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RESUMO
O presente artigo tem por objetivo caracterizar o perfil das micro e pequenas empresas da
região norte e noroeste do Paraná, a partir dos níveis de aplicabilidade da gestão financeira. A
metodologia aplicada foi de natureza quantitativa, descritiva, e as técnicas foram pesquisa
bibliográfica, pesquisa de campo, aplicação de questionário estruturado e análise estatística.
Foram coletados 53 questionários, em 10 cidades da região norte e noroeste do Paraná, as
empresas foram enquadradas em três categorias quanto ao porte, sendo elas: 57%
microempresas, 30% são pequenas empresas e 13% médias empresas. Como resultado pode-
se destacar a força que as empresas adquirem quando mantêm sobre controle suas atividades e
devidamente registradas, gerando-lhes relatórios auxiliares para a tomada das decisões
referentes a aplicações e investimentos. A empresa que pretende tornar-se competitiva no
mercado deve buscar investir em análise financeira e procurar sempre profissionais, mesmo
que terceirizados, como o caso de consultores do SEBRAE, para indicar um rumo a seguir,
enquanto adquirem experiência e controle sobre as funções da empresa.
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
3 METODOLOGIA
Para o desenvolvimento deste trabalho foi empregada uma pesquisa quantitativa que,
segundo Richardson (2011), é caracterizada pela quantificação, tanto nas modalidades de
coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas. Já para
Fachin (2003), a pesquisa quantitativa é determinada em relação aos dados ou à proporção
numérica, mas a atribuição numérica não deve ser feita ao acaso, porque a variação de uma
propriedade não é quantificada cientificamente.
O tipo de pesquisa é descritiva que Richardson (2011) define como um trabalho onde
o pesquisador não concentra sua atenção no porquê de observar certa distribuição, mas, sim,
na descrição da amostra. Conforme Triviños (2008), pretende descrever com exatidão os fatos
e fenômenos de determinada realidade, sendo que seu foco essencial reside no desejo de
conhecer a comunidade.
Utilizou-se pesquisa bibliográfica, que Fachin (2003) conceitua como sendo a junção
dos conhecimentos humanos reunidos em determinadas obras, seu objetivo é conduzir a
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reprodução de uma pesquisa que se define em ler, organizar e formatar títulos. Já para
Rampazzo (2003), a pesquisa bibliográfica é aquela que procura explicar o problema a partir
de trabalhos publicados (livros, revistas etc.), pode ser realizada independentemente ou em
conjunto com outros tipos de pesquisa.
Desenvolveu ainda uma pesquisa de campo para levantamento de dados. Mertens
(2007) classifica pesquisa de campo como investigação empírica realizada no local onde
ocorreu o fenômeno ou que dispõe de elementos para a investigação.
Os dados coletados são primários, que Malhotra (2004) define como o dado gerado
por um pesquisador com finalidade específica de solucionar o problema em pauta.
Os dados primários foram adquiridos através de uma entrevista com a aplicação de
um questionário estruturado. Os questionários foram aplicados em várias cidades e empresas
com ramo de atividade econômica diferente, em que se buscou compreender como é realizada
a gestão financeira e entender os níveis de aplicabilidade adotados.
Realizou-se uma análise estatística dos dados que, segundo Silvestre (2007), é
realizada com dados da população, sejam elas por medidas diretas ou amostrais seguindo os
parâmetros da população.
51% dos empresários disseram possuir capital de giro próprio para gerenciar suas
atividades e suprir suas despesas e investimentos, 21% quase sempre possuem recursos e
somam 28% as empresas que não possuem capital próprio para desenvolver suas atividades,
buscando sempre trabalhar com capital de terceiro, assim demonstrando que essa alternativa
mostra a instabilidade, que as micro e pequenas têm que procurar para tentarem manter suas
atividades em funcionamento.
66% dos respondentes dizem utilizar de capital de terceiros em suas atividades ainda
às vezes ou sempre, demonstrando a necessidade de uma base externa para manter suas
atividades, e 34% não utiliza capital de terceiros, demonstrando que conseguem fazer com
que seu capital seja suficiente para manter seu negócio em plena operação.
terceirizado. E 10%, às vezes, indicando que o número de buscas por um atendimento mais
específico tem se tornado frequente e 30% não utilizam este recurso.
83% responderam que sempre ou quase sempre têm controle sobre todas as contas da
empresa, sejam a pagar, a receber e controles bancários, demonstrando a visão de que as
contas quando bem administradas permitem um controle mais eficiente das rédeas da
empresa. Já 17% responderam pouco ou nunca possuem controles sobre as contas, assim
identificando que a estrutura da empresa pode estar mal administrada ou em um caminho
perigoso de falência.
60% dos empresários indicaram utilizar algum tipo de instrumento para a análise
financeira, tornando-se um controle necessário e importantíssimo já que a maior parte possui
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controle de seus recursos disponíveis, enquanto 40% nunca aplicaram em suas decisões esse
tipo de análise, o que pode refletir negativamente na sobrevivência do negócio.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos dados analisados, observou-se que as empresas buscam a cada dia
formas de se adaptarem ao mercado e às suas exigências, mostrando desse modo que quanto
maior o controle sobre as finanças mais promissora podem ser as chances de progresso das
empresas. Sabendo assim que a empresa que pretende tornar-se competitiva no mercado deve
buscar investimentos em análises financeiras e procurar sempre profissionais, mesmo que
terceirizados como o caso de consultores do SEBRAE, para indicar um rumo ao qual seguir
enquanto adquirem experiência e controle sobre as funções da empresa.
Entre as empresas pesquisadas, considera-se que se caracterizam, segundo seu nível
de aplicabilidade na gestão financeira, como positivas devido ao percentual elevado de
utilização de recursos e instrumentos analíticos no momento de tomada das decisões e
gerenciamento, sendo este um recurso vital para as empresas que buscam sua sobrevivência
no mercado que se apresenta atualmente de forma bem competitiva.
Diante de todas as informações adquiridas, é possível afirmar que a saúde financeira
das organizações necessita de constante monitoramento, ou caso contrário, se não houver uma
gestão fiananceira adequada, os esforços irão se esvair o que ocasionará em uma provável
queda de resultados e prejuízos. Assim, o sistema financeiro da empresa é seu coração e é a
parte responsável por bombear recursos para a sobrevivência da mesma.
REFERÊNCIAS
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hal,2010.
IUCIDIBUS, Sergio de; MARION, José Carlos. Contabilidade comercial. 8. ed. São Paulo:
Atlas, 2009.
JUNIOR, Antônio Barbosa Lemes; RIGO, Cláudio Miessa; CHEROBIM, Ana P. M. Szabo.
Administração financeira: princípios, fundamentos, e práticas financeiras. 3. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2010.
MERTENS, Roberto S. et al. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. Rio de Janeiro: Editora
FGV, 2007.
RAMPAZZO, Lino. Metodologia científica. 3. ed. São Paulo: edições Loyola , 2003.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo:
Atlas,2011.