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AUDITORIA MÉDICA
Maio/2016
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GUIA DO CREDENCIADO – AUDITORIA MÉDICA
Sumário
1. OBJETO _______________________________________________________________ 3
2. AUDITORES X REDE HOSPITALAR __________________________________________ 3
3. ELEGIBILIDADE DO BENEFICIÁRIO __________________________________________ 4
4. FORNECEDORES CONVENIADOS ___________________________________________ 5
5. RELACIONAMENTO MÉDICO AUDITOR-HOSPITAL _____________________________ 2
6. AUDITORIA DE INTERNAÇÕES: _________________________________________ 7
7. ACOMODAÇÃO DO BENEFICIÁRIO _________________________________________ 8
8. CIRURGIAS ELETIVAS – PROCEDIMENTOS DE MÉDIO E ALTO CUSTO ______________ 8
9. CIRURGIAS E INTERNAÇÕES CLÍNICAS DE URGÊNCIA (PRONTO-SOCORRO) _________ 8
10. PACOTE ATENDIMENTO PRONTO-SOCORRO _______________________________ 9
11. FLUXOGRAMA ATENDIMENTOS EM PRONTO-SOCORRO ____________________ 10
12. FLUXOGRAMA INTERNAÇÃO EM HOME CARE _____________________________ 11
13. FLUXOGRAMA INTERNAÇÃO PSIQUIATRICA _____________________________ 111
14. INTERNAÇÕES HOSPITALARES _______________________________________ 1212
15. REEMBOLSO ________________________________________________________ 20
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1. OBJETO
• A Auditoria Médica Hospitalar é atividade regulamentada pelos Conselhos de Medicina.
• A atuação do Médico Auditor deve ser estrita dentro dos preceitos do Código de Ética Médica,
particularmente no que se refere ao relacionamento entre colegas e ao sigilo médico.
• A Auditoria Médica Hospitalar tem a importante missão de propiciar atendimento de qualidade aos
beneficiários da CODESA, contendo custos desnecessários.
AUDITOR: AUDIVIT
Urgência e Emergência – Atendimento em Pronto Socorro – Prorrogações e Procedimentos Internados
Comunicar por email: falecom@audivit.com.br
Com cópia para saude@codesa.gov.br
Telefone para dúvidas: 3035-0755 ou 98142-4539 – Auditoria / 3132-7357 - Codesa
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3. ELEGIBILIDADE DO BENEFICIÁRIO
Os dados e o status do beneficiário devem ser consultados pelo prestador através de planilha disponível
no site da operadora, ou por telefone ou por email da CODESA, em horário comercial. Desta forma, está
definido que a responsabilidade para a verificação da elegibilidade é do estabelecimento de saúde, em
uma das duas opções descritas acima.
O beneficiário deverá apresentar carteirinha do plano de Saúde CODESA para atendimento na rede
conveniada. A carteirinha possui os principais dados para identificação do beneficiário e da Operadora.
4. FORNECEDORES CONVENIADOS
Caso algum OPME não seja fornecido por prestador conveniado poderá ser cotado com outros
prestadores disponíveis no comércio, o qual deverá se credenciar para envio de Nota Fiscal à
Operadora.
