Guia para uma correta adaptação da

contabilidade às novas regras

Saiba tudo o que muda e como estar preparado
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Índice

3 TAXONOMIAS NA
CONTABILIDADE
5 ENQUADRAMENTO
6
TAXONOMIAS:
O que são?

- Tipos de Taxonomias | 6
- Referenciais Contabilísticos | 7

9 TAXONOMIAS:
Como se aplicam?
13 TAXONOMIAS:
Como se implementam?
17
Formação Online
Taxonomias

- Taxonomias S | 9 - Analisar | 13
- Taxonomias M | 11 - Definir | 14
- Implementar | 14
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Taxonomias
O novo termo do léxico
dos Contabilistas

As Taxonomias são um conceito recente

que entrou para o léxico dos profissionais
da Contabilidade no final de 2016 e que terá
impacto a dois níveis:

Alterações na forma como Mudanças na estrutura de

é organizada a informação comunicação dos dados
contabilística das empresas: contabilísticos à Autoridade
PLANO DE CONTAS Tributária (AT): SAF-T (PT)
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Taxonomias
Data a reter

1
Face a estas novas diretrizes fiscais, publicadas na Portaria nº 302/2016, a IES – Informação Simplificada
Empresarial de 2018, com os dados de 2017, será preenchida de forma automática com base no ficheiro
SAF-T (PT) de auditoria a submeter no portal das finanças.

O próprio ficheiro SAF-T (PT), que as empresas terão de exportar e efetuar o respetivo envio à AT no
próximo dia 1 de julho, já deverá obedecer às novas regras das Taxonomias. Daí a importância de conhecer
em detalhe a nova legislação e o seu impacto na contabilidade.

Neste Ebook vamos mostrar-lhe o que realmente muda e explicar de que forma poderá
NOTA

preparar-se para o impacto deste imperativo legal, rentabilizando simultaneamente os

resultados do seu negócio.
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Enquadramento
- Portaria nº 302/2016

No final de 2016 foi publicada a Portaria nº 302/2016, um documento legal que estabeleceu novas regras
de estruturação do Ficheiro SAF-T (PT) e introduziu o conceito de Taxonomias.

Para percebermos as razões que motivaram esta alteração e identificarmos com clareza a natureza
destas mudanças, é importante olharmos para a atual estrutura do SAF-T (PT). Esta, tal como está, não
permite uma completa compreensão e controlo da informação relativa à contabilidade, em virtude da
flexibilidade existente na utilização das contas pelas diferentes entidades.

Neste contexto, foram criadas as Taxonomias, ou seja, tabelas de correspondência que permitem
a caracterização das contas de acordo com o normativo contabilístico utilizado pelas diferentes
entidades, enquanto sujeitos passivos, permitindo simplificar o preenchimento dos Anexos A e I da IES
– Informação Empresarial Simplificada.

Ao longo deste documento irá encontrar informação sobre a aplicação

NOTA

das Taxonomias e o seu efeito prático na contabilidade.

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Taxonomias | O que são?

- Existem várias tipologias de Taxonomias:

Taxonomia S
S Taxonomia M
M Taxonomia O
O
É composta por 647 códigos É composta por 337 códigos. Não tem qualquer proposta
e propõe o desdobramento Neste caso a proposta de de estrutura de Taxonomias.
adicional das Contas do Plano desdobramento adicional das Esta identificação permitirá
de Contas para suportar as Contas do Plano de Contas indicar na estrutura do
Taxonomias, sendo a mais para suportar as taxonomias é ficheiro SAF-T (PT) que não
se aplicam as Taxonomias.
relevante aquela que tem menor que a Taxonomia S. Esta opção está indicada,
por base o desdobramento por exemplo, para Entidades
de contas pela natureza do Setor Não Lucrativo,
Corrente e Não Corrente. Entidades Bancárias
e do Setor Segurador.
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Taxonomias | O que são?

