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ADVOGADOS

Dr. Marco Polo Ribeiro de Oliveira


Dra. Julia Aparecida Urbanski Costa
Dr. Sergio Ricardo de Oliveira
Dra. Patrícia Piva Lourenso
Dra. Maria Jose Souza Costa

______________________________________________________________________________

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO


DA ___VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITAPEVI/SP.

JOSE DA SILVA, brasileiro, solteiro, Soldador,


portador da Cédula de Identidade RG nº 99.905.101-1 – SSP/SP, inscrito
no CPF/MF sob o nº 214.999.111-11, residente e domiciliado na Rua
0sorio da Silva Ferrari, 156, Jd Rainha, CARAPICUÍBA/SP., CEP-06656-
440 por seus advogadoos infra assinada, conforme procuração anexa,
vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência promover
através da presente:

PEDIDO DE DISSOLUÇÃO, ALIMENTOS, DEFINIÇÃO DE GUARDA

Em face de MARIA DAS GRAÇAS DE OLIVEIRA, brasileira, solteira,


Analista de Sistemas, portadora da Cédula de Identidade RG nº
32.785.530-7 – SSP/SP, CPF/MF nº 302.122.048-74, residente e
domiciliada na Rua Carajás, 15, casa 02, Jd Rainha, CARAPICUIBA/SP.,
CEP-06656-350

Avenida Francisco Pignatari, Centro – CARAPICUIBA – CEP. 06655-870 – SP.


Fone: (011) 4552-1184 (011) 9.9555-4444
E-mail: adv_carapicuiba@ig.com.br
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pelos motivos de fato e de direito que passam a expor e ao final requerer:

I - DOS FATOS

Os requerentes viveram sob o mesmo teto, como se


marido e mulher fossem por aproximadamente 7 anos e na constância
desta união tiveram 1 filha, porém não construíram patrimônio.

Por falta de compatibilidade na convivência,


resolvem as partes dissolver por rescisão a sociedade conjugal, mediante
os termos abaixo:

II – DA UNIÃO ESTÁVEL

Os Requerentes viveram como se casados fossem


desde fevereiro de 2007, ou seja, por 7 anos, conforme faz prova a
Escritura de Constituição de União Estável, lavrada pelo Tabelião de Notas
e de Protesto de Letras e Títulos da Comarca de Itapevi, livro 193, fls. 179,
anexa à presente.

Deste relacionamento nasceu uma filha, HELENA


SANTOS DE OLIVEIRA, nascida em 22/10/2010, conforme atesta a
Certidão de Nascimento em anexo.

O casal viveu, portanto, como se casados fossem.


Não construíram patrimônio, tiveram uma filha, viveram sob o mesmo teto,

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em uma das casas do tio da Maria das Graças de Oliveira, cumpriram
aqueles deveres recíprocos inerentes à condição de casados.

Viviam pois, imprimindo à sociedade e ao


derredor dos conviventes, a precisa sensação de que constituíam uma
nítida família conjugal, pois organizada nos moldes do casamento
tradicional, apenas que subtraída da prévia formalidade de sua pública
celebração e, por este fato, merecem ver reconhecida por sentença a
sociedade havida, o que desde já se requer.

III – DA DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE

Há cerca de 1 ano e meio o relacionamento entre


ambos começou a se desgastar. Essa teia que desarma o sistema emotivo
dos companheiros, fez com que os Requerentes tomassem atitude de pôr
um fim na convivência optando por dissolver a sociedade havida entre
ambos.

No inicio, o relacionamento mantinha-se estável e


amigável. Contudo, com o passar dos anos a convivência entre o casal foi
tornando-se muito difícil, fato que faz com que os requerentes resolvam pôr
um fim à sociedade até aqui existente.

Se o texto constitucional passou a identificar


nestes pares companheiros uma legítima entidade familiar (art. 226,§ 3º), e
se desta relação sobreveio filhos e formação de patrimônio, somente por
sentença, mesmo que homologatória, poderá a sociedade ser separada de
forma que os pares não possam mais discutir aquilo que ficar resolvido e
homologado por este Ínclito Juízo.

