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ZAMA
Dir. Lucrecia Martel
Idioma: Espanhol
Legenda: Português
País: Argentina, Brasil, Espanha, França, Holanda, México, Portugal, EUA
Duração: 115 min.
Ano: 2017
Contato: sales@matchfactory.de
Sinopse
Zama, um oficial da Coroa Espanhola nascido na América do Sul, aguarda por uma carta do rei que deverá
autorizá-lo a se transferir da cidade em que vive estagnado, para um lugar melhor. Os anos passam e
a carta do Rei nunca chega. Quando Zama percebe que tudo está perdido, ele se junta a um grupo de
soldados que saem a perseguir um perigoso bandido.
FILME DE ENCERRAMENTO MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS
HISTÓRIAS QUE NOSSO CINE (NÃO) CONTAVA CRESPO (LA CONTINUIDAD DE LA MEMORIA)
Dir: Fernanda Pessoa Dir: Eduardo Crespo
Idioma: Português Idioma: Espanhol ESTREIA
Legendas: Espanhol Legenda: Português BRASIL
País: Brasil País: Argentina
Duração: 80 min. Duração: 65 min.
Ano: 2017 Ano: 2016
Contato: fepebarros@gmail.com Contato: educrespo@gmail.com
Sinopse Sinopse
Recortar, no passado, aquilo que resvala ainda no presente: o trabalho de arqueologia e genealogia de Eduardo Crespo, diretor do filme, passou sua infância na cidade de Crespo, na província de Buenos Aires.
Fernanda Pessoa encontra nas comédias eróticas brasileiras dos anos 1970 a matéria-prima para lidar No momento em que realiza o filme, o diretor vive em Villa Crespo. Essas coincidências na vida do diretor
com as complexidades que já estavam lá e ainda permanecem aqui. Num exercício de reconfiguração da não são mais do que isso: curiosas coincidências. No entanto, este é o ponto de partida para Crespo fazer
montagem de atrações (definida por Eisenstein basicamente como: “uma vez reunidos, dois fragmentos um filme sobre outro Crespo, seu pai. O cineasta empreende a missão de voltar à cidade onde nasceu para
de filme de qualquer tipo combinam-se inevitavelmente em um novo conceito, em uma nova qualidade, reconstruir a memória de seu pai.
que nasce, justamente, de sua justaposição”), Histórias que Nosso Cinema (não) Contava reordena
Esta jornada permite uma viagem não só no espaço, ao lugar de infância do diretor, mas também no
uma série de cenas e sequências de maneira a criar novas possibilidades de sentido a filmes que, a
tempo, enquanto procura reconstruir uma memória que, segundo Eduardo Crespo, encontra-se obnubi-
princípio, não tinham outras ambições senão zombar ou reforçar estereótipos e tiques sociais. Nesse
lada. Assim o filme autobiográfico busca encontrar essas relações que o ligam a todos os “Crespos” que
verdadeiro experimento, Fernanda Pessoa repassa o golpe militar de 1964 no Brasil, a linha-dura da
marcaram sua própria vida.
ditadura (tortura, silenciamento, perseguição) e especialmente o moralismo cínico que parece ter voltado
com força total no país nos últimos três anos. Enquanto apresenta para muita gente o que foi o cinema (SEBASTIAN MORALES)
popular brasileiro na época – irreverente, despudorado, ao mesmo tempo liberal e conservador –, o filme
permite, através de seus procedimentos formais, que a diretora reflita direta e perturbadoramente sobre
para onde fomos e, quem sabe, para onde ainda iremos.
(MARCELO MIRANDA)