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11/01/2017 Já Lhe Contei…? ­ Susan W.

 Tanner

Já Lhe Contei…?
Susan W. Tanner
Young Women General President

No grande e eterno esquema de todas as coisas, o que é mais crucial e


importante a ser feito é edi™car um lar sagrado e criar uma família
fortalecida com amor.

Há quase três anos, uma de nossas ™lhas casou-se e em seguida mudou-se com o
marido para uma cidade distante, para que ele pudesse estudar Medicina. Ela
estava deixando a segurança do ninho para dar início a sua própria família. Eu
pensava: Será que lhe ensinei tudo de que precisa? Será que ela sabe o que é mais
importante nesta vida? Estará preparada para edi™car um lar feliz?

Ao vê-la distanciar-se, lembrei-me de um pequeno diário que lhe dei quando fez 17
anos. O título era “Já Lhe Contei…?” Nele, registrei os conselhos que sempre lhe
dava em nossas conversas, tarde da noite. Enquanto ela e o marido partiam para
sua vida juntos, pensei em outros três lembretes que gostaria de acrescentar ao
pequeno diário, para ajudá-la a fazer uma transição mais importante e desa™adora
do que a travessia pelo continente: a transição para o início do próprio lar e da
própria família. Gostaria de falar sobre esses lembretes a todos os jovens da Igreja,
para ensinar a respeito da importância da família e testi™car sobre isso.

Primeiro, já lhe contei (…) como fazer do seu lar um paraíso de paz e uma fortaleza?
Você deve seguir o padrão que presenciou ao entrar na Casa do Senhor, e
“estabelecer uma casa (…) de oração, uma casa de jejum, uma casa de fé, uma casa
de aprendizado, (…) uma casa de ordem”. (D&C 109:8) Se seguirmos esse padrão,
grande paz habitará em nosso lar, mesmo em um mundo de crescente
perturbação.

Observe o exemplo do lar de seus avós. Tanto seus avós maternos quanto
paternos criaram seus “™lhos em luz e verdade”. (D&C 93:40) A casa onde seu pai
morava era uma casa de aprendizado. Ele disse, durante o funeral do pai, que
jamais aprendeu um princípio do evangelho nas reuniões da Igreja que já não
tivesse aprendido em sua própria casa. A Igreja foi um suplemento à sua casa. A
minha casa era uma casa de ordem. Era primordial (apesar dos horários ocupados)
que estivéssemos todos juntos no desjejum e no jantar. O horário das refeições
signi™cava mais do que simplesmente um tempo para alimentar-nos. Aquele
momento era crucial tanto para a nutrição do espírito quanto do corpo.

Um lar feliz é feito de pequenas coisas — coisas como orar, dizer “Eu sinto muito”,
expressar gratidão, ler um bom livro juntos. Você se lembra do quanto rimos e
choramos quando ™zemos a cerca no quintal? Lembra-se de todas as vezes em
que, no carro, cantávamos várias músicas para evitar brigas? E lembra-se de como

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jejuamos por uma decisão importante de um dos membros da família, e pelo


exame ™nal de outro? A Proclamação da Família reitera: “(…) Família[s] bem-
sucedid[as] são estabelecid[as] (…) sob os princípios da fé, da oração, do
arrependimento, do respeito, do amor, da compaixão, do trabalho e de atividades
(…) salutares”. (“A Família — Proclamação ao Mundo”, A Liahona, outubro de 1998,
p. 24.)

Em sua juventude, você desenvolveu o hábito de orar e de estudar as escrituras.


Tire o máximo proveito desses hábitos, assim como das habilidades que aprendeu
de cozinhar e de fazer orçamentos. Com desejos justos e habilidade no cuidado
com a casa, você edi™cará um lar que será um paraíso de paz e uma fortaleza.

Segundo, já lhe contei (…) que os “™lhos são herança do Senhor”? (Salmos 127:3) A
proclamação sobre a família a™rma: “O mandamento dado por Deus a Seus ™lhos,
de multiplicarem-se e encherem a Terra, continua em vigor”. (A Liahona, outubro de
1998, p. 24) Esperamos que o Pai Celestial os abençoe com ™lhos. Há muitas
pessoas no mundo que deixam de enxergar a alegria e vêem os ™lhos somente
como uma inconveniência. É verdade que a tarefa de criar os ™lhos é ™sicamente
exaustiva, emocionalmente desgastante e mentalmente exigente. Ninguém irá dar-
lhe boas notas ou prêmios pelas coisas que ™zer como mãe. Haverá momentos em
que se perguntará: “Será que ™z o correto? Será que vale a pena?”

Sim, vale a pena! Todos os profetas dos últimos dias prestaram testemunho sobre
o papel sagrado da maternidade. O Presidente Spencer W. Kimball disse: “É
importante que vocês, mulheres SUD, compreendam que o Senhor considera
sagradas a maternidade e as mães, e tem por elas a mais alta estima”. (“Privileges
and Responsibilities of Sisters”, Ensign, novembro de 1978, p. 105) O Espírito
testi™ca à minha alma que isso é verdade.

