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15)01/2018 Nutigdo EntZpa sovuntunintnin Produgao Suinos Nutrigdo. Importancia Economica ‘ 5 5 ir ‘ Protocao Ambiental Avaliando a série histérica dos custos de produgao de suinos no Brasil, em média, a rotecto Ambiental Plansiamenlo da Producéo alimentacdo nas granjas establlizadas e de ciclo completo corresponde 8 65% do Coniusces custo, Em épocas de crise na atividade o valor atinge a cifra de 70 a 75%. Isto Material Genético significa, por exemplo, que se a conversdo alimentar de rebanho for de 3,1.¢a Nutricdo alimentagdo representar 70% dos custos de producdo, a equivaléncia minima entre Biossequranca pregos deverd ser de 4,4 ( 0 preco do suino deverd ser no minimo 4,4 vezes superior Vacinacao 20 preco da ragio) para que o produtor equilibre os custos de produco com o preco Limpeza e Desinfeco’o de venda dos animais. Neste aspecto a possibilidade de auferir lucros com a Monitorias Sanitérias—_syinocultura depende fundamentalmente de um adequado planejamento da ‘Tratamentos alimentago dos animais. Isso envolve a disponibilidade de ingredientes em Fatores de Risco Fatores de Risco quantidade e qualidade adequada a precos que viabilizem a produgdo de suinos. laneio da Producéo ‘Manejo Pré-abate Manejo de Dejetos. Gerenciamento A obtengio de lucros também exige a combinacdo adequada dos ingredientes para compor dietas balanceadas nutricionalmente, pare cada fase de producdo, visando atender &s exigéncias nutricionais especificas. Em termos médios, em uma granja ete cd estabilizada de ciclo completo, para cada porca do plantel produzindo 20 leltdes 20 Here arae sarsficas NO € terminados até os 105 kg de peso de abate, é necessério dispor de 7.000 kg Glossirio de rao com um gasto médio de 240 kg de niicleo, 5.260 kg de milho e 1.500 kg de — farelo de soja. Ainda, considerando uma relacdo média de 2,8 litros de Agua potdvel ingerida para cada kg de ragao consumida, estima-se um gasto anual de 19,6 mil Exoediente litros de dgua potével para cada porca e sua produséo. A aplicagio dos conhecimentos de nutrigéio deve contribuir para a preservacéo do ambiente e isto significa que o balanceamento das rages deve atender estritamente as exigéncias nutricionais nas diferentes fases de producdo. O excesso de nutrientes na racdo é um dos maiores causadores de poluicéo do ambiente, portanto, atencao especial deve ser dada aos ingredientes, buscando-se aqueles que apresentam alta digestibilidade e disponibilidade dos nutrientes e que sejam processados adequadamente, em especial quanto & granulometria (Referéncia n° 32), Em complementacdo, a mistura dos componentes da ragdo deve ser uniforme e 0 arracoamento dos suinos deve seguir boas préticas que evitem ao maximo 0 desperdicio. Através da nutrigéo e do manejo da alimentago e da gua devem ser atendidas as necessidades basicas dos animais em termos de saciedade da fome e da sede, sem causar deficiéncias nutricionais clinicas ou subclinicas e sem provocar intoxicacées crénicas ou agudas, aumentando a resisténcia &s doencas. Os animais nao deve ser expostos, via alimentac&o e dgua, & produtos quimicos ou agentes biolégicos que sejam prejudiciais para a producao e reproducao. No contexto do bem-estar animal, @ nutricéo deve assegurar o aporte adequado de nutrientes para a manutencao normal da gestacSo, para a ocorréncia de partos normais e para uma producéo adequada de leite que garanta 0 desenvolvimento normal dos leitdes durante o periodo de lactacao. Agua Ingrediontes para ractes ‘Alimentos essencialmente eneraéticos ‘Alimentos energéticos também forn 3 de protein Alimentos eneraéticos com médio a alto teor de fbra ‘Alimentos fibrosos com baixa concentracao de eneraia e médio teor de proteina ‘Alimentos fibr 1m baixa concentracso em protein: ‘Alimentos protsicos com alto teor de eneraia Alimentos protéicos com alto teor de minerais Alimentos exclusivamente fornecedores de minerais ‘Avaliacdo dos alimentos Preparo das racbes Formulagao das racées