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Universidade Tecnológica Federal do Paraná

PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Campus Pato Branco
Laboratório de Física – Professor Neuri Lunelli

TRABALHO E ENERGIA MECÂNICA

01 Anna Flávia da Silva Ramos – annaflaviapna@hotmail.com

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Assinatura

02 Gustavo Henrique Veronese Vieira – gustavo_veronese@hotmail.com

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Assinatura

03 Gustavo Longo – guto.gl@hotmail.com

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Assinatura

04 Paulo Eduardo Sabadin – eduardosabadin@hotmail.com

_________________________________________________
Assinatura

Pato Branco, abril de 2013.


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Introdução
Este trabalho tem por objetivo apresentar os resultados e discussões acerca da
atividade prática realizada em laboratório que visava analisar um objeto em situação de
equilíbrio sob um plano inclinado e encontrar a intensidade da força que o mantinha nessa
condição, sabendo o ângulo de inclinação do plano e o peso do objeto.
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Fundamentação Teórica
A energia não tem um conceito definido, mas “uma definição menos rigorosa pode
servir como ponto de partida. Energia é um número que associamos a um sistema de um
ou mais objetos.” (HALLIDAY, 2008, pg. 153). Sabemos que a energia em um sistema
é conservativa, ou seja, nunca há perca ou criação de energia e sim transformação. Há
vários tipos de energia, mas trataremos aqui de dois casos em especial: A energia cinética
e a Energia potencial.

Energia cinética

A energia cinética (K) está relacionada ao movimento dos corpos e é definida por:
𝟏
K = 𝟐 mv²
Onde, m = massa do objeto em estudo e v = a velocidade com que ele se move.
Quando aumentamos a velocidade de um objeto aplicando uma força sobre ele, a energia
cinética dele também aumenta. Da mesma forma quando diminuímos a sua velocidade
também aplicando uma força sobre esse corpo, a sua energia cinética diminui. No
primeiro caso nós transferimos energia para o objeto, no segundo caso ocorre o inverso:
o objeto transfere energia para nós. A esse processo de transferência de energia
denominamos realizar trabalho. O trabalho é definido pela equação:
W = F.d.cosθ.
Onde, F = a intensidade da força aplicada e d o deslocamento do corpo. Se a grandeza
vetorial for paralela ao deslocamento, temos:
W = F.d.
Pois, nesse caso θ = 0 , e portanto cos θ = 1.
Mas, pelo que foi explanado acima também podemos definir o trabalho como a
variação da energia cinética num sistema e denotá-lo por:
W = Kf – Ki , ou W = Δ K.
Onde, Ki = Energia cinética inicial do objeto, Kf = Energia cinética final do objeto e W =
o trabalho realizado.

Energia potencial (U)

Quando um objeto de massa m está a uma determinada altura em relação a um


nível de referência, ele tem capacidade de realizar um trabalho; esta energia associada à
posição que o objeto está que é denominada energia potencial gravitacional (Ug). A
energia potencial gravitacional (Ug) é calculada como sendo o produto do peso do objeto
pela altura que ele está em relação a um nível de referência:

Ug = Ph = mgh

Princípio da conservação da energia mecânica de um sistema

Antes de falamos sobre a conservação de energia mecânica, vamos defini-la.


Energia mecânica (Emec) de um sistema é a soma da energia potencial (U) e a energia
cinética (K) dos objetos que compõe o sistema.
Emec = U + K
O princípio geral da conservação de energia diz que a energia total de um
sistema isolado é sempre constante. Quando mencionamos a palavra isolado, estamos
querendo dizer que o sistema não interage com outros sistemas.
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A energia mecânica de um sistema no qual agem somente forças conservativas


(forças que não modificam a energia mecânica do sistema) não se altera com o passar do
tempo. Nesse caso, podemos dizer que a soma das energias cinética e potencial é
constante seja qual for o intervalo de tempo.
A figura abaixo exemplifica o princípio da conservação de energia.

Fonte: http://www.brasilescola.com

Procedimento

Materiais utilizados:
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 Conjunto para queda livre;


 Carrinho com trilho de ar e acessórios;
 Balança de braço;
 Cronômetro;

Parte A – Conjunto de queda livre

Objetivo:
Verificar o princípio da conservação de energia mecânica (E), no movimento de
queda livre.

Procedimento:
Primeiramente prendemos a esfera metálica no eletroímã ligado e posicionamos o
primeiro sensor do cronômetro logo abaixo da esfera para ser nossa posição inicial.
Posicionamos o segundo sensor a uma distância de 150,0mm abaixo da posição inicial e
em seguida soltamos a esfera duas vezes para obtermos uma média dos tempos de queda.

Este procedimento foi realizado também para as distâncias de 225,0mm,


300,0mm, 375,0mm e 450,0mm.
Após averiguarmos todos os tempos de queda, pudemos calcular a velocidade da
esfera por: V=Δy/Δt (em que Δy é a distância em metros e Δt o tempo em segundos).
Com os dados obtidos pôde-se ser calculada a Energia Cinética do corpo, que é dada por:
K=m.v2/2, a Energia Potencial Gravitacional: Ug=m.g.h e a Energia Mecânica: K+Ug.

