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Yin Yang - Compreendendo (1°/2 parte)

Por Milene Siqueira


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"No verdadeiro âmago de uma flor, de uma semente ou de um botão de folha, há um ponto do qual a energia emana e do qual o crescimento
procede. Desse ponto, a semente brota, a flor desabrocha. Se você cortar uma maça ou um repolho pelo meio, pode ver que se propaga de
um ponto central. Se examinar cuidadosamente a flor em botão a folha ao despontar, a semente, o fruto, ou a planta, e dissecá-los até
chegar ao seu núcleo, encontrará... nada. Na verdade, há apenas uma coisa, uma energia, uma consciência, mas no momento de manifestar
a si mesma torna-se yin e yang. Quando buscamos saúde e harmonia, tentamos achar esse ponto de equilíbrio entre yin e yang."
(Robert Tisserand)

Primeira parte: Compreendendo


(Influência do patriarcado e o real sentido vibratório da polaridade)

Yin e Yang, palavras do taoismo chinês que designam a dualidade energética.


Yin é atribuído ao feminino receptivo e Yang ao masculino projetivo, não quanto a fisiologia dos sexos, mas primordialmente como
quantitativos energéticos complementares, pois tanto o homem quanto a mulher o possuem.
Yin contém Yang, Yang contém Yin, sempre.

Equalizar essas energias dentro e fora de nós, seria harmonicamente : ora ceder, ora impor limites; ora iniciar, ora concluir; ora despertar, ora
descansar... na constante contração (receber) e expansão (entregar). Se isto não acontece, o fluxo fica acelerado (yang) ou contido (yin).
Para exemplificar, imagine os ritmos e sistemas binários em nosso corpo como: respiração, pulsação, hemisférios cerebrais, glóbulos brancos
e vermelhos, a imagem do DNA, etc.

Mas o descompasso é uma realidade, e é retratado até mesmo em épocas, e que moldam nossas condutas sociais:
Lá se passaram mais de três milênios, quando muitas culturas foram marcadas pelo domínio do feminino (o matriarcado-yin), período que é
difícil retratar, pois os registros são tão antigos que restaram os arqueológicos, além do que a ideia era essa mesma: não deixar vestígios ou
disfarçá-los... para a soberania patriarcal (yang). Mas, dos anos 60 para cá, estamos vendo o patriarcado enfraquecer em nossa cultura, e a
uma década isso fica ainda mais evidente. Fato é o grande número de pessoas já administrando suas vidas sem depender diretamente de
autoridade ou de patrão; no caso das mulheres é mais explícito, pois não se depende mais do "marido financeiro"; influencia na atualidade a
disponibilidade tecnológica e o habitat virtual, pois permitem maior autonomia e liberdade, é a era digital (binária); e o próprio crescimento
da Internet, que até é considerada território feminino, mas não só pelo número de “yins” que “tecem redes” sociais, tem diários virtuais, se
comunicam, enfim, que bem sabem “colher” nestes “sítios”... mas porque a Internet e o lado yin, tem em comum a tal globalidade!

Embora muitos ainda pensem e vivam com uma ideia de domínio, ou de que agora seja a “revanche das mulheres” estamos é caminhando (ou
melhor, engatinhando) e nos moldando a uma nova e melhor situação – que não deve ser mais de domínio unilateral, mas de união e
equilíbrio dinâmico - só que tudo é ainda tão novo, que está mesmo só germinando! O que parece ser a “vez das mulheres” é a energia yin
reverberando e que pode ser vista em homens também. As mulheres, por sua vez, tem partilhado mais das suas qualidades yang (projeção,
iniciativa), e daí que se destacam em território antes habitado somente por homens.

Mas, é claro que nisso tudo, tanto homens quanto mulheres estão perdidos ao terem ainda velhos padrões para funcionar em novos campos
energéticos. É até curioso, mas muitos dizem que o tempo está passando mais rápido, se notarmos que tempo é yang e que espaço é yin,
veremos que há bastante sentido na expressão popular!

