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As Estruturas de Pensamento no Governo Conjugal

i.nércio1999@gmail.com
Filósofo e Pedagogo (UEM/UP) Inércio Macamo

Na vida temos muitas opiniões ou ideias. Nossas opiniões ou ideias transmitem a nossa forma
de pensamento. Este nosso pensamento é expresso por meio de uma determinada linguagem
(verbal e não verbal). A organização das estruturas do pensamento por meio da linguagem
permite-nos produzir um discurso (lógico ou ilógico), e assim estabelecemos a comunicação
com o mundo/meio que nos rodeia e com o outro.
A comunicação será então regrada pelas estruturas de pensamento fundamentadas pela
educação. Neste caso, educação como um processo constante em que estamos a todo sempre
sujeitos a ele, quer seja onde estivermos: em casa, na escola, na igreja, no trabalho, na
diversão, numa mera conversa de rua, etc., a educação está lá para fundamentar o trio
pensamento-linguagem-discurso.
Uma vida conjugal é determinante para a vida dos homens, quer para a sua própria maturidade,
quer para a felicidade de ambos, quer como fundamento da constituição e construção da
sociedade política. A lei que surgirá em tal sociedade depende do pensamento dominante em
ambos indivíduos eleitos para governar a sociedade política (quer homem quer mulher) e é o
pensamento do indivíduo dominante na vida conjugal que determinou o patriarcado e o
matriarcado, pelo menos nas sociedades africanas. Pois o patriarcado não é determinado pelo
facto do homem ser homem (pelo menos na região sul de Moçambique), mas foi pelo
pensamento masculino ou de "homem" que se determinou o sistema de sociedade e também só
foi possível graças as estruturas linguísticas pré-estabelecidas que deram vazão para uma
aculturação masculina (não discutiremos esse assunto aqui, consulte outros artigos meus).
O que se apresenta como inquietude neste texto é o facto de a educação familiar determinar o
sucesso e ou o insucesso na vida conjugal, permitindo que - quer em sociedades patriarcais
quer em matriarcais - o governante ser determinado pela sua capacidade de liderança e não de
gestão. Isto é, é fluente, pelo menos na zona sul, encontrar testemunhos de que a mulher é uma
boa gestora dos assuntos domésticos e o homem é um bom fiscal para assuntos a ver com a
construção e demais, ligados a esta área. Assim como é abismal encontrar mulheres que são
bem determinadas e que são bons fiscais de assuntos ligados à construção, mecânica,
electricidade e outras áreas ditas técnicas..
É com base nesses testemunhos empíricos que buscamos estruturas (neste ensaio) de como
devéria ser o governo conjugal, como deve ser a mulher e como deve ser o homem, ou seja,
como devem ser os conjugues?

I PARTE: Como deve ser a esposa?


A nossa preocupação é determinar o comportamento, atitude e liberdades da mulher/esposa no
governo conjugal. E como tal, apresentamos em pontos separados cada elemento desta analise.

A) Qual é o comportamento da mulher?


...........................................................................................................................o texto continua...

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