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FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE Principal

entrada
N2 NO3-

NITROGÊNIO ATMOSFÉRICO
N2

N2

NO3- NH3 NO3-

NO3- NH 3 NH 4+

Ciclo do
NO 2-
Principais nitrogênio
perdas

SIMBIOSE RIZÓ
RIZÓBIO-
BIO-LEGUMINOSA • EXPLORADA DESDE O SÉC. XIV (Allen & Allen, 1981)

- Rotação com leguminosas Fertilidade


Nutrição Mineral

• FINAL DO SÉCULO XIX


- Identificada a bactéria: Bacillus radicola (rizó
(rizóbio)
- Capacidade: fixar o N2 em simbiose com leguminosas

FAMÍLIA LEGUMINOSAE
750 gêneros
Diversidade e freqüência
18.000 espécies
Subfamílias:

Papilionoideae: (13.000 sp.) > nodulíferas (feijão, soja)


Mimosoideae: (2.700 sp., maioria arbóreas tropicais)
Caesalpinoideae: (1.900 sp.) 70% não nodulam
(Siqueira, 1993)
TAXONOMIA DO RIZÓBIO
DIFERENCIAÇÃO DOS GÊNEROS:
Grupo de bactérias: Gram -, aeróbias obrigatórias sem
Características culturais e morfológicas em meio YMA
endosporos
(yeast, mannitol, agar)
Nódulos (hipertrofias corticais em plantas)
• Áreas tropicais: estirpes de crescimento lento
Uso de vários carboidratos e produção de gomas
alcalinizante (Bradyrhizobium)
(polissacarídeos extracelulares)
Flagelos: em função dos gêneros
• Áreas temperadas: crescimento rápido e acidificante
Predominantemente QUIMIORGANOTRÓFICAS
(Rhizobium, Sinorhizobium, Mesorhizobium,
Até 1982: 1 gênero e 6 espécies de rizóbio
Allorhizobium)

Biologia Molecular + 5 gêneros e 23 espécies


Azorhizobium: crescimento rápido e alcalinizante
Mesorhizobium: crescimento intermediário
Número subestimado: PESQUISAS LIMITADAS

Características que podem ser avaliadas em laboratório:

• TAXA DE CRESCIMENTO (colônias isoladas):


Muito rápido: 1 dia
Rápido: 2 a 3 dias
Intermediário: 4 a 5 dias
Lento: 6 a 10 dias
Muito lento: mais que 10 dias

• DIÂMETRO MÉDIO DAS COLÔNIAS: em mm


• MODIFICAÇÃO DO pH DO MEIO: ácido, neutro, alcalino
• PRODUÇÃO DE GOMA: baixa à alta Meios YMA com rizóbio de crescimento lento e alcalinizante
• COLORAÇÃO DAS COLÔNIAS: amarelada e branca (esq.) e de crescimento rápido e acidificante (dir.)
SIMBIOSE RIZÓBIO-LEGUMINOSA
ESTABELECIMENTO DA SIMBIOSE

FOTOSSÍNTESE NODULAÇÃO: seqüência de eventos bioquímicos,


genéticos e fenológicos, sendo cada etapa regulada
por genes específicos da planta e do rizóbio e seus
produtos, resultando em relações compatíveis ou
Fotoassimilados LEGUMINOSA
não.
Aminoácidos- NH3
1. ENTRADA DO RIZÓBIO:
N2 Rhizobium
Bradyrhizobium • Células da epiderme
RIZÓBIO
Azorhizobium
nódulo • Ferimentos (pontos crescimento das raízes laterais)
N2 Sinorhizobium
N2 Mesorhizobium • Pêlos absorventes (soja, feijão)
N2 N2

