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Alimentação: essencial na evolução humana

As evidências destacam que os homens sempre foram onívoros, entretanto no início consumiam uma
maior quantidade de frutas, folhas e grãos. Quanto aos alimentos de origem animal, alguns questionam se os
homens realizavam a caça ativa, ou se simplesmente se alimentavam das carcaças abandonadas de outros animais
caçadores. Os autores do livro História da Alimentação acreditam que sim, os homens eram caçadores ativos,
apesar de eventualmente realizar o consumo das carcaças.

A partir da era paleolítica inferior, principalmente na Europa, houve aumento na caça e consumo de carne,
sendo caçados principalmente animais de grande porte, como ursos, rinocerontes e elefantes. E no paleolítico
superior, os homens desenvolveram a caça de manadas de renas, cavalos, bisões, auroques e mamutes.

A mudança de clima na Europa, ocasionou a mudança de hábito quanto a caça, sendo agora caçado animais
bem menores, como cervos, javalis, lebres, pássaros e até caracóis. Com a revolução neolítica e o desenvolvimento
de civilizações, começa o desenvolvimento da criação de animais de corte como bovinos, ovinos, caprinos e suínos.

O desenvolvimento da agricultura e criação de animais começou no Oriente Médio, estendendo-se a outras


regiões mediterrâneas. Os historiadores destacam que apesar do maior consumo de cereais após a agricultura, não
se pode pensar que esse consumo iniciou nesse período. Afinal, plantamos aquilo que habitualmente consumimos,
e assim, o homem já devia fazer o consumo desses alimentos anterior a fixação da agricultura.

Existem estudos mostrando a presença de massas, carnes, peixes, laticínios, frutas, legumes e bebidas nas
tumbas do antigo Egito; indicando a presença de uma alimentação com grande variedade de alimentos já nessa
época.

Diante de tantas opções apresentadas na natureza, qual a razão para a escolha de certos alimentos? Por
que na Europa não há o consumo de insetos, enquanto isso é considerado comum na África, América e Ásia? E
por que os franceses comem escargots e rãs, e outros países europeus não o fazem? Provavelmente, são práticas
eminentemente culturais que influenciaram essas escolhas, que são observadas até hoje.

E mesmo no interior de um país, se pensarmos no Brasil, com seu vasto território, existem diferenças
regionais quanto ao hábito alimentar? Pesquisem na internet um pouco sobre isso, e tragam as experiências
observadas para aula.

FLANDRIN, J.L.; MONTANARI, M. História da alimentação. Tradução: Luciano Vieira Machado, Guilherme
J. F. Teixeira. São Paulo: Estação Liberdade, 1998. pg 26-32.

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