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MACIEL, C.D.G.2, CORRÊA, M.R.2, ALVES, E.2, NEGRISOLI, E.2, VELINI, E.D.3, RODRIGUES,
J.D.4, ONO, E.O.4 e BOARO, C.S.F.4
1
Recebido para publicação em 1.3.2002 e na forma revisada em 12.12.2003.
2
Alunos de Pós-Graduação em Agricultura da FCA/UNESP; 3 Prof. Dr. do Dep. de Produção Vegetal da FCA/UNESP, Caixa
Postal 237, 18603-907 Botucatu-SP; 4 Prof. Dr. do Dep. de Botânica IB/UNESP, Caixa Postal 18, Botucatu-SP.
Tabela 1 - Características físico-químicas do solo utilizado como substrato no experimento. UNESP/Botucatu-SP, 2000
28 5,1 11 2,2 33 12 23 69 68
1/
Método da resina (Raij & Quaggio, 1983).
Tabela 2 - Índice de velocidade de germinação (IVG) e altura de plântulas de soja (cm) para os diferentes períodos de
avaliação. UNESP/Botucatu-SP, 2000
Tabela 3 - Índice de velocidade de germinação (IVG) e altura de plântulas de amendoim-bravo (cm) para os diferentes
períodos de avaliação. UNESP/Botucatu-SP, 2000
a qual não apresentou diferença significativa palhada ao solo (T3) proporcionou redução
em relação às associações dos manejos de significativa das plântulas de soja em relação
palha + irrigação, desenvolvidos com os dife- à testemunha (T4) apenas aos 15 DAE, não
rentes tratamentos. Com relação à altura de sendo significativa para os demais tratamentos.
plântulas (Tabelas 2 e 3), a cultura da soja No entanto, essa informação não pode ser
apresentou redução significativa para o T1 consolidada em função da razão de área foliar
apenas nos períodos de 5 e 10 DAE; esse efeito (RAF), a qual se apresentou semelhante para
já não apresentava diferença significativa, para todos os tratamentos e épocas.
as espécies estudadas, a partir dos 15 DAE.
Ao isolar os parâmetros matéria seca e área
Em se tratando do teor de clorofila das fo- foliar da soja, observa-se que aos 20 DAE a
lhas de soja, não foram constatadas diferenças testemunha (T4) e o manejo da palhada super-
significativas entre os tratamentos estudados ficial + irrigação subsuperficial (T2) apresen-
aos 5, 10, 15 e 20 DAE (Tabela 4). taram respectiva tendência de superioridade
em relação aos demais manejos avaliados,
Com base nos resultados obtidos na aná-
apesar de todos os tratamentos serem estatis-
lise de crescimento da soja, pode-se observar
ticamente semelhantes.
que os diferentes sistemas de manejo de
palhada de capim-braquiária não tiveram Quanto aos valores de taxa de crescimento
influência na área foliar da cultura até os absoluto (TCA) e relativo (TCR) das plântulas
20 DAE (Figura 1). Para produção de matéria de soja (Figura 2), através do ajuste satisfatório
seca, pode-se constatar que a incorporação da das curvas de análises de regressão polinomial
quadrática para os sistemas T1, T2 e T4 e linear de matéria seca, apresentou um ponto ótimo
para o sistema T3, podem-se constatar apenas aos 15 DAE (Figura 1), seguido de decréscimo
diferenças significativas aos 15 DAE. Como de seus valores em função do auto-sombrea-
esses parâmetros avaliam a velocidade de cres- mento. Souza et al. (1999) constataram resul-
cimento e o acúmulo de matéria seca produzida tados semelhantes, evidenciando redução do
no tempo, observa-se que aos 15 DAE a incor- teor de N-mineral do solo e no acúmulo de
poração da palhada de capim-braquiária ao matéria seca de folhas e caules das plantas de
solo (T3) proporcionou redução média da TCA soja, em virtude da incorporação da palhada
e TCR das plântulas de soja em 0,97 e de capim-braquiária ao solo em duas épocas
0,85 vezes, respectivamente, quando compa- sazonais de coleta.