ALFA MEDICAL LTDA ME (27) 3382-3444 BIOASSIST COMERCIAL LTDA (27) 3907-5858
ANGIOSUTURE COMERCIAL (27)3320-0555 BIO-CORPORY COM.REP. E (27)3345-2443
LTDAME DISTRIB. PROD.MEDICO-
BASE (27)2123-1040 HOSP.ESTET.LTDA
HOSPITALARCOM.DEPRODUTOS
HOSPITALARES LTDA
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(27)3349-5175
PROD.CIRURG. DE TRÊS RIOS
GM DOS REIS INDUSTRIA E
LTDA
COMERCIO LTDA
LABCOR LABORATÓRIOS LTDA (27)3313-1243 UL QUIMICA E CIENTIFICA LTDA - (27)2121-0750
(27)3239-2697
UNION LAB
LEADER DISTRIBUIDORA
VASCULINE COM.DE (27)3314-2191
MATERIAL HOSPITALAR LTDA
(27)3349-0014
MAT.MEDICO E REP.LTDA
MACMED COMERCIO DE
ZAMMI INSTRUMENTAL LTDA (27)2677-1500
MATERIAL HOSPITALAR LTDA
MEDICAL DO BRASIL ESPIRITO (27)3062-7465
SANTO LTDA
MEDICAL SUTURE COMERCIO (27)2125-9658
LTDA – ME
MULTIVISION COMERCIO DE (27)3317-6507
MATERIAL HOSPITALAR EIRELI
NEUROCIENCIAS MEDICAL COM. (11) 2501-8388
E LOC. DE PROD. MÉDICOS LTDA
EPP
5. RELACIONAMENTO MÉDICO AUDITOR-HOSPITAL
Para que a atuação do Médico Auditor seja feita dentro dos princípios éticos, com isenção e
propriedade, cabe ao Hospital:
- Facilitar o acesso do Médico Auditor às dependências do Hospital, sem restrições ou entraves,
respeitando-se as regulamentações dos Conselhos de Medicina e o Regulamento Interno do
Hospital;
- Manter à disposição do Médico Auditor o prontuário médico laudos e documentos relativos ao
paciente durante o período de internação ou após a alta hospitalar;
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- Atuar como intermediário entre a Auditoria Médica e o Corpo Clínico da instituição, quando isso se
fizer necessário (como em casos de notificações, informes, solicitação de relatórios e etc.);
• Anexar a terceira via da guia de internação com os documentos de internações, para que
essa fique à disposição do Médico Auditor no prontuário médico;
• Não aceitar internações de véspera para cirurgias eletivas, exceto nas situações autorizadas
para tal;
• Não aceitar internações eletivas sem a prévia autorização da Operadora (mesmo para
procedimentos já agendados);
• Exigir que o médico credenciado preencha os documentos (pedidos de internações de
urgência, pedidos de prorrogação, etc.) no mesmo dia do evento;
• Exigir, para os casos onde houver procedimentos cobertos pela CODESA em conjunto com
cirurgias particulares, o preenchimento de duas folhas de sala.
- Exigir, através da sua Diretoria Clínica, que os médicos:
• Façam evolução clínica diária nos prontuários, com letra legível, com hipótese diagnóstico,
resultados de exames e condutas;
• Façam prescrição médica diária, de forma clara, incluído dietas, medicações, cuidados de
enfermagem, fisioterapia, oxigenioterapia e etc.;
• Escrevam de forma legível as anotações no prontuário médico;
• Exijam que o funcionário e médicos anotem no prontuário médico, fielmente, os MAT/MED
efetivamente usados e os nomes dos profissionais que realmente participaram dos atos
realizados.
6. AUDITORIA DE INTERNAÇÕES:
1) Nos casos de internações eletivas: O beneficiário faz perícia clínica presencial e ou documental,
segundo descrito no manual da CODESA, em dia estabelecido, com agendamento por telefone com
o auditor respectivo ou nos casos de dúvidas, entrar em contato com a CODESA, nos horários
comerciais.
2) Nos casos de urgência: O paciente faz a sua entrada via PS do hospital. O hospital entrará em
contato, nos casos em que houver a internação, com as médicas auditorias de cada hospital, que
fará a avaliação autorizando ou negando a prorrogação da internação.
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7. ACOMODAÇÃO DO BENEFICIÁRIO
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a) Consulta;
b) Serviços de enfermagem;
c) Taxas de equipamentos utilizados no Pronto Socorro;
d) Taxa de atendimento de Pronto Socorro;
e) Taxa de sala ambulatorial/gesso
f) Materiais descartáveis;
g) Medicamentos;
h) Gasoterapia utilizada no atendimento de Pronto;
i) Curativo pequeno. Retirada de gesso. Pontos e imobilizações c/ material
j) Curativo médio c/ material
k) Curativo grande c/material
l) Curativo especial c/ material
m) Atendimento no período máximo de 12 horas.
