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AULA 0 - Introdução
AULA 1 – Distribuição de Frequências
AULA 2 – Distribuição de Frequências
AULA 3 – Exercícios
AULA 4 – Medidas de Posição
AULA 5 – Propriedades da Média
AULA 6 – Exercícios
AULA 7 – Medidas de Dispersão
AULA 8 – Medidas de Dispersão
AULA 9 – Medidas de Dispersão
AULA 10 – Correção Linear
AULA 11 – Números Índice
AULA 12 – Momentos Estatísticos, Assimetria e Curtose
AULA 13 – Exercícios
CURSO REGULAR DE ESTATÍSTICA BÁSICA
Olá, amigos!
É com imensa satisfação que lhes apresentamos hoje o Curso Regular de
Estatística Básica!
Sabemos que esta disciplina tem tirado o sono de muita gente...! E que muitos
alunos até preferem deixá-la de lado, e dedicar-se somente à Matemática Financeira,
na esperança de conseguir livrar o ponto de corte apenas com os acertos desta última
matéria. Um negócio arriscadíssimo!
E tanto mais se considerarmos que a Estatística Básica nem é assim um bicho-
de-sete-cabeças. E isso nós pretendemos – e vamos – provar a vocês, ao longo das
aulas deste Curso. O objetivo aqui é muito claro: tornar o aluno apto a reconhecer
prontamente o assunto da questão, e a resolvê-la sem maiores dificuldades!
Não interessa se você já é quase um expert no assunto ou se nunca teve
contato com esta disciplina. O Curso não exige qualquer pré-requisito! A não ser a
vontade de aprender, enfrentar o medo e descobrir que a Estatística está longe, muito
longe, de ser a matéria mais difícil de um concurso fiscal.
Só precisa ser bem aprendida! E é para isso que estamos aqui!
Sabemos, melhor que ninguém, que não se aprende Estatística por outro
método, senão resolvendo muitas e muitas questões. E é por meio de mais de cem
resoluções (114 para ser mais preciso) que transmitiremos a vocês, com explicações
minuciosas e completas, todos os conceitos necessários a um conhecimento e
assimilação definitivos!
Entendam bem: não se trata de um curso de exercícios. As resoluções serão
integrantes essenciais das aulas, e nos ajudarão a complementar e fixar o
conhecimento teórico que será ensinado detalhadamente. Ok?
Consideramos este como um Curso Básico. Convém ressaltar que, uma vez
concluído esse estudo, deverá o aluno estar ciente de que precisará dar seguimento
ao aprendizado, por meio da resolução exaustiva e contínua de mais e mais provas
passadas. É esse treino com questões anteriores que não vai deixar que você esqueça
o que será estudado nestas nossas aulas!
A Estatística Básica, tal como é cobrada nas provas de concursos, é cheia de
atalhos. Conhecê-los é imprescindível a quem pretende resolver uma prova em tempo
hábil. Daí a importância deste Curso Básico. Ao final, se alguém pretender continuar
estudando em nossa companhia, é provável que nós elaboremos um Curso de
Exercícios Avançados. Mas esta será outra etapa.
Nossa previsão inicial é de doze aulas. Uma a cada semana. Julgando
necessário, esse número poderá mudar para um maior. (Nunca para um menor). O
exercício final que resolveremos é a prova do AFRF 2005, que acabou deixando muita
gente traumatizada.
Vamos matar esse trauma!
Na seqüência, daremos início à apresentação dos Conceitos Iniciais da
Estatística.
AULA ZERO
A prova não vai lhe perguntar o que é a Estatística, mas convém que saibamos
que ela é um ramo da matemática, e que trabalha com elementos de pesquisa ou com
modelos probabilísticos.
Como nosso alvo é a Estatística Básica, os tais modelos probabilísticos não
serão objeto deste estudo. Daí, basta ficarmos com a idéia de que trabalharemos com
elementos de pesquisa.
Como é isso? Por exemplo: suponhamos que há uma sala com duzentas
pessoas, e eu pretendo realizar uma pesquisa, para saber qual a idade de cada uma
delas. Ora, como não tenho bola de cristal, o jeito será perguntar, de uma por uma:
Quantos anos você tem? Já pensaram, que pergunta deselegante...
Mas é o jeito! Para eu trabalhar com elementos de pesquisa, o primeiro e
inevitável passo será a coleta dos dados.
Pois bem, eu acabei de questionar aquelas duzentas pessoas e já estou de
posse das respostas que cada uma delas me passou. Ok? Vejamos algumas dessas
respostas:
{28 anos, 35 anos, 17 anos, 14 anos, 22 anos, 31 anos, 45 anos, ...}
Facilmente se vê que esses dados estão desordenados, uma vez que acabaram
de ser recebidos (coletados) e ainda não foram submetidos a nenhuma espécie de
organização. São os chamados dados brutos!
É fácil supor que, se pretendo fazer uma análise, um estudo mais aprofundado
desses elementos, será imprescindível que os organizemos. Claro! Será mais fácil
trabalhar com os dados organizados que com dados brutos.
Organizar os dados é, portanto, a segunda etapa do processo estatístico!
A forma mais básica de organização dos dados é o conhecido rol, o qual
consiste, tão somente, em um arranjo dos dados brutos em ordem crescente ou
decrescente. Normalmente, em prova, o rol vem com dados em ordem crescente!
Tomando aqueles dados brutos e os transformando em rol, teremos:
{14 anos, 17 anos, 22 anos, 28 anos, 31 anos, 35 anos, 45 anos, ...}
O rol não é a única maneira de organização dos dados. É apenas uma delas, a
mais simples!
Uma vez que estivermos com os elementos da pesquisa, coletados e
organizados, será conveniente descrevê-los. Descrever os dados é o mesmo que
apresentá-los. E isso poderá ser feito também de várias formas. Poderemos
apresentar os dados por meio de uma tabela, por meio de um gráfico, ou outra
qualquer.
O fato é que, ao concluirmos essas três fases iniciais do processo estatístico –
coleta, organização e descrição dos dados – somente então estaremos aptos a passar
às duas etapas finais, que consistem em proceder à análise dos elementos para,
enfim, chegarmos a uma conclusão ou tomada de decisão.
Obviamente que a Estatística não se prestará a um objetivo tão pobre como o
de meramente coletar dados de pesquisa para dispô-los numa tabela. Claro que não!
O alcance da Estatística é maior: aqueles elementos servirão a uma análise, porque,
ao final, queremos chegar a uma conclusão! Existe uma decisão a ser tomada, e o
será com base na conclusão a qual a análise dos dados nos conduzir!
A Estatística está na vida das pessoas, muito mais do que elas imaginam!
Não há um só medicamento vendido nas farmácias que não tenha sido
submetido a rigorosos controles estatísticos! Antes de virar “remédio”, aquela droga
foi testada um zilhão de vezes. Primeiro em bichos e depois em gente. E foram
anotados os efeitos colaterais causados pela droga, em cada uma das vezes que elas
foram tomadas pelos pacientes. Esses dados foram analisados, para gerar uma
conclusão. Aquela substância só se transforma em medicamento e chega às
prateleiras se a conclusão for satisfatória e os riscos estiverem dentro de um padrão
aceitável.
Esse é apenas um minúsculo exemplo. São milhares deles!
Os autores costumam classificar a Estatística em Descritiva e Inferencial. Nossa
memorização passará pelo alfabeto: neste, o D vem antes do I. Assim, a Estatística
Descritiva (a do D) englobará as etapas iniciais do processo estatístico, quais sejam,
a coleta, a organização e a descrição dos dados. Já a Estatística Inferencial (a do
I), se encarregará da análise dos dados e tomada de decisão, que são as etapas finais
do processo.
Ficou fácil: a Estatística do D vem antes da Estatística do I.
Pode-se resumir as três etapas da Estatística Descritiva em uma única palavra:
síntese! Daí, coletar os dados, organizá-los e descrevê-los é o mesmo que fazer a
síntese dos dados. Ok?
Voltemos àquele exemplo inicial, das duzentas pessoas na sala. Minha pesquisa
é sobre a idade de cada uma delas. Ora, se eu tiver tempo e paciência para extrair a
informação de todas as pessoas da sala, estarei trabalhando com a população
inteira. População, na Estatística, é, pois, o conjunto universo do qual extraímos a
informação! No exemplo da sala, aquelas duzentas pessoas serão a população!
E se trabalho com a população inteira, estarei fazendo um estudo estatístico
chamado censo! Ou seja, o censo é uma forma de fazer uma pesquisa estatística, em
que todos os elementos da população são consultados!
Mas se eu considerar que duzentas pessoas é muita gente, e que eu perderia
muito tempo e dinheiro para coletar os dados de todos eles, haveria uma outra forma
possível para trabalharmos? Sim! Ao invés de usarmos toda a população para coletar
as respostas, escolheremos apenas uma parte menor dela, um subgrupo, que terá o
poder de representá-la por inteiro.
Suponhamos, então, que eu decidi fazer a pergunta a apenas cinqüenta
pessoas. Esse grupo menor será chamado de amostra, e estaremos realizando um
estudo estatístico por amostragem.
Atentemos para o fato de que amostra não é meramente um pedaço menor da
população! Não é só isso! A característica fundamental da amostra é a da
representatividade! Claro! Não adiantaria eu escolher uma única pessoa e perguntar a
sua idade. Essa única resposta, certamente, não teria o poder de representar a
população toda. Não poderíamos estender à população uma conclusão oriunda de um
subgrupo não-significativo. Concordam?
Daí, uma pergunta: Mas, professor, qual seria o número mínimo de elementos
de uma população que poderia ser adotado, para que possamos considerá-lo uma
amostra? Boa pergunta! Existem cálculos para isso! Há fórmulas prontas, por meio
das quais se define o número de elementos da amostra, com base no número de
elementos da população e do erro que se pretende admitir ao trabalharmos com a
amostra.
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 ...
10 20 30 40 50 60 70 80 90 ...
Classes fi
(número de livros (pessoas)
lidos por ano)
0 !--- 5
5 !--- 10
10 !--- 15
15 !--- 20
Total
Para complementar a tabela, agora eu pedirei: “Por gentileza, pessoas que lêem
entre zero e quatro livros por ano, levantem a mão!” Percebam que nesse momento
se fará um silêncio constrangedor... e todos meio com vergonha de erguer a mão e
revelar que não são leitores assim tão assíduos como gostariam de ser... Mas aí eu
insisto: “Vamos lá, minha gente! É só para eu preencher a tabela...” Resultado: 108
corajosas (e preguiçosas) pessoas ergueram a mão. Repetindo a pergunta para
leitores de cinco a nove livros por ano, 72 pessoas se pronunciaram. Nova pergunta,
agora para o intervalo de 10 a 14 livros, e apenas 18 pessoas ergueram o braço.
Classes fi
(número de livros (pessoas)
lidos por ano)
0 !--- 5 108
5 !--- 10 72
10 !--- 15 18
15 !--- 20 2
Total 200
DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIAS
Classes P (%)
70-90 5
90-110 15
110-130 40
130-150 70
150-170 85
170-190 95
190-210 100
Assinale a opção que corresponde à estimativa da freqüência relativa de
observações de X menores ou iguais a 145.
a) 62,5% d) 45,0%
b) 70,0% e) 53,4%
c) 50,0%
Classes Freqüência
(f)
29,5-39,5 4
39,5-49,5 8
49,5-59,5 14
59,5-69,5 20
69,5-79,5 26
79,5-89,5 18
89,5-99,5 10
Classes Freqüências
Acumuladas (%)
2.000 – 4.000 5
4.000 – 6.000 16
6.000 – 8.000 42
8.000 – 10.000 77
10.000 – 12.000 89
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12.000 – 14.000 100
Classes F
29,5 - 39,5 2
39,5 - 49,5 6
49,5 - 59,5 13
59,5 - 69,5 23
69,5 - 79,5 36
79,5 - 89,5 45
89,5 - 99,5 50
Classes R$ Freqüências
350 – 380 3
380 – 410 8
410 – 440 10
440 – 470 13
470 – 500 33
500 – 530 40
530 – 560 35
560 – 590 30
590 – 620 16
620 – 650 12
MEDIDAS DE POSIÇÃO
∑i =1 ( xi − a) = 0
n
equação é sempre verdadeira.
a) A média dos valores x.
b) A mediana dos valores x.
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c) A moda dos valores x.
d) O desvio padrão dos valores x.
e) O coeficiente de assimetria dos valores x.
12. (TCDF-95) Em uma empresa, o salário médio dos empregados é de R$500,00. Os
salários médios pagos aos empregados dos sexos masculino e feminino são de
R$520,00 e R$420,00, respectivamente. Então, nessa empresa:
a) o número de homens é o dobro do número de mulheres.
b) O número de homens é o triplo do número de mulheres.
c) O número de homens é o quádruplo do número de mulheres.
d) O número de mulheres é o triplo do número de homens.
e) O número de mulheres é o quádruplo do número de homens.
a) 7 b) 23 c) 10 d) 8 e) 9
17. (ANAL. FIN. E CONT. GDF-94) Os valores (em 1000 URVs) de 15 imóveis
situados em uma determinada quadra são apresentados a seguir, em ordem
crescente: 30, 32, 35, 38, 50, 58, 64, 78, 80, 80, 90, 112, 180, 240 e 333.
Então, a mediana dos valores destes imóveis é:
a) 78 c) 80
b) 79 d) 100
(AFC-94 ESAF) Para a solução das duas questões seguintes, utilize a série
estatística abaixo:
2 5 7 13
3 6 9 13
3 6 11 13
4 6 11 13
4 7 12 15
fi
12
10
8
4
2
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2 4 6 8 10 12 14 16 idades
Quantidade de Quantidade de
salários mínimos funcionários
2 |— 4 25
4 |— 6 35
6 |— 8 20
8 |— 10 15
10|— 12 5
Total 100
É correto afirmar que:
a) 20% dos funcionários recebem acima de 6 salários mínimos
b) a mediana é 7 salários mínimos
c) 60% dos funcionários recebem menos que 6 salários mínimos
d) o salário médio é de 7 salários mínimos
e) 80% dos funcionários recebem de 6 a 8 salários mínimos
Xi fi
2 |— 4 9
4 |— 6 12
6 |— 8 6
8 |— 10 2
10|— 12 1
(AFTN-96) Para efeito das cinco próximas questões, considere os seguintes dados:
30. Marque a opção que representa a média das idades dos funcionários em
1º/1/90.
a) 37,4 anos b) 37,8 anos c) 38,2 anos d) 38,6 anos e)39,0
anos
31. Marque a opção que representa a mediana das idades dos funcionários em
1º/1/90.
a) 35,49 anos b)35,73 anos c) 35,91 anos d)37,26 anos e)38,01
anos
32. Marque a opção que representa a moda das idades dos funcionários em
1º/1/90.
Para efeito das duas questões seguintes, sabe-se que o quadro de pessoal da
empresa continua o mesmo em 1º/1/96.
33. Marque a opção que representa a média das idades dos funcionários em
1º/1/96.
a) 37,4 anos d) 43,8 anos
b) 39,0 anos e) 44,6 anos
c) 43,4 anos
34. Marque a opção que representa a mediana das idades dos funcionários em
1º/1/96.
a) 35,49 anos c) 41,49 anos e) 43,26 anos
b) 36,44 anos d) 41,91 anos
(AFRF-2000) Para efeito das duas próximas questões faça uso da tabela de
freqüências abaixo.
35. Quer-se estimar o salário médio anual para os empregados da Cia. Alfa.
Assinale a opção que representa a aproximação desta estatística calculada com
base na distribuição de freqüências.
a) 9,93 d) 10,00
b) 15,00 e) 12,50
c) 13,50
36. Quer-se estimar o salário mediano anual da Cia. Alfa. Assinale a opção que
corresponde ao valor aproximado desta estatística, com base na distribuição
de freqüências.
a) 12,50 d) 12,00
b) 9,60 e) 12,10
c) 9,00
(AFRF-2002) Para a solução das duas próximas questões utilize o enunciado que
segue.
Em um ensaio para o estudo da distribuição de um atributo financeiro (X) foram
examinados 200 itens de natureza contábil do balanço de uma empresa. Esse
exercício produziu a tabela de freqüências abaixo. A coluna Classes representa
intervalos de valores de X em reais e a coluna P representa a freqüência
relativa acumulada. Não existem observações coincidentes com os extremos das
classes.
Classes P (%)
70-90 5
90-110 15
110-130 40
130-150 70
150-170 85
170-190 95
190-210 100
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(AFRF-2002.2) Para a solução das duas próximas questões utilize o enunciado que
segue. O atributo do tipo contínuo X, observado como um inteiro, numa amostra de
tamanho 100 obtida de uma população de 1000 indivíduos, produziu a tabela de
freqüências seguinte:
Classes Freqüência (f)
29,5-39,5 4
39,5-49,5 8
49,5-59,5 14
59,5-69,5 20
69,5-79,5 26
79,5-89,5 18
89,5-99,5 10
Classes F
29,5 - 39,5 2
39,5 - 49,5 6
49,5 - 59,5 13
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59,5 - 69,5 23
69,5 - 79,5 36
79,5 - 89,5 45
89,5 - 99,5 50
42. Assinale a opção que corresponde ao salário anual médio estimado para o
departamento de fiscalização da Cia. X.
a) 70,0 d) 74,4
b) 69,5 e) 60,0
c) 68,0
43. Assinale a opção que corresponde ao salário modal anual estimado para o
departamento de fiscalização da Cia. X, no conceito de Czuber.
a) 94,5 d) 69,7
b) 74,5 e) 73,8
c) 71,0
Classe de mi fi
Preços
[ 5 – 9) 7 3
[ 9 – 13) 11 5
[13 – 17) 15 7
[17 – 21) 19 6
[21 – 25) 23 3
[25 – 29) 27 1
Classes Fi
4|—6 12
6|—8 36
8|—10 18
10|—12 4
a) 7,14 7,28 d) 5,84 7,5
b) 6,54 5,78 e) 6,24 6,78
c) 7,24 6,38
Classes P
4 – 8 20
8 – 12 60
12 – 16 80
16 – 20 98
20 – 24 100
50. (Técnico de Planejamento e Pesquisa IPEA 2004 ESAF) Para uma amostra
aleatória de determinado atributo encontrou-se a seguinte distribuição de
freqüências. Não existem observações coincidentes com os extremos das
classes.
Classes Freqüências
2000 – 4000 18
4000 – 6000 45
6000 – 8000 102
8000 – 10000 143
10000 – 12000 32
12000 – 14000 60
Assinale a opção que corresponde à melhor aproximação do nonagésimo quinto
percentil.
a) 13.000 d) 12.667
b) 12.585 e) 13.900
c) 13.333
52. (ANEEL 2004 ESAF) Assinale a opção que dá a moda no conceito de Czuber.
a) 5 b) 4 c) 8 d) 10 e) 15
53. (ANEEL 2004 ESAF) Assinale a opção que dá o valor aproximado da mediana
amostral das observações de . X
a) 20,0 b) 5,0 c) 12,0 d) 15,8 e) 15,6
MEDIDAS DE DISPERSÃO
58. (AFC-94) Uma empresa que possui 5 máquinas copiadoras registrou em cada
uma delas no último mês (em 1000 unidades): 20, 23, 25, 27 e 30 cópias,
respectivamente. O valor da variância desta população é:
a) 5 b) 11,6 c) 14,5 d) 25
62. (AFC-94) A média e a variância do conjunto dos salários pagos por uma
empresa eram de $285.000 e 1,1627x1010, respectivamente. O valor da variância
do conjunto dos salários após o corte de três zeros na moeda é:
a) 1,1627x107 c) 1,1627x105
b) 1,1627x106 d) 1,1627x104
65. (TCU-93) O quadro abaixo apresenta a renda mensal per capita das
localidades A e B:
Localidade Média Desvio Padrão
A 50 10
B 75 15
a) 0,5 (347/3)0.5
b) 6
c) 0,9 (345/3)0.5
d) 28,91
e) 8
∑
7
i =1
f i Z i2 = 1680 , onde fi é a freqüência simples da classe i e Zi o ponto médio de
classe transformado. Assinale a opção que dá a variância amostral do atributo X.
Classes Freqüência
(f)
29,5-39,5 4
39,5-49,5 8
49,5-59,5 14
59,5-69,5 20
69,5-79,5 26
79,5-89,5 18
89,5-99,5 10
78. (AFRF-2003) As realizações anuais Xi dos salários anuais de uma firma com
N empregados produziram as estatísticas
N
1
X=
N
∑X
i =1
i = R$14.300,00
0,5
⎡1
(X i − X ) ⎤⎥
N
∑
2
S=⎢ = R$1.200,00
⎣N i =1 ⎦
Seja P a proporção de empregados com salários fora do intervalo [R$ 12.500,00;
R$ 16.100,00]. Assinale a opção correta.
a) P é no máximo 1/2 d) P é no máximo 1/2,25
b) P é no máximo 1/1,5 e) P é no máximo 1/20
c) P é no mínimo 1/2
79. (AFPS 2002/ESAF) Sejam X1, X2, X3, ... , Xn observações de um atributo X.
Sejam
1 n
x = ∑ xi
n i =1
1 n
s2 = ∑ (xi − x )2
n i =1
Assinale a opção correta.
a) Pelo menos 95% das observações de X diferem de x em valor absoluto por menos que 2S.
b) Pelo menos 99% das observações de X diferem de x em valor absoluto por menos que 2S.
c) Pelo menos 75% das observações de X diferem de x em valor absoluto por menos que 2S.
d) Pelo menos 80% das observações de X diferem de x em valor absoluto por menos que 2S.
e) Pelo menos 90% das observações de X diferem de x em valor absoluto por menos que 2S.
a) 3.250,00 d) 6.000,00
b) 5.000,00 e) 2.000,00
c) 4.000,00
4, 5, 5, 6, 6, 6, 6, 7, 7, 7, 7, 7, 7, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 9, 9, 9,
9, 9, 9, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 11, 11, 12, 12, 13, 13,14, 15, 15,
15, 16, 16, 18, 23
87. (AFTN-98) Pede-se a um conjunto de pessoas que executem uma tarefa manual
específica que exige alguma habilidade. Mede-se o tempo T que cada uma leva
para executar a tarefa. Assinale a opção que, em geral, mais se aproxima da
distribuição amostral de tais observações.
a) Espera-se que a distribuição amostral de T seja em forma de U, simétrica
e com duas modas nos extremos.
b) Espera-se que a distribuição amostral seja em forma de sino.
c) Na maioria das vezes a distribuição de T será retangular.
d) Espera-se que a distribuição amostral seja assimétrica à esquerda.
e) Quase sempre a distribuição será simétrica e triangular.
Classes Freqüências
4-9 5
9-14 9
14-19 10
19-24 15
24-29 12
29-34 6
34-39 4
39-44 3
44-49 2
Classes Freqüência
(f)
29,5-39,5 4
39,5-49,5 8
49,5-59,5 14
59,5-69,5 20
69,5-79,5 26
79,5-89,5 18
89,5-99,5 10
Classes P (%)
70-90 5
90-110 15
110-130 40
130-150 70
150-170 85
170-190 95
190-210 100
∑i =1 ( xi − x ) 2 f i = 24.500 e que
7
∑i =1 ( xi − x ) 4 f i = 14.682.500 .
