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Ár a
Carta do
Presidente
O
Bahia Florestal (relatório ABAF 2017) reúne os
ABAF/Divulgação
principais dados de 2016 do setor das empresas
de base florestal na Bahia. Os dados nacionais es-
tão reunidos no Relatório Ibá 2017, mas sentía-
mos a necessidade de atualização dos números estaduais.
Estamos caminhando no sentido da valorização e fortaleci-
mento do setor de árvores plantadas e dos produtos dele
derivados.
Este trabalho começou em 2004 quando o setor de base
florestal na Bahia se uniu para criar a Associação Baiana das
Empresas de Base Florestal (ABAF) e, com isso, tomou a
dianteira no sentido de contribuir para um desenvolvimen-
to com bases sustentáveis, seja do ponto de vista econômi-
co, ambiental ou social.
A força da ABAF, porém vem da participação das empre- Sebastião Andrade
sas associadas e também das associações regionais em cada Presidente da ABAF
polo produtor do estado que, por sua vez, representam e
Associação Baiana das
congregam pequenos e médios produtores. Da mesma for-
Empresas de Base Florestal
ma, a ABAF (em sintonia e integração com as demais esta-
duais), fortalece a nossa entidade nacional que é a Indústria
Brasileira de Árvores (Ibá).
Nossos desafios se renovam e se diversificam. Além de
fortalecer a sua própria atuação, chegando a cada vez mais
lugares, em um estado de grande extensão territorial e diver-
sidade climática, a ABAF se prepara para uma expansão ex-
pressiva do setor, tanto pelo crescimento da população e do
consumo, quanto pela entrada, cada vez mais forte, de no-
vas indústrias, em função dos diferenciais competitivos na-
turais do Brasil e, especialmente, da Bahia.
Além disso, nossos desafios seguem na direção da diver-
sificação de atividade do setor florestal que é muito mais que
papel, celulose, carvão vegetal e produtos de madeira. Hoje,
estamos presenciando a chegada de empresas de energia de
biomassa florestal e um crescimento de empreendimentos
agrosilvipastoris. É uma nova realidade que se delineia com
grande perspectiva de sucesso e é isso que demonstramos
nesse relatório.
Percebemos que o setor de base florestal continua com
notável ampliação geográfica e diversificação de produtos fi-
nais. Tudo isso, possibilitando a inclusão de pequenos e mé-
dios produtores e processadores na cadeia produtiva florestal.
Além disso, ressaltamos neste relatório a posição do se-
tor nos índices estaduais referentes a desenvolvimento eco-
nômico, social e ambiental. Destacamos a contribuição do
setor na oferta de emprego, na atração de divisas e em pro-
gramas socioambientais.
Todas essas evidências reforçam o papel importante
do setor florestal, inclusive, na política climática nacional e
mundial, com a possibilidade de ganhos adicionais por Pa-
gamento por Serviços Ambientais (PSA).
A indústria da árvore plantada representa o futuro, por-
que é a base do atendimento do suprimento de matérias-pri-
mas renováveis, recicláveis e amigáveis ao meio ambiente, à
biodiversidade e à sustentabilidade da vida humana.
As empresas e instituições associadas da ABAF (individuais e coletivas) detêm cerca de 590 mil hectares plantados com eucalipto e pinus equiva-
lente à 96% deste total, o que comprova a representatividade da associação (2016) no estado.
Além dos plantios comerciais extensivos com eucalipto e pinus, a Bahia ainda possui plantios com seringueira para a extração do látex. Segundo esti-
mativas (2017) da CEPLAC do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o estado possui 32.330 hectares plantados com seringueira.
A Bahia é um dos principais produtores de seringueira voltada à indústria consumidora de látex. Os plantios estão pulverizados no estado, prin-
cipalmente em pequenos e médios produtores, com maior concentração na extensa faixa costeira, especialmente nas Regiões Sudeste e Extremo
Sul, com destaque para o município de Igrapiúna e região limítrofe.
600 Pinus
5% 1% 5%
1%
500
ha)
(mil ha)
(milhões
400
Área
300 Eucalipto
94%
Área
200
100
0
Eucalipto
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
94%
Eucalipto Pinus
BRASIL[2016]:
BRASIL [2016]:
Eucalipto:5.673.784
Eucalipto: 5.673.784 haha | Pinus:
| Pinus: 1.584.333
1.584.333 ha | TOTAL:
ha | TOTAL: 7.258.117
7.258.117 ha ha
BAHIA [2016]:
612.199 ha (4º maior ranking nacional) | Pinus: 3.301 ha | TOTAL: 615.500 ha
BAHIA [2016]:
Eucalipto:
Eucalipto: 612.199 ha (4º maior ranking nacional) | Pinus: 3.301 ha | TOTAL: 615.500 ha
¹ Estimativa
Fonte: IBÁ (2017) CEPLAC-MAPA (2017), compilado por STCP.
