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ISO 50003
Portuguesa 2016
ICS HOMOLOGAÇÃO
27.010 Termo de Homologação n.º 4/2016, de 2016-01-19
CORRESPONDÊNCIA ELABORAÇÃO
Versão portuguesa da ISO 50003:2014 CT 184 (IPQ)
EDIÇÃO
2016-02-15
CÓDIGO DE PREÇO
X006
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Sumário Página
Preâmbulo nacional.................................................................................................................................. 2
Introdução ................................................................................................................................................. 4
1 Objetivo e campo de aplicação ............................................................................................................. 5
2 Referências normativas ......................................................................................................................... 5
3 Termos e definições ............................................................................................................................... 5
4 Características da auditoria ao sistema de gestão de energia ........................................................... 6
5 Requisitos do processo de auditoria..................................................................................................... 6
5.1 Generalidades ....................................................................................................................................... 6
5.2 Confirmação do âmbito de certificação ................................................................................................ 6
5.3 Determinação do tempo de auditoria.................................................................................................... 7
5.4 Amostragem multi-site ......................................................................................................................... 7
5.5 Realização de auditorias ....................................................................................................................... 7
5.6 Relatório de auditoria ........................................................................................................................... 8
5.7 Auditoria de concessão da certificação ................................................................................................ 8
5.8 Auditoria de acompanhamento ............................................................................................................. 8
5.9 Auditoria de renovação da certificação ................................................................................................ 8
6 Requisitos de competência .................................................................................................................... 9
Anexo A (normativo) Duração das auditorias SGE ............................................................................... 13
A.1 Determinação do pessoal afeto ao SGE ........................................................................................... 13
A.2 Determinação da complexidade de um SGE ................................................................................... 13
A.3 Determinação da duração da auditoria ao SGE ............................................................................. 14
Anexo B (normativo) Amostragem Multi-Site ........................................................................................ 17
B.1 Generalidades ...................................................................................................................................... 17
B.2 Aplicação ............................................................................................................................................. 17
B.3 Amostragem......................................................................................................................................... 20
B.4 Duração da auditoria para o escritório central ..................................................................................... 21
Anexo C (informativo) Melhoria contínua do desempenho energético ................................................ 22
Bibliografia ............................................................................................................................................... 23
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Introdução
Esta Norma destina-se a ser utilizada conjuntamente com a norma ISO/IEC 17021:2011. No momento da
publicação da presente Norma, a norma ISO/IEC 17021:2011 encontra-se em revisão e será substituída pela
norma ISO/IEC 17021-1. Para efeitos da presente Norma, a norma ISO/IEC 17021:2011 e a norma
ISO/IEC 17021-1 são consideradas equivalentes. Após a publicação da norma ISO/IEC 17021-1, todas as
referências na presente Norma à norma ISO/IEC 17021:2011 serão consideradas como referências à norma
ISO/IEC 17021-1.
Para além dos requisitos da norma ISO/IEC 17021:2011, a presente Norma especifica requisitos que refletem
a área técnica específica dos sistemas de gestão de energia (SGE), necessários para assegurar a eficácia da
auditoria e a certificação. Em particular, a presente Norma determina os requisitos adicionais necessários
para o processo de planeamento da auditoria, a auditoria de certificação inicial, a realização da auditoria no
local, a competência do auditor, a duração das auditorias aos SGE e amostragem multi-site.
A secção 4 descreve as características da auditoria a um SGE, a secção 5 descreve os requisitos do processo
de auditoria a um SGE e a secção 6 descreve os requisitos de competência necessários para o pessoal
envolvido no processo de certificação de SGE. Os Anexos A, B e C fornecem informação adicional que
complementa a norma ISO/IEC 17021:2011. A presente Norma destina-se a auditorias a sistemas de gestão
de energia, com o propósito de certificação, não se destinando a auditorias energéticas cujo propósito seja
estabelecer uma análise sistemática ao consumo e uso de energia, que se encontram definida na norma
ISO 50002.
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2 Referências normativas
Os documentos a seguir referenciados são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referências datadas,
apenas se aplica a edição citada. Para as referências não datadas, aplica-se a última edição do documento
referenciado (incluindo as emendas).
