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BOLETIM DE Nº 33

CONHECIMENTO março 2017


TÉCNICO

CASE STUDY: ZAP ESTÚDIOS


EM LUANDA, ANGOLA
A empreitada tem como objetivo a construção de estúdios para a ZAP TV, que pretende ter uns
espaço para realização de gravações de programas diários
// pág. 02

SOCIMORCASAL ANGOLA SUGERE ENGENHARIA


SISTEMAS COMPLETOS PARA O OS VIDROS CURVOS NAS EMPREITADAS
ASSENTAMENTO DE LVT CASAIS ANGOLA
// pág. 10 // pág. 12

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

ANGOLA
DIREITO A FALAR
ENGENHARIA
INCOTERMS: O QUE SÃO E
AÇOS INOXIDÁVEIS EM SERRALHARIAS
// pág. 17
PARA QUE SERVEM
// pág. 21

“O Engenho” é um Boletim de Conhecimento Técnico Mensal, os conteúdos não podem ser reproduzidos ou copiados sem a devida autorização dos autores.
Todos os direitos reservados. Grupo Casais © 2017 www.casais.pt | www.casaisnet.casais.pt
Boletim de Conhecimento Técnico Nº 33/2017

CASE STUDY:
ZAP ESTÚDIOS EM
LUANDA, ANGOLA

A empreitada tem como objetivo a construção de estúdios para a ZAP


Jorge Gonçalves TV, que pretende ter um espaço para realização de gravações de progra-
Departamento Produção mas diários, onde existem várias salas técnicas de tratamento de som,
tratamento de imagem, regies, open space estúdios, entre outros.

A empreitada foi dividida em duas fases:

1ª Fase - Betão armado e estrutura metálica. Nesta fase a obra foi


adjudicada ao consórcio Martifer / Casais Angola, sendo que o líder
de consórcio foi assumido pela Casais Angola. Os trabalhos foram
divididos em Betão armado a executar pela Casais Angola e estrutura
metálica a executar pela Martifer.

2ª Fase - Acabamentos e instalações: foi criado um novo consórcio


entre Casais Angola, Eletro Ideal Angola, Hidroangola e Martifer, sendo
que o líder de consórcio continuou a ser a Casais Angola. Nesta fase o
Grupo Casais entra com as três empresas na empreitada em separado
sendo que a única empresa externa ao grupo é a Martifer.

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GESTÃO CONTRATUAL ENTRE CONSÓRCIO E Estúdios


DONO DE OBRA Estúdio Virtual Piso -1
Uma vez que na fase comercial não chegou a existir
fisicamente um contrato que ligasse os compromissos Estúdios com uma dimensão de 90 m2, pé direto útil de
das empresas, foi necessário, em obra, criar critérios de 4.80 metros.
comunicação. Foram então estabelecidas as seguintes
regras de funcionamento entre consórcio e consórcio/ • Paredes - Lã de rocha de 40 mm com 70Kg/m3 +
dono de obra: Bloco de 25 + reboco tradicional com 20mm + Tonga
de 40mm (entre montantes) + estrutura de gesso car-
As comunicações entre o consórcio e o dono de obra tonado de 48 mm e gesso cartonado perfurado R8/18
passaram a ser obrigatoriamente enviadas diretamen- por cima deste revestimento em tecido.
te pelo diretor de obra da Casais Angola com o conhe-
cimento as pessoas que estavam com intervenção no
processo.

Esta medida teve como base estancar informação


paralela entre as partes envolvidas, pois impediu que o
dono de obra e/ou fiscalização transmitisse informação
a uma das partes ocultando essa informação à outra e
garantir que o líder de consórcio gerisse o contrato e a
informação que transitava entre as partes.

Em relação às comunicações e reuniões de consórcio


existia uma reunião semanal, para se acerar planea-
mento, importações e preparações de obra, sendo que
um dos principais focos eram as importações.

DESCRIÇÃO DO EDIFÍCIO Estúdio virtual

• Cave - Sala de montagem de cenários, dois estúdios,


regies, camarotes, balneários, open space, salas de
gravação áudio, salas de tratamento imagem/som e
balneários;
• Piso 0 - Estúdio principal, Instalações sanitárias (I.S.),
Camarins e Hall principal;
• Piso 1- Camarins VIP, I.S., regies, sala de reuniões;
• Piso 2 - Regies, salas técnicas (bastidores), copa, I.S.,
sala de reuniões e Gabinetes;
• Piso 3 - Sala de quadros GTC, Sala de quadros
Energia, Sala de UPS e bastidores, Zona técnica de
equipamentos de AVAC (UTAS E BOMBAS, Unidades
exteriores), zona técnica do estúdio principal (CABLE-
NET)
• Piso 4 - Zona técnica de Avac (Utas estúdio principal,
Chillers), cobertura estúdio principal.

Para este documento vamos identificar alguns dos


locais e equipamentos que tiveram um tratamento es-
pecífico e/ou que foram um desafio à equipa que esteve Imagem das sancas curvas na junção de parede e pavimento

envolvida neste projeto tão importante para o Grupo


Casais como para o cliente.

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• Tetos - As condutas foram todas isoladas com iso-


lamento de 80 mm de espessura com lã de rocha de
100Kg/m3 e a envolver as condutas foram criadas
forras em gesso cartonado envolvendo a totalidade
das condutas com duas placas de gesso cartonado
de 13 mm e uma membrana de mad 4. O Teto foi exe-
cutado em acousticsheed de 40 mm, abaixo deste teto
foi criada uma estrutura em tubular para colocação
das estruturas de apoio ao estúdio.

