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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI

Superintendência de Recursos Humanos


Coordenação de Desenvolvimento de Pessoal/Serviço de Capacitação

APOSTILA DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS

Prof. Marcos Antonio Tavares Lira


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3
2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 3
2.1 O fogo.................................................................................................................... 3
2.2 Fogo e incêndio ..................................................................................................... 4
2.3 Triangulo do Fogo ................................................................................................. 5
2.3.1. Combustíveis sólidos......................................................................................... 6
2.3.2 Combustíveis Liquidos ....................................................................................... 8
2.3.3 Combustíveis Gasosos..................................................................................... 10
2.3.4 Comburente...................................................................................................... 11
2.3.5 Calor ................................................................................................................. 12
2.3.6 Reação em cadeia ........................................................................................... 12
2.4 Causas de incêndio ............................................................................................. 12
2.5 Propagação do fogo ............................................................................................ 14
2.6 Métodos de extinção de incêndio ........................................................................ 16
2.6.1 Resfriamento .................................................................................................... 16
2.6.2 Abafamento ...................................................................................................... 18
2.6.4 Extinção Química ............................................................................................. 19
2.7 Classes de Incêndio ............................................................................................ 20
2.8 Agentes extintores ............................................................................................... 21
2.8.2 Extintor de gás carbônico ................................................................................. 23
3 PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO .................................................................. 27
3.2 Instalações elétricas ........................................................................................... 27
3.2 Instalações de gás .............................................................................................. 28
3.3 Circulação ........................................................................................................... 29
3.4 Manutenção dos extintores ................................................................................. 30
3.5 Portas contrafogo ................................................................................................ 31
3.6 Alarmes de incêndio ............................................................................................ 31
3.7 Iluminação de emergência .................................................................................. 31
3.8 Hidrantes e esguichos ......................................................................................... 32
REFERENCIAS......................................................................................................... 33
3

1 INTRODUÇÃO

Serão apresentadas neste material informações básicas para


conhecermos o fogo, os elementos que o compõe e como podemos detê-lo e
classificações, tendo como objetivo capacitar o aluno no sentido de executar os
procedimentos básicos de Prevenção e Combate a Incêndio, para que, no
caso de uma emergência real no local de trabalho, proceda de maneira
adequada.

1. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 O fogo

O planeta Terra já foi uma massa quente e incandescente, que passou


por um processo de resfriamento por bilhões de anos, até chegar à situação
atual. Desta forma, o fogo existe desde o início da formação da crosta terrestre,
coexistindo com o homo-sapiens depois do seu aparecimento.
Pressupõem-se que os primeiros contatos, que os primitivos habitantes
tiveram com o fogo, foram por meio de manifestações da natureza com as
descargas elétricas que provocaram grandes incêndios no meio ambiente. Na
sua constante evolução, o homem primitivo empregou o fogo como parte
integrante de seu cotidiano. O fogo advindo dos eventos naturais e
posteriormente, obtido intencionalmente por meio da fricção de pedras, foi
empregado em várias funções, tais como:
 Iluminação;
 Aquecimento de cavernas;
 Cozimento;
 Rituais, entre outros.
4

Nessa época, o homem dominava as técnicas de obtenção, mas


interpretando-o, como um fenômeno sobrenatural. Segundo Arquimedes, sobre
os elementos fundamentais da Terra: o ar, a água, a terra e o fogo. Na idade
moderna (século XVIII) Antoine Lawrence Lavoisier, colocou em papel as bases
científicas do fogo. A principal experimento (Figura1) forneceu foi colocar
mercúrio (Hg), único metal em estado líquido a temperatura ambiente na
natureza, no interior de um recipiente fechado, aquecendo-o, quando a
temperatura alcançou cerca 300ºC, observou-se um pó vermelho que pesava
mais que o estado liquido anterior.

Figura 1- Experiência de Antoine Lavoisier

Fonte: Brasil Escola

Assim, “Lavoisier concluiu que a combustão não ocorria por causa


da presença de um flogístico misterioso, mas sim porque o mercúrio ou
qualquer outro material combustível reagia com outro elemento presente
no ar” (BRASIL ESCOLA, 2016).