A figura 1.02 apresenta, de forma esquemática, a distribuição geográfica dos maciços florestais no estado.
Figura 1.02 – Distribuição Geográfica das Áreas de Plantios Florestais na Bahia (2016)
Além dos fatores edafoclimáticos favoráveis, a concentração de players consumidores nestas regiões, com eventuais expansões em suas linhas
de produção industriais e consequente aumento no consumo de madeira em tora, favorece a expansão em área plantada. Esta expansão se dá
tanto por parte de grandes empresas do setor já instaladas na região, bem como de pequenos produtores florestais, em muitos casos associa-
dos às mesmas através de programas de fomento florestal empresarial.
Além do fomento florestal, a ABAF estimula proprietários rurais do estado a cultivarem a terra através do sistema Integração Lavoura-Pecuária-
-Floresta (ILPF). Trata-se de um modelo de produção agrícola sustentável que permite a produção de grãos, criação de gado (corte e/ou leite),
bem como o manejo de florestas plantadas dentro de uma mesma propriedade. Essa integração entre as culturas permite melhorar o aprovei-
tamento econômico do solo durante o ano todo, favorecendo o abastecimento dos três setores, além de gerar emprego e renda no campo.
25 25 23
IMA (m³/ha.ano)
23
34
IMA (m³/ha.ano)
34
IMA (m³/ha.ano)
20 20 30 30
15 15
10
10
20 20
10 10 20
55 44
20
5
5
10
0 10
0
Estados
BRASIL
China
Finlândia²
doAmérica
Oceania
Canadá
do Sul¹
Unidos
Estados
BRASIL
China
Finlândia²
Oceania
América
Canadá
Sul¹
Unidos
0
0 BAHIA
BAHIA
Figura 1.04 – Área Florestal Certificada na Bahia por Tipo de Floresta e Tipo de Certificado
Somente
NATIVA CERFLOR FSC e
43% 19% CERFLOR
81%
PLANTADA
57%
TOTAL: 730.483 ha
[Plantada: 414.937 ha | Nativa: 315.546 ha]
Fonte: FSC/CERFLOR (2017), Associadas ABAF (2017), compilado por STCP (2017).
Muitos produtores florestais que são participantes de programas de fomento das grandes empresas do estado também possuem florestas cer-
tificadas, evidenciando a preocupação do setor em adotar boas práticas florestais e socioambientais.
A certificação é tida como um diferencial de mercado para as empresas que a possuem. Com o aumento da pressão sobre as florestas nativas,
bem como com a conscientização do consumidor final quanto a esta condição ambiental, a perspectiva de demanda mundial por produtos flo-
restais certificados é de aumento expressivo nas próximas décadas.
A certificação florestal garante que o produto tem origem em um processo produtivo que respeita padrões de qualidade e de sustentabilidade
(ecologicamente adequado, socialmente justo e economicamente viável), atendendo todas as leis vigentes.
Gleison Rezende
Cadeia Produ8va
Florestal na Bahia
Eucalipto Florestas
Pinus¹ Plantadas
-‐ Tora
-‐ Biomassa² / Resíduos
-‐ Celulose
-‐ Papel
-‐ Celulose Solúvel
-‐ Serrados
-‐ Madeira Tratada
-‐ Móveis
Agronegócio -‐ Carvão Vegetal
Bioenergia
Mercado
Estadual, Nacional e Internacional
enor proporção no estado, compara5vamente ao eucalipto. U5lizado principalmente na produção de C&P e uso energé5co (biomassa)
¹ Pinus: em menor proporção no estado, compara5vamente ao eucalipto. U5lizado principalmente na produção de C&P e uso energé5co (biomassa)
tende principalmente o setor do agronegócio (processadores de grãos) e bioenergia no estado, ambos consumidores de madeira principalmente para
² A biomassa atende principalmente o setor do agronegócio (processadores de grãos) e bioenergia no estado, ambos consumidores de madeira principalmente para a geração de energia
energia³ Produtos Florestais Não Madeireiros (PFNM) não são foco deste trabalho
restais Não Madeireiros (PFNM) não são foco deste trabalho
Fonte: Elaborado por STCP (2017).
