-
cioso que el oro, mayor que la sepultura, más piadoso
que estériles libaciones, más adecuado que las primicias
de frutos en sazón que los muertos ofrecen a sus muer-
58
t o s haciendo la costumbre ley. Piérdase todo para ti,
todo se te arrebate: riquezas, propiedades, tronos, hono-
res, todo cuanto pertenece al tumulto de este mundo.
Atiende tú, sin embargo, a que tu vida termine con segu-
ridad sin quedar privado de ninguna de las ayudas dis-
puestas para nuestra salvación.
16. ¿Temes acaso la gracia y demoras la purifica-
59
ción por no corromperla , con temor de no disponer
de otra? ¿Qué, pues? ¿No te inspira mayor temor correr
peligro en la persecución y verte privado de lo más im-
portante que posees, que es Cristo? ¿Por tal motivo hu-
yes de ser cristiano? ¡Recházalo! Tal miedo no es propio
de una persona sana, es razonamiento de demente. ¡O
imprudente precaución, si es menester decirlo! ¡Ah, ma-
ñas del maligno! ¡Es oscuridad y cómo finge! Si no puede
vencer en enfrentamientos abiertos conspira en la oscuri-
dad. Se presenta como consejero, como si fuera bueno,
procurando que de ningún modo podamos escapar a su
acoso. Esto es, sin duda alguna, lo que trama también en
este caso. Pues no pudiendo persuadir manifiestamente a
57. C f . Sal 9 0 , 5.
5 8 . C f . M t 8, 2 2 .
5 9 . E l r e t r a s o en recibir el b a u t i s m o p u e d e ser d e b i d o al t e m o r a
p e r d e r la gracia q u e el b a u t i s m o confiere, al v o l v e r a p e c a r de n u e v o .
HOMILÍA 40 111
6 0 . C f . L e 10, 18.
6 1 . E l t e x t o está c o r r o m p i d o . L o hemos traducido siguiendo una
conjetura de los editores maurinos.
6 2 . L a c o n d i c i ó n de c a t e c ú m e n o era la c o r r e s p o n d i e n t e al c r i s t i a n o
q u e e s t a b a a la e s p e r a del b a u t i s m o . E n é p o c a p a l e o c r i s t i a n a el catecu-
m e n a d o tenía la función p r e c i s a de p r e p a r a r p a r a el b a u t i s m o al re-
cién c o n v e r t i d o . E n el siglo I V , c u a n d o la p o b l a c i ó n e r a y a cristiana,
al m e n o s de n o m b r e , la c o n d i c i ó n de c a t e c ú m e n o era aquella en q u e
se e n c o n t r a b a q u i e n e s p e r a b a el b a u t i s m o . P e r o las s i t u a c i o n e s eran
i n t r í n s e c a m e n t e distintas, p u e s la e s p e r a del c a t e c ú m e n o en el siglo I V
n o era tan exigente, c o m o la de la é p o c a preconstantiniana.
112 GREGORIO NACIANCENO
6 3 . C f . 1 S 1, 11 s s .
HOMILÍA 40 113
64. C f . Si 32, 2.
6 5 . E s la actitud c o m ú n del c r i s t i a n i s m o en la E d a d A n t i g u a , al m e -
n o s del o r t o d o x o , q u e e v i t a b a los e x c e s o s r i g o r i s t a s de ciertas sectas
heréticas. C o m o p u e d e v e r s e , a c e n t u a b a la a c t i t u d t o m a d a p o r S a n Pa-
b l o en 1 C o 7.
66. C f . J n 2, 1 ss.
6 7 . C f . 1 C o 7, 5.
6 8 . Si h e m o s e n t e n d i d o bien este p a s a j e , e s t o significa q u e , d a d o el
carácter de la c u e s t i ó n a f r o n t a d a (las r e l a c i o n e s m a t r i m o n i a l e s ) el es-
c r i t o r se d e s e n v u e l v e entre a l u s i o n e s , S a n G r e g o r i o a d m i t e r e v o c a r al-
g u n o s de los d e r e c h o s de los e s p o s o s , a c o n s e j á n d o l e s la c o n t i n e n c i a y
se e x c u s a p o n i e n d o p o r delante q u e l o hace p o r su p r o p i o bien.