B. ADESÃO POLAR AO PÊLO RADICULAR


A. MULTIPLICAÇÃO DO RIZÓBIO NA RIZOSFERA

CÉLULAS DA EPIDERME
CÉLULAS DA EPIDERME

quimiotaxia: reversí
reversível RIZÓBIO
PÊLO RADICULAR PÊLO RADICULAR

Leguminosa (exsudatos)
• Flavonó
Flavonóides Rizó
Rizóbio
• Lectinas: ligam a bacté
bactéria genes nod
CRESCIMENTO E RAMIFICAÇÃO DO CORDÃO
C. ENCURVAMENTO DO PÊLO RADICULAR DE INFECÇÃO NO CORTEX RADICULAR
APÓ
APÓS 96 h
CÉLULAS DA EPIDERME

RIZÓBIO

PÊLO RADICULAR Cordão de infecção

D. FORMAÇ
FORMAÇÃO DO CORDÃO DE INFECÇ
INFECÇÃO xilema

endoderme epiderme
floema
córtex
periciclo
Liberação da bactéria na célula

ASSIMILAÇÃO E TRANSPORTE DE N PARA A INOCULAÇ


INOCULAÇÃO COM RIZÓ
RIZÓBIO - MÉTODOS
PARTE AÉREA
“Inoculação = colocar, junto da semente ou da
• NH3 = 1o produto estável, transferido do bacteróide leguminosa recém-germinada, uma população de
para o hospedeiro rizóbio específico e comprovadamente capaz de nodular
a planta formando simbiose eficiente”.
• No hospedeiro: NH3 + ác. glutâmico = glutamina,
PELETIZAÇÃO
ureídos e asparagina, exportados para a P.A. Adesivo + inoculante + calcário
CLÁSSICO + micro ou fosfato de rocha
• A forma e quantidade de N2 fixada e a exportada: Inoculante(100 g)+ água
depende da espécie vegetal e da estirpe de rizóbio: (100 mL) + sementes (60 kg)

ASPARAGINA: Ervilha, Lupinos, trevo, alfafa e amendoim Cuidados para obter boa inoculação:
- Não usar inoculante vencido; proteger as sementes
ALANTOÍNA OU ÁCIDO ALANTÓICO (ureídos): após inoculação; cuidados com agrotóxicos
transporta mais N por unidade de C = mais eficiente:
Caupi, feijão, soja (grãos) e guandu (menor custo Avaliação (Floração), Métodos ARA e 15N:
energético!)  Tamanho, aspecto, abundância e cor dos nódulos
e vigor da planta
Necessidade de inoculação: ESTIMATIVAS DA FBN EM LEGUMINOSAS
• ausência da espécie hospedeira ou de outra Espécie de leguminosa N2 fixado
simbioticamente relacionada no passado imediato kg de N ha –1 ano -1
• nodulação pobre quando a espécie foi cultivada Produtoras de grãos
previamente Soja (Glycine max) 60-178
• número baixo de células de rizóbio (< 50/g solos) Feijão (Phaseolus vulgaris) 3,0-110
• quando a leguminosa segue uma cultura Caupi (Vigna unguiculata) 73-354
leguminosa em rotação
Amendoim (Arachis hypogaea) 72-124
• em recuperação de solos degradados
Guandu (Cajanus cajan) 168-280
• quando condições ambientais são desfavoráveis
para sobrevivência de rizóbio (solos alcalinos ou muito Calopogonio (C. mucunoides ) 370-450
ácidos, sob inundação prolongada, temperaturas Feijão mungo (Vigna mungo) 63-342
elevadas, ou condições secas)
Grão de bico (Cicer arietinum) 50-103
Ervilha (Pisum sativum) 52-77
(Siqueira & Franco, 1988; People et al., 1995)

Espécie de leguminosa N2 fixado Quantidade de N estimada em kg ha-1 ano -1 ou ciclo e proporç