2.2 Fogo e incêndio

O fogo é a combustão controlada com a emissão e manifestação rápida


com de luz e calor e, enquanto incêndio é toda e qualquer destruição
5

ocasionada causada pelo fogo, que fora do controle humano gera algum
prejuízo.

2.3 Triangulo do Fogo

O triangulo do fogo é uma representação gráfica dos três elementos


precisos para começar a combustão. Tais elementos são o combustível, o qual
fornece energia para a queima na combustão, o comburente cuja função é ser
a substância que tem a reação química com o combustível, e finalmente a
temperatura de ignição que é necessário para começar a reação entre o
comburente e o combustível, assim gerando uma reação em cadeia conforme
a Figura 2 e 3.

Figura 2- Triangulo do fogo

Fonte: UFRRJ.COM
6

Figura 3- Triângulo do fogo

Fonte: Multimeios/Seed

 Fogo: normalmente o termo combustível é associado aos postos de


combustíveis, à gasolina, ao etanol e ao diesel, esses líquidos
popularmente entendem-se como a única forma existente de
combustível. Esse pensamento é errado. Tem-se combustível como toda
e qualquer substância capaz de queimar e continuar a combustão. Assim,
pode-se classificar combustível como líquidos, sólidos e gasosos.

2.3.1. Combustíveis sólidos

Podem ser: lenha, carvão, bagaço de cana, entre outros (Figura 4). Além
disso o termo “combustível sólido” também é utilizado para o combustível que
é utilizado em foguetes espaciais que nada mais é do que uma mistura de
combustível e comburente ambos sólidos. Essas substâncias passam por um
processo de pulverização para que sua superfície de contato seja maior e
7

entrem em combustão mais rápido e consequentemente gerando energia


(INFOESCOLA,2016).

Figura 4 - Carvão

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org/noticias/usdo-de-combustivel-
solido-mata-3-pessoas-por/images/carvao.jpg
8

Figura 5 -Madeira

Fonte: http://i50.tinypic.com/25ct1.jpg

2.3.2 Combustíveis Liquidos

Os líquidos inflamáveis possuem propriedades físicas que dificultam a


extinção do fogo, aumentando o perig. Uma propriedade a ser ressaltada é a
solubilidade do líquido, ou seja, sua capacidade de mistura com outro líquido.
É importante saber que derivados do petróleo (hidrocarbonetos) têm
pouca solubilidade e densidade, ao passo que líquidos como álcool e acetona
(solventes polares), têm grande solubilidade, isto é, podem ser diluídos até um
ponto em que a mistura não seja inflamável.
Já a volatilidade, é a facilidade com que os líquidos liberam vapores, é
importante uma vez que quanto mais volátil for o líquido, maior a possibilidade
de haver fogo, incêndio ou explosão. Assim quanto maior à volatilidade, os
líquidos podem ser classificados em
 Líquidos inflamáveis - ponto de fulgor abaixo dos 38°C (gasolina,
álcool, acetona entre outros;
9

 Líquidos combustíveis - ponto de fulgor acima dos 38°C (óleos


lubrificantes e vegetais, glicerina). Geralmente os líquidos assumem a
forma do recipiente que os contêm;

Os combustíveis líquidos empregados nos motores são constituídos de:


 Hidrocarboneto;
 Benzol;
 Hidrocarbonetos;
Os mesmos são agrupados em quatro classes:
 Parafinas;
 Olefinas;
 Naftenos;
 Aromáticos;

 FAMÍLIA PARAFÍNICA: A séries parafínica dos hidrocarbonetos


começa com o CH 4 (metano) e os termos sucessivos têm um átomo
a mais de carbono ligados a dois átomos de hidrogênio
(BRASILESCOLA,2016).

 FAMIALIA DAS OLEFINAS: A série das olefinas tem a cadeia aberta


como a série parafínica, mas têm uma dupla ligação entre os átomos
de carbono. Esta família é caracterizada pela terminação “ENO” e tem
a fórmula geral CnH2n . As olefinas podem unir-se com facilidade com
o hidrogênio, formando a parafina, ou também pode se unir com o
oxigênio, que neste caso formará resíduos indesejáveis comumente
chamados de borras ( BRASILESCOLA,2016).

