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pessoas e instalações
O diferencial 6
Subtensão 23
Sobretensão 24
Pára-raios 27
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Ação da eletricidade no corpo humano
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Protecção das pessoas
Contacto direto
Para protecção das pessoas contra os contactos directos as R.T.I.E.B.T (Secção 412)
preconizam essencialmente medidas preventivas que, em alguns casos podem ser
complementadas pela instalação de dispositivos diferenciais de alta sensibilidade (de 6,
12 ou 30 mA).
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Contacto indireto
O circuito de deteção do diferencial regista a diferença entre a corrente que “entra” (IF)
e a corrente que “sai” (IN).
Caso haja diferença entre IF e IN regista-se uma corrente de fuga que vai excitar a
bobina de deteção que provoca o disparo do disjuntor diferencial.
Botão
ON/OFF
Botão de
teste Relé de
detecção
Bobina de
detecção
Bobina do neutro
Resistência de
teste
NA AUSENCIA DE DEFEITO:
IF = IN (já que não há corrente de fuga para a terra).
ΦF = ΦN
ΦF – ΦN = 0
logo não há corrente induzida na bobina de detecção que acciona o relé. Os contactos
continuam fechados. A instalação funciona normalmente.
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Sensibilidade de um diferencial
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Terra de proteção
Quadro de entrada
Condutor principal
de protecção
Condutores de
protecção
Terminal principal
de terra
Barramento de terra do
quadro de entrada
Condutor de terra
Eléctrodo de terra
Terra de protecção
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Regimes de neutro da rede
Sistema TT
Deteção duma corrente de defeito que circula para a terra promovendo o corte da
alimentação através de dispositivos sensíveis à corrente diferencial.
Posto de transformação
MT BT
Rede de distribuição
L1
L2
L3
N N
PE
Receptor
Vantagens:
Sistema mais simples no estudo e na concepção.
Fácil localização dos defeitos.
Desvantagem:
Corte da instalação ao primeiro defeito de isolamento.
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Sistema TN
Num primeiro defeito a corrente toma um valor baixo limitando uma possível subida do
potencial das massas. Não necessita de corte.
Posto de transformação
MT BT
Rede de distribuição
L1
L2
L3
N PEN
Receptor
Terra de serviço
Posto de transformação
MT BT
Rede de distribuição
L1
L2
L3
N N
PE
Receptor
Terra de serviço
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Utiliza-se fundamentalmente em certas instalações industriais e em redes onde é difícil
conseguir boas ligações à terra ou não é viável a utilização de dispositivos diferenciais.
Vantagens:
O esquema TN-C apresenta uma economia para a instalação porque elimina a
necessidade de um condutor.
Os aparelhos de protecção contra sobreintensidades podem assegurar a protecção
contra contactos indirectos.
Desvantagens:
Corte da instalação ao primeiro defeito de isolamento.
Precauções acrescidas para não ser cortado o condutor neutro que também é de
protecção.
Maiores riscos de incêndio devido às elevadas correntes de defeito.
Sistema IT
Posto de transformação
MT BT
Rede de distribuição
L1
L2
L3
N N
Z Impedância PE
Receptor
Vantagem:
Este sistema assegura a melhor continuidade de serviço em exploração.
Desvantagem:
Custo da instalação.
Necessita de técnicos de manutenção e conservação com preparação adequada.
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Aparelhos de protecção de uma instalação elétrica
Sobreintensidades
Sobretensões
Subtensões
Sobreintensidade
Se a corrente eléctrica de serviço (IB) ultrapassar o valor máximo (Iz) permitido nos
condutores diz-se que há uma sobreintensidade.
Se, por exemplo, dois pontos do circuito com potenciais eléctricos diferentes
entram em contacto directo entre si estamos na presença de um curto – circuito
que é uma sobreintensidade em que a corrente de serviço no circuito é muito superior à
intensidade máxima permitida nos condutores (IB>>Iz).
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Características dos disjuntores
EXEMPLO:
Para uma corrente estipulada do disjuntor ≤ 63A o tempo convencional é de 1 hora, para uma corrente
estipulada > 63 A o tempo convencional é de 2 horas.