Os homens, que viveram há poucos anos o rígido modelo patriarcal, eram liderança ou subordinados ao masculino, detinham o domínio
como grupo de força projetiva, e então é normal que se sintam mais temerosos do que as mulheres - que vinham “driblando” a situação há
um looooongo tempo. Se o yang de um homem que sempre foi dominante sobre seu yin, se vê com seu yang “rendido” fica fácil este se
aventurar em jogos, traições e vícios como tentativa sombria de pertencer ao grupo, de reafirmar seu poderio yang - atitudes inconscientes e
das quais a mente precisa compreender os valores reais! Em nossa cultura, homens tem relatado em consultório medo desta “nova” mulher
que impõe seus direitos, e tem sofrido mais de baixa autoestima e depressão, o que até pouco tempo era atribuído quase que exclusivamente
às mulheres. Na verdade é a inabilidade com o seu yin, que foi “castrado” em todo o sistema patriarcal.
Lembrei-me agora de homens que há décadas atrás se suicidavam com armas de fogo (poder fálico) por derrota “patrimonial”...
Mas as mulheres também sofrem nessa transição onde não há muito conhecimento e lucidez - o que é compreensível pois é esta geração que
tem reescrito a história que nossos ancestrais levaram anos para qualquer mudança significativa. Nesta recente inclusão feminina no mundo
corporativo e competidor (yang), ou como “chefes” de família há uma tendência maior de ver mulheres com energia yang acentuada, o que
as faz estarem com um maior domínio do intelecto sobre a intuição, excesso da valorização exterior, dificuldades com o lado receptivo,
turbulências emocionais, e uma “dureza” sentimental e corporal.
Em muitas casas a ordem antes conhecida do homem como provedor se inverteu, e é sabido o grande número de mulheres que se
sobrecarregaram de tarefas e que passaram a sustentar física e emocionalmente seus lares - aliás, uma boa parcela que apresenta quadros de
endometriose representa claramente esse novo papel da provedora (yang), onde o endométrio se faz presente fora da sua região natural de
expansão. A mulher pode sim prover, mas deve juntar a vibração oposta/complementar que é a de se conscientizar do mesmo sentido
merecedor em receber (yin) (os homens que eram os provedores não tinham problemas, pois iam para casa receber: alimento, roupa lavada,
casa arrumada, atenção, etc); a mulher pode exercer muitas atividades (yang), desde que dê atenção ao yin, que é o descanso/relaxamento
proporcional. E claro que o mesmo vale para homens.

Da preocupação, queixas e do surgimento de muitas síndromes femininas, surgiu o resgate do sagrado feminino, o que ajuda, mas nem
sempre conscientizam da importância dos pólos arquetípicos.
E da preservação da natureza depende fundamentalmente a presença do “feminino” - conservar, cooperar e sustentar são adjetivos YIN - e
cuidar de nosso ar, águas, e das florestas que já foram suficientemente desbravadas (yang) é emergencial.
Assim como é preciso educar mais sabiamente nossas crianças que cuidarão deste planeta. Vejo muita confusão na educação, parece que
quando educam excluem o amor, e que quando amam não educam. Educar é saber dizer sim e não, o que não exclui disto o amor que é
principio único (sem dualidade). Num sentido geral, antes era tudo proibido, agora é tudo permitido, é preciso equalizar ! Criança quer saber
até onde pode ir, e testa o limite dos pais para aprender os seus próprios.

E Deus criou o céu (yang) e a terra (yin)...


E da argila (terra) fez o homem (yang), e de uma de suas costelas fez a mulher (yin)...

Se yang é o impulso de energia, yin é a consolidação; se yang é dilatação, yin é a contração; se yang é pergunta, yin é a resposta. E então fica
claro que para toda ação (yang) existe uma reação (yin), e compreende-se o axioma de que é dando (yang), que se recebe (yin).
Porém, antes de yang ser manifestação, yin é o não-manifesto. Portanto a inspiração, a intuição e a espiritualidade podem ser consideradas
yin em relação a yang. Yin (terra) molda yang, e estará contida em yang (costela). Nossas inspirações (yin) precisam ser encarnadas (yang), e
assim yin (res)surge, complementa. A percepção/mente intuitiva (yin) caminha um passo antes da mente racional (yang), que as ordena.
No simbolismo do Gênesis, parece que antes que existisse a pergunta, yin já era a resposta!

