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A AUTODERTERMINAÇÃO INDIGENA E O DIREITO A TERRA CONSOANTE A

SOBERANIA TERRITORIAL

Renato Fernando da Silva Ribeiro1


Higor da Silva Dantas2
Vilmar Martins de Moura Guarany3

RESUMO:
A promulgação da Constituição Federal de 1988 fez uma abordagem aprofundada da matéria direito Indígena,
apesar de que a matéria já se encontrar de forma sublime na constituição de 1934, pode- se dizer que a
Constituição de 1988 foi o marco na criação de uma matéria a respeito do tema. A preservação indígena, assim
com a sua vivencia e atuação no meio ambiente, deve conter um função dúplice. Se por um lado é direito dos
povos indígenas, garantidos constitucionalmente, o direito ao uso e fruição da terra, por outro lado também é
dever dessas comunidades a preservação e o uso conforme as normas reguladoras e supervisão dos órgãos
competentes. O presente trabalho, pauta-se nas possibilidades de exploração dos recursos naturais pelos
indígenas, em função de um usufruto garantido pelo advento da Constituição Federal de 1988, inclusive no
tocante comercial.

PALAVRA CHAVE: AUTODETERMINACAO, DIREITO SOBERANIA TERRITORIAL.

ABSTRACT:
The promulgation of the 1988 Constitution, made a examination of the matter Indigenous rights, although the
matter is already so sublime in the constitution of 1934, one can say that was the milestone in creating a story
about the theme. Preserving indigenous, so with your experiences and acting in the environment must contain a
twofold function. If one hand is the right of indigenous peoples, constitutionally guaranteed the right to the use
and enjoyment of the land, on the other hand it is also the duty of these communities to preserve and use as
regulatory standards and supervision of the competent bodies.This work is guided in the possibilities of
exploitation of natural resources by indigenous people, according to a usufruct guaranteed by the advent of the
1988 Constitution, including on trade.

KEYWORD: SELF-DETERMINATION, TERRITORIAL, SOVEREIGNTY LAW.

SUMÁRIO: 1 Introdução. 2 Origem da proteção ao indígena. 3 Constituição federal e a proteção ao indígena. 4


Conceito de área indígena. 5 Correlação entre a proteção da cultura indígena e proteção ambiental. 6
Possibilidade de Exploração de recursos naturais pelas comunidades indígenas. 6.1 Mineração em Terras
Indígenas. 6.2 Exploração florestal em Terras Indígenas. 7 Considerações Finais. Referências.

1 INTRODUÇÃO

A população indígena brasileira foi fatidicamente escravizada entre meados do século


