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Universidade Federal de Viçosa – Campus Florestal

Engenharia de Alimentos

EAF 388 – Laboratório de Fenômenos de Transporte

TUBO DE VENTURI

Ana Luiza de Melo Souza Mat. 1390

Ana Paula Hanke de Oliveira Mat. 1357

Pedro Henrique Lopes Marques Mat. 356

Raquel Lucena de Souza Mat. 1379

Saulo Baêta Espindola Mat. 1143

Professor: Fábio Takahashi

Florestal

04/11/2016
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Um dos dispositivos utilizados na engenharia são os medidores de vazão.


Dentre estes equipamentos podem-se citar os medidores de vazão baseados em
pressão diferencial, os quais são muito utilizados como partes integrantes de
sistemas de medição, os quais envolvem também outros dispositivos (HEWITT,
1978). Medidores baseados em pressão diferencial funcionam através de uma
redução da seção de passagem, aumentando-se a velocidade do fluído, provocando
uma diminuição da pressão. A velocidade média do escoamento é uma função da
queda de pressão (HEWITT, 1978).

Assim, a geometria imposta ao escoamento é capaz de modificar a


velocidade e a medida da variação da pressão pode ser correlacionada à velocidade
original. Os medidores de vazão com base neste princípio (variação da velocidade
por características geométricas e medição da variação de pressão) são chamados de
medidores de vazão por obstrução e são amplamente utilizados para medir vazões de
gases e líquidos (ÇENGEL; CIMBALA, 2007). Entre os mais conhecidos medidores
de vazão que utilizam esse princípio, é possível citar a placa de orifício e o tubo de
Venturi.

O tubo de Venturi (Figura 1) ou medidor de Venturi como o próprio nome


indica, foi inventado no século XVIII pelo cientista G. B. Venturi (1746-1822). É
um aparato criado para medir a velocidade do escoamento e a vazão de um líquido
incompressível através da variação da pressão durante a passagem deste líquido por
um tubo de seção mais larga e depois por outro de seção mais estreita. Este efeito é
explicado pelo princípio de Bernoulli e no princípio da continuidade da massa. Se o
fluxo de um fluido é constante, mas sua área de escoamento diminui então
necessariamente sua velocidade aumenta. Para o teorema a conservação da energia
se a energia cinética aumenta, a energia determinada pelo valor da pressão diminui
(HOLLINGSHEAD, 2011).
Figura 1: Representação do tubo de venturi.

De acordo com Delmée (1983), o tubo de Venturi pode operar com líquidos,
gases e vapores, sendo instalado em série com a tubulação e podendo ser instalado
em trechos relativamente curtos de tubulação. É aplicado nas medições de ar de
combustão de caldeiras, gases de baixa pressão onde se requer perda de carga
permanente reduzida. Pode ser fabricado com qualquer material desde que apresente
dimensões recomendadas.

O tubo de venturi possui uma perda de carga reduzida pois não ocorre a
separação de uma camada de fluido turbulenta como ocorre em dispositivos como a
placa de orifício. Quando o líquido passa através da garganta, sua velocidade
aumenta causando uma queda de pressão. Para a determinação do cálculo de
velocidade no tubo de venturi toma-se como ponto de partida a equação do balanço
de energia mecânica (GEANKOPLIS, 2003).

V1 2 p1 V2 2 p2
+ + gz1 = + + gz2 (1)
2 ρ 2 ρ

Por meio da equação da continuidade tem-se:

πd1 2 πd2 2 (2)


V1 = V2
4 4

Combinando-se as equações 1 e 2 e explicitando V2 obtém-se a expressão 3:

2(𝑃1−𝑃2)
V2 = √ d 4
(3)
ρ [1−( 2 ) ]
d1

Por meio da qual é possível obter a vazão do escoamento no tubo de venturi.