Estúdio Principal pinturas e revestimentos

Este estúdio tem uma particularidade: nas zonas de


projeção não pode existir linhas muito visíveis, por isso
foi necessário proceder à execução de zonas redondas
tanto na vertical como na horizontal. O Estúdio acabou
por ser realizado em gesso cartonado perfurado para
melhorar o comportamento acústico, uma vez que nos
estúdios existentes os técnicos de som não estavam
satisfeitos com o sistema que está instalado.
Estúdio Real

• Pavimento - Laje flutuante de 10 cm de espessura em


betão afagado sobre membrana resiliente CDM 10/8 Estúdio real Piso -1
o acabamento é epóxi pintado.
Estúdios com uma dimensão de 132 m2, pé direito até à
teia de 3.80m e até ao teto 4.10m.

• Paredes - Lã de rocha de 40 mm com 70Kg/m3 +


Bloco de 25 + reboco tradicional com 20mm + estru-
tura de gesso cartonado de 48 mm preenchida com
lã de rocha de 40 mm e 70Kg/m3 gesso cartonado
perfurado R8/18 até 1.50 metros de altura, a restante
parede com 50 % de painéis de tonga de 22mm e 50%
de gesso cartonado de 13 mm.

Os tetos e o pavimento tem a mesma constituição.

Estúdio Principal colocação do CDM Colocação da armadura laje flutuante


MTA Estúdio Principal

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Estúdio Principal Piso 0

Estúdios com uma dimensão de 1050 m2, pé direto


útil de 16.00 metros até ao Cablenet e 18 metros até a
cobertura.

• Paredes - Neste estúdio temos contacto com o


exterior / fachada do edifício que foi realizada pela
Martifer.

A constituição do exterior para o interior é a seguinte:


Chapa lacada a preto + lã de rocha de 30 mm com
100Kg/m3 + Chapa lacada a branco + Danofon 28mm
+ lã de rocha de 80 mm com 100Kg/m3; Chapa lacada
a branco + Estrutura de gesso cartonado 70 mm fixa
entre madres C de 2 em 2 metros de altura fixas em Fachada exterior revestimento e isolamento final
apoios CDM WH 350 + Placa de 15 mm + mad4 +Placa
de 15 mm + Danofon 28mm + placa de 15 mm em cer-
ca de 30% da área placas de acousticsheed de 50mm e
em cerca de 10% da área acousticsheed 80mm.

Imagem geral do estúdio principal com diferentes fases da execução paredes


interiores (Esquerdo: aplicação da segunda MAD 4; Frente: inicio da montagem da
primeira MAD 4; Direito: preparação para montagem de estrutura)

• Pavimento - A constituição do pavimento é igual aos


restantes estúdios.
• Tetos - A cobertura foi impermeabilizada por tela
TPO e o isolamento foi com lã de rocha de 100 mm
com 150Kg/m3 apoiada sobre chapa. A estrutura da
cobertura foi realizada em madre max que apoiavam
Apoio CDM WH 350 nas treliças da estrutura principal.

Sistema de suporte da parede interior e constituição Cobertura estúdio aplicação de tela anti condensação,
lã de rocha e tela impermeabilizante.

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Estúdio principal zona do cablenet

Regies e salas de tratamento de som e imagem.

• Tetos - Nestas salas os tetos tiveram tratamento


especial, existindo dois tetos um sobre o outro e com
características acústicas totalmente diferentes.

Tela final com aspeto das primeiras chuvas.


• Teto de massa - Estes tetos foram instalados a 5 cm
da laje, tendo uma constituição com placa de gesso
cartonado de 15mm + Danofon 28mm + Placa de
Tetos acústicos foram realizados a seguinte constitui- gesso 18mm + mad 4 + Placa de gesso de 15 mm a
ção: Lã de rocha de 40mm com 70 Kg/m2 com duas estrutura de suporte estava ligada por apoios CDM
placas gesso cartonado de 13 mm com uma caixa-de-ar CC40.
de 50 mm à cobertura. Sobre este teto foi realizado um
teto em acousticsheed de 50 mm.

Apoio CDM CC40

Teto do estúdio Principal

• Cablenet - Esta é a zona técnica de trabalho sobre o


estúdio, esta “plataforma” está a 16 metros de altura
do estúdio e é suportada por tirantes as treliças da
estrutura principal, foram produzidos moldes com Constituição teto de massa
perfil UPN com malha quadrada eletrosoldada de
10mm com espaçamento de 15 cm na envolvente
com dimensões e estereotomia que fossem de en-
contro as instalações de insuflação do ar do estúdios.

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• Teto real - constituído por teto perfurado R8/18 e la


de rocha de 40mm com 70Kg/m3.

• Pavimentos - Os pavimentos foram diversificados


nestas salas. No piso -1 foi colocado vinílico com pro-
priedades acústicas, no piso 0 colocada alcatifa e, no
piso 2, foi colocado pavimento técnico com vinílico,
sendo que a componente acústica foi o que teve mais
peso na definição do material a aplicar / Aprovação
da FAME.

• Paredes - As paredes foram constituídas em gesso


cartonado e variavam de constituição conforme os
compartimentos no mínimo as paredes tinha a seguin-
te constituição: uma placa de gesso cartonado 13 mm
Sala de gravação de áudio revestimentos em MDF lacados e
+ mad 4 + placa de gesso cartonado de 13 mm + dois atenuadores acústicos
montantes preenchidos com lã de rocha de 40mm e
com 70Kg/m3 + Placa de gesso cartonado de 13 mm Foram montados ainda visores acústicos em salas de
+ Mad4 + placa de gesso cartonado de 13 mm. gravação de áudio com 50 dB e portas acústicas de 51
dB e 49 dB.