ISO/IEC 17021:20111) Conformity assessment – Requirements for bodies providing audit and
certification of management systems
ISO 50001*) Energy management systems – Requirements with guidance for use
3 Termos e definições
Para os fins da presente Norma aplicam-se os termos e definições constantes na ISO 50001 e
ISO/IEC 17021:2011 e os seguintes:
NOTA 1 à secção: O pessoal afeto ao SGE contribui para o cumprimento dos requisitos de um SGE no âmbito e fronteiras para a
criação, implementação ou manutenção da melhoria do desempenho energético.
NOTA 2 à secção: O pessoal afeto ao SGE tem impacto no desempenho energético ou na eficácia do SGE e poderá incluir
prestadores de serviços.
1)
Para ser substituída pela ISO/IEC 17021-1.
*)
Existe versão portuguesa da ISO 50001, NP EN ISO 50001 (nota nacional).
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NOTA 3 à secção: O Anexo A contém mais informações sobre o pessoal afeto ao SGE.
3.7 local
Localização com fronteiras dentro das quais a(s) fonte(s) de energia, o(s) uso(s) de energia e o desempenho
energético estão sob o controlo da organização.
5.1 Generalidades
Todos os requisitos definidos na norma ISO/IEC 17021:2011 e na presente Norma devem ser aplicados ao
processo de auditoria ao SGE.
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Para a classificação das não conformidades para a ISO 50001, o auditor usará a definição de não
conformidade maior para o SGE (ver 3.6).
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NOTA: A melhoria do desempenho energético pode ser afetada por alterações nas instalações, equipamentos, sistemas ou
processos, mudanças no negócio, ou outras condições que resultem numa mudança ou numa necessidade de mudar o consumo
energético de referência.
6 Requisitos de competência
6.1 Generalidades
Os requisitos de competência para o(s) auditor(es) e pessoal envolvido no processo de certificação do SGE
são definidos em 6.2 e 6.3.
Princípios do SGE X X X
Terminologia específica da energia X X X
Princípios básicos de energia X X X
Exigências legais, e outros, relacionados com a
X X X
energia
Indicadores de desempenho energético,
consumo energético de referência, variáveis X X
relevantes e fatores fixos
Avaliação de desempenho energético e
X X
estatísticas de base relacionadas
Sistemas de energia comuns
X X
Por exemplo: sistemas de vapor, sistemas de
refrigeração, sistemas de motores, calor de
processo, etc.
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(continua)
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Se o organismo de certificação determinar que é necessário subdividir a área técnica, devem ser
estabelecidos critérios adicionais para o uso de energia.
A equipa auditora deve ser selecionada e composta por auditores e peritos técnicos, conforme necessário,
para cumprir os requisitos de competência técnica, bem como os requisitos gerais de competência
compatíveis com o âmbito de certificação. O Quadro 3 descreve as perícias técnicas para um SGE em que
"X" indica que o organismo de certificação define os critérios.
Quadro 3 – Perícias técnicas em SGE
Funções de certificação
Condução da análise da
candidatura para a determinação
Perícias Análise de relatórios de
da competência necessária da
auditoria e tomada de Auditar
equipa, seleção dos membros da
decisões de certificação
equipa e determinação do tempo
de auditoria
Medição e verificação geral (M&V) X X
Medição, monitorização e análise de
X X
dados de energia
Quando a auditoria é realizada por uma equipa (mais do que um auditor), o nível de perícias necessárias devem ser detidas pela
equipa como um todo.
NOTA: Se a auditoria for realizada por uma equipa, não é necessário que todos os membros da equipa tenham perícias em todas as
áreas.
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Anexo A
(normativo)
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onde
FEC é o fator de complexidade do consumo anual de energia do Quadro A.1,
FES é o fator de complexidade do número de fontes de energia do Quadro A.1,
FSEU é o fator de complexidade do número de usos significativos de energia do Quadro A.1,
WEC é o peso do fator do Quadro A.1 para consumo anual de energia,
WES é o peso do fator do Quadro A.1 para o número de fontes de energia,
WSEU é o peso do fator do Quadro A.1 para o número de usos significativos de energia.
O Quadro A.1 fornece para cada consideração, o peso e os intervalos associados para os fatores de
complexidade necessários para o cálculo da complexidade.
Uma vez que o valor da complexidade foi calculado usando a fórmula, o valor é usado para determinar o
nível de complexidade do SGE com base no Quadro A.2
Quadro A.2 – Nível da complexidade do SGE
Valor da complexidade Nível da complexidade do SGE
> 1,35 Alto
1,15 a 1,35 Médio
< 1,15 Baixo
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Quadro A.3. O organismo de certificação deve assegurar que a duração da auditoria é revista e confirmada na
1ª fase.
