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O modo pelo qual o deficiente era visto e tratado em sociedade sofreu algumas
transformações ao longo do tempo. Por exemplo, na Grécia antiga, especificamente em
Atenas e Esparta, as crianças que nasciam com algum tipo de deficiência, seja ela física,
mental ou sensorial, eram consideradas sub-humanas, sendo, por isso, comum a prática
de exterminá-las ou abandoná-las em praças públicas e nos campos. Na idade média,
com o advento do cristianismo na Europa, há uma mudança no trato dessas pessoas, em
virtude de dois conceitos: Pecado e alma. Nessa concepção teológica, as pessoas,
mesmo que sejam deficientes, possuem uma alma e que, por isso, seria considerado
pecado tirar-lhes a vida. Apesar dessa igualdade teológica e moral, essas pessoas
permaneceram desprovidas de direitos na sociedade, sendo comum a prática de
abandono de crianças em conventos e igrejas.
Ressalta-se que, apesar dos avanços nas politicas e nos direitos dessas pessoas,
elas ainda são colocadas, muitas vezes, numa posição infantilizada e dependente, bem
como são excluídas simbolicamente de muitos espaços da sociedade.