12December, 2017
Bahia Florestal • Relatório ABAF 2017 9
2.2 – DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA INDUSTRIAL
O complexo industrial do setor florestal da Bahia pode ser observado através da figura esquemática 2.02, que evidencia a macrolocalização das
principais empresas industriais e polos do setor.
A maioria das empresas do setor está localizada na região da costa leste do estado, com evidência para as Regiões Centro Norte e Sul, onde se
localizam as empresas do setor de celulose e papel, ferro liga, bem como as de beneficiamento de madeira (serrarias e tratamento de madei-
ra). Por outro lado, na Região Extremo Oeste do estado, há concentração de empresas que consomem biomassa florestal para a geração de
energia, visto que esta região é a grande produtora de grãos (agronegócio) da Bahia, os quais passam pelo processo de secagem (com utiliza-
ção da madeira para a secagem dos grãos).
Por Segmento
Sivilcultura1
0,3%
C&P
13,8%
Móveis de
madeiras
Indústria 51,1%
Madereira
34,7%
O grande número de empresas associadas à produção de móveis e produtos madeireiros (86%) evidencia a pulverização desta indústria, repre-
sentado por empresas principalmente de pequeno porte no estado. Cabe mencionar que a maior parte da madeira consumida (~ 85%, esti-
mativa ABAF) por estas empresas de madeira e móveis vem de outros estados.
Considerando todos os setores da economia da Bahia, o estado possui 9.072 empresas. Assim, o setor de base florestal é responsável por 7%
deste total.
11%
15
10
C&P
5 86%
0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Taxa Crescimento:
TOTAL 2016: 15,9 milhões m³
Taxa Crescimento:
Anual: +0,5% | Período: +4,9%
Anual: +0,5% | Período: +4,9%
TOTAL 2016: 15,9 milhões m³
¹ Energia contempla madeira para lenha e equivalente em tora destinada à produção de carvão vegeta
¹ Energia contempla madeira para lenha e equivalente em tora destinada à produção de carvão vegetal.
Fonte: IBGE
Fonte: IBGE (2017), (2017),
compilado por STCPcompilado
(2017). por STCP (2017).
A produção de madeira em tora de floresta plantada destinada à produção de celulose e papel (C&P) é a mais representativa no estado. Dos 16
Amilhões
produção de madeira em tora de floresta plantada destinada à produção de celulose e papel (C&P) é
m³ produzidos pelo setor florestal estadual em 2016, 86% (13,6 milhões m³) foi para atender a indústria de C&P. Cerca de 11% (1,8
representativa no estado.
milhão mil m³) destinou-se a processos Dos 15,8 milhões
de geração m³para
de energia e/ou produzidos pelo de
atender a indústria setor florestal
ferro ligas, estadual
contemplando lenha em 2016,
industrial da 86%
milhões
silvicultura em³) foi paraematender
o equivalente tora para a aprodução
indústria de C&P.
de carvão vegetal. Cerca de3%11%
Deste total (404,6(1,8 milhão
mil m³) mil
refere-se m³) destinou-se
à madeira a proce
tora para processa-
mento principalmente de madeira sólida em serraria.
geração de energia e/ou para atender a indústria de ferro ligas, contemplando lenha industrial da silvi
12 equivalente em
Bahia Florestal tora
• Relatório ABAFpara
2017 a produção de carvão vegetal. E os 3% (404,6 mil m³) restantes refere-se à m
para processamento principalmente de madeira sólida em serraria.
Clio Luconi
2.5 – PRODUÇÃO E CONSUMO DE PRODUTOS
A Bahia é destaque na produção de produtos diversificados de base florestal plantada, com participação ativa e expressiva na produção nacio-
nal. A maior participação do estado nas estatísticas nacionais é para a produção de celulose especial, em que a Bahia responde por 77% do to-
tal produzido do Brasil (2016) e para ferro ligas, em que a participação estadual atinge 30% do total nacional deste produto. Em volume, des-
taca-se a produção de celulose branqueada de eucalipto, com mais de 2,5 milhões de toneladas em 2016 (14% do volume nacional).
Tabela
Tabela 2.01 –2.01 – Estimativa
Estimativa da Produção
da Produção dosProdutos
dos Principais Principais Produtos
de Base dena
Florestal Base Florestal na Bahia e Participa
Bahia
e Participação do Total Nacional [2016]
Nacional [2016]
% da Bahia na
Produto Unidade Produção na Bahia
Produção Nacional
Celulose e Celulose
ton 3.108.600 91%
16%
Especial (Solúvel)
Serrado m³ 187.000 7%
Lenha m³ 964.000 2%
Nota: A produção total de móveis na Bahia foi de 8,7 milhões de peças em 2016, o que representa
Nota: A produção total de móveis na Bahia foi de 8,7 milhões de peças em 2016, o que representa 2% da produção nacional. Esta estatística disponível considera móveis e colchões, em
produção
que a madeira nacional.
