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Seção: Tutoriais
FSO I: Técnicas de Transmissão
Introdução
Nesta seção apresentase o transmissor de um sistema FSO, o seu funcionamento e seus elementos
mais importantes. O transmissor deverá prover um sinal óptico modulado adequado a cada sistema.
Para a tecnologia FSO deve incluir recursos que permitam enviar um feixe com elevada coerência
espacial para o ambiente aberto. A figura 11 mostra o seu diagrama em blocos, onde se identificam a
fonte óptica, o circuito capaz de modular a luz emitida e uma lente, que modifica a seção reta do feixe. A
expansão tem como finalidade reduzir a possibilidade de obstrução do feixe por objetos contido na
atmosfera, como pássaros e insetos. Procura também minimizar o efeito de redirecionamento do feixe
causado pela turbulência, ou seja, quando o feixe atravessa bolsas de ar quente que possuem área
maior que o diâmetro do feixe acontece o desalinhamento, provocando a perda de visada direta entre os
transceptores [1] e [10].
Figura 11: Diagrama em blocos do transmissor para um sistema FSO
Fontes ópticas e características mais importantes
As fontes ópticas usuais
Existem diferentes tipos de fontes de luz para a transmissão óptica, como os diodos emissores de luz
(LED), baseado na emissão espontânea, e de diodo laser (LD), baseado na emissão estimulada de
irradiação. A escolha da fonte de luz depende do nível de potência necessário, da largura espectral
exigida, da rapidez de resposta à excitação, etc.. Como a atmosfera impõe perdas severas ao feixe
óptico, o diodo laser é mais utilizado nos sistemas FSO, pois a potência óptica da emissão estimulada é
muitas vezes superior à da emissão espontânea dos LEDs. Além disto, apresenta largura espectral bem
pequena, que reduz a dispersão temporal do feixe óptico, facilitando a modulação com alta taxa de bits
[9].
Diodo Laser
Funcionamento
O mecanismo de interação dos elétrons com os fótons nesse dispositivo é denominado emissão
estimulada, ou seja, um fóton perturba um elétron em um estado superior de energia provocando a
recombinação com a lacuna em um nível inferior. Isto só é possível em material com banda proibida
direta e com grande quantidade de elétrons na banda de condução, geralmente uma condição de
instabilidade. A perturbação provocada pelo fóton é suficiente para causar a transferência desses
elétrons para a banda de valência. A diferença de energia entre as duas faixas é emitida na forma de
irradiação eletromagnética. Para a emissão ser eficiente, é necessário que grande quantidade de
elétrons estejam na banda de condução e grande quantidade de lacunas na banda de valência. Esta
situação é conhecida como inversão de população [10] e [9].
A emissão estimulada e a inversão de população são conseguidas pela corrente direta injetada na
junção acima de um valor mínimo conhecido como corrente de limiar. Uma das formas de conseguir o
confinamento dos fótons em uma pequena região e também uma seleção do comprimento de onda,
para determinar a coerência da fonte, é a utilização de uma cavidade ressonante constituída por um
espelho e um semiespelho nas extremidades do diodo. Essa cavidade foi adaptada a partir do
interferômetro de FabryPerot e consiste em duas superfícies espelhadas paralelas muito extensas,
separadas de uma distância d, como mostra a figura 12 [10].
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Figura 12: Estrutura básica de uma cavidade ressonante de FabryPerot [10]
Quando o elétron cai do nível superior ele perde energia, gerando fóton com energia igual a h.f1, onde h
é a constante de plank e f1 é determinada pela diferença de energia entre as bandas de condução e de
valência do material. Quanto maior for à diferença de energia entre as duas camadas maior será a
energia que o elétron perdeu e maior será frequência do fóton. Considerando a geração de certa
quantidade de fótons, uma parte deles será transmitido e outra será refletida. Os fótons refletidos
provocarão nova perturbação que fará novos elétrons caírem para a banda de valência do material,
gerando novos fótons. De novo, alguns irão para o meio externo e outros serão refletidos, com energia
maior da que a anterior. Este processo repetese, aumentando a potência óptica até alcançar um valor
de saturação, que determina a potência fornecida pelo laser nas condições de bombeamento
especificadas [10].