Pesagem dos ingredient itp ww enpsa.emorapa.briSPisuinosinuticao.him! 19 15)01/2018 Nutigdo Mistura dos ingredientes Tempo de mistura Forma fisica da racao ‘Arragoamento ‘Alimentacdo & vontade Alimentacdo-controlada ‘Alimentacdo restrita Maneio da alimentacdo por sexo separado Agua ~A O suino deve receber dgua potavel. Alguns parémetros so importantes para assegurar a potabilidade e a palatabilidade da gua: auséncia de materials flutuantes, dleos e graxas, gosto, odor, coliformes e metais pesados; pH entre 6,4 a 8,0; niveis maximos de 0,5 ppm de cloro livre, 110 ppm de dureza, 20 ppm de nitrato, 0,1 ppm de fésforo, 600 ppm de calcio, 25 ppm de ferro, 0,05 ppm de aluminio ¢ 50 ppm de sédio; temperatura inferior a 20° C. Ingredientes para ragdes a Para compor uma ragdo balanceada é necessério a disponibilidade e combinagdo adequada de ingredientes, incluindo um nticleo ou premix mineral-vitaminico especifico para a fase produtiva do suino. Existem varias classes de alimentos quanto & concentracdo de nutrientes (Referéncia n® 17). De uma forma geral, & possivel classificar os ingredientes pelo teor de energia, proteina, fibra ou minerais presentes. Séo esses os principais fatores nutricionais que determinam o seu uso para as varias fases de vida do suino Referéncia n° 39) Alimentos essencialmente energéticos a So os que apresentam em sua composicio, baseada na matéria seca, mais de 90% de elementos basicos fornecedores de energia. So utilizados em pequenas, proporcées como 0 aciicar, gordura de aves, gordura bovina, melaco em pé, dleo de soja degomado ou bruto ou, em proporsies maiores, como no caso da raiz de mandioca integral seca. Alimentos energéticos também fornecedores de proteina a ‘So aqueles que possuem, geralmente, valor de energia metabolizavel acima de 3.000 kcal/kg do alimento’e, pela quantidade com que podem ser incluidos nas dietas, séo também importantes fornecedores de proteina. Sdo exemplos: a quirera de arroz, a cevada em gro, 0 soro de leite seco, 0 gro de milho moido, o sorgo baixo tanino, © trigo integral, o trigo mourisco, o triguilho eo triticale, entre outros. Alimentos energéticos com médio a alto teor de fibra az Esses alimentos tém energia metabolizavel acima de 2,600 kcal/kg e teor de fibra bruta acima de 6%. So exemplos: o farelo de arroz integral, o farelo de amendoim, a avela integral moida, o farelo de castanha de caju, a cevada em gro com casca, a polpa de citrus, o farelo de coco, a torta de dendé, 0 gréo de guandu cozido, a raspa de mandiaca (de onde foi extraido o amido) e o milho em espiga com palha. Alimentos fibrosos com baixa concentracao de energiae médio teor = & itp ww enpsa.emorapa.briSPisuinosinuticao.him! 29 15)01/2018 Nutigdo de proteina Possuem teor de proteina bruta maior que 17%, de fibra acima de 10% e concentrago de energia metabolizével menor que 2.400 kcal/kg. So exemplos: 0 feno moido de alfafa, farelo de algodéo, o farelo de babacu, 0 farelo de canola € 0 farelo de girassol Alimentos fibrosos com bai: em proteina ~ ‘So os ingredientes que possuem teor de proteina abaixo de 17%, mais de 6% de fibra bruta e valor maximo de energia de 2400 kcal/kg de alimento. S40 exemplos: 0 farelo de algaroba, o farelo de arroz desengordurado, o farelo de polpa de caju, @ casca de soja e 0 farelo de trigo. Alimentos protéicos com alto teor de energia a Os representantes dessa classe possuem mais de 36% de proteina bruta e valor de energia metabolizavel acima de 3.200 kcal por kg de alimento, Sao exemplos: o leite desnatado em pé, a levedura seca, o gliten de milho, a farinha de penas e visceras, 2 farinha de sangue, a soja cozida seca, a soja extrusada, 0 farelo de soja 42% PB, © farelo de soja 45% PB, o farelo de soja 48% PB e a soja integral tostada Alimentos protéicos com alto teor de minerais a A incluso desses ingredientes em racdes para suinos ¢ limitada pela alta concentracao de minerals que apresentam, So exemplos: as farinhas de carne e ossos com diferentes niveis de PB e a farinha de