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Meu CME
Seu Manual de Esterilização Online

AULAS ETAPAS DO PROCESSAMENTO EVENTOS INÍCIO LEGISLAÇÕES PERGUNTAS FREQUENTES

RESPONSABILIDADE DO ENFERMEIRO DO CME NO TESTE DE FUNCIONALIDADE DE INSTRUMENTAL CIRÚRGICO VÍDEOS

Características e Objetivos em CME


O C.M.E., segundo a RDC Nº 15, de 15 de Março de 2012, como:

“Unidade funcional destinada ao processamento de produtos para saúde dos serviços de


saúde”.

A Resolução RDC nº 307, de 14 de novembro de 2002 (Brasil, 2002), considera o CME uma unidade de apoio técnico, que
tem como nalidade o fornecimento de artigos médico-hospitalares adequadamente processados, proporcionando, assim,
condições para o atendimento direto e a assistência à saúde dos indivíduos enfermos e sadios.

É responsável pelo processamento de todos os materiais utilizados na assistência à saúde, desde a limpeza, inspeção e
seleção quanto à integridade, à funcionalidade e ao acondicionamento em embalagens adequadas, até a distribuição
destes produtos esterilizados às unidades consumidoras, de forma a assegurar a eles a quantidade e a qualidade
necessárias à realização de todos os procedimentos assistenciais.

Figura: http://pt.slideshare.net
1.1. Principais objetivos

Concentrar material, esterilizado ou desinfectado, tornando mais fácil seu controle, conservação e manutenção.
Padronizar as técnicas de limpeza, preparo, empacotamento e esterilização, assegurando economia de pessoal,
material e tempo;
Facilitar o controle de consumo, qualidade do material e das técnicas de esterilização, aumentando a segurança no
uso;
Favorecer o ensino e o desenvolvimento de pesquisa.

1.2. Atividades básicas do CME

Receber, desinfetar e separar os produtos para saúde;


Lavar os produtos para saúde;
Receber as roupas vindas da lavanderia;
Preparar os produtos para saúde e roupas (pacotes);
Esterilizar os produtos para saúde, roupas por meio de métodos físicos, químicos ou físico-químicos;
Realizar o controle microbiológico e prazo da validade de esterilização dos produtos esterilizados;
Armazenar e distribuir os produtos para saúde e as roupas esterilizadas.

1.3. Localização

O Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos
assistências de saúde está determinado na resolução RDC nº. 50 da ANVISA de 21 de fevereiro de 2002 com alterações
pela RDC nº. 307 de 14 de novembro de 2002. Nesta pode ser encontrada a de nição de ambientes, quantidades,
dimensões e Instalações da CME, correspondente a um processo completo, de acordo com a proposta assistencial de uma
unidade de saúde.

O ambiente da CME deve existir quando houver CC, CO, e/ou ambulatorial, hemodinâmica, emergência de alta
complexidade e urgência.

A unidade pode se localizar fora do Estabelecimento de Assistência à Saúde.

Dinâmica e uxo no CME: Deve estar próxima dos centros fornecedores ( almoxarifado e lavanderia) e fácil acesso às
unidades consumidoras (CC, CO, UTI, PS, e outras).

Aspectos importantes da estrutura física:

Pisos e paredes de cor clara e de fácil limpeza;


Janelas amplas, altas e fechadas;
Iluminação arti cial ou natural;
Ventilação adequada;
Sistema de exaustão do calor gerado pelas autoclaves.

1.4. Tipos de CME

Descentralizada, onde cada setor é responsável por todo o procedimento de limpeza até a sua esterilização. Este é
pouco seguro e menos utilizado.
Parcialmente centralizada, na qual já se vê o início de concentração dos serviços de esterilização e cada setor
usuário ca responsável pela limpeza e desinfecção no próprio ambiente de trabalho, porém a sua esterilização é
feita em uma área comum a todo o EAS, num só setor e sob a supervisão da enfermagem.
Centralizada, é a que garante maior segurança, onde todo o processo, desde a limpeza das sujidades até a
esterilização e armazenagem, é efetuado e controlado. Sendo este o mais recomendado devido o avanço
tecnológico e a a necessidade de aprimoramento e padronização das técnicas de processamento de materiais.

1.5. Temperatura e Umidade Relativa do ar Temperatura

Em torno de 25º C

Umidade Relativa do Ar – Entre 30% e 60%

(Sobecc, 2009)

1.6. Iluminação

Em geral deve ser adequada ( 500lux), nas bancadas que requerem maior acuidade visual devem se especí cas para a
atividade. A iluminação natural é desejada ,porém com atenção especial a entrada de calor , ruído e sujeira. As janelas , se
existirem, devem ser seladas e estanques.

