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ÉTICA P/ AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO

PROFESSOR: LEANDRO CADENAS


AULA 5

DICAS INICIAIS

Caro concurseiro.
Estudar Ética não é uma tarefa difícil. Quase todas as regras são intuitivas,
coisas que trazemos do berço.
O que se fez foi positivá-las, de tal forma que tudo aquilo que aprendemos a
fazer quando crianças estivesse num texto normativo. Aprendemos que não
devemos ficar com o que não nos pertence, que devemos tratar bem as
pessoas, que há que se obedecer aos mais velhos...
Lendo as regras constantes da norma facilmente percebemos que tudo nos é
muito familiar.
A tarefa, para fins de concursos, também é simplificada. Todas as provas
trazem meramente a reprodução do Decreto. Mesmo aqueles que nunca o
leram têm condições de acertar a maioria das questões, por pura lógica.
Vamos fazer um teste? Vá à parte final desta aula e, antes de ler o Decreto,
resolva as questões propostas. Você acertará a maioria delas.
A aula presente tem o singelo objetivo de ressaltar aqueles pontos mais
importantes para a prova.
Ao final, colocamos uma lista com mais de 50 questões cobradas em provas
anteriores. Não é muito comum esse assunto em concursos. Por isso, optamos
por incluir várias bancas diferentes (FUNRIO, CESGRANRIO, CESPE, ESAF,
FCC), de maneira a ampliar o espectro de questionamentos e melhor treiná-lo.
De qualquer forma, você perceberá que praticamente em todas elas as bancas
se limitam a explorar o texto do Decreto.
Acrescente-se que foram deixados os textos modificados, com destaque, pois é
também comum ser cobrado aquilo que mudou, exigindo do candidato o
conhecimento do texto atualizado.
Para a prova, a sugestão é que leia 2 ou 3 vezes o texto do Decreto e dos
demais instrumentos normativos constante do edital, prestando atenção aos
detalhes, conforme foi destacado no decorrer da aula. Isso deve ser suficiente
para certar todas as questões relativas a essa parte da matéria.

Dito isto, vamos à aula.

1. DECRETO N° 1.171, DE 22/06/1994

1.1. INTRODUÇÃO

Como se observa, o Decreto n° 1.171/1994 não é o Código de Ética


propriamente dito, mas sim o instrumento através do qual se aprova seu

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Anexo, este sim o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal.
Note que tal norma de conduta está direcionada exclusivamente aos servidores
do Executivo Federal, afastando, portanto, sua aplicação dos servidores dos
demais Poderes, bem como dos militares.
Inclui, no entanto, não só a Administração direta, mas também a indireta, é
dizer, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de
economia mista, todas da União.
Prevê, ainda, que sejam tomadas as providências necessárias à plena vigência
do Código de Ética, num prazo de 60 (sessenta) dias, inclusive mediante a
constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três servidores
ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente, não
exigindo que sejam estáveis.
De forma a centralizar as informações e controlar o cumprimento das regras, a
constituição da Comissão de Ética deverá ser comunicada à Secretaria da
Administração Federal da Presidência da República, com a indicação dos
respectivos membros titulares e suplentes.
Assim estão redigidos os artigos de tal Decreto:
Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor
Público Civil do Poder Executivo Federal, que com este baixa.
Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal
direta e indireta implementarão, em sessenta dias, as providências
necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive mediante
a constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três
servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego
permanente.
Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será
comunicada à Secretaria da Administração Federal da Presidência da
República, com a indicação dos respectivos membros titulares e
suplentes.
Como dito, para fins de concurso, as questões cobradas acerca deste tema e
dos que se seguem tendem a concentrar-se na literalidade das previsões
dessas normas, não havendo muita margem para cobrança de doutrina. Assim,
importante a familiarização com o texto legal, destacando seus aspectos mais
importantes.

1.2. REGRAS DEONTOLÓGICAS

O CÓDIGO DE ÉTICA principia relacionando uma série de regras de conduta,


dando-lhes o nome de "regras deontológicas", que são aquelas da moral, que
regem o comportamento dentro de uma determinada profissão.
A seguir a relação com todas as treze regras do Código, com destaques para
facilitar a compreensão:

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I. A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos
princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor
público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que
refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos,
comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da
honra e da tradição dos serviços públicos.
II. O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético
de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e
o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o
oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o
desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da
Constituição Federal.
III. A moralidade da Administração Pública não se limita à
distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que
o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a
finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a
moralidade do ato administrativo.
IV. A remuneração do servidor público é custeada pelos
tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e
por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade
administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua
aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como conseqüência, em fator
de legalidade.
V. O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a
comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio
bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse
trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio
VI. A função pública deve ser tida como exercício profissional
e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público.
Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida
privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida
funcional.
VII. Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou
interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem
preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos
termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo
constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.
VIII. Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode
omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria
pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode
crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da
opressão, ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a
dignidade humana quanto mais a de uma Nação.
IX. A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados

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ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal
uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa
causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem
pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou
má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às
instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que
dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços
para construí-los.
X. Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução
que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a
formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na
prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou
ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários
dos serviços públicos.
XI. O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de
seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim,
evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo
de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até
mesmo imprudência no desempenho da função pública.
XII. Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho
é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz
à desordem nas relações humanas.
XIII. O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura
organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e
de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande
oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação.

1.3. PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO

O Código de Ética, em seguida, enumera vários deveres do servidor público,


que não se confundem com os deveres previstos no art. 116 do Estatuto dos
Servidores Federais (Lei n° 8.112/90), o qual lança seus efeitos apenas aos
servidores estatutários. Os destaques são nossos, para facilitar o
entendimento.
XIV. São deveres fundamentais do servidor público:
a) Desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou
emprego público de que seja titular;
b) Exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e
rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver
situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de
qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em
que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;
c) Ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade
do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas

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opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;
d) Jamais retardar qualquer prestação de contas, condição
essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu
cargo;
e) Tratar cuidadosamente os usuários dos serviços,
aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o público;
f) Ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios
éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos;
g) Ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção,
respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários
do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de
raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição
social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;
h) Ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de
representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em
que se funda o Poder Estatal;
i) Resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de
contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores,
benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações morais, ilegais
ou aéticas e denunciá-las;
j) Zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências
específicas da defesa da vida e da segurança coletiva;
k) Ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua
ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente
em todo o sistema;
l) Comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato
ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências
cabíveis;
m) Manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho,
seguindo os métodos mais adequados à sua organização e distribuição;
n) Participar dos movimentos e estudos que se relacionem
com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a
realização do bem comum;
o) Apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao
exercício da função;
p) Manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço
e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções;
q) Cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções
superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível,
com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa
ordem;
r) Facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem
de direito;

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s) Exercer, com estrita moderação, as prerrogativas
funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo
contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e
dos jurisdicionados administrativos;
t) Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder
ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público,
mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer
violação expressa à lei;
u) Divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a
existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral
cumprimento.

1.4. VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO

De igual forma que o art. 117 da Lei n° 8.112/90 prevê vedações para os
estatutários, o Código de Ética também cuidou de relacionar uma série de
proibições, a saber:
XV. É vedado ao servidor público:
a) O uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição
e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para
outrem;
b) Prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores
ou de cidadãos que deles dependam;
c) Ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com
erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua
profissão;
d) Usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício
regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou
material;
e) Deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu
alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister;
f) Permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos,
paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o
público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas
hierarquicamente superiores ou inferiores;
g) Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de
ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem
de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o
cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o
mesmo fim;
h) Alterar ou deturpar o teor de documentos que deva
encaminhar para providências;

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i) Iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do
atendimento em serviços públicos;
j) Desviar servidor público para atendimento a interesse
particular;
k) Retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado,
qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público;
l) Fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito
interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou
de terceiros;
m) Apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele
habitualmente;
n) Dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra
a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana;
o) Exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a
empreendimentos de cunho duvidoso.

1.5. COMISSÕES DE ÉTICA

Esta deve ser uma das partes mais importantes no estudo deste Código, para
fins da prova. Assim determina:
XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública
Federal direta, indireta, autárquica e fundacional, ou em qualquer
órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder
público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de
orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no
tratamento com as pessoas e com o patrimônio público,
competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de
procedimento susceptível de censura.
Relembrando, o art. 2° do Decreto n° 1.171/1994, que aprovou este Código,
determinou que, em 60 dias, deveriam os órgãos e entidades da
Administração Pública Federal direta e indireta, ou qualquer órgão ou
entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, criar
suas comissões de ética.
De forma resumida, temos as seguintes atribuições da comissão de ética:
I - orientar e aconselhar o servidor sobre
a) a ética profissional;
b) o tratamento com as pessoas;
c) o tratamento com o patrimônio público.
II - tomar conhecimento
a) de imputação (autoria) de ato susceptível de censura;
b) do procedimento susceptível de censura.

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Por fim, acredito que vale a pena uma leitura do Decreto n° 6.029/2007 que, a
par de provocar algumas alterações no Decreto n° 1.171/94, como visto no
decorrer da aula, também, institui o Sistema de Gestão da Ética do Poder
Executivo Federal.

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DECRETO N° 6.029, DE 1° DE FEVEREIRO DE 2007.
0 PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o
art. 84, inciso VI, alínea "a", da Constituição,
DECRETA:
Art. 1o Fica instituído o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo
Federal com a finalidade de promover atividades que dispõem sobre a
conduta ética no âmbito do Executivo Federal, competindo-lhe:
1 - integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a ética
pública;
II - contribuir para a implementação de políticas públicas tendo a
transparência e o acesso à informação como instrumentos fundamentais
para o exercício de gestão da ética pública;
III - promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a compatibilização e
interação de normas, procedimentos técnicos e de gestão relativos à ética
pública;
IV - articular ações com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos de
incentivo e incremento ao desempenho institucional na gestão da ética
pública do Estado brasileiro.
Art. 2o Integram o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo
Federal:
I - a Comissão de Ética Pública - CEP, instituída pelo Decreto de 26 de
maio de 1999;
II - as Comissões de Ética de que trata o Decreto no 1.171, de 22 de
junho de 1994; e
III - as demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e órgãos
do Poder Executivo Federal.
Art. 3o A CEP será integrada por sete brasileiros que preencham os
requisitos de idoneidade moral, reputação ilibada e notória experiência
em administração pública, designados pelo Presidente da República, para
mandatos de três anos, não coincidentes, permitida uma única
recondução.
§ 1o A atuação no âmbito da CEP não enseja qualquer remuneração para
seus membros e os trabalhos nela desenvolvidos são considerados
prestação de relevante serviço público.
§ 2- O Presidente terá o voto de qualidade nas deliberações da Comissão.
§ 3- Os mandatos dos primeiros membros serão de um, dois e três anos,
estabelecidos no decreto de designação.
Art. 4o À CEP compete:
I - atuar como instância consultiva do Presidente da República e Ministros
de Estado em matéria de ética pública;

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II - administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração
Federal, devendo:
a) submeter ao Presidente da República medidas para seu
aprimoramento;
b) dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas, deliberando
sobre casos omissos;
c) apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas em desacordo com
as normas nele previstas, quando praticadas pelas autoridades a ele
submetidas;
III - dirimir dúvidas de interpretação sobre as normas do Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal de que
trata o Decreto no 1.171, de 1994;
IV - coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão da Ética
Pública do Poder Executivo Federal;
V - aprovar o seu regimento interno; e
VI - escolher o seu Presidente.
Parágrafo único. A CEP contará com uma Secretaria-Executiva, vinculada à
Casa Civil da Presidência da República, à qual competirá prestar o apoio
técnico e administrativo aos trabalhos da Comissão.
Art. 5o Cada Comissão de Ética de que trata o Decreto no 1171, de 1994,
será integrada por três membros titulares e três suplentes, escolhidos entre
servidores e empregados do seu quadro permanente, e designados pelo
dirigente máximo da respectiva entidade ou órgão, para mandatos não
coincidentes de três anos.
Art. 6o É dever do titular de entidade ou órgão da Administração Pública
Federal, direta e indireta:
I - assegurar as condições de trabalho para que as Comissões de Ética
cumpram suas funções, inclusive para que do exercício das atribuições de
seus integrantes não lhes resulte qualquer prejuízo ou dano;
II - conduzir em seu âmbito a avaliação da gestão da ética conforme
processo coordenado pela Comissão de Ética Pública.
Art. 7- Compete às Comissões de Ética de que tratam os incisos II e III
do art. 2o:
I - atuar como instância consultiva de dirigentes e servidores no âmbito
de seu respectivo órgão ou entidade;
II - aplicar o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto 1.171, de 1994,
devendo:
a) submeter à Comissão de Ética Pública propostas para seu
aperfeiçoamento;
b) dirimir dúvidas a respeito da interpretação de suas normas e deliberar
sobre casos omissos;