EXCLUSÕES DO PACOTE:
A) Serviços de diagnóstico e terapia;
B) Parecer complementar e procedimentos de médico especialista;
C) Quimioterápicos, pulsoterapia e antibioticoterapia;
D) Tratamento de doenças de notificação compulsória, baseada na Portaria nº 2472 de 31
de agosto de 2010, e na Portaria nº 1271 de 06 de junho de 2014;
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BENEFICIÁRIO
VAI AO PRONTO
SOCORRO
HOSPITAL VERIFICA
ELEGIBILIDADE
JUNTO A
OPERADORA
(SITE/EMAIL/TELEFO
NE)
COMUNICA
ENVIA PARA INTERNAÇÃO A
FATURAMENTO AUDITORIA POR
EMAIL
SOLICIITA A AUDITORIA
AUTORIZAÇÃO DE
PROCEDIMENTOS
MATERIAIS
PRORROGAÇÕES
SEPARA CONTAS
PARA AUDITORIA
ENVIA PARA
FATURAMENTO
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ORÇAMENTO, RESUMO DO
QUADRO E JUSTIFICA DE
PRORROGAÇÃO
AUDITORIA RETORNA
PARA CODESA AS
SINALIZAÇÕES DE AJUSTE
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DEPENDENCIA
QUIMICA OU
DAY CLINIC
ELETIVO URGENCIA
ENVIA PRÉ
SOLICITAÇÃO DE
INTERNAÇÃO + APROVADO
LAUDO MÉDICO
PARA AUDITORIA
AUDITORIA SOLICITA
RETORNA PARA PRORROGAÇÕES
CLINICA E CODESA APÓS 10 DIAS
SEGUE O
FLUXO DE
ELETIVO
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PERÍODO PRÉ-INTERNAÇÃO
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indicação de pelo menos três fornecedores, avaliando inclusive a possibilidade de uso de material
nacional. A auditoria deve fazer a negociação e a operadora o pagamento direto ao fornecedor.
PERÍODO DE INTERNAÇÃO
O processo de auditoria de um paciente internado deve se iniciar com a análise dos motivos que geraram
a internação, o diagnóstico inicial, o quadro clínico e sua evolução, os principais exames e procedimentos
realizados, assim como a terapêutica clínica instituída (medicamentos e procedimentos prescritos) ou a
terapêutica cirúrgica realizada, tendo sempre como base os dados do prontuário médico e
complementarmente a visita ao paciente.
Em alguns casos, o médico deve visitar o paciente no leito, apresentando-se como médico auditor e, com
sua permissão e/ou de familiares, questionar sobre o processo da doença e da internação, para obter
informações complementares e até mesmo constatar se o quadro clínico do paciente coincide com o
descrito pelo médico assistente. O contato com o paciente e com familiares contribui muito para o
processo, desde que respeitada a Ética e a vontade do paciente, resguardado o necessário sigilo.
Em todo o período da internação o médico auditor deve acompanhar a evolução clínica do paciente e a
conduta médica, principalmente quanto: a) à pertinência dos exames e procedimentos
solicitados/executados (analisando inclusive seus resultados); b) à medicação prescrita/administrada; c)
aos equipamentos especiais e instalações/acomodação disponibilizados para o tratamento, assim como o
período de permanência nas diferentes unidades de internação, inclusive quanto às necessidades de
prorrogações do período de internação.
De posse de todas essas informações, caso em algum momento encontre algum ponto questionável
quanto à conduta médica (diagnóstica ou terapêutica), deve-se contatar o médico assistente
pessoalmente, para esclarecer os pontos duvidosos e/ou conflitantes. Caso não seja possível o contato
pessoal, o médico auditor deve deixar uma solicitação/comunicado por escrito, em papel timbrado,
identificando-se e deixando alternativas para o médico assistente retornar o contato.
Em hipótese alguma, o médico auditor deve escrever no prontuário médico.
Caso a dificuldade de contato persista e o médico assistente não retorne as solicitações do médico
auditor, este último deve procurar o diretor clínico ou o profissional equivalente na administração do
hospital, relatando suas dificuldades e solicitando a sua intervenção junto ao médico assistente. Durante
o acompanhamento da internação, o médico auditor deve emitir pareceres à Operadora quanto às
solicitações de prorrogações, de novos procedimentos e/ou de exames de alta complexidade, bem como
no caso da utilização de órtese/prótese e na prescrição de medicamentos de alto custo. Deve-se ressaltar
que o verso da “guia de solicitação de internação” contempla campos para o parecer do médico auditor,
quanto às solicitações dos médicos assistentes, no que se refere à alteração de procedimento e de
acomodação, de prorrogação do prazo de internação e quanto à utilização de OPME.
Todos os serviços realizados por prestadores terceirizados do hospital e contratados pela Operadora,
devem emitir suas próprias guias da TISS, relacionando-as à “guia de solicitação de internação”. Todas
essas autorizações/guias TISS do prestador terceirizado pelo hospital e contratado pela Operadora, não
devem exigir assinaturas dos pacientes/familiares, uma vez que a norma da ANS prevê que a assinatura
do beneficiário na “guia de solicitação de internação” já autoriza todas as ações necessárias ao
diagnóstico e ao tratamento durante o período de internação.