Para que o processo seja mantido indefinidamente, o bombeamento de energia para o interior do
dispositivo deve ser tal que sejam compensadas todas as perdas introduzidas ao longo da trajetória.
Demonstrase que nas múltiplas trajetórias dos feixes ópticos, sua amplitude sofre uma atenuação pelas
perdas no meio e pela energia transferida externamente. O valor desta perda depende de um
coeficiente de absorção . Simultaneamente, o processo de bombeamento implica em uma
compensação nos diferentes mecanismos de perda de potência. Esta compensação depende de um
coeficiente de ganho (g) que depende da energia bombeada. Para se garantir a continuidade do
processo e geração permanente de luz, este coeficiente deve apresentar um valor mínimo determinado
por [10]:
(3.1)
Nesta equação, R1 e R2 são os coeficientes de reflexão nos espelhos nas extremidades da região ativa
do laser e d à distância entre esses espelhos [10]. Por isso que enquanto o diodo laser estiver operando
com baixa corrente seu funcionamento será idêntico ao LED. Quando aplicado bombeamento igual ou
superior ao necessário para compensar todas as perdas, sua potência cresce rapidamente de acordo
com a figura 13 [1] e [10].
Figura 13: Potência óptica emitida em função da corrente de polarização em um diodo
laser
A estrutura mais simples do diodo laser é a de homo junção pn. Em suas faces são formados dois
espelhos pelo processo de clivagem dos cristais, estabelecendose a reflexão pela diferença dos índices
de refração entre o semicondutor e o ar. Nessa estrutura, o espectro será composto por vários modos
de oscilação com o seu respectivo comprimento de onda. Este desempenho justifica a denominação de
laser multímodo. A figura 14 mostra a estrutura básica de um diodo laser construída com uma homo
junção pn.
Figura 14: Estrutura básica de um diodo laser construído com uma homo junção pn
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Em algumas tecnologias de fabricação, para se conseguir maior potência de saída e menor largura
espectral, utilizamse diodos lasers com heterojunções, ou seja, diodos com junções de materiais
diferentes, como arseneto de gálio tipo p (GaAs p), arseneto de gálio alumínio (GaALAs), etc.. Nessa
estrutura, o espectro será composto por um modo principal e os modos indesejáveis são atenuados,
justificando a denominação de laser monomodo. A figura 15 mostra a estrutura básica de um diodo laser
construída com heterojunção dupla e faixa de contato.
Figura 15: Vista em corte transversal de um diodo laser com heterojunção
Características dos Lasers
São características dos Lasers:
Comprimento de onda. Existe a disponibilidade de lasers de baixo custo para sistemas FSO
comerciais operando na região de infravermelha do espectro eletromagnético. Dependendo da
aplicação, esses sistemas podem operar em taxas de até 2,5Gbit/s. Entretanto, a rápida demanda
por largura de banda, principalmente telecomunicações, tem impulsionado a operação desses
sistemas na janela de 1.550nm. Nesta parte do espectro, conseguese níveis de potência óptica
de lasers são mais elevados e há possibilidade de emprego de amplificadores ópticos a fibra
dopada com érbio, permitindo transmissões de longa distância.
Potência, como a atmosfera impõe perdas severas ao feixe óptico, o diodo laser é mais utilizado
nos sistemas FSO, pois a potência óptica resultante da emissão estimulada é muitas vezes
superior à da emissão espontânea dos LEDs. Enquanto os LEDs fornecem potências de saída de
1μW a 200μW, os diodos lasers fornecem valores de 500μW a 20mW.