1.7. Disposição de prateleiras

As prateleiras para estocagem de materiais devem permitir circulação de ar , fácil limpeza, respeitando as distância
mínimas, segundo Sobecc, 2009:

Piso – 20 cm
Teto – 45 cm
Parede – 5 cm

1.8. Áreas do CME

1.8.1. Sala de recepção e limpeza:

É a área mais contaminada do CME e destina-se a receber o material utilizado nas diferentes unidades do hospital e a
conferi-lo, assim como efetuar a limpeza e, se necessário, a desinfecção.
Deve ser realizada a conferência e o registro de entrada de todos os produtos para a saúde recebidos para processamento.

Todos os produtos para a saúde passíveis de processamento devem ser submetidos ao processo de limpeza dentro do CME
antes de sua desinfecção ou esterilização.

RDC 50/2002 preconiza um espaço mínimo de 8 m² para essas duas áreas (recepção e limpeza)

Não Conformidades no recebimento de materiais

Figura: Arquivo pessoal

1.8.2. Sala de preparo

Área de inspeção, preparo e acondicionamento – nessa área está centralizado o preparo de todos os materiais, que são
inspecionados quanto à presença de sujidade, por meio de testes visuais e químicos. Os pacotes são montados e
acondicionados de acordo com a padronização da instituição.

Fica terminantemente proibido o uso de embalagem de papel kraft, papel toalha, papel jornal e papel manilha, lâminas de
alumínio e embalagem tipo envelope de plástico transparente.

Não é permitido o uso de caixas metálicas sem furos.

Não é permitido o uso de embalagens de tecido de algodão reparadas com remendos ou cerzidas.

A área mínima para esse local, conforme RDC 50/2002, é de 12 m².

1.8.2.1. Inspeção

Após a limpeza deve ser realizada a inspeção visual com o auxilio de lente intensi cadora de imagem (lupa)
Possibilita a visualização minuciosa da limpeza dos artigos.   Excelente para inspecionar os produtos para saúde
após limpeza e secagem, identi cando sujidade residual.  Todos os itens devem ser inspecionados, pois o material
não pode ser considerado desinfetado ou esterilizado se não estiver previamente limpo.

1.8.3. Sala de Esterilização

Local onde estão localizados os equipamentos de esterilização, principalmente as autoclaves.

Não é permitido o uso de estufas.

O ciclo de esterilização para uso imediato apenas para urgência e emergência: O “ciclo ash” de autoclaves tem sido
utilizado para nomear a esterilização de itens de urgência e falta de material. Situações atípicas – como por exemplo a
queda de um instrumento no chão da sala durante a cirurgia.

1.8.4. Sala de desinfecção química

O CME deve dispor de uma sala exclusiva.


O enxague dos produtos para saúde deve ser realizado com água tratada.

1.8.5. Área de monitoramento do processo de esterilização

Deve dispor de incubadoras de indicadores biológicos e sistema para guarda dos registros dos monitoramentos.

1.8.6. Área de armazenamento e distribuição de material esterilizado

Finalidade de centralizar todo o material processado e esterilizado para posterior distribuição; deve ser um local exclusivo
e de acesso restrito.
Deve possuir armários, prateleiras e cestos aramados ou de fácil limpeza.

1.8.6.1. Transporte e Distribuição

Deve ser feito em recipiente fechado e em condições que garantam a manutenção da identi cação e a integridade da
embalagem.

1.9. Resolução – N° 2605, DE 11 DE AGOSTO DE 2006 e a Lista negativa de material de uso único Resolução RDC N° 156,
DE 11 DE AGOSTO DE 2006.

“Lista de produtos médicos enquadrados como de uso único proibidos de ser reprocessados”.

