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RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
(RESE)

O RESE pode ter previsão fora do Código de Processo Penal:

CTB – Lei 9503/97:

Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a garantia da ordem
pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público ou ainda mediante
representação da autoridade policial, decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação
para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.

Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou a medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento
do Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito suspensivo.

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Decreto-lei 201/1967 - Artigo 2º, III

Art. 2º O processo dos crimes definidos no artigo anterior é o comum do juízo singular, estabelecido pelo Código
de Processo Penal, com as seguintes modificações:

III - Do despacho, concessivo ou denegatório, de prisão preventiva, ou de afastamento do cargo do acusado, ca-
berá recurso, em sentido estrito, para o Tribunal competente, no prazo de cinco dias, em autos apartados. O re-
curso do despacho que decreta a prisão preventiva ou o afastamento do cargo terá efeito suspensivo.

Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:


I - que não receber a denúncia ou a queixa;

Lei 9.099/95

Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por
turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado.

Quando é cabível RESE no Procedimento do Júri?

Caberá RESE nos casos de decisão de pronúncia e de desclassificação

Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:


II - que concluir pela incompetência do juízo;
IV – que pronunciar o réu;
Art. 581
(...)

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V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva
ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante;

Artigo 581
(...)
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade;

Artigo 581
(...)
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade;

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Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:
I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular;
Em qualquer outro momento, exceto na absolvição sumária, o recurso cabível será o RESE.

Como será sanada a dúvida entre Apelação e RESE?

Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:


(...)
II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no
Capítulo anterior;

E se a sentença for condenatória, mas dentro dela o juiz negar a suspensão condicional a execução da pena?

Art. 593
(...)
§ 4o Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte
da decisão se recorra.

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Art. 581
(...)
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;

Em síntese, das decisões contidas no inciso XI, não cabe RESE.


Se a decisão concede ou nega, isso ocorre na sentença condenatória, cabendo apelação.
Se a decisão revoga, isso ocorre na fase da execução, sendo cabível agravo.

ATENÇÃO

A decisão relacionada à suspensão condicional do processo está prevista no artigo 89 da Lei 9099/95 e possui
natureza de decisão interlocutória mista não terminativa.

O posicionamento majoritário utiliza uma interpretação lógica e sistemática para defender o posicionamento de
RESE neste caso, com base no artigo 581, XI.

Outras hipóteses de interpretação:

- contra a decisão que indefere pedido de prisão temporária, por interpretação sistemática do art. 581, V, do CPP,
que prevê RESE contra o indeferimento da prisão preventiva;
- contra a decisão que rejeita o aditamento à denúncia, por interpretação lógica/extensiva do art. 581, I, do CPP

Art. 581
(...)
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;

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HIPÓTESES QUE NÃO ENSEJAM RESE

REVOGAÇÃO TÁCITA PELA LEP

Incisos:
XI (não é o inciso inteiro), XII, XVII, XIX ao XXIII

LEP
Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo.

ESTRUTURA DE ELABORAÇÃO DO RESE

PETIÇÃO DE INTERPOSIÇÃO E RAZÕES

Petição Dúplice

Art. 586. O recurso voluntário poderá ser interposto no prazo de cinco dias.
Parágrafo único. No caso do art. 581, XIV, o prazo será de vinte dias, contado da data da publicação definitiva da
lista de jurados.

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Art. 588. Dentro de dois dias, contados da interposição do recurso, ou do dia em que o escrivão, extraído o tras-
lado, o fizer com vista ao recorrente, este oferecerá as razões e, em seguida, será aberta vista ao recorrido por
igual prazo.
Parágrafo único. Se o recorrido for o réu, será intimado do prazo na pessoa do defensor.

Art. 589. Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso ao juiz, que, dentro de dois dias, re-
formará ou sustentará o seu despacho, mandando instruir o recurso com os traslados que Ihe parecerem neces-
sários.

Parágrafo único. Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrária, por simples petição, poderá recorrer
da nova decisão, se couber recurso, não sendo mais lícito ao juiz modificá-la. Neste caso, independentemente de
novos arrazoados, subirá o recurso nos próprios autos ou em traslado.

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Se o juiz a quo, durante o juízo de retratação, reformar a decisão proferida, o recorrido poderá promover a subida
dos autos ao tribunal através de simples petição.

Para quem será endereçado o RESE?


Via de regra, a interposição deve ser endereçada ao juiz prolator da decisão a ser impugnada, e as razões para o
Tribunal competente para o julgamento do recurso (TJ ou TRF).

