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Por:
Daniel A. Flórez-Orrego
Escola Politécnica
2012
Analisaremos via Método de Thwaites o efeito de aceleração no coeficiente de atrito laminar.
Apresentaremos um gráfico deste coeficiente função de x para o escoamento abaixo: Caso
velocidade uniforme e caso e túnel de vento.
SOLUÇÃO:
Segundo os resultados experimentais e numéricos (ver figura 2), Thwaites encontrou que se pode
obter uma correlação da forma:
F ( λ ) = 0.45 − 6λ (5)
Thwaites e mostram-se na Tabela 1. A função S ( λ ) pode ser ajustada a formula (9) e mostra-se
na figura 3:
0.62
S ( λ ) = ( λ + 0.09 ) (9)
λ S (λ ) λ S (λ ) λ S (λ )
0.250 0.500 0.000 0.220 -0.072 0.085
0.200 0.463 -0.016 0.195 -0.076 0.072
0.140 0.404 -0.032 0.168 -0.08 0.056
0.120 0.382 -0.04 0.153 -0.084 0.038
0.100 0.359 -0.048 0.138 -0.086 0.027
0.080 0.333 -0.052 0.130 -0.088 0.015
0.064 0.313 -0.056 0.122 -0.090 0.000
0.048 0.291 -0.06 0.113 separação
0.032 0.268 -0.064 0.104
0.016 0.244 -0.068 0.095
0.7
0.6
0.5
0.4
S(λ)
0.3
0.2
0.1
0
-0.1 -0.05 0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25
λ
O valor de ν nas anteriores expressões se calcula segundo a figura 4, para ar atmosférico a 25°C.
Se a velocidade é uniforme, U ∞ ' = 0 , e assim segundo (3) λ = 0 . Além, para uma geometria de
nariz aguda tais como placas planas, a espessura da quantidade de movimento é zero no borde de
entrada. Por isso, o segundo termo da expressão (8) se faz igual a zero, ficando somente:
x
0.45ν
U ∞ 6 ∫xi
θ2 = U ∞ 5 dx* (11)
C f = 2.116016 × 10−3 ⋅ x
−1
2 (13)
A figura 5 mostra esta variação do coeficiente de atrito em função de x, para uma velocidade ao
infinito constante é igual a U ∞ = 1.5 m s .
0.01
0.009
0.008
0.007
0.006
Cf
0.005
0.004
0.003
0.002
0.001
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
x
Figura 5. Variação do coeficiente de atrito em função de x para uma velocidade ao infinito
constante.
b) Caso velocidade variável (com aceleração):
Para o caso no que a velocidade fora da camada limite varia ao longo do comprimento, é dizer,
com aceleração, tem-se o perfil de velocidades obtido num túnel de vento, dado por:
1.5 m s, 0 ≤ x ≤1
(
3
U ∞ ( x ) = U ∞ (1) ⋅ 1 + ( x − 1) , 1 ≤ x ≤ 2
) (14)
3.0 m s , 2≤ x
E assim,
0.45ν 0.45ν
θ2 = x → θ= x
U∞ U∞ (16)
−6 2
Com U ∞ = 1.5 m s e ν = 15.6112 ×10 m s
Pelo qual, de jeito similar ao caso anterior no qual a velocidade era uniforme, resolvendo para C f
da equação (4), obtém-se uma expressão para o coeficiente de atrito laminar em função de x:
−1
C f = 2.116016 × 10−3 ⋅ x 2
0 ≤ x ≤ 1, (17)
( 3
)
• No trecho 1 ≤ x ≤ 0, U ∞ ( x ) = 1.5 ⋅ 1 + ( x − 1) m s . Agora, o segundo termo da equação (8)
não é igual a zero, já que a integração corresponde ao segundo trecho, no inicio do qual nem a
espessura da quantidade de movimento nem a velocidade são iguais a zero. O segundo termo da
equação (8) é avaliado a partir da equação (16) junto com os outros fatores de velocidade, e
obtém-se a seguinte expressão:
5
6
0.45ν (1.5 ) x
3 5 0.45ν (1) (1.5 )
θ2 = ∫ (1 + ( x − 1) )
* *
6
dx + 6 (18)
(1.5 ⋅ (1 + ( x − 1) ))
3
1 1.5
( (
1.5 ⋅ 1 + ( x − 1)
3
))