1. Agulhas com componentes, plásticos não desmontáveis


2. Aventais descartáveis;
3. Bisturi para laparoscopia com fonte geradora de energia, para corte ou coagulação com aspiração e irrigação;
4. Bisturis descartáveis com lâmina xa ao cabo; (funcionalidade)
5. Bolsa coletora de espécimes cirúrgicos;
6. Bolsas de sangue;
7. Bomba centrífuga de sangue;
8. Bomba de infusão implantável;
9. Campos cirúrgicos descartáveis;
10. Cânulas para perfusão, exceto as cânulas aramadas.;
11. Cateter de Balão Intra-aórtico;
12. Cateter epidural;
13. Cateter para embolectomia, tipo Fogart;
14. Cateter para oxigênio;
15. Cateter para medida de débito por termodiluição;
16. Cateter duplo J, para ureter;
17. Cateteres de diálise peritoneal de curta e longa permanência;
18. Cateteres e válvulas para derivação ventricular
19. Cobertura descartável para mesa de instrumental cirúrgico;
20. Coletores de urina de drenagens, aberta ou fechada;
21. Compressas cirúrgicas descartáveis;
22. Conjuntos de tubos para uso em circulação extracorpórea;
23. Dique de borracha para uso odontológico;
24. Dispositivo para infusão vascular periférica ou aspiração venosa;
25. Dispositivo linear ou circular, não desmontável, para sutura mecânica;
26. Drenos em geral;
27. Embalagens descartáveis para esterilização de qualquer natureza;
28. Equipos descartáveis de qualquer natureza exceto as linhas de diálise, de irrigação e aspiração oftalmológicas;
29. Esponjas Oftalmológicas;
30. Expansores de pele com válvula;
31. Extensões para eletrodos implantáveis;
32. Equipos para bombas de infusão peristálticas e de seringas;
33. Cateteres para infusão venosa com lume único, duplo ou triplo;
34. Extensores para equipos com ou sem dispositivo para administração de medicamentos;
35. Filtros de linha para sangue arterial;
36. Filtros para cardioplegia;
37. Filtros endovasculares;
38. Fios de sutura cirúrgica: bra, natural, sintético ou colágeno, com ou sem agulha;
39. Geradores de pulso, implantáveis;
40. Hemoconcentradores;
41. Injetores valvulados (para injeção de medicamentos, sem agulha metálica);
42. Lâmina de Shaiver com diâmetro interno menor que 3mm;
43. Lâminas descartáveis de bisturi, exceto as de uso oftalmológico;
44. Lancetas de hemoglicoteste;
45. Lentes de contato descartáveis;
46. Luvas cirúrgicas;
47. Luvas de procedimento;
48. Óleos de silicone Oftalmológico e soluções viscoelásticas oftalmológicas;
49. Oxigenador de bolhas;
50. Oxigenador de membrana;
51. Pinças e tesouras não desmontáveis de qualquer diâmetro para cirurgias vídeo assistida laparoscópica;
52. Produtos implantáveis de qualquer natureza como: cardíaca, digestiva, neurológica, odontológica,
oftalmológica,ortopédica, otorrinolaringológica, pulmonar, urológica e vascular;
53. Punch cardíaco plástico;
54. Reservatórios venosos para cirurgia cardíaca de cardioplegia e de cardiotomia;
55. Sensor débito cardíaco;
56. Sensores de Pressão Intra-Craniana;
57. Seringas plásticas exceto de bomba injetora de contraste radiológico;
58. Sondas de aspiração;
59. Sondas gástricas e nasogástricas, exceto as do tipo fouché;
60. Sondas retais;
61. Sondas uretrais e vesicais, exceto uso em urodinâmica;
62. Sugador cirúrgico plástico para uso em odontologia;
63. Registro multivias de plástico, exceto os múltiplos, tipo manifold;
64. Cúpula isoladas para transdutores de pressão sangüínea;
65. Trocater não desmontável com válvula de qualquer diâmetro;
66. Tubo de coleta de sangue.

1.10. Legislação

RDC Nº 15, de 15 de Março de 2012

Dispõe sobre os requisitos de boa práticas para o processamento de produtos para a saúde e dá outras providências.

1.11. Abrangência

Se aplica às centrais de esterilização:

Público;
Privado;
Civil;
Militar;
Empresas processadoras

1.12. Recursos Humanos e NR 32

1.12.1. Recursos humanos: O pro ssional responsável deve ser de nível superior.

1.12.2. Dimensionamento de pessoal

Resolução COFEN nº 293/04 xa e estabelece parâmetros para o dimensionamento do quadro de pro ssionais de
Enfermagem nas Unidades Assistenciais das Instituições de Saúde e Assemelhados.

1.12.3. NR-32: Segurança e saúde no trabalho.

1.13. Referências bibliográ cas

BRASIL, Ministério da Saúde. ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 307, de 14 de
novembro de 2002. Altera RDC nº. 50 da ANVISA de 21 de fevereiro de 2002. Aprova o regulamento Técnico
destinado ao planejamento, programação, elaboração, avaliação de projetos físicos de estabelecimentos
assistenciais de saúde a ser observado em todo território nacional. Diário O cial da União: Brasília,2002.
BRASIL, Ministério da Saúde.ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária.Consulta Pública nº 34, de 03 de
junho de 2009. Proposta de Resolução que dispõe sobre o funcionamento de serviços que realizam processamento
de produtos para saúde e dá outras providências. Diário O cial da União,de 04 de junho de 2009.
SOBECC, Nacional. Práticas Recomendadas. Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico Recuperação
Anestésica e Centro de Material de Esterilização. 5ª Edição. São Paulo, 2009.
Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar (APECIH). Esterilização de artigos em Unidades
de saúde. 2º ed.São Paulo; 2003.
Conselho Federal de Enfermagem – COFEN – Resolução nº 293/2004.
BRASIL, Ministério da Saúde, ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC Nº 15, de 15 de
Março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras
providências.

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