Aqui há uma exceção, a qual se dá no caso de decisão que incluir ou excluir jurado na lista geral do Júri (Art. 581,
XIV, do CPP). Neste caso, a petição de interposição será endereçada ao Presidente do Tribunal (TJ ou TRF),
assim como as razões.

ATENÇÃO

O endereçamento da interposição do RESE será para quem proferiu a decisão

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE


____________________
(Regra Geral)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA _____ VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE
________
(Crimes da competência da Justiça Federal)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA CO-
MARCA DE ____________________ (ou EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO _____
TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE ____________________) (Nos casos de sentença de pronúncia e de
desclassificação nos casos de Crimes de competência do Tribunal do Juri)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA _____ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA SEÇÃO
JUDICIÁRIA DE ________ (ou EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO _____ TRIBUNAL
DO JÚRI DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ________ (Crimes da competência do Tribunal do Júri Federal)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO _____ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA CO-
MARCA ____________________
(Endereçamento do Juizado especial criminal)

Processo número:

Nome do recorrente, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por seu advogado regularmente constituí-
do, que esta subscreve, procuração em anexo, inconformado com a decisão de fls. _____, vem, respeitosa e tem-
pestivamente, perante Vossa Excelência, interpor o presente

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RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
com base no art. 581, inciso ____ do Código de Processo Penal.
OBS. Em se tratando do Código de Trânsito Brasileiro, fundamentar no artigo 294, parágrafo único, da Lei
9.503/97.
Em se tratando do DL 201/64, fundamentar no artigo 2º.

Desta forma, requer seja admitido o presente recurso, sendo a decisão proferida, conforme art. 589 do Código de
Processo Penal, submetida ao juízo de retratação e, caso seja a mesma mantida, pede seja o presente recurso,
com as inclusas razões, remetido ao Egrégio Tribunal ______ (de Justiça ou Regional Federal), para fins de pro-
cessamento e julgamento.

Nestes termos
Pede deferimento.
Comarca, data.
Advogado, OAB

ATENÇÃO: Provavelmente a questão indicará a necessidade de interposição no último dia do prazo, para o que
devemos utilizar o art. 798 do CPP.

2ª. PEÇA:
RAZÕES DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

EGRÉGIO TRIBUNAL (TRIBUNAL DE JUSTIÇA OU TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL)


COLENDA CÂMARA
EXCELENTÍSSIMOS JULGADORES/ DESEMBARGADORES

Processo número:
Recorrente:
Recorrido:

Inconformado com a respeitável decisão do Juízo ad quo, vem RECORRER EM SENTIDO ESTRITO pelas razões
de fato e de direito a seguir expostas.

DOS FATOS
Narrar o que o caso expõe, de forma breve e sucinta. Seja bem objetivo no resumo dos fatos.
Descreva o que ocorreu ao longo do processo, assim como a decisão que foi proferida pelo juízo de primeiro grau.
Não afirme que o recorrente praticou a conduta. Você pode valer-se da expressão “supostamente”.

No final dos fatos, é para, sem pular linhas, fazer um parágrafo com o seguinte teor:
“A respeitável decisão proferida merece ser reformada pelos motivos de fato e direito a seguir aduzidos”.

PRELIMINARES
Se for o caso, deve-se alegar preliminares. Utilize o PPPx2 específico para recursos.

MÉRITO
No Mérito, devem ser arguidas as teses de Direito Material (Direito Penal).
Cada uma das teses precisa ter amparo no artigo 581 do Código de Processo Penal. Cabe lembrar que os incisos
do artigo 581 que se refiram a decisões do juiz da execução não devem ser atacadas via recurso em sentido estri-
to, mas sim em Agravo em Execução.

O exemplo mais comum de RESE nas provas da OAB diz respeito ao Recurso em Sentido Estrito contra a decisão
de pronúncia. Assim, exemplificando, em um RESE contra a pronúncia devemos buscar a reforma da decisão
para que o réu seja absolvido sumariamente ou impronunciado. Lembre-se e utilize, portanto, os mesmos argu-
mentos que você utilizaria nos memoriais do Júri neste caso.

DO PEDIDO

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Diante do exposto, requer seja conhecido o presente recurso e que lhe seja dado provimento, com a consequente
reforma da decisão recorrida para ___________, como medida de lídima justiça.
Neste momento, podem ser feitos pedidos subsidiários, caso existentes.

Nestes termos
Pede deferimento.

