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Teologia da Conveniência:
Uma análise crítica às Bíblias de Estudo à
Partir da Livre-Interpretação de
Martinho Lutero.
SÃO PAULO
2009
1
Layr Cruz Delcorço Filho
Teologia da Conveniência:
Uma análise crítica às Bíblias de Estudo à
Partir da Livre-Interpretação de
Martinho Lutero.
SÃO PAULO
2009
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Ficha catalografica
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Layr Cruz Delcorço Filho
Teologia da Conveniência:
Uma análise crítica às Bíblias de Estudo à
Partir da Livre-Interpretação de
Martinho Lutero.
BANCA EXAMINADORA
SÃO PAULO
2009
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DEDICATÓRIA
Dedico este presente Trabalho de Conclusão aos meus pais esposa e filhos, aos meus
professores e amigos que me ajudam a trilhar o maravilhoso caminho que chamamos de
Vida.
Dedico ao meu Deus Pessoal. Trino, Único, nascido de uma virgem, que ressuscitou ao
terceiro dia , que é a razão de minha existência.
5
M inha porção de felicidade neste m undo viria de
Tuas m ãos. E ssa foi Sua prom essa.
E por isso Tua luz brilha em m inhas lágrim as.
Tem o ser conduzido pelos outros a ponto de não Te
perceber em algum canto da estrada, esperando para Seres
m eu guia.
A ndo à vontade em m eu cam inho, até que m inha
loucura Te force a bater em m inha porta.
Sim , Tu prom eteste que m inha porção de felicidade
neste m undo viria de Tuas m ãos!
Tagore, Poesia M ística n º 14 – A Colheita
“ E até importa que haja entre vós heresias,
para os que são sinceros se manifestem entre vós”
I Co 11-19 - ARC
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Resumo
Criar pontes de reflexão entre o passado e presente, através da análise histórica das bases da
Reforma Protestante por Martinho Lutero, verifica-se o distaciamento entre a proposta
original e os fatos atuais.
Em um primeiro momento analisa-se os antecedentes à Reforma, e todo contexto sócio
economico politico e cultural e conclui-se sobre os motivos que levaram Lutero a ficar
“agoniado” em seu tempo e o que ele considerou como como uma de suas idéias: “Livre-
interpretação”ou seja, o homem seria livre para interpretar as escrituras sem o peso da
Instituição de Roma para com a exegese
Lutero fora um homem que lutou para que o povo tivesse aceeso aos textos sagrados em
sua própria língua, mas que estes textos fossem traduzidos dentro de princípios exegéticos e
hermenêuticos.
O tempo passou, a reforma ocorreu e o que aconteceu em nossa época? O homem livre para
interpretar, mais a facilidade de se reproduzir os textos bíblbicos e afins, encontramos no
mercado uma pluralidade de Bíblias chamada Biblias de Estudo. Ao se comparar as
pluralidades de estudos contidos nestas Biblias percebe-se que as interpretações não são
homogeneas o que vem contrariar os princípios norteadores da Reforma Protestante
iniciada por Martinho Lutero
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Lista de Abreviaturas
Versões de Bíblias:
Grupos Religiosos:
CALV – CALVINISTA
INDEP – INDEPENDENTE (Publicação não destinada a grupo específico)
PENT - PENTECOSTAL
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Sumário
INTRODUÇÃO
I – Passado
1. Contexto Histórico do Início da Reforma
2. Relembrando Lutero, Indulgências, Agonia
3. Método de Tradução, Livre-Interpretação, Hermenêutica de Lutero x Igreja de
Roma
II – Presente
1. Catalogação das Bíblias de Estudo
2. Tabelas dos Capítulos e Perícopes Recorrentes
2.1. Tabela 1 – Catálogo das Bíblias de Estudos
2.2. Tabela 2.1 – Bíblia de Estudo Genebra
2.3. Tabela 2.3 – Bíblia de Estudo Batalha Espiritual e Vitória Financeira
2.4. Tabela 2.4 – Bíblia de Liderança Cristã
2.5. Tabela 2.5 – Bíblia de Estudo Vida
2.6. Tabela 2.9 – Bíblia de Estudo Despertar
2.7. Tabela 2.15 – Bíblia de Estudo Esperança
2.8. Tabela 2.16 – Biblia de Estudo Pentecostal
2.9. Tabela 2.17 – Biblia da Familia – Estudo de Jaime e Judith Kemp
2.10. Tabela 2.23 – Bíblia de estudo Plenitude para jovens
2.11. Tabela 2.24 – Bíblia do Adolescente – Aplicação Pessoal
3. Aproximações e Distanciamentos
IV – ANEXOS
1. Creia
2. Salvacionismo – conquistas e prejuízos
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3. Folder AMME Evangelização
4. Tabela 3
5. Gráfico: Versões da Bíblia
6. Gráfico: Versões X Grupos
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INTRODUÇÃO
Ao iniciar o presente T.C.C. deparei-me com algumas dificuldades que meu orientador teve
a paciência e sabedoria para conduzir toda a pesquisa. Devido ao cunho, a metodologia e a
abrangência e escopo me fora mostrado a necessidade de uma transdisciplinariedade para
conduzir e dar um sentido ao todo. Assim sendo,
... Para manter as coisas simples, é possível agrupar as interpretações da Reforma
sob duas rúbricas básicas: história intelectual ou das idéias e história social. Os autores no
primeiro tipo de história são principalmente historiadores da Igreja e Teólogos, ao passo que
os autores no segundo são historiadores sociais e historiadores seculares.(LINDBERG,
2001,P28)
I – Passado
1. Contexto Histórico do Início da Reforma
Primeiramente devemos nos situar no contexto europeu que antecede a Reforma. A Europa
como um todo estava passando por profundas mudanças sociais, políticas, teológicas e
eclesiais. Como delimitador e marco histórico antecederei ao marco da pasagem da Idade
Média à Idade Moderna.
Essa passagem de marco histórico se dá pelos historiadores no período em que a
humanidade começa por uma nova organização dos Estados, deixando de ser feudal e agora
baseando-se em funcionários de carreira, com chancelarias, vê-se a influência maior de
11
juristas, políticos e diplomacia internacional através de embaixadores. Temos o início da
dissolução da christianitas1 única para diversas cristandades nacionais2.
Com o perigo real e iminente de invasões de turcos e árabes a formação dos novos Estados
se dá sem a devida exclusão dos privilégios feudais eclesiásticos e citadinos mediante dessa
nova e complexa realidade européia.
Temos nesse período uma Europa que começa a ter uma nova aparência geográfica porém
com seu interior ainda no sistema antigo de administração. Os interesses comuns deveriam
ser unificados e respeitados pelas outros Estados, mas o que temos é uma Europa cheia de
conflitos internos, intensos e desordenados, doenças, pestes (grande epidemia de 1347-
1350); varíola, desinteria, lepra, sífilis, problemas de clima como secas, diminuição
populacional, guerras com oriente, avanço do islamismo perfazem a idéia de uma Europa
em profunda mudança, conforme Franco Pierini (1997, p.147) “…de fato, é nesses séculos
que se delinia cada vez mais claramente a fisionomia do mundo moderno, em razão
sobretudo do segundo elemento decisivo, a expansão geográfica”.