proporções
kg de N ha -1ano -1 de N derivado de FBN em leguminosas tropicais e subtropicais
• Forrageiras
Leucena (Leucaena leucocephala) 500-600
Centrosema (C. pubescens) 126-398 Leguminosa N total Fixaç
Fixação de N2 Proporç
Proporção
Estilosantes (Stylosanthes spp.) 34-220 kg ha-1 ano -1 kg ha-1 ano -1 de N/FBN
• Espécie arbórea
Acacia (Acacia mearnsii) 200 Amendoim 126-
126-319 37-
37-206 22-
22-92
Sesbania sesban 160-195 Soja 33-
33-643 17-
17-450 14-
14-97
Calliandra calothyrsucs 474-581 Caupi 25-
25-100 9-
9-39 12-
12-70
Gliciridia sepium 586-700 Feijão 71-
71-183 3-
3-57 16-
16-71
Leucena 288-
288-344 98-
98-231 34-
34-100
• Floresta tropical
Sesbania 157-
157-312 83-
83-286 36-
36-100
Em regeneração 71-78
Após estabilização (40 anos) 35-45 Peoples & Craswell (1992), citados por Marschner (1995)
(Siqueira & Franco, 1988; People et al., 1995 )
Influência da estirpe na fixação de N2 e resposta da soja e do
FATORES LIMITANTES À FBN feijoeiro à inoculação com rizóbio
(Baseado em Vidor et al., 1983; Duque et al., 1985)
BIÓTICOS
Tratamentos Produção Aumento c/ Quantidade
• Genes nif: restrito a pequeno no de bactérias de inoculação de grãos inoculação N2 fixado
kg ha-1 % kg ha-1
• Especificidade hospedeira: SOJA
- soja, ervilha, alfafa, trevo= não nodulam com Estirpe 123 1590 62 48,9
rizóbio nativo Estirpe 586 1870 91 78,7
- feijoeiro= promíscuo, dificulta a introdução de Estirpe 110 1950 99 86,3
estirpes eficientes Estirpe 532c 2100 114 95,0
Sem inoculação 980 - -
• Engenharia genética: estirpes eficientes e
competitivas > sobrevivência no solo e competição FEIJOEIRO
com estirpes nativas Estirpe 487 984 78 17,2
Estirpe CNPAF 150 1002 81 18,0
Estirpe CAPC 23 934 69 15,2
Sem inoculação 553 - -
Estimado pela diferença entre plantas com e sem inoculação

a. Inoculação com isolados


de Bradyrhizobium
japonicum de nódulos com
baixa, média e alta atividade
específica da nitrogenase
(da esquerda para a direita)

b. soja não inoculada


(primeiro plano) e
inoculada (fundo)
Eficiência da inoculação com rizóbio (isolado 127) em
feijoeiro, comparada à adubação nitrogenada (N) e sem
inoculação (T)
FATORES LIMITANTES À FBN
• Fertilidade do solo:
solo:
ABIÓ
ABIÓTICOS
Acidez: faixa crí
crítica pH= 3,5 - 5,5 (sp. tropicais +
tolerantes)
• Fatores climá
climáticos:
ticos:
- Temperatura: baixa - retarda a infecç
infecção
Plantas fixando N2 > absorç cátions (Ca2+, Mg2+, K+,
absorção cá
alta - < a eficiência dos nó
nódulos
Na+) e < absorç
absorção de ânions (Cl-, HPO42-, SO42-),
ótima= 25 a 32oC (leguminosas tropicais)
Controle: cobertura morta
Disponibilidade de nutrientes minerais:
- Umidade e aeraç
aeração
N: maior efeito sobre a FBN - só ocorre em baixa [N]
Deficiência hí
hídrica - < crescimento planta e
fotoassimilados < infecç
infecção e produç
produção de nó
nódulos

Excesso de água < O2, necessá


necessário para a respiraç
respiração

Esquema simplificado da relação entre FBN e absorção de


Outros nutrientes
N-combinado (fertilizante) em leguminosas nodulíferas
Fósforo: aumenta a FBN (ATP), > das leguminosas é
Total de nitrogênio na planta