Comarca, data.
Advogado, OAB

ATENÇÃO: Provavelmente a questão indicará a necessidade de interposição no último dia do prazo, para o que
devemos utilizar o art. 798 do CPP.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA CO-
MARCA DE ____________________ (ou EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO _____
TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE ____________________) (Nos casos de sentença de pronúncia e de
desclassificação nos casos de Crimes de competência do Tribunal do Juri)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA _____ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA SEÇÃO
JUDICIÁRIA DE ________ (ou EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO _____ TRIBUNAL
DO JÚRI DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ________) (Crimes da competência do Tribunal do Júri Federal)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO _____ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA CO-
MARCA ____________________ (Endereçamento do Juizado especial criminal)

Processo número:
Nome do recorrente, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, por seu advogado regular-
mente constituído, que esta subscreve, inconformado com o recurso interposto pelo Ministério Público, vem tem-
pestivamente perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 588 do Código de Processo Penal, apresentar
suas

CONTRARRAZÕES AO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


requerendo, desde logo, sua juntada aos autos, objetivando a manutenção da decisão proferida às fls. _____.
Nestes termos
Pede deferimento.
Comarca, data.
Advogado, OAB

ATENÇÃO: Provavelmente a questão indicará a necessidade de interposição no último dia do prazo, para o que
devemos utilizar o art. 798 do CPP.

PEÇA DAS CONTRARRAZÕES:

CONTRARRAZÕES DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Recorrente:
Recorrido:
Processo número:

EGRÉGIO TRIBUNAL (DE JUSTIÇA OU TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL)

COLENDA CÂMARA

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ÍNCLITOS DESEMBARGADORES
Inconformado com o recurso interposto pelo respeitável Representante do Ministério Público, objetivando a manu-
tenção da decisão recorrida, vem apresentar CONTRARRAZÕES, pelos fatos e fundamentos a seguir:

DOS FATOS
Narrar o que o caso expõe, de forma breve e sucinta. Seja bem objetivo no resumo dos fatos.
Narre ainda como se chegou até a decisão recorrida e o que levou ao recurso interposto pelo Ministério Público.

DAS PRELIMINARES
Analise se o recurso interposto pela parte contrária preenche os requisitos de admissibilidade, objetivos e subjeti-
vos. Se qualquer um deles estiver ausente, alegue em preliminar.

DO MÉRITO
Argumente de forma contrária as alegações de mérito do recurso interposto pelo Ministério Público/Querelante.
Apoie seus argumentos nos fundamentos da decisão que objetiva ver mantida.
Indique os dispositivos legais aplicáveis aos seus argumentos.

Exemplificando: Caso procure ver mantida a decisão que rejeitou a denúncia, indique os dispositivos que reforçam
a manutenção da decisão, tal como o artigo 41 e 395 do CPP. Caso haja enunciado sumulado, mencione-o tam-
bém.

DO PEDIDO
Diante do exposto, requer o não conhecimento e o improvimento do recurso interposto, com a consequente manu-
tenção da decisão proferida em favor do recorrido, como medida da mais inteira justiça.

Nestes termos
Pede deferimento.
Comarca, data.
Advogado, OAB
ATENÇÃO: Provavelmente a questão indicará a necessidade de interposição no último dia do prazo, para o que
devemos utilizar o art. 798 do CPP.

XI Exame
Jerusa, atrasada para importante compromisso profissional, dirige seu carro bastante preocupada, mas respeitan-
do os limites de velocidade. Em uma via de mão dupla, Jerusa decide ultrapassar o carro à sua frente, o qual es-
tava abaixo da velocidade permitida. Para realizar a referida manobra, entretanto, Jerusa não liga a respectiva
seta luminosa sinalizadora do veículo e, no momento da ultrapassagem, vem a atingir Diogo, motociclista que, em
alta velocidade, conduzia sua moto no sentido oposto da via. Não obstante a presteza no socorro que veio após o
chamado da própria Jerusa e das demais testemunhas, Diogo falece em razão dos ferimentos sofridos pela coli-
são.
Instaurado o respectivo inquérito policial, após o curso das investigações, o Ministério Público decide oferecer
denúncia contra Jerusa, imputando-lhe a prática do delito de homicídio doloso simples, na modalidade dolo even-
tual (Art. 121 c/c Art. 18, I parte final, ambos do CP). Argumentou o ilustre membro do Parquet a imprevisão de
Jerusa acerca do resultado que poderia causar ao não ligar a seta do veículo para realizar a ultrapassagem, além
de não atentar para o trânsito em sentido contrário. A denúncia foi recebida pelo juiz competente e todos os atos
processuais exigidos em lei foram regularmente praticados. Finda a instrução probatória, o juiz competente, em
decisão devidamente fundamentada, decidiu pronunciar Jerusa pelo crime apontado na inicial acusatória. O advo-
gado de Jerusa é intimado da referida decisão em 02 de agosto de 2013 (sexta-feira).
Atento ao caso apresentado e tendo como base apenas os elementos fornecidos, elabore o recurso cabível e
date-o com o último dia do prazo para a interposição.

