Matemática A

Ensino Secundário – 10o Ano de Escolaridade

Resolução da Prova Modelo Teste 3 – 2015/2016
Nuno Miguel Guerreiro

GRUPO I

1. O conjunto A é o conjunto-solução, em R, da inequação

5x − 1
2x > ⇔ 4x > 5x − 1 ⇔ −x > −1 ⇔ x < 1
2
Vindo então que A = ] − ∞, 1[.
O conjunto B é o conjunto solução, em R, da inequação

x2 ≥ 3x ⇔ x2 − 3x ≥ 0 ⇔ x(x − 3) ≥ 0 ⇔ x ≤ 0 ∨ x ≥ 3

Vindo então que B = ] − ∞, 0] ∪ [3, +∞[.

Desta forma A ∩ B = ] − ∞, 0], e então conclui-se facilmente A ∩ B = ]0, +∞[= R+ .

Resposta Correcta: (A)

2 2
2. A circunferência de centro em C e que passa em A tem √ (x − 2) + (y − 2) = 32, de onde se conclui
√ equação
que o raio da circunferência, r, é igual a r = AC = 32 = 4 2.
O triângulo [ACB] é retângulo em A, e sabendo que AB = 8, tem-se que:
2 2 2 2 √ √
AC + AB = BC ⇔ 32 + 64 = BC ⇔ BC = 96 = 4 6
√
Conclui-se então que d(B, C) = 4 6, uma vez que 96 = 25 × 3 = 24 × 6.

Resposta Correcta: (D)

2 2
3. A elipse E cuja equação cartesiana é x9 + y3 = 1 é tal que a2 = 9 e b2 = 3, pelo que se conclui que os vértices
√ √ √
de E são os pontos (3, 0), (−3, 0), (0, 3) e (0, − 3), uma vez que a = 3 e b = √3. Conclui-se também
2 2 2
facilmente que a distância
√ √ c, é tal que c = a − b = 9 − 3 = 6, logo c = 6, e os focos da elipse
semifocal
E têm coordenadas ( 6, 0) e (− 6, 0). Desta forma, a proposição q é verdadeira.
√ √
A reta r cuja equação é (x, y) = (4, 3) + k(1, 0), k ∈ R é a reta de equação y = 3 (conclusão facilmente
obtida através da equação √
cartesiana da reta), sendo que esta interseta a elipse apenas num ponto, que é o
vértice de coordenadas (0, 3), pelo que p é falsa.
Desta forma tem-se:
• ∼ p ∧ q =∼ F ∧ V = V ∧ V = V
• ∼ p ⇒∼ q =∼ F ⇒∼ V = V ⇒ F = F
• p⇒q=F ⇒V =V
• ∼ p∨ ∼ q =∼ V ∨ ∼ F = F ∨ V = V

Resposta Correcta: (B)

Prova 2 – 10o Ano – 2015/2016 • Página 1/5 SINAL + | Nuno Miguel Guerreiro
 −−→ −−→
4. O vetor →
−
u = (k 2 , 3k + 4) é colinear com o vetor AB, tal que AB = B − A = (4, 2) − (3, 1) = (1, 1), logo:
k2 3k + 4
= ⇔ k 2 = 3k + 4 ⇔ k 2 − 3k − 4 = 0 ⇔ (k − 4)(k + 1) = 0 ⇔ k = 4 ∨ k = −1
1 1
Pelo que k pode assumir os valores k = 4 ou k = −1, sendo que apenas k = 4 está nas opções possı́veis.

Resposta Correcta: (C)

5. Os pontos A e B pertencem tanto à bissetriz dos quadrantes ı́mpares y = x, como à circunferência de raio
1 e centro em (2, 1), (x − 2)2 + (y − 1)2 = 1. Desta forma tem-se que as coordenadas dos pontos A e B
obtém-se por interseção das duas condições, pelo que atendendo que y = x:
(x − 2)2 + (x − 1)2 = 1 ⇔ x2 − 4x + 4 + x2 − 2x + 1 = 1 ⇔ 2x2 − 6x + 4 = 0 ⇔
x2 − 3x + 2 = 0 ⇔ (x − 1)(x − 2) = 0 ⇔ x = 1 ∨ x = 2
Logo, conclui-se que A(1, 1) e B(2, 2), pelo que é possı́vel obter a equação da reta s, mediatriz do segmento
[AB], tendo em conta um ponto P (x, y) pertencente à mediatriz, tal que:
d(P, A) = d(P, B) ⇔ [d(P, A)]2 = [d(P, B)]2 ⇔ (x − 1)2 + (y − 1)2 = (x − 2)2 + (y − 2)2
x2 − 2x + 1 + y 2 − 2y + 1 = x2 − 4x + 4 + y 2 − 4y + 4 ⇔ −2y + 4y = −4x + 4 + 4 + 2x − 2 ⇔ 2y = −2x + 6 ⇔
y = −x + 3
A reta s é a reta cuja equação reduzida é y = −x + 3.