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c) apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em desacordo com as
normas éticas pertinentes; e
d) recomendar, acompanhar e avaliar, no âmbito do órgão ou entidade a
que estiver vinculada, o desenvolvimento de ações objetivando a
disseminação, capacitação e treinamento sobre as normas de ética e
disciplina;
III - representar a respectiva entidade ou órgão na Rede de Ética do
Poder Executivo Federal a que se refere o art. 9o; e
IV - supervisionar a observância do Código de Conduta da Alta
Administração Federal e comunicar à CEP situações que possam
configurar descumprimento de suas normas.
§ 1o Cada Comissão de Ética contará com uma Secretaria-Executiva,
vinculada administrativamente à instância máxima da entidade ou órgão,
para cumprir plano de trabalho por ela aprovado e prover o apoio técnico
e material necessário ao cumprimento das suas atribuições.
§ 2o As Secretarias-Executivas das Comissões de Ética serão chefiadas
por servidor ou empregado do quadro permanente da entidade ou órgão,
ocupante de cargo de direção compatível com sua estrutura, alocado sem
aumento de despesas.
Art. 8o Compete às instâncias superiores dos órgãos e entidades do Poder
Executivo Federal, abrangendo a administração direta e indireta:
I - observar e fazer observar as normas de ética e disciplina;
II - constituir Comissão de Ética;
III - garantir os recursos humanos, materiais e financeiros para que a
Comissão cumpra com suas atribuições; e
IV - atender com prioridade às solicitações da CEP.
Art. 9o Fica constituída a Rede de Ética do Poder Executivo Federal,
integrada pelos representantes das Comissões de Ética de que tratam os
incisos I, II e III do art. 2o, com o objetivo de promover a cooperação
técnica e a avaliação em gestão da ética.
Parágrafo único. Os integrantes da Rede de Ética se reunirão sob a
coordenação da Comissão de Ética Pública, pelo menos uma vez por ano,
em fórum específico, para avaliar o programa e as ações para a promoção
da ética na administração pública.
Art. 10. Os trabalhos da CEP e das demais Comissões de Ética devem ser
desenvolvidos com celeridade e observância dos seguintes princípios:
I - proteção à honra e à imagem da pessoa investigada;
II - proteção à identidade do denunciante, que deverá ser mantida sob
reserva, se este assim o desejar; e
III - independência e imparcialidade dos seus membros na apuração dos
fatos, com as garantias asseguradas neste Decreto.

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Art. 11. Qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica de direito
privado, associação ou entidade de classe poderá provocar a atuação da
CEP ou de Comissão de Ética, visando à apuração de infração ética
imputada a agente público, órgão ou setor específico de ente estatal.
Parágrafo único. Entende-se por agente público, para os fins deste
Decreto, todo aquele que, por força de lei, contrato ou qualquer ato
jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária, excepcional
ou eventual, ainda que sem retribuição financeira, a órgão ou entidade da
administração pública federal, direta e indireta.
Art. 12. O processo de apuração de prática de ato em desrespeito ao
preceituado no Código de Conduta da Alta Administração Federal e no
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal será instaurado, de ofício ou em razão de denúncia
fundamentada, respeitando-se, sempre, as garantias do contraditório e
da ampla defesa, pela Comissão de Ética Pública ou Comissões de Ética
de que tratam o incisos II e III do art. 2°, conforme o caso, que notificará
o investigado para manifestar-se, por escrito, no prazo de dez dias.
§ 1o O investigado poderá produzir prova documental necessária à sua
defesa.
§ 2- As Comissões de Ética poderão requisitar os documentos que
entenderem necessários à instrução probatória e, também, promover
diligências e solicitar parecer de especialista.
§ 3- Na hipótese de serem juntados aos autos da investigação, após a
manifestação referida no caput deste artigo, novos elementos de prova,
0 investigado será notificado para nova manifestação, no prazo de dez
dias.
§ 4o Concluída a instrução processual, as Comissões de Ética proferirão
decisão conclusiva e fundamentada.
§ 5o Se a conclusão for pela existência de falta ética, além das providências
previstas no Código de Conduta da Alta Administração Federal e no Código
de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, as
Comissões de Ética tomarão as seguintes providências, no que couber:
1 - encaminhamento de sugestão de exoneração de cargo ou função de
confiança à autoridade hierarquicamente superior ou devolução ao órgão
de origem, conforme o caso;
II -- encaminhamento, conforme o caso, para a Controladoria-Geral da
União ou unidade específica do Sistema de Correição do Poder Executivo
Federal de que trata o Decreto n o 5.480, de 30 de junho de 2005, para
exame de eventuais transgressões disciplinares; e
III - recomendação de abertura de procedimento administrativo, se a
gravidade da conduta assim o exigir.
Art. 13. Será mantido com a chancela de "reservado", até que esteja
concluído, qualquer procedimento instaurado para apuração de prática em
desrespeito às normas éticas.

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§ 1o Concluída a investigação e após a deliberação da CEP ou da
Comissão de Ética do órgão ou entidade, os autos do procedimento
deixarão de ser reservados.
§ 2o Na hipótese de os autos estarem instruídos com documento
acobertado por sigilo legal, o acesso a esse tipo de documento somente
será permitido a quem detiver igual direito perante o órgão ou entidade
originariamente encarregado da sua guarda.
§ 3o Para resguardar o sigilo de documentos que assim devam ser
mantidos, as Comissões de Ética, depois de concluído o processo de
investigação, providenciarão para que tais documentos sejam
desentranhados dos autos, lacrados e acautelados.
Art. 14. A qualquer pessoa que esteja sendo investigada é assegurado o
direito de saber o que lhe está sendo imputado, de conhecer o teor da
acusação e de ter vista dos autos, no recinto das Comissões de Ética,
mesmo que ainda não tenha sido notificada da existência do procedimento
investigatório.
Parágrafo único. O direito assegurado neste artigo inclui o de obter cópia
dos autos e de certidão do seu teor.
Art. 15. Todo ato de posse, investidura em função pública ou celebração
de contrato de trabalho, dos agentes públicos referidos no parágrafo
único do art. 11, deverá ser acompanhado da prestação de compromisso
solene de acatamento e observância das regras estabelecidas pelo Código
de Conduta da Alta Administração Federal, pelo Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal e pelo
Código de Ética do órgão ou entidade, conforme o caso.
Parágrafo único . A posse em cargo ou função pública que submeta a
autoridade às normas do Código de Conduta da Alta Administração
Federal deve ser precedida de consulta da autoridade à Comissão de Ética
Pública acerca de situação que possa suscitar conflito de interesses.
Art. 16. As Comissões de Ética não poderão escusar-se de proferir decisão
sobre matéria de sua competência alegando omissão do Código de
Conduta da Alta Administração Federal, do Código de Ética Profissional do
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal ou do Código de Ética do
órgão ou entidade, que, se existente, será suprida pela analogia e
invocação aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência.
§ 1o Havendo dúvida quanto à legalidade, a Comissão de Ética
competente deverá ouvir previamente a área jurídica do órgão ou
entidade.
§ 2o Cumpre à CEP responder a consultas sobre aspectos éticos que lhe
forem dirigidas pelas demais Comissões de Ética e pelos órgãos e
entidades que integram o Executivo Federal, bem como pelos cidadãos e
servidores que venham a ser indicados para ocupar cargo ou função
abrangida pelo Código de Conduta da Alta Administração Federal.

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Art. 17. As Comissões de Ética, sempre que constatarem a possível
ocorrência de ilícitos penais, civis, de improbidade administrativa ou de
infração disciplinar, encaminharão cópia dos autos às autoridades
competentes para apuração de tais fatos, sem prejuízo das medidas de
sua competência.
Art. 18. As decisões das Comissões de Ética, na análise de qualquer fato
ou ato submetido à sua apreciação ou por ela levantado, serão resumidas
em ementa e, com a omissão dos nomes dos investigados, divulgadas no
sítio do próprio órgão, bem como remetidas à Comissão de Ética Pública.
Art. 19. Os trabalhos nas Comissões de Ética de que tratam os incisos II e
III do art. 2o são considerados relevantes e têm prioridade sobre as
atribuições próprias dos cargos dos seus membros, quando estes não
atuarem com exclusividade na Comissão.
Art. 20. Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal darão
tratamento prioritário às solicitações de documentos necessários à
instrução dos procedimentos de investigação instaurados pelas Comissões
de Ética .
§ 1o Na hipótese de haver inobservância do dever funcional previsto no
caput, a Comissão de Ética adotará as providências previstas no inciso III
do § 5 o do art. 12.
§ 2- As autoridades competentes não poderão alegar sigilo para deixar de
prestar informação solicitada pelas Comissões de Ética.
Art. 21. A infração de natureza ética cometida por membro de Comissão
de Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2- será apurada pela
Comissão de Ética Pública.
Art. 22. A Comissão de Ética Pública manterá banco de dados de sanções
aplicadas pelas Comissões de Ética de que tratam os incisos II e III do
art. 2- e de suas próprias sanções, para fins de consulta pelos órgãos ou
entidades da administração pública federal, em casos de nomeação para
cargo em comissão ou de alta relevância pública.
Parágrafo único. O banco de dados referido neste artigo engloba as
sanções aplicadas a qualquer dos agentes públicos mencionados no
parágrafo único do art. 11 deste Decreto.
Art. 23. Os representantes das Comissões de Ética de que tratam os
incisos II e III do art. 2- atuarão como elementos de ligação com a CEP,
que disporá em Resolução própria sobre as atividades que deverão
desenvolver para o cumprimento desse mister.
Art. 24. As normas do Código de Conduta da Alta Administração Federal,
do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal e do Código de Ética do órgão ou entidade aplicam-se,
no que couber, às autoridades e agentes públicos neles referidos, mesmo
quando em gozo de licença.
Art. 25. Ficam revogados os incisos XVII, XIX, XX, XXI, XXIII e XXV do
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo

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Federal, aprovado pelo Decreto no 1.171, de 22 de junho de 1994, os arts.
2° e 3o do Decreto de 26 de maio de 1999, que cria a Comissão de Ética
Pública, e os Decretos de 30 de agosto de 2000 e de 18 de maio de 2001,
que dispõem sobre a Comissão de Ética Pública.
Art. 26. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.
Brasília, 1° de fevereiro de 2007; 186o da Independência e 119o da
República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

1.15. PARA GUARDAR

• Ética: é a ciência da moral.


• Decreto n° 1.171, de 22/06/1994: é o instrumento através do qual se
aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal.
• Direcionado exclusivamente aos servidores do Executivo Federal,
afastando sua aplicação dos servidores dos demais Poderes, bem como dos
milita res.
• Inclui não só a Administração direta, mas também a indireta:
autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia
mista, todas da União.
• Regras deontológicas (regem o comportamento dentro de uma
determinada profissão):
• A DIGNIDADE, O DECORO, O ZELO, A EFICÁCIA E A CONSCIÊNCIA
DOS PRINCÍPIOS MORAIS são primados maiores que devem nortear o
servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele.
• ELEMENTO ÉTICO: não basta decidir entre o legal e o ilegal, o
justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o
inoportuno. Deve também considerar entre o honesto e o desonesto.
• MORALIDADE da Administração Pública: não se limita à distinção
entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre
o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade poderá
consolidar a moralidade do ato administrativo.
• REMUNERAÇÃO do servidor público: custeada pelos tributos
pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se
exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no
Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade,
erigindo-se, como conseqüência, em fator de legalidade.
• TRABALHO: desenvolvido pelo servidor público perante a
comunidade e deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-
estar.
• FUNÇÃO PÚBLICA: deve ser tida como exercício profissional e,

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portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim,
os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada
poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

• Como regra, a PUBLICIDADE de qualquer ato administrativo


constitui requisito de eficácia e moralidade.
• DIREITO À VERDADE: o servidor não pode omiti-la ou falseá-la,
ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da
Administração Pública.
• A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao
serviço público caracterizam o esforço pela DISCIPLINA.
• Filas, ou qualquer outra espécie de ATRASO NA PRESTAÇÃO DO
SERVIÇO: caracteriza atitude contra a ética ou ato de desumanidade e grave
dano moral aos usuários dos serviços públicos.
• ORDENS LEGAIS de seus superiores: velar atentamente por seu
cumprimento.
• AUSÊNCIA INJUSTIFICADA: é fator de desmoralização do serviço
público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.
• Trabalhar sempre em HARMONIA com a estrutura organizacional,
respeitando seus colegas e cada concidadão.
• Deveres do servidor público:
• I - Desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou
emprego público de que seja titular;
• II - Exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e
rendimento;
• III - Ser probo, reto, leal e justo, escolhendo sempre, quando diante
de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;
• IV - Jamais retardar qualquer prestação de contas;
• V - Tratar cuidadosamente os usuários dos serviços;
• VI - Ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios
éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos;
• VII - Ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção,
respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do
serviço público, sem qualquer espécie de preconceito;
• VIII - Ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de
representar;
• IX - Resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de
contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores,
benesses ou vantagens indevidas e denunciá-las;
• X - Zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas
da defesa da vida e da segurança coletiva;
• XI - Ser assíduo e freqüente ao serviço;