- Referências contabilísticas:

Os referenciais contabilísticos, também designados como referenciais de classificação de contas, são

normativos contabilísticos segundo os quais a Contabilidade de determinada empresa se encontra, ou
deveria encontrar, organizada:

S N
S– N–
SNC Base Normas Internacionais
de Contabilidade

M O
M– O–
SNC Microentidades Outros referenciais
contabilísticos

A aplicação das Taxonomias Referêncial Contabilístico Taxonomias

de acordo com o referencial
contabilístico pode ser
resumida da seguinte forma: SNC Base Taxonomia S

N – Normas Internacionais de Contabilidade Taxonomia S

M – SNC Microentidades Taxonomia M

O – Outros referenciais contabilísticos Taxonomia O

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Taxonomias | Quando se aplicam?

- Entrada em vigor

As Taxonomias entraram em vigor a partir de 1 de janeiro de 2017.

Embora inicialmente a leitura da norma possa ter originado diversas interpretações, a informação
contabilística com base nas Taxonomias deve incluir dados desde 1 de janeiro de 2017.

A obrigatoriedade de preenchimento da informação para a IES de 2018, com dados de 2017, já conforme
as novas regras, implica que a informação respeitante ao exercício completo de 2017 já respeite as
Taxonomias.

- Nova estrutura do ficheiro SAF-T (PT)

Com a publicação desta norma é também atualizada a estrutura de dados do ficheiro SAF-T (PT) com
enfoque na harmonização e melhoria da qualidade da informação relativa à faturação.

A nova legislação prevê a uniformização dos seguintes conceitos:

_Motivo de isenção
_Introdução de novos requisitos de informação
_Código Único do Documento
_Novos tipo de documento na tabela de Documentos de Conferência

De ressalvar que a nova estrutura do ficheiro SAF-T (PT)

NOTA

apenas é obrigatória a partir de 1 de julho de 2017.

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Taxonomias | Como se aplicam?

- Veja alguns exemplos

Antes de se proceder à aplicação das Taxonomias, existe um trabalho prévio que consiste na adaptação
do Plano de Contas existente ao tipo de referencial contabilístico aplicável à entidade em causa.

Se, por exemplo, a entidade é uma pequena empresa e tem a sua contabilidade organizada de acordo
com o SNC base, sugere-se a adaptação do Plano de Contas existente de acordo com a proposta para a
Taxonomia S. Nos casos em que a entidade é uma microempresa e tem a sua contabilidade organizada
de acordo com o SNC Microentidades, sugere-se a adaptação do Plano de Contas existente de acordo
com a proposta para a Taxonomia M.

Veja alguns exemplos:

- Taxonomias S- Casos práticos

Meios financeiros líquidos

Taxonomias S Planos de Contas Descrição

1 11 Caixa

2 12 Depósitos à Ordem

3 13 Outros Depósitos Bancários

4 1411 Outros instrumentos financeiros –

Derivados – Potencialmente favoráveis
Outros instrumentos financeiros –
5 1412
Derivados – Potencialmente desfavoráveis

... ... ...

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Taxonomias | Como se aplicam?

- Taxonomias S- Casos práticos

Clientes

Taxonomias S Planos de Contas Descrição

10 2111 Clientes – Clientes C/C – Clientes Gerais

11 2112 Clientes – Clientes C/C – Clientes - Empresa Mãe

12 2113 Clientes – Clientes C/C – Clientes - Empresas

13 2114 Clientes – Clientes C/C – Clientes – Empresas

Associadas

... ... ...

Outras contas a receber e a pagar

Taxonomias S Planos de Contas Descrição

Outras Contas a receber e a pagar – Fornecedores de

124 2711
Investimentos – Contas Gerais (CORRENTE)
Outras Contas a receber e a pagar – Fornecedores de
125 2711
Investimentos – Contas Gerais (NÃO CORRENTE)

126 2712 Outras Contas a receber e a pagar – Fornecedores de

Investimentos – Faturas em receção e conferência
(CORRENTE)

Outras Contas a receber e a pagar – Fornecedores de

127 2712 Investimentos – Faturas em receção e conferência
( NÃO CORRENTE)

... ... ...

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Taxonomias | Como se aplicam?