114 GREGORIO NACIANCENO
71
la más completa oscuridad . Mas, con todo, propio es
de los prudentes elegir lo mejor y más perfecto del bien
y lo más insignificante y llevadero del mal. Por tanto, no
te atemorices en exceso ante la purificación. Siempre
aquellas ocupaciones nuestras que están rectamente dirigi-
das son juzgadas por quien es juez y benevolente de to-
das nuestras cosas. Y a menudo, quien en el desempeño
de las tareas públicas se comportó con rectitud, obtuvo
más que quien, libre de afanes, no dispuso todo con pru-
dencia. Pues, a mi entender, tiene más valor el que avan-
za un poco cuando tiene los pies atados, que el que corre
sin que nada le agobie, más puro es quien está cubierto
de fango que aquel que está limpio porque ha recorrido
un camino limpio. Y como prueba de lo dicho aportaré
que la prostituta Rajab quedó justificada por una sola ac-
72
ción: por su hospitalidad , aunque el resto de sus cosas
no mereciera alabanza. Y aunque el publicano no mere-
ciera ser enaltecido por su comportamiento, fue ensalza-
73
do por una sola cosa: su humildad . Y ello, para que
tú aprendas que no debes desesperar fácilmente de ti
mismo.
7 1 . T o d a v í a en el s. I V la vida p o l í t i c a se d e s a r r o l l a b a reclamando
la c o r r e s p o n s a b i l i d a d de c r i s t i a n o s y p a g a n o s j u n t o s y ciertas funcio-
nes oficiales ( p o r e j e m p l o las de la religión y el c u l t o ) e r a n t o d a v í a
paganas. El cristianismo debía preguntarse c ó m o conjugar simultánea-
m e n t e las leyes del E s t a d o y las de su fe. L a r e s p u e s t a h a b í a s i d o ab-
s o l u t a (y d r a m á t i c a ) , en la é p o c a p r e c o n s t a n t i n i a n a : Tertuliano había
excluido cualquier participación del cristiano en la v i d a p ú b l i c a , en
sus o b l i g a c i o n e s y p r á c t i c a s idolátricas. M a s l o q u e era a d m i s i b l e en
las r e d u c i d a s c o m u n i d a d e s cristianas de los siglos s e g u n d o y tercero,
r e s u l t a b a i m p r a c t i c a b l e en el siglo I V , c u a n d o la p a r t i c i p a c i ó n del cris-
t i a n o en la v i d a p o l í t i c a , c o m e n z a n d o p o r el e m p e r a d o r , e r a u n a c o s a
normal.
7 2 . C f . J o s 2, 1 ss.; 6, 17 ss.
7 3 . C f . L e 18, 9-14.
116 GREGORIO NACIANCENO
74. C f . M t 2 0 , 1 s s .
HOMILÍA 40 117
7 5 . C f . Sal 3 3 , 6.
76. C f . J n 12, 3 5 .
77. J n 9, 4.
78. C f . J n 1, 9.
7 9 . C f . P r 6, 10.
80. C f . S a l 140, 4.
HOMILÍA 40 121
8 1 . C f . Sal 4 1 , 2.
82. C f . G n 2 1 , 15-19.
83. A l u s i ó n al m i t o de T á n t a l o , q u e fue c a s t i g a d o p o r h a b e r ofreci-
d o a los d i o s e s u n b a n q u e t e en q u e se s i r v i ó la c a r n e de su p r o p i o hi-
j o , P é l o p e , c o n la c o n d e n a a permanecer s u m e r g i d o en el a g u a del
T á r t a r o , r o d e a d o de s u c u l e n t a s v i a n d a s y de b e b i d a s r e s t a u r a d o r a s pe-
r o sin p o d e r probarlas.
84. C f . M t 1 1 , 12.
122 GREGORIO NACIANCENO
85. Pr 1, 1 1 .
86. Sal 9 4 , 1.
87. M i 4, 2 .
88. M t 11, 28.
8 9 . J n 14, 3 1 .
9 0 . C f . L m 4, 7.
9 1 . C f . J n 2 0 , 3.
