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Pesquisa em Serviço Social

Autoria: Ana Lúcia Américo Antonio

Tema 07
Utilização de Documentos na Pesquisa Social
Tema 07
Utilização de Documentos na Pesquisa Social
Autoria: Ana Lúcia Américo Antonio
Como citar esse documento:
ANTONIO, Ana Lúcia Américo. Pesquisa em Serviço Social: Utilização de Documentos na Pesquisa Social. Caderno de Atividades. Anhanguera
Publicações: Valinhos, 2014.

Índice

CONVITEÀLEITURA PORDENTRODOTEMA
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CONVITEÀLEITURA
Caríssimo(a) acadêmico(a), neste tema serão apresentados alguns apontamentos teóricos e metodológicos sobre a
pesquisa documental, levando você a enriquecer seus conhecimentos sobre a importância da utilização de documentos
na pesquisa social. Da mesma forma, você descobrirá que, ao fazermos essa exposição pública por meio de ensaio
bibliográfico, pretendemos provocar o debate sobre a utilização desse procedimento no cotidiano das pesquisas de
estudantes, professores e pesquisadores.

A partir da leitura deste tema, você ampliará sua compreensão no âmbito da pesquisa documental, sendo possível
discutir o conceito de documento e responder à pergunta: o que de fato é um documento?

Você terá conhecimento suficiente para determinar como a pesquisa documental, bem como outros tipos de pesquisa,
sugere produção de novos conhecimentos, cria novas formas de compreender os fenômenos e dá o conhecimento e a
forma como estes têm sido desenvolvidos.

PORDENTRODOTEMA
Utilização de Documentos na Pesquisa Social

A utilização de documentos é um recurso metodológico ainda visto como um complemento à produção de dados
na prática de pesquisa social. É comum observarmos a utilização dos documentos nas pesquisas como uma ferramenta
para reforçar o entendimento, situando relatos em um contexto histórico, ou como um método que aprova comparações
entre as explicações do observador com os documentos relacionados.

Os métodos de coleta de dados têm em comum o fato de serem aplicados diretamente às pessoas; porém, há dados
que, embora referentes a pessoas, são conseguidos de maneira indireta e aceitam a forma de documentos, tais como:
livros, jornais, papéis oficiais, registros estatísticos, fotos, discos, filmes e vídeos.

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São proporcionados ao pesquisador, por meio das fontes documentais, dados em quantidade e qualidade suficiente para
evitar a perda de tempo e o constrangimento que diferenciam muitas das pesquisas em que os dados são conseguidos
absolutamente das pessoas, pois em muitos casos só se torna aceitável realizar uma investigação social por meio de
documentos.

São considerados documentos para fins de pesquisa científica não apenas os escritos utilizados para elucidar determinada
coisa, mas qualquer objeto que possa cooperar para a averiguação de determinado fato ou fenômeno.

Gil (2011) faz sua consideração sobre pesquisa científica descrevendo a existência de três tipos comuns de documentos
utilizados pelos pesquisadores: registros cursivos, que são duráveis e continuados; registros episódicos e privados,
formados principalmente por documentos pessoais e por imagens visuais causadas pelos meios de comunicação em
massa; e dados encontrados, que são compostos não apenas por objetos materiais, mas também por vestígios físicos
causados por erosão ou acumulação no meio ambiente. Cada um desses documentos possui uma particularidade, e
suas especificidades são ressaltadas a partir da escolha do objeto da pesquisa a ser realizada.

A utilização de documentos em pesquisa deve ser considerada, pois a riqueza de informações que deles podemos
retirar e resgatar explica seu uso em várias áreas das Ciências Humanas e Sociais, porque os documentos permitem
desenvolver a inteligência de objetos, cuja concepção precisa de contextualização histórica e sociocultural. Outra
justificativa para o uso de documentos em pesquisa é que ele consente adicionar a dimensão do tempo à compreensão
do social, e a análise documental beneficia a observação do procedimento de maturidade ou de desenvolvimento de
indivíduos, grupos, conceitos, conhecimentos, comportamentos, mentalidades, práticas, entre outros. Segundo Cellard
(2008, p. 295):

[...] o documento escrito constitui uma fonte extremamente preciosa para todo pesquisador nas ciências sociais.
Ele é, evidentemente, insubstituível em qualquer reconstituição referente a um passado relativamente distante,
pois não é raro que ele represente a quase totalidade dos vestígios da atividade humana em determinadas
épocas. Além disso, muito frequentemente, ele permanece como o único testemunho de atividades particulares
ocorridas num passado recente.