peixe. Alimentos exclusivamente fornecedores de minerais ~ ‘So fontes de célcio, de fésforo, de célcio e fésforo ao mesmo tempo e de sédio. Como exemplos mais comuns temos o calcério calcitico, o fosfato bledlcico, o fosfato monoaménio, a farinha de ossos calcinada, a farinha de ostras e o sal comum. Avaliacao dos alimentos a~ Os gros de cereais e outras sementes variam sua composigio em nutrientes, principalmente em fungio da variedade, tipo de solo onde foram produzidos, adubacéo utilizada, clima, periodo e condigées de armazenamento, As forrageiras apresentam variacdo principalmente com a variedade, a idade da planta, tipo de solo e adubacéo, clima, processamento (fenacdo, ensilagem), além de periodo e condigées de armazenamento. A principal causa de variacdo na composicéo dos subprodutos de industria é 0 tipo de processamento utilizado, além de variagées didrias dentro do mesmo tipo de processamento, bem como a conservacao do produto. Desta forma, para viabilizar @ formulagio de ragdes com base em valores de nutrientes 0 mais préximo possivel da realidade, deve-se langar mao de anélises de laboratério, que indicarao a real composicéo em nutrientes das matérias-primas disponiveis. Preparo das ragdes a Para a maioria das fases, uma formulagdo adequada é obtida com a combinagéo dos alimentos energéticos também fornecedores de proteina com alimentos protéicos itp ww enpsa.emorapa.briSPisuinosinuticao.him! 39 15)01/2018 Nutigdo com alto teor de energia. A complementagéo dos demais nutrientes deve ser feita com os alimentos exclusivamente energéticos, alimentos protéicos com alto teor de minerals e alimentos exclusivamente fornecedores de minerals. O uso de aminodcidos sintéticos pode ser vantajoso na reducao de custos da racdo, necessitando, no entanto, orientagéo técnica especifica Sempre deverd ser feita a incluso de premix vitaminico e de micro-minerais. 0 Nicleo & um tipo especial de premix que j4 contém 0 calcio, o fésforo eo sédio, além das vitaminas e micro-minerais necessarios, por isso, na maioria das vezes, dispensa o uso dos alimentos exclusivamente fornecedores de minerais. Esses produtos devem ser utilizados dentro de 30 dias apés a data de sua fabricacdo e ser mantidos em lugares secos e frescos, de preferéncia em barricas que minimizem a acéo da luz © uso de promotores de crescimento nas rages deve atender a legislagao do Ministério da Agricultura, Pecudria e Abastecimento (Mapa), bem como atender aos. seguintes critérios, simultaneamente: eficiéncia do ponto-de-vista econdmico; rastreabilidade na ragdo; seguranca para a satide humana e animal; auséncia de efeitos negativos sobre a qualidade da carne e compatibilidade com a preservacao ambiental. Os leitdes novos no admitem ingredientes de baixa digestibilidade ou alimentos fibrosos na dieta, enquanto um alto teor de fibra na dieta ¢ adequado para as matrizes até os 80 dias de gestacao. Os cuidados com o preparo das rages somam-se aos esforcos de formular uma dieta contendo ingredientes com composicao e valor nutricional conhecidos atendendo as exigéncias nutricionais dos suinos. Qualquer erro em uma ou mais etapas do proceso de producdo de races pode acarretar em prejuizos econdmicos expressivos, j4 que os gastos com a alimentacdo correspondem & maior parte do custo de producéo dos suinos. Formulacao das ragées a Usar formulas especificas para cada fase da criacdo (pré-inicial, inicial, crescimento, terminacao, gestacdo e lactacao) elaboradas por técnicos especializados, ou que sejam indicadas nos rétulos dos sacos de concentrados e nuicleos. Ler com atengéo as indicagées dos produtos e seguir rigorosamente suas recomendacées. Para atender as necessidades didrias de nutrientes de cachacos adultos, a dieta deve conter, no minimo, os mesmos niveis nutricionais de uma dieta de gestagao (Tabela 10). {As matrizes em gestaco receber arragoamento de forma controlada, razo pela qual é possivel preparar uma ampla variedade de rages com niveis nutricionais diferenciados. Os niveis sugeridos