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No referido capitulo os autores defendem a ideia de um currículo voltado à

articulação do conteúdo disciplinar a questões cientificas, sociais, politicas, tecnológicas


e econômicas condizentes a realidade do aprendiz, e para que tal pensamento seja
efetivado faz-se necessário a “ambientalização” da sala de aula, de modo a propiciar a
inter-relação Ciência-Tecnologia-Sociedade (CTS). Entretanto, muito se discute sobre
como essa inter-relação vem sendo inserida nos currículos escolares ou por que não
acontece.

A perspectiva CTS começou a ganhar notoriedade entre os estudiosos em Ensino


com o advento da revolução científico-tecnológica iminente à 2ª Guerra Mundial, uma
vez que sociedade constatou, lamentosamente, as implicações econômicas e ambientais
decorrentes do que fora produzido para suprir às necessidades do contexto bélico
inerente à guerra. A visão sobre Ciência e Tecnologia já não era tão contemplativa,
tanto que, estudiosos começaram a expressar esse descontentamento das massas em
obras literárias que objetivavam questionar o pensamento tecnocrático. Assim, estudos
CTS associados ao ensino de ciência emergem como alternativa pedagógica de
letramento informacional.

A tematização direcionada a educação cientifica, tecnológica, social e ambiental


tem como meta desenvolver no aprendiz a capacidade de refletir sobre as implicações
do uso indiscriminado das novas tecnologias e/ou do consumismo, tornando o sujeito
apto a discutir de maneira fundamentada e buscar possíveis soluções para problemas
que regem a sociedade tanto de âmbito regional com global. Por exemplo, o professor
pode problematizar os efeitos negativos da implantação de uma usina nuclear, em
detrimento ao progresso econômico duma região. Assim, a práxis CTS na educação visa
um aluno mais crítico, participante, que possa tomar decisões e assumir plenamente seu
papel no meio social.

Um dos elementos dificultadores do processo de adaptação curricular aos


pareceres do ensino CTS esta na necessidade de desmembramento do conteúdo
programático, haja vista o despreparo dos professores em produzir unidades de
aprendizagem coerentes a uma abordagem não tradicional. Defende-se que conteúdo
científico deve se relacionar harmonicamente com o tema social proposto, contudo o
que acontece na prática é justamente o oposto, quando o professor tenta inserir dentro
do tema conceitos científicos de forma hierarquizada, tomando como referencial o
índice do livro.

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