XV, em função de uma busca de mão de obra alternativa a compra de escravos africanos, que
por sua vez chegavam com alto custo aos senhores de terras do período colonial.
Felizmente, houve a evolução de direitos humanísticos, onde nos dias atuais é
repudiada a escravidão de indígenas, assim como de qualquer pessoa humana. A constituição
1
Acadêmico do X período da Faculdade De Ciências Contábeis e Administração do Vale Do Juruena.
2
Acadêmico do X período da Faculdade De Ciências Contábeis e Administração do Vale Do Juruena. E-mail:
higorsdantas@hotmail.com.
3
Bacharel e Mestre em Direito Econômico e Socioambiental pela PUC-PR, professor de Direito Indigenista na
Faculdade de Ciências Contábeis e Administração do Vale do Juruena – AJES em Juína-MT.
de 1934 já trazia um resquício da criação da matéria de “direitos indígenas”, todavia, foi com
a promulgação da Constituição Federal de 1988, que os direitos indígenas foram realmente
concretizados. Pode se afirmar que a Constituição Federal ao atribuir aos indígenas o título de
“senhores da terra”, vinculou a proteção indigenista a terra, sendo a terra um elemento
primordial a preservação cultural, social e religiosa das tribos.
Logo, não haveria de se falar em proteção da cultura indigenista sem a proteção do
habitat de determinada tribo. Essa linha de pensamento, é que fez surgir a ideia de criar uma
área de preservação, que além de preservar o habitat do povo que a habita, também
preservaria a vegetação e todo ciclo de vida presente nesta determinada área.
A área indígena em termo nada mais é do que uma área determinada, onde há a
utilização tradicional pelos indígenas, sendo necessária a devida preservação para garantir a
manutenção de seus costumes, credos e tradições.
Todavia, existe uma lacuna jurídica sobre o que seria o uso tradicional das terras, haja
vista que, com o lapso temporal há de se acontecer mudanças de hábitos, costumes e etc.
Logo, a atuação das comunidades indígenas não pode ficar restrita a um termo
tradicionalidade, termo este que, remete a ideia do indígena como ser “silvícola”, ou seja que
sobrevive da caça, pesca, coleta de frutos da floresta.
Ocorre que, como ser humano o indígena também evolui (se transforma se modifica),
não se trata de um ser estatizado, ou seja, parado no tempo, pode transformar-se. Dessa
maneira, seria uma discrepância atribuir ao usufruto da área indígena, um sentido de
tradicionalidade, uma vez que o índio também pode evoluir(transformar, mudar conceitos,
pensamentos, ideologias).
Dessa forma existe uma grande discussão que se assevera sobre as mudanças que
acontece sobre a forma que as tribos indígenas utilizam da área demarcada como terra
indígena. Espera-se que o índio continue com a vivencia de um silvícola, de maneira que se
atuar sobre a área demarcada como área indígena de forma diferente do que esperado, é
lançada uma serie de criticas sobre a forma que deveria ser utilizada essa área.
Apesar de nenhum dispositivo legal vedar a exploração dos recursos naturais, mesmo
com finalidade econômica, existe um vinculo da atuação sobre a terra ao termo
tradicionalidade expresso na Constituição federal. Logo, é variado o entendimento sobre a
legalidade da exploração comercial dos recursos naturais pelos indígenas.
Alguns defendem que a atuação da comunidade indígena deve estar restrita ao termo
mencionado anteriormente, e que devem os índios usar de maneira habitual os recursos da
floresta, outros já afirmam que a exploração comercial dentro das regras de preservação e
conservação, com aval e assistência do órgãos de fiscalização trata-se de um direito da
comunidade indígena, em conformidade com o instituto do usufruto.
O presente trabalho trata-se de uma abordagem sobre o direito dos indígenas em
explorar legalmente as riquezas naturais presentes em sua área. É de se ressaltar quanto a
importância de se observar a sustentabilidade na no uso de tais recursos. Todavia, já resta
comprovado que a atuação do homem sobre a natureza não precisa acontecer de forma
degradante, ou se não for possível evitá-la, pode-se reduzi-la ao máximo.
De forma que se é possível promover uma exploração sem a degradação ambiental na
área indígena não há porque negar esse direito, pois a exploração não passaria a ferir a função
social da reserva indígena. É evidente que falta uma política de regulamentação da exploração
dos recursos naturais com finalidade comercial pelos indígenas, o que possibilitaria o fim das
explorações clandestinas, que são extremamente degradantes pois ocorrem sem o menor
planejamento ou fiscalização de órgãos competentes .

2 ORIGEM DA PROTEÇÃO AO INDÍGENA

É conhecido por todos, que o primeiro regime de escravidão a ocorrer no Brasil


colonial foi a dos povos indígenas. Por volta de 1511, muitos índios eram escravizados aqui
mesmo, assim como levados para servir de escravos na capital. A intenção era buscar
suprimento de mão de obra, sem que houvesse a necessidade de recorrer a compra de escravos
negros africanos. Nesse período foram lavrados vários documentos oficiais que permitiam a
escravização indígena. Conforme Paulo Bessa Nunes:
O inicio oficial e legal do cativeiro indígena, ocorreu no ano de 1537, quando foi
expedida uma carta regia pela qual foi permitida a escravização dos caetés. Ao longo
do período colonial foram feitas inúmeras leis e outros documentos legais que
tinham por finalidade tratar da “liberdade” dos povos indígenas. Este era o
eufemismo utilizado para estabelecer as condições mediante as quais era permitida a
escravização dos indígenas4.
Atualmente, o ordenamento jurídico brasileiro repudia a escravização de indígenas
assim como a de qualquer pessoa humana. A proteção indigenista foi amplamente abarcada
pela Constituição Federal de 1988, todavia já se encontrava subliminarmente elidida a matéria
na constituição de 1934. No que concerne ao assunto, Paulo Bessa Nunes afirma que:
A primeira constituição brasileira a dispor sobre a situação jurídica dos indígenas foi a
de 1934. A constituição de 1934 dedicou dois tópicos ao tema ora examinado. A menção
inicial encontrava-se presente no art. 5º, inciso XIX, alínea m. tarava ali da competência
legislativa privada da união. Dentre as competências legislativas privativas da União estava a
4
ANTUNES. Paulo de Bessa. Diretio Ambiental. 12 Ed., Amplamente Reformulada. 3º tiragem. Lumen Juris. Rio
de Janeiro 2010. Pg.892.
de legislar sobre incorporações dos silvícolas á comunhão nacional. O art. 129 manteve e
elevou em nível constitucional a tradição do direito brasileiro em reconhecer e respeitar os
direitos originários dos indígenas sobre as suas terras.
O que se pode dizer que há em comum em todos os textos legais e politicas anteriores
a Constituição Federal de 1988, é a intenção em integrar o indígena a “comunidade nacional”.
Conforme o art. 231 da Constituição Federal, “são reconhecidos aos índios sua organização
social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que
tradicionalmente ocupam”. Esse artigo é o precursor do capitulo, “Dos Índios”, inserido
dentro da Ordem Social na Constituição. Prosseguindo, “terras indígenas é parte essencial do
território brasileiro”, bem como um bem público federal que se traduz “numa realidade sócio-
cultural, e não de natureza político-territorial5.