7
CORRELAÇÃO LINEAR
a) -1,0 e -0,8
b) +1,0 e +0,8
c) -0,5 e -0,8
d) -0,5 e +0,8
e) -0,2 e -0,4
ΣX = ΣY = 15
ΣX2 = ΣY2 = 55
ΣXY = 39
a) +1,000
b) +0,709
c) +0,390
d) -0,975
e) -0,600
Questão do AFTN/94:
Considere a estrutura de preços e de quantidades relativa a um conjunto de
quatro bens, transcrita a seguir, para responder as três próximas questões.
Produto I Produto II
Ano
P11 Q11 P21 Q21
1 40 6 40 2
2 60 2 20 6
109. Uma empresa verificou que, a idade média dos consumidores de seu
principal produto é de 25 anos, considerada baixa por seus dirigentes.
Com o objetivo de ampliar sua participação no mercado, a empresa
realizou uma campanha de divulgação voltada para consumidores com
idades mais avançadas. Um levantamento realizado para medir o impacto
da campanha indicou que as idades dos consumidores apresentaram a
seguinte distribuição:
Idade (X) Freqüência Porcentagem
18 !--- 25 20 40
25 !--- 30 15 30
30 !--- 35 10 20
35 !--- 40 5 10
Total 50 100
Produto I Produto II
Ano
P11 Q11 P21 Q21
1 40 6 40 2
2 60 2 20 6
Identificação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
do casal
Salário do 30 25 18 15 20 20 21 20 25 27
marido (Y)
Salário da 20 25 12 10 10 20 18 15 18 23
esposa (X)
Sabe-se que:
∑ ∑ ∑
10 10 10
i −1
Yi = 221 i −1
Yi 2 = 5069 i −1
XiYi = 3940
∑ ∑
10 10
i −1
Xi = 171 i −1
Xi 2 = 3171
Assinale a opção cujo valor corresponda à correlação entre os salários dos
homens e os salários das mulheres.
a) 0,72 b) 0,75 c) 0,68 d) 0,81 e)0,78
Produto A 39 33 25 30 41 36 37
Produto B 50 52 47 49 54 40 43
AULA 01
Olá, amigos!
Espero que estejam todos bem! E bem dispostos, a propósito!
Isso porque considero esta nossa primeira aula como a mais importante delas.
Conforme dito no final do encontro anterior, exploraremos hoje tudo o que pode ser
dito acerca de uma Distribuição de Freqüências!
Sem mais delongas, demos início ao nosso estudo.
A Distribuição de Freqüências é nada mais que uma tabela, por meio da qual
conheceremos o resultado de uma pesquisa realizada.
O exemplo mostrado na aula de apresentação contemplava um grupo de
duzentas pessoas que seriam questionadas sobre o número de livros que cada uma
delas lêem por ano. (Lembrados?) Assim, o resultado desta enquete foi transcrito
para uma tabela, e apresentado da forma seguinte:
Classes fi
(número de livros (pessoas)
lidos por ano)
0 !--- 5 108
5 !--- 10 72
10 !--- 15 18
15 !--- 20 2
Total 200
Linf Lsup
A presença do tracinho vertical no lado do limite inferior significa que ele estará
incluído no intervalo de classe. Falamos em intervalo fechado à esquerda.
A ausência do tracinho vertical no lado do limite superior quer dizer que este
limite estará excluído do intervalo! Falaremos em intervalo aberto à direita.
Daí, se analisarmos a segunda classe, teremos:
5 10
Esta classe possui como limites os valores 5 e 10. Porém, uma pessoa que lê
exatamente 10 (dez) livros não entrará na contagem desta segunda classe, uma vez
que 10 é limite superior desta classe, e aqui temos que o intervalo é aberto à direita.
Ou seja, o limite superior está excluído desta contagem, embora faça parte da classe
como um de seus limites!
Você conclui: classe é uma coisa; intervalo de classe é outra. Quem define o
intervalo é a simbologia que separa os limites das classes.
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CURSO REGULAR DE ESTATÍSTICA BÁSICA
Este símbolo que vimos acima (ı----) é aquele com o qual trabalharemos
sempre! É, por assim dizer, a simbologia clássica!
Trabalharemos sempre com essa consideração: intervalo fechado à direita e
aberto à esquerda.
E por que será sempre assim? Porque nossa elaboradora, a Esaf, considera que
em uma Distribuição de Freqüências, trabalha-se sempre com variáveis contínuas!
Todos lembrados do que é uma variável contínua? É aquela que pode assumir
qualquer resultado. Em outras: entre um resultado possível e outro, não pode haver
qualquer descontinuidade.
E se não pode haver descontinuidade entre resultados possíveis da variável,
faz-se necessário que onde termine uma classe, comece a próxima.
Alguém dirá: mas professor, número de livros lidos por ano é uma variável
discreta! Sim. Eu sei que é. Eu só usei essa variável para ilustrar o que é uma
Distribuição de Freqüências. Não fui muito rigoroso com o exemplo. Ok?
Mas na prova, para efeito de uma questão teórica, fica valendo o seguinte: na
Distribuição de Freqüências, trabalhamos com variáveis contínuas!
Outras simbologias há na definição de outros tipos de intervalos de classe.
Como não são de nosso interesse, não trataremos a seu respeito.
O próximo elemento que estudaremos é a amplitude da classe. Um conceito
muito simples. Amplitude será, para nós, sinônimo de tamanho. Amplitude da
classe será, portanto, o tamanho da classe. Representaremos esse conceito com a
letra h (minúscula).
Observando a nossa tabela, percebemos facilmente que todas as classe
apresentam a mesma amplitude (o mesmo tamanho). Senão, vejamos:
Classes
0 !--- 5 Æ h=5
5 !--- 10 Æ h=5
10 !--- 15 Æ h=5
15 !--- 20 Æ h=5
Mas se tivéssemos uma classe com os seguintes limites: 19,5 !--- 24,5. Pode
ser que não seja assim tão imediata a determinação desse PM.
Assim, calcularemos o PM da classe somando seus limites, e dividindo esse
resultado por dois. Ou seja: PM=(Linf+Lsup)/2.
Assim, para a classe 19,5 !--- 24,5 , teríamos: PM=(19,5+24,5)/2=22.
Só isso! Agora voltemos a nossa Distribuição de Freqüências, e construamos a
coluna dos Pontos Médios. Teremos:
Classes PM
0 !--- 5 2,5
5 !--- 10 7,5
10 !--- 15 12,5
15 !--- 20 17,5
Alguém conseguiu observar uma relação qualquer entre os Pontos Médios? Sim?
Vemos que a diferença entre dois pontos médios consecutivos foi sempre igual a uma
constante. Perceberam? Ou dito de outra forma: o próximo Ponto Médio é sempre
igual ao anterior somado a uma constante.
Neste caso, essa constante é 5. Ora, onde foi mesmo que vimos esse valor 5?
Foi este também o valor da amplitude das classes!
Concluiremos assim: sempre que todas as classes de uma Distribuição de
Freqüências tiverem a mesma amplitude (mesmo h), observaremos que o próximo
Ponto Médio será igual ao anterior somado àquela amplitude.
É este o primeiro atalho do nosso Curso! Um bem simples, é verdade, mas não
deixa de ser um atalho! Assim, na hora de construirmos a coluna dos Pontos Médios,
a primeira coisa a observar é se todas as classes têm a mesma amplitude. Se for o
caso, você irá apenas descobrir o valor do primeiro Ponto Médio (o PM da primeira
classe). Daí, basta sair somar este PM com o h e prosseguir realizando essa mesma
operação, até chegar à última classe. No nosso exemplo, sabemos que h=5, logo,
teremos:
Classes PM
0 !--- 5 2,5 Æ 1º PM, calculado!
5 !--- 10 (2,5+5) = 7,5
10 !--- 15 (7,5+5) = 12,5
15 !--- 20 (12,5+5)= 17,5
Classes fi
(número de livros (pessoas)
lidos por ano)
0 !--- 5 108
5 !--- 10 72
10 !--- 15 18
15 !--- 20 2
Total 200
Æ Freqüências Absolutas:
- fi : freqüência absoluta simples;
- fac: freqüência absoluta acumulada crescente;
- fad: freqüência absoluta acumulada decrescente.
Æ Freqüências Relativas:
- Fi : freqüência relativa simples;
- Fac: freqüência relativa acumulada crescente;
- Fad: freqüência relativa acumulada decrescente.
A primeira delas (fi) está em destaque para que não nos esqueçamos: é a mais
importante de todas! É a imprescindível. Teremos que conhecê-la previamente, antes
de começarmos a resolver a prova!
Vou criar outro exemplo de Distribuição de Freqüências. Ok? Suponhamos que a
tabela abaixo represente os pesos de um grupo de crianças. Certo? Teremos:
Classes fi
(pesos, em Kg)
0 !--- 10 3
10 !--- 20 6
20 !--- 30 7
30 !--- 40 4
Já sabemos o significado da fi. Assim, temos que 3 crianças têm peso até 10
quilos (exclusive); 6 crianças têm peso variando entre 10 e 20 quilos; 7 crianças,
peso variando entre 20 e 30 quilos; finalmente, 4 crianças têm peso variando entre 30
e 40 quilos. Assim, se perguntarmos quantos elementos há neste conjunto, ou seja,
quantas crianças há neste grupo? Para responder isso, basta somarmos os valores da
coluna do fi.
Designaremos o número total de elementos de um conjunto por um n
(minúsculo). Assim, teremos:
Classes fi
(pesos, em Kg)
0 !--- 10 3
10 !--- 20 6
20 !--- 30 7
30 !--- 40 4
n=20
0 !--- 10 3 3
10 !--- 20 6 9 (=3+6)
20 !--- 30 7
30 !--- 40 4
N=20
E depois:
Classes fi fac
(pesos, em Kg)
0 !--- 10 3 3
10 !--- 20 6 9
20 !--- 30 7 16 (=9+7)
30 !--- 40 4
n=20
E finalmente:
Classes fi fac
(pesos, em Kg)
0 !--- 10 3 3
10 !--- 20 6 9
20 !--- 30 7 16
30 !--- 40 4 20 (=16+4)
n=20
0 !--- 10 3 3
10 !--- 20 (9-3=) 6 9
20 !--- 30 16
30 !--- 40 20
E depois:
Classes fi fac
(pesos, em Kg)
0 !--- 10 3 3
10 !--- 20 6 9
20 !--- 30 (16-9=) 7 16
30 !--- 40 20
n=20
E finalmente:
Classes fi fac
(pesos, em Kg)
0 !--- 10 3 3
10 !--- 20 6 9
20 !--- 30 7 16
30 !--- 40 (20-16=) 4 20
n=20
0 !--- 10 3
10 !--- 20 6
20 !--- 30 7
Iguais na última
30 !--- 40 4 4
classe
n=20
0 !--- 10 3
10 !--- 20 6
20 !--- 30 7 11 (=4+7)
30 !--- 40 4 4
n=20
E depois:
Classes fi fad
(pesos, em Kg)
0 !--- 10 3
10 !--- 20 6 17 (=11+6)
20 !--- 30 7 11
30 !--- 40 4 4
n=20
E, finalmente:
Classes fi fad
(pesos, em Kg)
0 !--- 10 3 20 (=17+3)
10 !--- 20 6 17
20 !--- 30 7 11
30 !--- 40 4 4
n=20
0 !--- 10 20
10 !--- 20 17
20 !--- 30 11
Iguais na última
30 !--- 40 4 4
classe
E depois:
Classes fi fad
0 !--- 10 20
10 !--- 20 (17-11=) 6 17
20 !--- 30 7 11
30 !--- 40 4 4
E finalmente:
Classes fi fad
0 !--- 10 (20-17=) 3 20
10 !--- 20 6 17
20 !--- 30 7 11
30 !--- 40 4 4
É isso!
1º) Qual a relação que se verifica entre 20 e 100%? Ora, com 20 é menor do
que 100, então multiplicaremos! (Se fosse o contrário, dividiríamos). Pois bem:
multiplicaremos por quanto? Por 5, já que 20x5=100.
Uma vez estabelecida esta relação entre os somatórios destas duas colunas de
freqüências (fi e Fi), teremos enfim que repetir essa mesma relação com os demais
valores da freqüência conhecida, e teremos construído a coluna desconhecida!
Vejamos:
Classes fi Fi
0 !--- 10 3 15% (=3x5)
10 !--- 20 6 30% (=6x5)
20 !--- 30 7 35% (=7x5)
30 !--- 40 4 20% (=4x5)
n=20 100%
(x5)
Neste instante, teremos que reler o enunciado, para ver se foi revelado o valor
do n (número de elementos do conjunto). Caso, eventualmente, a questão não revele
o valor do n, adotaremos que n=100. Ok? (Isso foi feito na prova do AFRF de 2003)!
Suponhamos aqui, em nosso exemplo, que o enunciado tenha dito que n=20
elementos. Teremos:
Classes fi Fi
0 !--- 10 3 (=15÷5) 15%
10 !--- 20 6 (=30÷5) 30%
20 !--- 30 7 (=35÷5) 35%
30 !--- 40 4 (=20÷5) 20%
n=20 100%
(÷5)
# De Fi para Fac:
Classes fi Fi Fac
0 !--- 10 3 15% 15%
10 !--- 20 6 30% 45% (=15%+30%)
20 !--- 30 7 35% 80% (=45%+35%)
30 !--- 40 4 20% 100% (=35%+20%)
n=20 100%
# De Fi para Fad:
Classes fi Fi Fad
0 !--- 10 3 15% 100%(=85%+15%)
10 !--- 20 6 30% 85% (=55%+30%)
20 !--- 30 7 35% 55% (=20%+35%)
30 !--- 40 4 20% 20%
n=20 100%
Nas últimas provas de AFRF, por pelo menos três ocasiões a Esaf forneceu
Distribuições de Freqüências com as quais se precisaria fazer o trabalho preliminar de
descobrir qual a freqüência daquela tabela e, a partir daquela freqüência, construir a
fi. Vejamos abaixo duas destas Distribuições. Vamos a elas.
# (AFRF-2000) Utilize a tabela que se segue.
Sol.: O primeiro passo nosso será descobrir que freqüência foi essa trazida na tabela.
A primeira conclusão a tomar é se se trata de uma freqüência absoluta ou de uma
freqüência relativa.
Será Freqüência Relativa em três casos:
1º) Se o enunciado o disser expressamente;
2º) Se houver um sinal de porcentagem (%) no cabeçalho da coluna;
3º) Se houver sinais de porcentagem nos valores da coluna.
Nesta tabela, nenhum sinal indicativo de freqüência relativa esteve presente, o
que nos leva a concluir que estamos diante de uma coluna de freqüências absolutas.
Sabendo disso, resta-nos uma segunda decisão a tomar: que tipo de freqüência
absoluta é essa? Há três tipos: fi (freqüência absoluta simples), fac (freqüência
absoluta acumulada crescente) e fad (freqüência absoluta acumulada decrescente).
Ora, foi dito expressamente (no cabeçalho da coluna) que se trata de uma
freqüência acumulada. Logo, restam-nos duas possibilidades: fac ou fad. Para decidir
se a freqüência é acumulada crescente ou decrescente, basta observar os seus
valores: começamos com 12; e aumentamos para 30, para 50, para 60 etc. Ou seja,
estamos diante de uma freqüência absoluta acumulada crescente (fac).
Feita esta descoberta, concluímos pela necessidade de realizar um trabalho
preliminar, no sentido de construir agora a coluna da freqüência absoluta simples fi.
Já sabemos fazer isso. Teremos:
Classes fac fi
( 3 ; 6] 12 12
( 6 ; 9] 30 18 (=30-12)
( 9 ; 12] 50 20 (=50-30)
(12 ; 15] 60 10 (=60-50)
(15 ; 18] 65 5 (=65-60)
(18 ; 21] 68 3 (=68-65)
Classes P (%)
70-90 5
90-110 15
110-130 40
130-150 70
150-170 85
170-190 95
190-210 100
Classes Fac Fi fi
70-90 5% 5% 10
90-110 15% 10% 20
110-130 40% 25% 50
130-150 70% 30% 60
150-170 85% 15% 30
170-190 95% 10% 20
190-210 100% 5% 10
Total 100% n=200
(x2)
E somente neste momento a tabela estaria pronta para deixar você começar a
resolver a prova!
Eu fico hoje por aqui (dez para quatro da manhã!), e os deixo com o dever de
casa de hoje. Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!
Dever de Casa
Classes Freqüências
Acumuladas (%)
2.000 – 4.000 5
4.000 – 6.000 16
6.000 – 8.000 42
8.000 – 10.000 77
10.000 – 12.000 89
12.000 – 14.000 100
03. (AFRF-2002.2) Para a solução das duas próximas questões utilize o enunciado que
segue. O atributo do tipo contínuo X, observado como um inteiro, numa amostra de
tamanho 100 obtida de uma população de 1000 indivíduos, produziu a tabela de
freqüências seguinte:
Classes Freqüência (f)
29,5-39,5 4
39,5-49,5 8
49,5-59,5 14
59,5-69,5 20
69,5-79,5 26
79,5-89,5 18
89,5-99,5 10
AULA 02
Olá, amigos!
Tudo bem com vocês? E aí, revisaram a aula passada? Espero que sim. Bem
como espero que tenham resolvido as questões que ficaram pendentes!
A propósito, vamos iniciar nossa aula de hoje comentando-as. Vamos a elas.
Dever de Casa
Identificar a coluna de freqüência fornecida na Distribuição e, se for o caso, fazer o
trabalho necessário para chegar aos valores da freqüência absoluta simples fi.
Classes Freqüências
Acumuladas (%)
2.000 – 4.000 5
4.000 – 6.000 16
6.000 – 8.000 42
8.000 – 10.000 77
10.000 – 12.000 89
12.000 – 14.000 100
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PROFESSOR SÉRGIO CARVALHO
Classes Fac Fi
2.000 – 4.000 5% 5%
4.000 – 6.000 16% 11%
6.000 – 8.000 42% 26%
8.000 – 10.000 77% 35%
10.000 – 12.000 89% 12%
12.000 – 14.000 100% 11%
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PROFESSOR SÉRGIO CARVALHO
É nesse instante que nos cabe reler o enunciado, para ver o que foi dito acerca
deste n. Foi dito alguma coisa no enunciado? Não! A questão não revelou quantos
elementos há neste conjunto!
O que fazer agora? Neste caso, adotaremos n=100.
Essa foi a pergunta de uma colega do Fórum.
Embora talvez sem o destaque necessário, essa informação foi apresentada na
aula 1. Ok? Para frisar mais adequadamente este fato, ei-lo novamente:
Sempre que estivermos trabalhando com as duas colunas freqüências simples,
construindo a fi a partir da Fi, precisaremos conhecer o n (número de elementos do
conjunto). Caso este n não tenha sido fornecido pelo enunciado, adotaremos apenas
que n=100.
Certo agora?
Daí, facilmente verificamos que os valores da fi (freqüência absoluta simples)
serão iguais aos da Fi (freqüência relativa simples), apenas tirando o sinal de
porcentagem!
Teremos:
Classes Fac Fi fi
2.000 – 4.000 5% 5% 5
4.000 – 6.000 16% 11% 11
6.000 – 8.000 42% 26% 26
8.000 – 10.000 77% 35% 35
10.000 – 12.000 89% 12% 12
12.000 – 14.000 100% 11% 11
100% n=100
Sol.: Este enunciado apresentou-nos, além da coluna das classes, uma outra que foi
dita freqüência acumulada.
Pergunta: houve algum sinal indicativo de freqüência relativa? O enunciado
falou expressamente que é relativa? Não! Existe sinal de porcentagem no cabeçalho
da coluna? Não! Existe sinal de porcentagem ao longo dos valores da coluna? Não!
Conclusão inicial: não se trata de uma freqüência relativa, mas absoluta!
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PROFESSOR SÉRGIO CARVALHO
Foi dito expressamente que é uma freqüência acumulada. Assim, sabendo que
é absoluta e que é acumulada, restam-nos duas alternativas: ou será
Æ freqüência absoluta acumulada crescente (fac); ou
Æ freqüência absoluta acumulada decrescente (fad).
Para saber qual das duas, basta vermos os valores da coluna, se estão
aumentando ou diminuindo. E aí? Estão aumentando!
Conclusão final: estamos diante de uma coluna de freqüência absoluta
acumulada crescente (fac).
Uma perguntinha: de antemão, apenas olhando para os valores desta nossa
fac, já é possível afirmar quem é o n (número de elementos do conjunto)?
O que você responde? SIM. Pois a fac termina sempre com o n.
Daí, já sabemos que n=100 elementos. Ok?
Pois bem! Precisaremos agora realizar o trabalho preliminar, no sentido de
transformarmos a fac na fi (freqüência absoluta simples). Fazendo isso, teremos:
Classe fac fi
129,5-139,5 4 4
139,5-149,5 12 8
149,5-159,5 26 14
159,5-169,5 46 20
169,5-179,5 72 26
179,5-189,5 90 18
189,5-199,5 100 10
Qual o indicativo de que acertamos nos valores da fi? Ora, somando os seus
valores, o resultado da soma terá que ser igual a n. E n, conforme vimos acima, é
igual a 100. Vamos conferir?
Classe fac fi
129,5-139,5 4 4
139,5-149,5 12 8
149,5-159,5 26 14
159,5-169,5 46 20
169,5-179,5 72 26
179,5-189,5 90 18
189,5-199,5 100 10
n=100
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PROFESSOR SÉRGIO CARVALHO
A primeira classe contempla crianças com peso de zero a dez quilos. (Abaixo,
portanto, de vinte quilos). A segunda classe contempla crianças com peso de dez a
vinte quilos (vinte exclusive!). São pesos abaixo de vinte quilos. Certo?
Da terceira classe em diante, os pesos contemplados já superam aquele valor
(20kg). Assim, ficou fácil verificar que são nove as crianças do conjunto com peso
inferior a vinte quilos! (Três crianças na primeira classe, e seis na segunda).
Até aqui tudo bem?
Essa não será a pergunta da prova!
Vou propor outra questão: quantas crianças neste conjunto apresentam peso
acima de vinte quilos? Ora, uma rápida olhada na tabela já nos fará concluir que
participarão desta resposta os elementos contidos na terceira e na quarta classe!
Todos viram isso? Daí, responderemos que há onze crianças com peso superior
a vinte quilos: sete na terceira classe, e quatro na última.
Esta também não será a pergunta da prova!
Professor, deixe de suspense e diga logo como virá na prova! Na prova virá
assim: Quantos elementos (crianças) desse conjunto apresentam peso abaixo
de doze quilos?