Abaixo alguns atributos de yin/yang:

 Yang – masculino; provedor; foco/individual; competitivo; prático; extrovertido; vontade; força; mental; solar; construtivo;
rápido; aterrador (conectado); quente.
 Yin – feminino; receptivo; sistêmico/global; cooperativo; detalhista; introspectivo; sabedoria; resistência; intuitivo; lunar;
instrutivo; paciência; oceânico (abrangente); frio.

O yang do homem e da mulher deve ser empreendedor, ativo e focado; sem perder seu yin, que é sua sabedoria, globalidade e sensibilidade.

Para o “benefício” do patriarcado, tratou-se de interpretar escrituras milenares como o I Ching, atribuindo o yin a mulher e o yang ao
homem, e fazer da mulher servidora do homem, isso causou prejuízo ao yin masculino e grande sofrimento às mulheres. Porém a
interpretação chinesa real, segundo Fritjof Capra, não era essa: “... os antigos chineses acreditavam que todas as pessoas, homens ou
mulheres passam por fases yin e yang. A personalidade de cada homem e de cada mulher não é uma entidade estática, mas um fenômeno
dinâmico resultante da interação entre elementos masculinos e femininos”.

Esta interação é fator importante e se dá por relatividade, por isso, o movimento deve ser dinâmico, é como uma dança, que oscila do ponto
da nossa personalidade para com o ambiente, pessoas e situações. Se este ritmo é harmônico, o ponto de equilíbrio se mantém. Se isto não
ocorre, uma energia pode ocupar um espaço que não lhe é natural, havendo predomínio de uma sobre a outra (excesso), onde a vibração de
yang será excessivamente acelerada ou de yin excessivamente contida, gerando deficiências e sobrecargas e não manifestando a
potencialidade de cada uma, pois uma só se equilibra em função da outra, são antagônicas e interdependentes.

Yin está associado a contenção, abrangência e subjetividade. Yang à aceleração, restrição e objetividade:

No homem ou na mulher, alguns sintomas de excesso de Yin são :


Acolhedor em excesso; dificuldade tomar iniciativa, decidir ; ideias confusas; dificuldade em separar eventos (emocional); dificuldades
financeiras quando dependa de empreender; pode ser lento, melancólico e disperso; alienação; ambiente desorganizado, acumula muitas
coisas; no corpo, facilidade em reter água e pele flácida; movimentos contidos; voz baixa, opina pouco; dependência ; depressão; adiamento;
pessimismo; timidez; sonolência; alta sensibilidade; vida social ou familiar “árida”; pouca energia; doenças crônicas (implosão).
E do excesso de Yang :
Pode ser raivoso, explosivo e agressor; aceleração mental ; dificuldade em ver o todo (racional); desconexão interna; corpo tenso, não relaxa,
falta movimento harmonioso; otimismo eufórico, quer convencer; dita condutas; rigidez moral, e portanto são muito seletivos (tendência a
racismo, especismo, etc); metódico; dorme pouco; voz alta e/ou fala ininterrupta, lança palavras sem ouvir o outro; movimentos
extravagantes; exaltação; impaciência; vida social ou familiar “cheia”; ansiedade; muita energia; doenças agudas (explosão).

Em alguns excessos há um equilíbrio natural, se, por exemplo, há muita atividade (yang) é normal que precise-se dormir muito (yin), se uma
pessoa está com predomínio de yang e não faz atividades tende a ter insônia, ou seja, precisa “gastar” yang (energia) para dormir bem ou usar
elementos calmantes para compensar. E toda vez que uma vibração chega ao seu limite, transforma-se no seu oposto-complementar. Todos já
ouvimos falar que depois da tempestade, vem a bonança. Ou de uma pessoa extremamente dócil (+yin) que “estourou” (yang). E é tudo
equilíbrio ! Que claro, pode ser compreendido a tempo de que o excesso não ocorra. Normalmente não paramos para analisar o porque de
uma atitude, e se há uma deficiência isso já faz parte da dificuldade pessoal - e quando o complementar aparece, é a natureza que de certa
forma está se encarregando de nos ajudar a integrar/acolher, fazendo com que tenhamos mais compreensão e menos dificuldades !