Largura espectral, os lasers tipo monomodo geram feixe óptico com largura espectral até
inferiores a 0,01nm,aproximandose de uma fonte de luz perfeita. Como f = c/λ e df/dλ = c/λ2,
temos que Δf = (c/λ2) * Δλ. Portanto, para esta largura espectral resulta em largura espectral de
1,25 GHz, ou seja, embora esta largura seja muito pequena ele esta irradiando na frequência
central e em torno dela um sinal que esta ocupando esta faixa. Então, isso trará dispersão que
limitará a taxa de bits a 3 Gbit/s. A figura 16 mostra o espectro típico da luz emitida por um diodo
laser em operação monomodo.
Figura 16: Espectro típico da luz emitida por um diodo laser em operação monomodo
Diodos Emissores de Luz (LED)
Funcionamento
Um LED é construído com a união de cristais semicondutores, esses semicondutores alteram com
facilidade a potência óptica emitida ao variar a corrente que circula por eles, permitindo a modulação
direta do feixe de luz e a resposta é suficientemente rápida para se transmitir a uma taxa de modulação
muito alta [10].
O mecanismo de interação de elétrons com fótons nesse dispositivo é denominado emissão espontânea,
ou seja, quando existirem elétrons livres na banda de condução, esses poderão retornar à banda de
valência, quando o elétron cai para a banda de valência acontece a liberação da correspondente
diferença de energia na forma de uma onda eletromagnética [10]. A figura 17 mostra esse efeito.
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Figura 17: Modelo da emissão espontânea [2]
O comprimento de onda emitido durante este processo depende da energia que foi perdida no processo,
como podemos ver na equação 3.2 [1].
(3.2)
Em que h é a constante de Planck, c é a velocidade da luz e λ é o comprimento de onda. Para utilizar a
forma do último membro desta equação, a energia tem de ser dada em elétronvolt e o comprimento de
onda em micrometros. Um elétronvolt equivale a 1,602 x 1019 Joules.
Os LEDs como fonte de transmissão apresentam vantagens como baixo custo e um tempo de vida longo
[1].
Características do LED
São características dos LEDs:
Comprimento de onda, dependendo do material que formam a sua estrutura será possível fazer
o LED operar em diferente faixa de comprimento de onda, principalmente entre 670 e 900nm.
Potência, devido a sua baixa potência os LEDs são usados para aplicação de curta distância, sua
potência óptica de saída pode variar de 1μW a 200μW. Este dispositivo é muito usado em
aplicação domestica como em controle remoto de televisão.
Largura espectral, quando comparado com a largura espectral gerado pelo diodo laser, os LEDS
apresentam maior largura como mostrado na figura 18, apresentando maior dispersão e
consequentemente menor facilidade de modulação, limitando a taxa de dados a 155Mbit/s.
Figura 18: Espectro típico da luz emitida por um LED
Amplificadores Ópticos
Desenvolvimento dos modelos
Os primeiros repetidores para a comunicação óptica empregavam interfaces eletrônicas, cujos principais
objetivos são as recuperações da amplitude e da forma dos sinais transmitidos. Essas interfaces
eletrônicas, conhecidas como repetidoresregeneradores, convertem o sinal óptico em elétrico, próxima
da mensagem enviada pelo transmissor. O sinal é processado em circuitos eletrônicos capazes de
recuperar o seu formato e sua amplitude até o nível conveniente. O sinal restaurado é utilizado para
modular novamente uma fonte de luz, enviando para um novo lance [10] e [14].
Os repetidoresregeneradores aplicados a altas taxas de transmissão apresentam custo muito alto,
provocam distorções no sinal de modulação, além de apresentarem rápida degradação dos
componentes eletrônicos envolvidos, em função do uso prolongado, de variações na temperatura, etc..