Vamos ver mais de perto nossa Distribuição de Freqüências:
Classes fi
(pesos, em Kg)
0 !--- 10 3
10 !--- 20 6
20 !--- 30 7
30 !--- 40 4
n=20
10 !-------- 20
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PROFESSOR SÉRGIO CARVALHO
O que faremos agora é uma regra de três: amplitude da classe (h) está para
freqüência absoluta simples (fi). Teremos:
10 !-------- 20
h ---------- fi
Na primeira linha da regra de três, trabalharemos com a classe inteira! Qual é a
amplitude (h) desta classe inteira? É h=10. Concordam? E nesta classe inteira, há
quantos elementos? Temos que fi=6.
Daí, já dispomos dos valores da primeira linha. Teremos:
10 !-------- 20
h ---------- fi
10 -------- 6
Já na segunda linha da regra de três, trabalharemos com a classe quebrada! O
que é a classe quebrada? É só o pedaço da classe que nos interessa! E qual é a parte
que nos interessa nesta classe? Apenas os pesos abaixo de 12 quilos.
Assim, teremos:
10 !--12---- 20
Qual é a amplitude desta classe quebrada? Ora, de 10 até 12, teremos
amplitude igual a 2. E neste pedaço menor (que nos interessa), quantos elementos
há? Não sabemos! Vamos chamar de x.
Assim, nossa regra de três completa será a seguinte:
h ---------- fi
10 -------- 6
2 --------- x
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Chegamos à resposta: estima-se que 4,2 crianças desse conjunto apresentam
peso abaixo de doze quilos!
Duas observações a se fazer. Primeiro: este cálculo que fizemos acima é uma
mera estimativa! Claro! Quem pode garantir que as seis crianças que participam da
segunda classe não pesam, todas elas, 18 quilos, por exemplo? Ninguém pode
garantir nada! Assim, estaremos trabalhando com valores estimados! Ok?
A segunda observação surge de uma pergunta que sempre alguém faz em sala
de aula. (Geralmente, é pergunta de alguma garota, que se vê muito penalizada com
a situação!). Professor, pode partir a criança no meio? Claro! Não só ao meio, como
em vários pedacinhos pequenos! E ninguém vai chamar você de Herodes por isso! São
apenas cálculos estatísticos! Ok?
O que eu ainda não disse a vocês é o título que se dá a este assunto! A rigor,
esta questão de prova iria lhes perguntar da seguinte maneira: Calcule a estimativa
do número de elementos (crianças) desse conjunto que apresentam peso
abaixo de doze quilos, usando a interpolação linear da ogiva!
É isso mesmo! Ora, fazer a interpolação linear da ogiva é, nada mais, que
fazer a regra de três que aprendemos acima!
O nome do assunto é muito mais difícil que a própria resolução da questão!
Mas, professor, o que é esse negócio de ogiva? A ogiva é um tipo de gráfico
estatístico. Na hora certa e no momento oportuno eu a apresentarei a vocês. Ok? Por
hora, não precisamos deste conceito. Ficou demonstrado que você pode (e vai!)
acertar essa questão, mesmo sem conhecer a tal da ogiva.
Passemos a outro exemplo, trabalhando com a mesma tabela que acabamos de
usar. Ok? Vamos lá.
Pois bem! Esse trabalho já era nosso conhecido. Agora vamos analisar aquilo
que a questão quer saber: pesos acima de 28 quilos.
Æ Acima de 28 quilos: a primeira classe participa da resposta? Não! Nem
integralmente, nem parcialmente;
Æ Acima de 28 quilos: a segunda classe participa da resposta? Também não!
Nem integralmente, nem parcialmente;
Æ Acima de 28 quilos: a terceira classe participa da resposta? Sim! Só que de
uma forma parcial. Concordam? Já que essa classe contempla pesos que vão de 20 a
30 quilos, teremos que só uma parte dela estará acima de 28 quilos.
Æ Acima de 28 quilos: a quarta classe participa da resposta? Sim,
integralmente, com 20% das crianças!
Daí, o que nos resta fazer é trabalhar com a classe que entra só parcialmente
no resultado (a terceira classe), a fim de descobrirmos qual é esta participação!
Novamente, faremos uma regra de três. A única diferença deste exemplo para
o anterior, é que aqui estamos interessados em um valor percentual. Destarte, em
vez de usar a freqüência absoluta simples (fi) na regra de três, usaremos a
Freqüência Relativa Simples (Fi). Somente isso! Teremos:
20 !-------- 30
h ---------- Fi
20 !-------- 30
h ---------- Fi
10 -------- 35%
20 !----28--30
h ---------- Fi
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10 -------- 35%
2 --------- x%
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Qual é o valor, inserido numa das classes, que corresponde a um acumulado de tanto
por cento?
Entendido? Vamos devagarzinho, para que todos entendam.
Nossa questão pergunta: qual o valor do peso não superado por 70% das
observações? Nossa tradução é esta: qual o valor, inserido numa das classes, que
corresponde a um acúmulo de 70%?
Uma vez compreendido como se faz a tradução, vamos construir agora em
nossa tabela as colunas da Fi e da Fac. Teremos:
Classes fi Fi Fac
(pesos, em Kg)
0 !--- 10 3 15% 15%
10 !--- 20 6 30% 45%
20 !--- 30 7 35% 80%
30 !--- 40 4 20% 100%
n=20 100%
Vamos pensar!
Começando pela primeira classe, se avançarmos até o seu limite superior (10),
já teremos acumulado quantos por cento dos elementos do conjunto? Ora, teremos
acumulado até aí 15% dos elementos. Confere?
Daí, se a questão estivesse perguntando: qual o valor dentro das classes que
não é superado por 15% das observações?, nossa resposta seria: 10.
Mas não é esta a pergunta da questão! Adiante!
Se avançarmos agora toda a segunda classe, chegando até seu limite superior
(20), já teremos acumulado quantos por cento dos elementos? Ora, esta segunda
classe sozinha possui 30% dos elementos. Confere? Daí, atingindo seu limite superior,
já passamos a acumular 45% dos elementos do conjunto!
Daí, se a questão estivesse perguntando: qual o valor dentro das classes que
não é superado por 45% das observações?, nossa resposta seria: 20.
Mas esta também não foi a pergunta da questão! Adiante!
Avançando agora toda a terceira classe, até chegarmos ao seu limite superior
(30), já teremos acumulado que percentual dos elementos do conjunto? 80%.
Confere? Ora, mas eu não quero acumular 80%. Quero acumular apenas 70%.
Daí, você conclui: o peso que corresponde a um acúmulo de 70% dos
elementos do conjunto é um valor inserido na terceira classe!
Claro! Analisemos os limites desta classe:
Æ Limite inferior: 20 Æ corresponde a um acumulado de 45% dos elementos;
Æ Limite superior: 30 Æ corresponde a um acúmulo de 80% dos elementos.
Logo, correspondendo a um acumulado de 70% (que é o que a questão está
pedindo), haverá um valor qualquer inserido nesta classe!
Ufa...! Todos entenderam por que a resposta que procuramos mora na terceira
classe? Pois bem! Sabendo disso, tomaremos a classe descoberta e faremos uma
regra de três simples. A seguinte:
20 !-------- 30
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h ---------- Fi
20 !-------- 30
h ---------- Fi
10 -------- 35%
A segunda linha é que será novidade. Teremos agora que fazer a linha do
avanço! Como é isso? Ora, já havíamos acumulado, até chegarmos ao limite inferior
desta classe (20), um total de 45% dos elementos do conjunto. Certo?
Assim, de 45%, teremos que avançar mais quantos por cento até atingirmos
um acúmulo de 70%? Ora, de 45% para 70%, teremos que avançar mais 25%,
dentro daquela classe!
Daí, um avanço de 25% na terceira classe corresponderá Ea um avanço de x.
A regra de três completa será, pois, a seguinte:
h ---------- Fi
10 -------- 35%
x --------- 25%
Esse x que obtivemos é o valor que terá que ser somado ao limite inferior da
terceira classe! É o valor do avanço! Assim, teremos que:
Æ Linf + 7,14 = 20 + 7,14 = 27,14
Eis a nossa resposta! Esse peso – 27,14 quilos – corresponde a um acúmulo de
70% dos elementos do conjunto! É o peso não superado por 70% dos elementos!
É isso! Por meio do entendimento dos três exemplos comentados acima, você já
está apto a resolver qualquer questão que trate deste assunto – a interpolação linear
da ogiva.
São todos enunciados repetitivos! Recaem todos eles nestes três modelos que
apresentamos nos exercícios anteriores. Ok?
Então, convém que você revise com carinho esta aula de hoje e, em seguida,
que você tente resolver as questões que deixarei propostas para esta semana! Ok?
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Na seqüência, apresento-lhes o nosso Dever de Casa.
Um forte abraço a todos, bons estudos e até semana que vem!
Dever de Casa
Classes P (%)
70-90 5
90-110 15
110-130 40
130-150 70
150-170 85
170-190 95
190-210 100
Assinale a opção que corresponde à estimativa da freqüência relativa de
observações de X menores ou iguais a 145.
a) 62,5% d) 45,0%
b) 70,0% e) 53,4%
c) 50,0%
Classes Freqüência
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(f)
29,5-39,5 4
39,5-49,5 8
49,5-59,5 14
59,5-69,5 20
69,5-79,5 26
79,5-89,5 18
89,5-99,5 10
Classes Freqüências
Acumuladas (%)
2.000 – 4.000 5
4.000 – 6.000 16
6.000 – 8.000 42
8.000 – 10.000 77
10.000 – 12.000 89
12.000 – 14.000 100
Classes F
29,5 - 39,5 2
39,5 - 49,5 6
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49,5 - 59,5 13
59,5 - 69,5 23
69,5 - 79,5 36
79,5 - 89,5 45
89,5 - 99,5 50
Classes R$ Freqüências
350 – 380 3
380 – 410 8
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410 – 440 10
440 – 470 13
470 – 500 33
500 – 530 40
530 – 560 35
560 – 590 30
590 – 620 16
620 – 650 12
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AULA 03
Olá, amigos!
Todos bem?
Comigo nem tanto... fui surpreendido essa semana por uma virose daquelas! Ainda
bem que só dói quando eu respiro... Assim, vou pedir licença a vocês – contando com a
compreensão de todos – para apresentar hoje uma aula reduzida, somente resolvendo as
questões pendentes da aula passada. E fica a promessa, de minha parte, de que compensarei
o atraso numa próxima semana.
Vocês me permitem fazer assim? Obrigado!
Passemos, pois, às resoluções do nosso...
...Dever de Casa
Sol.: Esta questão é para observadores! Para começo de conversa, o enunciado nos fala que
as freqüências representam uma amostra de 10% dos empregados, ou seja, apenas 10% dos
elementos do conjunto estão representados na amostra.
Observado isto, a questão pede um resultado referente à “freqüência populacional”.
Ora, “populacional” significa “da população”! Se a amostra representa 10% da população,
qualquer resultado encontrado para a amostra terá que ser multiplicado por 10, para se chegar
ao resultado correspondente da população. Claro:
10%(amostra) x 10 = 100%(população)
Outra coisa: os limites das classes são valores expressos na casa das unidades (3, 6, 9)
e das dezenas (12, 15, 18, 21) e o enunciado fala em valores “iguais ou inferiores a 7.000”. A
explicação está acima da tabela, quando a questão diz “freqüências... em milhares de reais”.
Ou seja, onde existe um 3, leia-se 3.000; onde existe um 9, leia-se 9.000, e assim por diante.
Tudo isso é feito para tentar complicar um pouco o raciocínio do aluno, todavia, na essência, a
questão é fácil do mesmo jeito!
Dito isso, temos que passar àquele trabalho já conhecido nosso, de chegarmos aos
valores da freqüência absoluta simples – fi. O resultado será o seguinte:
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Classes de Salários fac fi
(3 ; 6] 12 12
(6 ; 9] 30 (30 – 12=) 18
(9 ; 12] 50 (50 – 30=) 20
(12 ; 15] 60 (60 – 50=) 10
(15 ; 18] 65 (65 – 60=) 5
(18 ; 21] 68 (68 – 65=) 3
Pois bem! Valores iguais ou inferiores a R$7.000,00 passarão a ser, para nós, valores
iguais ou inferiores a 7 (conforme vimos acima a questão dos milhares de reais!). Pela simples
observação, constataremos que participa integralmente da resposta a freqüência da primeira
classe. Já a segunda classe participará apenas parcialmente do resultado.
Ou seja:
Classes de fi
Salários
(3 ; 6] 12 Æ participa integralmente da resposta!
(6 ; 9] 18 Æ participa parcialmente da resposta!
(9 ; 12] 20
(12 ; 15] 10
(15 ; 18] 5
(18 ; 21] 3
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02. (AFRF-2002) Em um ensaio para o estudo da distribuição de um atributo
financeiro (X) foram examinados 200 itens de natureza contábil do balanço de
uma empresa. Esse exercício produziu a tabela de freqüências abaixo. A coluna
Classes representa intervalos de valores de X em reais e a coluna P
representa a freqüência relativa acumulada. Não existem observações
coincidentes com os extremos das classes.
Classes P (%)
70-90 5
90-110 15
110-130 40
130-150 70
150-170 85
170-190 95
190-210 100
Assinale a opção que corresponde à estimativa da freqüência relativa de
observações de X menores ou iguais a 145.
a) 62,5% d) 45,0%
b) 70,0% e) 53,4%
c) 50,0%
Sol.: A coluna de freqüência fornecida na tabela foi a Fac – Freqüência Relativa Acumulada
Crescente. Daí, migraremos para a Fi – Freqüência Relativa Simples. Teremos:
Classes Fac Fi
70-90 5% 5%
90-110 15% 10%
110-130 40% 25%
130-150 70% 30%
150-170 85% 15%
170-190 95% 10%
190-210 100% 5%
Vamos tentar resolver sem fazer regra de três. Só na observação! Podemos, facilmente,
dividir essa classe em quatro partes, da seguinte forma:
Ora, a classe inteira tem que percentual dos elementos? 30%. Basta olhar para a
coluna da Freqüência Relativa Simples (Fi).
Assim, se dividirmos a classe em quatro partes (como fizemos), teremos que cada
quarto desses terá 7,5% dos elementos, já que 30%/4=7,5%.
Agora, perguntamos: qual é a parte desta classe que nos interessa? Somente aquela
parte da variável abaixo de 145, pois assim pediu o enunciado!
Teremos:
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3 x 7,5%=22,5%
Classes Freqüência
(f)
29,5-39,5 4
39,5-49,5 8
49,5-59,5 14
59,5-69,5 20
69,5-79,5 26
79,5-89,5 18
89,5-99,5 10
Sol.: Esta questão é mais trabalhosa, mas igualmente fácil! Apenas que teremos dois
trabalhos, em vez de um! Ou seja, faremos duas regras de três, com as duas classes que
participarão parcialmente do resultado! Vamos lá!
Novamente nesse enunciado, a questão veio com aquela história de amostra e
população! Disse que a amostra é de 100 e que a população é de 1000 indivíduos! Ora,
deduzimos que a população é “10 vezes” o tamanho da amostra. Logo, qualquer resultado
encontrado para a amostra terá que ser multiplicado por 10, para se chegar ao correspondente
resultado da população! Até aqui, tudo bem!
A questão ofereceu ainda algumas facilidades: primeiramente, ela já forneceu a
freqüência absoluta simples (fi), e pediu como resposta um “número de indivíduos”, ou seja,
ela quer que trabalhemos exatamente com esta fi.
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Valores maiores que 50,5 e menores que 95,5! Quais as classes que participarão desta
resposta? Vejamos:
Classes Freqüência (f)
29,4 --- 39,5 4
39,5 --- 49,5 8
49,5 --- 59,5 14 Æ participa parcialmente!
59,5 --- 69,5 20 Æ participa integralmente!
69,5 --- 79,5 26 Æ participa integralmente!
79,5 --- 89,5 18 Æ participa integralmente!
89,5 --- 99,5 10 Æ participa parcialmente!
Daí, teremos que fazer duas regras de três: uma para cada classe que participa apenas
parcialmente da resposta. Ficarão assim:
Primeira Regra de Três, referente à terceira classe:
10 --- 14
9 --- X
Daí: Y = (6 . 10)/10 Æ Y = 60 / 10 Æ Y = 6
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04. (AFRF 2003) Considere a tabela de freqüências seguinte correspondente a
uma amostra da variável X. Não existem observações coincidentes com os
extremos das classes.
Classes Freqüências
Acumuladas (%)
2.000 – 4.000 5
4.000 – 6.000 16
6.000 – 8.000 42
8.000 – 10.000 77
10.000 – 12.000 89
12.000 – 14.000 100
Sol.: Esta também é bem fácil. Observemos que a coluna de freqüência fornecida na prova foi
a Fac – Freqüência Relativa Acumulada Crescente. Construindo agora a coluna da Fi, da forma
como já aprendemos, teremos:
Classes Fac Fi
2.000 – 4.000 5% 5%
4.000 – 6.000 16% 11%
6.000 – 8.000 42% 26%
8.000 – 10.000 77% 35%
10.000 – 12.000 89% 12%
12.000 – 14.000 100% 11%
A tradução da pergunta do enunciado recai no seguinte: qual o valor dentro das classes
que corresponde a um acumulado de 80%?
Procedendo à análise das Freqüências Relativas das classes, teremos que:
Æ Na primeira classe, temos 5% dos elementos;
Æ somando com os 11% da segunda classe, passamos a 16%;
Æ somando estes 16% acumulados com os 26% da terceira classe, passamos a 42%;
Æ somando estes 42% acumulados com os 35% da quarta classe, chegamos aos 77%
dos elementos do conjunto;
Æ finalmente, somando estes 77% acumulados até aqui com os 12% da quinta classe,
já passaríamos dos 80% desejados pelo enunciado!
Ou seja, até a quarta classe já acumulamos 77% do total dos elementos. Quanto
falta “avançar” para alcançarmos os 80% procurados pela questão? Apenas a diferença:
(80% - 77%) = 3%.
Traduzindo: teremos que “avançar” 3% na quinta classe, para chegarmos à
resposta!
Ficou evidente que trabalharemos nossa regra de três na quinta classe desta
distribuição. A regra de três que faremos é a seguinte:
2000 --- 12%
X --- 3%
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Daí, teremos que:
X = (2000 . 3%)/12% Æ E: X=500,
Classe Fac fi
129,5-139,5 4 4 Æ 1ª classe: 4 elementos
139,5-149,5 12 8 Æ 2ª classe: 8 elementos
149,5-159,5 26 14 Æ 3ª classe: 14 elementos
159,5-169,5 46 20 Æ 4ª classe: 9 elementos
169,5-179,5 72 26 Total: 35 elementos
179,5-189,5 90 18
189,5-199,5 100 10
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Classes F
29,5 - 39,5 2
39,5 - 49,5 6
49,5 - 59,5 13
59,5 - 69,5 23
69,5 - 79,5 36
79,5 - 89,5 45
89,5 - 99,5 50
Sol.: Aqui, mais uma questãozinha corriqueira! Deseja-se encontrar o valor não superado
por 80% dos elementos. Já sabemos, portanto, que vamos trabalhar com a freqüência
relativa simples, Fi! A análise da coluna de freqüência fornecida já é algo que sabemos
fazer, para chegarmos à freqüência absoluta simples. O resultado é o seguinte:
Classes fac ↓ fi
29,5 – 39,5 2 2
39,5 – 49,5 6 (6-2=) 4
49,5 - 59,5 13 (13-6=) 7
59,5 – 69,5 23 (23-13=) 10
69,5 – 79,5 36 (36-23=) 13
79,5 – 89,5 45 (45-36=) 9
89,5 – 99,5 50 (50-45=) 5
Observemos que o “n” neste caso foi igual a 50, que é o valor da fac da última classe!
Já sabemos disso, naturalmente!
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Faremos agora a análise dos valores acumulados da Fi, para descobrirmos com qual das
classes trabalharemos a nossa regra de três.
Æ Na primeira classe, temos 4% dos elementos;
Æ somando com os 8% da segunda classe, passamos a 12%;
Æ somando estes 12% acumulados com os 14% da terceira classe, passamos a 26%;
Æ somando estes 26% acumulados com os 20% da quarta classe, chegamos aos 46%
dos elementos do conjunto;
Æ somando os 46% acumulados com os 26% da quinta classe, chegamos a 72% do
total dos elementos;
Æ finalmente, somando estes 72% acumulados até aqui com os 18% da sexta classe,
já passaríamos dos 80% desejados pelo enunciado!
Ou seja, até a quinta classe já acumulamos 72% do total dos elementos. Quanto
falta “avançar” para alcançarmos os 80% procurados pela questão? Apenas a diferença:
(80% - 72%) = 8%.
Traduzindo: teremos que “avançar” 8% na sexta classe, para chegarmos à resposta!
Ficou evidente que trabalharemos nossa regra de três na sexta classe desta
distribuição. A situação é a seguinte:
Classes fac fi Fi
29,5 – 39,5 2 2 4% Æ 4% acumulados
39,5 – 49,5 6 4 8% Æ 12% acumulados
49,5 – 59,5 13 7 14% Æ 26% acumulados
59,5 – 69,5 23 10 20% Æ 46% acumulados
69,5 – 79,5 36 13 26% Æ 72% acumulados
79,5 – 89,5 45 9 18% Æ faltam 8% para chegarmos aos 80%!
89,5 – 99,5 50 5 10%
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Sol.: Novamente aqui se faz necessário trabalhar as colunas de freqüências para se chegar à
freqüência absoluta simples, fi. Como isso já foi feito no Ponto n.º06 (“Exercícios de Colunas
de Freqüências”), partiremos para o resultado, como segue abaixo:
Classes de Salários fac ↓ fi
(5.000-6.500) 12 12
(6.500-8.000) 28 (28-12=) 16
(8.000-9.500) 52 (52-28=) 24
(9.500-11.000) 74 (74-52=) 22
(11.000-12.500) 89 (89-74=) 15
(12.500-14.000) 97 (97-89=) 8
(14.000-15.500) 100 (100-97=) 3
Aqui, precisaremos ir além, uma vez que o enunciado pede os salários “não
ultrapassados por 79% da população”. Quero dizer que precisaremos encontrar a coluna da
freqüência relativa simples (Fi). Para isso, usamos a relação que há entre esta Fi e a
freqüência absoluta simples (fi). No caso desta questão, será facílimo este trabalho, pois o
número de elementos da questão é n=100. Daí, teremos:
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Daí, teremos:
X = (1500.5%)/15% Æ E: X=500
Sol.: Outra questão na mesma linha de raciocínio. Fazendo o trabalho preliminar aqui exigido,
identificaremos que a coluna de freqüência fornecida, conforme indicação do próprio
enunciado, foi a Fac (Freqüência Relativa Acumulada Crescente)!
Daí, percorreremos o caminho necessário para chegarmos à Fi (Freqüência Relativa
Simples). Esse trabalho já é nosso conhecido. Teremos:
Classes Fac Fi
4–8 20% 20%
8 – 12 60% 40%
12 – 16 80% 20%
16 – 20 98% 18%
20 – 24 100% 2%
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Classes R$ Freqüências
350 – 380 3
380 – 410 8
410 – 440 10
440 – 470 13
470 – 500 33
500 – 530 40
530 – 560 35
560 – 590 30
590 – 620 16
620 – 650 12
Sol.: Outra questão parecida com as anteriores. A pergunta traduzida, já sabemos, será a
seguinte: Qual é o valor dentro das classes que corresponde a um acumulado de 80%?