A SIMPLES MENÇÃO OU TRANSCRIÇÃO DO DISPOSITIVO LEGAL NÃO PONTUA.

ESPELHO DE CORREÇÃO

O examinando deverá elaborar um recurso em sentido estrito com fundamento no Art. 581, IV do CPP.
A petição de interposição deverá ser endereçada ao Juiz da Vara Criminal do Tribunal do Júri.

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Deverá, o examinando, na própria petição de interposição, formular pedido de retratação (ou requerer o efeito
regressivo/iterativo), com fundamento no Art. 589, do CPP.
Caso não seja feita petição de interposição, haverá desconto no item relativo à estrutura da peça, além daqueles
relativos aos itens de referida petição.
As razões do recurso deverão ser endereçadas ao Tribunal de Justiça.
No mérito, o examinando deve alegar que Jerusa não agiu com dolo e sim com culpa. Isso porque o dolo eventual
exige, além da previsão do resultado, que o agente assuma o risco pela ocorrência do mesmo, nos termos do Art.
18, I (parte final) do CP, que adotou, em relação ao dolo eventual, a teoria do consentimento.
Nesse sentido, a conduta de Jerusa amolda-se àquela descrita no Art. 302 do CTB, razão pela qual ela deve res-
ponder pela prática, apenas, de homicídio culposo na direção de veículo automotor. Em consequência, não ha-
vendo crime doloso contra a vida, o Tribunal do Júri não é competente para apreciar a questão, razão pela qual
deve ocorrer a desclassificação, nos termos do Art. 419, do CPP.
Ao final, o examinando deverá elaborar pedido de desclassificação do delito de homicídio simples doloso, para o
delito de homicídio culposo na direção de veículo automotor (Art. 302 do CTB).
Levando em conta o comando da questão, que determina datar as peças com o último dia do prazo cabível para a
interposição, ambas as petições (interposição e razões do recurso) deverão ser datadas do dia 09/08/2013.

IX EXAME
Mário está sendo processado por tentativa de homicídio uma vez que injetou substância venenosa em Luciano,
com o objetivo de matá-lo. No curso do processo, uma amostra da referida substância foi recolhida para análise e
enviada ao Instituto de Criminalística, ficando comprovado que, pelas condições de armazenamento e acondicio-
namento, a substância não fora hábil para produzir os efeitos a que estava destinada. Mesmo assim, arguindo que
o magistrado não estava adstrito ao laudo, o Ministério Público pugnou pela pronúncia de Mário nos exatos termos
da denúncia.

Com base apenas nos fatos apresentados, responda justificadamente.

A) O magistrado deveria pronunciar Mário, impronunciá-lo ou absolvê-lo sumariamente? (Valor: 0,65)


B) Caso Mário fosse pronunciado, qual seria o recurso cabível, o prazo de interposição e a quem deveria ser en-
dereçado? (Valor: 0,60)

Espelho de Correção

A) Deveria absolvê-lo sumariamente, por força do Art. 415, III, do CPP. O caso narrado não constitui crime, sendo
hipótese de crime impossível.
B) É cabível recurso em sentido estrito (Art. 581, IV, do CPP); deve ser interposto no prazo de cinco dias (Art. 586
CPP); a petição de interposição deve ser endereçada ao juiz a quo e as razões deverão ser endereçadas ao Tri-
bunal de Justiça.

LEP – Lei 7210/84


Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo.

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Súmula 700, STF
É de cinco dias o prazo para interposição de agravo contra decisão do juiz da execução penal.

Todo o procedimento previsto para o RESE será utilizado em caso de Agravo em Execução.

Exemplos de cabimento de Agravo em Execução:

Negativa de Progressão de regime


Negativa de Livramento condicional

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Exemplo 1:

Crime de Favorecimento à prostituição de menor de 18 anos, praticado por Caio, primário, em janeiro de 2014.
Condenação a pena de 6 anos, em dezembro de 2015, com início do cumprimento da pena em 10 de janeiro de
2016.
Requerimento de progressão de regime em 11 de janeiro de 2017.
Negativa do Juiz da Execução, sob o fundamento da hediondez do crime.

Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerá-


vel.
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18
(dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática
do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.

A lei 12.978/14 entrou em vigor no dia 22 de maio de 2014.