é um dos componentes Esta2017).
(ABIMÓVEL, estatística disponível considera móveis e colchões, em que a madeira é um
componentes (ABIMÓVEL, 2017).
Fonte: Diversas, elaborado por STCP (2017).
Fonte:
Em menor Diversas,
percentual, elaborado
mas não por STCP
menos importante, outros(2017).
produtos de base florestal, a exemplo dos diferentes tipos de papéis, madeira ser-
rada, madeira tratada, lenha e carvão vegetal, são processados ao longo da cadeia produtiva estadual. Conforme abordado anteriormente, cer-
ca deEm
85% menor
(estimativapercentual,
ABAF) da madeiramas não menos
consumida importante,
por empresas outros
de madeira e móveis vemprodutos de base florestal, a exemplo do
de outros estados.
tipos de papéis, madeira serrada, madeira tratada, lenha e carvão vegetal, são processados ao long
Bahia Florestal • Relatório ABAF 2017 13
produtiva estadual. Conforme abordado anteriormente, cerca de 85% (estimativa ABAF) da madeir
3 – IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA
O setor florestal desempenha papel relevante no cenário socioeconômico do país. Isso se dá, entre outros fatores, através de sua contribuição
para o Produto Interno Bruto (PIB) setorial, arrecadação de tributos, saldo da balança comercial e investimentos no setor. Adicionalmente, a
contribuição ocorre também através da geração de empregos no campo florestal-industrial, bem como de renda pela inserção de produtores
rurais em programas de fomento de grandes empresas. Assim, tem-se um efeito multiplicador acelerado na economia estadual, com reflexo
positivo nos índices de desenvolvimento humano, conforme será possível evidenciar nesta seção.
Setor
Florestal-Industrial
4%
Outras
Atividades1
96%
Setor
Florestal-Industrial
3,2%
Outras
Atividades1
96,8%
¹3.3
Outras atividades: Internacional
– Comércio agropecuária, indústria e serviços
Fonte: Diversas, compilado por STCP (2017).
3.3 – BALANÇA
3.3.1 COMERCIAL
– exportações
3.3.1
O setor–deComércio
base florestal Internacional
baiano exportou US$ 1,28 bilhão em 2016, o que representou 19% do total das exportações do estado. Este é, indi-
vidualmente, o principal setor da economia baiana no recebimento de divisas (vide figura 3.03).
O setor de base florestal baiano exportou US$ 1,28 bilhão em 2016, o que representou 19% do total das
exportações do estado. Este é, individualmente, o principal setor da economia baiana no recebimento d
Figura 3.03 – Exportações do Setor de Base Florestal da Bahia Comparativamente aos
(vide
Demaisfigura 3.03).
Setores da Economia Baiana [2016]
Figura 3.03 – Exportações do Setor de Base Florestal da Bahia Comparativamente aos Demais Setores da
Economia Baianaem valor (Us$)
[2016] em porcentual (%)
3,0
19%
Produtos
de Base
3,21 Florestal
2,5 19%
US$ bilhões
2,0 Cobre
1,5
1,28 Cobre
10%
10%
0,70 0,60
1,0
0,53 0,46
0,5
Outros Produtos
0,0 47% Produtos
QuímicosQuímicos,
Orgânicos
Base Florestal
Automóveis/
Outros
Cobre
Frutos Diversos
Químicos
Orgânicos
Orgânicos
Produtos
Produtos de
Sementes e
tratores
Grãos, 9%
9%
Grãos,
Sementes
Automóveis/
e Frutos
Grãos,
tratores Diversos
Sementes e
Automóveis/ 8%
7%
Tratores Frutos diversos
7% 8%
Total das Exportações da Bahia | 2016: US$ 6,78 bilhões
Fonte: MDIC
Total das (2017), compilado
Exportações da Bahiapor STCPUS$
| 2016: 6,78
(2017). bilhões
Historicamente, asporexportações
Fonte: MDIC (2017), compilado STCP (2017). do setor de base florestal do estado da Bahia têm crescido à taxa de 2,8%
equivalente a 28,0% na última década (2007-16). O segmento de celulose branqueada é o destaque dent
Historicamente, as exportações do setor de base florestal do estado da Bahia têm crescido à taxa de 2,8% a.a., equivalente a 28 % na última dé-
setor no estado.