A Constituição Federal em seu artigo 226,


reconhece a união estável, dando-lhe todo abrigo tal qual às uniões legais

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e devidamente constituídas, sendo hoje pacífico na jurisprudência,
conforme entendimento sumulado, Súmula 380 do Supremo Tribunal
Federal, que, comprovada a existência de sociedade de fato entre os
companheiros, é cabível a dissolução judicial com a partilha do patrimônio
adquirido pelo esforço comum, temos ainda a Lei nº 8.971/94 que regula o
direito dos companheiros à alimentos e até mesmo à sucessão bem como
a Lei nº 9.278, de 10.05.1996, que regula o parágrafo terceiro do artigo 226
da Constituição Federal, leis essas que oferecem todo o amparo legal a
união estável e aos direitos dos companheiros.

Assim, buscando esta segurança jurídica, as


partes requerem, em decorrência da impossibilidade de convívio sob o
mesmo teto, a dissolução dessa sociedade de fato existente entre ambos.

IV – DOS BENS MÓVEIS E IMÓVEIS

Ao longo do Relacionamento, o casal não


amealhou nenhum bem imóvel.

Quanto aos bens móveis, que guarnecem a


residência, estes permanecerão com a ex-companheira, sendo que os
objetos pessoais pertencentes ao requerente já foram retirados da
residência.

V – DA GUARDA DA FILHA E DO DIREITO DE VISITA

Cumpre ressaltar que, conforme tenha ficado


acordado entre o casal que a filha ficaria sob a responsabilidade de ambos,
como vem ocorrendo desde a separação fática do casal, o requerente

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requer que seja determinada a guarda compartilhada, o que vem sendo
exercida de fato até o momento.

Com a edição da Lei nº 13.058 em dezembro de


2014, trouxe novos regramentos sobre a guarda compartilhada tornando-
se, em tese, obrigatória. A principal diferença entre a guarda unilateral e a
guarda compartilhada está no poder de decisão.

Na guarda unilateral o pai ou a mãe detentor do


Direito é o responsável por tomar todas as decisões em relação ao filho,
sem necessidade de consentimento prévio do outro genitor, cabendo
decidir o local de residência da criança ou do adolescente, onde estudará,
como será sua alimentação, quais atividades extracurriculares
desemprenhará, qual plano de saúde será contratado, ou seja, decisões
que são inerentes a vida do filho, cabendo ao pai ou a mãe que não possui
a guarda somente supervisionar tais decisões a fim de garantir que o bem
estar e o interesse do menor sejam sempre preservados.

Assim, a guarda compartilhada ou guarda


conjunta refere-se, em resumo, à possibilidade de os genitores separados
assistirem aos filhos no exercício em comum da autoridade parental. O
objetivo da guarda compartilhada consiste em assegurar que o tempo
de convivência com os filhos seja dividido de forma "equilibrada"
entre os genitores.

Compartilhar a guarda significa que a criança


terá convívio mais intenso com o pai (que normalmente fica sem a guarda
unilateral) e não apenas nas visitas ocorridas a cada 15 dias nos finais de
semana. Assim, o pai poderá levar o filho à escola durante a semana,
almoçar ou jantar em dias específicos, estar com ele em certas manhãs ou
tardes para acompanhar seus deveres escolares, etc., a grande vantagem
é que o pai ou a mãe poderão dividir todas as atribuições relacionadas ao
filho.
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Neste regime de guarda, será fixada a


residência da criança e o pai que não tem a custódia física exercerá o
direito de convivência, podendo decidir questões que se relacionam a
rotina e a vida dos filhos de modo geral, tirando o poder anteriormente
atribuído ao genitor que possuía a guarda unilateral.

Antes a guarda compartilhada era uma


opção. Com a nova lei, a possibilidade passa a ser a regra, que será
descartada apenas em casos excepcionais.

Finalmente, o que se busca com a nova Lei é


evitar convivências restritas com o genitor que detém a guarda física do
menor, evitando assim o privilégio de umas das partes, visando a
participação em nível de igualdade dos genitores nas decisões que se
relacionam aos filhos, tais como: educação, saúde moral e espiritual até
que estes atinjam a capacidade plena.

Vale frisar, que o genitor, visando interesse


da filha, opta por essa forma de guarda compartilhada por entender ser o
melhor no sentido de manter a convivência harmoniosa com ambos os
genitores, insculpindo na filha o sentimento de união e de solidariedade
familiar, indispensável à formação e ao desenvolvimento físico, psíquico,
moral e social de qualquer cidadão.

Destarte, de acordo com esses valores, a


nova lei nº 13.058 de 23/12/14, da Guarda Compartilhada, que alterou o
Código Civil, houve por bem regulamentar a divisão de responsabilidades,

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a decisão conjunta, o tempo de convivência de cada um dos pais,
garantindo, assim, o melhor para seus filhos.