Frente a toda e qualquer discordância com a conduta do médico assistente, o médico auditor deve
dialogar com este de forma respeitosa e ética, tendo sempre como base as boas práticas médicas e as
evidências científicas. A diretoria clínica do hospital deve ser acionada nas situações em que haja
dificuldades de contatos com o médico assistente e/ou divergências insuperáveis com este.
a) Atendimento/ Internação Domiciliar
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Nas internações mais prolongadas, principalmente de pacientes com doenças crônicas, deve-se pensar
sempre na alternativa de alta hospitalar, para o domicílio, com o apoio de “Cuidados Domiciliares –
internação domiciliar”. Para tanto, é necessário que os familiares estejam conscientes dessa alternativa e
concordem com ela, pois terão a responsabilidade de eleger um “cuidador”, que deverá estar disponível
para dedicar-se às necessidades básicas do paciente (alimentação, deambulação, higienização,
mobilização do leito, exercícios ativos e passivos etc.), lembrando sempre que o domicílio deve
apresentar condições que permitam a adoção deste modelo de tratamento.
Quando a auditoria detectar esta possibilidade, o médico auditor deve apresentá-la ao médico assistente
que fará laudo das condições clínicas do paciente e suas necessidades para permanência em domícilio.
Após a definição das necessidades, a Operadora e o prestador de Home Care devem ser acionados para
a programação conjunta da implantação. Importante ressaltar que os técnicos que vão acompanhar o
atendimento domiciliar devem “treinar” o cuidador leigo para as atividades de cuidados gerais do
paciente. O cuidador leigo não pode e não deve exercer atividades técnicas, da mesma forma que não é
recomendável a atuação de técnicos para exercer atividades relativas aos cuidados gerais do paciente.
Normalmente classifica-se o “Home Care” em dois tipos:
- “Internação domiciliar” - quando o caso demanda cuidados que exigem estrutura semelhante à do
hospital, ou seja, a presença de técnico/auxiliar de enfermagem, alimentação enteral, infusões de
soluções parenterais, medicamentos a serem administrados com intervalos predeterminados, sondagens,
aspirações etc.;
- “Atendimento domiciliar” – quando o paciente necessita de alguma atividade técnica isolada, a exemplo
de curativos, fisioterapia, fonoterapia, troca de sonda, aplicação intramuscular ou endovenosa de
medicamentos etc. Muitos casos de cirurgias eletivas, de baixa complexidade, que demandam curto
período de internação (até 2 a 3 dias) e que evoluem sem nenhuma intercorrência clínica/cirúrgica,
podem prescindir do acompanhamento de médico/enfermeiro auditor, durante o período de internação.
A auditoria no período de internação deve ser priorizada para os casos de média e alta complexidade, de
longa permanência, com intercorrências clínicas/cirúrgicas ou que demandam implantes/uso de
materiais/medicamentos especiais ou de alto custo.
Quando a operadora possuir um acordo com o hospital para faturar o procedimento por “pacote”, com
valores fixos, entendemos que, para esses casos, a auditoria se resume à confirmação da internação e
da execução do procedimento. Caso haja alguma complicação clínica/cirúrgica e a internação se
prolongar além do prazo fixado pelo “pacote”, então o médico auditor deve passar a acompanhar o caso
da mesma forma que uma internação com conta aberta.
b) Internações em UTI
O primeiro conceito que devemos ter é que a UTI é destinada a pacientes graves com perspectiva de
recuperação, com necessidade de monitorização e vigilância constante e efetiva. A UTI não é indicada
para pacientes sem possibilidades terapêuticas e nem deve ser uma unidade em que o paciente é
encaminhado para morrer.
O perfil do paciente a ser internado em UTI deve ser determinado pela Instituição Hospitalar, com base
exclusivamente em critérios técnicos e não por decisão do médico plantonista, individual e aleatória. A
UTI é uma unidade especializada e para tanto deve ser conduzida por especialistas, com equipe
multiprofissional, composta por médicos intensivistas com títulos de especialista, enfermeiras,
fisioterapeutas, fonoaudiólogas, nutricionistas, psicólogas e, em algumas situações, composta ainda de
farmacêuticos. Deve também contar com suportes de outros médicos especialistas clínicos e cirurgiões. A
equipe de médicos intensivistas deve ser composta por plantonistas e diaristas, é o médico diarista quem
coordena a equipe, supervisiona a adoção de protocolos, define e padroniza as condutas. As UTIs que
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possuem equipes multiprofissionais com médicos intensivistas plantonistas e diaristas possuem menor
índice de mortalidade.
