You are on page 1of 3

A bacia do rio Paraná é uma das doze regiões hidrográficas do território brasileiro.

A região abrange uma área de 879.860 km², distribuídos em sete Unidades da Federação: Minas Gerais, Goiás, Mato
Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal.

O Rio Paraná é o principal curso d'água da bacia, mas de grande importância também são seus afluentes e formadores
como os rios Grande, Paranaíba, Tietê, Paranapanema, Iguaçu, dentre outros.

As principais coberturas vegetais da região eram a Mata Atlântica, o Cerrado e a Mata de Araucárias, que foram
fortemente desmatados ao longo da ocupação da região.

A bacia do Paraná é a região mais industrializada e urbanizada do país. Nela reside quase um terço da população
brasileira, destacando-se como principais aglomerados urbanos as regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e de
Curitiba.

Trata-se da bacia hidrográfica com a maior capacidade instalada de energia elétrica do país e também a de maior
demanda. Destacam-se as usinas de Itaipu, Furnas, Porto Primavera, dentre outras.

O Paraná tem um grande potencial hidroelétrico muito bem aproveitado, especialmente no rio Iguaçu, onde foram
construídas várias hidroelétricas, entre elas as de foz do rio Areia, salto Osório e salto Santiago. Próximo a Curitiba está a
Usina Hidrelétrica de Capivari Cachoeira, uma das primeiras construídas pela Copel, a companhia estadual de energia
elétrica. Mais recentemente foram construídas pequenas centrais hidrelétricas em vários rios de menor porte, como a de
Chavantes e Vossoroca. No rio Chopim, no sudoeste do Estado, foi construída a Usina Hidrelétrica Júlio Mesquita Filho.
Mas está localizada entre o Brasil e o Paraguai, no rio Paraná, a Usina Hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo,
construída em conjunto com o Paraguai, e que fornece energia para vários Estados brasileiros. Tem capacidade para
produzir 12.600 mw e só recentemente instalou as últimas turbinas aumentando a capacidade energética em 14.000 MW
(megawatts), com 20 unidades geradoras de 700 MW cada.. Teve suas comportas fechadas em 12 de outubro de 1982 e a
usina hidrelétrica foi inaugurada em 5 de novembro do mesmo ano, durante a presença dos presidentes João Baptista
Figueiredo, do Brasil e Alfredo Stroessner, do Paraguai.

Mas o Paraná também é rico em energia gerada pelas usinas de açúcar e álcool, que produzem eletricidade a partir da
queima do bagaço da cana-de-açúcar. Não se pode desprezar também a energia automotiva que vem do álcool, pois o
Paraná é um grande produtor desse combustível.

A Bacia do Paraná é uma ampla bacia sedimentar situada na porção centro-leste da América do Sul, principalmente no
Brasil. Sua área de ocorrência abrange o nordeste da Argentina, o centro-sul do Brasil, do estado do Mato Grosso ao
estado do Rio Grande do Sul, a porção leste do Paraguai e o norte do Uruguai. É uma depressão ovalada com o eixo maior
quase norte-sul sendo sua área de cerca de 1,5 milhões de km².[1][2]

Desenvolveu-se durante parte das eras Paleozóica e Mesozóica e seu registro sedimentar compreende rochas depositadas
do Período Ordoviciano ao Cretáceo, abrangendo um intervalo de tempo entre 460 e 65 milhões de anos atrás. Sua
espessura máxima é superior a 7000 m na sua porção central e é constituída por rochas sedimentares e ígneas.[1] Em
rochas da Bacia do Paraná foram encontrados fósseis do maior dinossauro já descoberto no Brasil, o Maxakalisaurus
topai.[3]