 FAMÍLIA DOS AROMÁTICOS: Possuem a fórmula geral C n H 2n-6


para a série benzênica e C 2 H 2(n-6) para a série dos naftalênicos.
(BRASILESCOLA,2016).
10

 FAMILIA DOS NAFTENOS : A fórmula geral é, evidentemente, C n H


2n . É uma família de compostos saturados com estruturas sólidas.
Cada átomo de carbono é ligado a outros dois átomos de carbono,
formando assim uma estrutura em anel. Cada carbono tem dois outros
elementos ligados a este, que podem ser o hidrogênio, outro carbono
ou ambos. Os compostos são denominados, adicionando o prefixo
“CICLO” ao nome da parafina correspondente
(BRASILESCOLA,2016).

Figura 6- Combustível sólido: gasolina

2.3.3 Combustíveis Gasosos

Os gases que não têm volume definido, a ocupando todo o recipiente em


que estão contidos.
O peso do gás é menor que o peso do ar (no caso do GN), o gás tende
a subir e dissipar-se. Entretanto se o peso do gás é maior que o peso do ar
11

(GLP), o gás permanece próximo ao solo sofrendo interferência do vento,


obedecendo ao terreno.
Exemplos:
 Metano;
 Gás Natural;
 Hidrogênio.

2.3.4 Comburente

É o elemento que ativa à combustão, se combinado com os vapores


inflamáveis dos combustíveis.
O oxigênio é o comburente comum à imensa maioria dos combustíveis.
Dependendo da concentração que está no ar torna-se incapaz de sustentar a
combustão. Contudo, além do oxigênio, há outros gases que podem se
comportar como comburentes para determinados combustíveis. Assim, o
hidrogênio queima no meio do cloro, os metais leves, também queimam no
meio do vapor de água e o cobre queima no meio de vapor de enxofre. O
magnésio e o titânio, em particular, e se finamente divididos, podem queimar
ainda em atmosfera de gases normalmente inertes, como o dióxido de carbono
e o azoto (Figura 7) (MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS
DE INCÊNDIO,2015).

Figura 7 - Símbolo comburente


12

2.3.5 Calor

O calor é uma forma de energia, sendo o elemento que inicia o fogo e


permite que ele se propague.
Verifica-se que algumas vezes até mesmo o aquecimento de
equipamento já é suficiente para prover calor necessário para o início de uma
combustão de grandes proporções.

2.3.6 Reação em cadeia

Os elementos combustível, comburente e calor separadamente não


produzem fogo. Quando há esta interação geram a reação em cadeia, gerando
a combustão e permitindo que ela se auto mantenha.

2.4 Causas de incêndio

As causas de um incêndio são as mais diversas: descargas elétricas,


descargas atmosféricas, sobrecarga nas instalações elétricas dos edifícios,
falhas humanas. (PREFEITURA DE SÂO PAULO, 2016). As causas são
classificas da seguinte forma
 Causas Naturais: são aquelas que provocam incêndios sem a
intervenção do homem. Exemplo: Vulcões, terremotos, raios, incêndios
florestais
 Causas Acidentais: eletricidade, chama exposta, vazamento de gás;
 Causas Criminosas: são os incêndios criminosos, são inúmeros e
variáveis. Exemplo: recebimento de seguros, eliminar provas.
Na Figura 8 e 9, são apresentados alguns cuidados contra as causas
acidentais:
13

Figura 8 -Prevenção contra causas ambientais

Fonte: Prefeitura de São Paulo (2016)


14

Figura 9- Prevenção das causas ambientais- Instalações elétricas

Fonte: Prefeitura de São Paulo (2016)

2.5 Propagação do fogo

 Condução: É a forma que o calor é transmitido de corpo para corpo


ou em um mesmo corpo, de molécula para molécula (Figura 10).
Exemplo: fósforo e percebe-se que o fogo vem consumindo a madeira
do palito de forma gradual, ou seja, molécula a molécula.
15

Figura 10 - Calor por condução

Fonte: físicos.com

 Calor por convecção

O calor é transmitido através de uma massa de ar aquecida, de um


ambiente para o outro, por meio de compartimentos (Figura 11).
Exemplo: temos algumas situações em que um ambiente de um edifício
está em chamas e, em minutos, outro edifício que não tem ligação direta, nem
elemento físico os ligando, também começa a pegar fogo.