Tal lei incluiu esse artigo no rol de crimes hediondos. Desta forma, por ser considerada maléfica, não poderá re-
troagir. O crime praticado em janeiro de 2014 não pode receber o tratamento de crime hediondo.

Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de de-
zembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (...)
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vul-
nerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei nº 12.978, de 2014)

Exemplo 2:

Mévio, primário, praticou crime de latrocínio em agosto de 2006, tendo sido condenado a pena de 24 anos de
reclusão, tendo iniciado o cumprimento da pena em 15 de janeiro de 2007. Em 20 de fevereiro de 2011, requereu
progressão de regime, negada pela Juiz da Execução, com fundamento no artigo 2º, parágrafo 2º da Lei 8072/90.

Lei 8072/90:

Art. 2º.

(...) § 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o
cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. (Re-
dação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)

Início da vigência da Lei 11.464/07:


29 de março de 2007

Enunciado 471, STJ:


Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n. 11.464/2007 sujei-
tam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisio-
nal.

LEP
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime
menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regi-
me anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas
as normas que vedam a progressão.

Exemplo 3:

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Tício praticou crime de furto em janeiro de 2012. Um mês depois praticou um crime de roubo, tendo sido conde-
nado por este roubo em julho de 2012, a uma pena de seis anos. Apenas três meses depois foi condenado pelo
furto, a uma pena de 3 anos. A pena foi unificada em 9 anos. Após o cumprimento de 3 anos e 2 dias da pena, a
defesa requereu ao Juiz da Execução o livramento condicional, tendo sido o pedido negado, sob o argumento de
que o condenado não havia cumprido tempo suficiente para o livramento, ao argumento de que era reincidente.

Código Penal

Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou supe-
rior a 2 (dois) anos, desde que:
I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antece-
dentes;

XVI EXAME
Gilberto, quando primário, apesar de portador de maus antecedentes, praticou um crime de roubo simples, pois,
quando tinha 20 anos de idade, subtraiu de Renata, mediante grave ameaça, um aparelho celular. Apesar de o
crime restar consumado, o telefone celular foi recuperado pela vítima. Os fatos foram praticados em 12 de dezem-
bro de 2011. Por tal conduta, foi Gilberto denunciado e condenado como incurso nas sanções penais do Art. 157,
caput, do Código Penal a uma pena privativa de liberdade de 04 anos e 06 meses de reclusão em regime inicial
fechado e 12 dias multa, tendo a sentença transitada em julgado para ambas as partes em 11 de setembro de
2013. Gilberto havia respondido ao processo em liberdade, mas, desde o dia 15 de setembro de 2013, vem cum-
prindo a sanção penal que lhe foi aplicada regularmente, inclusive obtendo progressão de regime. Nunca foi puni-
do pela prática de falta grave e preenchia os requisitos subjetivos para obtenção dos benefícios da execução pe-
nal.
No dia 25 de fevereiro de 2015, você, advogado(a) de Gilberto, formulou pedido de obtenção de livramento condi-
cional junto ao Juízo da Vara de Execução Penal da comarca do Rio de Janeiro/RJ, órgão efetivamente compe-
tente. O pedido, contudo, foi indeferido, apesar de, em tese, os requisitos subjetivos estarem preenchidos, sob os
seguintes argumentos: a) o crime de roubo é crime hediondo, não tendo sido cumpridos, até o momento do reque-
rimento, 2/3 da pena privativa de liberdade; b) ainda que não fosse hediondo, não estariam preenchidos os requi-
sitos objetivos para o benefício, tendo em vista que Gilberto, por ser portador de maus antecedentes, deveria
cumprir metade da pena imposta para obtenção do livramento condicional; c) indispensabilidade da realização de
exame criminológico, tendo em vista que os crimes de roubo, de maneira abstrata, são extremamente graves e
causam severos prejuízos para a sociedade. Você, advogado(a) de Gilberto, foi intimado dessa decisão em 23 de
março de 2015, uma segunda-feira.
Com base nas informações acima expostas e naquelas que podem ser inferidas do caso concreto, redija a peça
cabível, excluída a possibilidade de habeas corpus, no último dia do prazo para sua interposição, sustentando
todas as teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5,00)

Responda justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente


ao caso.

ESPELHO DE CORREÇÃO

O examinando deve interpor um recurso de Agravo em Execução, com fundamento no Art. 197 da Lei de Execu-
ção Penal – Lei nº 7.210/84.

Prevê o Art. 197 da LEP que, das decisões proferidas pelo juiz em sede de Execução Penal, caberá o recurso de
agravo, sem efeito suspensivo.