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Fusíveis
00 160A 5 x 20 mm
0 200A 8,5 x 31,5 mm
1 250A 10,3 x 38 mm
2 400A 14 x 51 mm
3 630A 22 x 58 mm
4 1250A
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Curva característica do fusível
Tipos de fusíveis
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Exercício de aplicação
Seleccione o calibre (In) do disjuntor de protecção contra sobrecargas de uma
canalização constituída por condutores H07V-U com secção de 2,5 mm2, em tubo, que
vai alimentar uma máquina de lavar roupa cuja intensidade de serviço (IB) é de 14,6 A.
IB = 14,6 A
s = 2,5 mm2 → IZ = 19,5 A (Quadro 52-C1 - Parte 5 / Anexos das RTIEBT)
1ª condição:
IB ≤ In ≤ IZ
A intensidade nominal do disjuntor (In) terá que ser maior ou igual a 14,6 A (IB).
Sabendo que as correntes estipuladas dos disjuntores são de 10 – 16 – 20 – 25 – 32 – 40
– 50 – 63 – 80 – 100 – 125 A, encontramos nessa situação o disjuntor com uma
intensidade nominal de 16 A. Assim, a 1ª condição está verificada:
14,6 < 16 < 19,5
2ª condição:
I2 ≤ 1,45 x Iz
A corrente convencional de funcionamento (I2) do disjuntor de 16 A é de 23 A (1,45 x
In). A 2ª condição está verificada já que:
23 ≤ 1,45 x 19,5
23 < 28,3
O calibre ou a intensidade nominal do disjuntor a utilizar seria de 16A.
Regra do poder de corte: o poder de corte não deve ser inferior à corrente de curto-
circuito presumida no ponto de localização.
Icc ≤ Pdc
√t = K x (S / Icc)
Icc – corrente de curto-circuito em A, para um defeito franco no ponto mais afastado do circuito.
K – constante, variável com o tipo de isolamento e da alma condutora, igual a 115 para condutores de
cobre e isolamento em PVC.
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Exercício de aplicação
QE MLR
H07V-U 3G4mm2 H07V-U 3G2,5mm2
5m 10 m
√t = K x (S / Icc)
Icc – corrente de curto-circuito em A, para um defeito franco no ponto mais afastado do circuito.
K – constante, variável com o tipo de isolamento e da alma condutora, igual a 115 para condutores de
cobre e isolamento em PVC.
√t = K x (S / Icc)
√t = 115 x (2,5 / 2584)
√t = 0,11
(√t)2 = (0,11)2
t = 0,0121 s
t = 12,1 ms
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Selectividade dos aparelhos de protecção
INF1 ≥ 3 x INF2
Exemplo:
Defeito
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Selectividade entre disjuntores
IND1 ≥ 2 x IND2
Defeito
Selectividade Parcial
Tempos de funcionamento iguais para corrente de defeito diferente.
Selectividade Total
Tempos de funcionamento diferentes para correntes de defeito diferentes.
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Selectividade entre disjuntores e corta – circuitos fusível
Defeito
Como se pode ver pelo gráfico, para a mesma intensidade da corrente o fusível actua
primeiro que o disjuntor, assegurando-se assim a selectividade na protecção eléctrica.
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Subtensão
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Sobretensão
As sobretensões (aumento da tensão) podem ser de origem externa (descarga
atmosférica) ou de origem interna (falsas manobras, deficiências de isolamento com
linhas de tensão mais elevada).
Descarregador de Sobretensão
PE
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Ligação de um DST na rede trifásica no regime de neutro TT.
As ligações dos DST ao terminal principal de terra devem ser feitas com condutores de
secção não inferior a 4 mm2, ou 10 mm2 no caso do edifício ser dotado de pára-raios,
devendo o seu comprimento ser o mais curto possível.
Os DST não podem ficar instalados em locais com risco de incêndio ou de explosão.
Para que seja criteriosa a seleção dos DST a instalar, apresentam-se no quadro
seguinte os valores de sobretensões presumidas nas várias zonas de cada instalação,
desde a origem até aos equipamentos especiais.
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Exigência legal de protecção
Obrigatório quando o nível das sobretensões transitórias seja superior ao nível de referência (4KV para
redes monofásicas e 6KV para as redes trifásicas).