Multifragmentada, facetada por longos períodos de dúvidas e instabilidade politica social a
Europa Feudal entra em crise espiritual, os clérigos havidos em ter para sí o domínio e
manter a laicidade longe e o povo na ignorância.
Em busca de renovação face à crescente perda de interesse pelos grandes ideais do
universalismo cristão e da hegemonia eclesiásticas percebem os contemporâneos como
“Julgamentos de Deus” a saber: a tentativa de reunificação das duas cristandades
(ocidental e oriental), as cruzadas contra o Islã e o fim da colaboração entre o papado e
império.
Temos o início, durante este preposto histórico antecedente à Reforma de Lutero, o
arrefecimento, ou seja, temos visto conforme diz Franco Pierini (1997, p.176) “…por toda
parte o arrefecimento da prática sacramental e a passagem dos fiéis para formas de
devocionalismos paralitúrgico”.
Outro fenômeno visando controlar ou visando manter o controle dos fíéis, diversos páracos
investem nas festas regionais para satisfazer o sentido bairrista de cada local levando à
1
Idéia medieval de que a humanidade deveria ser guiada tão somente pelos Papas e Imperadores.
2
Idéia medieval de que Reis e Imperadores deveriam controlar também os negócios eclesiásticos.
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diminuição então do verdadeiro sentido de conversão, de fidelidade ao batismo e vimos
também:
As pestes, as carestias, as guerras que vão se multiplicando com a quebra cada vez
maior da unidade européia, com a decadência do espírito cavalheiresco cristão, com
a perda da credibilidade das instituições tradicionais levam a dois fênomemos de
massa, caracteristicos desse período histórico: a difusão do medo da morte e a
demonização do “diferente”. (PIERINI 1997, P 176).
O Medo da morte causado pelas pestes era percebida como um flagelo de Deus aos pecados
da humanidade. Podemos citar por exemplo os movimentos de flagelação3 que sem ironia
alguma eram uma forma de propagar as pestes em virtude de como eram feitas. Ainda
temos o desespero de escapar das pestes o início de busca incessante aos santos, afinal a
busca de Jesus Cristo estava disvirtuada bem como os pecados eram tantos que Ele não
mais ouvia as súplicas. Nesse período, propaga-se a imagem de Maria e sua capa como
protetora da humanidade.
Na esfera cultural e às vésperas da Reforma vemos o crescimento do número de
universidades européias, cujo cada Estado via-se na necessidade de crescer culturalmente
em detrimento do poder cultural tão somente que a Igreja possuía. O número de
universidade passou de 20 para 70 tão somente ao empenho de monarcas. Mesmo com uma
taxa de alfabetização baixa, podemos perceber a influência e o fervor cultural da época.
No entanto, é importante que nos demos conta de que a comunicação das idéias não
era limitada pela capacidade ou incapacidade de leitura: aqueles que sabiam ler
transmitiam a idéia àqueles que não sabiam. Desse modo, os milhares de panfletos
e sermões publicados durante a Reforma eram projetados para serem lidos tanto
pelos iletrados quanto pelos letrados.(Lindenberg, 2001 p.50).
Se fosse possível descrever em uma única palavra o período antecedente à Reforma, essa
palavra poderia ser: TENSÃO. Em todas áreas da vida européia, tensão nas relações
comerciais devido ao novo sistema finaceiro que se desenvolvia, novas classes de ricos e
pobres, tensão criada pelas novas universidades, tensão criada pelas guerras, pestes,
3
Segundo Fritsche Closener (1349) – “os rituais incluíam em ajoelhar-se e entoar cânticos nas igrejas e
depois jogavam-se no chão três vezes simbolizando a forma de cruz. Quando tocava o sino, autoflagelavam-
se, deixando somente as partes intímas cobertas e em círculo confessavam seus pecados uns aos outros”.
13
desenvolvimento da metalurgia e não obstente a tensão religiosa causada por uma igreja
que perdera seu sentido original em detrimento a manutenção de seu poder autofágico e
mantenedor da obscuridade religiosa ocidental, através da coersão de seus fiéis.
A Igreja exarcebou essas inseguranças ao promover um tipo de prática pastoral
destinada a deixar as pessoas incertas quanto à sua Salvação e, assim, mais
dependentes da Igreja. A perenirgração Cristã rumo à cidade celetial era um
exercício de equililíbrio entre o temor e a esperança. Os visitantes de catedrais e
igrejas medievais ainda podem ver representações de Cristo sentado no trono do
Juízo com uma espada e lírio nos dois lados opostos de sua boca. O lírio
representava a ressurreição para o céu, mas a espada do juízo para o tormento
eterno. (LINDENBERG, 2001 p.77)
Ainda temos:
Já que o inferno não era a opção preferida, a Igreja e seus teólogos desenvolveram
todo um conjunto de práticas e exercícios para ajudar as pessoas a evitá-lo. A ironia
era que, ao tentar proporcionar segurança num mundo inseguro, a Igreja espelhava
em grande parte os novos desdobramentos urbanos e econômicos que exarcebavam
a insegurança humana (LINDENBERG, 2001 p.78)
O próprio Marx deixou bem claro que sob certas condições históricas, a religião pode
de fato desempenhar um papel dominante na vida de uma sociedade, “Nem a Idade
Média pôde viver do Catolicismo nem a Antigüidade da política. As respectivas
condições econômicas explicam, de fato, por que o Catolicismo lá e a política aqui
desempenham o papel dominante” (Marx, 1968: 96, Tomo I).
A datação de seu nascimento gira sem discussões para o dia e mês de nascimento, 10 de
novembro, convencionou-se o ano de 1483 e sua morte 1546, mas conforme Lienhard
(1998, p. 31) “Poderia tratar-se também de 1482 e 1484. A questão interessou os astrólogos
14
da época. O matemático Cardano 4 estimou que 10 de novembro de 1483 colocava Lutero
sob uma má constelação.”
Lutero encontrou ao longo de sua vida mudanças, as vezes sutis, as vezes mais abruptas.
Oriundo de classe camponesa, rude e religiosamente conservadora, experimentou
juntamente com seu pai o crescimento econômico de mudança de classe social.
Seu pai, passou de camponês para produtor de derivados de minérios chegando a ter alguns
empregados, seu avô era lavrador, religioso e rígido5, porém não havia na família até o
presente momento qualquer pessoa que tenha seguido a carreira sacerdotal ou que
influenciasse Lutero para tal. É destacado por Linderberg (2001, p.74) “ É digno de nota o
fato de que outros reformadores importantes – Melanchthon, Zwinglio, Bucer e Calvino –
vieram de backgrounds semelhantes.”
Essa situação na infância vivida por Lutero era praticamente comum à sua época e por isso
diz Zagheni (1999, p.55) “ Não é fácil reconstruir com exatidão o ambiente espiritual da
família de Lutero e o tipo de educação religiosa que foi transmitida ao pequeno Martinho,
ainda que se possa imaginar uma situação compatível com a cultura e as tradições da época
e, portanto, certamente servera e dura”.