Fazendo uso do software MATLAB se calcula a integral da equação anterior, o que permite
escrevê-la como:
5 x −1
4
10 x−1
7
5 x −1
13
16
0.45ν x −1
θ =2 x + + 10
+ ( x − 1) +
+
6 4 7 13 16 (19)
(
1.5 1 + ( x − 1)
3
)
Logo, segundo (3), λ pode-se calcular como:
0.45 ( x − 1)
2
5( x −1)
4
10 x −1)
7
5 x −1)
13
x −1) 16
+ (7 + ( 13 +(
θ 2U '∞ 10
λ= = 4.5 ⋅ 6
⋅ x + 4 + ( x − 1) 16
(20)
ν
(
1.5 1 + ( x − 1)
3
)
Para determinar C f da expressão (4) precisa-se a expressão (9) para determinar S ( λ ) , assim:
0.62
16
x −1)
2 4 7 13
0.45 ( x − 1) 5( x−1) 10( x−1) 10 5( x−1) (
S ( λ ) = 0.09 + 4.5 ⋅ 6
⋅ x + 4 + 7 + ( x − 1) + 13 + 16 (21)
(
1.5 1 + ( x − 1)
3
)
−6 2
E finalmente, para 1 ≤ x ≤ 0, ν = 15.6112 × 10 m s , escrevemos C f como:
0.62
5( x −1)
4
10( x −1)
7 10 13 16
x −1)
2ν 0.09 + 4.5 ⋅
0.45 ( x − 1)
2
⋅ x + 4 + 7 +
( x −1) 5( x −1)
+ 13 + 16 (
1.5 (1 + ( x − 1) )
3 6
Cf =
1
4 7 13 16 2
3
1.5 ⋅ (1 + ( x − 1) )
0.45ν 5( )
x −1 10 ( )
x −1
x + 4 + 7 + ( x − 1) + 13 + 16
10 5 ( ) ( )
x −1 x −1
3 6
1.5 (1 + ( x − 1) )
(22)
Procede-se a determinar o valor do coeficiente de atrito no ultimo trecho.
(
U ∞ , xi = 1.5 1 + ( x − 1)
3
) x=2
= 3.0 m s , U ∞ = 3.0 m s e obtém-se a seguinte expressão:
0.009
0.008
0.007
Cf 0.006
0.005
0.004
0.003
0.002
0.001
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
x
Figura 6. Variação do coeficiente de atrito em função de x para uma velocidade ao infinito variável
segundo a equação (14).
3.5
2.5
Uinf
1.5
0.5
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
x
Comparação dos resultados para o coeficiente de atrito no caso sem e com aceleração
0.01
0.009
0.008 Com
aceleração
0.007
0.006 Sem
aceleração
Cf
0.005
0.004
0.003
0.002
0.001
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
x
Figura 8. Comparação da variação do coeficiente de atrito em função de x para um caso com e sem
aceleração.
Da figura 8, no primeiro trecho o comportamento é idêntico para um escoamento sobre uma placa
plana com e sem aceleração. No ponto x = 1 o coeficiente de atrito laminar começa aumentar
devido á aceleração do fluido (a primeira derivada da velocidade é sempre positiva e monótona
crescente, até passar a ser nula abruptamente no ponto x = 2 ; ver figura 7) e, depois de atingir
um ponto de máxima, desce levemente até chegar a x = 2 . O valor do coeficiente de atrito no
trecho final segue um comportamento decrescente ao longo do comprimento, mas seu valor
quando x → 2+ não corresponde com o valor do coeficiente quando x → 2− .
Na figura 9 mostra-se a variação do parâmetro λ no trecho 1 ≤ x ≤ 2 . Nos outros dois trechos se
sabe que λ = 0 . Note-se que a gráfica deste parâmetro também é descontinua em x = 2 .
Por ultimo, embora os valores de λ são levemente superiores a 0.25 (o maior valor de λ para o
qual se reporta S ( λ ) na tabela 1) foi utilizada a função ajustada em (9) como uma extrapolação.
Como foi dito, a figura 10 mostra a variação do quadrado da espessura da quantidade de
movimento, θ , no trecho 0 ≤ x ≤ 3 .
0.35
0.3
0.25
0.2
λ
0.15
0.1
0.05
0
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
x
-6
x 10
6
3
θ2
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
x