cada (2007-16). Estedesegmento
O segmento foi responsável
celulose branqueada por deste
é o destaque dentro 67,4%setordas exportações,
no estado. Este segmentocomplementado comdas17,8%
foi responsável por 67,4%
celulose
exportações,solúvel. Estescom
complementado dois segmentos
17,8% juntosEstes
da celulose solúvel. totalizam 85%juntos
dois segmentos das totalizam
vendas85% internacionais do setor
das vendas internacionais florestal
do setor
estado
florestal do(figura 3.04).
estado (figura Cerca
3.04). Cercade 53%
de 53% dasdas exportações
exportações do setor dado setor
Bahia da Bahia
tem como destinotem como
a China, destino
que está a China,con-
entre os principais que est
sumidores e importadores mundiais de celulose.
os principais consumidores e importadores mundiais de celulose.
Gleison Rezende
2,0
1,8
1,6
1,4
US$ bilhões
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
BRASIL BahiaBahia
BRASIL Bahia Geral
Bahia Geral Bahia Florestal
Bahia Florestal
3.3.2 – IMPORTAÇÕES
Os dados de importação revelam que a aquisição internacional de produtos de base florestal pela Bahia (US$ 18,4 milhões) apresenta-se em
escala muito menos significativa comparada às exportações (US$ 1,28 bilhão).
Enquanto que o setor detém 19% das exportações baianas (1º setor exportador), na área de importação a participação é de menos de 1% do
total do estado. Ou seja, o setor florestal realiza uma expressiva contribuição à balança comercial do estado.
Divulgação
Figura 3.05
Figura 3.06– –Saldo
Saldodada
Balança Comercial
Balança do Setor
Comercial do de Basede
Setor Florestal da Bahia da Bahia
Base Florestal
SALDO DA BALANÇA COMERCIAL DO SETOR FLORESTAL BAHIA
SALDO DA BALANÇA COMERCIAL DO SETOR FLORESTAL BAHIA
Evolução Histórica Participação por Produto
0,2 18,0%
0,0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 celulose
67,9%
Taxa
Taxa Crescimento:
Crescimento: TOTAL BAHIA
TOTAL BAHIA | 2016: US$ 1,26 bilhão
Anual: +3,8%
Anual: +3,8% | Período:
| Período: +40,0%
+40,0% 2016: US$ 1,26 bilhão
Participação
Participação do Saldo
do Saldo do Setor
do Setor Florestal
Florestal da Bahia Participação
Participação dodo Setor
Setor Florestal
Florestal para
para
da Bahia no Brasil Saldo Geral² do Estado [2016]
no Brasil Saldo Geral² do Estado [2016]
Observa-se que o superávit da balança comercial do estado como um todo é influenciado diretamente pelo resultado do superávit expressivo do se-
tor de base florestal do estado. Em 2016, o setor florestal apresentou saldo positivo de US$ 1,28 bilhão e os demais setores conjuntamente da eco-
nomia baiana déficit de US$ 650 milhões, resultando em saldo geral da balança comercial do estado da Bahia de US$ 625 milhões (vide figura 3.05).
Pesquisa &
Inovação Florestal
Programa Socioambiental
2% 1%
Indústria Plantio
37% Florestal
60%
Para os próximos 5 anos (2017-2021) a estimativa de investimentos pelas associadas da ABAF no estado é de R$ 2,6 bilhões, com média
anual de R$ 525 milhões.
Divulgação
Nilton Souza
¹ Previsão inicial das Associadas da ABAF para 2017-2021
Um dos principais aspectos positivos resultantes da atividade florestal é a geração de empregos. As ativ
econômicas que contemplam o setor de base florestal, bem como os diversos processos industriais da
transformação da madeira, resultam em expressiva geração de empregos ao longo da cadeia produtiva
O setor
3.5 de base florestal
– GERAÇÃO brasileiroEgerou
DE EMPREGOS RENDA3,04 milhões de empregos em 2016, sendo que 20% referem-
empregos diretos, 35% indiretos e 45% de efeito renda. Deste total, a Bahia foi responsável por 7,5%, c
Um dos principais
geração aspectosmil
de 228,7 positivos resultantes
empregos em da atividade florestal é23,2
2016, sendo a geração
mildediretos
empregos. As atividades
(10%), 86,9econômicas que contemplam
mil indiretos (38%) eo 118,6
setor de base florestal, bem como os diversos processos industriais da transformação da madeira, resultam em expressiva geração de empre-
efeito
gos renda
ao longo (52%),
da cadeia conforme evidencia a figura 3.08. Este total de empregos gerados pelo setor florest
produtiva.