Corte de parede (Sem caixa de ar, protótipo)

Porta acústica
As paredes eram ainda revestidas em forras de car-
pintaria em MDF, lacado com um lambrim e ripado de
madeira, sobre este estava tonga de 40mm e/ou de 22
mm espessura.

Visor acústico

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• Impermeabilizações de Tubos exteriores - Foram


impermeabilizados os tubulares que saem fora do
alinhamento do edifício com SIKA Multiseal.

Esta impermeabilização está a realizar estanquicida-


de na ligação de duas estruturas metálicas, chapa de
revestimento e outra em aço de 10 mm de espessura
em formato de tubular. As peças apresentam transições
irregulares nas ligações e não são iguais em toda a
fachada. Ambas as peças a interligar estejam pintadas
de preto, o que aumenta a temperatura das peças, que
vai ser distinta da chapa e do tubular.

Estúdio Principal portão seccionado

• Zonas técnicas e apoios de UTAS e Chillers - Nos


apoios da UTAS e dos Chillers foi implementado o
sistema CDM MONT 100. Este sistema permite criar
uma laje totalmente suspensa da laje estrutural, dimi-
nuindo as vibrações que os equipamentos
Vista exterior do edifício

Instalação apoios CDM MONT 100 Aplicação do aperto dos apoios

Aplicação da impermeabilização do SIKA


MULTISEAL

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As instalações mecânicas tiveram também tratamentos As descrições realizadas acima, bem como as especifi-
acústicos específicos: foram instalados atenuadores cações técnicas da empreitada, tiveram de ser estuda-
acústicos no compartimento com tratamento acústico das e preparadas pelas direções de obra. A acrescer
mais específico, regies, sala de tratamento de som e a esta situação, o prazo da empreitada era de apenas
imagem e estúdios. cinco meses em que 85 % dos materiais e equipamen-
tos tiveram de ser adquiridos fora de mercado Angola-
As condutas também tiveram um tratamento especial. no, o que interfere, na maior parte das vezes, na hora da
Para além do isolamento ter uma espessura e uma decisão do caminho a seguir na empreitada.
densidade consideravelmente acima do normalmente
utilizado em Angola, foram ainda acrescentadas isola- Destaco neste processo o empenho e dedicação das
mento de MAD 4 a envolver a conduta. empresas do Grupo Casais, Hidroangola e Eletro Ideal
Angola e do nosso parceiro Martifer.

Isolamento de condutas do com MAD 4

• Caixilharias - As caixilharias foram instaladas pela


Martifer sendo que dois vãos eram corta-fogo e o da
entrada principal tinha uma zona com vidros redondos.

Envidraçado entrada principal com vidros curvos

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S OC I M OR C A SA L A N GOLA SU GE R E . . .

SISTEMAS
COMPLETOS PARA O
ASSENTAMENTO DE LVT

António Graça Quer se trate de edifícios comerciais, hoteleiros ou


Socimorcasal Angola
industriais, a primeira coisa que impressiona as pes-
soas que frequentam estes espaços é, seguramente,
o design. A criação de uma atmosfera adequada é o
resultado de opções estéticas e funcionais que podem
coexistir em perfeita harmonia.

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As coleções de LVT (Luxury Vynil Tiles) oferecem uma ampla gama de acaba-
mentos efeito pedra, cimento ou madeira, e estão disponíveis em ladrilhos ou
laminados: permitem realizar pavimentos atrativos, práticos, com elevadas
prestações e com um número infinito de soluções criativas. A ampla gama de
coleções LVT revela um mundo de emoções, estilos e estados d’alma garantin-
do, ao mesmo tempo, elevadas prestações em termos de durabilidade.

Os LVT são a opção ideal para contextos residenciais, mas também para os
comerciais (incluindo aqueles com elevado tráfego) e da coletividade, como
escolas, hospitais, centros sanitários e pontos de venda, porque garantem um
maior nível de durabilidade. As diferentes tipologias de LVT (de colar, auto assen-
tamento, com clique ou autoadesivos) permitem oferecer pavimentos que se
tornam uma solução de grande ajuda para o cliente e o projetista que devem
escolher a pavimentação adaptada às suas exigências específicas. As coleções
de LVT permitem de encontrar “uma aplicação adaptada para cada exigência”.

A Mapei está atenta às novas tendências dos materiais e às exigências a estas


ligadas, e está também preparada para propor uma gama de sistemas que
suportam tecnicamente e completam o assentamento de pavimentos LVT. Solu-
ções que garantem sistemas de assentamento fiáveis e duradouros, conformes
aos princípios de eco sustentabilidade certificada, no pleno respeito dos progra-
mas internacionais para salvaguardar o ambientes e a saúde do aplicador.

Consultar as características técnicas e a gama de produtos ↘ AQUI.

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ENGENHARIA

OS VIDROS CURVOS
NAS EMPREITADAS
CASAIS ANGOLA

Ângelo Gonçalves 1. CAIXILHARIA COM VIDROS CURVOS NA CASAIS ANGOLA


Departamento de Produção Os vidros curvos nas empreitadas Casais Angola são cada vez mais
uma realidade de mercado, e uma opção utilizada cada vez mais por
projetistas nos diversos projetos.

