You are on page 1of 3

Fichamento do texto: Julian GO, For a postcolonial sociology

 O texto tem como objetivo pensar os principais elementos das teorias pós-coloniais na
tentativa de aplicá-las a contextos não coloniais – no caso o contexto da América do Norte;
 O autor justifica sua proposição afirmando que é necessário quebrar com o sistema
binário das sociologias clássicas e americanas, algo que a sociologia pós-colonial faz – mas não
sei se faz bem.
 A teoria pós-colonial serve, principalmente, como uma crítica à sociologia,
principalmente ao binarismo presente na teoria social clássica e moderna – que tem a clássica
como base;
 Os estudos pós-coloniais compartilham a crítica pós-moderna do Iluminismo e suas
grandes narrativas, esquemas totalizadores e pensamento identitário.
 Criticar e analisar o discurso colonial; (Said)
 Mas as crítica podem se estender para outras estratégias: 1. salientar a importância da
produção literária dos atores do “sul”; analisar os textos clássicos da teoria colonial e denunciar
os elementos de dominação colonial que estão implícitos, mas não necessariamente claros,
nestes obras;
 O conceito de hibridismo de Bhabha quebra com a linearidade binária;
 Pensar em como o colonizador e o colonizado foram afetados pela projeto colonizador;
 O conceito de Metrocentrismo – ou seja uma centralização a partir da produção da
metrópole;
 As teorias clássicas são marcadas por generalizações que negligenciam as experiências
e os conhecimentos dos ‘outros’, mas sim de um ‘outro generalizado”;
 A Sociologia como parte do projeto imperial/colonial, pois objetiva conhecer e,
consequentemente, fornecer chaves para o controle social. A expressão formal do pensamento
ocidental;
 a sociologia histórica existente significa que, do ponto de vista dos povos colonizados e
pós-coloniales, o "moderno" é sempre "algo que já aconteceu em outro lugar "(Chakrabarty,
1997, p.337);
 A história da sociologia clássica infere numa análise separatista de elementos que não
podem ser separados;
 O problema relacionado é que ele nunca considerou que as origens e o sustento do
capitalismo pudessem ter descansado sobre a acumulação imperial, e não sobre as crenças
protestantes sozinho.
 O problema da difusão de Tarde: O problema é o que é eliminado no teórico
abordagem. Não podemos ver, por exemplo, as maneiras pelas quais presumivelmente essencial
coisa imutável que se espalha pode ser reformada ou reconstruída ao longo do caminho ou como
pode ter sido forjado através de relações interativas em primeiro lugar.

Possibilidades pós-coloniais

 O objetivo da indigenização é criar nova teoria e pesquisa que se baseia em pensadores


não-ocidentais e experiências pós-coloniais.

Outra rota: relações e construções


 Uma teoria de superação da bifurcação do colonialismo;
 A insistência de uma sociologia histórica relacional e interligada, onde o discurso é
construído por mais de dois lados dicotômicos;
 Por Said, isso significa narrativas que são "Comuns a homens e mulheres, brancos e
não-brancos, moradores da metrópole as periferias, além do presente e do futuro. "Isso significa
reconhecer que a "As experiências de governante e governado [colonizador e colonizado] não
foram tão facilmente desenredadas";
 O objetivo não estudar o colonizador e o nativo, mas as inter-relações entre eles.
 A teoria substancialista – aquela criticada por Hall na obra: Identidade Cultural na pós-
modernidade.
 Em contraste, uma ontologia relacional não coloca essências, mas as relações que
constituem as essências ostensivas em primeiro lugar. As coisas "não são assumidas como
independentes. Existências presentes antes de qualquer relação, mas ... novamente, todo o seu
ser ... primeiro em e com as relações que se baseiam neles;
 O discurso que essencializa e homogeneíza o Outro são formas do pensamento
substancialista.
 Da mesma forma, a percepção de que a metrópole e a colônia estavam se construindo
mutuamente é um entendimento relacionalista, em oposição a nacionalismo metodológico - uma
abordagem substancialista - que pressupõe que uma nação metropolitana ou a Europa seja um
agente coerente isolado abstraído de um todo mais amplo relações;

Teoria Ator-rede e a industrialização

 A teoria ator-rede é conhecida por sua ênfase em agentes não-humanos;


 Em vez disso, "o social" consiste em redes de relações (ou "conexões") entre humanos,
materiais e idéias. São "redes padronizadas de materiais heterogêneos" que estão continuamente
em formação e contestação;
 A ANT define as redes de atores como constituídas por pessoas, coisas e conceitos; são
materiais e semióticos, humanos e não humanos. Ao contrário dos estudos econômicos do
imperialismo, portanto, o foco não é apenas sobre as relações econômicas (isso também torna a
ANT diferente da teoria das redes sociais, onde idéias ou elementos materiais não fazem parte
da rede).
 A agência não é um traço, mas "um efeito gerado por uma rede de materiais
heterogêneos, interagindo";
 a teoria do ator-rede nos convida a considerar como as cadeias de relações preexistentes
("redes heterogêneas") são "consolidadas" de seus diversos pontos para um todo abrangente (Lei
de 1992). À medida que a teoria do ator e da rede o teria, o efeito disso é a aparência de uma
entidade ou ator que possui características originais e que parece ter vindo de uma única origem
geográfica (Bockman e Eyal, 2002);
 O ponto é que nos alerta para as relações e conexões que abordagens existentes
ocultadas por suas bifurcações analíticas;

Fields, Haiti e a Revolução Francesa

 Como os Jacobinos Negros impulsionaram os revolucionários burgueses franceses a


repensar suas conceitos de liberdade;

Reconsiderando a teoria

 O objetivo é ilustrar como essas teorias relacionais podem iluminar existentes


problemas sociológicos históricos de maneiras que melhor atendam ao desafio pós-
colonial. Conforme mostrado, as ontologias relacionais da teoria ator-rede e teoria de
campo podem alertar nós para relações importantes e conexões através do espaço que as
narrativas convencionais e as teorias ocluem, mas que têm sido críticas para a
fabricação e reestruturação de modernidade.

Questões para discussão

 É realmente necessário para uma teoria pós-colonial executar um referencial aos


elementos dos nativos – antigos – dos contextos coloniais?
 Seria possível pensar uma teoria decolonial através dos elementos presentes – mesmo
que influenciados por um histórico do pensamento colonial – e construir algo novo na
colônia? Isso não seria muito mais próximo da essência da proposta do pós-
colonialismo como uma crítica presente às epistemes, conceitos e categorias do
colonialismo?
 Pensar nas fronteiras binárias do pensamento moderno entre o dualismo formal-
informal através do conceito de hibridismo de Bhabha;

You might also like