3 CONSTITUIÇÃO FEDERAL E A PROTEÇÃO AO INDÍGENA

Com a promulgação da Constituição Federal, os indígenas passaram a contar com a


proteção governamental. O disposto do art. 231 por exemplo, assegurou direito a ter
respeitada sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições. A partir de então, os
índios e suas comunidades, assim como qualquer pessoa pode ingressar pela tutela
jurisdicional, afim de ver satisfeito os dos direitos e interesses da comunidade indígena.
Segundo a Constituição Federal, meio ambiente é o conjunto de bens naturais e de
bens culturais e sociais. Portanto, quando falamos de meio ambiente, estamos falando da terra,
das plantas, dos animais, das construções, da água, do ar e também da história de um
determinado povo que vive em uma determinada região. E, seguindo os ditames legais, meio
ambiente não é apenas a natureza, seu conceito abrange também as modificações que as ações
humanas fizeram na natureza. É esta a previsão da Lei n. 6.938/81 que em seu Art. 3º,
vaticina que “meio ambiente é o conjunto de condições, leis, influências e interações de
ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.
A matéria concernente a disposição das terras indígenas tornou-se temática central e
primordial a garantir os demais direitos indígenas como costumes, crenças e tradições, dessa
forma não houve significativa alteração no tocante desses direitos. Ademais seria necessário
criar um advento para regular essa questão territorial, a fim de acabar com a matança de
índios por latifundiários nas regiões amazônicas.

5
AMADO. Luiz Henrique Eloi. A dupla afetação em terras indígenas: perfeita Compatibilidade entre terra
indígena e meio ambiente. Obtido em : www.neppiorg/anais/gestãoterritoriaesustentabilidade.
A Constituição federal de 1988 foi o marco na elaboração de uma matéria a cerca de
direitos indígenas, haja vista, assegurou o direito originário dos povos indígenas sobre suas
terras. A magna carta conferiu aos povos indígenas o titulo de “Primeiros Senhores da
Terra”. Pode se dizer que esta é a principal fundamentação de seu direto a terra. Segundo
Paulo Bessa Nunes, “o direito dos povos indígenas a exercício de domínio da terra independe
de formalização”. Sendo assim, sempre que uma comunidade indígena ocupar primariamente
uma determinada extensão, é obrigação de o estado promover o reconhecimento, assim como
as devidas demarcações.
O estatuto do índio é taxativo quanto ao direito dos indígenas ao usufruto da terra em
que ocupam no que diz respeito ao solo, e seus acessórios. Todavia a Constituição Federal em
seu art. 231 dispõe que se trata de bens da união. Logo, por se tratar de bens públicos, são
inalienáveis e indisponíveis, não podendo ser objeto de uso por um não indígena. Salvo nos
casos pré-estabelecidos pelo mencionado artigo.

4 CONCEITO DE ÁREA INDÍGENA

De acordo com ordenamento jurídico brasileiro e o advento da Constituição Federal de


1988, terras indígenas são as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, são terras
consideradas como seu habitat, imprescindíveis à preservação ou conservação dos recursos
ambientais necessários ao seu uso, assim como essencial a manutenção de sua cultura,
costumes e tradições.
O sentido de tradicionalmente remete hábitos costumeiros, como organização social,
regulação por sua norma para a satisfação dos conflitos, em resumo, sua forma de vivencia em
comunidade. Há de se ressalvar que essa tradicionalidade, não pode ser recoberta com um
caráter de imutável, pois é sabido por todos que o ser humano é um ser sempre em evoluções
e mudanças, se o indígena é ser humano, logo é suscetível de sofrer mudanças de cultura
ideologia e modos de vivencia.
A esse respeito a Constituição federal de 1988 norteia que as terras indígenas são
declaradas bens da União, inalienáveis e indisponíveis. Quanto ao estatuto do índio de 1973, o
referente dispositivo aduz sobre as formas de áreas reservadas a preservação da cultura
indígena, conforme o disposto:
Segundo o Estatuto do índio de 1973, as áreas reservadas possuem as seguintes
modalidades:
a) Reserva Indígena;
b) Colônia Agrícola Indígena, que teria uma ocupação mista entre povos indígenas
aculturados e não-índios. A ideia era conciliar os conflitos entre as reivindicações da área
indígena com os interesses dos não-índios que já ocupassem a área indígena;
c) Território Federal Indígena, que seria uma unidade administrativa subordinada à União na
qual pelo menos um terço da população seria composta por indígenas. Esta modalidade nunca
foi criada;
d) Parque Indígena, inspirada na criação do Parque Nacional do Xingu, seria "área contida em
terra na posse dos índios”, associada à preservação ambiental6;
O referido instituto também extinguiu qualquer ato que venha a privar o indígena do
direito ao domínio da terra, tornando nulos atos de ocupação irregular de áreas pertencentes à
comunidade indígena. Todavia reservou ao Estado Nacional o direito a intervir nessas áreas
conforme necessidades ou fatos previstos em lei, assim como interesse de defesa nacional,
obras publicas, ou exploração de riquezas do solo e subsolo de relevante interesse para o
desenvolvimento do Estado.