9 2 . N ó t e s e la v i v a c i d a d de estas referencias c o n c r e t a s q u e n o s repre-
s e n t a n u n a s o c i e d a d s ó l o s u p e r f i c i a l m e n t e c r i s t i a n i z a d a , q u e en las ce-
HOMILÍA 40 123
100. C f . F l p 2 , 7.
126 GREGORIO NACIANCENO
101. C f . M t 12, 4 2 .
102. C f . Is 5 5 , 1.
103. C f . J n 4, 7.
104. C f . Is 3 2 , 2 0 .
HOMILÍA 40 127
105. C f . J l 4, 18.
106. C f . G n 17, 12.
107. C f . E x 12, 2 2 .
128 GREGORIO NACIANCENO
110. C f . M t 2 1 , 10.
1 1 1 . C f . M t 4, 2.
112. U n r e p r o c h e c o n t r a quienes, a la m a n e r a de l o s « e n c r a t i t a s » a
q u e se ha h e c h o referencia antes ( n ú m . 2 6 ) , se i m p o n í a n n o r m a s rigu-
r o s a s de vida q u e n o s e c u n d a b a n , e i n c l u s o tal v e z se o p o n í a n sober-
b i a m e n t e , a los p r e c e p t o s y c o s t u m b r e s de la Iglesia.
130 GREGORIO NACIANCENO
113
anterior a la Pasión . A nosotros, en cambio, nos ense-
ña eso mismo en las casas de oración, antes de la cena y
cuando ya ha resucitado. El resucitó a los tres días, noso-
tros al cabo de mucho tiempo. N o es que nuestras cosas
sean distintas de las que El hizo, ni que estemos someti-
dos al tiempo, sino que lo que se nos ha transmitido es
como una reproducción que dista mucho de ser igual al
original. ¿Qué tiene de extraño que recibiendo el bautis-
mo por nosotros, respecto al momento en que lo hizo
difiera del modo en que lo recibimos nosotros? Lo que
propones me parece grande y admirable, pero va en de-
trimento de tu propia salvación.
31. Si en algo tenéis mi doctrina, permitid que os
exhorte a esto, a que os superéis a vosotros mismos por
buscar el bien. Comenzad un doble certamen, uno que
os purifique antes del bautismo y otro que conserve el
bautismo. En efecto, os halláis ante una doble dificultad:
adquirir un bien que no poseéis y conservarlo una vez
que lo hayáis adquirido. Pues a menudo la negligencia
destruye lo adquirido con esfuerzo o, al contrario, la dili-
gencia logra recuperar lo que había destruido la pereza.
Buenos son para alcanzar lo que deseas las vigilias, los
ayunos, dormir en el suelo, las oraciones, las lágrimas, la
lamentación por los necesitados y compartir algo con
ellos. Que todo ello sirva como expresión de agradeci-
miento por lo que has recibido y también para su salva-
guardia. Cuentas con un beneficio que te permitirá recor-
dar muchos mandatos. N o lo descuides. ¿Se te acerca un
menesteroso? Recuerda cuánto has mendigado tú y cuán-
to te has enriquecido. ¿Se te acerca tal vez alguno necesi-
114
tado de pan o de bebida, un Lázaro , quizás, o cual-
113. C f . L e 2 2 , 17 ss.
114. C f . L e 16, 2 0 ss.
HOMILÍA 40 131
115. C f . J n 1, 1 1 .
116. C f . L e 19, 2 s s .
117. O t r a a l u s i ó n al c o n c e p t o de aetas spiritalis. Z a q u e o era de
c u e r p o m e n u d o , a u n q u e en r i g o r n o se p u e d a hablar de e d a d p o r la
baja e s t a t u r a de Z a q u e o , p e r o fue e s p i r i t u a l m e n t e g r a n d e . E n cual-
quier c a s o , el t e x t o g r i e g o h a b l a e x p r e s a m e n t e de la « e d a d » .
118. Is 5 8 , 7.
119. G a 3, 2 7 .
120. C f . M t 18, 2 6 .
1 2 1 . C f . M t 18, 23 ss.
132 GREGORIO NACIANCENO
122
32. Baña tu imagen y no sólo tu cuerpo. Que
junto a la absolución de los pecados quieras también
adoptar la reforma de tu vida. Que no sólo se limpie el
fango que te cubre, sino que además quede purificada la
fuente de que brota. N o se grabe en tu alma solamente
el deseo de cobrar algo de honra, sino también el de per-
der con honra algo o, lo que es más fácil, el de despren-
derte de lo injustamente adquirido. ¿Qué provecho logra-
rías si se te perdonase el pecado, mas no quedara
reparado el daño que causaste a quien padeció tu injusti-
cia? ¿No son acaso dos tus faltas, adquirir injustamente y
conservar lo adquirido? Has sido absuelto de lo primero,
pero sigues siendo injusto por lo que hace a lo segundo.