Em sua juventude, Lutero passa a experimentar as benesses do crescimento econômico
familiar, o negócio de mineração de seu pai prospera e o mesmo resolve investir na
educação de Lutero, do pequeno e inteligente filho, espera que o mesmo se torne doutor em
Direito e próspero negociante.
[…] João Lutero tinha rendimentos suficientes para proporcionar uma educação
universitária para Martinho Lutero. (LINDENBERG, 2001, p.75)
[…] o pai, co-proprietário de uma pequena empresa de minério, tem possibilidade
de encaminhar para os estudos aquele filho particularmente esperto e inteligente. (
ZAGHENI, 1999, p. 54)
Lutero inicia em seus estudos acadêmicos em 1501, na cidade alemã de Erfurt, e consegue
seu doutorado em Filosofia em 1505.
4
Astrólogo, médico, filósofo e matemático italiano, filho do advogado e matemático Fazio Cardano, nascido
a 24 de Setembro de 1501, Italia.
5
Em sua infância Lutero fora pobre, sua mãe era catadora de lenha e certa vez lhe deu uma surra até
machucá-lo porque um dia ele apanhou uma noz.
15
O modo de estudo que fora submetido desde sua infância fora duro e rude. O método
poderia ser considerado até eficiente, mas nada edificante. As técnicas eram de coersão
absuluta e ridicularização.
[…] um aluno que falasse alemão ao invés de latim em aula era espancado com
vara,
[…] Lutero lembra que certa vez levou 15 varadas por não dominar as tabelas da
gramática latina. (LINDENBERG, 2001, p.75).
Porém, mesmo oriundo de uma estrutura rígida, (família e escola), Lutero fora um jovem
alegre, bem relacionado com seus amigos de escola, mas sem deixar de lado as marcas de
uma educação rígida e obstinada.
Em seu processo de crescimento educacional, Lutero tinha que saber o Latim perfeitamente
para prosseguir seus estudos. Os autores como Lindenberg, Zagheni e Leienhard, embora
Zagheni desenvolve uma posição um pouco mais conservadora em relação aos demais; haja
visto que Zagheni é Católico em detrimento aos outros dois que são luteranos, deixam
quase que por unanimidade um perfil acadêmico de Lutero como este sendo: uma pessoa de
profunda responsabilidade para com estudos, sério em sua preocupação para com a
tradução dos clássicos latinos e gregos para o alemão, o que mais tarde geraria nele uma
profunda vontade em traduzir os textos sagrados para o alemão que o povo pudesse
compreender. Lutero tornou-se um poliglota, exegeta e agoniado.
A agonia de Lutero torna entre os historiadores uma incógnita, se levarmos em conta que
Lutero não entraria no monastério por dificuldades financeiras, prática comum à epoca,
mas,
A entrada de Lutero no convento continua a suscitar numerosos ensaios de
explicação. As circunstâncias relatadas por Lutero em 1539 têm sido ajuntadas
outras. Melanchthon relatou acerca da morte súbita de um amigo pouco antes do
acontecimento. Segundo uma outra fonte, Lutero teria sido ferido nos meses
precedentes por um golpe de espada. Houve quem até mesmo avançasse a hipótese
de que, por sua entrada no convento, Lutero teria pretendido escapar à execução de
uma dívida do pai contratada junto a seu pai para pagar seus estudos. (LIENHARD,
1998, p. 34).
se torna claramente compreensível que Lutero tenha entrado por motivos religiosos, na
europa medieval tardia a Igreja se fazia mais do que presente, não era possível serparar a
16
vida secular da vida religiosa. Nas praças, nas fontes públicas, onde as informações eram
lidas para todos, havia sempre o lembrete de que o homem era feito por imagem e
semelhança de Deus, de que o pecado era o motivo de tanto flagelo e que o juízo era
próximo e iminente.
Valendo-se da necessidade de busca de recursos cada vez mais, e por outro lado o povo
cada vez mais com medo do inferno, temos o crescente comércio de indulgências.
As indulgências já eram uma prática da Igreja Católica há alguns séculos, Hugo da Abadia
de São Victor, conhecido monge agostiniano do século XI, já descrevia em suas obras a
problemática das pessoas que usavam o texto bíblico em favor de suas necessidades.
Segundo o Professor Antonio Marchioni – PUC – SP, apresentou em 2008 no III
CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA BÍBLICA “JESUS E AS TRADIÇÕES DO
ANTIGO ISRAEL”- SESSÕES DE COMUNICAÇÕES LIVRES, com a temática 1) Da
Arte de ler os livros divinos no Didascalicon de Hugo de São Vítor
O Didascalicon ou “A Arte de Ler”, escrito por Hugo de São Vítor em 1127, é o
primeiro livro da história dedicado expressamente aos jovens estudantes, que
naquele tempo acorriam às escolas parisienses em formação. O livro, num total de
6 capítulos, dedica 3 capítulos à leituradas escrituras humanas e 3 capítulos à
leitura das escrituras divina. Além de situar o leitor nas problemáticas bíblicas da
época, o mestre Hugo se detém sobre os métodos de interpretaçãoda Escritura e
sobre a finalidade de tal leitura, cujos princípios são o tema da presente
comunicação.
6
Extraído do site: http://www.crisma.hpg.com.br/ em 03/05/09
17
jejum, esmola, etc.). Com o tempo desapareceu a celebração comunitária da
penitência. No século VI, surge com os monges irlandeses, a penitência particular:
determinada penitência para determinado pecado, segundo a sua gravidade. No
século VII, surge o confessionário (diálogo secreto, que com o tempo se tornou
minucioso). A ênfase era dada à declaração dos pecados para receber a penitência
tarifada. Em 1215, o concílio de Latrão sanciona a confissão individual das faltas
graves. O concílio de Trento acentua mais ainda esse modelo de confissão.
Dentro desse contexto histórico, se torna claro e compreensível entender que Lutero via-se
agoniado ao ver as diferenças entre a teologia que estava sendo estudada e a maneira com
que a Igreja manipulava seus fiéis através do abuso dissimulado e distorcido das
indulgências7.
Em 1516, Lutero prega o sermão De indulgentiis onde ele demonstra que o verdadeiro
arrependimento bastava para satisfazer a Deus e que a prática de cobrança não livraria o
cristão da falsa sensação de segurança dada pelos títulos indulgenciais.
Quer seja na europa medieval tardia, quer seja em tempos modernos as indulgências se
perpetuam pela necessidade humana de salvação, de corromper o sagrado instituinte, de
uma maneira ou de outra ela se configura na atualidade pela agenda denominacional
evangélica, como meio de segregar, ajuntar, manter através da insegurança o eterno medo
do inferno, sinceras pessoas que compram sua salvação pela indulgências ou sinceras
7
As indulgências tem no carater Penitencial: Contrição, Confissão e Satisfação. Sendo satisfação subdividida
em: orar, jejuar e dar esmola, mas no conjunto penitencial a tríade Contrição, Confissão e Satisfação davam
ao cristão a grantia de salvação eterna e acesso à cidade celestial. Era a garantia de que se manteria o acesso
aos céus mesmo após ter pecado inúmeras vezes.