rado com a palhada superficial + irrigação
superficial (T1) e palhada superficial + irrigação Para as plântulas de amendoim-bravo, o
subsuperficial (T2), e, com relação à teste- parâmetro matéria seca (Figura 3) não eviden-
munha (T4), em 1,79 e 1,43 vezes, respectiva- ciou diferenças significativas entre os diferen-
mente. Aos 20 DAE, as associações de manejo tes manejos de palhada de capim-braquiária e
de palha + irrigação (T1, T2 e T3) apresentaram testemunha (T4). Entretanto, em relação à área
níveis praticamente semelhantes aos da foliar, pode-se observar significativa redução
testemunha (T4) para os parâmetros TCA e TCR deste parâmetro para a infestante aos 5 e
das plântulas de soja. 10 DAE, quando comparado o sistema T1 com
os demais tratamentos. Aos 15 e 20 DAE, todos
Os dados de taxa assimilatória líquida os tratamentos não apresentaram diferenças
(TAL) das plântulas de soja mostraram compor- significativas para área foliar e matéria seca do
tamento semelhante aos obtidos em TCA e TCR amendoim-bravo. Para a razão de área foliar
(Figura 2), nos quais aos 15 DAE foram consta- (RAF), as plântulas de amendoim-bravo subme-
dos, para o T3, os menores índices de TAL em tidas à condição da palhada incorporada ao solo
relação aos demais tratamentos. No entanto, (T3) mostraram-se significativamente superiores
aos 10 DAE os tratamentos T3 e T1 foram, aos demais tratamentos aos 5 DAE e, principal-
respectivamente, superiores ao T2 e teste- mente, aos 10 DAE (Figura 3); esse comporta-
munha (T4). Dessa forma, considerando a TAL mento foi diferente do observado para cultura
como a estimativa da eficiência fotossintética, da soja, em que não foi constatada diferença
pode-se inferir que a palhada de capim- entre os tratamentos nos períodos estudados.
braquiária incorporada ao solo (T3) propor-
cionou evidente redução na eficiência da TAL Para TCA das plântulas de amendoim-bra-
aos 15 DAE, quando comparado aos demais vo (Figura 4), nos sistemas T1 e T3 as curvas
tratamentos. A variação do comportamento da de regressão ajustaram-se satisfatoriamente ao
TAL das plântulas de soja apresentou efeitos modelo de regressão linear, diferentemente dos
minimizados entre os tratamentos a partir dos sistemas T2 e T4, os quais tiveram suas res-
20 DAE, uma vez que a razão de área foliar pectivas equações ajustadas ao modelo de
(RAF), considerada a área útil para produção regressão polinomial quadrático, evidenciando
Tabela 4 - Teor de clorofila médio (g dm-2) em plântulas de soja para os diferentes períodos de avaliação. UNESP/Botucatu-
SP, 2000
ótimo de crescimento aos 15 DAE; o mesmo equações dos diferentes sistemas de manejo
comportamento foi observado para a cultura ajustaram-se satisfatoriamente ao modelo de
da soja. Dessa forma, aos 15 DAE, os sistemas regressão polinomial quadrático. Para a va-
de manejo T1 e T3 promoveram respectiva riável taxa assimilatória líquida (TAL) das
redução no crescimento do amendoim-bravo plântulas de amendoim-bravo (Figura 4),
de 0,22 e 0,27 vezes, em relação à testemunha observa-se que apenas o sistema de manejo
(T4). Aos 20 DAE, apenas a TCA do sistema T1 T1 apresentou níveis ligeiramente superiores
superou os demais tratamentos, mas não atin- aos dos demais tratamentos aos 10 e 20 DAE;
gindo amplitudes representativas semelhantes aos 15 DAE o maior destaque em eficiência
com relação a TCR (Figura 4), em que todas as fotossintética foi representado pelo sistema T2.