na Tabela 10 representam um padréo compativel com a recomendacdo de fornecimento de racdo referida no Capitulo 13. Também podem ser usados ingredientes fibrosos (alternativos) para alimentar as matrizes em gestacdo, devendo, nesse caso, ser revista a quantidade de ragio didria a ser fornecida, A rago de lactaco deve ter alta concentragio em nutrientes porque a demanda em nutrientes para a produgao de leite é muito alta. Os niveis apresentados na Tabela 10 referem-se 2 um consumo médio didrio de 6 kg de racdo por matriz, Tabela 10. Niveis nutricionais recomendados para as diferentes fases de produgao (Referéncia at 12) Energia metabolizavel 3210 3300 3360» 3300 3280 3250 (Kealkg) Proteinabruta 13,8 18,0 180 © 160 15.0 130 itp ww enpsa.emorapa.briSPisuinosinuticao.him! 49 15)01/2018 itp ww enpsa.emorapa.briSPisuinosinuticao.him! ue (%) Lisina (%) 0,60 4,00 140 1,15 0.85 72 Metionina(%) 0,18 0,34 042 © 0,35 027 0,20 Metering 93907080 oa ‘Treonina (%) 0,40 0,65 0,84 0,75 0,60 0,46 Triptofano (%) 0,12 0,20 0,25 021 0,16 0,13 Callcio (%) 0,75 1,20 0,90 0,85 0,72 0,50 Fésforo total (%) 0,60 0,85 0,75 0,70 0,60 0,40 Geeta 092-085 OMD (Oe os ‘Sédio (%) 015 0,20 015 0,15 0,15 0,15 Obs: Os microminerais e as vitaminas necessérias so obtidas pela inclusdo de nicleo ou premix mineral vitaminico na proporcéo recomendada pelo fabricante. A alimentagéo dos leites durante o periodo que ficam na maternidade e na creche é um dos fatores mais criticos na producao de suinos. Os animais recebem em curto periodo de vida dois a trés tipos de racéo, dependendo da idade de desmame Referéncia n° 09). No desmame realizado aos 21 dias de idade podem ser fornecidos dois tipos de racdo pré-inicial que sao fundamentais para um bom desempenho e que se diferenciam em termos de qualidade, pela maior digestibilidade dos ingredientes. Para a formulacdo da rago pré-inicial 1, recomenda-se 0 uso de 15% a 20% de soro de leite em p6, 10% de leite desnatado em pd e 3% a 5% de gordura ou éleo. Caso tenha disponivel farinha de carne ou farinha de peixe de boa qualidade, pode-se utilizar 5% na dieta em substituicdo ao leite desnatado em pé. A racao pré-inicial 2 pode ser preparada com a incluso de 10% de soro de leite em 6 € 1% a 3% de gordura ou éleo para junto com o milho, farelo de soja (em limite de incluso de 12%) e nticleo de boa qualidade para compor uma racéo nutricionalmente adequada para essa fase. A racdo pré-inicial 2 deve ser preparada com cuidado especial para evitar os problemas digestivos e as diarréias do pé: desmame. Isso possivel com 0 uso de ingredientes e nticieos dentro das normas de qualidade. 0 cuidado na escolha de um nicleo de comprovada qualidade & de fundamental importéncia para obter sucesso na producao de leitdes nessa fase. Na fase inicial deve-se formular as dietas tendo como ingredientes base preferencialmente o milho e 0 farelo de soja, porém jé é possivel a utilizacéo de ingredientes alternativos como, por exemplo, cereais de inverno (trigo, triticale, aveia, entre outros), subprodutos do arroz, mandioca e seus subprodutos, porém em niveis de inclusao baixos. ‘Se houver dificuldade de formular as ragées pré-inicial e inicial, contendo os ingredientes especificados em cada uma delas, a soluco é a aquisicdo de rag3o comercial pronta especifica para cada fase, sempre de fornecedores idéneos e que tenham registro no Mapa para a producao e comercializacao de racdes. A experiéncia de outros produtores da regio que alcancaram sucesso com a producao de leitdes pode ser importante para identificar os fornecedores e fabricantes de ragdes Idéneos. As opces de dietas para suinos na fase de crescimento (22 a 55 kg de peso vivo) € terminacdo (55 a 115 kg de peso vivo) so muito variadas, Nessas fases, pode-se langar m&o de intmeros alimentos alternativos, os quais poderso proporcionar uma redugo no custo da alimentacSo, em relago 8 uma dieta de milho e farelo de soja Recomenda-se que 0 nimero de rages na fase de terminacdo seja aumentado de 1 para 2 sempre que o peso de abate for préximo a 120 kg. Nesse caso, a racéo terminago 1 serd fornecida dos 50 até os 80 kg, contendo os niveis nutricionais apresentados na Tabela 10 e a ragio terminagdo 2 serd fornecida dos 80 kg até 0 peso de abate, contendo uma reducao de 8% nos niveis nutricionais da racdo terminacao 1 exceto para o nivel de energia metabolizavel que deverd apresentar um valor de 3.200 Keal/kg) Pesagem dos ingredientes a Pesar cada ingrediente que entra na composicao da dieta, conforme a quantidade 15)01/2018 Nutigdo que entra na férmula. 