18
pessoas que aceitam a parcialidade da pregação evangélica através do salvacionismo
institucional batista. Dentro desse contexto traça-se um paralelo sobre o salvacionismo
institucional batista e a prática indulgencial da europa medieval tardia.
Movimentos evangelisticos ou cruzadas evangelisticas atuais preocumpam-se a priori em
“salvar” pessoas do inferno, dando a elas acesso pelo meio da fé a certeza de que entrarão
nos céus, porém uma reflexão se faz necessária, a plenitude do evangelho não seria mais
importante em detrimento à salvação da alma?
Repentindo a máxima de Cipriano de Cartago8 o professor Lourenço Stelio Rega, em seu
artigo intitulado: “Fora da Igreja não há Salvação !?”, revista eclésia, ano 13 – edição 131
de fevereiro de 20099, traz uma advertência ao mencionar:
[…] Pois quando entendemos que textos como “buscai em primeiro
lugar o Reino de Deus e Sua justiça (Mt 6:33) são interpretados como
“buscar em primeiro lugar as atividades e ocupações na igreja” estamos
reduzindo o Reino de Deus e o Cristianismo às atividades eclesiásticas em
vez de considerarmos a igreja como um meio que Deus instituiu para um
ambiente fértil para o desenvolvimento da vida cristã.
8
Teólogo Católico do terceiro século da era cristã.
9
Artigo na íntegra se encontra nos anexos.
10
Slides da aula estão no anexo
11
Revista Igreja, ano 4 n: 20 pg 44 – fev/março 2009
19
Contudo, teóricos do conhecimento como Kant (2006, p.91) “ A verdadeira (visível) Igreja
é aquela que representa o reino (moral) de Deus na terra, na medida em que isso possa ser
realizado por meio de homens” e Maduro(1981, Religião e Lutas de Classes, Vozes)
definiu religião como sendo: “um conjunto de discursos e práticas referente a seres
anteriores ou superiores ao ambiente natural e social, em relção aos quais os fiéis
desenvolvem um relação de dependênca e obrigações.”
As estatísticas atuais conforme IBGE nos mostram que cerca de 22% da população
brasileira seja evangélica, mas segundo Tuller12, um dos grandes problemas atuais nas
igrejas é a ausência de pessoas nas Escolas Bíblicas Dominicais em virtude:
O cenário atual é mais ou menos assim: as pessoas aceitam a Jesus como
SALVADOR , então passam a frequentar a igreja, aprendem que a Palavra de Deus
é alimento do espírito, servem-se conforme o cardápio da noite e a maior parte
desses novos convertidos não se interessam em conhece o menu do Grande Chef.
(TULLER, 2009 p.31, revista Eclésia, ano 12 n:130).
Não obstante,
Muita coisa na vida comum da Igreja gira em torno da Salvação . A hinódia, o
foco no trabalho eclesiástico, os sermões, as ênfases para o trabalho do crente, a
seleção dos dons que mais são valorizados e reconhecidos – tudo é voltado para
aquele fim, expresso em frases tais como “se uma igreja não for missionária nada
sobra”, ou “o sangue do pecador será requerido do crente que não evangelizar”,etc
Diz-se até que a missão da EBD é evangelizar… E eu, que pensava que a missão de
uma escola era ensinar! (REGA, 2009 p.34, revista Eclésia, ano 12 n: 128).
Destarte, Lutero em sua agonia percebera que as indulgências de seu tempo tinham um
carácter salvacionista ao preço e custo financeiro para se manter a ideologia Católica
Romana, em manter o homem em sua insegurança espiritual através de sua teologia
parcial. É possível ainda comparar a metodologia praticada por Tetzel13 com movimentos
salvacionistas de cruzadas evangelísticas contemporâneas cujo foco é “salvar” pessoas, ou
“ganhar”, ou “alcançar” pessoas para Cristo, mantendo assim uma teologia de conveniência
institucionalizante.
12
Pr. Marcos Tuller, é pedagogo, chefe do setor de Educação Cristã da CPAD.
13
João Tetzel, em alemão Johann Tetzel, (1465 — 1519) foi um padre dominicano, talvez melhor conhecido
por ter vendido indulgências no século XVI. Sua autoridade como dispensador de indulgências foi concedida
pelo Papa Leão X a fim de pregar por toda Alemanha. Em 1517, Tetzel tentava angariar - através das
indulgências - doações em dinheiro para a construção da Basílica de S. Pedro e crê-se que Martinho Lutero se
terá inspirado nele ao escrever as suas 95 teses.
20
Seus emissários anunciavam sua chegada algumas semanas antes de sua entrada
nas cidades. Eles também compilavam um catálogo especial da cidade que listava
os recursos financeiros de seus cidadãos, de modo a saber quanto poderiam cobrar.
A entrada de Tetzel na cidade era acompanhada por uma fanfarra de trompetes e
tambores, bem como uma procissão completa empunhando as bandeiras e os
símbolos do papado. Após um sermão que pintava com vivas cores o inferno e seus
terrores na praça da cidade, ele se dirigia à maior das Igrejas e proferia um sermão
igualmente vívido sobre o purgatório e seus tormentos – que não só aguardavam os
ouvintes, mas eram suportados naquele momento por seus parentes e entes
queridos já mortos.
(LINDBERG, 2001, p.96)
Conforme anexo n:1 sobre o CREIA – Cruzada Evangelística de Impacto e Ação, percebe-
se claramente o paralelo salvacionista; suportado inclusive pelos anexos 2; da
verossimilhança entre os modelos empregados e os resultados fabulosos dos números, se na
história da europa medieval tardia se ajuntou uma fortuna financeira, hoje ganha-se pessoas
inúmeras para a prática eclesial carecedora de uma releitura.
Percebe-se o foco em ganhar pessoas, os números fabulosos são uma marca da presente era.
Vejamos os notáveis resultados do Ministério AMME Envangelizar quem vem reforçar a
constatação dessa situação ver anexo 3
[…] José Bernardo – Pastor, escritor e conferencista, fundou no ano 2000, a
AMME Evangelizar, que já ajudou mais de vinte e nove mil igrejas evangélicas
brasileiras a evangelizar cerca de oitenta milhões de pessoas. Atua como
consultor e designer de ministérios evangelísticos. (folheto promocional de evento,
2009)
21
tradução do Novo Testamento. Por isso não é de estranhar que Lutero apresente sua
concepção e prática da tradução não como um teórico secular o faria, mas como um
homem de fé, e, ao mesmo tempo em que esclarece seu procedimento tradutório
vai apresentando e defendendo alguns elementos fundamentais de sua teologia.