Toda UTI deve possuir protocolos quanto às condutas clínicas adotadas pela equipe (ex: indicação de
respiração assistida, condutas em paciente com quadros específicos, como infarto do miocárdio, acidente
vascular cerebral, politraumatizados etc., além da indicação de medicamentos específicos, como
alfadrotrecogina ativada – xigris – antibióticos, antifúngicos, imunoglobulinas, dentre outros de indicações
bem específicas) Além dos protocolos clínicos, as UTIs devem ter indicadores que permitam avaliar o
prognóstico dos pacientes, sendo o mais comum deles o APACHE.
O paciente deve ser mantido em UTI enquanto seu quadro clínico for considerado grave e sobretudo
instável, com riscos de agravo súbito da condição clínica e dependente de monitorização e vigilância
constante e efetiva. Uma das maiores dificuldades encontradas pelo médico intensivista para dar alta da
UTI é a insegurança na continuidade da vigilância na unidade de internação. A partir daí surgiram as
unidades consideradas como “semi-UTI” onde há equipamentos básicos de monitorização e maior
vigilância de enfermagem, em relação à unidade geral de internação. Há intensivistas que não aprovam a
existência de semi-UTI, pois alegam que pacientes aparentemente estáveis e compensados clinicamente,
porém com possibilidade de instabilidade e risco de óbito, não devem ficar sob “pouca” vigilância,
entretanto a transferência para a semi-UTI também deve ser com base em protocolos clínicos definidos
pela instituição/coordenação da UTI.
PERÍODO PÓS-INTERNAÇÃO
Após o fechamento da conta hospitalar, seja ela parcial ou integral.
Atualmente as auditorias de contas largamente utilizadas, são as auditorias concorrentes e com contas
fechadas, a prática da auditoria está baseada em evidências por meio de conceitos sólidos
fundamentados, afim de garantir melhor diálogo entre operadora e credenciados.
Com o prontuário médico e o extrato da conta hospitalar em mãos, o médico e o enfermeiro auditores
devem confrontar se as solicitações médicas e os exames/procedimentos foram efetivamente realizados,
assim como se os medicamentos prescritos e administrados estão em conformidade com o quadro clínico
e com o faturamento. Quando detectáveis, as incompatibilidades entre os dados do prontuário médico e
das cobranças, devem ser apontadas ao gestor/auditor do hospital, para que sejam excluídas da conta
hospitalar.
Para os casos em que não houveram acompanhamento da auditoria durante o período de internação, o
auditor deve analisar o prontuário médico, avaliando primeiramente se os procedimentos de diagnóstico e
terapia estão compatíveis com o quadro clínico e sua evolução, com base em padrões técnicos
adequados ao caso. Se for constatado algum item não compatível com o diagnóstico e/ou com a terapia
executada, este deve ser apontado para o gestor/auditor do hospital, solicitando esclarecimentos para
análise mais detalhada e, caso não haja justificativa técnica, deve ser excluído da conta hospitalar. Após
análise da pertinência técnica dos eventos médicos adotados, o auditor deve proceder ao cruzamento
dos dados do prontuário com os da cobrança.
No fechamento das contas hospitalares, a auditoria analisa a pertinência qualitativa e quantitativa dos
processos e eventos médicos relativos à assistência prestada ao paciente. Os valores cobrados
geralmente são avaliados em conferências meramente administrativas, efetivadas por sistemas de
informática, conforme registros nos cadastros da Operadora. O auditor deve conhecer as tabelas muito
mais nas questões conceituais do que propriamente em relação aos seus valores. O extrato da conta
apresentada pelo hospital antes da análise do auditor deve ser preservado, seja ele em papel ou arquivo
eletrônico. Após a auditoria da conta, caso haja divergências no faturamento apresentado, mesmo após o
consenso entre o auditor da Operadora e o gestor/auditor do hospital, deve-se apontá-las no extrato da
fatura e emitir novo extrato com as devidas correções. O arquivo com o extrato correto, validado pelos
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auditores das duas partes, deve ser encaminhado à Operadora eletronicamente, no formato XML,
conforme normas da TISS, além das guias físicas.