Existe uma grande quantidade de dados estatísticos nas sociedades modernas referentes às especialidades de seus
membros, e esses dados são geralmente coletados e armazenados para servir aos interesses de organizações, sobretudo
da Administração Pública, podendo ser muito úteis para a pesquisa social.

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Algumas entidades governamentais dispõem de dados referentes a características socioeconômicas da população
brasileira ‒ idade, sexo, tamanho da família, nível de escolaridade, ocupação, nível de renda etc. ‒, e órgãos de saúde
fornecem dados a respeito de incidência de doenças e causas de morte. O Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos dispõe de dados sobre desemprego, salários, greves e negociações trabalhistas. Organizações
voluntárias têm dados referentes a seus membros e também às populações que atendem. Institutos de pesquisa
vinculados a universidades dispõem de grande acervo de dados referentes aos mais diversos campos do conhecimento.

Cada vez mais, as entidades estão se preocupando em manter seus bancos de dados; verifica-se isso em hospitais,
escolas, agências de serviço social, entidades de classe e repartições públicas.

Portanto, a coleta de dados a partir de registros estatísticos é muito mais simples do que mediante qualquer procedimento
direto. No entanto, demanda que o pesquisador prepare um plano de pesquisa bem-elaborado, que indique com clareza
a natureza dos dados a serem obtidos, e saiba também identificar as fontes adequadas para a obtenção de dados
significativos para o propósito da pesquisa.

O suicídio, livro de Durkheim (1973), é muito citado como um dos mais notáveis exemplos de como um pesquisador dotado
de grande esperteza intelectual é capaz de obter resultados altamente significativos a partir de dados estatísticos. Mas
o emprego de dados estatísticos na pesquisa social apresenta algumas limitações. Selltiz et al. (1972, p. 364) lembram
que repetidamente a definição de categorias empregadas no material estatístico não coincide com a empregada na
pesquisa social. Podemos exemplificar como: o pesquisador pode ter interesse em estudar a situação matrimonial de
uma população, sabendo que os registros estatísticos oficiais geralmente indicam a distribuição da população de acordo
com o estado civil, ou seja, a situação prevista em lei. Mas, em uma pesquisa social, de modo geral, interessa a efetiva
situação matrimonial das pessoas, que nem sempre coincide com o oficial.

Torna-se possível a correção dos registros com base naquilo que se sabe acerca das técnicas de coletas de dados;
outras vezes, isso não é possível, mas necessário se faz investigar adequadamente a natureza dos dados disponíveis
para que se possa decidir acerca de sua aceitação ou rejeição.

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Sabe-se da importância que a utilização de documentos como recurso metodológico tem para complementar a produção
de dados na prática da pesquisa social. Então perguntamos: O que de fato é um documento? Para Cellard (2008), não
é tarefa fácil conceituá-lo:

definir o documento representa em si um desafio. Recuperar a palavra “documento” é uma maneira de analisar
o conceito e então pensarmos numa definição: “documento: 1. declaração escrita, oficialmente reconhecida, que
serve de prova de um acontecimento, fato ou estado; 2. qualquer objeto que comprove, elucide, prove ou registre
um fato, acontecimento; 3. arquivo de dados gerado por processadores de texto” (CELLARD, 2008, p. 296).

Existe uma série de escritos determinados por ações de seu autor que autorizam informações acentuadas acerca de
sua experiência pessoal ‒ cartas, diários, memórias e autobiografias são alguns desses documentos que podem ser
de grande valor na pesquisa social.

Em algumas pesquisas sociais, são utilizadas cartas como fonte de dados. The polish peasant, de Thomas e Znaniecky
(1918), constitui o mais importante exemplo de pesquisa em que foram utilizados exaustivamente dados desta natureza.
Os autores dessa obra utilizaram cartas entre poloneses nos Estados Unidos e no país de origem para estudar problemas
de integração na sociedade norte-americana. Essas cartas foram obtidas a partir de anúncios em uma revista, mais de
700 cartas foram compradas, e os resultados foram analisados em 50 conjuntos sob o nome de família.

Mesmo que se reconheça o valor da pesquisa realizada por Thomas e Znaniecky, o uso da correspondência pessoal na
pesquisa social tem sido muito censurado, pois pouco valor podem ter as cartas para fins de pesquisa, em razão do uso
do telefone e de outros meios na comunicação atual das pessoas, limitando o número de cartas.