5 CORRELAÇÃO ENTRE A PROTEÇÃO DA CULTURA INDÍGENA E PROTEÇÃO


AMBIENTAL

A Constituição Federal estabelece uma relação intrínseca entre a tutela do meio


ambiente e a proteção da pessoa humana, segundo o art. 225 da Constituição Federal, afirma
que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Pode se afirmar que a proximidade do indígena com a natureza sendo esta, o seu
habitat, e a proteção ao meio ambiente tem uma certa função dúplice. Sendo que, se por um
aspecto é direito dos povos indígenas ter direitos de uso e fruição da terra, por outro também é
obrigações destes a obrigação de preservar a meio ambiente, afim de que suas atividades,
inclusive comerciais não venham a prejudicar o meio ambiente, para isso devem respeitar as
normatizações e subordinarem-se as autorizações dos órgãos competentes.
Quando se fala em demarcação de terras indígenas, ainda se encontra resistência, no
que diz respeito, a eficiência doar terras aos povos indígenas para seu uso, e em contrapartida,
sua preservação. Ocorre que, em alguns casos, os próprios silvícolas acabam por explorar de
forma irregular, ou permitem que outros o façam. Por exemplo; há casos onde os indígenas

6
AMADO. Luiz Henrique Eloi. A dupla afetação em terras indígenas: perfeita Compatibilidade entre terra
indígena e meio ambiente. http://www.neppi.org/anais/Gestao%20territorial%20e%20sustentabilidade. Acesso
em 17/07/2013.
permitem que madeireiros adentrem na reserva para a extração de arvores sem o devido
manejo.
Todavia, estudos garantem que a reserva indígena é a forma mais eficiente de garantir
a preservação das florestas amazônicas. Conforme o artigo abaixo:
Muitos ainda pensam que conceder grandes extensões de terras para povos indígenas
pode levar ao desmatamento, pois temem que os índios tentem lucrar vendendo para outras
pessoas o acesso à região para que sejam instaladas madeireiras ou garimpos. Porém, um
estudo publicado nesta semana no periódico Proceeding sof the National Academy of
Sciences aponta que entre todos os modelos de proteção florestal, a criação de reservas
indígenas está no topo como um dos mais eficazes, junto com o estabelecimento de parques
nacionais7.
Percebe-se, conforme o disposto trabalho acima, que, apesar de criticado, a reservas
indígenas ainda são de fato, a forma mais eficiente de preservação e conservação de florestas
e recursos naturais.
A discussão que se assevera a cerca da demarcação de terras indígenas e sua eficácia
na proteção ambiental, é nada mais, do que uma disparidade de entendimentos quanto ao
direito de usufruto dos recursos naturais presentes na área preservada.
Ocorre que, conforme mencionado anteriormente, algumas comunidades indígenas
acabam por vender os recursos naturais a madeireiros ou garimpeiros de forma irregular.
Oque há de se discutir é, se existindo direito de usufruto sobre a coisa principal, há também
direito dobre os acessórios?

6 POSSIBILIDADE DE EXPLORAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS PELAS


COMUNIDADES INDÍGENAS

Conforme já salientado anteriormente, a Constituição Federal, em seu Art. 231, §2º,


assegura aos índios a posse permanente de suas terras e o "usufruto exclusivo das riquezas do
solo, dos rios e dos lagos nelas existentes". Nesse mesmo prisma, o art. 79 do Código Civil de
2002 dispõe que “são bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou
artificialmente”. Logo o usufruto do solo estende-se a acessórios, como também afirma o art.
1390 do Código Civil, que dispõe que “Salvo disposição em contrário, o usufruto estende-se
aos acessórios da coisa e seus acrescidos.” O parágrafo 2º do art. 231 da Constituição Federal