Com os objetivos de aumentar a vida útil, processar diversos comprimentos de onda, diminuir a figura de
ruído e construir enlaces de maiores distâncias, foram desenvolvidos diversos modelos amplificadores
para substituírem os repetidores. Alguns deles empregam fibras dopadas com determinadas terras
raras, como o érbio e o praseodímio, capazes de amplificar nas janelas de 1,55um e 1,3um. Outros se
baseiam em efeitos nãolineares e espalhamentos estimulados na fibra, como os amplificadores de
Raman e de Brilouin. Nos sistemas FSO com operação em 1,55 µm, utilizase o amplificador a fibra
dopada com érbio (EDFA) [10] e [14].
Amplificadores de Raman
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O efeito de Raman pode ocorrer em meios sólidos, líquidos, gasosos e em plasmas. Os amplificadores
de Raman são baseados no espalhamento estimulado de Raman, ou seja, uma fonte de bombeamento
introduz na fibra um sinal com frequência mais alta e nível de potência maior do que o feixe óptico a ser
amplificado. Os fótons deste sinal vão interagir com vibrações dos átomos da fibra óptica e ao encontrar
o sinal transmitido parte de sua energia será transferida para os fótons desse sinal, amplificandoo [10] e
[14].
O ganho do amplificador é função do comprimento de onda e da potência do sinal de entrada. Dessa
forma podese regular o ganho apenas ajustando o comprimento de onda do sinal introduzido pela fonte
de bombeamento. Encontramse amplificadores com ganhos entre 8 a 15dB para comprimento de fibra
de 10km, tornandoo inviável para o sistema FSO [10].
Amplificadores de Brillonuin
Os amplificadores de Brillouin são baseados em espalhamento de Brillouin, onde o fóton interage com as
moléculas do meio e produzem uma vibração mecânica, representando uma onda acústica praticamente
uniforme. O espalhamento de Brillouin apresenta apenas uma velocidade da onda mecânica gerada,
sendo possível a representação de um fônon com quantidade de energia bem definida. Parte da energia
é perdida para o meio e a parte restante é retransmitida com frequência mais baixa [10] e [14].
Este amplificador não se aplica ao sistema FSO, pois, ainda se trata de um dispositivo que exige para
grandes potências e grandes comprimentos de fibra óptica. Ganhos entre 20dB e 30dB são possíveis
para fibras com dezenas de quilômetros de comprimento e bombeamento com sinal por volta de 10mW
[10].
Amplificador óptico com fibra dopada a érbio (AFDE)
O amplificador a fibra dopada com érbio (AFDE) é constituído por algumas dezenas de metros de fibra
óptica dopada com érbio (Er³+). No interior da fibra ocorrerá a amplificação do sinal transmitido. A
amplificação acontece na faixa de 1528nm a 1562nm (banda C) ou 1570nm a 1605nm (banda L),
quando excitado por fótons de bombeamento. Um diodo laser de bombeamento fornecerá a energia
envolvida no processo da amplificação e um multiplexador por divisão de comprimento de onda (WDM) é
responsável pela inserção do sinal óptico a ser amplificado junto um feixe proveniente do laser de
bombeamento. A figura 19 mostra a configuração básica de um amplificador deste tipo [10] e [15]. Além
dos componentes citados, pode ser necessária a inclusão de um isolador óptico para impedir o retorno
de reflexões externas, comuns neste tipo de amplificação, e um filtro óptico para garantir a pureza do
sinal a ser transmitido [10].
Figura 19: Configuração básica de um amplificador óptico dopado a érbio [10]
Os estados fundamentais, metaestável associado ao comprimento de onda de bombeamento estão
relacionados a diferentes níveis de energia dos átomos de érbio. As transições de elétrons entre esses
níveis de energia levam ao processo de amplificação e à formação de ruído. A figura 20 auxiliará a
visualização dos processos de transição. A banda fundamental corresponde à faixa de energia onde os
átomos de érbio estão em sua condição natural. A faixa metaestável corresponde aos valores de energia
onde estarão os elétrons excitados por fótons incidentes. Finalmente, a banda de bombeamento
corresponde a um nível mais alto de energia, sendo mais estreita que as anteriores e mais instável [14]
e [15].