Em que pese a Lei de Execução Penal trazer a previsão do recurso cabível, não estabeleceu, de maneira expres-
sa, qual seria o procedimento a ser adotado para tramitação desse recurso.

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Prevaleceu, então, no âmbito da doutrina e da jurisprudência, que o procedimento a ser adotado seria semelhante
àquele previsto para o recurso em sentido estrito.

Assim, é necessária a elaboração de uma petição de interposição, direcionada ao Juiz da Vara de Execuções
Penais do Rio de Janeiro, acompanhada das respectivas Razões, estas endereçadas ao Tribunal de Justiça do
Rio de Janeiro, órgão competente para o julgamento do recurso.

Considerando que o procedimento a ser seguido pelo agravo de execução é semelhante ao do recurso em sentido
estrito, deverá, na petição de interposição, ser formulado pedido de retratação por parte do magistrado. Em caso
de não acolhimento, deve haver requerimento para o encaminhamento do feito para instância superior.

Em relação ao prazo, absolutamente pacificado o entendimento de que seria de 05 dias, na forma da Súmula 700
do Supremo Tribunal Federal. Assim, a petição de interposição deveria ser datada em 30 de março de 2015, ten-
do em vista que o dia 28 de março de 2015 é um sábado, dia sem expediente forense.

Nas razões de recurso, deveria o candidato requerer a concessão do benefício do livramento condicional, argu-
mentando que a fundamentação apresentada pelo juiz da Vara de Execução Penal foi inadequada para indeferi-
mento do pedido formulado.

Em um primeiro momento, deveria ser destacado que o crime de roubo simples não é hediondo, tendo em vista
que não está previsto no rol trazido pelo Art. 1º da Lei nº 8.072/90. Assim, não há que se falar em cumprimento de
2/3 da pena para concessão do benefício previsto no Art. 83 do Código Penal. Posteriormente, deveria ser rebati-
do o fundamento apresentado pelo magistrado, no sentido de que Gilberto deveria cumprir metade da pena priva-
tiva de liberdade aplicada, pois seria portador de maus antecedentes.

Isso porque o princípio da legalidade afasta qualquer conclusão nesse sentido. O princípio da legalidade, previsto
no texto constitucional em matéria penal, tem como um de seus subprincípios a vedação da aplicação da analogia
prejudicial ao réu em matéria penal.

O Art. 83 do Código Penal prevê que apenas o condenado reincidente na prática do crime doloso tem que cumprir
mais de metade da pena aplicada para fazer jus ao livramento condicional. Apesar de o Art. 83, inciso I, do Código
Penal falar em cumprimento de 1/3 da pena pelo condenado não reincidente e portador de bons antecedentes,
deve essa fração ser também aplicada caso o acusado seja portador de maus antecedentes, além de não reinci-
dente. Houve uma omissão do legislador ao não prever o requisito objetivo para concessão do livramento condici-
onal para o condenado primário, mas portador de maus antecedentes. Diante da omissão, deve ser aplicado o
percentual que seja mais favorável ao acusado, pois não cabe analogia in malam partem.

Diante do exposto, a jurisprudência pacificou o entendimento de que o condenado não reincidente, ainda que por-
tador de maus antecedentes, deverá observar o requisito objetivo para o livramento condicional após cumprimento
de 1/3 da pena.

Por fim, também inadequado o argumento do juiz pela indispensabilidade da realização do exame criminológico.
Desde a Lei nº 10.792/03 que não existe mais obrigatoriedade da realização de exame criminológico para fins de
obtenção da progressão de regime ou do livramento condicional.

Basta, para o livramento, que seja atestado comportamento satisfatório durante a execução da pena. Apesar dis-
so, nada impede que, no caso concreto, entenda o magistrado pela necessidade de sua realização. Contudo, de-
verá a decisão que o determina ser fundamentada nas particularidades da hipótese concreta, não sendo suficiente
a simples afirmação da gravidade em abstrato do delito, na forma da Súmula 439 do STJ. No caso, não houve
fundamentação idônea, pois simplesmente foi mencionado que o crime de roubo é grave. Além do fato do delito
ser de roubo simples, Gilberto nunca foi punido pela prática de falta grave dentro do estabelecimento prisional, de
modo que desnecessária a realização do exame.

Por todas as razões acima expostas, na conclusão, deveria o candidato formular pedido de concessão do livra-
mento condicional em favor de Gilberto, com consequente expedição de alvará, eis que, quando do recurso, já
preenchia todos os requisitos.