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• XII - Comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato
ou fato contrário ao interesse público;
• XIII - Manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho;
• XIV - Participar dos movimentos e estudos que se relacionem
com a melhoria do exercício de suas funções;
• XV - Apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas;
• XVI - Manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço
e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções;
• XVII - Cumprir as tarefas de seu cargo ou função com critério,
segurança e rapidez;
• XVIII - Facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços;
• XIX - Exercer, com estrita moderação, as prerrogativas
funcionais;
• XX - Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder
ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público;
• XXI - Divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a
existência deste Código de Ética.
• Vedações ao servidor público:
• I - Usar do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e
influências, para obter qualquer favorecimento;
• II - Prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores
ou de cidadãos;
• III - Ser conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou
ao Código de Ética de sua profissão;
• IV - Procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por
qualquer pessoa;
• V - Deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu
alcance ou do seu conhecimento;
• VI - Permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos,
paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o
público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas
hierarquicamente superiores ou inferiores;
• VII - Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de
ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de
qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o
cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o
mesmo fim;
• VIII - Alterar ou deturpar o teor de documentos;
• IX - Iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do
atendimento em serviços públicos;
• X - Desviar servidor público para atendimento a interesse

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particular;
• XI - Retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado,
qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público;
• XII - Fazer uso de informações privilegiadas;
• XIII - Apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele
habitualmente;
• XIV - Dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra
a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana;
• XV - Exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a
empreendimentos de cunho duvidoso.
• Comissões de ética:
• Deve ser criada (em 60 dias) em todos os órgãos e entidades da
Administração Pública Federal direta, indireta, autárquica e fundacional, ou em
qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder
público.
• É encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do
servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público,
competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de
procedimento susceptível de censura.
• Atribuições:
• I - orientar e aconselhar o servidor sobre
• a ética profissional;
• o tratamento com as pessoas;
• o tratamento com o patrimônio público.
• II - tomar conhecimento
• de imputação (autoria) de ato susceptível de censura;
• do procedimento susceptível de censura.
• INCUMBÊNCIA: prestar informações que subsidiem a gestão do quadro
de carreiras dos servidores.
• Penalidade aplicável pela comissão de ética: censura, apenas.
• Servidor público: é todo aquele que, por força de lei, contrato ou de
qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou
excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou
indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as
fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as
sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o
interesse do Estado.

1.15. QUESTÕES DE CONCURSOS PÚBLICOS

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1. (AFRF/2000) São vedações ao servidor público, previstas no Código de
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto
n° 1.171, de 22.06.94), exceto:
a) proceder a práticas religiosas no recinto do serviço.
b) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a
empreendimentos de cunho duvidoso.
c) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em
serviços públicos.
d) desviar servidor público para atendimento a interesse particular.
e) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para
providências.

2. (AFRF/2002-1) Pelo Código de Ética do Servidor Público Federal,


aprovado pelo Decreto n° 1.171, de 22 de junho de 1994, a sanção aplicada
pela Comissão de Ética é de:
a) multa
b) advertência
c) suspensão
d) censura
e) repreensão

3. (ESAF/ANEEL/2006) De acordo com o Código de Ética Profissional do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, é vedado ao servidor
público:
I. ser sócio de empresa que explore atividade considerada ilegal ou imoral.
II. sugerir ao usuário do serviço público que dê uma colaboração em dinheiro
para as reuniões de confraternização da repartição.
III. deixar de dar regular andamento a um processo administrativo porque o
interessado é seu desafeto.
IV. determinar a servidor subordinado que realize serviços do seu interesse
particular (interesse do mandante).
V. deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu
conhecimento para atendimento do seu mister.
Estão corretas:
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
c) apenas as afirmativas II, III e IV.
d) apenas as afirmativas II e IV.
e) apenas as afirmativas III e IV.

4. (AFRF/2002-2) O fato de um servidor público federal, investido em cargo


que lhe confere competência legal para conceder determinado benefício fiscal e
no exercício dessa sua função, deliberadamente, concede esse benefício a
alguém, mas sem a observância das formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie, causando com isso lesão ao Erário:
a) comete ato de improbidade administrativa, como tal previsto em lei (Lei
n° 8.429/92, art. 10).
b) comete apenas infração administrativa, punível com a penalidade de

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suspensão (Lei n° 8.112/90, arts. 117/IX e 130).
c) comete infração capitulada como crime funcional contra a ordem
tributária (Lei n° 8.137/90, art. 3°).
d) não comete nenhuma infração prevista em lei como passível de punição.
e) viola o Código de Ética (Decreto n° 1.171/94), mas isso não é tipificado
como ato de improbidade nem como crime funcional contra a ordem tributária.

5. (MPSP/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2002) Assinale a alternativa que contraria


norma constitucional referente aos princípios da Administração Pública.
(A) A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas
áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores
administrativos, na forma da lei.
(B) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não
poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.
(C) A divulgação de programas e obras dos órgãos públicos é absolutamente
vedada.
(D) O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável
uma vez, por igual período.
(E) Em regra, é proibida a acumulação remunerada de cargos públicos, mas
admitem-se exceções.

6. (CONTROLADOR DE ARRECADAÇÃO/RIO DE JANEIRO/2002) A qualidade do


serviço público prestado à população, a que corresponde o direito do usuário
de exigi-la, é consectário do princípio constitucional da:
(A) eficiência
(B) moralidade
(C) motivação necessária
(D) continuidade dos serviços públicos

7. (CONTROLADOR DE ARRECADAÇÃO/RIO DE JANEIRO/2002) Só é legítima a


atividade do administrador público se estiver condizente com preexistente
norma geral, impessoal e abstrata que a autorize. O enunciado traduz o
princípio da:
(A) moralidade
(B) legalidade
(C) publicidade
(D) impessoalidade

8. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT-5/2003) É expressão do princípio da


legalidade, relativamente à atuação da Administração Pública, a
(A) obrigação de o Administrador praticar apenas os atos que a lei
expressamente determinar.
(B) vinculação do Administrador aos textos normativos infralegais, oriundos de
autoridades superiores.
(C) possibilidade de o Administrador praticar quaisquer atos que não sejam
expressamente vedados pela lei.
(D) necessidade de os atos administrativos com força de lei estarem em
conformidade com as disposições constitucionais.

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(E) permissão para a prática de atos administrativos que sejam expressamente
autorizados pela lei, ainda que mediante simples atribuição de competência.

9. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT-5/2003) Como possível corolário do


princípio da impessoalidade, pode-se afirmar que
(A) é vedado à autoridade administrativa identificar-se pessoalmente na
prática de qualquer ato.
(B) a nomeação e o provimento em cargo em comissão não poderão levar em
consideração as características pessoais do nomeado.
(C) deverá a Administração Pública evitar tratar desigualmente os
administrados, na medida do possível, em razão de circunstâncias pessoais de
cada um deles.
(D) a Administração Pública não poderá identificar-se como tal na divulgação
de obras e serviços públicos.
(E) fica vedada a publicidade dos atos praticados pela Administração Pública.

10. (CESPE/UnB/AFPS) Julgue os seguintes itens, relativos aos princípios


constitucionais da administração pública:
I - Contraria o princípio constitucional de publicidade da administração pública
o fato de um fiscal de contribuições previdenciárias autuar empresa
exclusivamente porque o proprietário é seu desafeto.
II - Uma vez que a licitação permite a disputa de várias pessoas que
satisfaçam a critérios da lei e do edital, é correto afirmar que, com isso, estão
sendo observados os princípios constitucionais da isonomia, da legalidade e da
impessoalidade da administração pública.

11. (AFC-CGU/ESAF/2004) Entre os princípios básicos da Administração


Pública, conquanto todos devam ser observados em conjunto, o que se aplica,
particular e apropriadamente, à exigência de o administrador, ao realizar uma
obra pública, autorizada por lei, mediante procedimento licitatório, na
modalidade de menor preço global, no exercício do seu poder discricionário, ao
escolher determinados fatores, dever orientar-se para o de melhor
atendimento do interesse público, seria o da
a) eficiência
b) impessoalidade
c) legalidade
d) moralidade
e) publicidade

12 - (ESAF/CGU/2006) De acordo com o Código de Ética Profissional do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto n.
1.171, de 22.6.1994 "o servidor público não poderá jamais desprezar o
elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o
legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o
oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto,
consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4o, da Constituição
Federal". Esse enunciado expressa
a) o princípio da legalidade na Administração Pública.

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b) a regra da discricionariedade dos atos administrativos.
c) a impossibilidade de um ato administrativo, praticado de acordo com a lei,
ser impugnado sob o aspecto da moralidade.
d) um valor ético destinado a orientar a prática dos atos administrativos.
e) que todo ato legal é também justo.

13 - (ESAF/CGU/2006) O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil


do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto n. 1.171, de 22.6.1994,
exalta alguns valores que devem ser observados no exercício da função
pública, a saber:
I. verdade, como um direito do cidadão, ainda que contrária aos seus
interesses ou da Administração.
II. dignidade, que deve estar refletida em comportamentos e atitudes
direcionados à preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.
III. moralidade, representada pelo equilíbrio entre a legalidade e a finalidade
do ato.
IV. decoro, que deve ser mantido pelo servidor não apenas no local de
trabalho, mas, também, fora dele.
V. cortesia, boa vontade e respeito pelo cidadão que paga os seus tributos.
Estão corretas
a) apenas as afirmativas II, III, IV e V.
b) as afirmativas I, II, III, IV e V.
c) apenas as afirmativas I, II, III e V.
d) apenas as afirmativas I, III, IV e V.
e) apenas as afirmativas III, IV e V.

14 - (ESAF/CGU/2006) De acordo com o Código de Ética Profissional do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto n.
1.171, de 22.6.1994, é vedado ao servidor público:
I. receber gratificação financeira para o cumprimento de sua missão.
II. ser sócio de empresa que explore jogos de azar não-autorizados.
III. informar, a um seu amigo de muitos anos, do conhecimento que teve, em
razão das funções, de uma minuta de medida provisória que, quando
publicada, afetará substancialmente as aplicações financeiras desse amigo.
IV. permitir que simpatias ou antipatias interfiram no trato com o público.
V. ser, em função do seu espírito de solidariedade, conivente com seu colega
de trabalho que cometeu infração de natureza ética.
Estão corretas:
a) apenas as afirmativas I, II, IV e V
b) as afirmativas I, II, III, IV e V.
c) apenas as afirmativas I, II, III, e V.
d) apenas as afirmativas I, II e V.
e) apenas as afirmativas I e II.

15 - (ESAF/CGU/2006) De acordo com o Código de Ética Profissional do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto n.
1.171, de 22.6.1994, são deveres fundamentais do servidor público:

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IV. os servidores do Poder Legislativo.
V. os servidores do Poder Judiciário.
Estão corretas
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas I, IV e V.
c) apenas as afirmativas I e III.
d) apenas as afirmativas I, II e III.
e) nenhuma das afirmativas está correta.

18 - (ESAF/ANEEL/2006) Ética no setor público pode ser qualificada como:


I. o padrão de comportamento que cada servidor estabelece como adequado à
sua conduta.
II. o conjunto de valores e regras estabelecidos com a finalidade de orientar a
conduta dos servidores públicos.
III. cumprimento dos deveres e finalidades para os quais o serviço público foi
criado.
IV. cuidar para que os usuários do serviço público sejam tratados com
respeito, cortesia, honestidade e humanidade.
V. não utilizar o cargo público para atendimento de interesses e sentimentos
pessoais.
Estão corretas:
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
c) apenas as afirmativas II, III, IV e V.
d) apenas as afirmativas II, III e IV.
e) apenas as afirmativas IV e V.

19 - (ESAF/ANEEL/2006) De acordo com o Código de Ética Profissional do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, "a moralidade da
Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo
ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre
a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor, é que poderá consolidar a
moralidade do ato administrativo". Esse enunciado expressa:
I. um valor ético destinado a orientar a prática dos atos administrativos.
II. uma regra de conduta consubstanciada num dever.
III. a impossibilidade de um ato administrativo, praticado de acordo com a lei,
ser impugnado sob o aspecto da moralidade.
IV. que a finalidade do ato administrativo influencia a sua análise sob o
aspecto da moralidade.
V. que todo ato legal é também moral.
Estão corretas:
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
c) apenas as afirmativas II, IV e V.
d) apenas as afirmativas II, III e IV.
e) apenas as afirmativas I e IV.

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20 - (CESPE/ABIN/2008) Julgue os itens a seguir de acordo com o Código de
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo federal.
I - O servidor deve comportar-se com base na conduta ética, ainda que essa
conduta venha a violar dispositivo legal.
II - Os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia do servidor em sua vida
privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional,
podendo caracterizar, inclusive, violação ao Código de Ética, o que será
passível de censura.

21 - (CESPE/ABIN/2008) Com base no Código de Ética Profissional do Servidor


Público Civil do Poder Executivo Federal — Decreto n.° 1.171/1994 —, julgue
os itens que se seguem.
I - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse
superior do Estado e da administração pública, a serem preservados em
processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de
qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade,
ensejando sua omissão um comprometimento ético contra o bem comum,
imputável a quem a negar.
II - A comissão de ética tem competência para aplicar a pena de censura ou
advertência.