Dado que aún sigues en posesión de lo ajeno, tu pecado
no ha sido destruido, sino sólo temporalmente suspendi-
do. Osaste cometer uno antes del bautismo. Permanece el
otro tras haber sido bautizado, que el baño perdona lo
cometido antes de su recepción, no lo que al presente se
comete. Se requiere que la purificación no sea una argu-
cia tramada astutamente, sino un sello. Debes brillar de
verdad, no sólo en apariencia, N o te ha de servir la gra-
cia como velo de tus pecados, sino para liberarte de ellos.
«Bienaventurados aquellos cuyas injusticias han sido per-
donadas», o sea, quienes han obtenido una completa pu-
rificación, «y aquellos cuyos pecados han quedado ocul-
123
tos» , que son quienes aún no están purificados
interiormente. «Bienaventurado el hombre al que el Se-
124
ñor no le imputa su pecado» . Esta es la tercera clase
de pecadores: aquellos cuyas acciones no son loables, pe-
ro tienen una forma de pensar irreprensible.
125. C f . M t 15, 2 2 .
126. Cf. L e 13, 1 1 .
127. C f . L e 8, 43 ss.
128. Cf. J n 5, 7.
129. J n 5, 14.
130. J n 1 1 , 4 3 .
131. C f . J n 1 1 , 39.
134 GREGORIO NACIANCENO
132. C f . Sal 6 7 , 7.
133. C f . M t 2 5 , 14-30.
134. C f . L e 17, 12 ss.
135. C f . L e 6, 6.
136. Cf. 1 R 17, 9.
137. C f . M e 7, 3 2 .
HOMILÍA 40 135
138. C f . L e 18, 3 5 .
139. C f . Sal 12, 4.
140. C f . Sal 3 5 , 10.
141. C f . M t 13, 2 5 .
142. C f . Sal 83, 6.
143. C f . L e 1 1 , 24 s s .
136 GREGORIO NACIANCENO
144. C f . M e 5, 9 ss.
145. Sal 96, 11.
146. Is 60, 19.
147. Sal 7 5 , 5.
148. Sal 2 6 , 1.
HOMILÍA 40 137
149
y la v e r d a d . Se alegra porque las ha obtenido ya.
150
Cuando dice que le ha sellado la luz de D i o s se ha de
interpretar que la luz se ha revelado y que ha conocido
signos que se le ha concedido la iluminación. De una so-
la luz debemos huir: de aquella que es producto del fue-
go cruel. N o caminemos en la luz de nuestro fuego y
con la llama que nos consume. Conozco un fuego purifi-
cador. Es aquel que Cristo, llamado también místicamen-
te fuego, vino a traer a la tierra. Es un fuego destructor
de lo material, de la naturaleza perversa. Él quiere que se
extienda con la máxima rapidez posible, desea la veloz
difusión del beneficio, porque las brasas de este fuego
son nuestro socorro. Conozco, en cambio un fuego que
151
no purifica, que reprende. Es, ya el de Sodoma , que
llovió sobre los pecadores mezclados con azufre y
152
p e z , ya el fuego preparado para el diablo y sus ánge-
153
les , ya el que rodea el rostro del Señor y abrasa en
154
torno suyo a todos sus adversarios . Éste es el más te-
155
rrible de todos y unido al gusano infatigable , jamás se
apaga, es eterno para los perversos. Todo ello es propio
del poder destructor divino, a no ser que se entienda que
Dios prefiere una actitud más benevolente y conforme
156
con su dignidad .