7
AVILA. Fabiano. Reservas Indígenas sãomuito eficazes para proteger a floresta Amazônica.
http://www.institutocarbonobrasil.org.br/uso_da_terra/noticia=733386. Acesso em 17/09/2013.
de 1988 garante usufruto exclusivo aos indígenas, sendo assim não há nenhuma vedação
constitucional à exploração dos recursos naturais pelos indígenas.
O instituto do usufruto exclusivo indígena não pode ser interpretado como uma
proibição de desenvolvimento de atividades produtivas que excedam às suas necessidades de
subsistência, uma vez que as comunidades indígenas têm direito ao desenvolvimento
consoante com sua autodeterminação. Deve ser absorvido como uma proteção especial e não
como uma restrição.
O Estatuto do Índio atribui aos índios o direito à exploração das riquezas do solo, ao
corte de madeira e o exercício da caça e da pesca em suas terras. Assegura, pois, aos
indígenas o direito à exploração de recursos naturais.
Ocorre que, muitas reservas indígenas, fatidicamente estão sobrepostas em regiões
ricas em minério, ou de potencial madeireiro, logo as imposições e limitações impostas pelo
código florestal, pode ter certa discrepância, se for analisada a reserva como unidade de
conservação.
Assim, os índios podem usar livremente os recursos florestais de suas terras em
atividades tradicionais, voltadas para a subsistência ou consumo interno, podendo cortar
árvores para construir casas, fazer utensílios domésticos, móveis, instrumentos de trabalho,
cercas, canoas e barcos, e usar seus recursos florestais para quaisquer outros fins que visem
possibilitar a sobrevivência física e cultural da comunidade indígena.
No desenvolvimento de suas atividades tradicionais, as comunidades indígenas não
estão sujeitas a quaisquer limitações legais, pois a Constituição Federal lhes assegura o
reconhecimento de sua "organização social, costumes, línguas, crenças e tradições" e direitos
"originários" sobre as terras que tradicionalmente ocupam (Art. 231, caput).
Portanto, não incidem sobre as atividades tradicionais desenvolvidas pelas
comunidades indígenas as limitações gerais estabelecidas pelo Código Florestal. Assim,
podem plantar, fazer roças e aldeias mesmo nas áreas de preservação permanente
estabelecidas pelo Código Florestal8.
Conforme o exposto pode se perceber que a exploração sustentável em áreas indígenas
é um direito único exclusivo dos indígenas, como coisa acessória da área que é de seu
usufruto, dessa forma a exploração não autorizada por um não indígena é pratica criminal,
podendo haver sansão tanto no seara administrativo, quanto no penal.

8
ROMERO. Ellen Cristina Oenning e MARQUES. Vera Lúcia Leite. Terras indígenas: usufruto exclusivo e
proteção do meio ambiente Indigenouslands: exclusive usufructandenvironmentprotection. Obtido em:
http://pib.socioambiental.org/pt/c.
6.1 MINERAÇÃO EM TERRAS INDÍGENAS

A Constituição Federal de 1988 diferenciou juridicamente as atividades de Mineração