Os documentos pessoais não podem ser descartados da pesquisa social, apesar de limitados. Fica claro que não podem
ser utilizados como fontes de dados para descrição estatística ou teste de hipóteses, porém, oferecem precioso valor
para a efetivação de estudos exploratórios, com vistas a estimular a abrangência do problema e também para completar
dados obtidos mediante outros processos.

Constituem importante fonte de dados para a pesquisa social os documentos de comunicação de massa: jornais, revistas,
filmes, programa de rádio e televisão, sendo inúmeros os problemas que podem ser pesquisados a partir de dados
fornecidos por eles.

A comunicação em massa permite ao pesquisador conhecer os mais variados aspectos da sociedade atual e também
lidar com o passado histórico; porém, como eles não foram preparados com objetivos que não a pesquisa científica,
deve ser abordada com muito cuidado pelo pesquisador.

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O amplo volume de material produzido pelos meios de comunicação em massa e a criação de técnicas para sua
quantificação originaram o acréscimo da análise de conteúdo, definida por Berelson (1952, p. 13) como: “uma técnica de
investigação que, através de uma descrição objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto das comunicações,
tem por finalidade a interpretação destas mesmas comunicações”.

A análise de conteúdo desenvolve-se em três fases: pré-análise; exploração do material; e tratamento dos dados,
inferência e interpretação.

A fase de organização, que se inicia com os primeiros contatos com os documentos, é a pré-análise. A fase longa e
fastidiosa, cujo objetivo é administrar sistematicamente as decisões tomadas na pré-análise, é a exploração do material.
E a fase que objetiva tornar os dados válidos e significativos é a de tratamento dos dados, inferência e interpretação.

As vantagens do uso de fontes documentais possibilitam o conhecimento do passado, pois os experimentos e os


levantamentos, a despeito da exatidão científica de que se cobrem, não são apropriados para proporcionar o conhecimento
do passado. Nos levantamentos, quando se investiga acerca da conduta do passado, o que se consegue, na realidade, é
a inteligência do respondente a esse respeito, pois os dados documentais são capazes de proporcionar um conhecimento
mais objetivo da realidade.

Também se pode afirmar que o uso de fontes documentais possibilita a investigação social e cultural, pois as sociedades
estão em constante mudança, mudam as estruturas e as formas de relacionamento social, como também a própria cultura
da sociedade, e não basta observar as pessoas ou interrogá-las acerca de seu comportamento para compreendê-las, e
é neste sentido que as fontes documentais se tornam importantes para detectar as mudanças na população e em sua
estrutura social.

Pode-se afirmar que as pesquisas preparadas a partir de dados já existentes, por requerem, de modo geral, uma
quantidade bem menor de recursos humanos, materiais e financeiros, tornam-se mais viáveis, já que são bastante
conhecidas as dificuldades para a obtenção de financiamento para tais pesquisas.

Além disso, essas pesquisas são vastamente conhecidas por causa da dificuldade de aquisição de dados relacionados à
vida íntima das pessoas. Neste sentido é que as pesquisas que se amparam em dados existentes consentem resultados
mais apurados nas pesquisas referentes ao comportamento sexual ou à drogadição.

A utilização de documentos na Pesquisa Social é um procedimento metodológico decisivo nas ciências humanas e
sociais porque a maior parte das fontes escritas é quase sempre a base do trabalho de investigação, pois, dependendo
do objeto de estudo e dos objetivos da pesquisa, pode se distinguir como fundamental caminho de consolidação da
investigação ou se estabelecer como instrumento metodológico complementar.

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Devemos muito à história e, sobretudo, aos seus métodos críticos de investigação sobre as fontes escritas, pois, ao
desejarmos constituir sínteses dos acontecimentos históricos, ela serve especialmente às ciências sociais, no sentido
da reconstrução crítica de dados que aceitem inferências e conclusões.

Finalmente, “a possibilidade que se tem de partir de dados passados, fazer algumas inferências para o futuro e, mais,
a importância de se compreender os seus antecedentes numa espécie de reconstrução das vivências e do vivido” (SÁ-
SILVA; ALMEIDA; GUINDANI, 2009, p. 13-14) são de fundamental importância para a pesquisa documental.

Antes de estar apta a fazer uma análise de seu corpus documental, a pessoa que trabalha com documentos deve ultra-
passar algumas barreiras e desconfiar de determinadas ciladas. Primeiramente, deve localizar os textos relacionados e
avaliar sua confiabilidade, assim como sua representatividade. O autor do documento conseguiu reproduzir seguramen-
te os acontecimentos? Ou ele demonstra mais as percepções de uma fração particular da população?