22 - (FUNRIO/SUFRAMA/2008) A função pública deve ser tida como exercício


profissional e, portanto, se integrar à vida particular de cada agente público,
que é entendido como aquele que
A) cumpre estágio probatório, ocupa cargo estável, efetivo ou cargo em
comissão da Administração Direta.
B) exerce atividade pública remunerada na Administração Direta e Autarquias.
C) por força de lei ou por qualquer ato jurídico preste serviço permanente,
temporário. eventual ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira,
para a Administração Pública
D) exerce atividade pública remunerada na Administração Pública, exceto nas
empresas de economia mista e empresas públicas.
E) exerce atividade pública remunerada pelo erário na Administração Pública.

23 - (FUNRIO/SUFRAMA/2008) A Administração Pública de qualquer dos


Poderes Nacionais obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência. O Código de Ética Profissional do Servidor
Público considera consolidada a moralidade quando há
A) cortesia, boa vontade, cuidado e tempo dedicado pelo agente público ao
serviço público.
B) equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do agente público.
C) assiduidade e pontualidade do servidor ao seu local de trabalho.
D) rapidez, perfeição e rendimento no exercício de suas atribuições.
E) obediência aos prazos de prestação de contas, condição essencial na gestão
da coisa pública.

24 - (FUNRIO/SUFRAMA/2008) A qualquer pessoa que esteja sendo


investigada é assegurado o direito de conhecer o teor da acusação

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A) somente após ser notificada com objetivo de preservar a instauração do
processo investigatório.
B) antes mesmo de ser notificado e, nesse caso, não podendo ter vistas ao
processo e obter cópia dos autos.
C) antes de ser notificado, para apresentação de defesa prévia que, se aceita,
evitará a instauração do procedimento investigatório.
D) além de ter vistas dos autos no recinto das Comissões de Ética e obtenção
de cópia dos autos e de certidão de seu teor.
E) através de notificação formal, não podendo ter vistas ao processo pelo seu
caráter sigiloso.

25 - (CESGRANRIO/ANP/2008) Tendo como referência o Código de Ética,


aprovado pelo Decreto no 1.171, de 22 de junho de 1994, incluídas suas
alterações posteriores, bem como as disposições pertinentes da Lei n° 8.112,
de 11 de dezembro de 1990, consolidada com as suas várias alterações
posteriores, analise as afirmações a seguir.
I - O referido código só é aplicável aos servidores efetivos, não vinculando os
servidores temporários.
II - A comissão de ética tem como atribuição fornecer dados, para utilização
nos processos de progressão funcional dos servidores.
III - A formação de uma comissão de ética específica, no âmbito dos diversos
órgãos federais, é compulsória.
IV- A comissão de ética pode aplicar a pena de suspensão, prevista na Lei no
8.112, de 1990, considerada sua alteração no referido Decreto.
É(São) verdadeira(s) APENAS a(s) afirmativa(s)
(A) I
(B) I e III
(C) I e IV
(D) II e III
(E) II e IV

26 - (CESGRANRI0/CEF/2008) Considerando o padrão ético a ser observado


pelo servidor público do Poder Executivo Federal, pode-se afirmar que a este:
I - é vedado o uso de amizades para obter qualquer favorecimento, para si ou
para outrem;
II - compete facilitar a fiscalização de seus atos, por quem de direito;
III - é vedado permitir que antipatias pessoais interfiram no trato com o
público;
IV- compete cumprir, sem questionamento, as instruções recebidas de seus
superiores hierárquicos, ainda que, segundo seu julgamento, sejam estas
contrárias às normas legais.
Estão corretas as afirmativas
(A) I e III, apenas.
(B) II e III, apenas.
(C) I, II e III, apenas.
(D) I, III e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.

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27 - (FCC/INFRAERO/2009) Em conformidade com o decreto que aprovou o
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal, a pena aplicável e imposta pela Comissão de Ética a um empregado
público da INFRAERO deve ser a de
(A) censura, e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado
por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.
(B) multa correspondente a 10% dos vencimentos líquidos desse empregado
na data do evento faltoso,
a ser descontada em até 5 parcelas.
(C) suspensão pelo prazo de até 60 dias, e será anotada no prontuário do
faltoso, após sua ciência formal ou de seu representante legal.
(D) declaração de inidoneidade, devendo ser registrada na própria decisão,
assinada pela maioria Absoluta de seus integrantes ou suplentes, com ciência
do faltoso.
(E) suspensão pelo prazo de até 30 dias, cuja decisão deverá ficar registrada
nos respectivos autos, para
posterior ciência do faltoso.

28 - (ESAF/ATA-MF/2009) Conforme disciplinado pelo Decreto n. 1.171, de 22


de junho de 1994, são deveres fundamentais do servidor público federal,
exceto:
a) utilizar-se, a todo tempo, das prerrogativas funcionais que lhe sejam
atribuídas.
b) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da
defesa da vida e da segurança coletiva.
c) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento.
d) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do
exercício de suas funções.
e) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito.

29 - (ESAF/ANA/2009) De acordo com o Decreto n. 1.171/1994 (Código de


Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal), é
vedado ao servidor público:
I. aceitar ajuda financeira, para si ou para familiares, fornecida pela parte
interessada, para fins de praticar ato regular e lícito, inserido em sua esfera de
atribuições;
II. fazer uso de informação privilegiada obtida no âmbito interno do seu
serviço, salvo quando a informação afetar interesse do próprio servidor;
III. utilizar, para fins particulares, os serviços de servidor público subordinado;
IV. utilizar-se da influência do cargo para obter emprego para um parente
próximo;
V. procrastinar a decisão a ser proferida em processo de sua competência
porque tem antipatia pela parte interessada.
Estão corretas:
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
c) apenas as afirmativas I, III, IV e V.
d) apenas as afirmativas I, II, III e V.

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e) apenas as afirmativas III, IV e V.

30 - (ESAF/ANA/2009) De acordo com o Código de Ética Profissional do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal:
I. a ética no serviço público exige do servidor uma conduta não apenas de
acordo com a lei, mas, também, com os valores de justiça e honestidade;
II. o servidor não pode omitir a verdade, ainda que contrária aos interesses da
Administração;
III. a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia
e moralidade, salvo nos casos em que a lei estabelecer o sigilo;
IV. as longas filas que se formam nas repartições públicas não podem ser
qualificadas como causadoras de dano moral aos usuários dos serviços públicos
porque não decorrem de culpa do servidor, mas sim da Administração;
V. para consolidar a moralidade do ato administrativo é necessário que haja
equilíbrio entre a legalidade e a finalidade na conduta do servidor.
Estão corretas:
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas I, II, III e V.
c) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
d) apenas as afirmativas I, III, IV e V.
e) apenas as afirmativas I, III e IV.

31 - (CESPE/ANATEL/Analista/2009) Acerca do Código de Ética Profissional do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, julgue os itens a seguir.
I A publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e
moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem
comum, imputável a quem a negar, sendo ressalvados, apenas, os casos de
segurança nacional e investigações policiais.
II O trabalho que o servidor público desenvolve perante a comunidade é um
acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que este é também um cidadão,
integrante da sociedade. Em decorrência, o êxito desse trabalho pode ser
considerado como seu maior patrimônio, e sua remuneração, custeada pelos
tributos pagos direta ou indiretamente por todos, exige, como contrapartida,
que a moralidade administrativa se integre no direito, como elemento
indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como
consequência, em fator de legalidade.
III O servidor público deve saber que causará dano moral quando tratar mal
uma pessoa que paga tributos direta ou indiretamente, bem como quando
deixar qualquer pessoa à espera de solução que compita ao setor em que
exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra
espécie de atraso na prestação do serviço. Isso não caracteriza apenas atitude
contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral
aos usuários dos serviços públicos.
IV O servidor público deve abster-se, de forma absoluta, de exercer sua
função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público,
ainda que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer
violação expressa à lei. Deve, isto sim, exercer as prerrogativas funcionais que
lhe sejam atribuídas, com estrita moderação, abstendo-se de fazê-lo

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contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos
jurisdicionados administrativos.
V O servidor da ANATEL deve ter consciência de que seu trabalho é regido por
princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços
públicos. Para que isso ocorra, deve ele ser probo, reto, leal, justo e cortês,
respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do
serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça,
sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social,
escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e mais
vantajosa para a ANATEL, aperfeiçoando, com isso, o processo de comunicação
corporativa.
VI São deveres dos titulares de entidade ou órgão da administração pública
federal, direta e indireta: conduzir em seu âmbito a avaliação da gestão da
ética conforme processo coordenado pela Comissão de Ética Pública, bem
como assegurar as condições de trabalho para que as comissões de ética
cumpram suas funções, inclusive para que do exercício das atribuições de seus
integrantes não lhes resulte qualquer prejuízo ou dano.
VII A proteção à honra e à imagem da pessoa investigada, a proteção à
identidade do denunciante — que deve ser mantida sob reserva, se este assim
0 desejar —, bem como a independência e imparcialidade dos seus membros
na apuração dos fatos são princípios que devem ser observados pelas
comissões de ética em seus trabalhos.

32 - (CESPE/MDS/Agente/2009) A insatisfação com a conduta ética no serviço


público é fato constantemente criticado pela sociedade brasileira. Diante desse
cenário, é natural que a sociedade seja mais exigente com a conduta daqueles
que desempenham atividades no serviço e na gestão de bens públicos. Acerca
da ética, da moral e das condutas no serviço público, julgue os itens a seguir.
1 - O código de ética do servidor público é o conjunto de regulamentos que
estabelece parâmetros para a punição dos servidores infratores.
II - Toda conduta antiética do servidor público deve ser punida, ainda que
identificada fora da repartição.
III - Os padrões éticos que devem ser seguidos pelos servidores públicos são
definidos pela própria natureza do serviço, isto é, pelo caráter público das
relações estabelecidas com a coletividade.
IV - O código de ética não oferece margem para interpretações errôneas no
que se refere a questões que envolvam interesses particulares, as quais devem
ser priorizadas em detrimento daquelas que dizem respeito aos interesses
públicos.

33 - (CESPE/MDS/Agente/2009) Considerando o código de ética do servidor


público federal, julgue os itens subsequentes.
I - O agente público deve buscar o equilíbrio entre legalidade e finalidade, com
o objetivo de consolidar a moralidade do ato administrativo praticado.
II - A atuação do servidor público deve ser pautada pelas normas,
desconsiderando a confiança que lhe foi depositada pela sociedade.
III - As ordens de superiores hierárquicos devem ser consideradas, mesmo que
contrariem os preceitos do código de ética do servidor.

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IV - Um servidor que permite que um processo seja guardado na gaveta, e não
solucionado a contento, pode ser acusado de usar de artifícios para
procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa.

34 - (ESAF/AFT/2010) De acordo com o Código de Ética Profissional do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, o servidor público deve:
I. exercer, com estrita moderação, as prerrogativas do cargo, abstendo-se de
usá-las em benefício próprio ou de terceiro.
II. escolher a opção que melhor atenda aos interesses do governo, quando
estiver diante de mais de uma.
III. zelar pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança
coletiva, quando no exercício do direito de greve.
IV. agir com cortesia, boa vontade e respeito pelo cidadão que paga os seus
tributos.
V. resistir às pressões ilegais ou aéticas e denunciá-las, mesmo que os
interessados sejam seus superiores hierárquicos.
Estão corretas:
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas I, II e V.
c) apenas as afirmativas I, II e IV.
d) apenas as afirmativas I, II e III.
e) apenas as afirmativas I, III, IV e V.

35 - (ESAF/AFT/2010) De acordo com o Código de Ética Profissional do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, é vedado ao servidor
público:
I. solicitar a um servidor, que lhe é subordinado, que decida a pretensão
deduzida por um amigo seu, de acordo com o que foi por ele postulado.
II. ser sócio de empresa que explore jogos de azar não autorizados.
III. informar a um amigo o teor de um ato governamental, ainda não
publicado, o qual afetará interesses de muitas pessoas, inclusive desse mesmo
amigo.
IV. determinar a um outro servidor, que lhe é subordinado, que execute
algumas tarefas que são do seu interesse particular (interesse do mandante),
salvo se o mandante ocupar cargo de elevada posição na hierarquia funcional.
V. fazer exigências desnecessárias que retardem o exercício regular de um
direito, pelo seu titular.
Estão corretas:
a) apenas as afirmativas I, II, III e V.
b) apenas as afirmativas II, III, IV e V.
c) as afirmativas I, II, III, IV e V.
d) apenas as afirmativas III, IV e V.
e) apenas as afirmativas II e IV.

36 - (ESAF/AFT/2010) A esposa de um servidor público é advogada e fez a


defesa administrativa de uma empresa autuada pela fiscalização do Ministério
do Trabalho e Emprego. Os honorários que ela pactuou com essa empresa,
para a realização da defesa, foi com base no resultado (contrato de êxito).