0 uso de balangas ¢ indispensavel. Além disso, as balancas devem apresentar boa precisdo e sensibilidade, evitando-se o uso de balangas de vara. A utilizacao de baldes ou outro sistema para medir o volume, em vez do peso, no deve acontecer, pois hé erros decorrentes da variagao nas densidades de diferentes ingredientes ou de diferentes partidas de um mesmo ingrediente. Mistura dos ingredientes a Misturar previamente 0 premix ou o nécleo contendo minerais e vitamins, antibiéticos e outros aditives com cerca de 15kg de milho moide ou outro gro mofdo, antes de adicioné-lo aos outros ingredientes que fardo parte da mistura. Essa pré-mistura pode ser realizada em misturador em "Y", tambor ou ainda com 0 uso de um saco plastico resistente, agitando-se o conteiido vigorosamente durante algum tempo até notar-se que as partes apresentam-se distribuidas com certa homogeneidade (Referéncia n® 25 Para misturar os ingredientes usar misturadores. A mistura de ragdo com 0 uso das mos ou com pas nao proporciona uma distribuicdo uniforme de todos os nutrientes da rac3o, ocasionando prejuizos ao produtor devido ao pior desempenho dos animais, Para faclitar a distribuigdo dos ingredientes, coloca-se no misturador em funcionamento, primeiro 0 miho moido, ou o ingrediente de maior quantidade indicado na férmula, depois o segundo ingrediente em quantidade e assim sucessivamente. Apés aproximadamente 3 minutos de funcionamento do misturador, retirar cerca de 40 kg da mistura e reservar. A seguir, colocar no misturador premix ou nucleo previamente misturado com 0 milho e misturar por mais 3 minutos. Finalmente, recolocar os 40 kg da mistura retirados anteriormente ¢ observar 0 tempo de mistura. O misturador deve ser sempre limpo apés 0 uso, tomando-se toda a cautela para evitar acidentes. Tempo de mistura a © tempo de mistura, apés colocar todos os ingredientes, deve ser o indicado pelo fabricante do misturador. Entretanto, ¢ recomendavel que se determine, pelo menos uma vez, 0 tempo de mistura na granja para se ter uma idéia de qual é 0 tempo ideal. Em geral, 0 tempo ideal de mistura, em misturadores verticais, ¢ de 12 a 15 minutos, apés Carregé-lo com todos os ingredientes, Porém, hé misturadores verticais que apresentam tempo étimo de mistura de 3 minutos e outros de 19 minutos. Dai a necessidade de se determinar o tempo ideal de mistura. Misturas realizadas abaixo ou acima da faixa ideal de tempo no sdo de boa qualidade, uma mesma partida terd diferentes quantidades de nutrientes, 0 que acarretaré desuniformidade dos lotes e perdas econémicas para o produtor. As misturas realizadas acima do tempo ideal acarretam gastos desnecessérios com energia € mao-de-obra. Aconselha-se que a cada 3 minutos seja retirada e recolocada imediatamente no misturador uma quantidade de rac3o, de cerca de 30 kg. Isso faré com que 0 material que estava parado nas bocas de descarga seja também misturado. Forma fisica da racao a~ As rages secas destinadas & alimentacdo de suinos podem ser apresentadas sob duas formas: farelada ou peletizada. A forma farelada é a mais usual e é usada nas granjas que misturam as races na propriedade, enquanto que a forma peletizada deve ser a preferencial a ser adotada quando a rago é adquirida pronta. Com a peletizacdo é observada uma melhoria média em 6,2% no ganho de peso, 1,2% no consumo de ragio e 4,9% na conversao alimentar. 