Quadro A.3 – Duração mínima da auditoria de concessão (dias/homem)
Complexidade
Número de pessoas afeto ao SGE Baixa Média Alta
1 - 15 3,0 5,0 6,0
16 - 25 4,0 6,0 7,5
26 - 65 5,5 7,0 8,5
66 - 85 6,5 8,0 9,5
86 - 175 7,0 9,0 10,0
176 - 275 7,5 9,5 10,5
276 - 425 8,5 11,0 12,5
O organismo de certificação pode prever a duração da auditoria para um
≥ 426 número de pessoas afetas ao SGE superior a 425. Essa duração deverá seguir a
progressão deste Quadro.
O número mínimo de dias de auditoria para os acompanhamentos e renovação são mostrados no Quadro A.4.
O processo de certificação deve assegurar que qualquer alteração ao SGE, usos significativos de energia,
instalações, equipamentos, sistemas ou processos, resultam numa revisão dos dias de auditoria necessários.
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Quadro A.4 – Duração mínima das auditorias de acompanhamento e renovação (dias/homem)
Complexidade
Baixa Média Alta
Número de
pessoas afetas Acompanhamento Renovação Acompanhamento Renovação Acompanhamento Renovação
ao SGE
1 - 15 1,0 2,0 2,0 3,0 2,0 4,0
16 - 25 1,5 3,0 2,0 4,0 2,5 5,0
26 -65 2,0 4,0 2,5 5,0 3,0 6,0
66 - 85 2,0 5,0 3,0 5,5 3,0 7,0
86 - 175 2,0 5,0 3,0 6,0 3,0 7,0
176 - 275 2,5 5,0 3,5 6,5 3,5 8,0
276 - 425 3,0 6,0 3,5 7,0 4,0 9,0
O organismo de certificação poderá prever a duração da auditoria para um número de pessoas afetas ao SGE superior a
≥ 426
425. Essa duração deverá seguir a progressão deste Quadro.
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Anexo B
(normativo)
Amostragem Multi-Site
B.1 Generalidades
Este Anexo define os requisitos para auditoria e certificação do SGE de organizações com uma rede de
locais. O método definido deve assegurar que as auditorias garantam a adequada confiança na conformidade
do SGE em todos os locais e que estas auditorias sejam práticas, exequíveis e economicamente viáveis do
ponto de vista operacional.
Onde as atividades da organização relacionadas com as fontes de energia, usos de energia e consumos de
energia são sujeitas a certificação e são executadas de forma semelhante nos diferentes locais sob autoridade
e controlo da organização, o organismo de certificação poderá implementar procedimentos apropriados para
amostragem, na auditoria de concessão, auditoria de acompanhamento e auditoria de renovação.
Desvios do cumprimento destes requisitos poderão ser considerados na condição de serem justificados e
registados. A justificação deve demonstrar que o mesmo nível de confiança na conformidade do SGE em
todos os locais listados pode ser obtido antes de prosseguir com as auditorias.
B.2 Aplicação
B.2.1 Local
Onde não for viável definir uma localização (por exemplo, para os serviços), a abrangência da certificação
deverá ter em conta as atividades da sede da organização, bem como a prestação dos seus serviços. Onde
relevante, o organismo de certificação poderá decidir que a auditoria de certificação deve ser realizada onde
a organização fornece seus serviços e o seu escritório central deve ser identificado e auditado.
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B.2.5.1 Generalidades
Para a escolha da amostragem, os procedimentos do organismo de certificação devem assegurar que a análise
inicial do contrato inclui a avaliação da complexidade, a abrangência das atividades cobertas pelo SGE e que
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todos os critérios e secções desta Norma foram cumpridos. Considerações das diferenças que podem afetar a
amostragem poderão incluir as seguintes:
a) desempenho energético;
b) uso significativo de energia;
c) fontes de energia;
d) monitorização, medição e análise;
e) consumo de energia;
f) alterações do âmbito.
O organismo de certificação deve identificar os serviços centrais (escritório central) da organização com a
qual tem um contrato com validade jurídica para a prestação de atividades de certificação.
O organismo de certificação deve garantir que os requisitos de competência definidos na sessão 6 são
cumpridos para cada local a ser incluído na certificação e auditorias. Se os locais de uma organização onde
são realizadas as atividades sujeitas à certificação não estão preparados, a organização deve, antes da
auditoria, informar o organismo de certificação da lista dos locais a incluir e a excluir na certificação.
