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Introdução
O primeiro disco rígido foi construído pela IBM em 1956, e foi lançado em
16 de Setembro de 1957.[1] Era formado por 50 discos magnéticos contendo 50
000 setores, sendo que cada um suportava 100 caracteres alfanuméricos,
totalizando uma capacidade de 5 megabytes, incrível para a época. Este primeiro
disco rígido foi chamado de 305 RAMAC (Random Access Method of Accounting
and Control) e tinha dimensões de 152,4 centímetros de comprimento, 172,72
centimetros de largura e 73,66 centímetros de altura.[1] Em 1973 a IBM lançou o
modelo 3340 Winchester, com dois pratos de 30 megabytes e tempo de acesso de
30 milissegundos. Assim criou-se o termo 30/30 Winchester (uma referência à
espingarda Winchester 30/30), termo muito usado antigamente para designar HDs
de qualquer espécie. Ainda no início da década de 1980, os discos rígidos eram
muito caros e modelos de 10 megabytes custavam quase 2 mildólares
americanos, enquanto em 2009 compramos modelos de 1.5 terabyte por pouco
mais de 100 dólares. Ainda no começo dos anos 80, a mesma IBM fez uso de
uma versão pack de discos de 80 megabytes, usado nos sistemas IBM Virtual
Machine. Os discos rigidos foram criados originalmente para serem usados em
computadores em geral. Mas no século 21 as aplicações para esse tipo de disco
foram expandidas e agora são usados em câmeras filmadoras, ou camcorders nos
Estados Unidos; tocadores de música como Ipod, mp3 player; PDAs; videogames,
e até em celulares. Para exemplos em videogames temos o Xbox360 e o
Playstation 3, lançados em 2005 e 2006 respectivamente, com esse diferencial,
embora a Microsoft já tivesse lançado seu primeiro Xbox (em 2001) com disco
rígido convencional embutido. Já para celular os primeiros a terem esse tecnologia
foram os da Nokia e da Samsung.[2] E também devemos lembrar que atualmente o
disco rigido não é só interno, existem também os externos, que possibilitam o
transporte de grandes quantidades de dados entre computadores sem a
necessidade de rede.
Componentes de um HD
A figura acima mostra um HD visto por baixo e por cima. Note que a parte
inferior contém uma placa com chips. Trata-se da placa lógica, um item muito
importante para o funcionamento do HD.
Pratos e motor: esse é o componente que mais chama a atenção. Os pratos são
os discos onde os dados são armazenados. Eles são feitos de alumínio (ou de um
tipo de cristal) recoberto por um material magnético e por uma camada de material
protetor. Quanto mais trabalhado for o material magnético (ou seja, quanto mais
denso), maior é a capacidade de armazenamento do disco. Note que os HDs com
grande capacidade contam com mais de um prato, um sobre o outro. Eles ficam
posicionados sob um motor responsável por fazê-los girar. Para o mercado de
PCs, é comum encontrar HDs que giram a 7.200 rpm (rotações por minuto), mas
também há modelos que alcançam a taxa de 10 mil rotações, tudo depende da
evolução da tecnologia. Até pouco tempo atrás, o padrão do mercado era
composto por discos rígidos que giram a 5.400 rpm. Claro que, quanto mais
rápido, melhor;
Note que o trabalho entre esses componentes precisa ser bem feito. O simples
fato da cabeça de leitura e gravação encostar na superfície de um prato é
suficiente para causar danos a ambos. Isso pode facilmente ocorrer em caso de
quedas, por exemplo.
As trilhas são círculos que começam no centro do disco e vão até a sua
borda, como se estivesse um dentro do outro. Essas trilhas são numeradas da
borda para o centro, isto é, a trilha que fica mais próxima da extremidade do disco
é denominada trilha 0, a trilha que vem em seguida é chamada trilha 1, e assim
por diante, até chegar à trilha mais próxima do centro. Cada trilha é dividida em
trechos regulares chamados de setor. Cada setor possui uma determinada
capacidade de armazenamento (geralmente, 512 bytes).
E onde entra os cilindros? Eis uma questão interessante: você já sabe que
um HD pode conter vários pratos, sendo que há uma cabeça de leitura e gravação
para cada lado dos discos. Imagine que é necessário ler a trilha 42 do lado
superior do disco 1. O braço movimentará a cabeça até essa trilha, mas fará com
que as demais se posicionem de forma igual. Isso ocorre porque o braço se
movimenta de uma só vez, isto é, ele não é capaz de mover uma cabeça para
uma trilha e uma segunda cabeça para outra trilha.
Sistemas de arquivo
Interfaces
Como já dito, cada interface IDE de uma placa-mãe pode trabalhar com até
dois dispositivos simultaneamente, totalizando quatro. Isso é possível graças a
EIDE (Enhanced IDE), uma tecnologia que surgiu para aumentar a velocidade de
transmissão de dados dos discos rígidos e, claro, permitir a conexão de dois
dispositivos em cada IDE.
Setor de Boot
O que é RAID
Para que o RAID seja formado, é preciso utilizar pelo menos 2 HDs. O
sistema operacional, neste caso, enxergará os discos como uma unidade lógica
única. Quando há gravação de dados, os mesmos se repartem entre os discos do
RAID (dependendo do nível). Com isso, além de garantir a disponibilidade dos
dados em caso de falha de um disco, é possível também equilibrar o acesso às
informações, de forma que não haja "gargalos".
Os níveis de RAID
RAID nível 3 - neste nível, os dados são divididos entre os discos da matriz,
exceto um, que armazena informações de paridade. Assim, todos os bytes dos
dados tem sua paridade (acréscimo de 1 bit, que permite identificar erros)
armazenada em um disco específico. Através da verificação desta informação, é
possível assegurar a integridade dos dados, em casos de recuperação. Por isso e
por permitir o uso de dados divididos entre vários discos, o RAID 3 consegue
oferecer altas taxas de transferência e confiabilidade das informações. Para usar o
RAID 3, pelo menos 3 discos são necessários.
RAID nível 4 - este tipo de RAID, basicamente, divide os dados entre os discos,
sendo que um é exclusivo para paridade. A diferença entre o nível 4 e o nível 3, é
que em caso de falha de um dos discos, os dados podem ser reconstruídos em
tempo real através da utilização da paridade calculada a partir dos outros discos,
sendo que cada um pode ser acessado de forma independente. O RAID 4 é
indicado para o armazenamento de arquivos grandes, onde é necessário
assegurar a integridade das informações. Isso porque, neste nível, cada operação
de gravação requer um novo cálculo de paridade, dando maior confiabilidade ao
armazenamento (apesar de isso tornae as gravações de dados mais lentas).
Tipos de RAID
Finalizando