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DESENVOLVIMENTO
A metade da resenha apresenta um resumo do livro
Boff começa o livro sobre a Trindade com a tese que o Deus Triúno é um
modelo de comunhão que deve ser seguido como paradigma para acabar com a
desigualdade. Assim argumenta:
“Que querem, finalmente, os pobres? Querem mais do que simplesmente o pão, a casa
e o trabalho. Querem uma sociedade que se organize de tal forma que todos com seu
trabalho possam ganhar o seu pão e construir a sua casa. E uma tal sociedade somente
surgirá caso se estruturar sobre a participação do maior número possível de seus
membros, caso se dispuser a superar as desigualdades sociais, quando se propuser a
respeitar as diferenças e decidir realizar a comunhão entre todos e com o Destino
transcendente da história.” (Boff pp.20-21)
1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Leonardo_Boff
injustiçados e marginalizados. Uma ênfase no suposto aspecto feminino da Trindade é
afirmado também aqui para extrair toda e qualquer possibilidade e realidade de
considerar a mulher como intrinsecamente inferior e nivelar valores.
Embora o livro de Boff traga muitos problemas teológicos, alguns deles apenas
serão destacados aqui. É de se observar que Boff, como esperado, tem um conceito
errôneo sobre Soteriologia, já que, para ele, todos são “templo da Santíssima
Trindade”. Sua veneração a Maria, como elevada “à altura do divino” faz a ponte entre
o Deus Trino e o ser humano.
E, apesar da família ser um reflexo da Trindade, Boff exagera na analogia,
acrescentando um filho para esse reflexo ser completo, quando as Escrituras afirmam
que marido e esposa são uma só carne, e isso já reflete a Trindade.
Sua ênfase no suposto aspecto feminino da Trindade, embora tenha a intenção
de promover igualdade de valor, não há precedente bíblico algum.