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Esse servidor é a autoridade competente para apreciar a defesa e julgar a
autuação. Neste caso esse servidor:
a) pode dar-se por suspeito se alguém arguir sua suspeição.
b) não está impedido, mas pode dar-se por suspeito, por razões de foro
íntimo.
c) deve, necessariamente, dar-se por suspeito.
d) está impedido de atuar no feito.
e) não está impedido de atuar no feito nem obrigado a dar-se por suspeito,
ainda que alguém argua a sua suspeição.

37 - (CESPE/Previc/Especialista/2011) Com base no disposto no Código


de Ética Profissional do Serviço Público, julgue os itens subsecutivos.
I - Compete ao órgão em que o servidor exerce suas funções mantê-lo
informado e atualizado em relação às instruções, às normas de serviço e
à legislação pertinentes ao exercício dessas funções.
II - Os atos praticados por servidores públicos no âmbito de sua vida
privada influenciam no conceito atribuído a sua vida funcional.
III - A comissão de ética de uma fundação pública, além de ser a
encarregada de orientar e aconselhar o servidor sobre o exercício de
uma conduta ética no ambiente profissional, é autorizada a aplicar-lhe
pena de suspensão, em caso de comprovada falha do servidor em sua
conduta pública.
IV - É vedado o uso de artifícios para procrastinar o exercício regular de
direito por qualquer pessoa.
V - O acúmulo de cargo de professor e cargo técnico, ainda que
juridicamente legal, contraria o princípio do decoro.

38 - (ESAF/PMRJ/Fiscal/2010) De acordo com o Código de Ética Profissional do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Municipal, aprovado pelo Decreto n°
13.319, de 20 de outubro de 1994, são deveres fundamentais do servidor
público:
I. abster-se de exercer as prerrogativas funcionais do cargo de forma contrária
aos legítimos interesses dos usuários do serviço público;
II. facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de direito;
III. materializar os princípios éticos mediante a adequada prestação dos
serviços públicos;
IV. não omitir a verdade, ainda que contrária aos interesses da Administração;
V. exigir de seus superiores hierárquicos as providências cabíveis relativas a
ato ou fato contrário ao interesse público que tenha levado ao conhecimento
deles.
Estão corretas:
a) apenas as afirmativas II, III, IV e V.
b) as afirmativas I, II, III, IV e V.
c) apenas as afirmativas I, II, IV e V.
d) apenas as afirmativas I, II, e IV.
e) apenas as afirmativas II, III e IV.

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39 - (ESAF/PMRJ/Fiscal/2010) De acordo com o Código de Ética Profissional do
Servidor Público Civil do Poder Executivo Municipal, aprovado pelo Decreto n.
13.319, de 20 de outubro de 1994, é vedado ao servidor público:
I. fazer uso de informação privilegiada obtida no âmbito interno do seu serviço,
salvo quando a informação afetar interesse do próprio servidor;
II. determinar a servidor que lhe é subordinado que realize serviços do seu
interesse particular (do interesse particular do mandante);
III. utilizar-se da influência do cargo para obter emprego para um parente
próximo;
IV. procrastinar decisão a ser proferida em processo de sua competência, em
razão de antipatia pela parte interessada;
V. aceitar ajuda financeira, para si ou para familiares, fornecida pela parte
interessada, para fins de praticar ato regular e lícito, inserido em sua esfera de
atribuições.
Estão corretas:
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas I , II, IV e V.
c) apenas as afirmativas II, III, IV e V.
d) apenas as afirmativas I, II, e IV.
e) apenas as afirmativas II, III e IV.

40 - (ESAF/PMRJ/Agente/2010) De acordo com o Código de Ética Profissional


do Servidor Público Civil do Poder Executivo Municipal, aprovado pelo Decreto
n. 13.319, de 20 de outubro de 1994:
I. o servidor público não pode omitir a verdade, ainda que contrária aos
interesses da própria pessoa interessada ou da Administração;
II. os atos da vida privada do servidor público poderão acrescer ou diminuir o
seu bom conceito na vida funcional;
III. a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia
e moralidade, salvo nos casos em que, nos termos da lei, deva-se manter o
sigilo;
IV. é vedado ao servidor público participar de organização que atente contra a
dignidade da pessoa humana;
V. é dever do servidor público resistir às pressões ilegais ou aéticas e
denunciá-las, mesmo que os interessados sejam seus superiores hierárquicos.
Estão corretas:
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas I, III, IV e V.
c) apenas as afirmativas I, II, III e V.
d) apenas as afirmativas I, III e V.
e) apenas as afirmativas IV e V.

41 - (ESAF/PMRJ/Agente/2010) Dispõe o inciso II do Código de Ética


Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Municipal, aprovado
pelo Decreto n. 13.319, de 20 de outubro de 1994, que "o servidor público não
poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que
decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto

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e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput e § 4°, da
Constituição Federal".
É correto afirmar, em observância a essa regra deontológica, que o servidor
público, no exercício das funções:
I. não deve dar efetividade às normas legais que, a seu juízo, são injustas;
II. deve optar pelo ato que, a seu juízo, seja justo, mesmo que seja ilegal;
III. é livre para exercer o juízo de conveniência e oportunidade do ato
administrativo, mesmo que a lei estabeleça prazo e condições para a prática do
mesmo;
IV. deve agir sempre de forma honesta, tanto em relação ao cidadão quanto à
Administração Pública;
V. deve manter conduta que revele um padrão ético na Administração Pública,
mesmo que isso não lhe traga prestígio pessoal ou funcional.
Estão corretas:
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas I, III, IV e V.
c) apenas as afirmativas I, II, III e V.
d) apenas as afirmativas I, III e V.
e) apenas as afirmativas IV e V.

42 - (CESPE/UERN/Agente/2010) A moralidade da administração pública não


deve ser limitada tão somente à distinção entre o bem e o mal. De acordo com
0 que dispõe o Código de Ética do Servidor Público, o fim almejado deve ser,
sempre,
A o atendimento às razões do Estado.
B a manutenção da ordem e a realização do progresso.
C o bem comum.
D o interesse da maioria.
E a preservação da estrutura corporativa do Estado.

43 - (CESPE/UERN/Agente/2010) De acordo com o respectivo Código de Ética,


constitui dever fundamental do servidor público
1 ter a consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se
materializam na adequada prestação dos serviços públicos.
II resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes,
interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou
vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas.
III abdicar dos seus interesses pessoais, bem como dos meandros da vida
privada, em função dos interesses maiores da sociedade brasileira, e vivenciar
a prestação dos serviços públicos como um verdadeiro sacerdócio.
IV estimular a prática da eugenia e disseminar os valores éticos no serviço
público.
Estão certos apenas os itens
A I e II.
B I e III.
C II e IV.
D I, III e IV.
E II, III e IV.

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44 - (CESPE/UERN/Agente/2010) A comissão de ética prevista no Código de


Ética do Servidor Público é encarregada de
A conhecer concretamente de imputação de infrações penais e crimes contra o
patrimônio público.
B processar e julgar os crimes contra o Sistema Financeiro Nacional.
C processar e julgar os crimes contra a fé pública.
D orientar e aconselhar acerca da ética profissional do servidor público, no
tratamento com as pessoas e com o patrimônio público.
E processar e julgar as transgressões contra a regulamentação ética das
carreiras públicas, bem como aplicar as sanções penais cabíveis.

45 - (CESPE/UERN/Agente/2010) É proibido ao servidor público


I pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda
financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer
espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua
missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim.
II usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito
por qualquer pessoa, de modo a causar dano moral ou material, bem como
fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu
serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros.
III usar o cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências
para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem, bem como desviar
servidor público para atendimento a interesse particular.
IV usar símbolos que evidenciem sua filiação religiosa no ambiente de
trabalho.
V consumir medicamentos sem prescrição médica, bem como dar o seu
concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a
dignidade da pessoa humana.
Estão certos apenas os itens
A I e II.
B IV e V.
C I, II e III.
D I, III, IV e V.
E II, III, IV e V.

46 - (CESPE/UERN/Agente/2010) Maria, servidora pública no estado do Rio


Grande do Norte, portadora de necessidades especiais, necessita dirigir-se
periodicamente ao banheiro para esvaziar sua sonda. Ocorre que João, um
antigo colega de escola, trabalha agora com Maria na mesma repartição e,
sabendo de seu apelido de infância — Maria Caixa D'água —, frequentemente a
constrange diante dos colegas e do público em geral referindo-se a ela nesses
termos.
De acordo com o que dispõe o Código de Ética do Servidor Público e com
relação à conduta de João, citada na situação hipotética acima, assinale a
opção correta.

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A Nada pode ser feito contra João, pois a regulamentação ética do serviço
público não pode cercear o direito de expressão, por ser esse uma garantia
constitucional de todo e qualquer cidadão.
B Essa conduta não viola o referido Código, pois a utilização do antigo apelido
de infância de Maria é uma forma de demonstrar carinho e aceitação. Se Maria
sente-se constrangida, isso se deve aos seus bloqueios psicológicos.
C Essa é uma questão unicamente legal, sem qualquer repercussão de ordem
ética ou moral; no entanto, João pode ser denunciado pela prática do crime de
constrangimento ilegal.
D A conduta descrita é considerada gravíssima, devendo João, por
conseguinte, ser processado e julgado pela Comissão de Ética no Serviço
Público, que poderá condená-lo a indenizar Maria por danos morais, bem como
obrigá-lo à prestação de serviços comunitários.
E A conduta de João é reprovável, pois é vedado ao servidor público prejudicar
deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles
dependam.

47 - (CESPE/UERN/Agente/2010) Carlos, servidor público, excede-se na bebida


aos fins de semana, quando costuma frequentar bares e casas noturnas de sua
localidade. Nessas ocasiões, Carlos costuma falar palavras de baixo calão,
fazer gestos obscenos e dirigir impropérios contra a vida conjugal de seus
colegas de trabalho.
Diante da situação hipotética acima e considerando a regulamentação ética do
serviço público, assinale a opção correta.
A Os excessos cometidos por Carlos referem-se aos períodos de folga e fora de
seu local de trabalho, portanto não afetam o serviço público.
B Embora não haja nenhuma disposição no Código de Ética do Servidor Público
quanto aos excessos cometidos por Carlos, ele praticou o crime de difamação
contra seus colegas, podendo, em razão, disso, ser por estes processado.
C O problema de Carlos é a propensão ao alcoolismo. Isso não é crime nem
imoralidade, pois se trata de um distúrbio que deve ser devidamente tratado
no Sistema Único de Saúde.
D Ao prejudicar deliberadamente a reputação de seus colegas e apresentar-se
embriagado com habitualidade, Carlos viola as disposições do Código de Ética
do Servidor Público.
E Carlos poderá ser exonerado do serviço público pelas práticas dos crimes de
atentado violento ao pudor e calúnia.

48 - (CESPE/UERN/Agente/2010) Lúcia, servidora pública, a fim de


complementar sua renda, associou-se a um grupo de vizinhas para
comercializar um milagroso chá caseiro para emagrecer. O produto, vendido
pelo grupo, era anunciado com a garantia de fazer os usuários perderem 20 kg
em uma semana.
Com base na situação hipotética apresentada, assinale a opção correta.
A Caso Lúcia comercializasse seus produtos fora de seu local de trabalho e em
suas horas de folga, não haveria nenhum impedimento ético para sua conduta.
B Ao vender o referido produto, Lúcia praticou o crime descrito como
exploração da credulidade pública e, se condenada, perderá seu cargo.

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C Lúcia violou o código de ética, pois assumiu encargos sociais incompatíveis
com o exercício do poder político.
D Lúcia praticou o crime de patrocínio infiel, porém tal conduta não encontra
vedações no Código de Ética do Servidor Público.
E Lúcia violou as regras do Código de Ética do Servidor Público, pois é vedado
ao servidor exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a
empreendimentos de cunho duvidoso.

49 - (CESPE/UERN/Agente/2010) Considerando que uma servidora pública,


insatisfeita com seu trabalho, ausente-se com frequência do seu local de
trabalho, estendendo seu horário de almoço indevidamente para passear,
assinale a opção correta de acordo com o Código de Ética do Servidor Público.
A Essa servidora está contrariando as regras de conduta estabelecidas pelo
referido código, pois as ausências injustificadas de seu local de trabalho são
fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à
desordem nas relações humanas.
B Essa servidora pode ausentar-se, sem justificação, da repartição caso a
carga normal de trabalho já esteja cumprida.
C Essa servidora está praticando o crime de apropriação indébita ao auferir
remuneração por horas de serviço que não cumpre efetivamente. Ela deverá,
portanto, ser apenada pela comissão de ética com a suspensão e o pagamento
de multa.
D O código em questão refere-se apenas às condutas praticadas no local de
trabalho. Para o caso em tela, o superior hierárquico dessa servidora terá de
lançar mão do Código Disciplinar do Funcionalismo Público Federal.
E Essa servidora só pode ausentar-se injustificadamente de seu local de
trabalho se ocupar cargo de chefia.