Da boa permanência das uniões afetivas, também depende o bom equilíbrio yin/yang : “o casamento entre um homem e uma mulher depende
de um outro casamento mais interior e definitivo : o casamento das forças yin e yang que também agem no interior de cada um dos
sexos”( Ely Britto).
Uma das principais formas de aprender mais sobre nós e complementar nossa vibração é através dos relacionamentos. Mas com as mudanças
sociais, a permanência das relações ficou instável, pois não prevalece tanto a dependência financeira ou a aparência social, que mantinha
uniões no passado. Revela-se agora que a duração dependa de afinidades sentimentais e mentais com o parceiro(a), para que haja
paralelamente o casamento mais importante que é o de cada um com sua própria divindade. O parceiro reflete seu interior no outro
(complementando ao outro e a si próprio). E o que irá manter uma parceria é que após a atração, sejam cultivados o diálogo, compreensão,
contato físico e a disponibilidade complementar, ou seja, que deem-se condições mútuas para que haja a integração.

Um dos hexagramas mais favoráveis do I Ching é o 8 original (Fu Hsi), quando o trigrama de K'un (terra/yin) está em cima e Ch'ien
(céu/yang) em baixo, é o hexagrama da Paz, do encontro, dos movimentos que se complementam, é quando tudo prospera porque o céu está
na terra !
A Integração dos “diferentes"... do nosso feminino e masculino, do potencial de nosso pai e mãe e de nossos ancestrais em nós, do
inconsciente com o consciente, da vontade com a realização, do sagrado com o profano, da ciência com a filosofia, do som com o silêncio,
da amada com seu amante... e tantos outros... será sempre a união alquímica, a pura potencialidade.

referências :

- A Arte da Aromaterapia, Robert Tisserand


- O Ponto de Mutação, Fritjof Capra
- I Ching - Um Novo Ponto de Vista, Ely Britto
- O Tarô Zen, de Osho (Arcano XIV - Integração)

Yin Yang - Integrando (2/2° parte)


Clique aqui para ler a primeira parte (Compreendendo - Influência do patriarcado e o real sentido vibratório da polaridade).

por Milene Siqueira


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"Podemos ver yin e yang nas mudanças das estações, na atmosfera, no ciclo das noites e dias. Podemos vê-los no crescimento das plantas;
uma semente precisa de terra (yang) e água(yin) para se desenvolver. Da casca da semente um broto explode para fora e as raízes delicadas
começam a crescer. O movimento para cima (yin) do broto é equilibrado pelo movimento para baixo (yang) das raízes. Quando a muda
brota da terra, o seu ambiente muda completamente. Está agora sob a influência do ar (yin) desenvolve folhas para fora (yang) e mais tarde
botões (yin), e depois flores (yang) e frutos (yin). O fruto torna-se mais e mais maduro (yin) até finalmente cair na terra (yang) e o ciclo
recomeça.” ( R. Tisserand )

Segunda Parte: Integrando


(Aliados da harmonia)

Encontrar o ponto de equilíbrio é tarefa constante, é desordem (yin) e


ordem (yang), sem um, não há o outro.
E "quanto maior a instabilidade, maior a possibilidade de novas formas de ordem" (Pedro Paulo Monteiro sobre Elya Prigogine). O maior
problema não é o desequilíbrio em si, mas a falta de ritmo.
Yang que é força centrípeta (para o centro) e yin centrífuga (longe do centro), se não complementam-se em seus opostos, é feito movimentos
que exaurem até que cheguem ao seu limite, quando alternam-se. Enquanto não percebemos e respeitamos o ritmo, podemos passar por
longos períodos "dançando feio"..., por isso a observação é a "música" que comanda o ritmo.
Sempre que há um excedente vibratório, a vibração oposta estará proporcionalmente prejudicada, insuficiente. A deficiência de yin ou de
yang implica em que esta não foi reconhecida, valorizada, decodificada. Mas quando os valores começam a despertar no Ser, as "nuvens"
igualmente começam a se dissipar, e a integração pode acontecer.