Assim, precisaremos construir as colunas de freqüência relativas. Fazendo o trabalho
necessário para isso, e considerando que a coluna fornecida pela prova foi a fi (freqüência
absoluta simples), teremos:
Classes R$ fi Fi Fac
350 – 380 3 1,5% 1,5%
380 – 410 8 4% 5,5%
410 – 440 10 5% 10,5%
440 – 470 13 6,5% 17%
470 – 500 33 16,5% 33,5%
500 – 530 40 20% 53,5%
530 – 560 35 17,5% 71%
560 – 590 30 15% 86%
590 – 620 16 8% 94%
620 – 650 12 6% 100%
Ora, teremos acumulado já 71% ao avançarmos até o final da sétima classe. Viram?
Assim, avançando a oitava classe, que sozinha tem 15%, já passaremos direto pelos 80%
procurados! Para chegarmos aos 80%, só teremos que avançar 9% dentro desta classe!
Assim, a nossa resposta é um valor inserido na oitava classe! E é com ela que faremos
nossa regra de três. Teremos:
30 --- 15%
X --- 9%
Daí, teremos:
X = (30x9%)/15% Æ E: X=18
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Traduzindo: 18 elementos representam exatamente 9% do total de elementos do
conjunto, que precisaríamos “avançar” nesta sétima classe, para chegarmos aos 80%
desejados. Cuidado agora para saber o que fazer com esse valor encontrado!
Somaremos este valor X=18 ao limite inferior da classe na qual trabalhamos a regra de
três. Daí, ficaremos com:
É isso!
Peço novamente desculpas por não avançar hoje na matéria, pois realmente não estou
em condições físicas para escrever mais do que isso...!
Agradeço a compreensão de todos!
Aproveitem essa trégua, e façam uma boa revisão de tudo o que foi visto. Ok?
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AULA 04
Olá, amigos!
Tudo bem com vocês? Agora refeito da virose da semana passada (e quase pronto para
outra!), vou tentar compensar o atraso com esta presente aula!
Nosso estudo de hoje dará início à análise das chamadas Medidas de Posição.
Porém, antes de as conhecermos, convém muitíssimo que nós saibamos quais são as
formas pelas quais um conjunto pode ser apresentado numa prova. As mais comuns formas de
apresentação de um conjunto são as três seguintes:
1ª) Rol: aqui os elementos do conjunto estarão dispostos numa ordem que pode ser
crescente ou decrescente. São exemplos de rol:
(1,2,3,4,5)
(1, 1, 1, 2, 2, 2, 2, 3, 3, 3, 4, 4, 5)
E assim por diante!
Não é muito comum encontrarmos um rol numa questão de prova, mas também não é
algo impossível. Entre as últimas provas da Receita, pôde-se ver um rol na prova de 1998 e na
de 2005. Entendido o que é um rol? Ótimo.
2ª) Dados Tabulados:
Vamos trabalhar com esse segundo exemplo de rol, acima. Será possível
apresentarmos os elementos desse conjunto na forma de uma tabela? Claro que sim! Vamos
ver como é que fica:
Xi fi
1 3
2 4
3 3
4 2
5 1
fi
0 10 20 30 40 50 (Classes)
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A primeira classe, que vai de zero a dez, tem fi igual a 3. Assim, o retângulo que
representará essa classe no histograma será o seguinte:
fi
0 10 20 30 40 50 (Classes)
Viram? A base do retângulo é definida pelos limites da classe, enquanto sua altura é
definida pela freqüência absoluta simples daquela classe. Não é fácil? Facílimo! Para a segunda
classe, sabendo que o fi=4, teremos:
fi
0 10 20 30 40 50 (Classes)
A essa altura, todos já entenderam a feitura do Histograma, não é isso? Assim, vou
logo completar o gráfico, com base nos dados daquela Distribuição de Freqüências
apresentada acima. Teremos:
fi
0 10 20 30 40 50 (Classes)
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Enfim! Professor, mas por que foi mesmo que você apresentou o Histograma
exatamente neste momento? Porque é possível, embora muito raro, que a sua prova
apresente o conjunto a ser trabalhado por meio de um gráfico como esse!
Ou seja, em vez de apresentar a Distribuição de Freqüências, a questão trará um
Histograma! E aí? O que fazer? Ora, com a mesma facilidade que você construiu um
Histograma partindo de uma Distribuição de Freqüências, você poderá fazer o caminho de
volta, e construir a Distribuição, partindo de um Histograma! Concordam?
Repito: é muito raro vir um Histograma na prova. Mas não é impossível. E já
aconteceu!
Querem ver um exemplo? Caiu numa prova bem antiga de Técnico da Receita Federal,
do tempo em que esse cargo se chamava TTN. O Histograma trazido pela prova foi o seguinte:
fi
12
10
8
4
2
2 4 6 8 10 12 14 16 idades
E aí? Você saberia transformar esse gráfico numa Distribuição de Freqüências? Claro.
Ficaria o seguinte:
Classes fi
2 --- 4 2
4 --- 6 6
6 --- 8 10
8 --- 10 12
10 --- 12 8
12 --- 14 6
14 --- 16 4
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8 2
8
9 003
10 0011222344
10 577777
11 013
11 55679
12 00114
12 5557
13 004
13 5556
14 03
14 5
15
15 8
Vamos lá! O Diagrama acima será transformado num rol. Repetindo: o Diagrama de
Ramos e Folhas vai virar um Rol.
Se bem observarmos, veremos uma coluna de valores no lado esquerdo. E outra no
lado direito. Vejam melhor:
8 2
8
9 003
10 0011222344
10 577777
11 013
11 55679
12 00114
12 5557
13 004
13 5556
14 03
14 5
15
15 8
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15 8 Æ que vai virar: 158
Entendido? (Espero que sim, pois é o mais didático que consigo explicar...)
Pois bem! O que fizemos nesta aula, até o momento, foi conhecer as maneiras pelas
quais a Esaf, ou qualquer outra elaboradora, pode se utilizar para apresentar um conjunto de
elementos numa prova de Estatística.
Uma vez fornecido o conjunto – seja na forma de um rol, ou de dados tabulados, ou
de Distribuição de Freqüências, ou de um Histograma, ou de um Diagrama de Ramos e
Folhas – já poderão ser solicitados, nas questões da prova, os cálculos de uma infinidade de
medidas estatísticas!
Ou seja, para um determinado conjunto, pode-se pedir o cálculo de:
Æ Medidas de Tendência Central (Média, Moda, Mediana);
Æ Medidas Separatrizes (Mediana, Quartis, Decis, Centis);
Æ Medidas de Dispersão (Amplitude Total, Desvio Absoluto, Desvio Padrão, Variância,
Coeficiente de Variação, Desvio Quartílico, Variância Relativa);
Æ Momentos Estatísticos;
Æ Medidas de Assimetria;
Æ Medidas de Curtose.
O estudo do conjunto dessas medidas todas constitui o objeto do nosso Curso! É
exatamente o que figura no programa dos concursos que cobram a Estatística Básica.
Considerando que o Histograma será transformado em uma Distribuição de Freqüências
e que o Diagrama de Ramos e Folhas será transformado num Rol, resta que as três formas
básicas de apresentação dos dados serão, realmente: o Rol, os Dados Tabulados e a
Distribuição de Freqüências.
Assim, para cada uma das medidas estatísticas que formos estudar, aprenderemos
como ela será calculada para o caso de o conjunto estar na forma de um Rol, ou de Dados
Tabulados ou de Distribuição de Freqüências. Ok?
Então vamos lá!
Começaremos conhecendo as Medidas de Tendência Central – Média Aritmética,
Moda e Mediana.
# A Média Aritmética: X
Quando falarmos simplesmente em Média, saiba que estaremos nos referindo à Média
Aritmética. Ok? Existem outras espécies de Média, além da Aritmética, que serão estudadas
oportunamente.
Comecemos pelo cálculo da Média de um Rol.
Estou certo que esse é um cálculo que todos nós já realizamos. Suponhamos que você
ainda está na faculdade. O semestre começou, e você nem se deu conta disso. Eis que chegou
o dia da primeira prova! A sua nota foi um desastre: nota 3 (três).
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Que lástima! Aí você disse: “Valha-me Deus, as aulas já começaram!” (Meio tardia essa
descoberta...!) O fato é que você procurou se redimir da nota baixa que tirou, e dedicou
esforços para a segunda prova. O resultado se fez perceber, e você conseguiu agora tirar um 8
(oito).
Ora, você sabia que para passar por média, teria que tirar um notaço na terceira e
última prova, uma vez que a média naquela sua faculdade era 7 (sete).
Assim, virou várias noites estudando e se dedicando àquela disciplina, de sorte que
conseguiu, merecidamente, tirar um 10 (dez) na terceira prova.
Tão logo recebeu esta última nota, você correu às contas, pois desejava saber se havia
passado por média, ou se necessitaria fazer a prova final.
Suas contas foram as seguintes:
Æ
(3 + 8 + 10) = 21 =7,0
3 3
Parabéns! Você acaba de provar que é um aluno cobra! (Aquele que passa se
arrastando)! Mas passou, não foi? Isso é o que importa! (Igual no concurso: se você passar
em último lugar, vai ganhar o mesmo salário de quem passou em primeiro)!
Vejamos novamente as notas das três provas dessa pessoa: (3, 8, 10).
Isto é um rol? Sim!
Então, esta conta que foi feita para o cálculo da média das notas foi, rigorosamente, o
mesmo cálculo que se faz para se descobrir a Média Aritmética de um conjunto apresentado
na forma de um rol.
Ou seja: somam-se as notas, e divide-se este resultado pelo número de provas.
Falando-se de um modo genérico: somam-se os elementos do conjunto, e divide-se
esse resultado pelo número de elementos do conjunto!
Colocando-se essa definição em uma fórmula, usando-se da linguagem estatística,
teremos que:
X=
∑ Xi
n
Onde:
Æ X é a Média Aritmética;
Æ Σ é o sinal de somatório. O que vier após este símbolo deverá ser somado!
Æ Xi é cada elemento do conjunto;
Æ n é o número de elementos do conjunto.
Só isso! Nada mais fácil que se calcular a Média de um rol.
Pena que o Rol seja tão raro em provas...!
# A TRANSIÇÃO:
Esta palavra – Transição – está em destaque, porque nos acompanhará longamente
durante nosso Curso!
Aprenderemos, meus queridos, que há uma maneira facílima de migrarmos de uma
fórmula de Rol para a fórmula de Dados Tabulados. Da mesma forma, há como migrarmos
da fórmula dos Dados Tabulados para a fórmula da Distribuição de Freqüências!
E essa maneira de fazer a migração de uma fórmula para outra é justamente a tal da
Transição que vamos aprender agora! Vamos lá!
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1º) Como passar da fórmula do Rol para a dos Dados Tabulados?
Manda a primeira transição que façamos o seguinte:
Æ Repete-se a fórmula do rol; e
Æ Acrescenta-se no numerador da fórmula, sempre junto ao sinal de somatório (Σ),
a freqüência absoluta simples fi.
Só isso!
Assim, se eu já aprendi que a fórmula usada para se calcular a Média Aritmética de um
conjunto apresentado na forma de um rol é:
ÆX =
∑ Xi ...
n
... então, querendo agora construir a fórmula da Média Aritmética para um conjunto
apresentado na forma de Dados Tabulados, eu só precisarei seguir o que manda a transição!
E teremos:
Para Dados Tabulados:
X = ∑ ......
fi Xi
n
X=
∑ fi. PM
n
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A boa notícia, meus amigos, é que essa mesmíssima transição, que acabamos de
aprender, não se aplica somente a fórmulas de Média Aritmética. Não! Vai muito além disso!
Vamos usá-la para a memorização de várias outras medidas estatísticas, a exemplo do Desvio
Absoluto, do Desvio Padrão, da Variância, entre outras.
Primeiro, vejamos se ficou mesmo bem memorizada a nossa Transição!
Teremos:
Resumo da Transição:
1º) Você memoriza a fórmula do Rol;
2º) Repete a fórmula do Rol e acrescenta fi no numerador, sempre junto ao sinal de
somatório, e aqui chegamos à fórmula dos Dados Tabulados;
3º) Repete a fórmula dos Dados Tabulados e troca-se Xi por PM (Ponto Médio), e
aqui chegamos à fórmula da Distribuição de Freqüências!
No final das contas, como eu costumo dizer em sala de aula, você paga um e leva três!
Não é verdade? Claro! Imagine a mesma coisa ocorrendo para várias outras medidas
estatísticas! Já pensou, quanta economia de decoreba? Basta lembrar da transição.
Ainda nem é assunto de hoje, mas só para provar que a transição é boa mesmo, veja
abaixo a fórmula de uma medida de dispersão que será estudada numa aula futura: a
Variância. Veja a fórmula da Variância para um Rol:
∑ (Xi − X )
2
2
ÆS =
n
Sabendo disso, você já é capaz de me dizer quais serão as fórmulas da Variância para
Dados Tabulados e para Distribuição de Freqüências?
Claro que sim! Seguem a mesma regra da Transição que já conhecemos! Assim,
teremos:
fi (Xi − X )
∑ .....
2
2
Æ Para Dados Tabulados: S =
n
∑ fi.(......
PM − X )
2
2
Æ Para Distribuição de Freqüências: S =
n
Voltemos ao estudo da Média. Agora, já sabemos quais são as fórmulas da Média para
um Rol, para Dados Tabulados e para Distribuição de Freqüências. Considerando que em
aproximadamente 99% dos casos o conjunto vem, na prova, expresso na forma de uma
Distribuição de Freqüências, convém que nos dediquemos mais a esta forma de apresentação!
Passemos a alguns exemplos:
Exemplo 1) A tabela abaixo representa os pesos de um grupo de crianças. Obtenha o peso
médio desse conjunto. Não existem observações coincidentes com os extremos das classes.
Classes fi
(em Kg)
0 --- 10 2
10 --- 20 3
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20 --- 30 8
30 --- 40 6
40 --- 50 1
Antes de mais nada, viram a frase em destaque no enunciado? Foi pergunta de algumas
pessoas no Fórum de aulas passadas. Vamos entendê-la. Quais são os extremos das classes?
São os limites (inferior e superior). Se o enunciado diz que não existem observações
coincidentes com os extremos das classes, é porque não há nenhum elemento do conjunto
cujo valor coincida exatamente com algum dos limites (inferiores ou superiores) de nenhuma
das classes.
No caso em tela, como tratamos de pesos de crianças, diremos que nenhuma dessas
crianças tem peso coincidente com os limites das classes. Ou seja, nenhuma delas pesa 0, 10,
20, 30, 40, nem 50 quilos.
Em termos práticos, o que isso importará para nós? Importará que, sabendo disso, a
tabela pode trazer o símbolo que quiser para definir os intervalos de classe, e nós poderemos
simplesmente considerá-lo como aquela simbologia clássica, de intervalo fechado à esquerda e
aberto à direita, que não haverá problema algum!
Só isso!
Voltemos ao exemplo. A questão pede o peso médio, o que traduziremos como a média
dos pesos!
Se o conjunto representasse salários, a questão pediria o salário médio. Se o conjunto
representasse alturas, a questão pediria a altura média. Se o conjunto representasse idades, a
questão pediria a idade média. (E não é prova de História, hein!). E assim por diante!
(Quem já foi meu aluno presencial deve, a esta hora, estar balançando a cabeça e
dizendo: puxa, até as mesmas piadas bestas que ele diz em sala...)
Vamos repetir o conjunto, para podermos trabalhar com ele:
Classes fi
0 --- 10 2
10 --- 20 3
20 --- 30 8
30 --- 40 6
40 --- 50 1
Æ X=
∑ fi.PM
n
Olhando para o numerador da fórmula, perguntaremos: já conhecemos a coluna do fi?
Sim, já é nossa conhecida! E se não fosse? E se a coluna de freqüência fornecida na tabela
fosse alguma daquelas outras cinco (fac, fad, Fi, Fac ou Fad)? Então, teríamos que fazer todo
aquele trabalho preliminar, que aprendemos na primeira aula, a fim de construirmos a coluna
da fi (freqüência absoluta simples).
Neste nosso exemplo, isso não se fez necessário!
Próxima pergunta, ainda olhando para o numerador: já conhecemos a coluna dos
Pontos Médios (PM)? Ainda não! Assim, será nosso primeiro trabalho: construir a coluna dos
Pontos Médios! Já sabemos fazer isso! Teremos:
Classes fi PM
0 --- 10 2 5
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10 --- 20 3 15
20 --- 30 8 25
30 --- 40 6 35
40 --- 50 1 45
Reparem que todas as classes têm a mesma amplitude, não é isso? Quanto? h=10.
Assim, se vocês estiverem bem lembrados, basta calcular o valor do primeiro ponto médio, e
os próximos serão obtidos apenas somando com a amplitude (h). Viram? Isso já foi falado!
Ainda tratando do numerador da fórmula, perguntaremos agora: já conhecemos a
coluna do produto fi.PM? Ainda não! Conhecemos essas colunas separadamente, mas não o
seu produto! Daí, está definido o nosso próximo passo: construir a coluna do fi.PM. Teremos:
Classes fi PM fi.PM
0 --- 10 2 5 10
10 --- 20 3 15 45
20 --- 30 8 25 200
30 --- 40 6 35 210
40 --- 50 1 45 45
O que nos pede mesmo o numerador da fórmula? Pede o somatório (a soma) dos
elementos desta coluna que acabamos de construir.
E o denominador, o que nos pede? Pede-nos o valor de n (número de elementos do
conjunto). Ora, sabemos que n é obtido somando-se a coluna da freqüência absoluta simples
(fi). Fazendo esses dois somatórios, teremos:
Classes fi PM fi.PM
0 --- 10 2 5 10
10 --- 20 3 15 45
20 --- 30 8 25 200
30 --- 40 6 35 210
40 --- 50 1 45 45
n=20 510
Æ X=
∑ fi.PM Æ Æ X=
510
Æ X =25,5 Æ Resposta!
n 20
Fácil, não? Pode ficar mais fácil ainda! Antes de eu lhes apresentar um método
alternativo para cálculo da média de uma distribuição de freqüências, convém que lhes fale
acerca de algumas propriedades da Média.
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Assim, já não mais estamos diante daquela variável original, e sim de uma variável
transformada! Transformada por meio de quê? De uma operação de soma!
E qual é a Média desse novo conjunto (dessa nova variável)? Façamos as contas:
(11+12+13+14+15)/5=65/5 Æ X =13.
Ora, nem precisaríamos ter feito essa conta! Pois existe uma propriedade que diz:
somando-se todos os elementos do conjunto com uma constante, a Média do novo conjunto
será igual à Média do conjunto original também somada com aquela mesma constante!
Foi verdade isso? Sim. A Média do conjunto original era X =3. Nós somamos cada
elemento do conjunto original com constante 10. Daí, a Média do novo conjunto será a média
anterior (3) somada também à constante 10. Ou seja, a nova Média será 13.
E se serve para soma, serve também para subtração!
Agora consideremos que cada elemento daquele conjunto original será multiplicado pela
constante 10. Ok? O que ocorrerá àquele conjunto? Será transformado em outro. Passaremos
a ter: {10, 20, 30, 40, 50}.
Não se trata mais da variável original e sim de uma variável transformada!
Transformada por quem? Por uma operação de multiplicação! Calculando a média do novo
conjunto, teremos: (10+20+30+40+50)/5=150/5 Æ X =30.
E nem precisaríamos ter feito este cálculo, pois existe uma propriedade da Média que
diz: multiplicando-se cada elemento de um conjunto original por uma constante, a nova Média
será igual à média anterior também multiplicada pela mesma constante!
Senão, vejamos: a média do conjunto original era X =3. Nós multiplicamos cada
elemento do conjunto original pela constante 10. Daí, a Média do novo conjunto será a média
anterior (3) multiplicada também pela constante 10. Ou seja, a nova Média será 30.
E se serve para produto, serve também para divisão!
Para melhorar a nossa vida e a nossa memorização, resumiremos essas propriedades
todas em uma única (e pequena) frase:
A MÉDIA É INFLUENCIADA PELAS QUATRO OPERAÇÕES!
Ok? É essa a frase que deve ficar guardada em nossa memória!
Agora, sim, posso passar a explicar o método da Variável Transformada!
Retomemos o nosso exemplo já trabalhado:
Exemplo 1 – Solução Alternativa) A tabela abaixo representa os pesos de um grupo de
crianças. Obtenha o peso médio desse conjunto. Não existem observações coincidentes com os
extremos das classes.
Classes fi
(em Kg)
0 --- 10 2
10 --- 20 3
20 --- 30 8
30 --- 40 6
40 --- 50 1
Uma consideração inicial: este método alternativo para cálculo da Média Aritmética de
uma Distribuição de Freqüências, chamado Método da Variável Transformada, só será aplicado,
da forma como aprenderemos aqui, se todas as classes da Distribuição tiverem a mesma
amplitude!
Assim, essa será a nossa preocupação inicial: verificar se todas as classes tem a mesma
amplitude. Se for o caso, prosseguiremos com o método alternativo. Senão, resolveremos a
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questão da forma convencional, aplicando a fórmula da Média para uma distribuição de
freqüências, como foi feito na primeira solução deste exemplo.
No nosso caso, temos que todas as classes possuem a mesma amplitude (h=10).
Assim, poderemos (e deveremos!) utilizar o Método da Variável Transformada. Façamos um
passo a passo.
1º) Construiremos a coluna dos Pontos Médios! (A rigor, basta conhecermos o valor do
primeiro ponto médio). Teremos:
Classes fi PM
0 --- 10 2 5
10 --- 20 3 .
20 --- 30 8 .
30 --- 40 6 .
40 --- 50 1 .
2º) Construiremos uma coluna de transformação da variável. Convém que sigamos a seguinte
h
Ou seja: Ponto Médio menos o primeiro Ponto Médio, e tudo isso dividido pela
amplitude da classe. Construindo essa coluna, teremos:
Classes fi PM (PM − ....
5)
=Yi
10
0 --- 10 2 5
10 --- 20 3 .
20 --- 30 8 .
30 --- 40 6 .
40 --- 50 1 .
Vai ser sempre assim, professor? Vai! Desde que, repito, você aceite aquela minha
sugestão!
Uma observação: vocês viram que eu chamei o resultado dessa coluna de
transformação da variável de Yi. Viram? O que vem a ser este Yi? Ora, ele surgiu de onde? Ele
surgiu de uma transformação que nós fizemos, partindo dos valores dos Pontos Médios da
variável original. Assim, poderemos chamar esse Yi de Ponto Médio Transformado. Ok?
Percebam que, assim como o PM representava a variável original (Xi), o Ponto Médio
Transformado (Yi) representará a variável original (que podemos chamar pelo mesmo nome:
Yi). Ok?
Adiante!