dependente da simbiose com fungos micorrízicos


Taxa má
máxima fixada
Relaç
Relação entre suprimento de P e peso da maté
matéria seca da parte aé
aérea,
FBN raí
raízes e nó
nódulos em plantas de soja*
(Marschner, 1997)
Suprimento de P maté
matéria seca (g planta-1)
µg L-
L-1 raí
raízes nó
nódulos parte aé
aérea
N-combinado
0,5 0,60 0,07
0,07 1,21
20 0,76 0,10
0,10 1,55
Nitrogênio do solo 50 0,79 0,16
0,16 1,86
200 1,23 0,35 4,22
• NO3-: < deformação dos pêlos absorventes,< adesão, < 500 1,35 0,64 6,57
cordões de infecção
• NO2-: destrói AIA, (infecção), inativa a leghemoglobina * (Cassman et al. (1980)
• NH3 (glutamina):< produção e atividade da Nase, < N na
MSPA e < produção de fotoassimilados para os nódulos
Ferro e Manganês: Funcionamento da Nase
Molibdênio: Contido na Nase, responsável pela
Síntese de clorofila e desenv. cloroplastos
transferência de e- para a redução de N2 para 2NH3,
absorção e transporte do Fe Deficiência de Fe limitando o desenvolvimento de nó
nódulos em amendoim,
crescido em solo calcá
calcário*
Efeito de fertilizante nitrogenado ( 2 x 30 kg : NH4NO3) e Mo tratamento Folhas Nódulos Fe (µ
µg g-1 Leghem bacteróide ARA
foliar (FeSO4) g pl -1 MF mg MF pl-1 MS nódulo nmol MF 106 g-1 MF pmol min -1 pl -1
(peletização das sementes = 100 g de Mo ha-1: MoO3 sobre o
- Fe 3,2 15 800 6 170 3
crescimento de amendoim em solo ácido* + Fe** 3,3 60 1470 86 7300 35
* O’
O’Hara et al. (1988 b); ** apó
após 10 dias, todos as determinaç
determinações (+/-
(+/- Fe) em 15 dias
início (68 DAP) maturidade (90 DAP)
Tratamento nódulo Nitrogenase N foliar absorção N
mg MS planta -1 µmol C2H4 g -1 mg g -1 MS kg ha-1 Cobalto: Efeito sobre crescimento da bactéria e
nódulo fresco produção de leghemoglobina

+ P** 80 50 25 77 Cobre: nodulação e fixação do N2


+P+N 70 43 33 110
+P +Mo 180 60 37 119
(Malavolta, 1994; Siqueira, 1993)
Baseado em Hafner et al. (1992), citado em Marschner (1995)
* * 16 kg de P ha-1 como superfosfato simples

ECONOMIA DE DIVISAS
BENEFÍ
BENEFÍCIO PARA OUTROS SISTEMAS
PRODUTORAS DE GRÃOS
LEGUMINOSA ÁREA PRODUÇ
PRODUÇÃO UREIA ECONOMIA
TRANSFERÊNCIA DE N EM SISTEMAS DE ADUBAÇ
ADUBAÇÃO VERDE
milhões ha milhões t ano-1 bilhões t bilhões US$

EXCREÇ
EXCREÇÃO DE N Soja 12,5 25 5,7 1,6*
Feijão - - - 0,36**
FIXAÇ
FIXAÇÃO DO N2
APODRECIMENTO DOS
NÓDULOS * Equivalente a 150 milhões de t de N proveniente da atmosfera
** Estimativa (produtividade 1500 kg ha-1, com rizó
rizóbio eficiente)
FERTILIZANTE TRANSFERÊNCIA (Dobereiner, 1997)
VIA FERTILIZANTE
LEGUMINOSA NÃO
RAÍ
RAÍZES E HIFAS LEGUMINOSA POTENCIAL DA FBN
RIZÓBIO X PLANTA X SOLO = FBN
REMOÇ
REMOÇÃO NOS DECOMPOSIÇ
DECOMPOSIÇÃO DOS REMOÇ
REMOÇÃO NOS
PRODUTOS RESÍ
RESÍDUOS PRODUTOS

MATÉ
MATÉRIA ORGÂNICA - SELEÇÃO DE - SELEÇÃO DE - AJUSTES DA
DO SOLO ESTIRPES CULTIVARES QUÍMICA E FÍSICA
(SIQUEIRA, 1993) - ELIMINAÇÃO DE DO SOLO
ESTRESSES

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