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autor
Renata H. C. Oliveira RESUMO
renata.cortes.oliveira@hotmail.com
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO
A parada cardiorrespiratória (PCR) é a cessação súbita da circulação sistêmica em
indivíduos com expectativa de restauração de suas funções fisiológicas. A ausência de
circulação do sangue interrompe a oxigenação dos órgãos. Após alguns minutos as células
mais sensíveis começam a morrer. (Cruz e Gentil, 2012).
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2. OBJETIVO
Revisar as medicações mais utilizadas na estabilidade hemodinâmica pós-parada
cardiorrespiratória.
3. METODOLOGIA
O estudo foi realizado através de pesquisa de revisão bibliográfica, através de
pesquisas descritivas que possuem como objetivo a descrição de um determinado assunto
pesquisado e conhecido, o que possibilita estabelecer relações entre variáveis de um
assunto determinado, ou seja, proporciona novas visões quanto a uma realidade
conhecida. (Gil, 2008).
A busca foi realizada nos meses de março a junho de 2015. Utilizadas a palavras
chaves: Parada Cardiorrespiratória. Medicações. Hemodinâmica.
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4. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
A parada cardiorrespiratória (PCR) é a cessação súbita da circulação sistêmica no
ser humano. A ausência de circulação do sangue interrompe a oxigenação dos órgãos.
Após alguns minutos as células mais sensíveis começam a morrer. (Cruz e Gentil, 2012).
Até pouco tempo atrás a parada cardiorrespiratória era tida como sinônimo de
morte, pois havia índices que apontavam menos de 2% de sobrevivência após a PCR,
atualmente o índice de sobrevida alcança 70% se houver atendimento com socorro eficaz.
(Lino, 2009).
O mesmo autor destaca que após a reversão da PCR, alguns cuidados são
necessários para impedir a deterioração do estado da vítima e possibilitar melhor
condição possível para sua recuperação.
Pressão Arterial: deve ser mantida entre 80 e 120 mmHg. Evitar agressivamente
períodos de hipotensão;
Diurese: Débito urinário > 1ml/Kg/h;
Glicemia: < 200mg/dl – insulina em perfusão nos casos selecionados;
Pressão Intracraniana: Cabeceira em elevação de 30° com a cabeça alinhada ao corpo;
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Temperatura: Combater a febre nas primeiras 72h. Considerar hipotermia nas primeiras
24h;
Ventilação: normoventilação, evitar a alcalose; PaCo2 > 35 mmHg; SaO2 ≥ 92%;
Sedação: Segundo a necessidade: propofol + alfentanil +/- midazolam;
Eletrólitos: Dosagens a cada seis horas – potássio e magnésio;
Nutrição: via enteral contínua a 20 ml/h, ou glicose por via enteral. Evitar alimentação
parenteral.
5.2. AESP
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5.3. Assistolia
De acordo com o mesmo autor, a decisão deva ser individualizada para cada
situação, deve-se considerar o término dos esforços quando:
6.1. Amiodarona
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6.2. Lidocaína
Usada na FV/TV sem pulso. Seu mecanismo de ação inibe o influxo de sódio
através dos canais rápidos das células miocárdicas. Diminui a condução em tecidos
isquêmicos, com menor influência no tecido normal.
6.3. Magnésio
Sua apresentação são ampolas de sulfato de magnésio 6% (0,6 g/10 ml) e sua
dose de manutenção é de- 0,5 a 1 g/hora. (Filho 2003)
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6.4. Noradrenalina
O uso da noradrenalina, em altas doses e por tempo prolongado, pode provocar graves
lesões renais, cutâneas e mesmo cardíacas devido à vasoconstrição excessiva. No choque
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6.5. Procainamida
Utilizada na FV/TV sem pulso. Seu mecanismo de ação reduz condução atrial,
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo mostrou que o PCR é considerada uma emergência clínica e
com altas taxa de mortalidade e por isso requer atendimento imediato. Após a PCR o
período que se segue, cerca de 24 horas após a parada, pode ser crítico e frequentemente o
paciente apresenta um quadro de instabilidade hemodinâmica. O Vimos que o tratamento
medicamentoso é fundamental para a reversão destes quadros, por isso se faz necessário
que a equipe de enfermagem conheça as principais medicações usadas para a manutenção
da estabilidade do paciente, pois é o profissional que está mais próximo e mais tempo
com o paciente.
Assim sendo, torna-se de suma importância estar familiarizado com quais são
suas indicações, seus mecanismos de ação bem como os efeitos colaterais. Pois o papel do
enfermeiro junto à equipe multidisciplinar é conduzir a intervenção e primar pela
recuperação do paciente.
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8. AGRADECIMENTOS
9. REFERÊNCIAS
AHA. Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. 2010.
CRUZ, Fábio Ribeiro; GENTIL, Rosana Chami. Hipotermia induzida na parada cardíaca:
implicações para a enfermagem. Rev Enferm UNISA. 2012; 13(2): 137-42. Disponível em:
<http://www.unisa.br/graduacao/biologicas/enfer/revista/arquivos/2012-2-11.pdf>
FILHO, Gilson Soares Feitosa. Et al. Atualização em Reanimação Cardiopulmonar: O que Mudou
com as Novas Diretrizes! Rev. Bras. Ter. Intensiva v.18 nº02 São Paulo Abr./Jun 2006. Disponível
em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-507X2006000200011&script=sci_arttext>
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2008.
FILHO, Antônio Pazin, et al. "Parada cardiorrespiratória (PCR)." Medicina (Ribeirao Preto.
Online) 36.2/4 (2003): 163-178.
SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico
Cirúrgico. 9. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 4.
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