Quando houver dúvida ou discrepância significativa entre o faturado e o autorizado e adequado para o
caso, a auditoria da Operadora pode se deslocar ao hospital para analisar o prontuário daquele caso.
Lembramos que o prontuário médico não pode sair do hospital, que se responsabiliza por sua
conservação e guarda, entretanto, é possível solicitar cópias de parte ou de todo o prontuário, tais como:
laudo de exames anátomo patológicos, relatórios de cirurgias, relatório da enfermagem relativo aos
materiais e medicamentos utilizados em sala cirúrgica ou em unidades especiais, tipo de diálise, se
utilizada a UTI etc.
Atualmente, com a implantação do faturamento eletrônico decorrente da TISS, esta prática deve ser
substituída pelo encaminhamento de arquivo eletrônico das imagens desses registros, para casos
excepcionais e não como rotina, uma vez que foge das normas da TISS.
1: O Hospital deve explicitar na conta hospitalar a marca, tipo, código, tamanho etc. do material usado. A
denominação genérica do material, sem especificação do fabricante, tamanho etc., implicará no
pagamento de material mais utilizado e mais barato.
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1- Somente serão pagas as medicações prescritas pelo médico assistente e checadas de FORMA
CLARA pelo funcionário de enfermagem, constando o honorário e a assinatura legível do funcionário
que a administrou, não serão aceitas checagens por terceiros.
2- Não serão pagas as medicações cujas “checagens” não estiverem claramente identificadas pela
assinatura do funcionário.
3- Não serão pagos os medicamentos fornecidos aos pacientes para complementação do tratamento
domiciliar, mesmo sob o argumento de que são medicamentos de utilização rara no hospital.
4- Os diluentes usados deverão também ser prescritos pelo médico, ou seja, não serão pagos os
diluentes que não constarem das prescrições (água destilada, soro fisiológico etc).
5- Será remunerada (UMA) água destilada de 500 ml pó dia usada em respiradores artificiais.
6- Não será remunerada água destilada estéril para administração em sonda nasoenteral no intervalo
das dietas.
7- Os medicamentos e também materiais requisitados pela enfermagem ou escrituraria somente serão
pagos se houver correspondência com aquilo efetivamente usado.
8- Para efeito de cobrança, vale o nome do medicamento prescrito pelo médico:
• Se o médico prescreve o medicamento pelo seu nome genérico e existem diferentes laboratórios
que o produzem, o hospital deverá discriminar o laboratório. A falta da “marca” do medicamento,
implicará no pagamento daquela de menor valor.
• Se o médico prescreve o medicamento pelo seu nome genérico, o hospital não poderá cobrar o
medicamento pelo nome comercial, se este for mais caro (Ex: se prescrito Bromoprida, não poderá
ser cobrado Plamet).
9- Alguns medicamentos chamados “especiais” necessitam de autorização prévia, mediante justificativa
do médico (na própria guia de internação ou em receituário), esclarecendo doses e tempo de tratamento,
como:
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IX. Antissépticos
• A quantidade de antissépticos utilizados em atos cirúrgicos, curativos e procedimento deve ser
compatível com o tipo de cirurgia, “tamanho” do curativo e procedimento realizado.
• Os excessos serão analisados pela Auditoria Médica e de Enfermagem.
X. Contrates radiológicos
• Será remunerado mediante anotação de enfermagem, ficando sujeito a avaliação da auditoria
médica e de enfermagem para remuneração
XI. Sevorane
• Será remunerado até 20 ml por hora, de acordo com orientação da equipe de anestesia
1. REEMBOLSO
Para os casos de pedido de reembolso de despesas médicas, o beneficiário deverá estar
necessariamente anexados os seguintes documentos:
Solicitação do médico;
Laudo de pericia médica indicado da rede conveniada com dados transcritos em guia
GTO com respectivos códigos e valores da tabela da Operadora;
As tabelas a serem utilizadas para fins de reembolso serão aquelas utilizadas pela CODESA
para cobertura de convênios.
Cabe ao perito transcrever os procedimentos realizados para guia padrão com os respectivos
códigos e valores da tabela vigente, a fim de subsidiar a análise da Operadora.
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