Referida lei é clara quando preceitua, em seu


artigo 2º que:

“quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda


do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o
poder familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se
um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a
guarda do menor”.

É cediço, que na guarda compartilhada os


pais terão que dividir o tempo de convívio com os filhos, de forma do
cotidiano. Se algum dos pais mudarem de cidade, a base de moradia será
aquela que melhor atender aos interesses das crianças.

Ressalta-se que na Guarda compartilhada,


com relação à pensão alimentícia, a lei em comento não estabelece
normas. Entretanto, os valores poderão ser revisados, uma vez que os pais
dividirão os encargos de criação, sustento e educação do filho comum. No
caso em tela, ainda que os encargos de criação sejam divididos, o genitor
continuará pagando pensão alimentícia à filha menor no importe de 15% do
seu salário mensal, pois uma vez que a jurisprudência na maioria das
vezes entendeu que a criança tem direito a 30% da renda dos genitores,
nada mais justo que na guarda compartilhada a criança receba ajuda de
15% do salário do pai, que continuará assistindo a criança em todos os
momentos, e não apenas de maneira econômica como acontecia
anteriormente. Assim, todas as partes saem ganhando nesta relação.

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Considerando-se que, o que deve nortear a


fixação da Guarda Compartilhada é o bom senso, baseado na equação
POSSIBILIDADE E DIREITO DOS PAIS EM ESTAR COM OS FILHOS X O
INTERESSE/BEM ESTAR E O DIREITO DOS MENORES EM ESTAR
COM OS PAIS, é que pretendem os Requerentes ver seu pleito atendido -
por entendê-lo justo e plausível para que possa participar cada vez mais da
vida da sua filha, eis que a necessária aproximação entre pais e filhos, com
a guarda compartilhada, preservará a priori o vínculo afetivo entre ambos,
que é necessário para o desenvolvimento saudável dos infantes e contribui
para a estabilidade emocional destes. O sistema quinzenal e com horário
reduzido transformaria o pai em estranho pelo pouco contato, já que uma
maior aproximação entre ambos significaria ponderável ganho afetivo,
tornando a visita momento de intenso prazer e alegria para ambos.

Importante ressaltar, que no presente caso a


guarda compartilhada é perfeitamente possível, pois os genitores residem
bem próximo um do outro, no mesmo bairro, o que beneficia em muito a
vida da filha.

Isto posto, requer que seja deferido o pedido


de guarda compartilhada nos termos Lei 13.058/2014.

VI – DA PENSÃO ALIMENTÍCIA

A Requerida trabalha e possui meios próprios


para seu sustento, de modo que não há necessidade do requerente lhe
financiar o sustento.

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Quanto à pensão alimentícia para a filha,
importante frisar, que o genitor já vem honrando mensalmente com os
alimentos para a filha no 15% do seu salário pagos diretamente para a
genitora.

VII – DOS PEDIDOS

Diante do exposto, vem os suplicantes à


presença de Vossa Excelência para requerem:

a) com fulcro na Lei nº 1060/50, a concessão dos benefícios da justiça


gratuita, vez que se declaram pobre na acepção jurídica do termo,
conforme comprova as Declarações de Hipossuficiência anexas;

b) seja POR SENTENÇA HOMOLOGADO OS TERMOS DO ACORDO


PROPOSTO ACIMA da dissolução da UNIÃO ESTÁVEL, decretando-a
rescindida, para que produza seus jurídicos e legais efeitos, bem como a
guarda compartilhada da filha menor;

c) a fixação do pagamento de pensão no valor de 15% do salário do


requerente para ajuda nas necessidades da filha;

d) a manifestação do Ilustre Representante do Ministério Público;

e) a produção de todas as provas em direito admitidas.

Dá-se à causa o valor de R$ 3.900,00 para efeito de alçada.

Nestes Termos,
Pede e Espera Deferimento.
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Carapicuiba, 22 de Março de 2017.

___________________________________________
JOSE DA SILVA

_____________________________________
MARIA JOSE
OAB/SP

_____________________________________
JULIA APARECIDA URBANSKI COSTA
OAB/SP

_____________________________________
SERGIO
OAB/SP

_____________________________________
PATRICIA PIVA
OAB/SP

_____________________________________
MARCO POLO RIBEIRO DE OLIVEIRA
OAB/SP

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