Figura 11- Calor por convecção


16

 Calor por irradiação: É a transmissão do calor por meio de ondas


caloríficas através do espaço. Ex : Sol e Terra ( Figura 12)
Figura 12 - Calor por irradiação

Fonte: pt.slideshare

2.6 Métodos de extinção de incêndio

É necessário a quebra da reação em cadeia


Os principais métodos são relatados a seguir:
2.6.1 Resfriamento

Este método consiste em diminuir a temperatura e na diminuição do calor.


O objetivo é fazer com que o combustível não gere mais gases e vapores e,
finalmente, se apague. O agente resfriador mais utilizado é a água ou gelo
quebrando o triangulo do fogo (Figura 13 e 14).
17

Figura 13 - Resfriamento

Fonte: http://www.aoss.org.br/cbmpe/image/resfriam.gif

A redução da temperatura está ligada à quantidade e à forma de


aplicação da água (jatos), de modo que ela absorva mais calor que o incêndio
é capaz de produzir. É inútil o emprego de água onde queimam combustíveis
com baixo ponto de combustão (menos de 20ºC), pois a água resfria até a
temperatura ambiente e o material continuará produzindo gases combustíveis
(NATUREZA DO FOGO,2013).

Figura 14- Rompimento do triangulo do fogo

Fonte: Natureza do Fogo (2013)


18

2.6.2 Abafamento

Este método consiste em impedir o COMBURENTE (geralmente o


oxigênio), permaneça em contato com o combustível. Para as combustões
alimentadas pelo oxigênio, no momento em que a quantidade deste gás no ar
atmosférico se encontrar abaixo da proporção de aproximadamente 16%, a
combustão deixará de existir.
Para combater incêndios por abafamento podem ser usados os mais
diversos materiais, desde que esse material impeça a entrada de oxigênio no
fogo e não sirva como combustível por um determinado tempo como cobertores
e abafadores (Figura 15)

Figura 15- Extinção por abafamento

Fonte: Natureza do fogo (2013)

2.6.3 Isolamento
O isolamento tem como objetivo atuar na retirada do COMBUSTÍVEL da
reação em cadeia ( Figura 16)
Neste contexto, existem duas técnicas
 retirada do material que está queimando
19

 Retirada do material que está próximo ao fogo e entrará em combustão por


meio de um dos métodos de propagação do mesmo.

Figura 16- Extinção por isolamento

Fonte: Natureza do Fogo (2013)

2.6.4 Extinção Química

O processo da extinção química combina um agente químico com a


mistura inflamável, a fim de tornar essa mistura não inflamável. Este, método
não atua diretamente no fogo, e sim na reação em cadeia como um todo (
Figura 17).

Figura 17- Extinção química por extintor químico

Fonte: Natureza do fogo (2013)


20

2.7 Classes de Incêndio

Conforme o Quadro 1, existem 5 classes de incêndio.

Quadro 1- Classes de incêndio


Classe Característica
Incêndios ocorridos em materiais
fibrosos ou combustíveis sólidos;
Queimam em razão do seu volume,
isto é, em superfície e profundidade.
Esse tipo de combustível deixa
Classe A resíduos (cinzas ou brasas);
Exemplos: madeira, papel, borracha,
cereais, tecidos etc. Extinção:
geralmente o incêndio nesse tipo de
material é apagado por resfriamento.
Definição: são os incêndios ocorridos
em combustíveis líquidos ou gases
combustíveis.
Classe B Características: a queima é feita
através da sua superfície e não deixa
resíduos.
Exemplos: GLP, óleos, gasolina,
éter, butano etc. Extinção: por
abafamento
Classe C Definição: são os incêndios ocorridos
em materiais energizados.
Características: oferecem alto risco à
vida na ação de combate, pela
presença de eletricidade. Quando
desconectamos o equipamento da
sua fonte de energia, se não houver
nenhuma bateria interna ou
dispositivo que mantenha energia,
podemos tratar como incêndio em
classe A ou classe B. Exemplos:
transformadores, motores,
interruptores etc. Extinção: agentes
extintores que não conduzam
eletricidade, ficando vedados a água
e o gás carbônico.
Definição: são os incêndios ocorridos
em metais pirofóricos.
21