Figura 20: Diagrama de níveis do AFDE
O processo de amplificação e geração de ruído pode ser apresentado em três partes. A primeira
representa a movimentação dos elétrons dos átomos de érbio, desde o instante em que recebem a
energia no nível fundamental até o instante em que atingem o nível de bombeamento, visto que o laser
de bombeamento pode gerar luz nos comprimentos de onda de 532, 667, 800, 980 e 1480nm. Como
acontece maior absorção para luz em 980nm, é comum utilizar esse comprimento de onda, pois é o que
gera maior ganho. Sendo o nível de bombeamento instável, os elétrons caem para níveis de energia
menor.
A segunda parte do processo representa a perda do nível dos elétrons a partir do nível de
bombeamento (980nm), para o nível metaestável (1550nm), visto que este amplificador está projetado
para ser sensível ao estímulo na faixa de 1530nm a 1565nm. Na queda, a maioria dos elétrons ficaram
estabilizados no nível metaestável, porém alguns elétrons baixaram ao nível fundamental de energia e
geraram ruído.
Na terceira etapa, localizamse no nível metaestável, bilhões de elétrons acumulados. Quando incidir um
pulso de luz, representado na figura 21, acontecerá a perturbação para que os elétrons acumulados se
desarranjem e inicia a queda de nível para todos os elétrons. Esta queda do nível metaestável para o
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nível fundamental gera fótons com a mesma característica da luz incidente. Assim temse na saída uma
potência de luz com as mesmas características da luz de entrada, que representa a soma da energia de
entrada com a energia da luz gerada pela transição para o estado fundamental.
Figura 21: Representação da ultima etapa do processo de amplificação
Acopladores Óptico
Como o feixe óptico na saída do laser ou do amplificador apresenta diâmetro muito estreito, há a
necessidade de utilizar uma montagem telescópica para aumentar o diâmetro do feixe, mantendoo
colimado, e com isso diminuir a sua divergência e garantir boa densidade de potência no receptor. Essa
montagem visa reduzir a possibilidade de obstrução do feixe por objetos na atmosfera, como pássaros e
insetos, minimizar os efeitos de espalhamento causado pela turbulência, como será visto no tutorial
parte II.
Os dois principais parâmetros de projeto do telescópio para a saída do transmissor são o ângulo de
divergência e o diâmetro do feixe transmitido. Esses dados influenciam diretamente na atenuação do
sinal. O diâmetro efetivo do feixe é definido como a distância entre os pontos em que a densidade de
potência, ou irradiância, do feixe óptico cai a 1/e2 do seu valor de pico, medida em uma seção reta do
feixe nas proximidades do transmissor. Neste cálculo, e representa a base dos logaritmos naturais.
Nos sistemas FSO utilizamse telescópios kepleriano, que usa duas lentes convergentes, e o galileriano,
composto por uma lente divergente e uma convergente. Eventualmente, são conhecidos como
refratores, por possuírem lentes como elementos principais. A principal desvantagem desta montagem é
a distância focal das lentes variar de acordo com o comprimento de onda. Esse problema pode ser
contornado com o uso de lentes do tipo acromáticas.
Há ainda os telescópios refletores, nos quais as lentes são substituídas por espelhos, como nos
telescópios Cassegrain, onde uma das lentes é substituída por um espelho hiperbólico divergente e a
outra lente é substituída por um espelho parabólico convergente. A vantagem dos telescópios refletores
é que eles são acromáticos, ou seja, suas características não variam com o comprimento de onda [1]. A
figura 22 exemplifica estas três montagens utilizadas nos modernos sistemas FSO.
(a)
(b)
(c)
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Figura 22: Tipos de telescópio: (a) kepleriano, (b) galileriano e (c) Cassegrain
Figura 23: Exemplo de corneta empregado na prática
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