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Como próximo passo, construiremos a coluna do fi.Yi, e faremos imediatamente o seu
somatório.
Teremos:
Æ Y =
∑ fi.Yi
n
Portanto, é esse o nosso próximo passo: calcular a média da variável transformada Y.
Reparem que o numerador desta fórmula é o somatório da coluna que acabamos de
construir. E que o denominador é n (número de elementos do conjunto), que será descoberto
somando-se a coluna da fi (freqüência absoluta simples). Teremos:
Classes fi PM (PM − 5) =Yi
fi.Yi
10
0 --- 10 2 5 0 0
10 --- 20 3 . 1 3
20 --- 30 8 . 2 16
30 --- 40 6 . 3 18
40 --- 50 1 . 4 4
n=20 41
41
Daí: Y = Æ Y = 2,05
20
Pergunta: será que esse valor (2,05) é a resposta da nossa questão?
Claro que não! 2,05 é o valor da média da variável transformada! E não é isso que a
questão pergunta! Estamos à procura da média da variável original ( X ).
Assim, como próximo passo, faremos o desenho de transformação da variável. O que é
isso? É um desenho que retrata a coluna de transformação da variável. Começamos assim: de
um lado, temos a variável original Xi, e de outro, a variável transformada Yi.
Xi Yi
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Percebam que esse desenho deverá ser um retrato fiel da coluna de transformação da
variável. Nesta coluna, a variável original Xi está representada por PM, que é o Ponto Médio
original. E o que foi feito a esse Ponto Médio original? Foram feitas duas operações
matemáticas: primeiro subtraímos todos eles por 5; e depois, dividimos tudo por 10. Estão
vendo isso, lá na coluna de transformação da variável? Pois bem! Essas são, neste nosso
exemplo, as duas operações que transformaram a variável Xi na variável Yi. Teremos:
1º)-5 2º)÷10
Xi Yi
Compreendido como se desenhou este caminho de ida da transformação? Apenas
repetindo as operações que constavam lá na coluna de transformação da variável.
Mas, e se agora quisermos desenhar o caminho de volta? Como se faria o retorno da
variável transformada para a variável original? Basta invertermos as operações do
caminho de ida. Assim, a operação inversa da subtração é a soma; e a operação inversa da
divisão é a multiplicação. Teremos:
1º)-5 2º)÷10
Xi Yi
2º)+5 1º)x10
Xi Yi Y = 2,05
2º)+5 1º)x10
Partindo desse lado direito com Média, chegaremos ao lado esquerdo com Média. Para
tanto, precisaremos percorrer o caminho de volta (em vermelho), passando pelas operações
desse caminho, e lembrando-nos das propriedades da Média.
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Numa frase: a Média é influenciada pelas quatro operações!
Ou seja, qualquer operação que surgir neste caminho de volta (seja de soma,
subtração, produto ou divisão) nós teremos que realizar. Assim, teremos:
Æ 2,05 x 10 = 20,5
E depois: 20,5 +5 = 25,5
Chegamos a:
1º)-5 2º)÷10
X =25,5 Xi Yi Y = 2,05
2º)+5 1º)x10
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Seguindo esses três passos, teremos o seguinte:
Classes fi PM fi.PM
29,5-39,5 4 34,5 138
39,5-49,5 8 44,5 356
49,5-59,5 14 54,5 763
59,5-69,5 20 64,5 1290
69,5-79,5 26 74,5 1937
79,5-89,5 18 84,5 1521
89,5-99,5 10 94,5 945
n=100 6.950
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49,5-59,5 14 . 2 28
59,5-69,5 20 . 3 60
69,5-79,5 26 . 4 104
79,5-89,5 18 . 5 90
89,5-99,5 10 . 6 60
n=100 350
Xi Yi
2º)+34,5 1º)x10
Xi fi
2 |— 4 9
4 |— 6 12
6 |— 8 6
8 |— 10 2
10|— 12 1
(AFTN-96) Para efeito das cinco próximas questões, considere os seguintes dados:
12. Marque a opção que representa a média das idades dos funcionários em
1º/1/90.
a) 37,4 anos b) 37,8 anos c) 38,2 anos d) 38,6 anos e)39,0
anos
13. Marque a opção que representa a média das idades dos funcionários em
1º/1/96.
a) 37,4 anos d) 43,8 anos
b) 39,0 anos e) 44,6 anos
c) 43,4 anos
14. Quer-se estimar o salário médio anual para os empregados da Cia. Alfa.
Assinale a opção que representa a aproximação desta estatística calculada com
base na distribuição de freqüências.
a) 9,93 d) 10,00
b) 15,00 e) 12,50
c) 13,50
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Classes F
29,5 – 39,5 2
39,5 – 49,5 6
49,5 – 59,5 13
59,5 – 69,5 23
69,5 – 79,5 36
79,5 – 89,5 45
89,5 – 99,5 50
16. Assinale a opção que corresponde ao salário anual médio estimado para o
departamento de fiscalização da Cia. X.
a) 70,0 d) 74,4
b) 69,5 e) 60,0
c) 68,0
Classes P
4 – 8 20
8 – 12 60
12 – 16 80
16 – 20 98
20 – 24 100
18. (ANEEL 2004 ESAF) Assinale a opção que dá, aproximadamente, a média
amostral de X
a) 25,00 b) 17,48 c) 18,00 d) 17,65 e) 19,00
Bons estudos!
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AULA 05
Olá, amigos!
Tudo bem com vocês? E tudo bem com os estudos? Espero que sim!
Demos início aos trabalhos, comentando as questões pendentes do nosso...
... Dever de Casa
Sol.: Eis aqui uma questão bastante simples, e que explora uma das propriedades da Média!
Senão, vejamos: é dito pelo enunciado que o salário médio era de $90.000,00.
Já sabemos que o salário médio corresponde à média dos salários!
Após, fala-se que todos os salários – leia-se: todos os elementos do conjunto –
receberam um aumento de 10%. Ora, nosso trabalho será um só: traduzir esta informação!
Teremos que traduzi-la, obviamente, para uma operação matemática!
Aumentar um valor em 10% significa uma operação de quê? Soma? Produto? Quem me
diz? Ora, se você na hora da prova ficar na dúvida, basta fazer um teste: trabalhe com salários
originais de cem, duzentos e trezentos reais, e veja no que resulta um aumento de dez por
cento:
Æ R$100,00, com aumento de 10% vai para: R$110,00
Æ R$200,00, com aumento de 10% vai para: R$220,00
Æ R$300,00, com aumento de 10% vai para: R$330,00
Ora, qual é a mesma operação matemática que fará com que R$100 vire R$110; R$200
vire R$220; e R$300 vire R$330? Resposta: multiplicar por 1,10.
Assim, podemos convencionar: aumento de x% significa um produto por (1,x).
Outras conclusões:
Æ Se o aumento fosse de 20%: produto por 1,20.
Æ Se o aumento fosse de 30%: produto por 1,30.
Æ Se o aumento fosse de 5%: produto por 1,05.
Por outro lado, se a informação adicional fosse:
Æ Redução de 10%: produto por 0,90. (já que 1-0,10=0,90)
Æ Redução de 20%: produto por 0,80. (já que 1-0,20=0,80)
Æ Redução de 5%: produto por 0,95. (já que 1-0,05=0,95).
E assim por diante! Entendido?
Voltando à nossa questão: se todos os elementos do conjunto sofreram um aumento de
10%, ou seja, se todos eles foram multiplicados por 1,10, teremos que, de acordo com a
propriedade, a nova Média do conjunto será igual à Média anterior também multiplicada pela
mesma constante (1,10).
Daí:
Æ Nova Média = 90.000 x 1,10 = 99.000,00 Æ Resposta!
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(TTN-94) Considere a distribuição de freqüências transcrita a seguir:
Xi fi
2 |— 4 9
4 |— 6 12
6 |— 8 6
8 |— 10 2
10|— 12 1
Sol.: Estamos diante de uma Distribuição de Freqüências! Vamos, por primeiro, investigar se é
fato que todas as classes têm a mesma amplitude. É fato? Sim!
Logo, concluímos: podemos usar o Método da Variável Transformada para calcular a
Média do conjunto!
Não vamos perder essa oportunidade de treinar o método! Vamos a ele:
1º) Descobrir o valor do primeiro Ponto Médio:
Xi fi PM
2 |— 4 9 3
4 |— 6 12 .
6 |— 8 6 .
8 |— 10 2 .
10|— 12 1 .
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1º)-3 2º)÷2
Xi Yi Y = 1,133
2º)+3 1º)x2
(AFTN-96) Para efeito das cinco próximas questões, considere os seguintes dados:
12. Marque a opção que representa a média das idades dos funcionários em
1º/1/90.
a) 37,4 anos b) 37,8 anos c) 38,2 anos d) 38,6 anos e)39,0
anos
Sol.: Esta questão é muito interessante! Uma questão para se aprender bastante! E de
resolução quase imediata, conforme veremos.
Primeira coisa: as classes têm mesma amplitude? Sim! Logo, usaremos o método da
variável transformada para encontrar a Média.
Qual o primeiro passo deste método? Encontrar os Pontos Médios! A tabela fornecida na
prova já fez isso para nós? Sim. Este passo já está cumprido!
E depois, o que faríamos nós? Construiríamos uma coluna de transformação da
variável. A questão já fez isso para nós? Sim! A quarta coluna desta tabela é uma coluna de
transformação! O detalhe é que ele, elaborador, na hora de construir essa coluna de
transformação, não adotou aquela sugestão que nós demos na aula passada [(PM-1ºPM)/h].
Mas não tem problema! Se a questão já nos trouxe pronta uma transformação da
variável, nós simplesmente a aceitaremos! Não importa se essa transformação não segue a
sugestão que aprendemos anteriormente. Essa sugestão você poderá (e deverá) usar quando
for você a construir a coluna de transformação! Entendido?
Assim, a coluna de transformação já está pronta, e o Ponto Médio transformado foi
chamado de di pela prova.
Nosso próximo passo seria construir a coluna fi.Yi. No caso, como a prova chamou a
variável transformada de di, teríamos que construir a coluna fi.di e encontrar o seu somatório!
Mas a tabela também já fez esse trabalho para nós! Que maravilha! Já pegamos o
bonde andando, e a viagem já está quase toda completa! Vamos apenas complementar nosso
trabalho com os passos restantes do método!
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Xi di d = 0,16
2º)+37 1º)x5
Observem que, acima da tabela, está escrito que essas idades correspondem à data de
1º/janeiro/1990. Ok? Isso precisará ser lembrado na resolução da próxima questão! Vamos a
ela.
13. Marque a opção que representa a média das idades dos funcionários em
1º/1/96.
a) 37,4 anos d) 43,8 anos
b) 39,0 anos e) 44,6 anos
c) 43,4 anos
Sol.: Essa é de graça! Ora, se a Média das idades no dia 1º/janeiro/1990 foi de 37,8 anos
(resposta da questão anterior), e se foi dito que as pessoas daquele conjunto anterior são
exatamente as mesmas, só que seis anos mais velhas, iremos concluir que os elementos do
nosso novo conjunto (as novas idades) foram todos adicionados à constante seis.
Concordam?
Assim, aplicando a propriedade da Média, teremos que:
Æ Nova Média = Média Anterior + constante
Æ Nova Média = 37,8 + 6 = 43,8 Æ Resposta!
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14. Quer-se estimar o salário médio anual para os empregados da Cia. Alfa.
Assinale a opção que representa a aproximação desta estatística calculada com
base na distribuição de freqüências.
a) 9,93 d) 10,00
b) 15,00 e) 12,50
c) 13,50
Sol.: Aqui temos mais uma questão a ser trabalhada com o Método da Variável Transformada!
Porém, antes, teremos que realizar o trabalho preliminar que aprendemos no início deste
Curso, com o intuito de descobrir os valores da coluna da fi (freqüência absoluta simples).
Vemos, facilmente, que não há nenhum sinal indicativo de freqüência relativa nesta
tabela (nem no enunciado). Assim, a freqüência fornecida é absoluta! E será acumulada
porque o enunciado está dizendo isso expressamente. Ora, para saber se é acumulada
crescente ou decrescente, basta verificarmos os valores da coluna, para enfim concluirmos que
estamos diante da freqüência absoluta acumulada crescente (fac).
O trabalho preliminar necessário para construirmos a coluna da fi já é nosso conhecido,
de sorte que, sem mais demoras, teremos:
Classes de Salário fac fi
( 3 ; 6] 12 12
( 6 ; 9] 30 18
( 9 ; 12] 50 20
(12 ; 15] 60 10
(15 ; 18] 65 5
(18 ; 21] 68 3
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Xi Yi Y = 1,81
2º)+4,5 1º)x3
Sol.: Nova questão para aplicarmos o Método da Variável Transformada! Aqui, novamente, o
único diferencial é que precisaremos novamente cumprir o ritual do trabalho preliminar! Já
trabalhamos, inclusive, com esta tabela. Teremos:
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Classes Fac Fi fi
70-90 5% 5% 10
90-110 15% 10% 20
110-130 40% 25% 50
130-150 70% 30% 60
150-170 85% 15% 30
170-190 95% 10% 20
190-210 100% 5% 10
100% n=200
(x2)
70-90 5% 5% 10 80 0
90-110 15% 10% 20 . 1
110-130 40% 25% 50 . 2
130-150 70% 30% 60 . 3
150-170 85% 15% 30 . 4
170-190 95% 10% 20 . 5
190-210 100% 5% 10 . 6
n=200
70-90 5% 5% 10 80 0 0
90-110 15% 10% 20 . 1 20
110-130 40% 25% 50 . 2 100
130-150 70% 30% 60 . 3 180
150-170 85% 15% 30 . 4 120
170-190 95% 10% 20 . 5 100
190-210 100% 5% 10 . 6 60
n=200 580
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Xi Yi Y = 2,9
2º)+80 1º)x20
Classes F
29,5 – 39,5 2
39,5 – 49,5 6
49,5 – 59,5 13
59,5 – 69,5 23
69,5 – 79,5 36
79,5 – 89,5 45
89,5 – 99,5 50
16. Assinale a opção que corresponde ao salário anual médio estimado para o
departamento de fiscalização da Cia. X.
a) 70,0 d) 74,4
b) 69,5 e) 60,0
c) 68,0
Sol.: A coluna de freqüências apresentada nesta Distribuição foi, mais uma vez, a da
freqüência absoluta acumulada crescente – fac. Precisamos, assim, realizar o trabalho
preliminar, a fim de construir a coluna da fi – freqüência absoluta simples. Teremos:
Classes Fac fi
29,5 – 39,5 2 2
39,5 – 49,5 6 4
49,5 – 59,5 13 7
59,5 – 69,5 23 10
69,5 – 79,5 36 13
79,5 – 89,5 45 9
89,5 – 99,5 50 5
Agora, considerando que todas as classes têm mesma amplitude (h=10), aplicaremos o
método da Variável Transformada. Teremos:
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Classes fac fi PM
29,5 – 39,5 2 2 34,5
39,5 – 49,5 6 4 .
49,5 – 59,5 13 7 .
59,5 – 69,5 23 10 .
69,5 – 79,5 36 13 .
79,5 – 89,5 45 9 .
89,5 – 99,5 50 5 .
Xi Yi Y = 3,5
2º)+34,5 1º)x10
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(Oficial de Justiça Avaliador TJ CE 2002 / ESAF) Para a solução da próxima
questão utilize o enunciado que segue.
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Xi Yi Y = 1,42
2º)+6 1º)x4
18. (ANEEL 2004 ESAF) Assinale a opção que dá, aproximadamente, a média
amostral de X
a) 25,00 b) 17,48 c) 18,00 d) 17,65 e) 19,00
Sol.: Essa tabela nos traz uma lição importante! Olhem para os valores da coluna de
freqüências que foi trazida na tabela. Os valores estão todos decrescentes, não é verdade? E
ainda assim, estamos diante de uma coluna de freqüência simples (fi).
Ou seja, não é pelo mero fato de as freqüências estarem sempre diminuindo, que
estaremos diante de uma freqüência acumulada decrescente; assim como não será acumulada
crescente pelo mero fato de as freqüências estarem aumentando!
Se não for dito que a freqüência é acumulada, resta que será freqüência simples!
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Pois bem! Se já estamos diante da freqüência absoluta simples e se é fato que todas as
classes têm a mesma amplitude, estamos aptos a aplicar o método da variável transformada
para descobrir o valor da Média do conjunto. Fazendo isso, teremos:
1º) Descobrir o valor do primeiro Ponto Médio:
Classes fi PM
0-10 120 5
10-20 90 .
20-30 70 .
30-40 40 .
40-50 20 .
Xi Yi Y = 1,265
2º)+5 1º)x10
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Passemos agora a mais teoria! Ainda não terminamos o estudo das propriedades da
Média. Vamos fazer isso agora!
# Outras Propriedades da Média:
Vejamos logo duas propriedades irmãs:
Æ A soma dos desvios dos elementos do conjunto em torno da Média é igual a
zero!
Como é isso? Vamos considerar o seguinte conjunto: {1, 2, 3, 4, 5}
Æ ∑(Xi- X ) = {(-2)+(-1)+(0)+(1)+(2)}=0
Enfim, esse é o resumo da propriedade: ∑(Xi- X ) = 0
De uma forma resumida, memorizaremos: A soma dos desvios é zero!
Só isso! Esta propriedade poderá ser objeto de uma questão teórica, como já foi, em
provas mais antigas.
Æ ∑(Xi- X ) 2
= {4+1+0+1+4}=10 Æ Este é um valor mínimo!
Mínimo por quê? Porque encontraríamos um valor maior que 10, caso percorrêssemos
todo esse mesmo trajeto, tendo partido do conjunto dos desvios em torno de uma origem
qualquer diferente da Média.
Entenderam? Ainda não? Então, escolham um valor qualquer diferente da Média (3) do
conjunto. Qualquer valor serve! Pode ser o 2, então? Ok! Lembrem-se que 2 não é a Média do
conjunto! Comecemos. Vamos construir o conjunto dos desvios, em torno dessa origem 2.
Teremos:
Æ (Xi-2) = {(1-2),(2-2), (3-2), (4-2), (5-2)} = {-1, 0, 1, 2, 3}
Construindo os quadrados desses desvios, teremos:
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Æ ∑(Xi-2) 2
= {1+0+1+4+9}=15 Æ E 15 é maior que 10.
O que nos irá perguntar a questão da prova? Irá nos perguntar o seguinte: se
juntarmos todos os elementos do conjunto A com todos os elementos do conjunto B, e os
unirmos em um só conjunto maior, qual será a Média desse conjunto global?
Responderemos a esta pergunta usando a seguinte fórmula:
X GLOBAL =
[(n .X ) + (n .X )]
A A B B
(n A + nB )
Trata-se de uma das questões mais fáceis da prova, pois se resume a aplicar a fórmula
acima. Faz-se o copiar-colar e chega-se à resposta! Ok?
Virão duas questões que exploram o conhecimento desta propriedade no dever de casa
que deixarei nesta aula de hoje.
Existe ainda uma informação acerca da Média, e que às vezes, inclusive, é tratada como
uma propriedade, que diz o seguinte:
Æ A Média é influenciada por valores extremos!
O que quer dizer isso? Vejamos o conjunto abaixo:
Æ {1, 2, 3, 4, 5}
A média desse conjunto, já fizemos esse cálculo hoje, é igual a 3.
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# MODA: Mo
Esse é um dos assuntos prediletos das alunas! Qualquer concurseira de respeito sabe
que Moda é aquilo que está em evidência. É isso mesmo? Assim na vida, assim na Estatística.
Moda, em sentido estatístico, será aquele elemento que mais aparece no conjunto!
Só isso! Nada mais fácil! Vamos aprender a reconhecer a moda de um rol, de dados
tabulados e de uma distribuição de freqüências. Vamos lá.
Æ Moda do Rol:
Analise o conjunto abaixo, e me diga qual é o elemento que se sobressai aos demais:
{1, 1, 2, 2, 2, 3, 3, 3, 3, 5, 5, 7, 7, 10}
Facilmente se vê que o elemento de maior freqüência, aquele que mais aparece no
conjunto, é o elemento Xi=3,0.
Está terminado! A Moda desse conjunto é 3. Diremos: Mo=3.
E não se fala mais nisso! Vocês acham, sinceramente, que a Esaf iria colocar uma
questão como essa em prova?
Quem pensou que não errou! Confira a questão abaixo, extraída do AFRF-1998:
(AFTN-98) Os dados seguintes, ordenados do menor para o maior, foram obtidos de uma
amostra aleatória, de 50 preços (Xi) de ações, tomada numa bolsa de valores internacional. A
unidade monetária é o dólar americano.
4, 5, 5, 6, 6, 6, 6, 7, 7, 7, 7, 7, 7, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 9, 9, 9, 9, 9, 9, 10, 10, 10,
10, 10, 10, 10, 10, 11, 11, 12, 12, 13, 13,14, 15, 15, 15, 16, 16, 18, 23
Com base nestes dados, assinale a opção que corresponde ao preço modal.
a) 7 b) 23 c) 10 d) 8 e) 9
Sol.: Vejam que o conjunto foi apresentado na forma de um rol. E seus elementos
representam preços. Daí, a questão pede que se calcule o preço modal.
Se os elementos representassem salários, a questão pediria o salário modal.
Se os elementos representassem pesos, a questão pediria o peso modal.
Se representassem idades, a idade modal. E assim por diante!
Pois bem! Aqui, usaremos a técnica milenar do dedo. Basta colocar o dedo em cima dos
elementos do conjunto, e contar, para descobrir aquele que aparece mais vezes que os
demais!
Conclusão: o elemento Xi=8 é o que mais aparece. É aquele de maior freqüência. Logo,
é a Moda desse conjunto e a resposta da questão!
E acreditem: isso valeu um ponto numa prova de Auditor-Fiscal da Receita Federal.
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Isso corrobora a minha tese de que nem só de questões difíceis se faz uma prova!
Também existem as fáceis, as muito fáceis, as facílimas, e as estupidamente bestas!
E essas nós não podemos errar, nem em pesadelo.
Pois bem. Mais algumas informações:
Æ Se o conjunto apresenta uma só moda, será dito conjunto modal.
Mas, considere o rol abaixo:
{1, 2, 2, 2, 3, 3, 5, 7, 7, 7, 9, 10}
Quem é a moda desse conjunto? Não é apenas uma, mas são duas: o elemento 2 e o
elemento 7. Estamos, pois, diante de um conjunto dito bimodal.
E se houver três ou mais modas em um conjunto? Então estaremos diante de um
conjunto multimodal.
Atente agora para o seguinte conjunto:
{1, 2, 3, 4, 5}
Quem arrisca dizer qual é a Moda dele? Existe algum elemento que se destaca em
relação aos demais? Um elemento que aparece mais que os outros? Não! Nenhum elemento se
destaca. Daí, concluímos que não há moda neste rol, de sorte que estamos diante de um
conjunto amodal.
Conclusão: diferentemente da Média Aritmética, que sempre existe e é única, a Moda
pode existir, pode não existir e, no primeiro caso, pode haver uma, ou duas, ou várias Modas
em um mesmo conjunto!