0,70 a a 0,030
(g/dia)
-1)
0,60 a a 0,025
(g dia
a
0,50 0,020
TCA
0,40
TCA
a a 0,015
0,30 a y = -0,0136x 2 + 0,0589x - 0,0377 R 2 = 0,99 (T1)
a a a a 0,010
0,20 y = -0,0109x 2 + 0,0514x - 0,0339 R2 = 0,99 (T2)
a
0,10 0,005 y = 0,0036x + 0,0077 R2 = 0,8844 (T3)
y = -0,0241x 2 + 0,1022x - 0,0706 R2 = 0,99 (T4)
0,00 0,000
5 DAE 10 DAE 15 DAE 20 DAE 10 DAE 15 DAE 20 DAE
0,16
Matéria Seca (g)
0,35 a a a
0,14
0,30
ab ab 0,12
0,25 b
0,10
0,20
a 0,08
0,15
a a a a a a
0,06 y = -0,0788x 2 + 0,3055x - 0,1497 R 2 = 0,99 (T1)
0,10 a
0,04 y = -0,068x 2 + 0,2793x - 0,1557 R2 = 0,99 (T2)
0,05 0,02 y = -0,013x + 0,1064 R2 = 0,7427 (T3)
y = -0,1153x 2 + 0,4552x - 0,2754 R 2 = 0,99 (T4)
0,00 0,00
5 DAE 10 DAE 15 DAE 20 DAE 10 DAE 15 DAE 20 DAE
a a
RAF (dm2 g-1)
a a 0,07
2,00 a
a a a a
a 0,06
a a 0,05
1,75
0,04
1,50 a 0,03
y = -0,0339x 2 + 0,1249x - 0,0421 R 2 = 0,99 (T1)
1,25 0,02 y = -0,0336x 2 + 0,1354x - 0,0711 R 2 = 0,99 (T2)
0,01 y = -0,0094x + 0,0588 R 2 = 0,7757 (T3)
1,00 y = -0,0528x 2 + 0,2078x - 0,121 R2 = 0,99 (T4)
0
5 DAE 10 DAE 15 DAE 20 DAE 10 DAE 15 DAE 20 DAE
Palha superficial + Irrigação superficial (T1) Palha superficial + Irrigação superficial (T1)
Palha superficial + Irrigação subsuperficial (T2) Palha superficial + Irrigação subsuperficial (T2)
Palha incorporada + Irrigação superficial (T3) Palha incorporada + Irrigação superficial (T3)
Testemunha Sem
sem Cobertura
cobertura (T4)
(T4) Testemunha Sem
sem cobertura
Cobertura (T4)
TCA (g dia-1)
0,40
a a
0,35 a 0,008
0,30
0,25 0,006
0,20 a a
0,15 a a a b ab 0,004
y = 0,0045x - 0,0032 R2 = 0,9998 (T1)
0,10 b y = -0,0036x 2 + 0,0184x - 0,0145 R 2 = 0,99 (T2)
0,002
0,05 y = 0,0036x - 0,0025 R2 = 0,962 (T3)
0,00 y = -0,0027x 2 + 0,0141x - 0,0106 R 2 = 0,99 (T4)
0,000
5 DAE 10 DAE 15 DAE 20 DAE
10 DAE 15 DAE 20 DAE
a
0,08
0,15
a a
0,06 a
a 0,1
0,04 y = -0,0628x 2 + 0,2845x - 0,1454 R 2 = 0,99 (T1)
a a a a
0,02
a a a a 0,05
y = -0,1555x 2 + 0,6672x - 0,4994 R 2 = 0,99 (T2)
y = -0,1106x 2 + 0,4845x - 0,3308 R 2 = 0,99 (T3)
y = -0,1224x 2 + 0,5207x - 0,3548 R 2 = 0,99 (T4)
0,00
0
5 DAE 10 DAE 15 DAE 20 DAE
10 DAE 15 DAE 20 DAE
a
0,030
RAF (dm2 g1)
b
8 ab b a a
a 0,025
bc b
a
6 c a a 0,020
a a
0,015 y = 0,0068x + 0,0083 R 2 = 0,7945 (T1)
4
0,010 y = -0,0225x 2 + 0,0986x - 0,0744 R 2 = 0,99 (T2)
2 y = -0,0102x 2 + 0,0495x - 0,0348 R 2 = 0,99 (T3)
0,005
y = -0,0145x 2 + 0,064x - 0,0439 R 2 = 0,99 (T4)
0 0,000
5 DAE 10 DAE 15 DAE 20 DAE 10 DAE 15 DAE 20 DAE
Palha superficial
Palha superficial ++ Irrigação
Irrigação superficia
superficial(T1)
(T1) Palha superficial + Irrigação superficial (T1)
Palha superficial
Palha superficial ++ Irrigação
Irrigação sub-superficial
subsuperficial (T2) Palha superficial + Irrigação subsuperficial (T2)
incorporada ++ Irrigação
Palha incorporada Irrigação superficial
superficial (T3)
(T3) Palha incorporada + Irrigação superficial (T3)
Testemunha
Testemunha Sem
Testemunha semCobertura
Sem cobertura(T4)
Cobertura (T4)
(T4) Testemunha
Testemunha sem
Semcobertura
Cobertura(T4)
(T4)
da soja, em que a taxa média de emergência GRESSEL, J. B.; HOLM, L. G. Chemical inhibition of crop
de amendoim-bravo apresentou-se mais germination by weed seed and the nature of the inhibition by
decrescente e inferior em número na ausência Abutilon theophrasti. Weed Res., v. 4, p. 44-53, 1964.
do que na presença de cobertura morta de
GUENZI, W. D. et al. Presence and persistence of
aveia-preta. Assim, o amendoim-bravo deverá phytotoxic substances in wheat, oat, corn and sorghum
continuar sendo considerado planta-problema residues. Agron. J., v. 59, p. 163-166, 1967.
para sistemas de produção com palha.