contempla as diversas atividades, desde o pré-plantio (preparo de mudas e terreno), efetivo plantio, co
O setor de base florestal brasileiro gerou 3,04 milhões de empregos em 2016, sendo que 20% referem-se a empregos diretos, 35% indiretos e
florestal,
45% prestadores
de efeito renda. Deste total, de serviços,
a Bahia até oporefetivo
foi responsável 7,5%, comprocessamento industrial
geração de 228,7 mil empregos nassendo
em 2016, diferentes frentes
23,2 mil diretos de pro
(10%),
madeira.
86,9 mil indiretos (38%) e 118,6 mil de efeito renda (52%), conforme evidencia a figura 3.07. Este total de empregos gerados pelo setor flores-
tal contempla as diversas atividades, desde o pré-plantio (preparo de mudas e terreno), efetivo plantio, colheita florestal, prestadores de ser-
Taisaté
viços, indicadores evidenciam
o efetivo processamento a expressiva
industrial importância
nas diferentes frentes de produçãodeste setor para a socioeconomia setorial baiana
de madeira.
Tais indicadores evidenciam a expressiva importância deste setor para a socioeconomia setorial baiana e no país.
Figura 3.08 – Empregos Gerados pelo Setor Florestal da Bahia
Figura 3.07 – Empregos Gerados pelo Setor Florestal da Bahia
Evolução Histórica nos Empregos Diretos Participação por Tipo de Emprego
Evolução Histórica nos Empregos Diretos Participação por Tipo de Emprego
2014 2015 2016
12
Efeito Renda: Diretos:
2016: 23.184 23.184 empregos
9,5
118.585 empregos
10 23.184 10%
empregos
8,6
118.585
# Empregos Diretos (1.000)
8,3
6
4,1
3,7
3,6
4
2,9
2,7
2,4
2,2
1,9
1,8
2
38%
-
Indiretos:
Móveis
Ferro-Ligas e
C&P
Silvicultura/
Madeireira
Colheita
86.939 empregos
Carvão
Ind.
86.939 empregos
TOTAL 2016: 228.708
empregos
Nota: Emprego Direto: trata-se da mão de obra adicional necessária pelo setor em função do aumento de produção. Emprego Indireto: refere-se ao número de postos de trabalho oriun-
Nota: Emprego Direto: trata-se da mão de obra adicional necessária pelo setor em função do aumento
dos dos demais setores que compõem a cadeia produtiva, visto que a fabricação de um produto estimula a produção de diversos insumos necessários à sua produção. Efeito Renda: re-
sultante da transformação da renda dos trabalhadores e empresários, ou seja, do gasto de salários ou dividendos para a aquisição de bens e serviços.
produção.
Fonte: Emprego
MTE (2017), compilado Indireto: refere-se ao número de postos de trabalho oriundos dos demais setores q
por STCP (2017).
compõem a cadeia produtiva, visto que a fabricação de um produto estimula a produção de diversos in
Como reflexo dos efeitos da crise político-econômica nacional, observa-se a redução nos níveis de emprego nos diversos segmentos do setor flores-
necessários à sua produção. Efeito Renda: resultante da transformação da renda dos trabalhadores e
tal (vide figura 3.07). Estima-se que em 2016, a renda gerada pelo setor florestal-industrial, que representa o montante total de salários líquidos pa-
empresários,
gos aos trabalhadoresou seja, do emprego
(considerando gasto de salários
direto, indireto eou dividendos
efeito renda), atingiupara a milhões,
R$ 608,5 aquisição
o que de benscerca
representa e serviços.
de 6% do total na-
cional (R$ 10 bilhões – IBÁ, 2017). Esse total é, via de regra, reinvestido na economia através destes trabalhadores na aquisição de bens e consumo.
Fonte: MTE (2017), compilado por STCP (2017).
Bahia Florestal • Relatório ABAF 2017 21
Como reflexo dos efeitos da crise político-econômica nacional, observa-se a redução nos níveis de emp
Divulgação
Estima-se que em 2016, a massa salarial gerada pelo setor florestal-industrial, que representa o montante total
de salários e encargos sociais pagos aos trabalhadores, atingiu R$ 114,6 milhões. Com isso, esse total é, via de
regra, reinvestido na economia através destes trabalhadores na aquisição de bens e consumo.
3.6 – FOMENTO FLORESTAL
As empresas do setor têm promovido programas de fomento florestal com o intuito de complementar o
suprimento de madeira às suas indústrias de transformação, reduzindo assim a imobilização em ativos fundiários.