A Bacia do Paraná é uma típica bacia flexural de interior cratônico embora durante o Paleozóico fosse um golfo aberto
para sudoeste para o então Oceano Panthalassa. A gênese da bacia está ligada à relação de convergência entre a margem
sudoeste do antigo supercontinente Gondwana, formado pelos atuais continentes América do Sul, África, Antártida e
Austrália, além da Índia, e a litosfera oceânica do Panthalassa, classificando a bacia, pelo menos no Paleozóico, como do
tipo antepais das orogenias Gondwanides.[1][4][5]

O nome Bacia do Paraná é derivado do Rio Paraná que corre aproximadamente no seu eixo central, no sentido norte-sul.
A Bacia do Rio Paraná está quase que inteiramente contida na bacia sedimentar e possui enorme potencial hidroelétrico,
devido ao grande volume d'água tanto do Rio Paraná quanto de seus afluentes, aliado ao terreno acidentado da bacia.[6]

Os principais recursos naturais extraídos na Bacia do Paraná são: carvão mineral, água subterrânea, folhelho betuminoso e
materiais para construção civil. Outros recursos encontrados na Bacia do Paraná são urânio e gás natural, ambos com uma
jazida cada (vide Capítulo Recursos Naturais).

Bacia do Paraná possui extensas acumulações de recursos naturais que são explorados desde os tempos do Brasil Colônia.
Os recursos mais importantes são a água subterrânea e os recursos energéticos e minerais.
Água subterrânea: Um importante recurso natural presente na Bacia do Paraná é a água subterrânea do Aquífero Guarani
que constitui a maior reserva subterrânea de água doce do mundo. É formado por arenitos das formações Pirambóia e
Botucatu e possui uma área de ocorrência de cerca de 1,2 milhões de km². Outros aquíferos como os do Grupo Itararé,
Grupo Bauru e basaltos da Formação Serra Geral também contribuem como mananciais. [23][24]

Recursos energéticos: A Bacia do Paraná possui extensas acumulações de recursos energéticos, como carvão e folhelhos
betuminosos e, em menor escala, urânio e gás natural.

Carvão: Desde o século XIX o carvão é explorado na Bacia do Paraná. Os recursos identificados de carvão mineral no
Brasil ultrapassam 32 bilhões de toneladas e estão localizados em arenitos da Formação Rio Bonito, nos estados do Rio
Grande do Sul e Santa Catarina e, subsidiariamente, no Paraná e São Paulo. As jazidas brasileiras de maior importância
são oito: Sul-Catarinense (SC), Santa Terezinha, Chico Lomã, Charqueadas, Leão, Iruí, Capané e Candiota (RS), sendo
essa última a maior jazida.[25]

Folhelhos betuminosos: Desde 1972 a Petrobras opera uma planta industrial para extrair petróleo de folhelhos
betuminosos da Formação Irati. O Processo Petrosix, uma patente da Petrobras, foi inteiramente desenvolvido pela
companhia e obtem óleo, gás e enxofre e é concluído com a recuperação da área afetada pela mineração, e reconstituição
da fauna e flora nativas. Na pedreira são abundantes fragmentos fósseis de crustáceos e da fauna típica de Mesosaurus
brasiliensis. Ocorrem duas camadas de folhelho rico em óleo, na Formação Irati, com teores médios de óleo de
respectivamente 9,1% para a camada inferior e de 6,4% para a camada superior. As reservas são de cerca de 700 milhões
de barris de óleo, nove milhões de toneladas de gás liquefeito (GLP), 25 bilhões de metros cúbicos de gás e 18 milhões de
toneladas de enxofre.[26]