Você um dia saberá, como hoje eu sei, que a criação dos ™lhos não é somente
desa™adora, mas também é fonte das maiores alegrias da vida. A alegria vem
durante a noite familiar, quando o pequeno de cinco anos conta uma história
completa das escrituras, com todos os detalhes, ou quando outro ™lho lê o Livro de
Mórmon ™elmente todas as noites. Sinto alegria quando minha querida ‘chefe de
torcida’ tem a coragem de dizer à sua equipe que o novo ‘grito’ que estão
aprendendo tem movimentos que são inadequados, e quando a ™lha que está na
missão escreve mencionando seu testemunho a respeito do evangelho. A alegria
vem quando observo uma ™lha lendo para a mãe que é cega, e um ™lho servindo
no templo. Nessas horas, sinto-me como João, o Discípulo Amado: “Não tenho
maior gozo do que este, o de ouvir que os meus ™lhos andam na verdade”. (III João
1:4) Já lhe contei (…) que do fundo do coração, eu adoro ser mãe?

Finalmente, já lhe contei (…) que o amor é a virtude fundamental na edi™cação de


um lar bem-estruturado? Nosso Pai Celestial exempli™ca o padrão que devemos
seguir. Ele ama-nos, ensina-nos, tem paciência conosco e con™a-nos o arbítrio. O
Presidente Hinckley disse: “O amor faz a diferença — amor generosamente dado na
infância e nos anos difíceis da juventude. (…) E encorajamento, que se apressa em
elogiar e é vagaroso em criticar”. (“Educai a Criança no Caminho Que Ela Deve
Seguir”, A Liahona, janeiro de 1994, p. 62) Às vezes, a disciplina (que signi™ca
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“ensinar”) é confundida com a crítica. As crianças, assim como pessoas de todas as


idades, melhoram seu comportamento muito mais pelo amor e incentivo do que
pela identi™cação de suas falhas.

Um rapaz que conheci usava cabelos compridos, à moda hippie, na adolescência.


Seus pais optaram por centralizar a atenção em sua ética e bondade para com os
necessitados. No ™m, ele mesmo achou que devia cortar os cabelos. Completou
seus estudos, serviu à Igreja e, na própria família, deu continuidade ao padrão de
amor aos ™lhos fazendo o que é certo.

Demonstramos nosso amor pelos membros da família não só ensinando-os por


meio da aprovação, mas também doando o nosso tempo. Há algum tempo, li no
jornal um artigo chamado “Deixando os Filhos por Último”, que tratava de pais que
falavam dos ™lhos em termos de “agendar compromissos”: “quinze minutos à noite,
quando for possível”, “hora de brincadeiras marcada regularmente uma vez por
semana”, e assim por diante. (Ver Mary Eberstadt, Wall Street Journal, 2 de maio de
1995.) Isso contrasta com a mãe que prometeu solenemente dar ao ™lho não só
tempo em qualidade, mas também em quantidade. Ela reconhece que um
relacionamento amoroso exige coisas constantes e contínuas, como conversas,
brincadeiras, riso e momentos de trabalho. Eu também acredito que pais e ™lhos
precisam participar do dia-a-dia um do outro, das coisas corriqueiras. Assim, vou
saber quando você tem prova na escola, e você ™ca sabendo quando preparo
minhas aulas. Eu assisto aos seus jogos, e você vai comigo para a cozinha preparar
o jantar. Somos os personagens mais importantes na vida um do outro,
absorvendo amor por meio das experiências diárias.

E o amor perdura mesmo nas di™culdades da vida. O Apóstolo Paulo nos ensinou:
“O amor é sofredor (…), Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor
nunca falha (…)”. (I Coríntios 13:4, 7, 8) Observei o amor perseverante de uma mãe
por seu ™lho alcoólatra. Ela jamais parou de orar por ele e de estar sempre à
disposição dele. Quando ™cou mais velho, ™nalmente ele “tornou em si”. (Lucas
15:17) Conseguiu um emprego respeitável e usou suas habilidades mecânicas para
consertar a casa de sua mãe.

Muitas famílias enfrentam di™culdades com ™lhos obstinados. Podemos ter consolo
“nos selamentos eternos de pais ™éis”, que conduzirão os ™lhos “de volta ao
rebanho”. (Orson F. Whitney, Conference Report, abril de 1929, p. 110) Jamais
devemos deixar de amá-los, de orar por eles e de con™ar nos cuidados de nosso
Pai Celestial.

Assim, à minha ™lha, e a todos os jovens da Igreja, que fazem a transição para essa
nova fase em sua vida, eu digo essas coisas. Testi™co (…) que no grande e eterno
esquema de todas as coisas, o que é mais crucial e importante a ser feito é edi™car
um lar sagrado e criar uma família fortalecida com amor. Essa unidade familiar
abençoará a sociedade e perdurará por toda a eternidade. Disso eu testi™co, em
nome de Jesus Cristo. Amém.

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