80.000
60.000
40.000
20.000
-
2014 2015 2016
Taxa Crescimento: Anual: -3,2%
Taxa Crescimento: | Período:
Anual: -3,2% -6,2%
| Período: -6,2%
Fonte: Associadas ABAF (2017), compilado
Fonte: por STCP (2017).
Associadas ABAF (2017), compilado por STCP (2017).
Em 2016, os programas de fomento florestal firmados pelas associadas da ABAF totalizaram mais de 78 mil hectares plantados com cerca de
Em 2016, os programas de fomento florestal firmados pelas associadas da ABAF totalizaram mais de 78 mil ha
410 contratos, beneficiando mais de 2.500 famílias, totalizando 77,6 mil hectares com florestas plantadas Observa-se queda de área entre 2014-
plantados com cerca de 410 contratos, beneficiando mais de 2.500 famílias, totalizando 77,6 mil ha com florestas
16, atribuída principalmente à estiagem ocorrida no Estado entre 2013-14 e 2015-16.
plantadas Observa-se queda de área entre 2014-16, atribuída principalmente à estiagem ocorrida no Estado entre
Para as economias locais, o fomento florestal contribui diretamente na geração dos benefícios econômicos e financeiros, criando empregos,
2013-14.
renda e tributos aos municípios, promovendo assim o desenvolvimento local e estadual como um todo. O fomento florestal pode ser integra-
Para
do à lavoura e pecuária, as economias
resultando locais,
no modelo deoprodução
fomentoILPF,
florestal contribui
com uma diretamente
atividade na sustentável.
agrícola mais geração dosEssa
benefícios econômicos
integração e
permite, além
financeiros,
de melhorar o aproveitamento criando do
econômico empregos,
solo, gerarrenda
maioreemprego
tributos eaos
renda no campo.promovendo assim o desenvolvimento local e
municípios,
estadual como um todo. O fomento florestal pode ser integrado à lavoura e pecuária, resultando no modelo de
Dados de 2016 evidenciam que 30%
produção ILPF,docom
volume
umadeatividade
madeira consumida pelassustentável.
agrícola mais empresas doEssa
setorintegração
de base florestal da Bahia
permite, alémadvêm de outrasofon-
de melhorar
tes (fomento e terceiros), que não própria.
aproveitamento econômico do solo, gerar maior emprego e renda no campo.
BAHIA¹ Variação
1 %
• 2005 0,488
18%
• 2013 0,576
Mucuri
• 2005 0,477
• 2013 0,616 29%
Santa Cruz Cabrália
• 2005 0,400
0,589
47%
• 2013
Entre Rios
• 2005 0,381
0,544
43%
• 2013
São Desidério
• 2005 0,476
0,630
32%
• 2013
Esplanada
• 2005 0,315
• 2013 0,558 77%
Alagoinhas
• 2005 0,517
0,673
30%
• 2013
Encruzilhada
• 2005 0,293
45%
• 2013 0,425
Barreiras
• 2005 0,504
• 2013 0,686 36%
Moderado
Regular
Baixo
Alto
FAIXAS IFDM
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
¹ Estimativa com base em média ponderada pela população estadual.
IFDM - Geral
Fontes: FIRJAN (2017), compilado por STCP (2017).
(unidade)
1.200
1.600
1.600 1.466
1.466 350350
250 299299
1.400
1.400
1.000 300300
(em mil)
Quantidade (em mil)
200
Quantidade (unidade)
(unidade)
Quantidade
1.200
1.200
800 250250 141
Quantidade
150 127
1.000
1.000
600 492
385 200200 93
100
Quantidade
800800
400 141141
Quantidade
150150 127127
600 600 74 492492 50 93 93
200 385385
400-400 100100
0
200200 74 74
2014 2015 2016 2017-21¹ 50 50 2014 2015 2016 2017-21¹
- - 0 0
2014
2014 2015
2015 2016
2016 2017-21¹
2017-21¹ 2014
2014 2015
2015 20162016 2017-21¹
2017-21¹
Montante de Investimentos
Montante de Investimentos
Montante
Montantedede
Investimentos
Investimentos
50 46
46 46
Investimento (R$ milhões)
50
4050
Investimento (R$ milhões)
Investimento (R$ milhões)
40
3040
30 30 16
20 14
11
20 20 14 14 16 16
10
11 11
10 10
0
0 0
2014 2015 2016 2017-21¹
2014
¹ Previsão inicial das Associadas2014
da ABAF para 2017-2021 2015
2015 2016
2016 2017-21¹
2017-21¹
Fonte: Associadas ABAF (2017), compilado por STCP (2017).