50 - (CESPE/UERN/Agente/2010) Osvaldo encontrava-se assoberbado pela


quantidade de trabalho que devia executar. Como servidor público, ele tem
plena consciência de suas responsabilidades e atribuições, porém, em função
do cansaço e do estresse a que se encontra sujeito, resolveu retardar a
prestação de contas do órgão em que está lotado.
A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
A Se Osvaldo usou do seu poder discricionário e optou por retardar a prestação
de contas decidindo priorizar outras ações, que considerou mais importantes
que esta, sua conduta não violou o Código de Ética do Servidor Público, haja
vista que a prestação de contas é um encargo meramente administrativo.
B Osvaldo faltou com um dever fundamental do servidor público, haja vista
que este não deve jamais retardar qualquer prestação de contas, porque esta
é uma condição essencial à gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade
a seu cargo.
C Osvaldo será responsabilizado pelo crime de improbidade administrativa e
irresponsabilidade fiscal, e pode ser exonerado do cargo pelo corregedor geral
da comissão de ética.
D A conduta de Osvaldo não feriu os dispositivos do Código de Ética do
Servidor Público, uma vez que sua escolha foi deliberada. A conduta de

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Osvaldo somente poderia ser considerada antiética se ele ignorasse suas
responsabilidades e atribuições.
E Osvaldo é inimputável em decorrência do estresse e do cansaço a que estava
sendo submetido.

51 - (CESPE/UERN/Agente/2010) A funcionária pública Marina tem grande


dificuldade em manter a sua higiene pessoal, bem como a de seu local de
trabalho. Marina joga papéis amassados pelo chão; gruda pedaços de chiclete
sob o tampo de sua mesa de trabalho; não consegue manter seu material de
trabalho organizado, perdendo documentos públicos em meio à bagunça
generalizada; não lava as mãos após suas refeições, sujando os documentos
que estão sob sua responsabilidade com manchas de molho e de gordura.
Além disso, ela não dá a descarga no vaso sanitário após utilizá-lo, tornando o
banheiro feminino de sua repartição impróprio para o uso de suas colegas de
trabalho.
Considerando essa situação hipotética à luz do Código de Ética do Servidor
Público, assinale a opção correta.
A Não há relação alguma entre hábitos de higiene e conduta ética. O Código de
Ética do Servidor Público não possui qualquer disposição a respeito disso.
B Marina falta para com um dever fundamental do servidor, qual seja: manter
limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais
adequados à sua organização e distribuição.
C Ética é justiça, e justiça é tratar desigualmente os desiguais. Nesse sentido,
o Código de Ética do Servidor não só não reprova a falta de higiene de Marina,
como, ao contrário, sustenta tratar-se de um dever fundamental do servidor a
tolerância e o respeito às diferenças.
D Marina poderá causar a interdição de sua repartição pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária, mas não poderá ser acusada de violação a regras e
deveres do Código de Ética do Servidor.
E O código em questão prevê, para condutas como a de Marina, penas que vão
da censura à suspensão, à exoneração e à frequência obrigatória em curso de
reciclagem condizente com a falha apresentada pelo servidor no exercício de
suas atribuições.

52 - (CESPE/UERN/Agente/2010) A servidora pública Janice encontra-se às


voltas com uma série de dificuldades em sua vida pessoal. O motorista que
fazia o transporte diário de seus filhos para a escola e desta para os cursos de
inglês, judô e reforço escolar, acabou de cumprir seu aviso prévio. Sem outra
opção, Janice resolveu deixar tais atribuições sob a responsabilidade do
servidor público Marcos, que é seu subordinado, abriu mão dos serviços de
motorista a que tinha direito em função do cargo que ocupa e passou a utilizar
seu próprio veículo para cumprir suas obrigações diárias.
Acerca da situação hipotética acima e sob à luz do Código de Ética do Servidor
Público, assinale a opção correta.
A Janice violou a ética no serviço público, pois desviou servidor público para
atendimento a interesse particular.

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B Janice não violou qualquer norma de conduta, pois abriu mão do conforto de
um motorista a seu serviço e passou a utilizar o próprio veículo em seu
transporte diário.
C Janice só poderá ser responsabilizada por violar as disposições do código de
ética do servidor, se restar provado que ela pagava Marcos, com seus próprios
recursos, pelos serviços prestados.
D Janice não violou o referido código, mas, sim, a legislação trabalhista, se não
assinou a carteira de Marcos e não recolheu o fundo de garantia e o INSS.
E Janice pode dispor de seus subordinados da maneira que julgar melhor e
mais proveitosa para o bom andamento de seus trabalhos.

GABARITO

1 - A: no inciso XV do Código de Ética - Decreto n° 1.171 de 22/06/94 -


pode-se verificar as vedações ao servidor público e das alternativas da questão
a única que não consta no código de ética é a prática religiosa no recinto do
serviço, mesmo porque o Estado Brasileiro é de natureza laica, assegurando a
liberdade de consciência e de crença (art. 5°, VI e VIII1, CF/88 e art. 2392, Lei
n° 8.112/90). Com relativa facilidade percebe-se qual a resposta certa, ainda
que nunca se tenha lido o Código, posto que é mais ou menos intuitiva.
Sabendo-se da liberdade de consciência citada, vê-se que os demais itens de
fato são proibidos. Decreto n° 1.171/94: XV - É vedado ao servidor público:
(...) h) Alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para
providências; i) Iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do
atendimento em serviços públicos; j) Desviar servidor público para
atendimento a interesse particular; (... ) o) Exercer atividade profissional aética
ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso.
2 - D: a única pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de
censura. Decreto n° 1.171/94: XXII - A pena aplicável ao servidor público
pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do
respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do
faltoso.
3 - A: ainda que não se conheça o Código, todas essas condutas,
intuitivamente, são claramente vedadas. O item XV do Código contém as
vedações ao servidor público. Entre outras, relacionam-se às assertivas, por
exemplo: a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e
influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem; d)
usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito

1
Art. 5°, VI: é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a
suas liturgias; (...)
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica
ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a
cumprir prestação alternativa, fixada em lei.
2
Art. 239: por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, o servidor não
poderá ser privado de quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional,
nem eximir-se do cumprimento de seus deveres.

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por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material; e) deixar de
utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu
conhecimento para atendimento do seu mister; g) pleitear, solicitar, provocar,
sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio,
comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou
qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro
servidor para o mesmo fim; j) desviar servidor público para atendimento a
interesse particular; o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente
contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana; p) exercer
atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho
duvidoso.
4 - A: ainda que não seja toda ela relativa ao Código de Ética, incluiu-se esta
questão a título ilustrativo. Segundo a Lei n° 8.429/92, art. 10, inciso VII,
constitui ato de improbidade administrativa, que causa lesão ao erário,
conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades
legais ou regulamentares aplicáveis a espécie.
5 - C: ao contrário, não é proibida, mas sim incentivada, desde que, nos
termos da CF/88, art. 37, § 1°, a publicidade dos atos, programas, obras,
serviços e campanhas dos órgãos públicos tenham caráter educativo,
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos.
6 - A: qualidade tem relação direta com eficiência.
7 - B: lei é sinônimo, em regra, de norma geral, impessoal e abstrata. Ou
seja, é relativo ao princípio da legalidade.
8 - E: o Administrador não tem a obrigação de praticar apenas os atos que a
lei expressamente determinar, pois há atos não completa e expressamente
previstos na lei, como os discricionários, nos quais a legislação deixa parte de
seus elementos ao mérito administrativo. A vinculação do Administrador não
se dá com relação aos textos normativos infralegais, mas sim aos legais. A
possibilidade de se praticar quaisquer atos que não sejam expressamente
vedados pela lei é deferida a qualquer pessoa do povo, não ao Administrador
(art. 5°, II, CF/88).
9 - C: pelo princípio da impessoalidade, o administrador deve sempre atuar
para atingir interesse público, impessoal. Assim, nada impede que identifique-
se pessoalmente na prática de qualquer ato, ao contrário, isso é necessário
para que se saiba quem praticou o ato. Em simples palavras, seria como a
assinatura do servidor no ato que praticou. A nomeação e o provimento em
cargo em comissão devem em consideração as características pessoais do
nomeado, já que se trata de cargo no qual a confiança entre o nomeado e o
nomeante é fundamental. Sempre que possível, deverá a Administração
Pública evitar tratar desigualmente os administrados, na medida do possível,
em razão de circunstâncias pessoais de cada um deles. A Administração
Pública sempre deverá identificar-se como tal na divulgação de obras e
serviços públicos. O que é vedado é que constem nomes, símbolos ou imagens
que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos
(CF/88, art. 37, § 1°).
10 - E,C: contraria o princípio constitucional de impessoalidade da

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administração pública o fato de um fiscal de contribuições previdenciárias
autuar empresa exclusivamente porque o proprietário é seu desafeto.
11 - B: atendimento do interesse público = impessoalidade.
12 - D: é a segunda das regras deontológicas do Código.
13 - B: todas estão expressa na seção I, capítulo I, das Regras Deontológicas.
14 - B: todas estão expressa na seção III, capítulo I, das Vedações ao
Servidor Público.
15 - B: nos termos da seção II, capítulo I, dos Principais Deveres do Servidor
Público, está errada a assertiva II. quando estiver diante de mais de uma
opção, escolher aquela melhor e a mais vantajosa para o bem comum
(item 'c').
16 - B: todas estão expressas no capítulo II, das Comissões de Ética. Como o
item III foi REVOGADO PELO DECRETO 6029/07, a letra "A" também responde
à questão.
17 - D: o Código de Ética Profissional vincula o Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal, excluindo, portanto, os servidores do Poder Legislativo e
os servidores do Poder Judiciário.
18 - C: da simples leitura das assertivas, verifica-se que Ética nada tem com o
padrão de comportamento que cada servidor estabelece como adequado à
sua conduta.
19 - E: Capítulo I, Seção I, item III, das Regras Deontológicas.
20 - EC: II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético
de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o
justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno,
mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras
contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal. Contudo, com base
no princípio da legalidade, sua conduta não poderá violar norma expressa. VI -
A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se
integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos
verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou
diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
21 - CE: VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou
interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados
em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade
de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade,
ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum,
imputável a quem a negar. XXII - A pena aplicável ao servidor público pela
Comissão de Ética é a de censura...
22 - C: XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se
por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer
ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou
excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou
indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as
fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as
sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o
interesse do Estado.
23 - B: REGRAS DEONTOLÓGICAS: III. A moralidade da Administração
Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida

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da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e
a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a
moralidade do ato administrativo.
24 - D: DECRETO N° 6.029, DE 1° DE FEVEREIRO DE 2007. Art. 14. A
qualquer pessoa que esteja sendo investigada é assegurado o direito de saber
o que lhe está sendo imputado, de conhecer o teor da acusação e de ter vista
dos autos, no recinto das Comissões de Ética, mesmo que ainda não tenha
sido notificada da existência do procedimento investigatório. Parágrafo único.
O direito assegurado neste artigo inclui o de obter cópia dos autos e de
certidão do seu teor.
25 - D: XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se
por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer
ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou
excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou
indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as
fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as
sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o
interesse do Estado. XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos
organismos encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores,
os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e
fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da
carreira do servidor público. XVI - Em todos os órgãos e entidades da
Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em
qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder
público, deverá ser criada uma Comissão de Ética... XXII - A pena aplicável ao
servidor público pela Comissão de Ética é a de censura...
26 - C: XIV - São deveres fundamentais do servidor público: ... s) facilitar a
fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;... i) resistir a todas
as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros
que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em
decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las. XV - E vedado
ao servidor público; ... a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades,
tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou
para outrem... f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos,
paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com
os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores
ou inferiores.
27 - A: XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a
de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por
todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.
28 - A: XIV - São deveres fundamentais do servidor público: ... t) exercer com
estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas,
abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários
do serviço público e dos jurisdicionados administrativos.
29 - C: XV - E vedado ao servidor público; a) o uso do cargo ou função,
facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer
favorecimento, para si ou para outrem; ... d) usar de artifícios para
procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa,

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causando-lhe dano moral ou material; ... g) pleitear, solicitar, provocar,
sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio,
comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou
qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro
servidor para o mesmo fim; ... j) desviar servidor público para atendimento
a interesse particular; ... m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas
no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos
ou de terceiros.
30 - B: II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético
de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o
justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno,
mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras
contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal. VIII - Toda pessoa
tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que
contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração
Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder
corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre
aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. VII -
Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse
superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em
processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de
qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade,
ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum,
imputável a quem a negar. X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à
espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções,
permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na
prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de
desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos
serviços públicos. III - A moralidade da Administração Pública não se limita à
distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é
sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na
conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato
administrativo.
31 - ECCCECC - VII. Salvo os casos de segurança nacional,
investigações policiais ou interesse superior do Estado e da
Administração Pública, a serem preservados em processo previamente
declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato
administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua
omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a
negar. XIV. São deveres fundamentais do servidor público: ... c) Ser probo,
reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo
sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa
para o bem comu
32 - EECE - O Código de Ética relaciona uma série de regras de conduta, rege
o comportamento esperado dos servidores. Embora seja exigível do servidor
uma conduta reta também na sua vida privada, nem toda eventual conduta
antiética identificada fora da repartição será punida (Decreto n° 1.171/1994, I
e VI). A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o

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bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem
comum. Assim, os padrões éticos que devem ser seguidos têm relação direta
com o caráter público das relações estabelecidas com a coletividade (Decreto
n° 1.171/1994, III). Ao contrário do que dito na última assertiva, é dever
fundamental do servidor público abster-se, de forma absoluta, de exercer sua
função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público,
mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer
violação expressa à lei (Decreto n° 1.171/1994, XIV, t).
33 - CEEC - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção
entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o
bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do
servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo
(Decreto n° 1.171/1994, III). A atuação do servidor deve levar em
consideração a confiança que lhe foi depositada pela sociedade. O servidor
deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores (Decreto
n° 1.171/1994, XI). As manifestamente ilegais nao podem ser cumpridas. É
vedado ao servidor público usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o
exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou
material (Decreto n° 1.171/1994, XV, d).
34 - E - Decreto n° 1.171/1994, IX. A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o
tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina.
Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa
causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem
pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má
vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou
ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua
inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los. ...
XIV. São deveres fundamentais do servidor público: ... c) Ser probo, reto, leal
e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre,
quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o
bem comum; ... i) Resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de
contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores,
benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações morais, ilegais ou
aéticas e denunciá-las; j) Zelar, no exercício do direito de greve, pelas
exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva; ... s)
Exercer, com estrita moderação, as prerrogativas funcionais que lhe sejam
atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos
usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos.
35 - A - Decreto n° 1.171/1994. XV. É vedado ao servidor público: ... a) O
uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências,
para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem; ... d) Usar de
artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por
qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material; ... l) Fazer uso de
informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em
benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; ... o) Exercer
atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho
duvidoso.

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36 - C - Nos termos da Lei n° 9.784/1999, art. 18, é impedido de atuar em
processo administrativo o servidor ou autoridade que: I - tenha interesse
direto ou indireto na matéria; II - tenha participado ou venha a participar
como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem
quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau; III -
esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou
respectivo cônjuge ou companheiro.
37 - ECECE - É o item XIV do Anexo do Decreto n° 1.171/1994 que trata
dos deveres fundamentais do servidor público. Seu subitem "p"
assim determina: "Manter-se atualizado com as instruções, as normas
de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas
funções". Assim, essa é obrigação do próprio servidor, e não do órgão.
Segundo o item I das regras deontológicas, "A dignidade, o decoro, o
zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados
maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do
cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação
do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão
direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços
públicos." A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é
a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer,
assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso (item
XXII do Anexo do Decreto n° 1.171/1994). No item XV do Anexo do
Decreto n° 1.171/1994 estão listadas as vedações impostas ao servidor
público. O subitem "d" assim fixou que é proibido "Usar de artifícios para
procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por
qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material." O acúmulo de
cargo de professor e cargo técnico é hipótese excepcional prevista na
CF, em seu art. 37, XVI, não havendo falar-se em violação ao princípio
do decoro.
38 - B - Apesar de a questão se referir a um Código de Ética Municipal, a
reproduzi para que você perceba que as regras são sempre muito parecidas e
intuitivas. Lendo cada uma das assertivas percebe-se facilmente que tudo isso
é sim dever do servidor, mesmo sem conhecer tal Código. Ressalte-se que há
previsões semelhantes no Decreto n° 1.171/94.
39 - C - Apesar de a questão se referir a um Código de Ética Municipal, a
reproduzi para que você perceba que as regras são sempre muito parecidas e
intuitivas. Lendo cada uma das assertivas percebe-se facilmente que, salvo a
primeira, todas as demais representam deveres do servidor, mesmo sem
conhecer tal Código. Aliás, a assertiva I já foi cobrada em recente concurso
federal realizado pela ESAF (ANA/2009), já que o Decreto n° 1.171 de
22/06/94 assim prevê: XV - E vedado ao servidor público ... m) fazer uso de
informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em
benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros.
40 - A - Apesar de a questão se referir a um Código de Ética Municipal, a
reproduzi para que você perceba que as regras são sempre muito parecidas e
intuitivas. Lendo cada uma das assertivas percebe-se facilmente que tudo isso

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é sim dever do servidor, mesmo sem conhecer tal Código. Ressalte-se que há
previsões semelhantes no Decreto n° 1.171/94.
41 - E - Apesar de a questão se referir a um Código de Ética Municipal, a
reproduzi para que você perceba que as regras são sempre muito parecidas e
intuitivas. As assertivas IV e V estão corretas, e encontram previsões
semelhantes no Decreto n° 1.171/94. Mesmo sem conhecer o Código
municipal, note que: I - deve o servidor dar efetividade às normas legais que,
a seu juízo, são injustas; II - não cabe ao seu exclusivo arbítrio optar por ato
que seja ilegal; III - não é livre para exercer o juízo de conveniência e
oportunidade do ato administrativo.
42 - C - III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção
entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o
bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do
servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.
43 - A - XIV - São deveres fundamentais do servidor público: ... f) ter
consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se
materializam na adequada prestação dos serviços públicos; ... i) resistir a
todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e
outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas
em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las. Os itens III
e IV estão errados. Evidentemente que não se exige que o servidor abdique
dos seus interesses pessoais. Por outro lado, eugenia representa a teoria que
busca produzir uma seleção nas coletividades humanas, baseada em leis
genéticas, o que igualmente é inadmissível (lembre-se do Holocausto).
44 - D - XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública
Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou
entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser
criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a
ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o
patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou
de procedimento susceptível de censura.
45 - C - XV - E vedado ao servidor público; ... a) o uso do cargo ou função,
facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer
favorecimento, para si ou para outrem; ... d) usar de artifícios para
procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa,
causando-lhe dano moral ou material; ... g) pleitear, solicitar, provocar,
sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio,
comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou
qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro
servidor para o mesmo fim; ... o) dar o seu concurso a qualquer instituição
que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana.
Por outro lado, a própria CF (art. 5°, VII e VIII) garante a liberdade religiosa, o
que torna o item IV errado. Por fim, consumir medicamentos sem prescrição
médica não tem qualquer relação com o Código de Ética em estudo.
46 - E - XV - É vedado ao servidor público ... b) prejudicar deliberadamente a
reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam.

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47 - D - XV - É vedado ao servidor público ... b) prejudicar deliberadamente a
reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam... n)
apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente.
48 - E - XV - É vedado ao servidor público ... p) exercer atividade profissional
aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso.
49 - A - XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho
é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à
desordem nas relações humanas.
50 - B - XIV - São deveres fundamentais do servidor público: ... d) jamais
retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens,
direitos e serviços da coletividade a seu cargo.
51 - B - XIV - São deveres fundamentais do servidor público: ... n) manter
limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais
adequados à sua organização e distribuição.
52 - A - XV - E vedado ao servidor público; ... j) desviar servidor público para
atendimento a interesse particular.

Conforme já comentado, nesta parte, as questões costumam cobrar apenas o


texto da norma. As três últimas estão abaixo reproduzidas, com destaques
nossos. Vale a pena ler algumas vezes, com atenção, pois as questões sairão
todas daí.
Antes, porém, acho importante fazer uma revisão dos cinco princípios que
constam do art. 37 da CF/88, sempre cobrados na parte de ética, conforme já
visto na Aula 1 de Direito Administrativo.
A seguir, as normas que faltam para fechar nosso programa:
i - Decreto n° 6.029/2007;
ii - Resolução n° 08/2003, da Comissão de Ética Pública da Presidência da
República.

2. SISTEMA DE GESTÃO DA ÉTICA DO PODER EXECUTIVO FEDERAL (Decreto n°


6.029/2007).

Decreto n° 6.029, de 1° de fevereiro 2007.

0 PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o


art. 84, inciso VI, alínea "a", da Constituição,
DECRETA:
Art. 1o Fica instituído o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo
Federal com a finalidade de promover atividades que dispõem sobre
a conduta ética no âmbito do Executivo Federal, competindo-lhe:
1 - integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a ética pública;
II - contribuir para a implementação de políticas públicas tendo a
transparência e o acesso à informação como instrumentos
fundamentais para o exercício de gestão da ética pública;
III - promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a compatibilização e
interação de normas, procedimentos técnicos e de gestão relativos à ética
pública;

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IV - articular ações com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos
de incentivo e incremento ao desempenho institucional na gestão
da ética pública do Estado brasileiro.
Art. 2o Integram o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo
Federal:
I - a Comissão de Ética Pública - CEP, instituída pelo Decreto de 26 de
maio de 1999;
II - as Comissões de Ética de que trata o Decreto no 1.171, de 22 de
junho de 1994; e
III - as demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e órgãos
do Poder Executivo Federal.
Art. 3 o A CEP será integrada por sete brasileiros que preencham os
requisitos de idoneidade moral, reputação ilibada e notória experiência em
administração pública, designados pelo Presidente da República, para
mandatos de três anos, não coincidentes, permitida uma única
recondução.
§ 1o A atuação no âmbito da CEP não enseja qualquer remuneração
para seus membros e os trabalhos nela desenvolvidos são considerados
prestação de relevante serviço público.
§ 2- O Presidente terá o voto de qualidade nas deliberações da
Comissão.
§ 3 o Os mandatos dos primeiros membros serão de um, dois e três
anos, estabelecidos no decreto de designação. 3
Art. 4 o À CEP compete:
I - atuar como instância consultiva do Presidente da República e
Ministros de Estado em matéria de ética pública;
II - administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração
Federal, devendo:
a) submeter ao Presidente da República medidas para seu
aprimoramento;
b) dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas,
deliberando sobre casos omissos;
c) apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas em desacordo
com as normas nele previstas, quando praticadas pelas autoridades
a ele submetidas;
III - dirimir dúvidas de interpretação sobre as normas do Código de
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal de
que trata o Decreto no 1.171, de 1994;
IV - coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão da Ética
Pública do Poder Executivo Federal;
V - aprovar o seu regimento interno; e

3
Essa é uma regra que sempre gera muitas dúvidas, mas é bem simples. A idéia é gerar
mandatos não coincidentes, assim, a cada ano troca-se um dos membros da CEP. Para que isso
funcione, apenas para os primeiros membros haverá mandatos com prazos diferenciados.
Vamos supor que a Comissão tenha sido instituída em 2000.
Três membros foram nomeados: X para mandato de um ano, Y para mandato de dois anos e W
para mandato de três anos.
Em 2001 X sairá e, no seu lugar, entra A, com mandato de três anos.
Em 2002 é a vez de Y sair, e entrar B, com mandato também de três anos.
Em 2003 sai W e entra C, para três anos.
A partir daí, a cada ano sai um: em 2004 sai A, em 2005 sai B, em 2006 sai C e assim por
diante.

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VI - escolher o seu Presidente.
Parágrafo único. A CEP contará com uma Secretaria-Executiva, vinculada à
Casa Civil da Presidência da República, à qual competirá prestar o apoio técnico
e administrativo aos trabalhos da Comissão.
Art. 5- Cada Comissão de Ética de que trata o Decreto n 1171, de 1994, será
integrada por três membros titulares e três suplentes, escolhidos entre
servidores e empregados do seu quadro permanente, e designados pelo
dirigente máximo da respectiva entidade ou órgão, para mandatos não
coincidentes de três anos.
Art. 6 - É dever do titular de entidade ou órgão da Administração Pública
Federal, direta e indireta:
I - assegurar as condições de trabalho para que as Comissões de Ética
cumpram suas funções, inclusive para que do exercício das atribuições de seus
integrantes não lhes resulte qualquer prejuízo ou dano;
II - conduzir em seu âmbito a avaliação da gestão da ética conforme
processo coordenado pela Comissão de Ética Pública.
Art. 7- Compete às Comissões de Ética de que tratam os incisos II e III
do art. 2 - :
I - atuar como instância consultiva de dirigentes e servidores no âmbito
de seu respectivo órgão ou entidade;
II - aplicar o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto 1.171, de 1994, devendo:
a) submeter à Comissão de Ética Pública propostas para seu
aperfeiçoamento;
b) dirimir dúvidas a respeito da interpretação de suas normas e deliberar
sobre casos omissos;
c) apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em desacordo
com as normas éticas pertinentes; e
d) recomendar, acompanhar e avaliar, no âmbito do órgão ou entidade
a que estiver vinculada, o desenvolvimento de ações objetivando a
disseminação, capacitação e treinamento sobre as normas de ética e
disciplina;
III - representar a respectiva entidade ou órgão na Rede de Ética do
Poder Executivo Federal a que se refere o art. 9 - ; e
IV - supervisionar a observância do Código de Conduta da Alta
Administração Federal e comunicar à CEP situações que possam configurar
descumprimento de suas normas.
§ 1 - Cada Comissão de Ética contará com uma Secretaria-Executiva,
vinculada administrativamente à instância máxima da entidade ou órgão,
para cumprir plano de trabalho por ela aprovado e prover o apoio técnico e
material necessário ao cumprimento das suas atribuições.
§ 2 - As Secretarias-Executivas das Comissões de Ética serão chefiadas por
servidor ou empregado do quadro permanente da entidade ou órgão,
ocupante de cargo de direção compatível com sua estrutura, alocado sem
aumento de despesas.
Art. 8 - Compete às instâncias superiores dos órgãos e entidades do Poder
Executivo Federal, abrangendo a administração direta e indireta:
I - observar e fazer observar as normas de ética e disciplina;
II - constituir Comissão de Ética;
III - garantir os recursos humanos, materiais e financeiros para que a
Comissão cumpra com suas atribuições; e