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Questão

Carlos foi condenado pela prática de um crime de receptação qualificada à pena de 04 anos e 06 meses de reclu-
são, sendo fixado o regime semiaberto para início do cumprimento de pena. Após o trânsito em julgado da deci-
são, houve início do cumprimento da sanção penal imposta. Cumprido mais de 1/6 da pena imposta e preenchidos
os demais requisitos, o advogado de Carlos requer, junto ao Juízo de Execuções Penais, a progressão para o
regime aberto. O magistrado competente profere decisão concedendo a progressão e fixa como condição especial
o cumprimento de prestação de serviços à comunidade, na forma do Art. 115 da Lei nº 7.210/84. O advogado de
Carlos é intimado dessa decisão.

Considerando apenas as informações apresentadas, responda aos itens a seguir.

A) Qual medida processual deverá ser apresentada pelo advogado de Carlos, diferente do habeas corpus, para
questionar a decisão do magistrado? (Valor: 0,60)
B) Qual fundamento deverá ser apresentado pelo advogado de Carlos para combater a decisão do magistrado?
(Valor: 0,65)

Obs.: o examinando deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontua-
ção.

ESPELHO DE CORREÇÃO

A) A medida processual a ser apresentada pelo advogado de Carlos é o agravo previsto no Art. 197 da Lei nº
7.210/84, também conhecido como agravo de execução ou agravo em execução. Prevê o mencionado dispositivo
que, das decisões proferidas em sede de execução, será cabível o recurso de agravo.
No caso, o enunciado deixa claro que houve decisão condenatória com trânsito em julgado e que a decisão a ser
combatida foi proferida pelo Juízo da Execução, analisando progressão de regime.

B) O argumento a ser apresentado pelo advogado de Carlos é o de que a decisão do magistrado foi equivocada,
pois não é possível fixar, como condição especial ao regime aberto, o cumprimento de prestação de serviços à
comunidade. O Art. 115 da LEP prevê expressamente que o magistrado, no momento de fixar o regime aberto,
poderá fixar condições especiais, além das obrigatórias e genéricas estabelecidas nos incisos desse dispositivo.
Ocorre que a legislação penal não disciplina quais seriam essas condições especiais, de forma que surgiu a con-
trovérsia sobre a possibilidade de serem fixadas penas substitutivas em atenção a esta previsão. O tema, porém,
foi pacificado pelo Superior Tribunal de Justiça, que, no Enunciado 493 de sua Súmula de Jurisprudência, estabe-
leceu a inadmissibilidade de serem fixadas penas substitutivas (Art. 44 do Código Penal) como condições especi-
ais ao regime aberto. A ideia que prevaleceu foi a de que, apesar de ser possível o estabelecimento de condições
especiais, estas não podem ser penas previstas no Código Penal, sob pena de bis in idem ou dupla punição.

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A peça de interposição deve ser endereçada ao Juiz da Execução.

Súmula 192 do STJ

Compete ao Juízo das Execuções Penais do Estado a execução das penas impostas a sentenciados pela Justiça
Federal, Militar ou Eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos sujeitos à administração estadual

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ENDEREÇAMENTO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS DA
COMARCA DE ____________________ (Em caso de pena sendo executada em estabelecimento prisional esta-
dual)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA _____ VARA DE EXECUÇÕES CRIMINAIS DA SE-
ÇÃO JUDICIÁRIA DE ________ (Em caso de pena sendo executada em estabelecimento prisional federal)

Processo número:
Nome do recorrente, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, atualmente recolhido no presídio estadual
____, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosa e tempestivamente, à presença de Vossa Excelên-
cia, inconformado com a r. Decisão de fls. ___, interpor

AGRAVO EM EXECUÇÃO
com fulcro no artigo 197 da Lei 7.210/84, Lei das Execuções Penais.

Desta forma, requer seja admitido o presente recurso, sendo a decisão proferida, conforme art. 589 do Código de
Processo Penal, submetida ao juízo de retratação e, caso seja a mesma mantida, pede seja o presente recurso,
com as inclusas razões, remetido ao Egrégio Tribunal ______ (de Justiça ou Regional Federal), para fins de pro-
cessamento e julgamento.