(atividade industrial e moderna de exploração e beneficiamento de recursos minerais) e de
Garimpagem(atividade manual e rudimentar de exploração de recursos minerais por meio de
instrumentos “arcaicos”) em terras indígenas. A mineração passou a ser disciplinada por uma
serie de condições, mediante autorização por entidade ou órgão competente, a fim de
fiscalizar a exploração de forma menos degradante e eficiente, por outro lado, a garimpagem
por terceiros em terras indígenas restou-se totalmente proibida pela base legal. Todavia, não
há no ordenamento jurídico brasileiro, normatização legal que proíba a garimpagem pelos
indígenas, logo, o indígena não pode ser privado do exercício do usufruto, pela não
regulamentação da matéria.
A atividade mineradora deve estar devidamente legalizada e licenciada pela autoridade
competente, tendo em vista ser uma atividade extremamente degradante e com danos
ambientais quase sempre irreparáveis.
O art. 231 da Constituição federal de 1988, a utilização da área demarcada é restrita
aos indígenas, sendo que qualquer acordo feito com particulares, cedendo direito uso da terra
com finalidade de exploração e plenamente nulo conforme o disposto do parágrafo sexto do
referente artigo, caracteriza como nulos, “os atos que tenham por objeto a ocupação, o
domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais
do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União,
segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a
indenização ou ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas
da ocupação de boa-fé”.
O do art.231 da Constitui Federal, dispõe, ainda, que as terras indígenas são bens da
união, de forma que apesar do usufruto pertencer aos indígenas, pode essa determinada área
ser passível de utilização por não indígenas dependendo da finalidade social que se destina a
utilização. Por exemplo, se a exploração de um mineral em uma determinada terra indígena
for favorável a economia e desenvolvimento regional ou até mesmo nacional, essa área
poderá ser utilizada mediante indenização e royalities pela exploração da atividade
mineradora9.
Nesse sentido o autor Luís Paulo Sirvinskas, assevera que “ não se permitirá a
exploração da atividade mineraria em unidade de conservação senão mediante autorização
9
SANTILI. Juliana. Terras Indigenas. Obtido em : http://terrasindigenas/atividades-economicas/exploracao-
florestal-madeireira Acesso em 17/07/2013.
legal e não se permitirá também essa exploração em espaços territoriais e seus componentes
especialmente protegidos se houver comprometimento da integridade dos atributos que
justifiquem sua proteção”10.
Ocorre que a exploração da área mesmo que autorizada pelos órgãos competentes,
devem respeitar a função social da reserva indígena que é a proteção ambiental e cultural da
comunidade que habita determinada área. Caso haja alguma circunstancia desfavorável a
atividade na área, pode ser alvo de embargos, e interdições, conforme o exemplo abaixo:
A 5ª Turma do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) determinou o
cancelamento de todos os requerimentos de pesquisa e exploração de minérios no entorno da
área habitada pelos índios Cinta Larga, dentro da Reserva Indígena Roosevelt, localizada nos
municípios de Aripuanã, Espigão do Oeste e Pimenta Bueno, em Rondônia e Mato Grosso.
A decisão é favorável ao MPF (Ministério Público Federal), que contestou as
atividades minerárias autorizadas pelo DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral),
autarquia ligada ao Ministério de Minas e Energia. Em primeira instância, o MPF já havia
conseguido, junto à 5.ª Vara Federal em Porto Velho/RO, cancelar as autorizações vigentes e
os requerimentos de pesquisa e exploração referentes ao interior da reserva. Agora, o Tribunal
estendeu a medida à região do entorno, num raio de extensão de dez quilômetros a partir da
área ocupada pelos índios11.

6.2 EXPLORAÇÃO FLORESTAL EM TERRAS INDÍGENAS

Segundo o art.79 do Código Civil de 2002 “são bens imóveis o solo e tudo quanto se
lhe incorporar natural ou artificialmente”. Ao se fazer uma analogia do texto legal acima,
percebe se que tudo que se incorpora a coisa principal, ou sejas, as coisas acessórias, são
passiveis de uso. Logo se a comunidade indígena tem direito atribuído quanto ao usufruto da
área, logo, terá também o direito de usufruto sobre as coisas acessórias, ou seja as arvores,
que são coisas naturais incorporas a coisa principal. Dessa forma, não há duvida quanto ao
direito dos índios no uso da coisa acessória.
Dada a similitude entre os institutos de usufruto exclusivo indígena e o usufruto de
ordem privada, tem-se que o usufruto indígena se estende aos acessórios da coisa. Tratando-se
de florestas, o Código Civil estabelece que o dono e o usufrutuário devem prefixar a extensão
do gozo e a maneira de exploração. No caso indígena a extensão está fixada
constitucionalmente, uma vez que o entendimento de terra indígena a abrange como uma
10
SIRVINSKAS. Luís Paulo. Manual de Direito Ambiental.
11
SANTILI. Juliana. Terras Indigenas. Obtido em : http://terrasindigenas/atividades-
economicas/exploracao-florestal-madeireira Acesso em 17/07/2013
universalidade de bens. Não obstante, o artigo 24 do Estatuto do Índio é expresso no seu
parágrafo 1° que o usufruto se estende aos acessórios e seus acrescidos12.
Muitos ainda divergem quanto a possibilidade de uma comunidade indígena extrair em
caráter comercial a madeira presente e disponível nas áreas indígenas.
Assim, os índios podem usar livremente os recursos florestais de suas terras em
atividades tradicionais, voltadas para a subsistência ou consumo interno, podendo cortar
árvores para construir casas, fazer utensílios domésticos, móveis, instrumentos de trabalho,
cercas, canoas e barcos, e usar seus recursos florestais para quaisquer outros fins que visem
possibilitar a sobrevivência física e cultural da comunidade indígena. Portanto, não incidem
sobre as atividades tradicionais desenvolvidas pelas comunidades indígenas as limitações
gerais estabelecidas pelo Código Florestal. Assim, podem plantar, fazer roças e aldeias
mesmo nas áreas de preservação permanente estabelecidas pelo Código Florestal.
De acordo com o que já foi salientada, a Constituição Federal, garante aos indígenas a
posse permanente de suas terras. O usufruto sobre a terra segundo o art.1390 do Código Civil,
“o usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro,
ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades”.
Logo, se as arvores são considerados como coisas acessórias da coisa principal que é a
área indígena, pode-se concluir que é direito da comunidade indígena explorar dentro das
formas legais a madeira presente em sua área. ,Diversas são, entretanto, as condições jurídicas
para a exploração de recursos florestais de Terras Indígenas visando a sua comercialização.
Tais atividades madeireiras comerciais devem se submeter à legislação ambiental aplicável.
Assim, estarão sujeitas a todas as restrições impostas pelo Código Florestal, pela Lei
7.754/89, pela legislação que regula a exploração de recursos florestais sob a forma de manejo
florestal sustentável e proíbe o corte e a comercialização de determinadas espécies13.
Segundo Jose Afonso da Silva, “a conservação da floresta não pode significar
manutenção estática, imobilização, de modo que os recursos permaneçam eternamente
inapropriáveis. Um dos objetivos dessa política há de ser também o aproveitamento dos
recursos que as florestas ofereçam”.