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As sobretensões atmosféricas podem afectar os edifícios (descargas directas) e as
instalações eléctricas e de telecomunicações (efeitos indirectos).
As descargas directas são prevenidas com a utilização de pára-raios nos edifícios.
No que se refere aos efeitos indirectos a protecção é assegurada por dispositivos de
protecção designados por descarregadores de sobretensão (DST).
Pára-Raios
Captor
Condutor de
descida
Eléctrodo
de terra
Os materiais a utilizar nos diversos componentes dos pára-raios são o cobre, o ferro
galvanizado e o aço inoxidável.
Para evitar a corrosão das ligações, deve-se procurar que tanto quanto possível, todos
os elementos do sistema sejam compostos pelo mesmo tipo de material.
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Captor
Captor arti
Haste vertica
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Captores naturais
Podem ser usados como captores naturais os elementos metálicos existentes na parte
superior da estrutura a proteger e suficientemente dimensionados para suportar o
impacto directo de uma descarga, tais como coberturas de chaminés, clarabóias,
depósitos, tomadas de ar dos sistemas de climatização, etc.
Os captores naturais são integrados nos pára-raios através dos condutores de
cobertura.
captor artificial
captor artificial (haste vertical tipo Franklin)
(Gaiola de Faraday)
(condutores de cobertura)
condutor de descida
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Descidas artificiais
Condutor de descida
baixada deve ser o mais rectilíneo possível
evitando curvas.
As descidas devem ser, em regra,
instaladas à vista, fixadas à superfície
exterior da estrutura a proteger por meio de
elementos de suporte apropriados,
estabelecidos à razão de dois por metro, no
mínimo. Ligador
Deve-se realizar uma ligação à terra por
cada baixada.
Cada descida artificial deve ser dotada de um
ligador destinado a efectuar as
verificações e medições necessárias. Eléctrodo de terra
Na baixada deve ser instalado,
obrigatoriamente um ligador amovível de forma a efectuarem-se medições de terra. O
valor da resistência de terra deve ser inferior a 10 Ohm.
A norma NP4426, recomenda a instalação de um contador de descargas para
verificação e manutenção do pára-raios. No caso de se aplicar um contador de
descargas, ele deverá ser aplicado acima do ligador amovível.
Abaixo do ligador amovível é instalada uma protecção mecânica de baixada com altura
não inferior a 2 metros para evitar actos de vandalismo e manter assim a conservação
da mesma.
Descidas naturais
Eléctrodo
Estrutura
em anel
a proteger
Para estruturas de dimensões tais que o raio do eléctrodo em anel resulte inferior a 8
m, podem utilizar-se eléctrodos do tipo radial (em forma de “pata de ave”),
constituídos por três condutores (no mínimo de 6 a 8 m cada) derivados de um ponto
comum e enterrados horizontalmente no solo a uma profundidade mínima de 0,8 m.
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Constituem eléctrodos de terra natural as estruturas metálicas enterradas que façam
parte ou penetrem no edifício ou estrutura a proteger. São ainda normalmente
utilizadas para aquele fim as fundações em betão armado, desde que a sua
continuidade eléctrica seja assegurada.
Ligações equipotenciais
1
A tensão de passo é a d.d.p. entre dois pontos à superfície da terra a uma distância de 1 metro.
Se num dado momento, existir no ponto A um potencial com o valor U A e ao mesmo tempo existir no ponto B,
distante 1 metro do ponto A, um potencial com o valor U B, então a tensão de passo neste local tem um valor Up que
é exactamente igual à diferença UA - UB, ou seja Up = UA - UB
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Conservação e exploração
NOTA:
Descarregador de sobretensões (DST ): Aparelho destinado a proteger o
equipamento eléctrico contra sobretensões transitórias elevadas e a limitar a duração e
amplitude da corrente.
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Classificação das estruturas quanto à Altura e Implantação (AI)
Estruturas
envolvendo riscos ACONSELHÁVEL NECESSÁRIO NECESSÁRIO
específicos
(CD 2)
Estruturas
envolvendo riscos NECESSÁRIO NECESSÁRIO NECESSÁRIO
para as imediações
(CD 3)
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