Resposta Correcta: (B)

FIM GRUPO I

GRUPO II

1. Considere-se o polinómio P (x) = x3 + 2x2 − (5 + k)x + 10.

1.1. Sabe-se que o resto da divisão inteira de P pelo monómio x + 3 é 40, logo, pelo Teorema do Resto tem-se
P (−3) = 40, vindo que:
P (−3) = (−3)3 + 2(−3)2 − (5 + k) × (−3) + 10 = −27 + 18 + 15 + 3k + 10 = 16 + 3k
E então tem-se:
P (−3) = 40 ⇔ 16 + 3k = 40 ⇔ 3k = 24 ⇔ k = 8
Desta forma P (x) = x + 2x2 − (5 + 8)x + 10 = x3 + 2x2 − 13x + 10.
3

1.2. De forma a fatorizar o polinómio P (x) necessitamos de encontrar todas as raı́zes do polinómio. Sabe-se
que x = 1 é uma raı́z simples de P , pelo que podemos aplicar a Regra de Ruffini, vindo:
1 2 − 13 10
1 1 3 − 10
1 3 − 10 0

Vindo então que P (x) = (x − 1)(x2 + 3x − 10), pelo que encontrando as raı́zes de x2 + 3x − 10 termina-se
a fatorização de P , e então:
p √
2 −3 ± 32 − 4 × 1 × (−10) −3 ± 49 −3 ± 7
x +3x−10 = 0 ⇔ x = ⇔x= ⇔x= ⇔ x = 2 ∨ x = −5
2×1 2 2
E então tem-se que x2 + 3x − 10 = (x − 2)(x + 5), e então conclui-se que P (x) = (x − 1)(x − 2)(x + 5).

Prova 2 – 10o Ano – 2015/2016 • Página 2/5 SINAL + | Nuno Miguel Guerreiro
 1.3. Pretende-se resolver, em R, a inequação P (x) ≤ 0. Tendo já obtido a fatorização de P e sabendo que
as raı́zes de P são x = 1, x = 2 e x = −5 é fácil obter a solução da inequação usando uma tabela de
sinais.
x −∞ −5 1 2 +∞
x−1 − − − 0 + + +
x−2 − − − − − 0 +
x−5 − 0 + + + + +
P (x) − 0 + 0 − 0 +

E então conclui-se que P (x) ≤ 0 para x ∈ ] − ∞, −5] ∪ [1, 2].

2. Considere-se os pontos P (4, 1), C(−2, −3), a reta t cuja equação reduzida é y = mx+ 32 , a reta r cuja equação
vetorial é (x, y) = (−2, −3) + k →
−
u , k ∈ R, e ainda a reta s de equação y = − 41 x + 1.
2.1. Tendo em conta que o ponto P (4, 1) pertence tanto à reta t como à reta r, pode-se determinar m e →
−
u.
Ora, m é facilmente obtido tendo em conta então que:
3 1
1=4×m+ ⇔m=−
2 8
E tem-se que a reta t é a reta cuja equação reduzida é y = − 18 x + 32 .
Tendo em conta → −u = (a, b), determinando o declive de r pode-se determinar um par de valores (a, b),
tal que o declive de r é ab , vindo então que o declive mr pode ser obtido tendo em conta que r passa
em (−2, −3) e em (4, 1):
1 − (−3) 4 2
mr = = =
4 − (−2) 6 3
→
−
Pelo que se pode ter a = 3 e b = 2 e então u = (3, 2).

2.2. Pretende-se determinar a equação da circunferência cujo segmento de reta [P C] é um diâmetro.

Esta circunferência tem centro no ponto médio do segmento, M , tal que:
 
4 + (−2) 1 + (−3)
M= , = (1, −1)
2 2

O raio da circunferência será metade da distância d(P, C), vindo que:

√
36 + 16 √
p
d(P, C) (4 − (−2))2 + (1 − (−3))2
r= = = = 13
2 2 2
√
Desta forma a equação da circunferência é (x − 1)2 + (y − (−1))2 = ( 13)2 , i.e, (x − 1)2 + (y + 1)2 = 13.