As curvas em vidros estão em alta. Projetos que utilizam vidros curvos


são frequentes no setor da construção civil, de refrigeração, de instala-
ção comercial e indústria de mobiliário.

Na construção civil, o vidro curvo leva visível vantagem sobre outros


materiais.

Devido à durabilidade, o vidro oferece um aspeto visual nobre por muito


tempo, não perdendo a tonalidade e resistência à abrasividade.

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ENGENHARIA

À data existiram duas empreitadas que comportaram a


existências de vidros curvos nas caixilharias, nomeada-
mente:

MCC Building Construction, na Funda Estúdios ZAP, Talatona em Luanda

Fachada principal – vidros curvos Entrada Principal – vidros curvos

Fachada lateral esquerda – vidros curvos Vista Interior – vidros curvos

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ENGENHARIA

Num mercado como o de Angola, este tema implica Esta nova série de vidros curvos direcionados a cons-
uma dificuldade acrescida por diversos motivos por trução civil demonstra os avanços tecnológicos no
exemplo: campo da indústria dos componentes translúcidos e
• Primeiro, não existem fábricas em Angola que produ- transparentes; visando atender um mercado promissor
zam este tipo de vidros; e carente de novos produtos.
• Segundo, uma falha de preparação ou de produção
pode repercutir-se drasticamente no prazo de uma Feitos por um processo de laminação a altas tempera-
empreitada; turas, como já referido, ou na versão monolítica; atin-
gem espessuras que variam de 3 a 10mm (monolítico)
e de 6 a 20mm (laminado).

2. INFORMAÇÕES TÉCNICA DE VIDROS CURVOS Os raios podem ser, 650; 1500; 2000; 3000; e 5000 mm,
Falando de forma geral dos vidros curvos, estes pos- sendo que o maior arco atinge 1800mm e a maior al-
suem aplicações em diversos setores. Na arquitetura, tura 2700mm (com flecha máxima de 650mm). Outras
os vidros podem ser curvados para acompanhar a medidas são possíveis, sob encomenda. Aliás o que se
fachada de edifícios. Podem ainda ser utilizados em tem verificado é que quanto mais o mercado se mostra
claraboias ou coberturas, pois possuem uma durabi- recetivo e exigente, mais os fabricantes aliam tecnolo-
lidade muito superior a dos policarbonatos. No setor gia e pesquisa na tentativa de confecionar novos produ-
de Decoração e Mobiliário, os vidros curvos podem ser tos desta gama, que venham suprir essa demanda.
utilizados em portas de estantes, racks e em muitas
outras aplicações. Existem vários tipos de vidros curvos:

Fabricação Vidro Curvo Comum


A 800º C a mistura atinge o estado pastoso e a 1000º C Um vidro curvo é um vidro Float que é colocado sobre
funde-se. um molde (matriz) de aço (comum ou inoxidável) a uma
temperatura de 650º. Em seguida o vidro é resfriado
Cores lentamente para evitar tensões e garantir um melhor
Incolor, Fumê, Bronze, Verde. resultado na curvatura, isso porque, há fornos de
curvatura para vidros que serão aplicados nas áreas
Por exemplo, os revestimentos Sunguard, que podem específicas.
ser tratados com calor, são estáveis termicamente e
vêm sendo utilizados em aplicações de vidro curvo. Vidro Curvo Temperado
Nessas aplicações, eles preservam as suas proprieda- O diferencial do vidro temperado curvo é a variedade
des estéticas e óticas e também o seu desempenho. de aplicações que podem ser realizadas. Em projetos
Baseando-se no revestimento, aplicações, côncavo vs arquitetónicos, tais vidros podem ser curvados para
convexo e raios diferentes, podem ser determinadas acompanhar a fachada dos edifícios, como no caso das
as restrições de curvatura. A aplicação dos produtos Empreitadas da Casais Angola já descritas. Além disso,
Sunguard em curva devem ser somente realizados pe- também são utilizados em claraboias ou coberturas,
los Processadores Sunguard Select, e é recomendável justamente por possuírem durabilidade superior.
a fabricação de um modelo em tamanho real que seja
observado antes da aprovação final. Vidro Curvo Laminado
Combinando um design arrojado e alto grau de resistência,
Sob determinadas condições, todos os tipos de vidro o vidro laminado curvo é uma solução versátil, que pode
SGG ANTELIO, SGG REFLECTASOL ou SGG COOL-LITE ser aplicado em ambientes residenciais e comerciais.
ST podem ser curvados (*) em fornos de aquecimento
elétrico. É desaconselhável o aquecimento a gás.

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ENGENHARIA

Vidro Curvo Laminado Temperado grande admiração a todos os envolvidos na empreitada,