Alguma dúvida para a Moda de um rol? Creio que não! Adiante.
Até aqui, tudo tranqüilo? Tranqüilíssimo! Pois bem. O segundo passo consiste em:
2º) Aplicar a Equação da Moda de Czuber. É a seguinte:
⎡ ∆a ⎤
Mo = l inf + ⎢ ⎥.h
⎣ ∆a + ∆p ⎦
Observem que os elementos desta fórmula serão extraídos daquela Classe Modal que
acabamos de identificar no primeiro passo. Ok? Assim, o limite inferior (linf) a que se refere a
equação é o limite inferior da classe modal; a amplitude (h) a que se refere a equação é a
amplitude da classe modal.
E esses deltas da fórmula, significam o quê? Delta significa diferença.
Quando falamos em ∆a estamos nos referindo à diferença anterior. E quando falamos
em ∆p estamos nos referindo à diferença posterior.
Tanto ∆a quanto ∆p serão calculados com base em um mesmo referencial: a freqüência
absoluta simples da classe modal. Assim:
Æ ∆a é a diferença entre a fi da classe modal e a fi da classe anterior; e
Æ ∆p é a diferença entre a fi da classe modal e a fi da classe posterior.
No caso do nosso exemplo teremos:
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Classes fi
0-10 2
10-20 4 ∆a=3
20-30 7
30-40 5 ∆p=2
40-50 2
⎡ ∆a ⎤ ⎡ 3 ⎤
Æ Mo = l inf + ⎢ ⎥.h Æ Mo = 20 + ⎢ .10 Æ Mo=26 Æ Resposta!
⎣ ∆a + ∆p ⎦ ⎣ 3 + 2 ⎥⎦
Pode haver questão mais fácil do que esta? Não pode! E cai na prova, exatamente
desse jeito! Um ponto garantido a mais para nós.
Aprendamos agora o cálculo da Moda de King. Em dois passos:
1º) Identificar a Classe Modal.
Já sabemos fazer isso: a classe modal é sempre aquela de maior freqüência absoluta
simples!
2º) Aplicar a equação de King, que é a seguinte:
⎡ fp ⎤
Mo = l inf + ⎢ ⎥.h
⎣ fp + fa ⎦
Daí:
⎡ fp ⎤ ⎡ 5 ⎤
Æ Mo = l inf + ⎢ ⎥.h Æ Mo = 20 + ⎢ .10 Æ Mo=25,56 Æ Resposta!
⎣ fp + fa ⎦ ⎣ 4 + 5 ⎥⎦
# Mediana: Md
Como o próprio nome pode sugerir, a Mediana é aquele elemento que está
rigorosamente no meio do conjunto, dividindo-o em duas partes iguais, ou seja, em duas
metades!
O cálculo da Mediana é quase sempre uma questão certa na prova! Uma questão que
não podemos e não iremos errar de jeito nenhum!
Æ Mediana para o Rol:
Consideremos o seguinte conjunto:
Æ {10, 20, 30, 40, 50}
Só olhando, seremos capazes de dizer qual é o elemento que está no meio deste
conjunto? Claro! É o elemento 30. Concordam? Ficaram dois elementos à sua direita, e dois à
sua esquerda. Ele está, portanto, no meio do conjunto. E sendo assim, é a Mediana!
Æ {10, 20, 30, 40, 50}
Md=30
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Vocês perceberam que o conjunto acima tem um número ímpar de elementos. Para ele,
temos que n=5.
Sempre que isso ocorrer, ou seja, sempre que o conjunto tiver um número ímpar de
elementos, significa que só haverá uma posição central.
E o elemento que ocupar esta posição central será a própria Mediana do conjunto!
Há um cálculo que podemos fazer para descobrir qual é a posição central, no caso de o
conjunto apresentar um número ímpar de elementos. Este cálculo é o seguinte:
Æ Posição Central = (n+1)/2
Isto é para quando n for um número ímpar!
Reparem bem que o resultado desta conta não é a Mediana do conjunto, e sim a sua
posição central. O elemento que ocupar esta posição central será, este sim, a Mediana.
No nosso exemplo, tínhamos n=5. (Um número ímpar, o que indica a existência de
uma única posição central)! Assim, faremos: (n+1)/2=(5+1)/2=3ª Posição!
Esta é a posição central do conjunto! Daí, usando novamente a técnica milenar do
dedo, você vai contar as posições do conjunto, até chegar à terceira. O elemento que a ocupar
será a Mediana que estamos procurando! Teremos:
Æ {10, 20, 30, 40, 50}
3ª Posição Æ Md=30
4, 5, 5, 6, 6, 6, 6, 7, 7, 7, 7, 7, 7, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 9, 9, 9,
9, 9, 9, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 11, 11, 12, 12, 13, 13,14, 15,
15, 15, 16, 16, 18, 23
Sol.: Estamos diante de um rol de 50 elementos. Portanto, n=50, que é um número par! Se n
é um número par, teremos duas posições centrais, que serão, respectivamente:
Æ 1ª Posição Central: (n/2)=50/2= 25ª Posição
Æ 2ª Posição Central: a vizinha posterior = 26ª Posição
Sabendo disso, e usando a milenar técnica do dedo, contaremos os elementos, para
saber quais deles ocupam estas duas posições centrais. Vamos lá:
4, 5, 5, 6, 6, 6, 6, 7, 7, 7, 7, 7, 7, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 9, 9, 9,
9, 9, 9, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 11, 11, 12, 12, 13, 13,14, 15,
15, 15, 16, 16, 18, 23
Os dois elementos que ocupam as duas posições centrais são, ambos, iguais a 9. Nem
precisaremos perder tempo somando-os e dividindo o resultado por dois. Concordam?
Basta dizer que a Mediana é igual a 9 e pronto! Daí: Md=9 Æ Resposta!
Vou dar um pequeno salto, e ensinar logo o cálculo da Mediana para uma Distribuição
de Freqüências. Ok? Numa outra ocasião eu retorno e ensino a mediana para dados tabulados.
Pode ser? (Vamos ganhar um pouquinho de tempo!).
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Classes fi fac
0-10 2 2
10-20 4 6
20-30 7 13 ÆClasse Mediana!
30-40 5 18
40-50 2 20
n=20
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Traremos essa classe mediana aqui para fora, e nosso desenho será construído da
seguinte maneira:
Æ Na parte de cima do desenho, colocaremos os limites da classe. Teremos:
Limites da Classe: 20 30
Limites da Classe: 20 30
fac associadas: 6 13
Limites da Classe: 20 30
fac associadas: 6 10 13
Ora, a esta décima posição corresponde qual elemento dentro da classe? Corresponde à
Mediana. Assim, concluiremos o desenho, fazendo:
Limites da Classe: 20 Md 30
fac associadas: 6 10 13
É preciso agora que você releia com calma os passos necessários à feitura deste
desenho acima. À primeira vista, parece ser complicado. Mas não é! Quando nos habituarmos
a trabalhar com ele, estejam certos de que se tornará facílimo!
Uma vez diante deste desenho, marcaremos o pedaço da classe que vai do limite
inferior até a Mediana, e procuraremos por quatro valores. Os seguintes:
Limites da Classe: 20 Md 30
fac associadas: 6 10 13
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10
Limites da Classe: 20 Md 30
fac associadas: 6 10 13
4
10 x
7 4
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Assinale a opção que corresponde à estimativa da mediana amostral do atributo X.
a) 71,04 d) 68,08
b) 65,02 e) 70,02
c) 75,03
Sol.: A questão pediu o cálculo da Mediana da Distribuição de Freqüências. Vamos fazer isso
apenas seguindo os passos que aprendemos acima, como se estivéssemos seguindo uma
receita de bolo. Não tem errada! Vamos:
1º) Encontrar o valor do n (somando a coluna da fi) e calcular a fração da Mediana
(n/2). Teremos:
Classes fi
29,5-39,5 4
39,5-49,5 8
49,5-59,5 14
59,5-69,5 20
69,5-79,5 26
79,5-89,5 18
89,5-99,5 10
n=100
Æ (n/2)=50
Classes fi fac
29,5-39,5 4 4
39,5-49,5 8 12
49,5-59,5 14 26
59,5-69,5 20 46
69,5-79,5 26 72
79,5-89,5 18 90
89,5-99,5 10 100
n=100
3º) Comparar os valores da fac com o valor da fração da Mediana (n/2), fazendo a
velha pergunta: esta fac é maior ou igual a (n/2)? até que a resposta seja sim!
Classes fi fac
29,5-39,5 4 4 Æ 4 é maior ou igual a 50? Não! (Adiante!)
39,5-49,5 8 12 Æ 12 é maior ou igual a 50? Não! (Adiante!)
49,5-59,5 14 26 Æ 26 é maior ou igual a 50? Não! (Adiante!)
59,5-69,5 20 46 Æ 46 é maior ou igual a 50? Não! (Adiante!)
69,5-79,5 26 72 Æ 72 é maior ou igual a 50? SIM! (PARAMOS AQUI!)
79,5-89,5 18 90
89,5-99,5 10 100
n=100
Com esses passos iniciais, conseguimos identificar qual é a Classe Mediana (69,5-79,5).
Resta-nos preparar o desenho, para cálculo da Mediana!
Comecemos com a parte de cima do desenho, onde colocaremos os limites da Classe
Mediana. Teremos:
Quase lá! Qual é a posição da Mediana neste conjunto? É o resultado da fração: 50.
Assim, associada à posição 50 teremos a Mediana. Nosso desenho completo é o seguinte:
Uma vez que o desenho já está completo, iremos à procura de quatro valores.
Faremos:
10
26
Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
10 x
26 4
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(4x10)/26 Æ X=1,54
Finalmente, o que falta ser feito é apenas somar o limite inferior da classe mediana ao
valor do X que acabamos de calcular. Teremos:
Æ Md=69,5+1,54 Æ Md=71,04 Æ Resposta!
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E aí? Fácil, não? Facílimo! E vai ficar ainda mais quando você praticar, resolvendo várias
questões de provas recentes!
Convém que você repita as resoluções até que esses passos fiquem todos
automatizados em sua mente. Na hora da prova, é só ligar o piloto automático e sair
resolvendo a questão sem dificuldade alguma!
Mais algumas informações. Considere o seguinte conjunto:
Æ {1, 2, 3}
A Mediana, todos concordam, é Md=2.
Se somarmos os elementos deste conjunto com a constante 10, teremos:
Æ {11, 12, 13}
E a nova mediana é 12. Ou seja, valeu aqui também para a Mediana a propriedade da
soma (e da subtração)!
Se multiplicarmos todos os elementos do conjunto original por 10, teremos:
Æ {10, 20, 30}
A nova mediana é 20. Vale também para a Mediana a propriedade do produto (e da
divisão)!
Em suma: a Mediana também é influenciada pelas quatro operações!
Se você trocar 3 por 300, nosso conjunto original agora será:
Æ {1, 2, 300}
E a Mediana continuará a ser 2. Ou seja, a Mediana, assim como a Moda (e
diferentemente da Média), não é influenciada por valores extremos!
Certo?
Ótimo! Há ainda mais a se falar acerca das três medidas de tendência central. Mas eu
creio que por hoje já temos um considerável número de informações para assimilar.
Concordam?
Fiquem então com o nosso...
∑i =1 ( xi − a) = 0
n
equação é sempre verdadeira.
a) A média dos valores x.
b) A mediana dos valores x.
c) A moda dos valores x.
d) O desvio padrão dos valores x.
e) O coeficiente de assimetria dos valores x.
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03. (Auditor do Tesouro Municipal - Recife 2003/ ESAF) Em uma amostra,
realizada para se obter informação sobre a distribuição salarial de homens e
mulheres, encontrou-se que o salário médio vale R$ 1.200,00. O salário médio
observado para os homens foi de R$ 1.300,00 e para as mulheres foi de R$
1.100,00. Assinale a opção correta.
a) O número de homens na amostra é igual ao de mulheres.
b) O número de homens na amostra é o dobro do de mulheres.
c) O número de homens na amostra é o triplo do de mulheres.
d) O número de mulheres é o dobro do número de homens.
e) O número de mulheres é o quádruplo do número de homens.
a) 7 b) 23 c) 10 d) 8 e) 9
07. (ANAL. FIN. E CONT. GDF-94) Os valores (em 1000 URVs) de 15 imóveis
situados em uma determinada quadra são apresentados a seguir, em ordem
crescente: 30, 32, 35, 38, 50, 58, 64, 78, 80, 80, 90, 112, 180, 240 e 333.
Então, a mediana dos valores destes imóveis é:
a) 78 c) 80
b) 79 d) 100
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(AFC-94 ESAF) Para a solução da questão seguinte, utilize a série estatística
abaixo:
2 5 7 13
3 6 9 13
3 6 11 13
4 6 11 13
4 7 12 15
fi
12
10
8
4
2
2 4 6 8 10 12 14 16 idades
Quantidade de Quantidade de
salários mínimos funcionários
2 |— 4 25
4 |— 6 35
6 |— 8 20
8 |— 10 15
10|— 12 5
Total 100
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É correto afirmar que:
a) 20% dos funcionários recebem acima de 6 salários mínimos
b) a mediana é 7 salários mínimos
c) 60% dos funcionários recebem menos que 6 salários mínimos
d) o salário médio é de 7 salários mínimos
e) 80% dos funcionários recebem de 6 a 8 salários mínimos
classes fi
2 |— 4 7
4 |— 6 9
6 |— 8 18
8 |—10 10
10 |— 12 6
Total
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(AFTN-96) Para efeito das cinco próximas questões, considere os seguintes dados:
16. Marque a opção que representa a mediana das idades dos funcionários em
1º/1/90.
a) 35,49 anos b)35,73 anos c) 35,91 anos d)37,26 anos e)38,01 anos
17. Marque a opção que representa a moda das idades dos funcionários em
1º/1/90.
a) 35,97 anos d) 37,03 anos
b) 36,26 anos e) 37,31 anos
c) 36,76 anos
Para efeito das duas questões seguintes, sabe-se que o quadro de pessoal da
empresa continua o mesmo em 1º/1/96.
18. Marque a opção que representa a mediana das idades dos funcionários em
1º/1/96.
a) 35,49 anos c) 41,49 anos e) 43,26 anos
b) 36,44 anos d) 41,91 anos
(AFRF-2000) Para efeito das duas próximas questões faça uso da tabela de
freqüências abaixo.
19. Quer-se estimar o salário mediano anual da Cia. Alfa. Assinale a opção que
corresponde ao valor aproximado desta estatística, com base na distribuição
de freqüências.
a) 12,50 d) 12,00
b) 9,60 e) 12,10
c) 9,00
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(AFRF-2002) Para a solução da próxima questão utilize o enunciado que segue.
Em um ensaio para o estudo da distribuição de um atributo financeiro (X) foram
examinados 200 itens de natureza contábil do balanço de uma empresa. Esse
exercício produziu a tabela de freqüências abaixo. A coluna Classes representa
intervalos de valores de X em reais e a coluna P representa a freqüência
relativa acumulada. Não existem observações coincidentes com os extremos das
classes.
Classes P (%)
70-90 5
90-110 15
110-130 40
130-150 70
150-170 85
170-190 95
190-210 100
(AFRF-2002.2) Para a solução das duas próximas questões utilize o enunciado que
segue. O atributo do tipo contínuo X, observado como um inteiro, numa amostra de
tamanho 100 obtida de uma população de 1000 indivíduos, produziu a tabela de
freqüências seguinte:
Classes Freqüência (f)
29,5-39,5 4
39,5-49,5 8
49,5-59,5 14
59,5-69,5 20
69,5-79,5 26
79,5-89,5 18
89,5-99,5 10
Classes F
29,5 - 39,5 2
39,5 - 49,5 6
49,5 - 59,5 13
59,5 - 69,5 23
69,5 - 79,5 36
79,5 - 89,5 45
89,5 - 99,5 50
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23. Assinale a opção que corresponde ao salário modal anual estimado para o
departamento de fiscalização da Cia. X, no conceito de Czuber.
a) 94,5 d) 69,7
b) 74,5 e) 73,8
c) 71,0
Classe de mi fi
Preços
[ 5 – 9) 7 3
[ 9 – 13) 11 5
[13 – 17) 15 7
[17 – 21) 19 6
[21 – 25) 23 3
[25 – 29) 27 1
Classes Fi
4|—6 12
6|—8 36
8|—10 18
10|—12 4
a) 7,14 7,28 d) 5,84 7,5
b) 6,54 5,78 e) 6,24 6,78
c) 7,24 6,38
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Classes P
4 – 8 20
8 – 12 60
12 – 16 80
16 – 20 98
20 – 24 100
29. (ANEEL 2004 ESAF) Assinale a opção que dá a moda no conceito de Czuber.
a) 5 b) 4 c) 8 d) 10 e) 15
30. (ANEEL 2004 ESAF) Assinale a opção que dá o valor aproximado da mediana
amostral das observações de . X
a) 20,0 b) 5,0 c) 12,0 d) 15,8 e) 15,6
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AULA 06
Olá, amigos!
Darei início, meus queridos, com um pedido de desculpas, uma vez que tive dias
realmente difíceis esta semana, de sorte que não poderei escrever hoje a aula que gostaria.
Tentarei resolver uma parte das questões do Dever de Casa que ficaram da aula passada, e
realmente não sei se terei condições sequer de resolvê-las todas.
Reafirmo, de antemão, o compromisso de essa aula resumida em nada prejudicar a
nenhum de vocês, pois tenham como certa a reposição de todo o conteúdo do programa que
seria visto nesta aula seis. Ok?
Espero contar, novamente, com a compreensão de todos!
Dito isso, comecemos os trabalhos, comentando as questões pendentes do nosso...
... Dever de Casa
∑i =1 ( xi − a) = 0
n
equação é sempre verdadeira.
a) A média dos valores x.
b) A mediana dos valores x.
c) A moda dos valores x.
d) O desvio padrão dos valores x.
e) O coeficiente de assimetria dos valores x.
Sol.: Esta questão é muito fácil, desde que você se lembre daquela propriedade, estudada por
nós, segundo a qual a soma dos desvios em torno da média é igual a zero! Ou seja:
Æ Σ(Xi- X )=0
Assim, para que a igualdade acima – Σ(Xi-a)=0 – se confirme, é preciso que o a seja a
Média do conjunto! E apenas isso!
Daí: opção A Æ Resposta!
Æ X GLOBAL =
[(n .X ) + (n .X )]
A A B B
(n A + nB )
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Æ 500 =
[(520.nH ) + (420.nM )] Æ 500.nH + 500.nM = 520.nH + 420.nM
(nH + nM )
Passando tudo para o mesmo lado, teremos:
Æ 20.nH = 80.nM
Æ nH = 4.nM Æ Letra C Æ Resposta!
Sol.: Nova questão do mesmo assunto da anterior! Vamos usar a propriedade da média das
médias.
Também estamos falando nos salários médios de homens e mulheres. (Quanta
criatividade da elaboradora...)! Aplicação direta da fórmula!
Nossos dados são:
Æ Média Global = 1.200,00
Æ Média Empregados = 1.300,00
Æ Média Empregadas = 1.100,00
Daí, teremos:
Æ X GLOBAL =
[(n .X ) + (n .X )]
A A B B
(nA + nB )
Æ 1200 =
[(1300.nH ) + (1100.nM )] Æ 1200.nH + 1200.nM = 1300.nH + 1100.nM
(nH + nM )
Passando tudo para o mesmo lado, teremos:
Æ 100.nH = 100.nM
Æ nH = nM Æ Letra A Æ Resposta!
a) 7 b) 23 c) 10 d) 8 e) 9
Sol.: Uma das questões mais fáceis entre as últimas provas do Fiscal da Receita.
O conjunto foi apresentado na forma de um rol, e foi questionado o valor da Moda!
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Sabemos que a Moda é aquele elemento que mais aparece no conjunto! Daí, usaremos
a técnica milenar do dedo, e sairemos contando para descobrir esse elemento!
Qual foi? Foi o 8. Pronto! É a nossa Moda!
Assim: Letra D Æ Resposta!
Sol.: A questão pediu a Mediana de um conjunto, que ainda não está em forma de rol.
Perceberam isso? Os dados estão todos desordenados. São dados brutos!
Nosso primeiro passo será, pois, o de transformar esses dados brutos em rol.
E somente após fazermos isso, é que poderemos procurar pela Mediana! Assim,
teremos:
Æ {5, 8, 8, 11, 11, 14, 16}
Agora, sim! É um rol de 7 (sete) elementos!
Um número ímpar de elementos, o que significa que haverá apenas uma posição
central. E o elemento que a ocupar será a própria Mediana.
Quem se lembra do cálculo que faremos para identificar essa posição central? A
seguinte: (n+1)/2.
Assim: (n+1)/2 = (7+1)/2 = 8/2 = 4ª Posição!
O elemento que ocupa esta quarta posição é o 11.
Daí: Md=11 Æ Letra A Æ Reposta!
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07. (ANAL. FIN. E CONT. GDF-94) Os valores (em 1000 URVs) de 15 imóveis
situados em uma determinada quadra são apresentados a seguir, em ordem
crescente: 30, 32, 35, 38, 50, 58, 64, 78, 80, 80, 90, 112, 180, 240 e 333.
Então, a mediana dos valores destes imóveis é:
a) 78 c) 80
b) 79 d) 100
Sol.: Mais uma questão pedindo a Mediana de um conjunto. Só que agora os elementos já
estão dispostos na forma de um Rol.
Começaremos contando quantos elementos há neste rol. Quantos são? São 15 (quinze),
um número ímpar de elementos! Assim, só haverá uma posição central, que é a seguinte:
Assim: (n+1)/2 = (15+1)/2 = 16/2 = 8ª Posição!
O elemento que ocupa esta oitava posição é o 78.
Daí: Md=78 Æ Letra A Æ Reposta!
Sol.: Podemos, se quisermos, dispor esses elementos de forma linear, criando um rol.
Teremos:
Æ {2, 3, 3, 4, 4, 5, 6, 6, 6, 7, 7, 9, 11, 11, 12, 13, 13, 13, 13, 15}
É um rol de vinte elementos.
A questão pergunta pela Mediana e pela Moda. Comecemos por esta última.
A Moda do rol é aquele elemento que mais aparece. Assim: Mo=13.
A respeito da Mediana, vemos que há um número par de elementos (n=20), e que,
assim, haverá duas posições centrais no conjunto, determinadas da seguinte forma:
Æ 1ª Posição Central = (n/2) = 20/2 = 10ª Posição
Æ 2ª Posição Central = A vizinha posterior = 11ª Posição
Agora, descobriremos quais são os dois elementos que ocupam a 10ª e 11ª posições.
Quais são? 7 e 7. Assim, nem precisaremos perder tempo somando-os e dividindo a soma por
dois. Basta dizer que Md=7.
Daí: Letra D Æ Resposta!
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c) Em uma distribuição de freqüências existe uma freqüência relativa acumulada
unitária, ou no primeiro, ou no último intervalo de classe.