Características: irradiam uma forte


Classe D luz e são muito difíceis de serem
apagados. Exemplos: rodas de
magnésio, potássio, alumínio em pó,
titânio, sódio etc. Extinção: através
do abafamento, não devendo nunca
ser usado água ou espuma para a
extinção desse tipo de incêndio
Definição: são os incêndios em
banha, gordura e óleos voltados ao
cozimento de alimentos.
Características: é uma classe de
muita periculosidade, ao passo que o
Classe K trato de banha, gordura e óleos é
bastante comum nas cozinhas
residenciais e industriais. Exemplos:
incêndios em cozinhas quando a
banha, a gordura e os óleos são
aquecidos. Extinção: JAMAIS
TENTAR COMBATER COM ÁGUA.
Essa classe reage perigosamente
com água, gerando explosões e
ferindo quem estiver próximo. O
método mais indicado de combater o
incêndio nessa classe é através do
abafamento.
Fonte: Adapatado de MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS
DE INCÊNDIO (2013)

2.8 Agentes extintores

Segundo a NBR 12637 é qualquer agente para extinção do fogo.


2.8.1 Extintor de água
Tipo Característica Manejo
É aquele que possui -
Água pressurizada apenas um cilindro para a
água e o gás expelente.
Sua carga é mantida sob
pressão permanente
É aquele que possui uma Retirar o extintor do
Agua Gás câmara, um recipiente de suporte e levá-lo até
água e um cilindro de alta o local onde será
22

pressão, contendo o gás


utilizado; retirar o
expelente. A
esguicho do
pressurização só se dá no
suporte, apontando
momento da operação. Os
para a direção do
extintores de água, são
fogo; Romper o
aparelhos destinados a
lacre da ampola do
extinguir pequenos focos
gás expelente; Abrir
de incêndio Classe “A”,
totalmente o
como por exemplo em registro da ampola;
madeiras, Dirigir o jato d’água
papéis e
tecidos. para a base do fogo.
Indicado para princípios de
Retira-se o aparelho
incêndio na Classe “B”,
do suporte,
também podendo ser conduzindo-o até as
utilizado para combater
proximidades do
um incêndio de Classe “A”,
incêndio,
porém com menor
mantendo-o sempre
eficácia. na posição vertical,
Neste tipo de aparelho
procurando evitar
extintor, o cilindro contém
movimentos
uma solução de água com
bruscos durante o
bicarbonato de sódio mais
seu transporte;
o agente estabilizador. A
Inverter a sua
solução de sulfato de
posição (de cabeça
Espuma Química alumínio é colocada em
para baixo),
um outro recipiente que vai
agitando-o de modo
internamente no cilindro,
a facilitar a reação;
separando a solução de
Dirigir o jato sobre a
bicarbonato de sódio e
superfície do
alcaçuz combustível,
procurando,
principalmente nos
líquidos, espargir a
carga de maneira a
formar uma camada
em toda a superfície
para o abafamento;
Permanece-se com
o aparelho na
posição invertida
até terminar a
carga.
Fonte: Adaptado de MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS
DE INCÊNDIO (2013)
23

2.8.2 Extintor de gás carbônico

É um gás inerte muito usado em incêndios de Classe “C”. A sua forma


de agir é por abafamento, podendo também ser utilizado nas classes A e B .
Manejo Manutenção
Para utilizar o extintor de CO2, o Os extintores de CO2 devem ser
operador deve proceder da seguinte inspecionados e pesados
maneira: mensalmente.
a) Retire o aparelho do suporte e Se a carga do cilindro apresentar uma
leve-o até o local onde será perda superior a 10% de sua
utilizado; capacidade, deverá ser recarregado.
b) Retire o grampo de A cada 5 anos devem ser submetidos
segurança; a testes hidrostáticos. Este teste deve
c) Empunhe o difusor com ser feito por firma especializada, de
firmeza; acordo com normas da ABNT
d) Aperte o gatilho;
e) Dirija a nuvem de gás para a
base da chama, fazendo
movimentos circulares com o
difusor;
f) Não encoste o difusor no
equipamento.
Adaptado de MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE
INCÊNDIO (2013)