Altamente resistente contra choque mecânico, flexão bem como entidades e pessoas visitantes, ou que colabo-
e choque térmico, o vidro laminado temperado curvo raram na empreitada referente a outras especialidades.
também é uma excelente opção de decoração.
Como o prazo da empreitada era bastante reduzido
É desenvolvido sempre por dois ou mais vidros unidos, - seis meses - a Casais Angola, dentro dos vários par-
ou ainda, por dois ou mais PVBS (tanto incolor como ceiros com quem trabalha, decidiu optar pela Empresa
colorido). Pode ser fornecido como vidro temperado, SMA, que conferia uma confiança, quer a nível de quali-
laminado, em unidades de duplo envidraçamento, com dade, quer a nível de capacidade de prazos.
vidros de controlo solar, serigrafados, entre várias
outras opções. O projeto previa Vidro Duplo Coolite ST 136 II 6 mm + cx
16 mm + Planitherm Laminado Ultra N 44, 1 mm.
As dimensões são variáveis em função dos parâmetros.
E podem ser: raio, flecha, espessura, arco, formas. A encomenda foi elaborada pelo nosso parceiro das ser-
ralharias de alumínio à empresa o Vitro Chaves – indús-
Porém, hoje em dia, é possível conseguir resultados tria de vidro S.A em Portugal, que recorreu ao fabricante
satisfatórios com todas as formas de curvaturas sobre Carbolan, em Espanha. Ficamos a saber que a fabricar/
dois eixos diferentes. trabalhar este vidro a 100% no ramo da Arquitetura,
existem somente cerca de quatro a cinco empresas a
O vidro laminado temperado curvo é um produto versátil nível da Europa. Infelizmente, todo o material (alumínio,
e que pode ser aplicado em ambientes exteriores e inte- vidros retos, acessórios) chegaram ao estaleiro de obra
riores, o que o torna uma excelente opção para arquite- a tempo, com exceção dos vidros curvos, que chegaram
tos e projetistas criarem formas e desenhos complexos. mais tarde, e alguns dos vidros curvos chegaram parti-
dos. Houve também alguns vidros curvos que, embora
Vidro Curvo Insulado não pela preparação estar errada, chegaram com ano-
Assim como os modelos de vidro comum e termo acús- malias de fabrico, detetadas somente em Angola. Em
tico, o vidro insulado curvo também apresenta grande 19 vidros curvos dois chegaram partidos, e um chegou
resistência contra variações de temperaturas e ainda com a anomalia de curvatura, como se pode verificar na
proporciona conforto acústico. fotografia c) e d).

Porém, o grande diferencial desse modelo é versatilida-


de de aplicações, principalmente para complementar o
envidraçamento em fachadas de prédios. Essa van-
tagem faz do vidro insultado curvo uma solução sob
medida para manter um ambiente confortável e ainda
preservar e valorizar a fachada de prédios comerciais e
residenciais.

3. CASOS PRÁTICOS EMPREITADAS CASAIS ANGOLA


A empreitada MCC Building Construction teve um projeto
cujas fachadas em caixilharia/vidro contemplavam em
vários planos e formas de vidros curvos.

A geometria dos vãos exteriores era algo que causava

Vidro com anomalia de fabrico

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ENGENHARIA

Em conjunto, encontrou-se uma solução provisória


que consistiu na aplicação de umas chapas de acrílico,
em todos os vãos curvos que chegaram partidos, e o
vidro curvo com anomalia, foi mesmo colocado no sítio,
tendo sido substituído posteriormente. Esta solução
provisória foi aprovada pelo cliente.

Sobre a empreitada dos Estúdios ZAP, todos os vidros


curvos foram encomendados e chegaram ao estaleiro
de obra intactos, e sem qualquer anomalia quer de fabri-
co, quer por má preparação, tendo sido um sucesso à
primeira. A empreitada em causa é em consórcio, e foi a
nossa consorciada Martifer, que efetuou todo o trabalho
de alumínios. Tendo em conta o histórico da obra da
Funda, o receio da equipa era evidente, pois uma ano-
malia de fabrico no vidro implicaria com a conclusão do
prazo da empreitada.

Pormenor de vidro com anomalia de fabrico


O vidro de projeto era o vidro Temperado do Tipo SGG
Cool-Lite SKN 074 II em base Diamant com 10mm, Cai-
xa de 16mm com árgon, Vidro Laminado do Tipo SGG
Esta anomalia ocorreu devido a problemas com os mol- STADIP Silence 55.2 base em base tipo SGG Diamant.
des que o fabricante utilizou para a sua execução. Este
facto aconteceu porque houve esse recurso a moldes
manuais e não mecânicos. Como o vidro tinha alguma
dimensão, basta uma diferença mínima por exemplo de
1º no raio, para causar esta ocorrência.

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ENGENHARIA

AÇOS INOXIDÁVEIS EM
SERRALHARIAS

Carlos Vaz Considerado o “ouro” das serralharias, o emprego deste tipo de material
Metalser valoriza e marca todo o cenário da sua envolvência. Cada vez mais
requisitado no mercado Angolano, este tipo de material apresenta-se
como uma opção de requinte com a capacidade de evitar problemas
associados a outras ligas, mas com exigências de produção particula-
res e preços de mercado bastante elevados.

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ENGENHARIA

dores de calor, plataformas de perfuração, indústria de


lacticínios, tratamento de águas residuais, etc.

O aço inox do tipo 304 é um aço austenítico com um


teor mínimo de 18 % de crómio, 8 % de níquel, e um má-
ximo de 0,08 % de carbono. É um aço não magnético,
não suscetível de endurecimento por tratamento térmi-
co, mas em alternativa pode ser deformado a frio o que
implica aumento da resistência à tração se for utilizado
no estado deformado ou encruado. Este aço é muito
utilizado na indústria alimentar em meios condutores
com necessidades higiénicas.