B.2.5.2 Auditoria
O organismo de certificação deve ter procedimentos documentados para lidar com auditorias no âmbito do
seu programa multi-site. Estes procedimentos estabelecem a forma como o organismo de certificação
confirma que, o mesmo SGE gere as atividades de todos os locais, é realmente aplicado a todos os locais e
que a organização satisfaz todos os critérios de elegibilidade conforme referido em B.2.4. Quando existirem
não conformidades (conforme definido em 3.6 e na ISO/IEC 17021:2011) em qualquer um dos locais, seja
através de auditoria interna ou através do organismo de certificação, deve-se investigar se outros locais
poderão estar afetados. O organismo de certificação deve exigir à organização que avalie as não
conformidades para determinar se as correções ou ações corretivas precisam de ser aplicadas a outros locais.
Os registos da avaliação e a justificação devem ser mantidos.
O organismo de certificação aumenta, conforme adequado, a frequência de amostragem ou o tamanho da
amostra, até que se garanta que o controle foi restabelecido. No momento da decisão de certificação, se
qualquer local tiver uma não conformidade maior, a certificação deve ser recusada a todo o conjunto de
locais listados, até existir uma ação corretiva satisfatória. Não deve ser admissível que, a fim de superar o
obstáculo levantado pela existência de uma não conformidade maior num local, a organização procure
excluir esse local do âmbito, durante o processo de certificação.
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B.3 Amostragem
B.3.1 Metodologia
A amostra deverá ser selecionada em parte com base nos fatores abaixo estabelecidos e deverão resultar
numa amostragem representativa dos diferentes locais selecionados. Pelo menos 25 % da amostra deverá ser
selecionada de forma aleatória. O restante deverá ser selecionado de modo a que a variação entre os locais
escolhidos, ao longo do período de validade do certificado, seja tão grande quanto possível.
A seleção dos locais deve incluir uma avaliação das fontes de energia e do consumo de energia, e deverá
incluir, entre outros, os seguintes:
a) resultados das auditorias internas ao local e revisões pela gestão ou as auditorias de certificação
anteriores;
b) variações significativas na dimensão dos locais;
c) variações nos turnos e nos processos e procedimentos de trabalho;
d) complexidade do sistema de gestão;
e) processos realizados em diferentes locais;
f) alterações desde a última auditoria de certificação;
g) maturidade do sistema de gestão e conhecimento da organização;
h) complexidade das fontes de energia, usos de energia e consumo de energia;
i) diferenças de cultura, idioma e exigências legais e outros;
j) dispersão geográfica.
Esta seleção não tem que ser feita no início do processo de auditoria. Também pode ser feita quando a
auditoria no escritório central for concluída. Em qualquer caso, o escritório central deve ser informado sobre
os locais a serem incluídos na amostra. Isso pode ser feito com pouca antecedência, mas deverá permitir um
tempo suficiente para preparação para a auditoria.
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Quando um novo local é escolhido para se juntar a uma rede multi-site já certificada, este deverá ser
considerado como uma unidade independente para a determinação do tamanho da amostra. Após a inclusão
do novo local no certificado, este deverá ser adicionado aos já existentes para a determinação do tamanho da
amostra para futuras auditorias de acompanhamento ou de renovação.
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Anexo C
(informativo)
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Bibliografia
[1] ISO 50002 Energy audits – Requirements with guidance for use
[2] ISO 50004 Energy management systems – Guidance for the implementation, maintenance and
improvement of na energy management system
[3] ISO 50006 Energy management systems – Measuring energy performance using energy baselines
(EnB) and energy performance indicators (EnPI) – General principles and guidance
[4] ISO 50015 Energy management systems – Measurement and verification of energy performance
of organizations – General principles and guidance
[5] ISO/IEC/TS Conformity assessment – Requirements and recommendation for content of a third-
17022 party audit report on management systems
[6] ISO/IEC/TS Conformity assessment – Guidelines for determining the duration of management
17023 system certification audits
[7] IEC 60027 Letter symbols to be used in electrical technology
(todas as partes)
[8] IAF MD1: 2007 Certification of Multiple Sites Based on Sampling, available at: em:
http://www.iaf.nu/upFiles/IAFMD12007_Certification_of_Multiple_Sites_Issue1v3Pu
b5.pdf