2.8.3 Extintor de pó químico

Os extintores com pó químico, utilizam os agentes extintores bicarbonato


de sódio ou potássio.
Indicado para princípios de incêndio das Classes B e C. O extintor de pó
químico pressurizado utiliza o nitrogênio, que, sendo um gás seco e
incombustível.
O extintor de pó químico a pressurizar, utiliza como o gás carbônico
(CO2), que, por ser um gás úmido.
Manejo Manutenção
a) Os dois tipos de aparelhos a) Pressurizado Retira-se o
citados são de fácil manejo: extintor do suporte e o conduz
24

b) Pressurizado até o local onde será utilizado


c) Retira-se o extintor do suporte (observar a direção do vento);
e o conduz até o local onde b) Rompe-se o lacre;
será utilizado (observar a c) Destrava-se o gatilho,
direção do vento); comprimindo a trava para a
d) Rompe-se o lacre; frente, com o dedo polegar;
e) Destrava-se o gatilho, d) Aciona-se o gatinho, dirigindo o
comprimindo a trava para a jato para a base do fogo
frente, com o dedo polegar;
f) Aciona-se o gatinho, dirigindo o
jato para a base do fogo.
Fonte: Adaptado de MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS
DE INCÊNDIO (2013)

A pressurizar retira-se o extintor do suporte e o conduz até o local onde


será utilizado e aciona a válvula do cilindro de gás, destrava-se o gatilho,
comprimindo a trava para frente, com o dado polegar;
Posteriormente empunha-se a pistola difusora e aciona-se o gatilho,
dirigindo o jato para a base do fogo. A manutenção deve ser inspecionada
rotineiramente e sua carga deve ser substituída ano.

2.8.4 Equipamentos fixos de combate a incêndio.


Os equipamentos fixos devem estar posicionados em locais onde exista
a menor chance de o fogo bloquear o seu acesso e em locais de fácil acesso
(Prevenção e Combate a Sinistros, 2012).
Hidrante:
 Nas proximidades das portas externas ou acessos à área a ser protegida,
a não mais de 5 metros destas.
 Em posições centrais nas áreas a serem protegidas.
 Fora de escadas e de antecâmaras de fumaça.
 A uma altura entre 1 metro e 1,5 metros do piso acabado.
25

Esguicho
 Regulável e não regulável (Figura 18): É um dispositivo adaptado na
extremidade das mangueiras que serve para dar forma, direção e
controle ao jato. Os esguichos de tipo regulável são aqueles que podem
lançar água sob a forma de neblina ou água sob a forma de jato
compacto. Já os esguichos de tipo não-regulável são os que lançam água
somente sob a forma de jato compacto (Prevenção e Combate a
Sinistros, 2012).

Figura 18 - Esguicho

Fonte: Prevenção e Combate a Sinistros, 2012


26

Chuveiro Automático
Um sistema de chuveiro automático, é definido pela NBR 10897:1990,
como sendo um sistema fixo o qual deve apresentar:
 Rede hidráulica de distribuição que alimente os chuveiros automáticos,
após a válvula de alarme ou chave detectora de fluxo da água.
 Rede de abastecimento das válvulas de alarme ou chave detectora de
fluxo de água;
 Abastecimento de água: a instalação hidráulica principal de alimentação
do sistema de chuveiro automático, partem ramais secundários para os
diversos setores da edificação. “Cada um dos ramais é controlado por
uma válvula alarme que dispara se ocorrer fluxo de água no ramal,
indicando, no painel de controle do sistema, qual ramal foi acionado. Um
ramal de derivação do sistema principal pode conter vários chuveiros
automáticos, os quais são fundamentais na extinção de um princípio de
incêndio. Os chuveiros automáticos Figura 19 são equipamentos
instalados no teto ou nas paredes das edificações cuja função é jogar
água, em forma da chuva, sobre o fogo. A água é liberada quando o
dispositivo, na ponta do chuveiro, sensível ao calor, rompe-se”
(Prevenção e Combate a Sinistros, 2012).

Figura 19- Chuveiro automático

Fonte:Prevenção e Combate a Sinistros, 2012


27

2.9 Fatores que contribuem com um incêndio.

A intensidade e duração de um incêndio, depende das condições de


ventilação e das propriedades térmicas dos materiais dos fechamentos
(paredes, tetos).
A transição de um incêndio localizado para um incêndio desenvolvido,
chamado "flashover", é uma etapa essencial para avaliação da segurança
estrutural contrafogo. A figura 20 expõem o resumo do que contribuem com um
incêndio.