(Furlan, Mauri. “A teoria de tradução de Lutero”. 2004. In: Annete Endruschat &
Axel Schönberger (orgs.). Übersetzung und Übersetzen aus dem und ins
Portugiesische. Frankfurt am Main: Domus Editoria Europaea. (p. 11-21)
Temos como base então a particularidade de como Lutero se dispunha diante do texto
sagrado, um homem de fé, que buscava em primeiro lugar ser sensível ao contexto imediato
da passagem a ser interpretada. Para ele, o sentido das palavras deveria ser encontrado,
primeiramente, à luz do assunto em pauta na seção maior onde o texto está inserido, ou
seja, deveria se levar em conta a perícope e não somente a palavra isolada. Metododologia
essa já utilizada por João Crisóstomo14, da escola Antioquena de exegese: busca do sentido
contextual das palavras e dos acontecimentos bíblicos, em vez de apropriar da forma em
função de suas necessidades retóricas.
Assim sendo e através dos princípios de sola Scriptura e Scripitura sui ipsius interpres15,
Lutero inicia uma marco na exegese e hermenêutica: segundo Santos (2008, p.30) “ a
hermenêutica luterana marca o início de uma reviravolta que pode ser definida como uma
passagem da autoridade (Igreja) para a razão (sujeito), que, de fato, passará pelo crivo das
relações conflituosas da Igreja com o “modernismo”, no século XIX”.
Dentro do contexto ocidental de metodologia vê-se uma tensão para se quebrar a
hermenêutica e distanciá-la do modelo hermenêutico de Roma que em contrapartida
demoniza-se16 aquele ou aquilo que seja diferente do agente dominante.
Lutero busca através da Livre-Interpretação (negação da influência de Roma) que todo fiél
seja capaz de interpretar as escrituras mediante a ação do espírito santo sem negar o prévio
conhecimento das línguas originais, trabalhando em uma “via mão dupla”, conhecimento
humano e paraclitos.
Assim, mesmo com a pressuposição que um leitor munido do Espírito Santo é
capaz, individualmente, de resolver suas questões hermenêuticas com as Escrituras,
14
João Crisóstomo: Teológo da Igreja Oriental (345?-407). Nascido em Antioquia da Assíria, foi
contemporâneo de Gregório de Nissa, Basílio de Cesaréa. Fecundo pregador e escritor.
15
“Somente a Escritura” e “Escritura se interpreta a si mesma”
16
“Demonização do diferente”, vide página
22
a leitura da Bíblia, entre os protestantes, apesar da divinização das Escrituras, como
argumento para justificar esta tomada de distância em relação às “autoctoritas” da
Tradição, segue a tendência do Humanismo do Renascimento, ao igualar-se com os
critérios de leitura do ambiente de textos clássicos.
(SANTOS, 2008 P.36)
Assim sendo, Lutero que inicialmente, movido pela sua “agonia’ passa a confrontar a igreja
dentro de sua perspectiva em detrimento da fé da Igreja Romana ao apresentar novos
conceitos de
interpretação e hermenêuticos.
23
Outrossim, sua metodologia exegética levou Lutero a marcar época em virtude de sua
capacidade em atribuir à nova exegese, sendo esta uma ferramenta capaz de criticar o
sistema em que ele estava inserido, papel que muitos pseudo-evangelistas atuais
simplesmente não o fazem, reduzindo a exegese ao nível quase alegórico.
Vale ressaltar, que a alegoria também foi presente nos sermões de Lutero, mas nunca da
mesma forma como outrora (era patrística).
Podemos destacar os princípios de interpretação de Lutero Primeiro Princípio: O tradutor deve
atender a natureza da língua receptiva, isto é, da língua para a qual traduz. Segundo Princípio: Deve-se
verificar a maneira de o homem comum usar a língua. Terceiro Princípio: O tradutor deve ter o cuidado
de evitar traduções literais infelizes. Quarto Princípio: Há casos em que a tradução literal de uma palavra
pode ser a solução acertada. Quinto Princípio: O tradutor deve ser dono de uma grande reserva de
palavras, a fim de que possa escolher a que fica melhor no contexto. Sexto Princípio: Para poder traduzir
bem um texto, deve o tradutor determinar-lhe o sentido no contexto do original. Sétimo Princípio: É
justo e necessário o sentido do original da maneira mais clara e plena.
II – Presente
1. Catalogação das Bíblias de Estudo. Ver Tabela 1.
A Bíblias de Estudo estão catalogadas conforme tabela x. Para o presente Tabalho de
Conclusão de Curso foram utilizadas as Bìblias de Estudo encontradas nas bibliotecas da
Faculdade Teológica Batista de São Paulo bem como as Bíblias encontradas no acervo do
Museu da Bíblia em Barueri – SP. No mercado editorial encontram-se mais Bíblias de
Estudo disponíveis e de outras editoras, mas devido ao escopo e delimitações do presente
trabalho, estas não não foram utilizadas ou encontradas.
Ao longo desta década o mercado tem sentido um crescente número de novas publicações
bíblicas. Para atender uma demanda que vá de encontro com a necessidade de cada grupo
evangélico as editoras tem negligenciado aquilo que deveria ser o seu escopo maior: O
envangelho todo. É claro que ao mencionar o envagelho todo fica subentendido que as
editoras deveriam não publicar bíblias que priveligiasse uma determinada denominação.
Descarecterização: Saudada pelo público evangélico e pelas editoras, a explosão
das bíblias – sejam novas traduções ou temáticas – também dá margem a
preocupações…
24
[…] Lançar novas versões da Palavra de Deus é ótimo, mas com bom senso, sem
exagerar nas traduções e transliterações (Pr. José Ricardo Pimentel, denominação
Batista).
[…] Destaca que as diferenças eclesiológicas entre as diferentes denominações têm
sido levadas em conta pelas editoras, e cita como exemplo a Bíblia de Estudo
Pentecostal, editada pela CPAD: “É uma edição que priveligia a doutrina dos dons
espirituais e reflete o pensamento do povo assembleiano” O problema segundo o
pastor, é que novas Bíblias estão surgindo como bandeiras de denominações”.