0 efeito da peletizacao sobre a melhoria na conversao alimentar ocorre sob 3 diferentes modos: reducdo das perdas; melhoria na digestibilidade dos nutrientes e menor gasto de energia para ingest&o da racéo. itp ww enpsa.emorapa.briSPisuinosinuticao.him! 69 15)01/2018 Nutigdo Arragoamento Considerando uma matriz mantida em ciclo completo, 0 consume total de rages por fase produtiva dos suinos durante um ano corresponde & 11% na gestaco, 6% na lactacéio, 13% pelos leitdes na creche, e 70% pelos suinos no crescimento € terminago. Desta forma, 0 manejo da alimentacgo na fase de crescimento e terminacdo assume import&ncia fundamental para o maximo rendimento econémico na atividade. Quando avaliado sob o ponto de vista da quantidade de nutrientes fornecidos aos suinos, em um determinado intervalo de tempo, existem essencialmente trés sistemas de alimentago: & vontade, controlada por tempo e com restrigéo. Alimentagao 4 vontade az No sistema de alimentacdo a vontade, os nutrientes necessarios para expressar 0 maximo potencial de produg3o ou ganho de peso séo fornecidos na proporgio & quantidade suficiente. A racdo esta a disposicdo do animal para consumo o tempo todo e a quantidade total consumida depende do apetite do suino. E o sistema adotado preferencialmente para leitées nas fases inicial e de crescimento, visando aproveltar o maximo potencial de deposicao de tecido magro aliado ao maximo ganho de peso. (© consumo médio a vontade na fase de crescimento é de aproximadamente 1,900 kg e na fase de terminagao é de 2,900 a 3,100 kg por suino por dia, dependendo da genética. Na Tabela 11 so apresentados, com base no peso vivo, os espacos minimos de ‘comedouro para cada suino alimentado a vontade, Alimentacao controlada a No sistema de alimentacdo controlado por tempo, os suinos recebem varias refeicées ao dia que s4o controladas por determinados perfodos de tempo, nos quais o suino consome a ragdo vontade. Por exemplo, consumo & vontade por um periodo de 30 minutos, quando so realizadas duas refeicdes ao dia Alimentacao restrita ~ No sistema de alimentacdo com restricgo, um ou mais nutrientes so fornecides na quantidade ou proporcao nao suficiente para permitir 0 maximo ganho de peso. As quantidades so restritas a niveis abaixo do maximo consumo voluntério ¢ podem ser fornecidas em uma sé vez, ou ser divididas em varias porcdes iguais durante 0 dia. O objetivo da restrico para suinos em terminagao é a reduco da quantidade de Qordura e o aumento da proporcéo de tecido magro na carcaca (Referéncia n° 08). A restrigo alimentar esté baseada na proporcao relativa que cada componente do ganho de peso assume em funcdo da intensidade desse ganho nas diversas fases de vida do suino. Durante a fase inicial (até 20kg de peso vivo) e no crescimento (até 55kg de peso vivo), a deposigio de tecide muscular é alta enquanto a deposicao de gordura é baixa, Com 0 avancar da idade, a taxa de ganho em tecido magro atinge um platé, isto é, um nivel maximo, enquanto a taxa de deposicéo de gordura aumenta, assumindo a maior proporcao do ganho de peso. Assim, na fase de terminacéo, o objetivo é restringir o ganho de peso diario, reduzindo uma fraco do ganho de gordura, de modo a nao permitir uma deposigo excessiva dessa gordura na careaga Sob condigdes nutricionais adequadas e para cada genétipo especifico, a determinacao do ganho de peso ideal (que maximiza a percentagem de carne na carcaga) é 0 ponto de partida que permite a recomendago ou nao da restriglo alimentar. Existe uma relagdo direta entre deposicdo de gordura na carcaga e itp ww enpsa.emorapa.briSPisuinosinuticao.him! 79 15)01/2018 itp ww enpsa.emorapa.briSPisuinosinuticao.him! Nutigao converséo alimentar, porque o gasto energético para formar tecido adiposo ¢ muito maior do que para a deposicSo de tecido magro. Isso implica em que quanto maior a deposigao de gordura, pior é a conversao alimentar. As diferencas genéticas quanto ao potencial para deposi¢lo de carne ou gordura podem ser observadas quando sao fornecidas quantidades crescentes de energia nutrientes através da racao