Fatores internos geram fatores externos e vice-versa, podemos ficar "animados", beneficiados por meio da alimentação, da respiração,
terapias e dos óleos essenciais, por exemplo.

A respiração Yin Yang

"Se vivermos como respiramos, inspirando e soltando, não poderemos errar" (Clarissa P. Estés)

A respiração é a forma primordial de encontrar o ponto de equilíbrio. Deveríamos respirar plenamente levando energia para todas as partes
do corpo, sugiro a leitura do texto Respiração Plena, que descreve como é a respiração sadia, profunda, que harmoniza as vibrações
yin/yang.
Aliado a respiração, estão os exercícios físicos, recomendo a leitura do livro Mente e Cérebro Poderosos, de Conceição Trucom, onde consta
uma série de exercícios respiratórios e físicos que harmoniza, eliminando bloqueios do corpo emocional. Estas práticas faziam parte das
ciências orientais e ocultas, mas que hoje estão a disposição do saber. Este livro, ajuda na compreensão e dá dicas para estimular as
atividades dos aspectos lógico (yang) e intuitivo (yin) da mente, talvez a mais poderosa das integrações!

Alimentação Yin Yang

Depois da respiração, vem a alimentação, ajustando a dieta mais propícia a cada predominância. Pessoas com excesso de yang precisam
aumentar o consumo de alimentos yin e vice-versa.

Outras terapias Yin Yang

O conhecimento milenar da dualidade, é a base da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), que detalhou e fez analogias aos 5 elementos e
órgãos em nosso corpo. É a Medicina que trabalha no equilíbrio yin/yang, mantendo o bem estar e atuando na prevenção.
Derivam do conhecimento yin/yang, o Feng Shui (harmonização ambiental), a Acupuntura, a Moxabustão, Do-In, Shiatsu, etc. Mas muitas
outras terapias e filosofias com outros nomes, partem do mesmo embasamento do conhecimento da dualidade, e da atuação do tratamento de
forma sistêmica.

Óleos Essenciais Yin Yang

Entre os auxílios da natureza, temos o benefício através dos óleos essenciais.


Cada óleo essencial (oe) manifesta-se como yin ou yang, mas a classificação nem sempre é rigorosa, pois pode até ser considerada neutra
como é o caso da lavanda em algumas teorias (em outras, não consta o quesito neutralidade); ou ser referida por gênero químico, que
ressaltam as qualidades como sedativo ou estimulante; se o óleo é frio ou quente; parte da extração da planta ou seu desenvolvimento; e até
outras teorias como cores, notas olfativas, taxa de evaporação, regência planetária, etc. Dessa forma, vemos um mesmo óleo com algumas
divergências classificatórias, conforme o ponto de abordagem usado.

O maior valor deve se dar pela relatividade (mais importante a interação, do que pelo que se é).
Por possuírem a dualidade intrínseca, os oes irão colaborar na harmonia da maioria dos aspectos a serem tratados. Outra relevância é a
afinidade olfativa, seremos naturalmente atraídos pelo aroma oposto-complementar, do que estiver em nós em maior grau. Yang atrai Yin e
Yin atrai Yang (o que não equivale a noção ocidental de opostos). Trabalhar com a afinidade é sempre o primeiro passo !

Abaixo seguem algumas sugestões de óleos essenciais a escolher, mas antes, leia sobre uso e precauções.

Lavanda por sua ação equilibrante dos opostos, e hortelã-pimenta que embora fria (yin), também aqueça (yang) no frio e regula temperatura e
humores, podem ser usados frequentemente.

Em excesso de Yin, se a intenção é :


 aquecer : oes como canela ; cravo ; gengibre; alecrim.