12
SIRVINSKAS. Luís Paulo. Manual de Direito Ambiental. ED....., São Paulo. Pg.
13
ROMERO. Ellen Cristina Oenning e MARQUES. Vera Lúcia Leite. Terras indígenas: usufruto exclusivo e
proteção do meio ambiente Indigenouslands: exclusive usufructandenvironmentprotection. Obtido em:
http://pib.socioambiental.org/pt/c/terrasindigenas/atividades-economicas/exploracao-florestal-madeireira .
Acesso em : 17/09/2013.
O referido autor afirma, que no código anterior a exploração em área demarcada como
terra indígena era totalmente vedada. Pois a máxima da ideia era a preservação permanente,
sendo que não havia a menor observância da localização da área.
Por isso, o §.2º do art.3º estabelece que as florestas ficam submetidas ao regime do art.
2º do Código, e não regime do art. 3º. Apesar do dispositivo continuar existindo e vigente, a
Medida Provisória 2.166-67, de 2001, com a introdução de um art.3ªA, abriu um enorme
brecha que possibilitou a extração de madeira mesmo com finalidade comercial pelos
indígenas.
O novo dispositivo abriu uma margem extensa quanto as áreas que podem
eventualmente ser exploradas. Dessa forma ficam limitadas apenas as áreas classificadas
como área de preservação permanente, logo as demais áreas que não se enquadrem neste
perfil, podem ser alvos de exploração madeireira comercial pelos próprios indígenas14.
Nesse sentido, a LEI 9.985 de 2000 assevera sobre os princípios que norteiam uma
unidade de conservação, conforme o seu art.2º:
Art. 2º Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I - unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo
as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído
pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime
especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção;
II - conservação da natureza: o manejo do uso humano da natureza, compreendendo
a preservação, a manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação
do ambiente natural, para que possa produzir o maior benefício, em bases
sustentáveis, às atuais gerações, mantendo seu potencial de satisfazer as
necessidades e aspirações das gerações futuras, e garantindo a sobrevivência dos
seres vivos em geral.
Em relação ao dispositivo de lei supramencionado, entende-se que a unidade de
conservação pode ser explorada segundo os ditames da sustentabilidade. A esse respeito
ONU, dispõe sobre o tripé da sustentabilidade, que são necessariamente:
a) Ser economicamente viável;
b) Ser socialmente justo;
c) Ser ambientalmente correto.
Economicamente viável indica a vantagem econômica que o empreendimento ou
exploração vai trazer, para determinada comunidade ou região, é um paradoxo, que determina
se o faturamento vale os danos gerados pela atividade. Deve também ser observado se é justo,
socialmente falando, se a atividade beneficia todo o social, se é vantajoso não só para um
grupo especifico, e por ultimo, deve ser ambientalmente correto, ou seja, as atividades devem
estar de acordo com as normas de preservação e de regulamentação da atividade.
14
SILVA. Jose Afonso. Direito Ambiental Constitucional. 9ª ed., Editora Malheiros, São Paulo, 2011.
Sendo respeito esse tripé da sustentabilidade, fica claro que, mesmo com finalidades
comerciais, o nativo pode promover a exploração e corte manejado de arvores, é oque aduz o
art.3.A da lei 4.771 de 1965, que dipõe que “a exploração dos recursos florestais em terras
indígenas somente poderá ser realizada pelas comunidades indígenas em regime de manejo
florestal sustentável, para atender a sua subsistência, respeitados os arts. 2º e 3o deste
Código”.
Logo, a atividade exploradora de madeira, nas florestas das áreas indígenas, desde que
essas não estejam constituídas como áreas de preservação permanente, podem ser alvos de
exploração pelos indígenas. Todavia, ocorre que, por não terem acesso a um planejamento, e
por não existir uma politica de regularização desse tipo de atividade pelas comunidades
indígenas, os índios acabam por explorar de maneira ilegal os recursos madeireiros da reserva
indígena.
Ao meu ver, o que falta é uma regulamentação que venha a facilitar o acesso aos
indígenas a essas informações, e que com certeza, oque limitaria a exploração ilegal, sem
planejamento e degradante das florestas. Pois se há uma atuação desordenada dos indígenas
sobre a área demarcada, é fruto dessa limitação imposta pelo antigo código florestal, que
apesar de superada, ainda produz efeitos quanto ao direitos dos indígenas em explorar o
potencial madeireiro de sua reserva(há de se ressaltar que este pensamento só pode ser
atribuído as áreas de conservação e nunca as APPs). De fato, se houvesse uma devida
legalização e licenciamento para a exploração de madeira pelos indígenas.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Constituição Federal foi marcante na elaboração da matéria de direitos indígenas no