2.3. Para determinar a condição da região a sombreado determine-se a equação reduzida da reta r. Sabe-se
que mr = 23 da alı́nea 2.1, pelo que a equação reduzida será da forma y = 23 x + b, e uma vez que passa
no ponto P (4, 1), vem 1 = 23 × 4 + b ⇔ b = − 53 , e uma equação reduzida da reta r é y = 32 x − 53 .
A condição é então:
1 3 2 5
y ≥ −1 ∧ x ≥ −1 ∧ x2 + y 2 ≥ 1 ∧ x2 + y 2 ≤ 4 ∧ y ≤ − x + ∧ y ≥ x −
| {z } 8 2 3 3
1 ≤ x2 + y 2 ≤ 4
| {z }
Coroa Circular

2.4. A reta s é a reta de equação y = − 41 x + 1, pelo que as intersecções com os eixos coordenados são:
• Eixo xx: Para y = 0, vem 0 = − 41 x + 1 ⇔ 1 = 14 x ⇔ x = 4, correspondente ao ponto (4, 0) que é
um vértice da elipse E.
• Eixo yy: Para x = 0, vem y = − 14 × 0 + 1 = 1, correspondente ao ponto (0, 1), que é um vértice da
elipse E.
A equação da elipse E é facilmente obtida tendo em conta que a = 4 e b = 1, vindo então que a equação
2
da elipse E é x16 + y 2 = 1.

Prova 2 – 10o Ano – 2015/2016 • Página 3/5 SINAL + | Nuno Miguel Guerreiro
3. Considere-se os pontos A(a2 , 1), B(b2 , 3) e P (a, b), em que a e b são constantes reais.
3.1. Considere-se a = 2 e b = 1, tal que A(4, 1), B(1, 3) e P (2, 1).
−→ −→
3.1.1. O espaço geométrico cujos pontos distam, no máximo OA + AP de P , é o cı́rculo de centro em

−→ −→ −→ −→ −−→
P e cujo raio, r, é OA + AP . Tendo em conta que OA + AP = OP , vem que:

−→ −→ −−→ p √
r = OA + AP = OP = (2 − 0)2 + (1 − 0)2 = 5

O espaço geométrico pretendido é então descrito pela equação:

√
(x − 2)2 + (y − 1)2 ≤ ( 5)2 ⇔ (x − 2)2 + (y − 1)2 ≤ 5
2 y2
3.1.2. Consideremos a elipse de equação xk + 9 = 1, em que k é um número real não nulo. Sabe-se que
o ponto P (2, 1) pertence à elipse, logo:

22 12 4 8 9×4 9
+ =1⇔ = ⇔k= =
k 9 k 9 8 2
9
Desta forma conclui-se que k = 2 < 9, logo o eixo maior está sobre o eixo Oy.
2 2
Nota: Uma elipse cuja equação cartesiana é x
a2
+ yb2 = 1, com a e b constantes reais não nulas, tem o eixo maior
sobre o eixo Ox se a2 > b2 e o eixo maior sobre o eixo Oy se a2 < b2 .
√
3.2. Considere-se agora a = b = 2, tal que A(2, 1) e B(2, 3), vindo que a reta AB é a reta x = 2. A reta
2 2
AB interseta a elipse x4 + y9 = 1 num só ponto que é o vértice desta sobre o semieixo positivo Ox.
Repare-se que:
22 y2 y2
+ =1⇔1+ = 1 ⇔ y2 = 0 ⇔ y = 0
4 9 9
Pelo que a interseção da reta AB com a elipse é o ponto (2, 0).

3.3. Considere-se agora o ponto médio do segmento [AB], M , cujas coordenadas são:
 2
a + b2 3 + 1
  2
a + b2

M= , = ,2
2 2 2

Se o ponto M pertence à bissectriz dos quadrantes ı́mpares então tem-se que xM = yM e então:

a2 + b2
= 2 ⇔ a2 + b2 = 4
2
Repare-se que se a2 + b2 = 4, então o ponto P (a, b) pertence à circunferência de centro na origem e raio
2, de equação x2 + y 2 = 4, uma vez que as coordenadas deste verificam a condição da circunferência.

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4. Represente-se, no referencial o.n xOy em baixo, o conjunto definido pela seguinte condição:

x2
x2 + y 2 ≤ 4 ∧ + y2 ≥ 1 ∧ y ≥ x ∧ x ≥ 0
16

5 y=x

3
x2 + y 2 = 4
2
R
x2
16
+ y2 = 1
1

x
−5 −4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4 5

−1

−2

−3

−4

−5

A região solução do problema, R, é a região a sombreado.

FIM GRUPO II

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