Por outro lado, o investigador deve entender o sentido da mensagem e satisfazer-se com o que tiver na mão: conceitos
que lhes são estranhos e foram redigidos por um desconhecido, eventuais fragmentos, passagens difíceis de interpretar
e repletas de termos (SÁ-SILVA; ALMEIDA; GUINDANI, 2009).

É impossível transformar um documento; é preciso aceitá-lo tal como ele se apresenta, às vezes, tão incompleto,
parcial ou impreciso. No entanto, torna-se, essencial saber compor com algumas fontes documentais, mesmo
as mais pobres, pois elas são geralmente as únicas fontes que podem nos elucidar sobre determinada situação.
Desta forma, é fundamental usar de cautela e avaliar adequadamente, com um olhar crítico, a documentação que
se pretende fazer análise (SÁ-SILVA; ALMEIDA; GUINDANI, 2009, p. 8).

Assim, a pesquisa documental, bem como outros tipos de pesquisa, sugere produção de novos conhecimentos, cria novas
formas de compreender os fenômenos e dá o conhecimento e a forma como estes têm sido desenvolvidos. A apresentação
do cenário metodológico tem a finalidade de provocar reflexão de acadêmicos, professores e pesquisadores que se
utilizam de documentos como método investigativo para o desvelamento de seus objetos de estudo e problematização
de suas hipóteses.

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A Página da Educação

• Leia o texto de Luiz Gustavo Lima Freire, mestrando em Psicologia da Educação pela Faculdade
de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa:

FREIRE, Luiz Gustavo Lima. A utilização de documentos manuscritos como instrumentos


educativos. A Página da Educação, Ano 17, edição n. 179, jun. Por meio da leitura deste texto,
você aprenderá que o documento manuscrito pode e deve ser transformado em um recurso
educativo, e não só para a aprendizagem da História da Educação, mas também para os
procedimentos de pesquisa histórica nas mais diversas áreas, uma vez que os arquivos históricos
possuem documentos referentes às mais diversas áreas de atuação humana. O texto apresenta
as diferentes assimilações (usos) dos documentos, auxiliando na compreensão dos sentidos do
passado recriados no presente.
Link para acesso: <http://www.apagina.pt/?aba=7&cat=179&doc=12823&mid=2>. Acesso em: 1 ago. 2014.

Uso de Documentos e a Construção do Conhecimento Histórico

• Leia o texto do professor da UNEB, Jairo Carvalho do Nascimento: NASCIMENTO, Jairo


Carvalho do. Uso de Documentos e a Construção do Conhecimento Histórico. Por meio da leitura
deste texto, você aprenderá versar sobre o uso de documentos no ensino de História, revelando
suas vantagens pedagógicas e apontando alguns procedimentos metodológicos indispensáveis
ao professor quanto à sua aplicação em sala de aula.
Link para acesso: <http://www.uesb.br/anpuhba/artigos/anpuh_III/jairo_carvalho.pdf>. Acesso em: 1 ago. 2014.

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Pesquisa Social: modelos, cenários e experiências

• Assista ao vídeo Pesquisa Social: modelos, cenários e experiências – CEAD, com o facilitador
Alexandro dos Santos Machado – UNIVASP. Este vídeo aborda o método da história oral e
histórias de vida em Pesquisa Social relativas ao protagonismo juvenil.
Link para acesso: <http://www.youtube.com/watch?v=JHTA8xeokxU>. Acesso em: 1 ago. 2014.

Tempo: 1:05:23

Pesquisa Social

• Assista ao vídeo Pesquisa Social, com o facilitador Leo Nolasco Silva. Este vídeo trata dos
métodos das ciências sociais na Pesquisa Social, da necessidade de neutralidade do cientista
social, pois o pesquisador/observador e o objeto estão no mesmo plano.
Link para acesso: <http://www.youtube.com/watch?v=MFloCP1tsv4>. Acesso em: 1 ago. 2014.

Tempo: 6:18

AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.

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AGORAÉASUAVEZ
Questão 1

A Pesquisa Social tem fundamental importância na utilização de documentos como recurso metodológico para a complementação
à produção de dados na sua prática. O que de fato é um documento para Cellard (2008)?

Questão 2

De acordo com Gil (2011), existem escritos originados por ações de seu autor que apresentam informações definidas acerca de
sua experiência pessoal, o que pode ser de grande importância na pesquisa social. Assinale a alternativa correta:

a) Cartas, diários, jornais e revistas.

b) Cartas, jornais, projetos de lei e autobiografias.

c) Cartas, sentenças judiciais, memórias e atas de sindicatos.

d) Cartas, deliberações de igrejas, atas de reuniões e diários.

e) Cartas, diários, memórias e autobiografias.