“Não é bom haver bíblias somente para Batistas, Presbiterianos ou pentecostais. O
grande perigo, neste caso, é se esquecer de dimensão da Igreja como corpo de
Cristo. (Pr Domingues Dias Ferreira, denominação Assembléia de Deus)
25
Tabela 1. Catálogo das Biblias de Estudo
12
10
0
RA RC NTLH NVI
26
Tabela 2 – Tabela Referencial dos “Estudos”
27
de Deus
11 A Fé que gera milagres Mt 8:5-10,13 Mt 8:5-13 BE
12 Devemos atender ao Mt 10:1,8 Mt 10:1-42 BE
comissionamento divino e agir
com poder
13 Aproprie-se das vitórias de Mt 11.12 Mt 11:1-18 BE
Cristo
14 Cultivemos a semente que Deus Mt 13.18-23 Mt 13.30 BE
lançou em nosso coração
15 Três aréas de colheita no tempo Mt 13.30 Mt 13.1-23 BE
final
16 Multiplicação sobrenatural Mt 14.15-21 Mt 14.13-21 BE
17 Enxergando além da Mt 14.22-31 Mt 14.22-36 BE
tempestade e novos
patamares espirituais
18 Indentificando o inimigo Mt16.21-23 Mt 16.24 BE
19 Lance o anzol no mar, e terá as Mt 17.24-27 Mt 16.21-28 BE
suas dividas pagas
20 Você esta disposto a pagar o Mt 19.29 Mt 19.16-30 BE
preço
21 Jesus tornou-se servo Mt 20.26-28 Mt 20.20-28 BE
22 Se nos huminharmos, Deus nos Mt 23.11-12 Mt 23.1-39 BE
exaltará e nos dirá poder sobre
todas as coisas
23 O fogo de Deus virá purificar o Mt 23.17-20 Mt 23.1-39 BE
altar
24 Jesus apreenta um conceito de Mt 23.23 Mt 23.1-39 BE
oferta superior ao dizimo
25 A estrategia de Satanás é esfriar Mt 24.12 Mt 24.1-35 BE
o nosso amor por Deus
26 Contribua de maneira liberal e Mt 25.35-45 Mt 25.31-46 BE
ilimitada
27 Dizimo principio para o Mt 26.6-13 Mt 26.3-13 BE
contribuir de todo o coração,
como uma ato de adoração
28 Jesus submeteu-se á vontade de Mt 26.39-46 Mt 26.36-46 BE
Deus
29 Jesus entrega seu espirito Mt 27.31-43 Mt 32-44 BE
30 Não importa quem somos, e Mt 28.19-20 Mt 28.16-20 BE
sim quem Deus quer fazer de
nós
31 Mantenha-se cheio do Espirito Mc 1.35 Mc 1.35-39 BE
Santo
32 Torna-se um discipulo Mc 3.14-15 Mc 3.13-18 BE
33 Primeiro principio para ofertar: Mc 4.19 Mc 4.1-20 BE
tenha cuidado com o “engano
28
das riquesas”
34 A necessidade de esvarziar-mos Mc 8.34-38 Mc 8.31-38 BE
35 Consequencias do Mc 9.30-32 Mc 9.14-30 BE
desconhecimento da vontade de
Deus
29
21 Comunicando a visão: Jesus defendeu uma visão mais Mt 13:3-58
ampla que a vida
22 Perfil de liderança de Jesus: Um comprometimento Mt 12.22-13.53
inabalável para falar a verdade
23 Ser prestativo a quem enfrentou dificuldades por ter Mt 14.1-14
colocado os outros em primeiro lugar
24 Soluçãode problemas: o caminho mais rápido de Mt 15.29-39
qualquer liderança
25 O carisma de Pedro compilou os outros a afirmarem a Mt 16.13-20
liderança de Jesus
26 Mentoria : Jesus avalia a atuação de sus dicipulos e os Mt 17.14-21
chamou á responsabilidade
27 Solucionando conflitos Jesus encinou como lidar com Mt 18.15-20
conflitos
28 Descernimento: Jesus e o jovem rico Mt 19.16-26
29 Atitude: Lideres devem por o foco na habilidade de seus Mt 20.1-16
e não na sua procura
30 Ser prestativo: Jesus ensinou que nós lideramos pelo Mt 20.25-28
servir
31 Comunicação: o teste do grupo hostil Mt 21.23-27
32 A lei de base sólida: o caracter de Jesus Mt 22.15-44
33 A lei de base sólida: O contraste dos fariseus Mt 32.13-32
34 A leida navegação: Jesus sabia quais passos dar em Mt 24.1-44
direção ao futuro
35 Preparação: Uma pessoa que tem um plano é uma Mt 25.1-30
pessoa com poder
36 A lei do elgado: Jesus deixou memorial aos seus Mt 26.17-30
seguidores
37 Qualidadade Resonsabilidade: Poncio Pilatos falhou em Mt 27.11-31
liderar
38 Leis: Jesus e a lei aos legados: O valor final de lider é Mt 28.16-20
medido pela sua sucessão
39 A lei do sacrificio: Jesus entregou a sua vida Mt 26.47-
40 A lei da vitoria : Jesus derrotou nosso maior unimigo Mt 28.1-20
41 Perfil da liderança João Batista: Bons lideres preparam o Mc 1.1-8
caminho para liderança
42 Marcos de liderança no ministerio de Jesus Mc 1.16-35
43 A lei das prioridades: Jesus nõ permitiu que outros Mc 1.32-38
determinassem seus compromissos
44 A lei da vitoria: Quatro homens levaram seus amigos Ml 2.1-12
para Jesus
45 Montando uma equipe: Jesus reuniu uma equipe para Ml 2.14-17
faze-los uma visão
46 A lei da delegação de poder: Jesus deu autoridade para Mc 3.13-19
sua equipe
47 O principio de semeadura Mc 4.2-20
30
48 O principio do descanso e cuidado Mc 4.35-41
49 Perfil de lider: Simão Pedro: Privilegiado por ver o que Mc 5.35-43
ninguem pode ver
50 Compaixão: O amor pelas pessoas move Jesus a liderar Mc 6.34
51 Comprometimento: Passando de uma simples Mc 8.1-4
demonstração e cuidado para um comprometimento
profundo
52 Visão: Jovens baseados sem visão em seus valores Mc 8.31-33
53 Os dez mais :Principios de liderança de Jesus Mc 8.34-38
54 Ser prestativo: o caminho para crescer é diminuir Mc9.33-10.16
55 Liderança: Jesus pode fazer o que não era popular Mc 11.15-17
56 Jesus reduziu os valores essenciais a dois Ml 12.28-34
57 Chocalho de ovelha: Jesus encontrou um modelo para Ml 12.41-44
ratificar
58 Visão:Jesus chama seu seguidores aos objetivos originais Mc 13.1-37
59 Responsabilidade: Cuidados em meio a crise Mc 14.32-42
60 Perfil de liderança: Pôncio Pilatos – Um lider que se Mc 15.1-15
recusou a assimir a
responsabilidade
61 A lei do sacrificio Jesus entregou sua vida para ganhar o Mc 15.15-24
mundo inteiro
62 A lei da vitoria: a ressurreição de jesus surpreendeu a Ml 16.1-7
todos
63 A lei do legado: Jesus entregou seu ministerio a seus Mc 16.15-16
dicipulos
64 Credibilidade: Á autoridade de Lucas para escrever Lc 1.1-4
sobre Jesus
65 Perfil de liderança Maria: vaso escolhido para os Lc 1.26-38
pressupostos de Deus
66 Ouvir: Jesus ouviu para ficar ligado as pessoas Lc 2.42-52
67 Vinte e uma Qualidades: Paixão João serviu s Deus com Lc 3.2-22
gosto
68 O papel do deserto Lc 4.1-13
69 Autodisciplina:Jesus ensina que a primeira pessoa que Lc 4.3-10
voce vai liderar é voce mesmo
70 Foco: Jesus não se deixou destrair em sua missão e Lc 4.18-29
unção
71 A lei da aceitação: Jesus mostrou sua equipe antes Lc 5.1-11
mesmo que eles puderam compreender tudo
72 Comunicando a visão: Jesus compartilhou a visão que Lc 5.1-1
constrange a ação
73 A lei da Intuição: Jesus viu potencial em simão e mateus Lc 5.10-11,27-
28
74 Mentoria : Jesus dedicou a maior parte de seu tempo aos Lc 6.12-19
doze e não á doze mil
75 Atitude positiva: a primeira tarefa de Jesus foi Lc 6.20.23
31
modificar a perspectiva deles
76 Perfil liderança de Jesus: o homem perfeito Lc 7.1-17
77 A lei de ligação Jesus sempre em primeiro lugar, Lc 8.24-9,6
satisfazia as necessidades das pessoas.