3. OBJETIVO
4. MATERIAIS E METODOS

 Tubo de venturi
 Secador de cabelo
 Óleo de milho
 Régua
 Água
 Termômetro

Métodos

1. Foi utilizado um tubo de venturi adaptado com cano PVC e papel cartão
com um tubo flexível em U acoplado sistema para medir a pressão.
2. No tubo em U foi colocado primeiramente água cuja temperatura tinha
sido medida anteriormente. O jato de ar foi introduzido no tubo de venturi
e foi analisada a diferença de pressão para aquela temperatura. Alterou-
se a temperatura do ar e foi repetido o procedimento
3. No tubo em U foi colocado óleo de milho cuja temperatura foi medida
anteriormente e novamente foi introduzido ar com duas diferentes
temperaturas e analisado a diferença de pressão para cada uma delas.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os parâmetros encontrados foram:

 Temperatura do ar = 48ºC
 Temperatura da água = 31ºC
 Temperatura do óleo = 35ºC

Com a informação da temperatura da água e do ar, mostrados nas


tabelas 1 e 2, pode-se encontrar a densidade da água e do ar a diferentes
temperaturas. Sendo que, para esse para esse experimento as densidades
foram de 995,4 kg/m³ para a agua e 1,1455 kg/m³ para o ar.
Tabela 1- Valores de densidade da água para diferentes temperaturas.

Tabela 2- Valores de densidade do ar para diferentes temperaturas.

Para o cálculo da área da tubulação foi utilizando a formula 1 e os


resultados obtidos foram A1= 4,90x10-4 m² e A2= 3,14x10-4 m², sendo que os
índices 1 e 2 representam os locais com maior e menor diâmetro no tubo de
Venturi.

𝜋𝑑2
𝐴= (1)
4

Conhecendo os valores das áreas da tubulação, com o auxílio das


formulas 2 e 3 é possível calcular o valor das velocidades e as vazões nos
pontos com maior e menor diâmetro, como mostrado nas tabelas 1 e 2.

2(𝜌á𝑔𝑢𝑎 )(𝑔)(ℎ)
𝑉=√ 𝐴2 (2)
𝜌𝑎𝑟 ( 12 −1)
𝐴2

𝑄 = 𝑉𝐴 (3)

Analisando os resultados é possível observar que o aumento da seção


transversal, ou seja aumentando o diâmetro, ocorre uma diminuição da
velocidade. Esse resultado encontra-se dentro do esperado, uma vez que por
conservação de energia, pois ocorre um ganho de energia de pressão quando
ocorre a diminuição da energia cinética.

Tabela 1 – Valores encontrados para o procedimento utilizando água.

Veloci Altura Veloci Veloci Vazão


dade do (m) dade 1 (m/s) dade 2 (m/s) (m³/s)
Secador

1 0,08 30,1 73,1 0,014

2 0,33 46,3 112,5 0,014

Tabela 2 – Valores encontrados para o procedimento utilizando óleo.

Veloci Altura Veloci Vazão Densid


dade do (m) dade (m/s) (m³/s) ade do óleo
Secador (kg/m³)

1 0,15 41,3 0,02 1740

2 0,38 65,7 0,02 1740

6. CONCLUSÃO

REFERENCIAS

Hewitt, G. F., (1978), Measurement of Two-Phase Flow Parameters, Academic Press –


London.

ÇENGEL, Y. A.; CIMBALA, J. M. Mecânica dos fluidos. São Paulo: McGraw Hill,
2007.
HOLLINGSHEAD, C. L. et al. Discharge coefficient performance of Venturi, standard
concentric orifice plate, V-cone and wedge flow meters at low Reynolds numbers.
Journal of Petroleum Science and Engineering, v. 78, n. 3/4, p. 559-566, Sept. 2011.

DELMÉE, G. J.; Manual de Medição de Vazão. 2º edição. São Paulo: Edgard Blücher,
1983. 476p.
GEANKOPLIS,C.J. transport processes and separation process principles
(includesunitoperations). 4ªed .prenticehallptr, 2003.1056p. Capítulo 3.

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