Questão 3
O grande volume de material produzido pelos meios de comunicação em massa e a criação de técnicas para sua quantificação
originaram o acréscimo da análise de conteúdo. Para Berelson (1952), como é definida a análise de conteúdo?

Questão 4

Nas pesquisas sociais, os registros estatísticos são frequentemente utilizados. De acordo com Gil (2011), a coleta de dados a
partir desses registros é muito mais simples do que o procedimento direto. O que é demandado do pesquisador para a utilização
desse tipo de fonte para a finalidade da pesquisa?

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Questão 5

Segundo Gil (2011), quais são os documentos considerados para fins de pesquisa científica utilizados pelos pesquisadores? As-
sinale a alternativa correta:

a) Registros cursivos, registros episódicos e privados e dados encontrados.

b) Registros discursivos, registros episódicos e privados e dados encontrados.

c) Registros discursivos, registros episódicos e privados e dados ocultos.

d) Registros cursivos, registros episódicos e públicos e dados encontrados.

e) Registros discursivos, registros epifânicos e privados e dados encontrados.

FINALIZANDO
Neste tema, você aprendeu sobre a importância de alguns apontamentos teóricos e metodológicos sobre a pesquisa
documental, o que enriqueceu seus conhecimentos sobre a importância da utilização de documentos na pesquisa social.
Com a leitura deste tema você ampliou sua compreensão no âmbito da pesquisa documental, tornando-se possível
discutir o conceito de documento e responder a pergunta: O que de fato é um documento?

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REFERÊNCIAS
BERELSON, B. Análise de Conteúdo. In: Communication Research. New York: University Press, 1952.
CELLARD, A. A análise documental. In: POUPART, J. et al. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos.
Petrópolis: Vozes, 2008.
DURKHEIM, Émile. O suicídio. São Paulo: Martins Fontes, 1973.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
SÁ-SILVA, J. R.; ALMEIDA, C. D.; GUINDANI, J. F. Pesquisa documental: pistas teóricas e metodológicas. Revista Brasileira
de História & Ciências Sociais, Ano I, n.1, jul. 2009. Disponível em: <http://www.unisc.br/portal/upload/com_arquivo/pesquisa_
documental_pistas_teoricas_e_metodologicas.pdf>. Acesso em: 1 ago. 2014.
SELLTIZ, Clarie et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: Herder, 1972.
THOMAS, William I., ZNANIECKI, Florian. O camponês polonês em Europa e América. Chicago: The University of Chicago,
1918-20.

GLOSSÁRIO
Autobiografias: “Biografia escrita pelo próprio biografado” (DICIONÁRIO PRIBERAM).

Contextualização: “1. Inserir ou integrar num contexto. 2. Estabelecer ou apresentar o contexto de. 3. Interpretar ou
analisar tendo em conta o contexto em que está inserido” (DICIONÁRIO PRIBERAM).

Documentos: “1. Declaração que tem caráter comprovativo. 2. Prova, testemunho, confirmação” (DICIONÁRIO PRIBE-
RAM).

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GLOSSÁRIO
Investigação: “1. Indagação ou pesquisa que se faz buscando, examinando e interrogando. 2. Inquirição de testemu-
nhas” (DICIONÁRIO PRIBERAM).

Problematização: “1. Tornar problemático. 2. Dar forma de problema a” (DICIONÁRIO PRIBERAM).

GABARITO
Questão 1

Resposta: Para Cellard (2008), conceituar a palavra “documento” não é tarefa fácil, mas pode-se dizer que é uma
declaração escrita, oficialmente reconhecida, que serve de prova de um acontecimento, fato ou estado, podendo ser
ainda definida como qualquer objeto que comprove, elucide, prove ou registre um fato ou acontecimento.

Questão 2

Resposta: Alternativa E.

Cartas, diários, memórias e autobiografias.

Questão 3

Resposta: A análise de conteúdo é definida por Berelson (1952) como: “uma técnica de investigação que, através
de uma descrição objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto das comunicações, tem por finalidade a
interpretação destas mesmas comunicações”.

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Questão 4

Resposta: É demandado que o pesquisador prepare um plano de pesquisa bem elaborado, que indique com clareza a
natureza dos dados a serem obtidos, para o propósito da pesquisa.

Questão 5

Resposta: Alternativa A.

Registros cursivos, registros episódicos e privados e dados encontrados.

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