Em ambientes mais agressivos é usual optar pelo


aço inox tipo 316. Este é também um aço austenítico
Guarda Interior Aço Inox
não-magnético e, tal como o tipo 304, não permite o
endurecimento térmico. O teor máximo de carbono é
igualmente inferior a 0,08 % e o de níquel ligeiramente
superior (10-14 %) ao do tipo 304 e adicionalmente
Aços Inoxidáveis - O que são? tem cerca de 2,5 % de molibdénio que pode melhorar a
Os aços inoxidáveis são ligas de ferro (Fe), carbono (C) resistência à corrosão em meios com cloretos. Devido
e crómio (Cr) com um mínimo de 10,5% de Cr. O princí- ao teor de níquel superior, pode ser endurecido a frio
pio dos aços inoxidáveis baseia-se na capacidade que com uma menor velocidade de deformação compara-
o Crómio tem de formar na presença do Oxigénio uma tivamente ao tipo 304. No estado recozido apresenta
fina película superficial de óxido de crómio, caracteri- excelente ductilidade e pode ser facilmente estirado
zada por uma excecional resistência aos ataques dos e dobrado. As partes mais deformadas ou encruadas
agentes químicos e atmosféricos. devem de ser recozidas para remover tensões. Existem
variedades destes aços, referidas respetivamente por
Aços Inoxidáveis – Propriedades? 304L e 316L, em que é imposto um teor em carbono
Os aços inoxidáveis são classificados de acordo com inferior a 0,03 % para evitar a ocorrência de corrosão
a sua estrutura e os aços da série 300 sendo os mais intergranular, nomeadamente devido à precipitação de
usuais em serralharias (designação AISI) apresen- carbonetos.
tam uma estrutura austenítica, pelo que, além do teor
mínimo em crómio necessário para garantir a resis- Aços Inoxidáveis – Características
tência à corrosão, têm de conter também elementos • Facilidade de limpeza
promotores da estrutura austenítica como o carbono, • Baixa rugosidade superficial
o níquel, o manganês ou o cobre. Os aços inox da série • Aparência higiénica
300 contêm na sua composição essencialmente ferro, • Material inerte
teores relativamente baixos de carbono (0,02-0,10 %), • Facilidade de conformação e de união
forte promotor da estrutura austenítica, um teor em • Resistência a altas temperaturas
crómio superior a 11,5 % e teores relativamente altos de • Resistência a temperaturas criogénicas
níquel, normalmente superiores a 8 %. Trata-se de uma (abaixo de 0 °C)
família de ligas com elevada resistência à corrosão e • Resistência às variações bruscas de temperatura
boas propriedades mecânicas que os tornam aptos a • Acabamentos superficiais e formas variadas
serem usados como material de construção em vários • Forte apelo visual (modernidade, leveza e prestígio
ambientes agressivos, tais como, sistemas de permuta- • Relação custo / benefício favorável

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ENGENHARIA

• Baixo custo de manutenção Acabamento Escovado


• Material reciclável Este tipo de acabamento é o mais usual onde as super-
• Durabilidade fícies apresentam “linhas paralelas” orientadas segundo
o mesmo sentido.
Produção de Serralharias com este tipo de liga
A produção de serralharias com aços inoxidáveis está
logo à partida condicionada pela disponibilidade de
mão-de-obra extremamente especializada neste tipo
de material. As capacidades técnicas de um serralheiro
de aço inox são bastante exigentes. A utilização de pro-
fissionais não conhecedores deste material específico
resulta em condicionantes graves ao nível da sua produ-
ção e principalmente na qualidade do seu acabamento
sendo este um requisito elementar na boa execução
deste tipo de trabalho.

A produção deve ser localizada numa zona protegida


do contacto com a produção de outras ligas com o
objetivo de não contaminar o processo com poeiras de
aço carbono. As próprias bancadas devem ser frequen-
temente limpas para evitar a contaminação. Aspeto Acabamento Escovado

O processo de soldadura mais utilizado nos aços inoxi-


dáveis é o TIG - Tungsten Inert Gas Welding. O processo
TIG utiliza como fonte de calor o arco elétrico para Acabamento Polido
fundir metais, através de um elétrodo não consumível Este acabamento é semelhante ao cromado brilhante.
de tungsténio.

Acabamentos em Aço Inox


O tipo de acabamento representa o resultado estéti-
co final do processo produtivo deste tipo de material.
Existem vários tipos de acabamentos aos aços inoxi- Aspeto Acabamento Polido
dáveis mas, em serralharias, os mais comuns são os
seguintes:

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ENGENHARIA

Este tipo de acabamento é obtido através de passagens Caso ocorra um ataque de corrosão localizada por
repetidas de esmeriladoras com consumíveis específi- micro fissuração deve ser solicitado ao subemprei-
cos para o efeito. teiro responsável pela aplicação uma intervenção de
esmerilagem com urgência. Poderão ser necessários
tratamentos mecânicos ou químicos adicionais para
restaurar o acabamento original da superfície.

Acabamentos escovados, que são escolhas populares


para interiores, poderão exibir marcas de dedos no
período imediatamente após a instalação, porém, a vi-
sibilidade das marcas deverá tornar-se menos evidente
após as primeiras operações de limpeza.
Aparelhos de esmerilagem