Paralelamente a estas iniciativas empresarias, a ABAF, junto a outros atores locais/estaduais, também atua diretamente na promoção de progra-
mas socioambientais. Destaque especial se dá ao Programa “Ambiente Florestal Sustentável” (PAFS) e ao programa “Mais árvores Bahia”. Estas
iniciativas evidenciam a intensa e crescente preocupação do setor florestal da Bahia na preservação e manutenção das áreas naturais do estado,
além da necessidade de promoção de treinamentos e capacitações para a disseminação da importância ambiental junto às comunidades locais.
O Programa ‘Ambiente Florestal Sustentável’ (PAFS) foi lançado pela ABAF no final de 2016. Este programa é uma ampliação do ‘Programa Fi-
tossanitário de Controle da Lagarta Parda’ (PFCLP), lançado pela ADAB e ABAF no início de 2016, visando o monitoramento e controle da la-
garta parda no Sul e Extremo Sul da Bahia.
O PAFS vem trabalhando temas relativos à educação ambiental em diversas comunidades rurais: Uso Múltiplo da Floresta Plantada/Programa
Mais Árvores Bahia; Regulamentação Ambiental das Propriedades Rurais (Código Florestal/ CAR/ Cefir); Integração Lavoura, Pecuária e Flores-
ta (iLPF)/Plano ABC; Preservação dos Recursos Hídricos; Prevenção e Controle de Incêndios Florestais; Controle de Gado nas Áreas de Preser-
vação; Combate ao Carvão Ilegal, e Programa Fitossanitário de Pragas.
Para isso foi elaborado um amplo programa de comunicação e foi montada e orientada uma equipe de três engenheiros (agrônomos e flores-
tais) que vem trabalhando com uma estrutura formada por veículos, equipamentos audiovisuais, campanha publicitária e material informativo.
Após intenso trabalho em 2 anos, o PAFS percorreu 140 mil quilômetros; realizou 130 treinamentos em 120 comunidades; instruiu e orientou
cerca de 5 mil produtores rurais de frutas, eucalipto, café, entre outras culturas, da região e estudantes.
O resultado tem sido muito positivo graças às parcerias feitas com o Governo do Estado, através da Seagri e ADAB; Sindicados Rurais da FAEB/
Senar; Associação de Produtores de Café, Frutas, Pecuária; e Prefeituras, através de suas Secretarias de Agricultura e Meio Ambiente.
Adicionalmente, o estado possui o Programa ‘Mais Árvores Bahia’, através de uma iniciativa da ABAF de 2015, em parceria com diversas entida-
des locais, que tem por intuito incentivar a inclusão de pequenos e médios produtores no plantio, manejo e processamento de madeira de flo-
restas comerciais para o uso múltiplo. O programa considera a atuação em duas frentes de trabalho: (i) Projeto Produção, que visa orientar e
capacitar pequenos e médios produtores para produção de madeira ao uso múltiplo, notadamente serrarias e movelarias regionais; e (ii) Pro-
jeto Indústria, que tem o objetivo de aumentar a competitividade dos micro e pequenos processadores de madeira.
O programa trabalha, ao mesmo tempo, com os três vértices: produtores de madeira; compradores e processadores de madeira; e consumi-
dores finais (através das revendas de madeira, indústrias de móveis e construção civil). Com isso, visa atender também a demanda por móveis,
peças e partes de madeira para construção civil na Bahia - hoje atendida, na sua maior parte, por outros estados brasileiros.
Emo Italiaander/BSC
Presidente:
Sebastião Andrade
Vice-Presidentes:
Moacyr Fantini Junior,
Armando Amorim,
Sabrina de Branco,
Douglas Seibert Lazaretti
Diretor Executivo:
Wilson Andrade
Conselho Fiscal:
Renato Gomes Carneiro Filho,
Leonardo Rego Genofre,
Fernando Branco Guimarães,
Mariana Lisboa Pereira,
Luís Vieira de Araújo
Expediente:
Realização e elaboração:
ABAF
Coordenação de jornalismo:
ABAF:
ABAF:desde
desde2004
2004 unindo
unindo oo setor
setorflorestal
florestal
Aprosem - Associação
dos Produtores de
Sementes de Soja dos
Estados do Matopiba
PDI - Plano de
Desenvolvimento
Integrado da Bahia
Mais de 40
representações
a nível regional,
estadual
e nacional.
Associados: