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John M. Frame
Portanto, não está claro, que espécie de deus uma deidade feminina
poderia ser. Poderia ela ser mais nutridora, bondosa, receptiva e afetuosa
do que a deidade masculina da teologia patriarcal? Ou, ela seria tão
poderosa, dominante e agressiva como qualquer homem, não obstante, de
algum modo ainda ser feminina? Johnson usualmente parece favorecer a
última alternativa, com alguma inconsistência, como temos visto. Mas,
qual é a característica feminina acerca desta deidade? Se a sua
feminilidade não é física, podemos julgar sua natureza somente pelos
traços do caráter e personalidade. Mas acerca da descrição de Johnson, os
traços da deusa são comuns a machos e fêmeas. Assim, é difícil discernir o
que Johnson realmente entende ao afirmar quando diz que Deus é
feminino.
Os reis são homens, mas eles tremeram como uma mulher em momento
de parto (cf. Is 13:8; 21:3; 26:17; Jr 4:31; 6:24; Mq 4:9). Enquanto a
Escritura usa esta metáfora feminina para Deus, ela não nos dá mais
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coragem para pensar de Deus como fêmea, do que nos dá a pensar
daqueles reis como mulheres. A figura feminina usada para Deus em Is
42:14-15 é comum na Escritura, e muitas vezes é usada para personagens
masculinos.
Em Lucas 15:8-10, Jesus nos conta uma parábola acerca de uma mulher
que acende uma lâmpada, varre a casa, e procura cuidadosamente para
encontrar uma moeda perdida. Quando ela a encontra, chama as suas
amigas para junto regozijarem. Alguns crêem que a mulher representa
Deus, talvez, especificamente Jesus, como faz o pastor e o pai nas outras
duas parábolas em Lucas 15. Todavia, a parábola enfoca mais sobre a
alegria dos amigos (i.e., os anjos, vs. 10) do que sobre o esforço doméstico.
Em Mateus 23:37, Jesus compara a si mesmo a uma galinha que deseja
ajuntar os seus pintinhos debaixo de suas asas. Esta é certamente uma
metáfora feminina, mas certamente não é algo que leva em questão o
gênero de Jesus.
Mas a feminista poderia replicar aqui que, desde que Deus não é
literalmente macho, e a Escritura contêm algumas figuras femininas assim
como figuras masculinas, seria aceitável falar livremente de Deus tanto em
termos masculinos como femininos. Johnson pergunta “se não significa
que Deus é macho quando uma figura masculina é usada, o porquê da
objeção, quando figuras femininas são apresentadas?”[17]
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poderíamos falar de nosso Parente ou Criador.[25]Uma
linguagem unissex, todavia, sugere inevitavelmente que Deus é
impessoal, o que é completamente inaceitável de um ponto de
vista bíblico. [26]Certamente ao eliminar Pai em favor de termos
mais abstratos eliminaria algo muito precioso aos Cristãos. [27]
NOTAS:
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1996). Estarei interagindo com alguns de seus argumentos nesta seção.
[voltar]
[7] - Johnson, She Who Is, 230-233. Ela apresenta o seu panenteísmo
próximo do fim do livro. Seu principal argumento não depende deste
conceito. [voltar]
[9] - Johnson, She Who Is , 53. Cf. pp. 181-185, 256-259. [voltar]
[15] - Veja Johnson, She Who Is, 50-54, para algumas referências.
Johnson prefere não limitar a feminilidade de Deus a pessoa do Espírito,
apesar de discutir extensivamente acerca do Espírito (pp. 124-149). [voltar]
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[18] - Elas realmente não querem crer, ainda que às vezes reivindiquem,
que a figura sexual a respeito de Deus é insignificante. [voltar]
[21] - Johnson, She Who Is, 234. Ela cita William Hill, The Three-Personal
God (Whashington: Catholic University of America Press, 1982), 76, n.53.
Este é um modelo panenteístico de Deus se relacionar com o mundo.
[voltar]
[23] - Casamento é uma aliança na Escritura (Ez 16:8, 59; Ml 2:14), uma
forte analogia com a aliança entre Deus e o homem. No casamento, o
marido é a cabeça da esposa (1 Co 11:3; Ef 5:23). Feministas às vezes
argumentam que “cabeça” significa “fonte” e não possui uma conotação de
autoridade. Mas veja Wayne Grudem argumentando solidamente ao
contrário “The Meaning of Kephale ” in Recovering biblical Manhood and
Womanhood, ed. Piper and Grudem, 425-468. Em muitos casos, a
Escritura atribui a autoridade do marido sobre a esposa em várias
passagens, mesmo onde a palavra cabeça não é usada. Veja Nm 30:6-16;
Ef 5:22; Cl 3:18; 1 Tm 3:12-13; Tt 2:5. [voltar]
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[25] - Alguns têm sugerido para nos referirmos as pessoas da Trindade
como Criador, Redentor e Santificador, ou conforme a preferência. Mas
esta proposta reduz a Trindade ontológica (as eternas pessoas, o Pai, o
Filho e o Espírito) para a Trindade econômica (as ações destas pessoas em,
e pelo mundo). Também ignora o circumincessio , o envolvimento de cada
pessoa em todo ato da outra. [voltar]
[27] - Um autor (desculpe-me por não lembrar quem) comenta que não
podemos, depois de tudo, discursar aos nossos próprios pais como sendo
“Parentes”. De fato, as conotações de tal discurso poderiam ser totalmente
inapropriadas para o relacionamento. [voltar]
Tradução livre:
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