MAGUIRE, J. D. Speeds of germination-aid selection and
A taxa de crescimento absoluto (TCA), a
evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Sci.,
taxa de crescimento relativo (TCR) e a taxa v. 2, p. 176-177, 1962.
assimilatória líquida (TAL) das plântulas de
soja e amendoim-bravo apresentaram níveis MARTINS, D. et al. Emergência em campo de
máximos aos 15 DAE, apesar do evidente dicotiledôneas infestantes em solo coberto com palha de
desempenho negativo no desenvolvimento das cana-de-açúcar. Planta Daninha, v. 17, n. 1, p. 151-161,
plântulas de soja para o tratamento com pa- 1999.
lhada de capim-braquiária incorporada ao solo,
em relação aos demais tratamentos. McCALLA, T. M.; HASKINS, F. A. Phytotoxic substances
from microrganisms and crop residues. Bacteriol. Ver.,
Assim, a menor eficiência do sistema T3 v. 28, p. 181-207, 1964.
pode ser caracterizada pela provável hipótese
de produção de aleloquímicos, resultante da McCALLA, T. M.; NORSTADT, F. A. Toxicity problems in
decomposição da palha de capim-braquiária mulch tillage. Agric. Environ., v. 1, p. 153-174, 1974.
incorporada ao solo. Por outro lado, o tratamen-
MULLER, C. H. The role of chemical inhibition
to com palhada na superfície do solo + irrigação (allelopathy) in vegetation composition. Bull Torrey Bot.
superficial não promoveu o mesmo comporta- Club., v. 93, p. 332-351, 1966.
mento, desmistificando o favorecimento de
processo semelhante através da lixiviação de PATRICK, Z. A. Phytotoxic substances associated with
compostos presentes na palhada via irrigação decomposition in soil of plants residues. Soil Sci., v. 111,
superficial, uma vez que o efeito foi pratica- p.18-28, 1971.
mente idêntico ao do tratamento com palhada
PATRICK, Z. A.; TOUSSON, T. R. Plant residues and
na superfície do solo + irrigação subsuperfi-
organic amendments in relation to biological control. In:
cial, o qual não prejudicou o desenvolvimento
BAKER, K. E. E.; SYNDER, W. C. (Eds.) Ecology of
da cultura. Além disso, deve-se ressaltar a soilborne pathogens. Berkeley: University of California,
importância de considerar a interação dos 1965. p. 440-450.
possíveis efeitos alelopáticos e a competição por
nitrogênio entre plantas e microrganismos, PATRICK, Z. A. et al. Effects of crop-residue
principalmente quando se trabalha com resí- decomposition products on plant roots. Ann. Ver.
duos culturais de elevada relação C:N, como a Phytopathol., v. 2, p. 267-292, 1964.
de espécies gramíneas.
RAIJ, B. V.; QUAGGIO, J. A. Método de análise de solo
para fins de fertilidade. Bol. Tec. Inst. Agron. Campinas,
LITERATURA CITADA
n. 81, p. 1-31, 1983.
ALMEIDA, F.S. et al. Efeitos alelopáticos e de competição
RAMOS, M. B. M.; VALENTE, T. O. Interferência de
da B. plantaginea na soja. In: CONGRESSO BRASILEIRO
substâncias alelopáticas extraídas de Brachiaria decumbens
DE HERBICIDAS E PLANTAS DANINHAS, 16., 1986,
Stapf. na germinação da soja (Glycine max) e milho (Zea
Campo Grande. Resumos... Campinas: SBHED, 1986.
mays). In: CONGRESSO BRASILEIRO DA CIÊNCIA
p. 5-6.
DAS PLANTAS DANINHAS, 21., 1997, Viçosa, MG.
ALMEIDA, F. S. A alelopatia das plantas. Londrina: Resumos... Viçosa: Sociedade Brasileira da Ciência das
IAPAR, 1988. 60 p. (IAPAR, Circular, 53). Plantas Daninhas, 1997. p. 438.
BELL, D. T.; KOEPPE, D. E. Noncompetitive effects of RICE, E. L. Allelopathy. 2.ed. New York: Academic
giant foxtail on the growth of corn. Agron. J., v. 64, p. 321- Press, 1984. 422 p.
325, 1972.
SEIFERT, G.; VOLL, E. Cobertura de aveia e calagem
DURIGAN, J. C.; ALMEIDA, F. L. S. Noções sobre sobre amendoim-bravo em semeadura direta de soja. Planta
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