Para remover marcas de dedos uma solução de água e


sabão ou um detergente não agressivo normalmente é
eficaz.
Limpeza e Manutenção Aço Inox
A primeira limpeza deve ser executada depois da O aço inoxidável com acabamento de superfície tipo
instalação das peças em obra. Posteriormente, devem "polido" poderá ser limpo com produtos de limpeza para
as mesmas ser isoladas com película plástica até à vidros.
receção por parte do dono de obra.
Para as manchas de maior dificuldade de remoção, os
Salpicos de cimento devem ser removidos assim que produtos de limpeza domésticos não corrosivos devem
detetados. Os mesmos devem ser removidos com ser a opção. Estes deverão ser adequados para a remo-
pequenas quantidades de aço fosfórico dissolvido em ção de marcas e descoloração leve.
água. Nunca devem ser utilizados removedores conten-
do ácido clorídrico. Marcas intensas de óleo e graxa poderão ser removidas
com produtos à base de álcool, ou outros solventes tais
Partículas de ferro provenientes de ferramentas, por como acetona. Estes produtos não representam um
contacto com estruturas de aço, ou andaimes tubulares risco de corrosão para o aço inoxidável.
devem ser removidas imediatamente. Limalhas de aço
provenientes de soldaduras, corte, furação e operações Salpicos de tinta poderão ser tratadas com removedo-
de rebarba de aço carbono (não inoxidável) irão oxidar res de tinta alcalinos ou à base de solventes. O uso de
rapidamente. Esta oxidação, em contacto com os aços raspadores ou facas deverá ser evitado, uma vez que
inoxidáveis, irá romper a “camada protetora” do aço a superfície de aço inoxidável logo abaixo poderá ficar
inoxidável, resultando em corrosão localizada por micro arranhada.
fissuração. Nestas situações deve imediatamente ser
realizada uma escovagem leve com escovas domésti-
cas de forma a evitar a contaminação das peças.

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DIREITO A FALAR

Manuel Luís Gonçalves


Departamento Jurídico

INCOTERMS
O que são e para
que servem?
1. DEFINIÇÃO
Toda a venda de mercadorias à distância implica a
definição da modalidade de entrega, da transferência
do risco e da repartição, entre vendedor e comprador,
das despesas relativas às mercadorias.

INCOTERMS é a abreviatura da expressão


“International Commercial Terms”, criada pela
Câmara de Comércio Internacional (ICC) e que
regulamenta as responsabilidades associadas a
processos de transporte e expedição de mercadorias.

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DIREITO A FALAR

No fundo, definem as obrigações de compradores e local exato onde o vendedor deve depositar a
vendedores numa venda que pode ser nacional ou mercadoria e, assim, o local onde o comprador a
internacional. irá levantar.

Com efeito, as operações comerciais internacionais


têm a sua origem num contrato de compra e venda 3. CLASSIFICAÇÃO
efetuado entre o importador e o exportador, no qual Desde 1 de Janeiro de 2011 que está a vigorar a
se estipulam as cláusulas pelas quais a respetiva revisão efetuada internacionalmente em 2010,
operação comercial se irá regular. Os INCOTERMS que regulamenta a repartição dos custos, a
são, por isso, considerados um conjunto de regras responsabilidade dos direitos aduaneiros, o
internacionais de carácter facultativo que a Câmara responsável por potenciais riscos no processo de
de Comércio Internacional reuniu e definiu com base transporte e o local de entrega da mercadoria por parte
nas práticas mais ou menos padronizadas pelos do vendedor.
comerciantes e que basicamente definem o local
no qual o vendedor é responsável pela mercadoria e Atualmente, existem 11 modalidades distintas que
quais são os gastos a seu cargo e que, assim, estarão podem ser utilizadas nas transações comerciais (todas
incluídos no preço de venda. caracterizadas por terem uma sigla de 3 letras):

E - Departure / Partida/
2. FUNÇÕES EXW - Ex works
Na fábrica
As funções dos INCOTERMS são essencialmente as
seguintes: F - Free / Franco / Main FCA - Free Carrier
• Definem a transferência dos gastos: O vendedor carriage unpaid / Transporte FAS - Free Alongside Ship
sabe exatamente qual o momento e o local até aos principal não pago FOB - Free On Board
quais deverá assumir os gastos respeitantes ao
seu contrato de venda e, assim, inclui-los no preço. CFR - Cost and Freight
Este procedimento permite que o comprador CIF - Cost, Insurance,
possa reconhecer exatamente os gastos que C - Cost or Carriage / Coût
Freight
deve acrescentar ao preço de compra para ou Port / Main carriage paid
CPT - Carriage Paid To
poder comparar com outras ofertas nacionais e / Transporte principal pago
CIP - Carriage and Insurance
internacionais. Paid To
• Definem a transmissão do risco: O comprador
sabe exatamente o momento e o local a partir dos D - Delivered / Rendu / DAT - Delivered at Terminal
quais os riscos, em que as mercadorias incorrem Arrival / chegada DDP - Delivered Duty Paid
durante o transporte, são por sua conta. Por esta
razão, os INCOTERMS definem o momento e o
local a partir dos quais a responsabilidade do A estipulação de um INCOTERM deve ser
vendedor acaba e começa a do comprador. Este acompanhada da menção, entre parêntesis, de um
dado é de extrema importância para assegurar a local. Assim, p. ex. “CIF - Incoterms 2010 (Luanda)”
mercadoria. significa que o vendedor deve contratar o transporte
• Definem o local a partir do qual sairá a por via marítima e o seguro das mercadorias até ao
mercadoria: Os INCOTERMS assinalam o porto de Luanda. O local de referência varia de acordo

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DIREITO A FALAR

com a estrutura do INCOTERM: pode ser qualquer local Relativamente ao meio de transporte aplicável, certos
ou um porto, (consoante o INCOTERM seja aplicável a INCOTERMS são exclusivamente adequados ao
todos os meios de transporte ou apenas ao transporte transporte marítimo, tendo outros um âmbito mais
marítimo), podendo ainda ser o local estipulado, o local amplo:
de embarque ou o local de destino.