149. C f . Sal 4 2 , 3.
150. C f . Sal 4, 7.
151. Cf. G n 19, 2 4 .
152. C f . Sal 10, 7.
153. C f . M t 2 5 , 4 1 .
154. C f . Sal 9 6 , 3.
155. C f . M e 9, 4 8 .
156. S a n G r e g o r i o se p r e g u n t a si n o será u n p e n s a m i e n t o m á s lógi-
co y consonante c o n la b o n d a d y g e n e r o s i d a d de D i o s creer q u e el
c a s t i g o del infierno n o t e n g a c o m o fin la d e s t r u c c i ó n del h o m b r e pe-
c a d o r , s i n o purificarlo y cancelar las c u l p a s p o r él c o m e t i d a s . L a s pe-
n a s del infierno, p o r c o n s i g u i e n t e , n o serían eternas ni definitivas, si-
n o q u e t e n d r í a n c o m o fin m e j o r a r al h o m b r e . En último término,
138 GREGORIO NACIANCENO
este p e n s a m i e n t o se r e m o n t a a la d o c t r i n a de O r í g e n e s , a m p l i a m e n t e
p r o f u n d i z a d a p o r S a n G r e g o r i o de N i s a en su d i á l o g o El alma y la re-
surrección.
157. C f . Is 5, 2 0 .
158. Sal 138, 11 s s .
159. O s 10, 12.
160. M t 5, 14.
HOMILÍA 40 139
171. Cf. J n 2 0 , 2 7 .
172. C f . Sal 3 3 , 9.
173. C f . Sal 18, 1 1 .
174. C f . C o l 2 , 19.
175. C f . Sal 2 , 12.
176. C f . J r 50, 1.
HOMILÍA 40 141
177
suren a verter sangre y a hacer el mal, sino que estén
prontos para el Evangelio y para el galardón de la voca-
178
ción suprema , para que reciban a Cristo, que lava y
179
purifica los pies . Si existe una purificación del vientre,
capaz de contener y digerir los alimentos que provienen
del Logos, bueno es también que no llegue el vientre a
hacerse dios por el lujo y los alimentos que lo dejan
inactivo, sino que se purifique cuanto pueda, que se haga
pequeño para acoger en su interior al Logos y padecer
con justicia por el error de Israel. Imagino también que
el corazón y cuanto está en el interior del hombre es
digno de honra. A ello me persuade David, que quería
crear dentro de sí un corazón puro y que un espíritu rec-
18
to renovara sus entrañas ° . Con ello, según mi parecer,
se refería a lo intelectual, a los movimientos del alma o
pensamientos.
181
40. ¿Qué decir de los lomos y de los ríñones? .
N o olvidemos tales partes. También ellas han de some-
terse a la purificación. Tengamos los lomos ceñidos y su-
jetos por la continencia, con arreglo a lo que la Ley pres-
182
cribía a Israel para celebrar la Pascua . Sin educarse en
tales cosas, nadie puede huir limpiamente de Egipto ni
escapar al exterminio. Sométanse los ríñones a una her-
mosa transformación, trasladando a Dios todo su deseo,
183
para poder decir: «Señor, en ti todo mi deseos» y «no
184
ambicioné el día del hombre» . Es preciso ser hombre
185
de deseos del Espíritu . Si consiguiéramos esto, perecería
la serpiente, cuya fuerza, en gran parte reside en los ojos y
en los lomos, puesto que ella morirá junto a su poderío
sobre tales lugares. N o te asombres si rindo veneración ex-
186
traordinaria a nuestras partes indignas , matando y re-
prendiendo con mi palabra levantada contra la materia. En-
treguemos a Dios todos nuestros miembros sobre la tierra,
consagrémosle todos, no sólo un lóbulo del hígado, o los
riñones, o la grasa de una u otra parte de nuestro cuerpo.
¿Por qué despreciar el resto de nuestro cuerpo? Ofrezcámo-
nos enteros como oblaciones racionales y víctimas perfectas.
N o hagamos una ofrenda sacerdotal reducida a nuestro bra-
zo o a nuestro pecho. Sería poco. Si nos damos enteros,
enteros nos recibiremos, que recibir es entregarse a Dios
y celebrar la ceremonia de nuestra salvación.
41. Sobre todo esto, antes de ello, conserva el de-
187
pósito por el que vivo y soy ciudadano, aquel que de-
seo tomar como compañero, por el que soporto toda cla-
se de sufrimientos y desprecio todo placer. Consiste en la
confesión del Padre, del Hijo y del Espíritu Santo. Esto
es lo que hoy te confío, con esto te bautizo y te ensalzo.