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IV - atender com prioridade às solicitações da CEP.
Art. 9o Fica constituída a Rede de Ética do Poder Executivo Federal,
integrada pelos representantes das Comissões de Ética de que tratam
os incisos I, II e III do art. 2 o , com o objetivo de promover a cooperação
técnica e a avaliação em gestão da ética.
Parágrafo único. Os integrantes da Rede de Ética se reunirão sob a
coordenação da Comissão de Ética Pública, pelo menos uma vez por ano,
em fórum específico, para avaliar o programa e as ações para a promoção
da ética na administração pública.
Art. 10. Os trabalhos da CEP e das demais Comissões de Ética devem ser
desenvolvidos com celeridade e observância dos seguintes princípios:
I - proteção à honra e à imagem da pessoa investigada;
II - proteção à identidade do denunciante, que deverá ser mantida sob
reserva, se este assim o desejar; e
III - independência e imparcialidade dos seus membros na apuração
dos fatos, com as garantias asseguradas neste Decreto.
Art. 11. Qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica de direito
privado, associação ou entidade de classe poderá provocar a
atuação da CEP ou de Comissão de Ética, visando à apuração de
infração ética imputada a agente público, órgão ou setor específico
de ente estatal.
Parágrafo único. Entende-se por agente público, para os fins deste
Decreto, todo aquele que, por força de lei, contrato ou qualquer ato
jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária,
excepcional ou eventual, ainda que sem retribuição financeira, a
órgão ou entidade da administração pública federal, direta e
indireta.
Art. 12. O processo de apuração de prática de ato em desrespeito ao
preceituado no Código de Conduta da Alta Administração Federal e no
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal será instaurado, de ofício ou em razão de denúncia
fundamentada, respeitando-se, sempre, as garantias do contraditório e
da ampla defesa, pela Comissão de Ética Pública ou Comissões de Ética
de que tratam o incisos II e III do art. 2°, conforme o caso, que notificará
o investigado para manifestar-se, por escrito, no prazo de dez dias.
§ 1o O investigado poderá produzir prova documental necessária à
sua defesa.
§ 2- As Comissões de Ética poderão requisitar os documentos que
entenderem necessários à instrução probatória e, também,
promover diligências e solicitar parecer de especialista.
§ 3o Na hipótese de serem juntados aos autos da investigação, após a
manifestação referida no caput deste artigo, novos elementos de prova, o
investigado será notificado para nova manifestação, no prazo de dez
dias.
§ 4o Concluída a instrução processual, as Comissões de Ética proferirão
decisão conclusiva e fundamentada.
§ 5o Se a conclusão for pela existência de falta ética, além das
providências previstas no Código de Conduta da Alta Administração Federal e
no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal, as Comissões de Ética tomarão as seguintes providências, no que
couber:

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I - encaminhamento de sugestão de exoneração de cargo ou função de
confiança à autoridade hierarquicamente superior ou devolução ao órgão de
origem, conforme o caso;
II -- encaminhamento, conforme o caso, para a Controladoria-Geral da
União ou unidade específica do Sistema de Correição do Poder Executivo
Federal de que trata o Decreto n 5.480, de 30 de junho de 2005, para
exame de eventuais transgressões disciplinares; e
III - recomendação de abertura de procedimento administrativo, se
a gravidade da conduta assim o exigir.
Art. 13. Será mantido com a chancela de "reservado", até que
esteja concluído, qualquer procedimento instaurado para apuração
de prática em desrespeito às normas éticas.
§ 1o Concluída a investigação e após a deliberação da CEP ou da
Comissão de Ética do órgão ou entidade, os autos do procedimento
deixarão de ser reservados.
§ 2- Na hipótese de os autos estarem instruídos com documento
acobertado por sigilo legal, o acesso a esse tipo de documento
somente será permitido a quem detiver igual direito perante o órgão
ou entidade originariamente encarregado da sua guarda.
§ 3o Para resguardar o sigilo de documentos que assim devam ser
mantidos, as Comissões de Ética, depois de concluído o processo de
investigação, providenciarão para que tais documentos sejam
desentranhados dos autos, lacrados e acautelados.
Art. 14. A qualquer pessoa que esteja sendo investigada é assegurado
o direito de saber o que lhe está sendo imputado, de conhecer o teor
da acusação e de ter vista dos autos, no recinto das Comissões de
Ética, mesmo que ainda não tenha sido notificada da existência do
procedimento investigatório.
Parágrafo único. O direito assegurado neste artigo inclui o de obter
cópia dos autos e de certidão do seu teor.
Art. 15. Todo ato de posse, investidura em função pública ou
celebração de contrato de trabalho, dos agentes públicos referidos
no parágrafo único do art. 11, deverá ser acompanhado da
prestação de compromisso solene de acatamento e observância das
regras estabelecidas pelo Código de Conduta da Alta Administração
Federal, pelo Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal e pelo Código de Ética do órgão ou entidade, conforme o
caso.
Parágrafo único. A posse em cargo ou função pública que submeta a
autoridade às normas do Código de Conduta da Alta Administração Federal
deve ser precedida de consulta da autoridade à Comissão de Ética Pública
acerca de situação que possa suscitar conflito de interesses.
Art. 16. As Comissões de Ética não poderão escusar-se de proferir
decisão sobre matéria de sua competência alegando omissão do
Código de Conduta da Alta Administração Federal, do Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal ou do
Código de Ética do órgão ou entidade, que, se existente, será suprida
pela analogia e invocação aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
§ 1o Havendo dúvida quanto à legalidade, a Comissão de Ética competente
deverá ouvir previamente a área jurídica do órgão ou entidade.

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§ 2o Cumpre à CEP responder a consultas sobre aspectos éticos que lhe
forem dirigidas pelas demais Comissões de Ética e pelos órgãos e entidades
que integram o Executivo Federal, bem como pelos cidadãos e servidores
que venham a ser indicados para ocupar cargo ou função abrangida pelo
Código de Conduta da Alta Administração Federal.
Art. 17. As Comissões de Ética, sempre que constatarem a possível
ocorrência de ilícitos penais, civis, de improbidade administrativa
ou de infração disciplinar, encaminharão cópia dos autos às
autoridades competentes para apuração de tais fatos, sem prejuízo
das medidas de sua competência.
Art. 18. As decisões das Comissões de Ética, na análise de qualquer fato
ou ato submetido à sua apreciação ou por ela levantado, serão resumidas
em ementa e, com a omissão dos nomes dos investigados,
divulgadas no sítio do próprio órgão, bem como remetidas à Comissão
de Ética Pública.
Art. 19. Os trabalhos nas Comissões de Ética de que tratam os incisos
II e III do art. 2- são considerados relevantes e têm prioridade sobre as
atribuições próprias dos cargos dos seus membros, quando estes não
atuarem com exclusividade na Comissão.
Art. 20. Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal
darão tratamento prioritário às solicitações de documentos
necessários à instrução dos procedimentos de investigação instaurados
pelas Comissões de Ética .
§ 1o Na hipótese de haver inobservância do dever funcional previsto no
caput, a Comissão de Ética adotará as providências previstas no inciso III
do § 5 o do art. 12.
§ 2- As autoridades competentes não poderão alegar sigjlo para
deixar de prestar informação solicitada pelas Comissões de Ética.
Art. 21. A infração de natureza ética cometida por membro de Comissão de
Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2- será apurada pela
Comissão de Ética Pública.
Art. 22. A Comissão de Ética Pública manterá banco de dados de
sanções aplicadas pelas Comissões de Ética de que tratam os incisos II e
III do art. 2- e de suas próprias sanções, para fins de consulta pelos
órgãos ou entidades da administração pública federal, em casos de
nomeação para cargo em comissão ou de alta relevância pública.
Parágrafo único. O banco de dados referido neste artigo engloba as
sanções aplicadas a qualquer dos agentes públicos mencionados no
parágrafo único do art. 11 deste Decreto.
Art. 23. Os representantes das Comissões de Ética de que tratam os
incisos II e III do art. 2- atuarão como elementos de ligação com a CEP,
que disporá em Resolução própria sobre as atividades que deverão
desenvolver para o cumprimento desse mister.
Art. 24. As normas do Código de Conduta da Alta Administração Federal,
do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal e do Código de Ética do órgão ou entidade aplicam-se, no que
couber, às autoridades e agentes públicos neles referidos, mesmo
quando em gozo de licença.
Art. 25. Ficam revogados os incisos XVII, XIX, XX, XXI, XXIII e XXV do Código
de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,
aprovado pelo Decreto n- 1.171, de 22 de junho de 1994, os arts. 2o e 3o do
Decreto de 26 de maio de 1999, que cria a Comissão de Ética Pública, e os

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Decretos de 30 de agosto de 2000 e de 18 de maio de 2001, que dispõem
sobre a Comissão de Ética Pública.
Art. 26. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.
Brasília, 1° de fevereiro de 2007; 186o da Independência e 119o da
República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Dilma Rousseff

3. CONFLITO # DE INTERESSES NO SERVIÇO PÚBLICO (Resolução n° 08/2003, da


Comissão de Ética Pública da Presidência da República).

Resolução n° 08, 25 de setembro de 2003

Identifica situações que suscitam conflito de interesses e dispõe sobre o


modo de preveni-los
A COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA, com o objetivo de orientar as autoridades
submetidas ao Código de Conduta da Alta Administração Federal na
identificação de situações que possam suscitar conflito de
interesses, esclarece o seguinte:

1. Suscita conflito de interesses o exercício de atividade que:


a) em razão da sua natureza, seja incompatível com as atribuições do
cargo ou função pública da autoridade, como tal considerada, inclusive, a
atividade desenvolvida em áreas ou matérias afins à competência funcional;
b) viole o princípio da integral dedicação pelo ocupante de cargo em
comissão ou função de confiança, que exige a precedência das
atribuições do cargo ou função pública sobre quaisquer outras atividades;
c) implique a prestação de serviços a pessoa física ou jurídica ou a
manutenção de vínculo de negócio com pessoa física ou jurídica que tenha
interesse em decisão individual ou coletiva da autoridade;
d) possa, pela sua natureza, implicar o uso de informação à qual a
autoridade tenha acesso em razão do cargo e não seja de
conhecimento público;
e) possa transmitir à opinião pública dúvida a respeito da integridade,
moralidade, clareza de posições e decoro da autoridade.
2. A ocorrência de conflito de interesses independe do recebimento de
qualquer ganho ou retribuição pela autoridade.
3. A autoridade poderá prevenir a ocorrência de conflito de
interesses ao adotar, conforme o caso, uma ou mais das seguintes
providências:
a) abrir mão da atividade ou licenciar-se do cargo, enquanto perdurar
a situação passível de suscitar conflito de interesses;
b) alienar bens e direitos que integram o seu patrimônio e cuja
manutenção possa suscitar conflito de interesses;
c) transferir a administração dos bens e direitos que possam suscitar
conflito de interesses a instituição financeira ou a administradora de
carteira de valores mobiliários autorizada a funcionar pelo Banco Central ou
pela Comissão de Valores Mobiliários, conforme o caso, mediante
instrumento contratual que contenha cláusula que vede a participação da
autoridade em qualquer decisão de investimento assim como o seu prévio

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conhecimento de decisões da instituição administradora quanto à gestão
dos bens e direitos;
d) na hipótese de conflito de interesses específico e transitório, comunicar
sua ocorrência ao superior hierárquico ou aos demais membros de
órgão colegiado de que faça parte a autoridade, em se tratando de decisão
coletiva, abstendo-se de votar ou participar da discussão do assunto;
e) divulgar publicamente sua agenda de compromissos, com
identificação das atividades que não sejam decorrência do cargo ou função
pública.
4. A Comissão de Ética Pública deverá ser informada pela
autoridade e opinará, em cada caso concreto, sobre a suficiência da
medida adotada para prevenir situação que possa suscitar conflito de
interesses.
5. A participação de autoridade em conselhos de administração e
fiscal de empresa privada, da qual a União seja acionista, somente
será permitida quando resultar de indicação institucional da
autoridade pública competente. Nestes casos, é-lhe vedado participar
de deliberação que possa suscitar conflito de interesses com o Poder
Público.
6. No trabalho voluntário em organizações do terceiro setor, sem
finalidade de lucro, também deverá ser observado o disposto nesta
Resolução.
7. As consultas dirigidas à Comissão de Ética Pública deverão estar
acompanhadas dos elementos pertinentes à legalidade da situação exposta.

Brasília, 25 de setembro de 2003


João Geraldo Piquet Carneiro
Presidente

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