Figura 20- Fatores que contribuem com incendio

Fonte: Prevenção e Combate a Sinistros, 2012

3 PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO

Pelo caderno técnico de prevenções a acidentes da Prefeitura de São de


Paulo (2012)

3.2 Instalações elétricas

Chame um técnico qualificado para executar as instalações elétricas ou


quando encontrar um dos seguintes problemas:
28

 Constante abertura dos dispositivos de proteção (disjuntores)


 Queima frequente de fusíveis.
 Aquecimento da fiação e/ou de disjuntores.
 Quadros de distribuição com dispositivos de proteção do tipo chave faca
com fusíveis cartucho ou rolha. Substitua-os por disjuntores ou fusíveis do
tipo Diazed ou NH.
 Fiações expostas (a fiação deve estar sempre embutida em eletrodutos).
 Lâmpadas incandescentes instaladas diretamente em torno de material
combustível, pois elas liberam grande quantidade de calor.
 Inexistência de aterramento adequado para instalações e equipamentos
elétricos como torneiras e chuveiros elétricos, arcondicionado.
 Evite aterrá-los em canos d'água.

“ATENÇÃO: toda a instalação elétrica tem de estar de acordo com a


Norma NBR 5.410 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
1.3 EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS Antes de instalar um novo aparelho,
verifique se ele não vai sobrecarregar o circuito. Utilize os aparelhos
elétricos somente do modo especificado pelo fabricante. ” Prefeitura de
São de Paulo (2012)

3.2 Instalações de gás

Somente pessoas habilitadas devem realizar consertos ou modificações


nas instalações de gás. Sempre verifique possíveis vazamentos no botijão,
trocando-o caso constate alguma irregularidade.
O botijão de gás que estiver em péssimo estado deve ser imediatamente
recusado. Para conferir vazamento, nunca use fósforos, apenas água e sabão.
Nunca é permitido improvisar maneiras de vedar vazamentos, como utilizar
cera. Recomenda-se colocar os botijões sempre em locais ventilados. Sempre
rosqueie o registro do botijão apenas com as mãos, para evitar rompimento da
válvula interna.
29

Aparelhos que usam gás devem ser revisados pelo menos uma vez a
cada dois anos.
Vazamento de gás sem chama:
 Ao sentir cheiro de gás, não ligue ou desligue a luz ou aparelhos
elétricos.
 Afaste as pessoas do local e procure ventilá-lo.
 Feche o registro de gás para restringir o combustível e o risco de
propagação mais rápida do incêndio. Não há perigo de explosão
do botijão se você fechar o registro. Se possível, leve o botijão para
um local aberto e ventilado (Prefeitura de São de Paulo 2012)
Vazamento de gás com chama
 Feche o registro do gás. Retire todo o material combustível que
estiver próximo ao fogo (Prefeitura de São de Paulo 2012).

3.3 Circulação

 Manter sempre desobstruídos corredores, escadas e saídas de


emergência, sem vasos, tambores ou sacos de lixo.
 Nunca guardar produtos inflamáveis.
 Não utilizar corredores, escadas e saídas de emergência como
depósitos, mesmo que seja provisoriamente
 As coletas de lixo devem ser bem planejadas para não
comprometer o abandono do edifício em caso de emergência.
 As portas corta-fogo não devem ter trincos ou cadeados.
 Conhecer bem o edifício em que circula, mora ou trabalha,
principalmente os meios de escape e as rotas de fuga (Figura 21).
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Figura 21- Prevenções contra incêndios- circulação

(Prefeitura de São de Paulo 2012)


3.4 Manutenção dos extintores

Os extintores de incêndio devem ser apropriados para o local a ser


protegido. Sempre verificar o acesso aos extintores não está obstruído
(Prefeitura de São de Paulo 2012).

 Os manômetros indicam pressurização (faixa verde ou amarela).

 O aparelho não apresenta vazamento.

 Os bicos e as válvulas da tampa estão desentupidos. Leve qualquer

irregularidade ao conhecimento de um responsável, para que a

situação seja rapidamente sanada.