Certo! Quando aprendemos a trabalhar com as colunas de freqüência de uma
distribuição, vimos que as duas freqüências relativas acumuladas apresentam sempre 100%,
ou na primeira classe (no caso da Fad) ou na última (no caso da Fac). Ora, 100% expresso
em termos unitários é igual a 1 (a unidade)!
Assim: Letra C Æ Resposta!
fi
12
10
8
4
2
2 4 6 8 10 12 14 16 idades
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Quantidade de Quantidade de
salários mínimos funcionários
2 |— 4 25
4 |— 6 35
6 |— 8 20
8 |— 10 15
10|— 12 5
Total 100
É correto afirmar que:
a) 20% dos funcionários recebem acima de 6 salários mínimos
b) a mediana é 7 salários mínimos
c) 60% dos funcionários recebem menos que 6 salários mínimos
d) o salário médio é de 7 salários mínimos
e) 80% dos funcionários recebem de 6 a 8 salários mínimos
Sol.: Nesta tabela, vemos que n=100 elementos. Assim, se quisermos trabalhar com valores
percentuais, teremos que relação entre as freqüências absolutas e relativas é de um para um.
Ou seja, as freqüências que estão nesta coluna podem ser, perfeitamente, consideradas
relativas!
Assim, teremos:
Classes Fi
2-4 25%
4-6 35%
6-8 20%
8-10 15%
10-12 5%
Total: 100%
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2 |— 4 9
4 |— 6 12
6 |— 8 6
8 |— 10 2
10|— 12 1
Limites da Classe: 4 Md 6
fac associadas: 9 15 21
6
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12
Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
2 x
12 6
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(2x6)/12 Æ X=1,0
Finalmente, o que falta ser feito é apenas somar o limite inferior da classe mediana ao
valor do X que acabamos de calcular. Teremos:
Æ Md=4+1 Æ Md=5,0 Æ Resposta!
Repare na pergunta da segunda classe: Esta fac (10) é maior ou igual a 10?
Qual a resposta! Sim! É o quê? É IGUAL!
O ensinamento é este: sempre que estivermos à procura da Classe Mediana e, na hora
das perguntas, encontrarmos uma fac que seja exatamente igual à fração da Mediana,
diremos imediatamente, sem perder mais um segundo sequer, que a Mediana é igual ao
limite superior desta classe!
Assim, sem precisarmos fazer conta alguma, teremos que:
Æ Md=65 Æ Letra C Æ Resposta!
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classes fi
2 |— 4 7
4 |— 6 9
6 |— 8 18
8 |—10 10
10 |— 12 6
Total
a) Têm valor superior ao da média aritmética
b) Têm valor inferior ao da média aritmética
c) Têm o mesmo valor
d) Diferem por um valor igual a 10% da média aritmética
e) Diferem por um valor superior a 10% da média aritmética.
99
Æ Daí: Y= = 1,98
50
Obs.: Sempre que precisarmos dividir qualquer valor por 50, muito melhor é fazer o
seguinte: multiplica-se o tal valor por 2 e divide-se o resultado por 100. Sai mais rápido!
Daí, o desenho de transformação e os cálculos restantes são os seguintes:
1º)-3 2º)÷2
Xi Yi Y = 1,98
2º)+3 1º)x2
Assim: X = 6,96
Classes fi fac
2-4 7 7 Æ Esta fac é ≥ 25? Não! Adiante!
4-6 9 16 Æ Esta fac é ≥ 25? Não! Adiante!
6-8 18 34 Æ Esta fac é ≥ 25? Sim!
8-10 10 44
10-12 6 50
n=50
Teremos:
Limites da Classe: 6 Md 8
fac associadas: 16 25 34
9
18
Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
2 x
18 9
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(2x9)/18 Æ X=1,0
Finalmente, o que falta ser feito é apenas somar o limite inferior da classe mediana ao
valor do X que acabamos de calcular. Teremos:
Æ Md=6+1 Æ Md=7,0
16. Marque a opção que representa a mediana das idades dos funcionários em
1º/1/90.
a) 35,49 anos b)35,73 anos c) 35,91 anos d)37,26 anos e)38,01 anos
Sol.: Questão muito tranqüila esta! É fornecida uma distribuição de freqüências e solicita-se
que calculemos a Mediana do conjunto.
Seguindo os passos já conhecidos nossos, teremos:
Classes de fi fac
Idades
(anos)
19,5 |— 24,5 2 2 Æ Esta fac é ≥ 50? Não! Adiante!
24,5 |— 29,5 9 11 Æ Esta fac é ≥ 50? Não! Adiante!
29,5 |— 34,5 23 34
Æ Esta fac é ≥ 50? Não! Adiante!
34,5 |— 39,5 29 63
39,5 |— 44,5 18 81 Æ Esta fac é ≥ 50? Sim!
44,5 |— 49,5 12 93
49,5 |— 54,5 7 100
Total n=100
Teremos:
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29
Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
5 x
29 16
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(5x16)/29 Æ X=2,76
Finalmente, o que falta ser feito é apenas somar o limite inferior da classe mediana ao
valor do X que acabamos de calcular. Teremos:
Æ Md=34,5+2,76 Æ Md=37,26 Æ Resposta!
17. Marque a opção que representa a moda das idades dos funcionários em
1º/1/90.
a) 35,97 anos d) 37,03 anos
b) 36,26 anos e) 37,31 anos
c) 36,76 anos
⎡ ∆a ⎤ ⎡ 6 ⎤
Æ Mo = l inf + ⎢ ⎥.h Æ Mo = 34,5 + ⎢ .5 Æ Mo=26,26 anos Æ Resposta!
⎣ ∆a + ∆p ⎦ ⎣ 6 + 11⎥⎦
Para efeito das duas questões seguintes, sabe-se que o quadro de pessoal da
empresa continua o mesmo em 1º/1/96.
18. Marque a opção que representa a mediana das idades dos funcionários em
1º/1/96.
a) 35,49 anos c) 41,49 anos e) 43,26 anos
b) 36,44 anos d) 41,91 anos
Sol.: A questão trabalha com a mesma tabela da anterior, exceto pelo fato de que agora
estamos em outra data: 1º/janeiro/1996. Ou seja, seis anos após a data de confecção da
Distribuição original.
Ora, se a tabela representa idades, e agora estamos seis anos após, significa que todas
aquelas idades foram adicionadas à constante 6.
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Aprendemos que a Mediana, a exemplo da Média e da Moda, também é influenciada
pelas quatro operações!
Sabendo disso, e conhecendo que a Mediana original era de 37,26 anos, a nova
Mediana será:
Æ Md= 37,26+6 = 43,26 Æ Resposta!
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Olá, amigos!
Tudo bem com vocês?
Antes de começar, preciso dizer-lhes que houve um problema de comunicação entre mim
e o pessoal do Site, que põe a aula no ar. Um equívoco que partiu de mim, na realidade. Eu
escrevi esta aula 7 de Estatística oportunamente, na semana passada. Mas ao enviar para o
Site, acabei anexando a aula 7 do outro Curso que estou escrevendo, o de Matemática
Financeira...
Enfim, peço desculpas pela ausência desta aula 7 na semana passada.
O fato é que o mundo ideal é platônico... Mas, vamos em frente! O importante é que
estudemos e aprendemos o assunto! Vou me esforçar mais para que esse fato não se repita!
Ok? Pois bem!
Vamos dar início à nossa aula de hoje, resolvendo as questões pendentes do último...
(AFRF-2000) Para efeito das duas próximas questões faça uso da tabela de
freqüências abaixo.
01. Quer-se estimar o salário mediano anual da Cia. Alfa. Assinale a opção que
corresponde ao valor aproximado desta estatística, com base na distribuição de
freqüências.
a) 12,5 b) 9,6 c) 9,0 d) 12 e) 12,1
Teremos:
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Limites da Classe: 9 Md 12
fac associadas: 30 34 50
4
20
Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
3 x
20 4
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(3x4)/20 Æ X=0,6
Finalmente, o que falta ser feito é apenas somar o limite inferior da classe mediana ao
valor do X que acabamos de calcular. Teremos:
Æ Md=9+0,6 Æ Md=9,6 Æ Resposta!
Classes P (%)
70-90 5
90-110 15
110-130 40
130-150 70
150-170 85
170-190 95
190-210 100
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c) 136,67
Sol.: Mais uma questão de Mediana! O enunciado falou em quinto decil. Por hora, basta que
você saiba que quinto decil é sinônimo de Mediana. Ok? Vamos lá! Fazendo o trabalho preliminar
para preparar esta tabela, teremos:
Teremos:
20
60
Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
20 x
60 20
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(20x20)/60 Æ X=6,67
Finalmente, o que falta ser feito é apenas somar o limite inferior da classe mediana ao
valor do X que acabamos de calcular. Teremos:
Æ Md=130+6,67 Æ Md=136,67 Æ Resposta!
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(AFRF-2002.2) Para a solução das duas próximas questões utilize o enunciado que
segue.
Classes fi fac
29,5-39,5 4 4 Æ Esta fac é ≥ 50? Não! Adiante!
39,5-49,5 8 12 Æ Esta fac é ≥ 50? Não! Adiante!
49,5-59,5 14 26 Æ Esta fac é ≥ 50? Não! Adiante!
59,5-69,5 20 46 Æ Esta fac é ≥ 50? Não! Adiante!
69,5-79,5 26 72 Æ Esta fac é ≥ 50? Sim!
79,5-89,5 18 90
89,5-99,5 10 100
n=100
Daí:
10
26
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Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
10 x
26 4
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(10x4)/26 Æ X=1,54
Finalmente, o que falta ser feito é apenas somar o limite inferior da classe mediana ao
valor do X que acabamos de calcular. Teremos:
Æ Md=69,5+1,54 Æ Md=71,04 Æ Resposta!
⎡ ∆a ⎤ ⎡ 6 ⎤
Æ Mo = l inf + ⎢ ⎥.h Æ Mo = 69,5 + ⎢ .10 Æ Mo=73,78 Æ Resposta!
⎣ ∆a + ∆p ⎦ ⎣ 6 + 8 ⎥⎦
Classes F
29,5 - 39,5 2
39,5 - 49,5 6
49,5 - 59,5 13
59,5 - 69,5 23
69,5 - 79,5 36
79,5 - 89,5 45
89,5 - 99,5 50
05. Assinale a opção que corresponde ao salário modal anual estimado para o
departamento de fiscalização da Cia. X, no conceito de Czuber.
a) 94,5 d) 69,7
b) 74,5 e) 73,8
c) 71,0
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Classes fac fi
29,5-39,5 2 2
39,5-49,5 6 4
49,5-59,5 13 7
59,5-69,5 23 10
69,5-79,5 36 13 Æ Classe Modal (>fi)
79,5-89,5 45 9
89,5-99,5 50 5
n=100
⎡ ∆a ⎤ ⎡ 3 ⎤
Æ Mo = l inf + ⎢ ⎥.h Æ Mo = 69,5 + ⎢ .10 Æ Mo=73,78 Æ Resposta!
⎣ ∆a + ∆p ⎦ ⎣ 3 + 4 ⎥⎦
Classe de mi fi
Preços
[ 5 – 9) 7 3
[ 9 – 13) 11 5
[13 – 17) 15 7
[17 – 21) 19 6
[21 – 25) 23 3
[25 – 29) 27 1
Classes fi fac
[ 5 – 9) 3 3 Æ Esta fac é ≥ 12,5? Não! Adiante!
[ 9 – 13) 5 8 Æ Esta fac é ≥ 12,5? Não! Adiante!
[13 – 17) 7 15 Æ Esta fac é ≥ 12,5? Sim!
[17 – 21) 6 21
[21 – 25) 3 24
[25 – 29) 1 25
n=25
Daí:
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Limites da Classe: 13 Md 17
fac associadas: 8 12,5 15
4,5
Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
4 x
7 4,5
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(4,5x4)/7 Æ X=2,57
Finalmente, o que falta ser feito é apenas somar o limite inferior da classe mediana ao
valor do X que acabamos de calcular. Teremos:
Æ Md=13+2,57 Æ Md=15,57 ≅ 16 Æ Resposta!
Classes Fi
4|—6 12
6|—8 36
8|—10 18
10|—12 4
a) 7,14 7,28 d) 5,84 7,5
b) 6,54 5,78 e) 6,24 6,78
c) 7,24 6,38
Sol.: Duas questões em uma: temos que calcular a Moda e a Mediana. Começando pela moda,
teremos:
Classes fi
4|—6 12
6|—8 36 Æ Classe Modal (>fi)
8|—10 18
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10|—12 4
⎡ ∆a ⎤ ⎡ 24 ⎤
Æ Mo = l inf + ⎢ ⎥.h Æ Mo = 6 + ⎢ .2 Æ Mo=7,14
⎣ ∆a + ∆p ⎦ ⎣ 24 + 18 ⎥⎦
Atenção: Neste instante, você vai dar uma olhadela nas opções de resposta! Por quê? Eu
nem terminei ainda de resolver a questão! Ora, pode ser que somente este primeiro resultado já
seja suficiente para você chegar à resposta. É o caso? Sim! Só há uma opção em que a Moda é
7,14. Assim: letra A Æ Resposta!
Classes fac
(5.000-6.500) 12 Æ Esta fac é ≥ 50? Não! Adiante!
(6.500-8.000) 28 Æ Esta fac é ≥ 50? Não! Adiante!
(8.000-9.500) 52 Æ Esta fac é ≥ 50? Sim!
(9.500-11.000) 74
(11.000-12.500) 89
(12.500-14.000) 97
(14.000-15.500) 100
Daí:
1500
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24
Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
1500 x
24 22
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(1500x22)/24 Æ X=1.375
Finalmente, o que falta ser feito é apenas somar o limite inferior da classe mediana ao
valor do X que acabamos de calcular. Teremos:
Æ Md=8.000+1.375 Æ Md=9.375 Æ Resposta!
(Oficial de Justiça Avaliador TJ CE 2002 / ESAF) Para a solução das três próximas
questões utilize o enunciado que segue.
Classes P
4 – 8 20
8 – 12 60
12 – 16 80
16 – 20 98
20 – 24 100
⎡ ∆a ⎤ ⎡ 40 ⎤
Æ Mo = l inf + ⎢ ⎥.h Æ Mo = 8 + ⎢ .4 Æ Mo=10,0 Æ Resposta!
⎣ ∆a + ∆p ⎦ ⎣ 40 + 40 ⎥⎦
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b) 9 e) 11
c) 8
Daí:
4
Limites da Classe: 8 Md 12
fac associadas: 40 100 120
60
80
Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
4 x
80 60
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(4x60)/80 Æ X=3
Finalmente, o que falta ser feito é apenas somar o limite inferior da classe mediana ao
valor do X que acabamos de calcular. Teremos:
Æ Md=8+3 Æ Md=11 Æ Resposta!
11. (ANEEL 2004 ESAF) Assinale a opção que dá a moda no conceito de Czuber.
a) 5 b) 4 c) 8 d) 10 e) 15
Esta tabela traz uma situação curiosa e muito rara: a classe modal é a primeira classe da
Distribuição! Assim, na hora de calcularmos o ∆a, não vai haver uma fi anterior, perceberam? E
o que se faz neste caso? Nada! É como se a fi anterior fosse zero!
Aplicando a fórmula de Czuber aos valores da Classe Modal, teremos:
⎡ ∆a ⎤ ⎡ 120 ⎤
Æ Mo = l inf + ⎢ ⎥.h Æ Mo = 0 + ⎢ .10 Æ Mo=8,0 Æ Resposta!
⎣ ∆a + ∆p ⎦ ⎣120 + 30 ⎥⎦
12. (ANEEL 2004 ESAF) Assinale a opção que dá o valor aproximado da mediana
amostral das observações de . X
a) 20,0 b) 5,0 c) 12,0 d) 15,8 e) 15,6
Sol.: Última questão de Mediana desta lista! Teremos:
Classes fi fac
0-10 120 120 Æ Esta fac é ≥ 170? Não! Adiante!
10-20 90 210 Æ Esta fac é ≥ 170? Sim!
20-30 70 280
30-40 40 320
40-50 20 340
n=340
Daí:
10
Limites da Classe: 10 Md 20
fac associadas: 120 170 210
50
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90
Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
10 x
90 50
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(10x50)/90 Æ X=5,55
Finalmente, o que falta ser feito é apenas somar o limite inferior da classe mediana ao
valor do X que acabamos de calcular. Teremos:
Æ Md=10+5,55 Æ Md=15,55 ≅ 15,6 Æ Resposta!
Pois bem! Vamos agora dar início ao estudo das Medidas de Dispersão!
Eu lhes chamo a atenção para dizer que é um dos temas prediletos das mesas
elaboradoras! Não há prova de Estatística Básica que não cobre ao menos uma questão deste
assunto! Ok? Então vamos lá!
Medidas de Dispersão
A primeira coisa a saber é que Medida de Dispersão é a mesma coisa que Medida de
Variabilidade. Sinônimos!
O que vem a ser dispersão? Ora, dispersão é o mesmo que afastamento. Assim, ao
estudarmos a dispersão de um conjunto, estaremos investigando se os seus elementos estão
afastados ou próximos de um referencial. No mais das vezes, este referencial é a Média
Aritmética!
Em outras palavras: as Medidas de Dispersão irão nos dizer o quão próximos,ou quão
distantes, estão os elementos do conjunto em relação à Média!
Ok? Esta explicação se aplica a TODAS as Medidas de Dispersão!
Então não me venham perguntar depois “mas, professor, o que é mesmo esse desvio
padrão?” A resposta é essa, e vale, repito, para todas as medidas de dispersão: é uma medida
que serve para dizer se os elementos do conjunto estão próximos da média. Ou distantes!
Hoje estudaremos o Desvio Absoluto Médio (DAM), o Desvio Padrão (S), a Variância
(S2), e o Coeficiente de Variação (CV). Serão muitas informações, de sorte que vocês terão que
ler essa aula com muita calma e, de preferência, mais de uma vez!
Vamos lá!
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Olha como é fácil! Basta você lembrar que o Desvio Absoluto é a única fórmula deste
nosso Curso em que aparece o módulo. Para quem está mais esquecido, módulo são esses dois
tracinhos verticais que você está vendo na fórmula. E o efeito do módulo é transformar valores
negativos em positivos. Só isso. Vamos entender melhor por meio do exemplo seguinte.
Exemplo: Considere o seguinte conjunto: {1, 2, 3, 4, 5}. Calcule o Desvio Absoluto Médio.
Sol.: Nossa resolução começa por quem? Pela fórmula! É sempre assim! A fórmula será sempre
o ponto de partida da resolução! É por meio dela que definiremos nossos passos. Olhando para a
fórmula, saberemos aquilo que já dispomos, e aquilo que ainda não temos e precisamos
encontrar. Ok?
Assim, olhando para a fórmula, vemos que ela pede o conhecimento da Média ( X ). Nós
já calculamos a Média? Ainda não! Então, começaremos por ela. Para encontrá-la, somaremos
os elementos do conjunto, e dividiremos esse resultado pelo número de elementos. Lembrados?
Teremos:
15
Æ X= = 3,0
5
Agora vejam que o numerador da fórmula pede que você construa o conjunto (Xi- X ).
Fazendo isso, teremos:
Mas percebam que a fórmula não quer simplesmente o conjunto (Xi- X ). Ela quer o
módulo deste conjunto! Assim, aplicando o efeito do módulo, teremos:
Æ Xi − X = (2, 1, 0, 1, 2)
Só isso!
Agora tenho uma notícia boa para vocês! Estão lembrados de quando estudamos as
fórmulas da Média Aritmética, e eu lhes falei a respeito de uma tal de transição?
A transição, para os mais esquecidos, era uma maneira de você passar de uma fórmula
de rol, para outra de dados tabulados; e desta última para uma fórmula de distribuição de
freqüências! Era, portanto, uma maneira de ajudar a nossa memorização!
A boa notícia é que a transição que aprendemos para as fórmulas da Média valem
também aqui para quase todas as medidas de dispersão, a começar pelo Desvio Absoluto Médio!
Recordando as duas regras da transição:
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1ª) Fórmula do rol para a dos Dados Tabulados: repete-se a fórmula do rol, e acrescenta-
se, sempre junto ao sinal de somatório, a fi, freqüência absoluta simples.
2ª) Fórmula dos Dados Tabulados para a da Distribuição de Freqüências: repete-se a
fórmula dos Dados Tabulados, e troca-se Xi (elemento individualizado) por PM (Ponto Médio).
E é somente isso! Você memoriza a fórmula do rol, e aplica as duas transições. E sabe o
que acontece? Você paga uma, e leva três! Um grande negócio!
Sabendo disso, vou repetir a fórmula do rol e, aplicando a transição, as fórmulas do DAM
para conjuntos apresentados nas formas de Dados Tabulados e de Distribuição de Freqüências
serão as seguintes:
# Desvio Padrão: S
É sinônimo de Dispersão Absoluta! (Guarde isso!).
Essa é, de longe, a medida de dispersão mais presente em prova! E por uma razão bem
simples: além da memorização das fórmulas (que são muitas!), teremos sobretudo que
conhecer com segurança as suas propriedades. Ok? Comecemos pelas fórmulas!
Aqui novamente a transição vai nos socorrer! Você só terá o trabalho de memorizar a
fórmula do Desvio Padrão para um rol. O restante das fórmulas (para Dados Tabulados e para
Distribuição de Freqüências) você leva de graça! (Pague uma e leve três!). Teremos:
∑ (Xi − X )
2
∑ (Xi − X )
2
∑ fi.(Xi − X )
2
∑ fi.(PM − X )
2
Até agora, o que temos? Temos três fórmulas. Mas atenção: o Desvio Padrão é a primeira
medida deste Curso em que haverá diferença na fórmula, caso estejamos trabalhando com um
conjunto que represente toda a população, ou apenas uma amostra! Entendido? Faz
diferença na fórmula do Desvio Padrão se o conjunto é a população ou se é uma amostra!
Essas três fórmulas que vimos acima servem para o cálculo do Desvio Padrão
Populacional. Nós as aplicaremos se o conjunto for uma população! E quando saberemos que o
conjunto da questão é a população? Quando não for dito que é uma amostra!
Ou seja, a regra é a seguinte: o conjunto da questão da prova só será uma amostra se
isso for dito pelo enunciado! Caso contrário, não será amostra: será população! Ok?
Mas, e se a questão disser que o conjunto é uma amostra ou, por outra, pedir o cálculo
do Desvio Padrão Amostral? O que faremos? Ora, saberemos que amostral se refere a amostra,
de sorte que todas as três fórmulas vistas acima, que servem para o cálculo populacional, terão
que sofrer uma pequena modificação, para se adequar ao cálculo amostral. Essa pequena
modificação consiste em acrescentarmos um menos 1 no denominador. Assim, teremos:
∑ (Xi − X )
2
∑ fi.(Xi − X )
2
∑ fi.(PM − X )
2
⎛1⎞⎡
Æ Fórmula Desenvolvida do S para Rol: S = ⎜ ⎟.⎢∑ Xi −
2
(∑ Xi ) ⎤
2
⎥
⎝ n ⎠ ⎢⎣ n ⎥
⎦
E aí? O que acharam? Ninguém se assuste, por favor! Tenho certeza que se você repetir
esta fórmula umas dez vezes, na décima vez já estará parecendo fácil.