78 Comprometimento: resolva nossos problemas, mas salve Lc 8.26-37
nossos porcos
79 Delegação: Jesus deu tanto responsabilidade quanto Lc 9.1-10
autoridade
80 Generosidade: Uma vida nada perde ao ascender a Lc 9.12-17
outra
81 A lei do circulo intimo: Jesus preparou homens para Lc 9.28-36
representá-lo
82 A lei do crescimento explosivo: Jesus ampliou seu Lc 9.1-10,24
treinamento para 70
83 Foco: Jesus resolveu ir ao encontro do seu momento de Lc 9.51-56
grande necessidade
84 Avaliação e questionamento: Jesus ajudou sua equipe a Lc 10.1-24
interpretar resultados
85 A lei das prioridades: Jesus deixou claro para Marta Lc 10.38-42
quais eram as sua prioridades
86 A lei das prioridades: Jesus deixou claro para Marta Lc 10.38-42
quais eram as sua prioridades
87 Jesus ensina liderança paternal e a prioridade de oração Lc 11.1-13
88 A lei da navegação: Jesus fez o mapa do caminho para Lc 12.1-59
seus discipulos
89 A lei da navegação: Jesus ajuda seus ouvintes a Lc 12.35-34
interpretarem os tempos
90 Qualidades-competência: Uma para necessária no Lc 14.28-32
caminho para a excelencia
91 Comprometimento :os melhores lideres entregam sua Lc 14.26-27
propria vida
92 Lei da navegação: Veja o quanto custa, antes de Lc 14.28-32
determinar o caminho
93 A lei das prioridade: Jesus põe o foco naquilo que está Lc 15.1-32
perdido
94 Lições de um lider despresivel Lc 16.1-13
95 Comprometimento: O jovem rico falhou em seu teste Lc 18.18-23
96 A lei da influência: Jesus sabia que a influencia tem Lc 19.1-27
efeito de uma onda
97 Administração: Lideres são corretores de recursos Lc 19.11-26
98 A lei da controversia: Jesus percebeu que a real era a Lc 20.19-26
rendição
99 Ser prestativo: Judas Falhou em seu teste de liderança Lc 22.1-23
100 Os lideres e seus Getsêmanis Lc 22.34-46
101 Vinte e uma qualidades de comprometimento Lc 22.
102 A lei do sacríficio: Jesus abriu mão de tudo para ter tudo Lc 23.1-47
32
de volta
103 Perfil de liderança: Herodes retrato de um lider egoista Lc 23.13-31
104 A lei da intuição: Jesus interpretou os acontecimentos Lc 24.13-31
atuais
105 A lei da produção: Jesus transferio seu trabalho para Lc 24.46-49
aqueles que ele treinou
106 A lei da Vitória: a ressurreição de Jesus deu a vitoria aos Lc 24.50-53
que não tem esperança
33
15 Orgulho, nascido da dor Lc 11.5-13
16 Retorno para a sanidade Lc 15.11-24
17 Fé Lc 17.1-10
18 Um coração humilde Lc 18.10-14
19 Devolvendo o que devemos Lc 19.1-10
20 Fé Lc 22.31-34
34
29 Haverá algum pecado sem perdão ? Mc 3:28-30
30 È justo guardar as boas notícias do Evangelho só para mim ? Mc 5:19-20
31 Você sabe o que é inversão de valores? Mc 6:21-28
32 Deseja Deus o Divórcio Mc 10:2-12
33 Se minhas virtudes forem menores que meus pecados poderei perder Mc 10:17-25
a Salvação ?
34 Qual é a data do fim do mundo ? Mc 13:28-32
35 Você já sofreu calúnia ? Mc 14:53-65
36 Não praticam proselitismo os cristãos que procuram converter os Mc 16:15-16
outros ?
37 Qual era a maior necessidade de Maria, a abençoada mãe de Jesus ? Lc 1:46-49
38 Onde podemos encontrar a história do primeiro Natal ? Lc 2:1-20
39 Haverá algo mais irritante do que a hipocrisia ? Lc 6:41-42
40 O que significa a frase “ Cristo é o Senhor” Lc 6:46-49
41 Existem espíritos maus, ou são eles todos bons ? Lc 7:21
42 O que fazer para receber o perdão dos pecados? Lc 7:36-50
43 Como posso falar com Deus ? Lc 11:9-13
44 Qual é o momento certo para receber a salvação ? Lc 12:13-21
45 Qual é prioridade da vida ? Lc 12:29:31
46 Pode alguém ficar doente pela influência de espirítos maus Lc 13:10-17
47 Que quer dizer seguir a Cristo ? Lc 14:25-33
48 Como alguém pode roubar e matar e depois tornar-se Cristão ? Onde Lc 15:11-32
está a justiça?
49 Haverá de fato sofrimento para os injustos depois da morte? Lc 16:22-25
50 Podemos reverter nossa situação depois da morte ? Lc 16:26
51 Qual a utilidade de consulta aos mortos Lc 16:27-31
52 Muita religiosidade e prática de boas obras garantem comunhão Lc 18:9-14
com Deus ?
53 Não é verdade que os ricos nunca serão salvos ? Lc 19:1-10
54 Será que o Batismo ou qualquer outro ritual religioso pode salvar Lc 23:39-43
uma pessoa ?