- Taxonomias M- Casos práticos

Meios financeiros líquidos

Taxonomias M Planos de Contas Descrição

1 11 Caixa

2 12 Depósitos à Ordem

3 13 Outros Depósitos Bancários

4 14 Outros

... ... ...

Clientes

Taxonomias M Planos de Contas Descrição

5 211 Clientes – Clientes C/C

6 212 Clientes – Clientes - Títulos a Receber

7 213 Clientes – Outros Clientes

8 214 Clientes – Outros Clientes

... ... ...

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Taxonomias | Como se aplicam?

- Taxonomias M- Casos práticos

Outras contas a receber e a pagar

Taxonomias M Planos de Contas Descrição

Outras Contas a receber e a pagar – Fornecedores de

69 2711 Investimentos – Contas Gerais
(CORRENTE)

Outras Contas a receber e a pagar – Fornecedores de

70 2711
Investimentos – Contas Gerais
(NÃO CORRENTE)

Outras Contas a receber e a pagar – Fornecedores de

71 2712 Investimentos – Faturas em receção e conferência
(CORRENTE)

Outras Contas a receber e a pagar – Fornecedores de

72 2712 Investimentos – Faturas em receção e conferência
(NÃO CORRENTE)

... ... ...

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Taxonomias | Como implementar?

- Passos a seguir para adaptar a contabilidade às novas regras

A adaptação da informação contabilística às novas regras das Taxonomias é um processo para o qual as
empresas e os Escritórios de Contabilidade devem estar preparados com a devida antecedência, para
evitar que o impacto seja cada vez maior.

Deixamos abaixo os passos que consideramos essenciais para uma correta implementação das
Taxonomias, embora possam existir outros aqui não considerados.

1 Analisar

Depois de conhecer as Taxonomias, é necessário analisar o impacto da implementação das mesmas nos
sistemas de contabilidade. Para tal, é importante conhecer a solução que existe dentro de portas e saber
responder a algumas questões como:

_Qual o Plano de Contas que estamos a utilizar?

_Estamos a utilizar o mesmo Plano de Contas para todas as entidades independentemente da sua
categorização?
_Há quanto tempo não atualizamos o nosso Plano de Contas?
_A estrutura atual do Plano de Contas está conforme a proposta da Portaria
que regulamenta as Taxonomias?
_No meu Escritório de Contabilidade, os meus clientes estão organizados tendo por
base o referencial contabilístico?
_Existe alguém, interno ou externo, que procede à atualização do meu software de contabilidade?
Tem conhecimento de contabilidade? E de Taxonomias?

Após conhecer as respostas a estas questões, estará preparado para dar o passo seguinte e
NOTA

atualizar o seu sistema contabilístico de forma a suportar esta nova obrigação legal.
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Taxonomias | Como implementar?

- Passos a seguir para adaptar a contabilidade às novas regras

2 Definir

A adaptação e suporte às novas regras das Taxonomias requer trabalho adicional e conhecimento
técnico especializado. Posto isto, e tendo por base a análise efetuada no ponto anterior, a decisão de
atualizar o seu sistema contabilístico poderá passar por um plano de trabalho que incluirá algumas das
seguintes definições:

_Estabelecer quem irá proceder à implementação das Taxonomias e, se for o caso,

quem irá supervisionar o processo
_Definir e/ou confirmar as empresas que utilizam o SNC Base e o SNC Microentidades
_Escolher um template de Plano de Contas por referencial contabilístico: SNC Base e SNC
Microentidades

Percorridas estas etapas, poderá preparar-se para a implementação das Taxonomias.

3 Implementar

A implementação não está dependente dos passos anteriores, contudo a eficiência e rapidez do
processo podem não corresponder ao desejado caso os mesmos sejam negligenciados.
No que respeita à implementação propriamente dita, os passos a seguir são:

_Atualizar o Plano de Contas aplicável às Microentidades

_Atualizar o Plano de Contas aplicável às restantes empresas
_Identificar as Taxonomias aplicáveis, de acordo com o referencial contabilístico
_Validar balancetes antes e após atualização do Plano de Contas
_Verificar a conformidade das Taxonomias com o Plano de Contas selecionado
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Em resumo...
- O futuro da contabilidade passa por aqui

As Taxonomias vieram para ficar e estão em vigor desde 1 de janeiro de 2017. Num futuro próximo, a
informação contabilística e fiscal a prestar às Autoridades Fiscais dependerá da informação baseada
nessas novas regras. E a forma como as mesmas estão a ser implementadas fará toda a diferença e terá
impacto muito significativo nos exercícios contabilísticos futuros.