Te lo entrego como compañero para toda la vida y co-
mo patrono. Que hay una sola naturaleza divina y una
única potencia, que se halla unitariamente en las tres per-
sonas y las abarca de forma separada. N o hay desigual-
dad en cuanto a sus esencias o naturalezas, no hay
aumento ni disminución por sobreabundancia o ausencia.
188
Por todas las partes es igual y lo m i s m o , como una es
185. C f . D n 9, 2 3 .
186. C f . 1 C o 12, 2 3 .
187. C f . 2 T m 1, 14.
188. A p a r t i r de este p u n t o , en la e x p o s i c i ó n del s í m b o l o de la fe
q u e o c u p a t o d o el n ú m e r o 41 y el siguiente, San G r e g o r i o r e t o m a la
p o l é m i c a c o n t r a los a r r í a n o s .
HOMILÍA 40 143
192
es absurdo que quienes son calculadores de la natura-
leza divina unan a Dios una criatura, sino también que
dividan a esa misma criatura. Y así como el Hijo es sepa-
rado del Padre por los abyectos y terrenos, así, a su vez,
algunos separan del Hijo la naturaleza del Espíritu Santo,
de suerte que Dios mismo y la creación entera padecen
193
violencia a manos de esta nueva teología . Nada, oh,
hombres, hay en la Trinidad que sea servil, creado o ac-
194 195
cidental . Eso es lo que aprendí de un sabio . «Y si
agradare aún a los hombres no sería siervo de Cristo»,
1%
dice el apóstol d i v i n o . Si adorase a una criatura o en
su nombre fuere bautizado, no llegaría a ser divino ni a
transformar mi primera generación. ¿Qué podría repro-
char entonces a los adoradores de Astarté o de Camos,
197
ídolo de los sidonios? ¿Qué a quienes veneran la ima-
gen de una estrella, ser ciertamente superior a las imáge-
198
nes fabricadas por quienes adoran ídolos , mas con to-
q u e el c u l t o al r e s t o de los í d o l o s , p e r o sigue s i e n d o el c u l t o a u n a
criatura. L o s a r r í a n o s se c o l o c a n al m i s m o nivel q u e los p a g a n o s .
199. E n c u a n t o c r e a t u r a s , el H i j o y el E s p í r i t u S a n t o serían tan
s i e r v o s de D i o s c o m o los h o m b r e s .
2 0 0 . S o b r e este f r a g m e n t o de t e o l o g í a trinitaria, cf. la I n t r o d u c c i ó n .
146 GREGORIO NACIANCENO
2 0 1 . C f . 1 S 17, 4 0 .
2 0 2 . C f . 1 R 17, 2 1 .
203. C f . 1 R 18, 34.
204. O sea, el fuego del E s p í r i t u S a n t o , q u e se n o s e n t r e g a en el
b a u t i s m o , c o n el a g u a q u e es i n s t r u m e n t o de ese s a c r a m e n t o .
2 0 5 . E n t o n o s o l e m n e , San G r e g o r i o g a r a n t i z a la perfecta ortodoxia
de la p r o f e s i ó n de fe q u e d e b e r á p r o n u n c i a r el b a u t i z a d o .
206. E s t o es, si ha s i d o i n s t r u i d o de m a n e r a distinta a c o m o requie-
re la o r t o d o x i a nicena.
HOMILÍA 40 147
2 0 7 . J n 19, 2 2 .
2 0 8 . Sal 3 9 , 10.
2 0 9 . C f . E x 3 3 , 9 ss.
2 1 0 . C f . E x 3 1 , 18.
2 1 1 . C f . ibíd.
2 1 2 . C f . E x 19, 13.
148 GREGORIO NACIANCENO
2 1 5 . St 2 , 20.
2 1 6 . E s t a s p a l a b r a s de S a n G r e g o r i o h a n h e c h o p e n s a r en la exis-
tencia de u n m i s t e r i o c r i s t i a n o , m á s e s c o n d i d o e i m p o r t a n t e , en la en-
s e ñ a n z a de n u e s t r o escritor. E n realidad el N a c i a n c e n o quiere decir
s i m p l e m e n t e q u e la f ó r m u l a de fe e x p u e s t a hasta ese m o m e n t o , indica
s ó l o s u m a r i a m e n t e l o capital de la d o c t r i n a cristiana, l o n e c e s a r i o p a r a
q u e sea c o n o c i d a p o r los e x t r a ñ o s . O t r a s d o c t r i n a s i g u a l m e n t e impor-
tantes están c o n t e n i d a s en la d o c t r i n a de la Iglesia.