Parte B – Carrinho com trilho de ar

Objetivo:
Comparar os valores do Trabalho e da Energia Cinética

Procedimento:
Ligamos, através de um fio, o carrinho e uma massa M de 27,7g, deixando essa
massa suspensa. Posicionamos o primeiro sensor do cronômetro muito próximo da
posição de saída do carrinho, que estava sendo segurado pelo eletroímã, e o segundo
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sensor a uma distância de 20,0cm do primeiro sensor para que pudéssemos medir o tempo
que o carrinho gastou para percorrer essa distância.
Este procedimento foi feito também para distâncias de 40,0cm, 60,0cm e 80,0cm
em relação ao primeiro sensor.
Com isso, obtivemos dados suficientes para calcularmos a velocidade, a
aceleração (Δx = v0t + aΔt2/2) e a variação de energia cinética do carrinho, conforme as
distâncias analisadas.

Resultados e discussões

A seguir apresentaremos os resultados obtidos no experimento.


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Parte A - Conjunto de queda livre

y0 y Δy Δt v0 v Ug K E
0,0mm - -0,15m 0,1685s 0,0m/s -1.7 m/s -0,094J 0,092J -0,002J
150,0mm
0,0mm - -0,225m 0,2075s 0,0m/s -2.25m/s -0,141J 0,151J 0,010J
225,0mm
0,0mm - -0,30m 0,2415s 0,0m/s -2.49m/s -0,188J 0,190J 0,002J
300,0mm
0,0mm - -0,375m 0,2705s 0,0m/s -2.77m/s -0,235J 0,246J 0,009J
375,0mm
0,0mm - -0,45m 0,2975s 0,0m/s -3.05m/s -0,282J 0,290J 0,008J
450,0mm

Os cálculos de Ug e K foram feitos utilizando a gravidade (g) igual a 9,8m/s2, e a


massa da esfera metálica igual a 0,064kg.
Podemos notar que os valores de Δy estão todos negativos, conceitualmente isso
ocorre porque o deslocamento é para baixo, fazendo com que a velocidade e a Energia
Potencial Gravitacional também fiquem negativas.
Como escolhemos nossa origem no ponto y = 0, a energia mecânica inicial do
nosso sistema é igual a zero, pois como a esfera parte do repouso a energia cinética é nula
e por conta da origem ser 0, a energia potencial gravitacional também é nula. Como
sabemos, a energia mecânica de um sistema fechado se conserva. No nosso experimento
o erro foi bem pequeno como podemos observar na tabela acima e em todos os pontos a
energia mecênica ficou muito próxima de zero como esperado.
O gráfico 1, em anexo, representa Ug = f(y) com seus valores em módulo. O
coeficiente angular m da reta é = 0,63 (obtido através de m = y-y0/x-x0), implicando que
a tangente do ângulo da função em relação ao eixo x é igual a 0.01º. Portanto, se
dividirmos a energia Ug pela variação de posição Δy, obteremos: m.g. Δy/ Δy, cortando
os Δy, ficamos com m.g, que nada mais é que o peso da esfera = 0,63N, concluindo que
o coeficiente angular m da reta é igual ao peso do objeto em questão.
Já o gráfico 2 representa K = f(v) e tem um coeficiente angular m da função
linearizada = 0,03, implicando que a tangente do ângulo da função em relação ao eixo x
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é igual a 0.0005º. Portanto, se dividirmos a energia K pela velocidade ao quadrado,


obteremos: (m.v2/2)/ v2, fazendo a divisão de fração e cortando v2, ficamos com m/2 que
é igual a 0,032kg, concluindo que o coeficiente angular m da função linearizada é igual a
metade da massa da esfera.

Parte B – Carrinho com trilho de ar

x0 x Δx Δt v a ΔK WF
30 cm 50 cm 20 cm 0,541 s 0,37 m/s 1,36 m/s2 0,015 J 0,054 J
30 cm 70 cm 40 cm 0,796 s 0,50 m/s 1,26 m/s2 0,027 J 0,108 J
30 cm 90 cm 60 cm 0,974 s 0,67 m/s 1,26 m/s2 0,049 J 0,163 J
30 cm 110 cm 80 cm 1,137 s 0,70 m/s 1,24 m/s2 0,053 J 0,217 J

Os cálculos foram feitos com a massa do carrinho = 216,8g e considerando a força


que provocou o deslocamento a força peso da massa M que é igual a 0,271N.
A Energia Cinética está associada ao movimento do corpo, logo podemos associá-
la ao trabalho, pois este é a energia transferida pela aplicação da força peso da massa M
de 27,7g ao longo do deslocamento.
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Conclusão
Concluímos conforme a atividade prática realizada em laboratório, quanto maior
for o ângulo de inclinação do plano em relação a horizontal, maior será a intensidade da
força de atrito atuante na direção x e maior a distância, sendo o esforço maior e menor
será a intensidade da componente da força atuante na direção y, além de que quanto menor
o ângulo de inclinação, menor a distância a percorrer sendo menor o esforço a ser
empregado.
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Referências Bibliográficas

[1] HALLIDAY, David. RESNICK, Robert. WALKER, Jearl. Fundamentos de Física,


volume 1: Mecânica. 8ªed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

[2] MARQUES, Domiciano. Princípio da conservação da energia mecânica.


Disponível em: <http://www.brasilescola.com>. Acesso em: 12 de abril de 2013.

[3] SILVA, Marco Aurélio da. Energia e trabalho de uma força. Disponível em:
<http://www.brasilescola.com>. Acesso em: 12 de abril de 2013.

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