ordenamento jurídico brasileiro, haja vista que defendeu largamente o direito dos indígenas
quanto ao respeito aos seus costumes, cultura, tradições, religião e organização social.
Percebendo-se necessário para tanto, que seja devidamente demarcado as áreas onde há a
efetiva ocupação pela comunidade. Essa área, de acordo com o art. 231 da Constituição
federal é usufruto exclusivo do indígena, sedo que esse é o único com direito de gozar do
direito de uso e fruição, salvos os casos ressalvados na CF/88.
Todavia, ocorre que, comumente as áreas demarcadas como áreas indígenas são
violadas para a exploração ilegal de minério e madeira. As vezes por não-indígenas, mais a
maioria das vezes pelos próprios indígenas, que afim de prover maior renda a comunidade,
acabam por permitir que madeireiros e garimpeiros adentrem na área para realizar
explorações. Essas situações, podem estar sendo motivadas pela limitação imposta as
comunidades indígenas quanto ao direito dos indígenas em explorar legalmente o potencial
madeireiro e mineral de suas áreas.
O fato é que não há nenhum dispositivo legal que venha a impedir a exploração
comercial dos recursos naturais nas reservas indígenas. Oque existe é uma forma de tabu que
liga a imagem do indígena ao silvícola, todavia com constantes evoluções, é um tanto quanto
discrepante pensar que os indígenas devem continuar a viver nos moldes de anos atrás. Oque
acontece é que a própria Constituição Federal de 1988, ao apontar que as áreas indígenas
devem estar ligadas ao critério de tradicionalidade(termo expresso no art. 231 da CF/88). De
fato a figura natural do indígena, e a de um individuo que vive da floresta, da caça, da pesca e
da coleta. Só que nada impede os indígenas de se valerem de atividades incomuns a seus
costumes.

REFERENCIAS

AMADO. Luiz Henrique Eloi. A dupla afetação em terras indígenas: perfeita


Compatibilidade entre terra indígena e meio ambiente. Obtido em :
http://www.neppi.org/anais/Gestao%20territorial%20e%20sustentabilidade. Acesso em
17/07/2013.

ANTUNES. Paulo de Bessa. Direito Ambiental. 12 ed. Amplamente reformulada, 3ª


Tiragem. Lumen Juris. Rio de Janeiro. 2010.

AVILA. Fabiano. Reservas Indigenassãomuito eficazes para proteger a floresta


Amazônica. http://www.institutocarbonobrasil.org.br/uso_da_terra/noticia=733386 . acesso
em 17/09/2013.

REBOUÇAS. Fernando. Tripé da Sustentabilidade.http://www.infoescola.com/ecologia/


tripé-da-sustentabilidade. Acesso em 17/07/2013.

ROMERO. Ellen Cristina Oenning e MARQUES. Vera Lúcia Leite. Terras indígenas:
usufruto exclusivo e proteção do meio ambiente Indigenouslands: exclusive
usufructandenvironmentprotection. Obtido em:
http://pib.socioambiental.org/pt/c/terrasindigenas/atividades-economicas/exploracao-florestal-
madeireira . Acesso em : 17/09/2013.

ROMERO. Ellen Cristina Oenning. Aspectos jurídicos da exploração de recursos naturais


em terras indígenas.http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos
_leitura&artigo_id=6823. Acesso em 17/09/2013.

SANTILI. Juliana. Terras Indigenas. Obtido em : http://terrasindigenas/atividades-


economicas/exploracao-florestal-madeireira Acesso em 17/07/2013.

SILVA. Jose Afonso. Direito Ambiental Constitucional. 9ª ed., Editora Malheiros, São
Paulo, 2011.
SIRVINSKAS. Luís Paulo. Manual de Direito Ambiental.

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