O quadro a seguir sintetiza as soluções:


Transporte Transporte Transporte Transporte
Marítimo Rodoviário Ferroviário Aéreo
EXW Local estipulado
EXW Sim Sim Sim Sim
FCA Local estipulado FCA Sim Sim Sim Sim

FAS Porto de embarque estipulado FAS Sim Não Não Não

FOB Sim Não Não Não


FOB Porto de embarque estipulado
CFR Sim Não Não Não
CFR Porto de destino estipulado
CIF Sim Não Não Não
CIF Porto de destino estipulado
CPT Sim Sim Sim Sim
CPT Local de destino estipulado CIP Sim Sim Sim Sim

CIP Local de destino estipulado DAT Sim Sim Sim Sim

DDP Sim Sim Sim Sim


DAT Local estipulado

DDP Local de destino estipulado

Quando se trate de transporte terrestre, marítimo,


aéreo ou fluvial, as opções em termos de INCOTERMS
Assim, podemos concluir que o elenco E, F, C e D incidem sobre o EXW, FCA, CIP, CPT, DAP, DAT e DDP. Já
traduz uma evolução crescente das obrigações do se o transporte for via fluvial ou marítimo, as opções
vendedor, desde a obrigação mínima (E) de colocar disponíveis recaem sobre o FAS, FOB, CFR e CIF.
as mercadorias à disposição do comprador até à
obrigação máxima de entregar as mercadorias no local Os INCOTERMS podem ser divididos claramente tendo
convencionado, suportando os custos e o risco do em conta a primeira letra de cada sigla:
transporte (D), passando pela obrigação de entregar as • Grupo C (CPT, CFR e CIF), onde o pagamento
mercadorias a um transportador pago pelo comprador do transporte principal é da responsabilidade do
(F) e pela obrigação de entregar as mercadorias a um vendedor.
transportador pago pelo próprio vendedor (C).
• Grupo D (DAT e DDP), que se carateriza pela
Graficamente: entrega ser efetuada no destino e estar a cargo de
quem vende a mercadoria.
Crescendo de Obrigações, Custo e Risco para o Vendedor

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DIREITO A FALAR

• Grupo E (Ex-Works, EXW), onde todos os custos • CIF (Costs Insurance and Freight) – Nesta
são da responsabilidade do comprador. modalidade, o risco associado ao transporte
para quem vende cessa quando as mercadorias
• Grupo F (FCA, FAS, FOB), onde o transporte são entregues a bordo no porto de embarque
principal não é pago pelo vendedor. mencionado, tal como na opção anterior (FOB).
As principais diferenças é que cabe a quem
No presente artigo iremos debruçar-nos vende o pagamento do prémio de seguro e frete
exclusivamente nas quarto opções mais utilizadas para o porto de destino. Ao comprador cabe-lhe
pelas empresas nacionais: assumir os custos da chegada da mercadoria, o
• EXW (Ex-Works) – O fornecedor da mercadoria pagamento de impostos ou direitos exigíveis e
coloca os bens à disposição do comprador nas arcar com as formalidades de importação.
suas próprias instalações (fábrica, armazém ou
outro tipo de instalações) na data estipulada, • DDP (Delivered Duty Paid) – Ao contrário
sendo o transporte, riscos e custos associados do que acontece na opção Ex-works, onde a
da total responsabilidade de quem adquire os responsabilidade é máxima para o comprador,
produtos. No fundo, esta modalidade representa no caso da modalidade DDP a responsabilidade
a obrigação máxima do comprador e mínima para máxima fica a cargo de quem vende já que é
quem venda. A EXW significa que quem adquire quem tem de assumir todos os custos e riscos
os bens pagará todos os custos de transporte e associados ao transporte e entrega de mercadoria
assume igualmente os riscos e toda a burocracia no local de destino escolhido pelo comprador,
necessária. bem como do tratamento das formalidades de
importação. Nesta modalidade todas as taxas e
• FOB (Free on Board) – As responsabilidades impostos são da responsabilidade do vendedor.
e obrigações do vendedor cessam quando Ao comprador cabe apenas a obrigação de
a mercadoria for colocada a bordo do navio assumir os custos de descarga, bem como
designado pelo comprador, no porto de embarque eventuais despesas com inspeções à chegada da
indicado. A partir daí, todos os encargos e riscos mercadoria ao local estipulado.
associados ao transporte são do comprador. O
vendedor é responsável pelos custos de transporte As quatro modalidades acima descritas são as mais
e de carregamento até ao navio, assumindo frequentemente utilizadas pela esmagadora maioria
as formalidades aduaneiras necessárias em das empresas nacionais.
processos de exportação, tendo de pagar as
taxas, impostos e despesas associadas a estes Assim, risco do transporte de mercadorias pode ser
procedimentos. representado esquematicamente da seguinte forma:

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DIREITO A FALAR

3. CONCLUSÃO
Do ponto de vista do vendedor, a opção claramente mais confortável será
a Ex-works, onde os produtos são disponibilizados na própria fábrica ou
instalações da empresa, sem qualquer risco associado. Até em termos
de marcação de preços e relacionamento comercial com clientes é mais
favorável.

Do ponto de vista do comprador, as opções mais interessantes são a FOB


e CIF (que são, de facto, as internacionalmente mais utilizadas), onde as
responsabilidades são repartidas. Enquanto a mercadoria estiver no território
de origem, tudo é gerido pelo vendedor. A partir do momento em que estejam
devidamente carregadas a bordo de um navio fica a cargo do vendedor. Isto
permite a quem compra ter uma noção mais exata do custo real do produto,
acrescido de taxas e transporte do mesmo, daí ser a opção preferida para
quem compra.

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