Potencial petrolífero: O potencial petrolífero da Bacia do Paraná ainda não foi totalmente explorado, com uma média de
um poço perfurado a cada 10000 km² da porção brasileira da bacia, principalmente devido à grande espessura de basaltos,
que não só torna a perfuração de poços extremamente onerosa quanto prejudica a qualidade dos levantamentos sísmicos,
essenciais para a pesquisa de hidrocarbonetos. Desde o final do século XIX existe interesse na prospecção de petróleo na
bacia, quando foram identificadas ocorrências de arenitos asfálticos no flanco leste da mesma. Entre 1892 e 1897 foi
perfurado o primeiro poço para exploração de petróleo no Brasil, na localidade de Bofete, em São Paulo. No entanto
somente foi recuperada água sulforosa. Até o momento, somente ocorrências não comerciais de óleo foram encontrados
na Bacia.[27] Foram identificadas duas formações com potencial gerador de hidrocarbonetos: os folhelhos negros da
Formação Ponta Grossa, de idade Devoniana, com concentrações de 1,5 e 2,5% e picos de 4,6% e potencial gerador de
6 kg HC/ton rocha e os folhelhos negros da Formação Irati, do Permiano superior, com concentrações de 1 e 13% e picos
de 23% e potencial gerador superior a 100–200 kg HC/ton rocha.[2]

Gás natural: Em 1996 a Petrobras fez a primeira, e até o momento a única, descoberta de gás comercial na bacia, o Campo
de Barra Bonita, no estado do Paraná. A jazida possui cerca de 14,5 km² e situa-se a uma profundidade média de 3500m,
em arenitos da Formação Campo do Mourão, Grupo Itararé, de idade permo-carbonífera. [28]

Urânio: Em 1969 foi descoberta uma jazida de urânio em arenitos, argilas carbonosas e carvões permianos da Formação
Rio Bonito, com reservas de aproximadamente 8.000 t de U3O8 o que corresponde a cerca de 3% das reservas brasileiras.
Localizado no município de Figueira, no estado do Paraná, a descoberta desta jazida foi resultado de um levantamento
sistemático de carvões no sul e sudeste do Brasil. [29]

Recursos minerais: Em toda a extensão da Bacia do Paraná uma grande variedade de materiais são extraídos para uso nas
industrias da construção civil, cerâmica e de transformação, como por exemplo, ágata, ametista, arenito, argilas vermelha
e refratária, basalto, calcário, cobre, caulim, folhelho, ouro, rochas ornamentais e varvito (na forma de lajotas).[30] A
região do Rio Tibagi, no Estado do Paraná, constitui a segunda província diamantífera mais antiga do Brasil, relatada
desde 1754, e sua produção é oriunda de aluviões e terraços antigos. Estes depósitos diamantíferos foram certificados pelo
Processo de Kimberley

A bacia do rio Paraná é uma das doze regiões hidrográficas do território brasileiro.

A região abrange uma área de 879.860 km², distribuídos em sete Unidades da Federação: Minas Gerais, Goiás, Mato
Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal.

O Rio Paraná é o principal curso d'água da bacia, mas de grande importância também são seus afluentes e formadores
como os rios Grande, Paranaíba, Tietê, Paranapanema, Iguaçu, dentre outros.

As principais coberturas vegetais da região eram a Mata Atlântica, o Cerrado e a Mata de Araucárias, que foram
fortemente desmatados ao longo da ocupação da região. A bacia do Paraná é a região mais industrializada e urbanizada do
país. Nela reside quase um terço da população brasileira, destacando-se como principais aglomerados urbanos as regiões
metropolitanas de São Paulo, Campinas e de Curitiba.
Trata-se da bacia hidrográfica com a maior capacidade instalada de energia elétrica do país e também a de maior
demanda. Destacam-se as usinas de Itaipu, Furnas, Porto Primavera, dentre outras.

O Rio Paraná corre aproximadamente no eixo central da Bacia do Paraná, ampla bacia sedimentar com área de cerca de
1,5 milhões de km2 e situada na porção centro-leste da América do Sul, abrangendo o nordeste da Argentina, o centro-sul
do Brasil, a porção leste do Paraguai e o norte do Uruguai. A Bacia do Paraná é fonte de diversos recursos minerais,
sendo os principais o carvão e a água subterrânea, além de materiais para a construção civil, como o basalto.

You might also like