 ”aterrar”: gengibre ; patchouli; cedro; tomilho, manjericão, tea tree.

 movimentar : alecrim; laranja ; limão; tangerina; eucalipto.

 drenar : erva-doce/funcho ; cipreste ; junípero ; cítricos ; cedro ; eucalipto ; capim-limão ; gerânio.

 dissipar o medo : gerânio; sálvia-esclaréia; tangerina; abeto.

 aumentar a auto-estima : patchouli ; ylang ylang ; grapefruit.

 ordem : tangerina; laranja; limão; hortelã-pimenta; hortelã-do-campo.

 decisão : sálvia esclaréia; limão; lavanda; vetiver; patchouli.

 dor nas pernas, varizes : capim-limão; tea tree; cipreste; hortelã-pimenta; limão.
Em excesso de Yang:

São considerados todos os óleos relaxantes e sedativos, como : camomila; ylang ylang; rosa; bálsamo do peru; pau-rosa; palmarosa;
abetos/pinheiros.
 meditação e espiritualidade : olíbano; breu; cedro; sândalo; lavanda.

 rigidez muscular/flexibilidade : olíbano; tea-tree; vetiver; turmérico


 receptividade : ylang ylang; jasmim; rosa; palmarosa.

 contratura muscular : alecrim; lavandim.

 insônia : lavanda; camomila; tangerina; manjerona; ylang ylang.

 raiva : camomila; gerânio; hortelã-pimenta.

 ansiedade : bergamota; camomila; lavanda; manjerona; tangerina; gerânio.

 controle da fala e da expressão: cipreste; erva-doce/funcho.

 hipertensão : lavanda; capim-limão; ylang-ylang; manjerona.


Alguns óleos com dominância :
yin : rosa; ylang-ylang; cipreste; camomila.
yang : tomilho; alecrim; limão; cravo; canela; patchouli; vetiver; olíbano; breu.

Conexão Corpo

"Tudo o que o mundo pode dar-vos é um corpo -


uma arca para navegar pelo mar da vida dual" (M. Naimy)

"na medida em que nos retiramos para nossas mentes, esquecemos como "pensar" com nossos corpos, de que modo usá-los como agentes de
conhecimento" (F. Capra)
Todos as dicas listadas acima (alimentação, respiração, terapias, óleos essenciais) visam a estabelecer conexão entre o corpo sensorial (yin) e
o corpo mental (yang). Poderemos então "pensar" além da mente, sermos "tocados", sentindo primeiramente e adentrar no fluxo
coerente... "ser, sentir, pensar...".

Estar presente em cada ação, não deixando a mente vagar é saúde mental !
A consciência do corpo interior nos mantém no presente. Quando estamos "enraizados" dentro de nós, a ansiedade desaparece, o passado fica
pra trás : "...o corpo interior está na fronteira entre a forma e a essência, que é a sua verdadeira natureza"(E.Tolle).

Sermos harmonicamente dinâmicos, traduz em nosso bem estar, de quem convive conosco, da sociedade, enfim da nossa presença,
dinamizando os aspectos do Ser em plenitude. Devemos cuidar das nossas emoções, fazer prevalecer o sentimento, respeitar as diferenças.

"A dualidade é uma fricção constante; e a fricção dá a ilusão de duas superfícies que se
opõem, inclinadas à autodestruição. Em verdade, os opostos aparentes estão completando-se, preenchendo-se e trabalhando de mãos dadas
por um só objetivo - a paz perfeita, a unidade e o equilíbrio da Sagrada Compreensão."
(M. Naimy)

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Referências:
- A Arte da Aromaterapia, Robert Tisserand
- Quem Somos Nós ? O Enigma do Corpo, Pedro Paulo Monteiro
- Mulheres que Correm com os Lobos, Clarissa Pinkola Estés
- www.docelimao.com.br (Conceição Trucom)
- O Ponto de Mutação, Fritjof Capra
- O Poder do Agora, Eckhart Tolle
- O Livro de Mirdad, Mikhaïl Naimy

Saiba mais sobre Óleos Essenciais : www.aromarte.com.br

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