Em termos práticos, a forma como os diversos sistemas de contabilidade tratarão esta nova realidade
pode fazer toda a diferença, pelo que a automatização do processo de implementação das Taxonomias
poderá poupar muito trabalho e complicações, pois minimiza os erros de atualização dos dados.

De que forma a PRIMAVERA auxilia na implementação das Taxonomias?

Seguindo a sua filosofia de disponibilizar continuamente tecnologia inovadora de suporte à gestão

empresarial, a PRIMAVERA encontra-se há alguns meses a trabalhar no desenvolvimento de diversos
mecanismos simplificadores da adaptação às Taxonomias, permitindo aos seus clientes responder
atempadamente e de forma célere aos novos requisitos fiscais.
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Em resumo...
- Mecanismos disponibilizados pela PRIMAVERA

Template dos Planos de Contas

No final de 2016 a PRIMAVERA disponibilizou um novo template do Plano de Contas, incluído de base
aquando da criação de uma nova empresa, e já adaptado às novas regras da Portaria nº 302/2016.
O novo template foi desenvolvido com a preocupação de respeitar o Plano de Contas PRIMAVERA, sempre
que possível, e disponibilizado de acordo com a indicação do tipo de referencial contabilístico: SNC
Base ou SNC Microentidade. Desta forma, os utilizadores das soluções PRIMAVERA já se encontram em
condições de conhecer e utilizar os novos Planos de Contas desde o dia 1 de janeiro de 2017.

Utilitário ConvertConta 2017

Para os utilizadores que pretendam atualizar os Planos de Contas existentes, adaptando-os às novas regras
das Taxonomias, a PRIMAVERA disponibilizou, em meados de janeiro, o utilitário ConvertConta 2017. Este
conversor simplifica o cumprimento das novas diretivas, permitindo alterar descrições de contas, eliminar
contas e criar novas contas do Plano de Contas, tornando o processos mais rápido e eficiente.

Automatismos de suporte às Taxonomias

Brevemente a PRIMAVERA irá disponibilizar as funcionalidades que permitirão dar suporte às Taxonomias
de forma automatizada, através da definição de códigos de taxonomia por cada conta de contabilidade,
de acordo com o referencial contabilístico. Esta nova funcionalidade permitirá, igualmente, validar a
conformidade das Taxonomias das contas e garantir as correspondentes explorações de informação
relacionada.

Taxonomias na nova estrutura do ficheiro SAF-T (PT)

Até final de maio, a PRIMAVERA irá disponibilizar também uma atualização ao formato do ficheiro SAF-T
(PT), que passará a incluir informação relativa às Taxonomias.

Conheça aqui mais detalhadamente as soluções PRIMAVERA.

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Formação Online

Se pretender aprofundar o conhecimento sobre as Taxonomias, pode inscrever-se numa ação de

formação online ministrada pelo fiscalista da PRIMAVERA, especializado em tecnologia fiscal, Pedro
Montez.

Nesta ação de formação ficará com um conhecimento mais detalhado sobre os seguintes temas:
_Taxonomias, normas fiscais aplicáveis
_Impacto na contabilidade
_Adaptação e geração de informação contabilística de acordo com as taxonomias

Inscreva-se já!

Caso ainda tenha dúvidas, não hesite em contactar-nos.

Teremos todo o gosto em ajudar.
Autor

Pedro Montez
Fiscalista da PRIMAVERA, especialista em Tecnologia Fiscal

Contactos PRIMAVERA

Edifício PRIMAVERA
Lamaçães 4719-006 Braga

T :+351 253 309 900

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