aos animais. Em determinado consumo de racéo, linhagens menos selecionadas atingem seu maximo de deposicao de carne, enquanto que linhagens altamente selecionadas atingem esse maximo com um maior consumo de racao, propiciando maior deposicdo diéria de carne. Em sistemas de alimentaco convencionais, que nao consideram as diferencas entre 98 animais quanto ao aspecto genético, pode-se incorrer em duplo erro. Os animals com baixa taxa de ganho em carne consomem quantidade de proteinas superior a sua capacidade de uso, enquanto os suinos de crescimento superior 8 média podem nao otimizar seu potencial de crescimento devido a limitago na ingestéo de proteina, ou depositar maior quantidade de gordura como conseqiiéncia de um ‘aumento na ingestéo, na tentativa de atender a sua exigéncia de proteina/aminodcidos. Est evidente que podem ser obtidos beneficios, se as caracteristicas de crescimento préprias de cada linhagem forem consideradas quando da formulacdo das dietas. Na restricéo alimentar é necessario que todos os animais alojados na baia tenham acesso simultaneo ao comedouro e, dessa forma, 0 espaco ao comedouro é uma funco do peso do animal. A érea a mais que o comedouro ocupa, no caso da restricao, reduz a capacidade da instalacéo, podendo alcancar valores de 12% a 17% por bala Na Tabela 11 so apresentados, com base no peso vivo, os espacos minimos de comedouro para cada suino criado com alimentagdo restrita. Tabela 11. Espago linear (cm) minimo de comedouro por suino sob alimentacdo restrita e & vontade em fung&o do peso vivo. 10 140 36 40 220 88 50 238 59 60 25.0 63 70 265 66 80 278 69 20 288 7a 100 295 74 Manejo da alimentacao por sexo separado a~ © fator sexo, pela aco dos horménios sexuais, tem efeito sobre o potencial de crescimento, 0 consumo voluntario de alimento, a eficiéncia alimentar e a qualidade de carcaca em suinos na fase de crescimento-terminacao. A capacidade de deposicao de tecido muscular pelos suinos, quando sob a influéncia diferenciadora da atividade hormonal, obedece 8 seguinte ordem decrescente: machos inteiros, leitoas e machos castrados. A um mesmo peso de abate e sob a mesma nutricéo, as femeas apresentam mais proteina, menos gordura e menos matéria seca na carcaga quando comparadas aos machos castrados. Machos inteiros e leitoas depositam menos gordura no regime alimentar & vontade porque tém maior potencial de crescimento muscular e maior gasto energético para mantenca quando comparados aos castrados. ‘Sob o ponto de vista da alimentacdo, a instalacdo separada de machos castrados e fémeas tem vantagens porque os machos castrados ingerem mais alimentos e mais rapidamente do que as leitoas e depositam mais gordura com menor idade, 15)01/2018 Nutigdo resultando em carcagas com menor porcentagem de carne. Quando os animais so alimentados com racdes, contendo o mesmo nivel nutricional @ abatidos na mesma época, sem estratégia de peso de abate diferenciado, a instalacéo dos suinos por diferenca de sexo proporciona carcacas mais magras porque as fémeas no sofrerao a competicéo dos castrados pela racdo, atingindo peso de abate mais cedo. Desta forma, todo lote pode ser abatido com até uma semana de antecipacao 0 que pode representar, principalmente para os castrados, um aumento de até 1% na porcentagem de carne na carcaca. Se adicionalmente for adotado o arracoamento diferenciado, aliado ao peso menor de abate para castrados, 0 produtor pode garantir um aumento de 1% a 2% na proporcao de carne magra na carcaga, na média dos animais terminados. Nesta sistemdtica, as leltoas so alimentadas & vontade e os castrados com restricao de 5% aos 65kg de peso vivo, aumentando a restrig&o em 1% para cada 10kg de peso vivo até chegar & 10% na fase final da terminagao. Finalmente, ainda existe a opcéo de fornecer dietas diferenciadas por sexo, aumentando a concentracao nutricional na ago das fémeas, Copyright © 2008, Embrapa ~ itp ww enpsa.emorapa.briSPisuinosinuticao.him!

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