A recarga do extintor deve ser feita:


 Imediatamente após o uso.
 Caso ele esteja despressurizado (manômetro na faixa vermelha).
 Após ele ser submetido a teste hidrostático
 Se o material estiver empedrado. Tais procedimentos devem ser
verificados pelo zelador e fiscalizados por todos.

Mesmo que o extintor não tenha sido usado, a recarga deve ser feita:
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 Após um ano – tipo espuma.


 Após três anos – tipo pó químico seco e água pressurizada.
 Semestralmente – se houver diferença de peso que exceda 5%, tipo
pó químico seco e água pressurizada; 10%, tipo CO2.
 Esvaziar os extintores antes de enviá-los para recarga.
 Programar a recarga de forma a não deixar os locais desprotegidos.
(Prefeitura de São de Paulo 2012)
3.5 Portas contrafogo

Elas devem resistir ao calor por 60 minutos, no mínimo. Toda porta corta-
fogo deve abrir sempre no sentido de saída das pessoas.
Seu fechamento deve ser completo. As portas nunca devem ser
trancadas com cadeados e não devem ser usados calços, cunhas para mantê-
las aberta (Prefeitura de São de Paulo 2012).

3.6 Alarmes de incêndio

Os alarmes de incêndio podem ser manuais ou automáticos. Os


detectores de fumaça, de calor e de temperatura acionam automaticamente
estes alarmes. As verificações dos alarmes precisam ser feitas periodicamente,
seguindo as instruções do fabricante. A edificação deve contar com um plano
de ação para evacuar o local (Prefeitura de São de Paulo 2012).

3.7 Iluminação de emergência

A iluminação de emergência, que entra em funcionamento quando falta


energia elétrica, pode ser alimentada por gerador ou bateria e acumuladores
(não-automotiva). Para prevenção é necessário uma constantemente a revisão
dos pontos de iluminação. Também é necessário a recomendação de
emergência nos elevadores (Prefeitura de São de Paulo 2012).
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3.8 Hidrantes e esguichos

Os hidrantes e mangotinhos devem estar sempre bem sinalizados e


desobstruídos (Prefeitura de São de Paulo 2012). A caixa de incêndio deverá
conter:
 Registro globo com adaptador, mangueira aduchada (enrolada pelo meio
ou em ziguezague), esguicho regulável (desde que haja condição técnica
para seu uso) ou agulheta, duas chaves para engate e cesto móvel para
acondicionar a mangueira.
 Mangotinho, que deve ser enrolado em "oito" ou em camadas nos
carretéis e pode ser usado por uma pessoa apenas. Seu abrigo deve ser
de chapa metálica e dispor de ventilação.
Verificar:
 Mangueira está com os acoplamentos enrolados para fora, facilitando o
engate no registro e no esguicho.
 Se a mangueira está desconectada do registro.
 Se o estado geral da mangueira é bom, desenrolando-a e checando se
ela não tem nós, furos e trechos desfiados, ressecados ou desgastados.
 Se o registro apresenta vazamento ou está com o volante emperrado.
 Se há juntas amassadas.
 Se há água no interior das mangueiras ou no interior da caixa hidrante,
pois isso pode provocar o apodrecimento da mangueira e a oxidação da
caixa (Prefeitura de São de Paulo 2012)
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REFERENCIAS

CAMILLO JR, Abel B. Manual de prevenção e combate a incêndios. Senac


editora.2009 São Paulo.
REIS, Jorge Santos. Manual básico de proteção contra incêndios. São
Paulo: FUNDACENTRO, 1987.
PEREIRA, Áderson G.; Popovic, Raphael R. Segurança Contra Incêndios.
Editora LTR. São Paulo.2009 Citar as fontes utilizadas para desenvolvimento
da atividade.
MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO
(2013) Disponível em <
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/licenciamentos/cade
rno_tecnico_prevencao_incendios.pdfwww.defesacivil.pr.gov.br/arquivos/File/
Brigada_Escolar/Brigada_Escolar_2015/Modulo_VI_Ccombate_Incendio.pdf>
PREFEITURA DE SÃO DE PAULO (2012). Disponível em <
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/licenciamentos/cade
rno_tecnico_prevencao_incendios.pdf >
Links uteis:
http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos_seguranca/segunda_etapa/prevencao_
combate_sinistros.pdf
http://naturezadofogo.com.br/
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/combustiveis.htm
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/combustiveis.htm

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