Nestes termos
Pede deferimento,
Comarca, data.
Advogado, OAB

RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO


Processo de Execução número:
Recorrente:
Recorrido:

EGRÉGIO TRIBUNAL (TRIBUNAL DE JUSTIÇA OU TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL)


COLENDA CÂMARA (OU TURMA, CASO A COMPETÊNCIA SEJA DA JUSTIÇA FEDERAL)
EXCELENTÍSSIMOS DESEMBARGADORES (OU DESEMBARGADORES FEDERAIS)

Embora considerado notável o saber jurídico do Juízo a quo, impõe-se a reforma da decisão proferida contra o
recorrente, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

DOS FATOS
Narrar o que o caso expõe, de forma breve e sucinta. Seja bem objetivo no resumo dos fatos.
Indique ainda como se chegou até a decisão do juízo da execução.

DO DIREITO
Discorra, primeiramente, sobre o equívoco cometido pelo Juízo da Execução, alegando em seguida o fundamento
do Agravo em Execução, que será o direito a ser aplicado ao caso concreto.

Exemplificando: Caso tenha sido negado o livramento condicional, discorra sobre a negativa, apontando, por
exemplo, que o juízo equivocou-se quanto aos requisitos do livramento condicional. Em seguida, exponha que o
recorrente faz jus ao benefício, demonstrando a veracidade das suas alegações através de fundamentos jurídicos
e da indicação dos dispositivos cabíveis, tais como o artigo 83 do Código Penal.

DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja conhecido o presente agravo e que lhe seja dado provimento, para __________
(mencionar o direito que está sendo pleiteado), como medida da mais inteira justiça.

Nestes termos
Pede deferimento

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Local, data.
Advogado, OAB
Obs. Indicar a mesma data da interposição.

CONTRARRAZÕES DO AGRAVO EM EXECUÇÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA DE EXECUÇÕES CRIMI-


NAIS/PENAIS DA COMARCA DE ________ (regra geral)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA DE EXECUÇÕES PENAIS/CRIMINAIS


DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ____ (Execução na Justiça Federal)

Processo de execução número:


Nome do recorrido, já devidamente qualificado nos autos do processo de execução em epígrafe, por seu advoga-
do regularmente constituído, que esta subscreve, inconformado com o recurso interposto pelo Respeitável Re-
presentante do Ministério Público, vem, tempestivamente, perante

Vossa Excelência, objetivando a manutenção da decisão de fls _____ , requerer a juntada das suas

CONTRARRAZÕES DO AGRAVO EM EXECUÇÃO


com fundamento no artigo 197 da Lei 7.210/84 – Lei de Execuções Penais combinado com art. 588 do Código de
Processo Penal.

Termos em que
Pede deferimento.
Comarca, data.
Advogado, OAB

Obs. O prazo será contado na forma do art. 798 do CPP, a partir da data da intimação do agravado.

Peça de Contrarrazões

CONTRARRAZÕES AO AGRAVO EM EXECUÇÃO

Recorrente:
Recorrido:
Processo de Execução número:

EGRÉGIO TRIBUNAL (DE JUSTIÇA OU TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL)


COLENDA CÂMARA
ÍNCLITOS DESEMBARGADORES

Inconformado com o recurso interposto pelo respeitável Representante do Ministério Público, objetivando a manu-
tenção da decisão recorrida, vem apresentar CONTRARRAZÕES, pelos fatos e fundamentos a seguir:

DOS FATOS
Narrar o que o caso expõe, de forma breve e sucinta. Seja bem objetivo no resumo dos fatos.
Narre ainda como se chegou até a decisão do juízo da execução e o que levou ao recurso interposto pelo Ministé-
rio Público.

DO DIREITO
DAS PRELIMINARES
É possível a alegação da intempestividade do recurso interposto, bem como da ausência de quaisquer outros
pressupostos recursais.

DO MÉRITO
Argumente de forma contrária às alegações de mérito do recurso interposto pelo Ministério Público.
Apoie seus argumentos nos fundamentos da decisão que objetiva ver mantida.

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Indique os dispositivos legais aplicáveis aos seus argumentos. Exemplificando: Caso procure ver mantida a deci-
são que concedeu progressão de regime em crime hediondo, praticado antes da vigência da Lei 11.464/07, explo-
re o enunciado 471 do STJ, a súmula vinculante 26, o artigo 112 da LEP e o artigo 2º da Lei 8.072/90 Ou seja,
indique todos os dispositivos aplicáveis que possam amparar o pedido.

DO PEDIDO
Diante do exposto, requer o não conhecimento (em caso de ausência dos pressupostos recursais) e o não provi-
mento do recurso interposto, com a consequente manutenção da decisão proferida em favor do Agravado pelo
Juízo da Execução, como medida da mais inteira justiça.

Nestes Termos
Pede Deferimento.
Comarca, data.
Advogado, OAB

Obs. O prazo será contado na forma do art. 798 do CPP, a partir da data da intimação do agravado.

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