55 Jesus ressuscitou em corpo apenas ou em espiríto ? Lc 24:36-43
56 Porque Cristo teve que morrer ? Lc 24:44-48
35
6 Falsos Mestres Mc 13.22
7 Sinais dos Crentes Mc 16: 17,18
8 O Vinho no tempo de Jesus Lc 7:33,34
9 Jesus e o Espírito Santo Lc 11:13
10 Riqueza e Pobreza Lc 18:24,25
36
36 Tesouros no céu Lc 14:25-33
37 O filho perdido Lc 15:32
38 Perdoando como Cristo nos perdoou Lc 17:3
39 O Justo Juiz Lc 18:2-8
40 A Ressurreição de Jesus e a nossa vida Lc 24.32
37
36 Não devemos ser controlados pelas coisas materiais Mc 10:17-27
37 Assim como perdoamos os outros Mc 11:25
38 Ganhando pessoas para Jesus: a disposição de servir a Jesus Mc 16:15-18
39 Amando quem ama você Mc 16:31-35
40 A lei da retribuição divina Lc 6:38
41 Os dons do poder do Espirito Santo; autoridade para o trabalho Lc 9:1-2
42 Compromisso total sem distração ou reservas Lc 9:23-25
43 Quebrar as barreiras do preconceito Lc 10:33
44 Trabalhando com unidade Lc 11:17-18
45 Declarando a vitoria final de Cristo Lc 12:15
46 Onde está seu coração ? Lc 12:33-34
47 Não há saída do inferno Lc 16:23
48 Curados quando iam pelo caminho Lc 17:12-19
49 O Reino espiritual Lc 17:21
50 O reino dentro de você Lc 17:20-21
51 Vivendo acima das circunstâncias Lc 18-22
52 Tornando-se importante para o Reino de Deus Lc 22: 25-27
52 Dando continuidade a compaixão de Jesus Lc 24:45-48
38
22 Criação Mt 18:6
23 Observar atentamente Mt 18:22
24 Divórcio Mt 19:1-12
25 A Generosidade de Deus Mt 20:15
26 Líderes Mt 20:27
27 Cheque em branco Mt 21:22
28 Engano Mt 21:30
29 Convidando Mt 22:1-14
30 Céu Mt 22:29
31 Mt 23:25-28
32 Fraudes Mt 24:11
33 Investindo Mt 25.15
34 Tarefa àrdua Mt 25:31-46
35 Alerta Mt 26:40
36 Negação Mt 26:69-75
37 Confronto Mt 27.29
38 O pais Mt 27:46
39 Escolha Mt 28:11-15
40 Mt 28:18-20
41 Emoções Mc 1.1
42 Encontre Tempo Mc 1:35
43 Indignação Mc 3:5
44 Prontos Mc 4:11-12
45 Entusiasmo Mc 5:19-20
46 Preconceito Mc Mc 6:2-3
47 Trabalho em equipe Mc 6:7
48 Desculpas Mc 7:10-11
49 Deus Sabe Mc 8:1-3
50 Você Mc 8:29
51 Poder Mc 9:23
52 Impiedoso Mc 9:43-48
53 Barreiras Mc 10:17-23
54 Motivações Mc 11:24
55 Imagem Mc 12:17
56 Simples Mc 12:29-31
57 Adversários Mc 13:9-10
58 O maior amor Mc 14:6-7
59 Sem Desculpas Mc 14:71
60 O correto Mc 15:15
61 Lembrado Mc 15:42-43
62 Oportunidades Mc 15:47
63 O poder que nos dirige Mc 16:15
64 Investigação Lc 1:3
65 Improvável Lc 1:46-55
66 Crescer Lc 2:7
39
67 Ancião Lc 2:36
68 Pais Lc 2:46-52
69 Encontro Pessoal Lc 3:8
70 O momento certo Lc 3:23
71 Vulnerável Lc 4:13
72 O exemplo de Jesus Lc 4:16
73 Tente Lc 5:18-20
74 Qualificado Lc 6:13-16
75 Amor raro Lc 6:27
76 Sem aprontar Lc 6:41
77 Perguntas Lc 7:18-28
78 Descobertas Lc 7:29-30
79 Porcos Lc 8:33
80 Lider de Multidoes Lc 9:24-27
81 Desapego Lc 9:24-25
82 Montanha Lc 9:33
83 O Próximo Lc 10:27-37
84 Lista de pedidos Lc 11:1-4
85 A favor de Jesus Lc 11;23
86 Motivos Lc 11:52
87 O verdadeiro valor Lc 12:7
88 A Lealdade Lc 12:51-53
89 Salvo Lc 13:27
90 No topo Lc 14:7-11
91 Sal Lc 14:34
92 Oportunidade Lc 15:30
93 Encare Lc 17:3-4
94 Crianças Lc 18:15-17
95 Desistir Lc 18:26-30
96 Impopular Lc 19:1-10
97 Dever Lc 20:20-26
98 O templo Lc 21:5
99 Traídor Lc 21:14-19
100 Doação Lc 22:1-4
101 Completamente constituído Lc 22:24
102 Lágrimas amargas Lc 22:62
103 Vida Nova Lc 23:34
104 Misericórdia Lc 23:39-43
105 As escrituras Lc 24:25-27
106 Entendimento Lc 24:45
40
3. Aproximações e Distanciamento: Estudo de Caso.
Conforme tabela 3 vide anexo 4. temos:
• Em Mateus, encontramos 211 estudos, onde temos uma grande concentração nos
capítulos 5 (20 estudos), 18 (13 estudos), 25 (11 estudos) e 28 (11) estudos
• Em Mateus, as bíblias temáticas, concentram o maior número de estudos, a saber:
Biblia de Estudo e batalha espiritual e vitória financeira (36 estudos), Bíblia da
Liderança Cristã c/notas de John C. Maxwell (41 estudos), Biblia do adolescente –
aplicação pessoal (41 estudos).
• Em Marcos, encontramos 124 estudos, onde temos uma grande concentração nos
capítulos 1 (10 estudos), 10 (15 estudos), 16 (12 estudos)
• Em Marcos, as bíblias temáticas, concentram o maior número de estudos, a saber:
Biblia de Estudo e batalha espiritual e vitória financeira (28 estudos), Bíblia da
Liderança Cristã c/notas de John C. Maxwell (23 estudos), Biblia do adolescente –
aplicação pessoal (26 estudos).
• Em Lucas, encontramos 205 estudos, onde temos uma grande concentração nos
capítulos 6 (15 estudos), 9 (14 estudos), 12 (13 estudos)
• Em Lucas, as bíblias temáticas, concentram o maior número de estudos, a saber:
Biblia de Estudo e batalha espiritual e vitória financeira (48 estudos), Bíblia da
Liderança Cristã c/notas de John C. Maxwell (43 estudos), Biblia do adolescente –
aplicação pessoal (46 estudos.
• As Bíblias do grupo calvinista mantiveram uma unanimidade na escolha de sua
versão, usaram a versão Revista e Atualizada. Ver tabela: Tabela – Versões de
Biblias x Grupos
• As versões de “Almeida” quer seja a RC (Revista e Corrigida), que seja a RA
(Revista e atualizada) lideram a escolha ou preferência das editoras. Ver tabela:
Tabela – Versões de Biblias x Grupos.
41
3.1 – Caso 1 – Distanciamento de Interpretações em um mesmo perícope.
42
• A aproximação se dá pelo cerne da questão: pecado e perdão e o
distanciamento se dá na maneira de interpretar e agir eclesiologicamente.
Passado Presente
• Um mundo em transformação • Novos Paradigmas
• Excassez de textos sagrados • Excesso de traduções e modelos
• Domínio de Roma sobre a • Domínio das “Denominações” sobre as
interpretação das escrituras Bíblias temáticas
• Pregação parcial do evangelho • Pregação parcial do Evangelho
(salvação através das indulgências) (foco nas doutrinas denominacionais)
• Homem livre para interpretar (fora • Homem livre para interpretar (porém
de Roma, mas com rigor exegético nem todo estudo é baseado em rigor
e hermenêutico) exegético e hermenêutico).
43