150 GREGORIO NACIANCENO
217
una prefiguración de la gloria futura . La salmodia que
te recibirá es preludio del himno del cielo. Las lámparas
que encenderás simbolizan el misterio de la iluminación
celeste con que iremos al encuentro del Esposo, como al-
mas luminosas y vírgenes, con las radiantes lámparas de
218
la fe. Almas que no se queden dormidas por pereza ,
haciendo que les pase inadvertida la inesperada presencia
de aquel al que aguardaban. Almas que no estén carentes
de alimento o aceite, desprovistas de obras buenas, para
219
que no se vean expulsadas de la cámara nupcial . Veo
su sufrimiento digno de lástima. Llegó Aquel cuya veni-
da era a voces reclamada. A su encuentro saldrán unas,
prudentes, con lámparas encendidas y con suficiente pro-
visión de aceite para ellas. Otras, en cambio, se agitarán
pidiendo aceite en momento inoportuno a aquellas que
lo tienen. Llegará rápido el Esposo. Unas entrarán con
El y las otras encontrarán las puertas cerradas porque,
mientras se preparaban, habrán desperdiciado el tiempo
conveniente. Muchos llorarán, porque comprenderán de-
masiado tarde el daño que les ha causado su negligencia.
N o podrán entrar en la cámara nupcial por mucho que
supliquen, pues se la cerraron con su necedad. Habrán
imitado en cierto modo a quienes despreciaron el ban-
2 1 7 . C o m o h a n o t a d o B e r n a r d i , op. cit., p p . 2 1 5 - 2 1 6 , S a n G r e g o r i o
d e s c r i b e aquí la p r o c e s i ó n de los recién b a u t i z a d o s . A la salida del
b a p t i s t e r i o e n t r a r á n en la iglesia, q u e les h a b í a e s t a d o p r o h i b i d a hasta
ese m o m e n t o , y se d e t e n d r á n ante el t a b e r n á c u l o , ante el e s t r a d o en
q u e están el o b i s p o y el c l e r o , a u n a y o t r a p a r t e . E n el m e d i o se en-
c u e n t r a el altar p a r a el sacrificio. D u r a n t e la e n t r a d a de los b a u t i z a d o s
en la iglesia, el c l e r o y los d e m á s fieles e n t o n a r á n las s a l m o d i a s , prefi-
g u r a c i ó n de l o s d u l c í s i m o s c a n t o s del cielo, m i e n t r a s la p r o c e s i ó n se
d e t e n d r á l l e v a n d o en las m a n o s las l á m p a r a s e n c e n d i d a s , s í m b o l o de la
fe.
2 1 8 . C f . M t 2 5 . 1 ss.
2 1 9 . C f . M t 2 2 , 11-14.
HOMILÍA 40 151
INTRODUCCIÓN 5
Gregorio Nacianceno
HOMILÍAS SOBRE LA NATIVIDAD
(Homilías 3 8 - 4 0 )
Homilía 3 8 45
Homilía 3 9 69
Homilía 4 0 95
Editorial Ciudad Nueva
BIBLIOTECA DE PATRÍSTICA
7 - M á x i m o el C o n f e s o r , M E D I T A C I O N E S S O B R E L A A G O N Í A DE
JESÚS,
100 págs.
8 - E p i f a n i o el M o n j e , V I D A D E MARÍA,
148 págs.
9 - G r e g o r i o de N i s a , L A G R A N CATEQUESIS,
140 págs.
13 - G e r m á n de C o n s t a n t i n o p l a , HOMILÍAS MARIOLÓGICAS,
196 págs.
16 - N i c e t a s de R e m e s i a n a , C A T E C U M E N A D O D E ADULTOS,
148 págs.
17 - O r í g e n e s , HOMILÍAS SOBRE EL É X O D O ,
228 págs.
18 - G r e g o r i o de N i s a , SOBRE LA V O C A C I Ó N CRISTIANA,
132 págs.
19 - A t a n a s i o , C O N T R A LOS PAGANOS,
128 págs.