Uma pergunta: vocês acham que se tomarmos os elementos de um mesmo conjunto, e
aplicarmos a eles as duas fórmulas do Desvio Padrão, a básica e a desenvolvida, chegaremos ao
mesmo resultado? O que você diz?
Claro que sim! Trata-se, na verdade, de uma mesma fórmula, apenas apresentada de
duas maneiras diferentes! O resultado será necessariamente o mesmo!
Então você dirá: se é assim, eu vou ficar apenas com a básica, que é menorzinha...” E eu
respondo: péssimo negócio! Haverá questões que serão imediatamente resolvidas na prova, se
você se lembrar da equação desenvolvida! Já veremos isso. Antes, porém, precisamos conhecer
também as fórmulas desenvolvidas do desvio padrão para Dados Tabulados, e para Distribuição
de Freqüências!
E como faremos isso? Aplicando a transição! Teremos:
⎛1⎞⎡
Æ Fórmula Desenvolvida do S para Rol: S = ⎜ ⎟.⎢∑ Xi −
2
(∑ Xi ) ⎤
2
⎥
⎝ n ⎠ ⎢⎣ n ⎥
⎦
⎛1⎞⎡
S = ⎜ ⎟.⎢∑ fi. Xi −
2
(∑ fi. Xi ) ⎤
2
⎥
⎝ n ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦
⎛1⎞⎡
S = ⎜ ⎟.⎢∑ fi.PM −
2
(∑ fi.PM ) ⎤
2
⎥
⎝ n ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦
Quase lá! Só resta lembrar que, essas três fórmulas desenvolvidas do desvio padrão que
vimos acima servem apenas no caso de o conjunto trabalhado representar toda a população!
Mas se a questão disser que o conjunto é uma amostra, ou exigir o cálculo do desvio padrão
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amostral, então precisaremos modificar também as fórmulas desenvolvidas, acrescentando
aquele mesmo menos um no denominador.
Teremos:
Æ Fórmula Desenvolvida do Desvio Padrão Amostral de um Rol:
⎛ 1 ⎞⎡ (∑ Xi ) ⎤
2
S= ⎜ ⎟.⎢∑ Xi − ⎥
2
⎝ n − 1 ⎠ ⎢⎣ n ⎥
⎦
⎛ 1 ⎞⎡ (∑ fi. Xi ) ⎤
2
S= ⎜ ⎟.⎢∑ fi. Xi − ⎥
2
⎝ n − 1 ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦
⎛ 1 ⎞⎡ (∑ fi.PM ) ⎤
2
S= ⎜ ⎟.⎢∑ fi.PM − ⎥
2
⎝ n − 1 ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦
E com isso, concluímos a primeira etapa do estudo do Desvio Padrão: a memorização das
fórmulas.
A rigor, se você prestar bem atenção, são doze fórmulas. Mas você pagou apenas
duas, e levou todas as outras para casa! Como foi isso? Bastou você memorizar a fórmula
básica para o rol, e a fórmula desenvolvida para o rol. Daí, aplicava-se a transição, e pronto! E
mais: se a questão disser que o conjunto é amostra, você vai e põe um menos 1 no
denominador!
Só isso!
Para estas fórmulas ficarem bem memorizadas, vou repeti-las todas na seqüência.
Teremos:
∑ (Xi − X )
2
S=
n
Æ Fórmula Básica do Desvio Padrão Populacional para Dados Tabulados:
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∑ fi.(Xi − X )
2
S=
n
Æ Fórmula Básica do Desvio Padrão Populacional para Distribuição de Freqüências:
∑ fi.(PM − X )
2
S=
n
Æ Fórmula Básica do Desvio Padrão Amostral para Rol:
∑ (Xi − X )
2
S=
n −1
∑ fi.(Xi − X )
2
S=
n −1
Æ Fórmula Básica do Desvio Padrão Amostral para Distribuição de Freqüências:
∑ fi.(PM − X )
2
S=
n −1
Æ Fórmula Desenvolvida do Desvio Padrão Populacional para Rol:
⎛1⎞⎡
S = ⎜ ⎟.⎢∑ fi. Xi −
2
(∑ fi. Xi ) ⎤
2
⎥
⎝ n ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦
⎛1⎞⎡
S = ⎜ ⎟.⎢∑ fi. Xi −
2
(∑ fi. Xi ) ⎤
2
⎥
⎝ n ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦
⎛1⎞⎡
S = ⎜ ⎟.⎢∑ fi.PM −
2
(∑ fi.PM ) ⎤
2
⎥
⎝ n ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦
⎛ 1 ⎞⎡ (∑ fi. Xi ) ⎤
2
S= ⎜ ⎟.⎢∑ fi. Xi − ⎥
2
⎝ n − 1 ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦
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⎛ 1 ⎞⎡ (∑ fi. Xi ) ⎤
2
S= ⎜ ⎟.⎢∑ fi. Xi − ⎥
2
⎝ n − 1 ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦
⎛ 1 ⎞⎡ (∑ fi.PM ) ⎤
2
S= ⎜ ⎟.⎢∑ fi.PM − ⎥
2
⎝ n − 1 ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦
Reparem nestas últimas três fórmulas, que o fator de correção (o menos 1) só entra no
denominador que fica dentro do parêntese! Ok?
Temos doze fórmulas no papel. E você só precisou memorizar duas delas! As demais
saíram por transição!
Neste momento, vou aproveitar a ótima oportunidade, e dizer a todos que a próxima
medida de dispersão que iremos estudar será a chamada Variância.
Precisamos saber, precisamente agora, que a Variância é, conceitualmente, o quadrado
do Desvio Padrão!
Ou seja: Variância = (Desvio Padrão)2
Ou seja de novo: Variância = S2
Ora, sabendo disso, e sabendo também que todas as fórmulas do desvio padrão têm raiz
quadrada, se as elevarmos ao quadrado, o que ocorrerá com todas elas? Perderão o sinal da
raiz. Só isso!
Em suma: se eu conheço as fórmulas do Desvio Padrão, então também conheço as
fórmulas da Variância: basta tirar o sinal da raiz! Assim, teremos:
# Fórmulas da Variância:
S 2
=∑
(Xi − X )2
n
Æ Fórmula Básica da Variância Populacional para Dados Tabulados:
∑ fi.(Xi − X )
2
S 2
=
n
Æ Fórmula Básica da Variância Populacional para Distribuição de Freqüências:
∑ fi.(PM − X )
2
S 2
=
n
Æ Fórmula Básica da Variância Amostral para Rol:
∑ (Xi − X )
2
S 2
=
n −1
Æ Fórmula Básica da Variância Amostral para Dados Tabulados:
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∑ fi.(Xi − X )
2
S 2
=
n −1
Æ Fórmula Básica da Variância Amostral para Distribuição de Freqüências:
∑ fi.(PM − X )
2
S 2
=
n −1
Æ Fórmula Desenvolvida da Variância Populacional para Rol:
⎛1⎞⎡
S = ⎜ ⎟.⎢∑ fi. Xi −
2 2
(∑ fi. Xi ) ⎤
2
⎥
⎝ n ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦
Æ Fórmula Desenvolvida da Variância Populacional para Dados Tabulados:
⎛1⎞⎡
S = ⎜ ⎟.⎢∑ fi. Xi −
2 2
(∑ fi. Xi ) ⎤
2
⎥
⎝ n ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦
⎛1⎞⎡
S = ⎜ ⎟.⎢∑ fi.PM −
2 2
(∑ fi.PM ) ⎤
2
⎥
⎝ n ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦
Æ Fórmula Desenvolvida da Variância Amostral para Rol:
⎛ 1 ⎞⎡ (∑ fi. Xi ) ⎤
2
S =⎜ ⎟.⎢∑ fi. Xi − ⎥
2 2
⎝ n − 1 ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦
Æ Fórmula Desenvolvida da Variância Amostral para Dados Tabulados:
⎛ 1 ⎞⎡ (∑ fi. Xi ) ⎤
2
S =⎜ ⎟.⎢∑ fi. Xi − ⎥
2 2
⎝ n − 1 ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦
Æ Fórmula Desenvolvida da Variância Amostral para Distribuição de Freqüências:
⎛ 1 ⎞⎡ (∑ fi.PM ) ⎤
2
S =⎜ ⎟.⎢∑ fi.PM − ⎥
2 2
⎝ n − 1 ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦
Vejam que negócio da China nós fizemos: memorizamos duas fórmulas (as duas do rol),
e levamos vinte e quatro para casa! Pague duas, e leve vinte e quatro! Excelente, não acham?
Basta você lembrar de fazer a transição, e lembrar de pôr o menos 1 no denominador, se
o conjunto for uma amostra!
Pois bem! Ainda não acabamos o estudo do Desvio Padrão. Eu apenas abri um parêntese,
para aproveitar as suas fórmulas que estavam no papel, para mostrar que bastava tirar o sinal
da raiz, e já estaremos com as fórmulas da Variância.
Passemos agora ao estudo das Propriedades do Desvio Padrão.
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Æ O desvio padrão não é influenciado por operações de soma ou subtração.
Assim, se uma questão de prova nos der o seguinte rol: (101, 102, 103, 104, 105), e
pedir que calculemos o seu desvio padrão, o que podemos fazer?
Ora, as contas seriam muito grandes para chegarmos à resposta! Mas você pode pensar
assim: já que soma e subtração não alteram o desvio padrão, eu posso pegar todos os
elementos desse conjunto original, e subtrair cada um deles de uma mesma constante. Cem,
por exemplo. E chegaremos a um novo conjunto, que é o seguinte: (1, 2, 3, 4, 5).
São valores mais baixos? Sim, consideravelmente! E se encontrarmos para este novo
conjunto o valor do Desvio Padrão, esse resultado encontrado será exatamente o mesmo Desvio
Padrão daquele outro conjunto original! O mesmo!
Æ O desvio padrão somente é influenciado por operações de produto ou divisão:
multiplicaremos ou dividiremos pela própria constante.
Significa o quê? Significa que se conhecermos o desvio padrão de um conjunto original
(por exemplo, S=2), e se todos os elementos desse conjunto original forem multiplicados por
uma constante (por exemplo, multiplicados por 5), então chegaremos a um novo conjunto, cujo
novo desvio padrão será o S do conjunto original também multiplicado por 5.
Entendido isso?
Muitas questões de provas recentes elaboradas pela Esaf têm explorado esse
conhecimento. São questões que nos falam em variável transformada! Passemos a um exemplo.
Xi Yi
Todos entenderam como se fez esse caminho de ida do desenho acima? Tomamos a
variável original X e, com ela, realizamos duas operações (aquelas da transformação!):
subtraímos todo mundo por 2, e depois dividimos todo mundo por 3.
E se agora resolvermos desenhar o caminho de volta, ou seja, as operações que nos
farão voltar à variável original. O que faremos? Fácil: inverteremos as operações do caminho de
ida. Só isso! Nada mais fácil. Teremos:
1º)-2 2º)÷3
Xi Yi
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2º)+2 1º)x3
Observem todos que inverteu-se também a seqüências das operações: onde terminou lá
em cima, começou aqui embaixo; e onde começou lá em cima, acabou cá em baixo. Ok? Pronto!
Não dá mais para errar essa questão!
O dado fornecido pelo enunciado foi que o Desvio Padrão da variável transformada é igual
a 4. Quem é a variável transformada? É o Y. Assim, do lado do Y, teremos que:
1º)-2 2º)÷3
Xi Yi Sy=4,0
2º)+2 1º)x3
Xi Yi Y =8,0
2º)+2 1º)x3
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Se a Média é influenciada pelas quatro operações, então qualquer conta que aparecer
neste caminho de volta nós teremos que realizar. Assim, teremos que:
Æ 8 x 3 = 24 e 24 +2 =26
Ou seja: X =26,0
Pois bem! Só falta misturar tudo agora com as propriedades da Variância. Vejamos quais
são elas:
# Propriedades da Variância:
Xi Yi
2º)+2 1º)x3
Mas o que nos disse o enunciado? Que a variância do lado do Y é igual a 5. Assim,
teremos:
1º)-2 2º)÷3
Xi Yi S2y=5,0
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2º)+2 1º)x3
Logo de cara surgiu um produto! Você multiplica? Sim. Mas multiplica por 3 ou pelo
quadrado de 3? Pelo quadrado! Pois é exatamente o que reza a propriedade do produto (ou
divisão)!
Assim, teremos:
Æ 5 x (3)2 = 5 x 9 = 45
Na seqüência surge uma soma (+2). Você vai somar? Claro que não, uma vez que soma
não altera a variância! OK?
Para matarmos várias questões de provas recentes, resta-nos ainda conhecer a próxima
medida de dispersão: o coeficiente de variação. Vamos lá!
# Coeficiente de Variação: CV
O CV é também conhecido por dispersão relativa!
Conceitualmente, teremos que:
S
Æ CV =
X
Estão lembrados que o desvio padrão também se chama dispersão absoluta?
Pois bem! O CV é dito dispersão relativa, exatamente porque ele é igual à dispersão
absoluta (o desvio padrão) em relação a alguém. E esse alguém é a Média Aritmética! Ok?
Precisamos saber ainda que o CV é uma medida adimensional, ou seja, não depende da
unidade da variável trabalhada!
Essa informação já caiu muitas vezes, em questões teóricas de provas mais antigas!
(Bons tempos aqueles!).
Mas o que significa isso? Ora, considere que estamos com um conjunto que representa os
pesos de um grupo de crianças. Ok? Assim, nossa variável é peso, e é medida na unidade
quilos. Assim, se calcularmos a Média, será um valor em kg. Se calcularmos o desvio padrão,
será um valor em Kg. Finalmente, colocando Desvio Padrão e Média na fórmula do CV, teremos
que Kg corta com Kg.
Conclusão: o CV é adimensional. (Isso não cai mais em prova há um bom tempo...)
Finalmente, vejamos o seguinte exemplo:
Exemplo: Considere a seguinte transformação: (X-2)/3. Sabendo que, para a variável
transformada, a média é igual a 8,0 e o desvio padrão é igual a 4,0, calcule o coeficiente de
variação da variável original X.
Sol.: Esta é, talvez, a mais típica das questões de uma prova de estatística básica! Cai o tempo
todo em prova! Ora, o enunciado apresentou uma transformação da variável? O que você diz?
Sim! Daí, nosso primeiro passo será desenhar essa transformação. Teremos:
1º)-2 2º)÷3
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Xi Yi S2y=5,0
2º)+2 1º)x3
O que foi mais que a questão nos disse? Disse-nos que a variável transformada Y possui
dois valores já conhecidos: a média (igual a 8) e o desvio padrão (igual a 4). Teremos:
1º)-2 2º)÷3
Xi Yi Y =8,0 e Sy=4,0
2º)+2 1º)x3
2º)+2 1º)x3
Entendido?
Ótimo! Acho que por hoje já há o bastante!
Seguem as questões do Dever de Casa de hoje, e na próxima aula encerraremos o
estudo das medidas de dispersão! Ok?
Forte abraço a todos! E fiquem com Deus!
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Dever de Casa:
57. (Fiscal de Rendas RJ 2003 FJG) O desvio-padrão populacional dos valores 30,
40 e 50 é igual, aproximadamente, a:
A) 8 B) 8,16 C) 10 D) 10,16
58. (AFC-94) Uma empresa que possui 5 máquinas copiadoras registrou em cada
uma delas no último mês (em 1000 unidades): 20, 23, 25, 27 e 30 cópias,
respectivamente. O valor da variância desta população é:
a) 5 b) 11,6 c) 14,5 d) 25
62. (AFC-94) A média e a variância do conjunto dos salários pagos por uma
empresa eram de $285.000 e 1,1627x1010, respectivamente. O valor da variância
do conjunto dos salários após o corte de três zeros na moeda é:
a) 1,1627x107 c) 1,1627x105
6
b) 1,1627x10 d) 1,1627x104
65. (TCU-93) O quadro abaixo apresenta a renda mensal per capita das
localidades A e B:
Localidade Média Desvio Padrão
A 50 10
B 75 15
a) 0,5 (347/3)0.5
b) 6
c) 0,9 (345/3)0.5
d) 28,91
e) 8
∑
7
f Z2
i =1 i i
= 1680 , onde fi é a freqüência simples da classe i e Zi o ponto médio de
classe transformado. Assinale a opção que dá a variância amostral do atributo X.
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Classes Freqüência
(f)
29,5-39,5 4
39,5-49,5 8
49,5-59,5 14
59,5-69,5 20
69,5-79,5 26
79,5-89,5 18
89,5-99,5 10
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Olá, amigos!
Espero que estejam todos bem!
Hoje daremos seqüência ao estudo das Medidas de Dispersão.
Em vez de começar resolvendo as questões pendentes, veremos logo alguns tópicos
importantes, e que ainda não foram comentados na aula passada. Ok?
Começando por uma propriedade do Desvio Padrão. Vamos lá!
≅68%
≅95%
≅99%
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2º) Não se trata de uma propriedade de exatidão, e sim de aproximação.
No mais, esta propriedade só vai ser usada por nós, eventualmente, para acertar
uma questão teórica! Somente! Não tem aplicação prática para questões de cálculo.
Ok?
Vamos falar agora sobre um Teorema de nome complicado, mas de muito fácil
entendimento: o Teorema de Tchebychev. Adiante.
# Teorema de Tchebychev:
Quanto ao nome desse sujeito, eu não dou garantia absoluta de estar certa a
escrita, mesmo porque já o vi escrito de três formas diferentes em livros por aí...! Mas,
tudo bem! O importante é conhecer o Teorema e como ele funciona.
O Teorema de Tcheb (vamos chamá-lo assim, já que vamos ter mesmo que ficar
íntimos dessa teoria...) trata acerca de uma relação entre a Média ( X ) e o Desvio-
Padrão (S) de um conjunto.
Aprende-se esse Teorema de uma forma quase que meramente visual. Vejamos
o desenho abaixo:
O que a questão vai fazer? Vai fornecer o valor desta Média, e vai fornecer o
valor do Desvio-Padrão (S).
E vai também fornecer dois limites, os quais definirão um intervalo qualquer.
Depois disso, a questão vai poder fazer uma destas duas perguntas:
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2ª) Qual a proporção mínima de elementos dentro destes limites?
70 100 130
Quem for bom observador já percebeu que a distância entre a média e o limite
superior desse intervalo será a mesma entre a média e o limite inferior. Ou seja, os
limites são eqüidistantes da Média. Chamando essa distância de D, teremos:
70 100 130
D D
Até aqui, tudo bem? Pois agora vem a pergunta. E pode ser qualquer uma entre
as seguintes:
1ª) Qual a proporção máxima dos elementos do conjunto fora do intervalo
70 a 130? Essa pergunta seria representada ilustrativamente assim:
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70 100 130
Repetindo: qual a proporção máxima dos elementos que estão fora dos limites do
intervalo, ou seja, nestas duas áreas destacadas (à esquerda do 70 e à direita do 130)?
70 100 130
Entendido?
As perguntas serão sempre assim: proporção máxima fora do intervalo ou
proporção mínima dentro do intervalo.
Sabendo disso, vamos aprender agora como responder a estas duas possíveis
perguntas.
Para responder à primeira pergunta, relativa à proporção máxima fora do
intervalo, realizaremos os seguintes passos:
70 100 130
D D
1
PMÁXIMA=
K2
1 1
Æ PMÁXIMA= = = 0,1111 =11,11%
32 9
Æ pmínima = 1 – PMÁXIMA
N
1
X=
N
∑X
i =1
i = R$14.300,00
0,5
⎡1
(X i − X ) ⎤⎥
N
∑
2
S=⎢ = R$1.200,00
⎣N i =1 ⎦
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a) P é no máximo 1/2
b) P é no máximo 1/1,5
c) P é no mínimo 1/2
d) P é no máximo 1/2,25
e) P é no máximo 1/20
Sol.: Observemos que o enunciado pergunta por uma proporção que estará fora de um
determinado intervalo. Daí, sabemos imediatamente que se tratará de uma proporção
máxima.
Aqui não tem segredo: basta aplicar os passos aprendidos acima. Teremos:
D D
D
Æ K= Æ K=(1800/1200)=1,5
S
1
PMÁXIMA=
K2
1 1
Æ PMÁXIMA= 2
= Æ Resposta!
1,5 2,25
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E é só isso! Não precisava nem fazer a última conta, pois a resposta já foi dada
em termos fracionários!
Há uma última medida de dispersão, que nunca foi objeto de prova, até agora,
mas que passou a contar de alguns dos últimos programas de Estatística Básica. Refiro-
me à Variância Relativa. Vejamos do que se trata.
# Variância Relativa: Vr
Æ Vr = (CV)2
A aula de hoje irá apenas até aqui, com a explanação destes três conceitos, que
nos fazem concluir o estudo teórico das medidas de dispersão.
Na próxima aula, exploraremos a prática, ou seja, a resolução de todas as
questões deste assunto! Creio que será uma aula também muito proveitosa! Ok?
Seguem mais algumas questões do nosso...
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c) O conhecimento de M e S é suficiente para determinar θ exatamente, na
realidade tem-se θ = 95% para qualquer conjunto de dados X1, ... , Xn.
d) O conhecimento de M e S é suficiente para determinar θ exatamente, na
realidade tem-se θ = 30% para qualquer conjunto de dados X1, ... , Xn.
e) O conhecimento de M e S é suficiente para determinar θ exatamente, na
realidade tem-se θ = 15% para qualquer conjunto de dados X1, ... , Xn.
78. (AFRF-2003) As realizações anuais Xi dos salários anuais de uma firma com
N empregados produziram as estatísticas
N
1
X=
N
∑X
i =1
i = R$14.300,00
0,5
⎡1
(X i − X ) ⎤⎥
N
∑
2
S=⎢ = R$1.200,00
⎣N i =1 ⎦
Seja P a proporção de empregados com salários fora do intervalo [R$ 12.500,00; R$
16.100,00]. Assinale a opção correta.
a) P é no máximo 1/2 d) P é no máximo 1/2,25
b) P é no máximo 1/1,5 e) P é no máximo 1/20
c) P é no mínimo 1/2
79. (AFPS 2002/ESAF) Sejam X1, X2, X3, ... , Xn observações de um atributo X.
Sejam
1 n
x= ∑ xi
n i =1
1 n
s2 = ∑ (xi − x )2
n i =1
Assinale a opção correta.
a) Pelo menos 95% das observações de X diferem de x em valor absoluto por menos que 2S.
b) Pelo menos 99% das observações de X diferem de x em valor absoluto por menos que 2S.
c) Pelo menos 75% das observações de X diferem de x em valor absoluto por menos que 2S.
d) Pelo menos 80% das observações de X diferem de x em valor absoluto por menos que 2S.
e) Pelo menos 90% das observações de X diferem de x em valor absoluto por menos que 2S.
a) 3.250,00 d) 6.000,00
b) 5.000,00 e) 2.000,00
c) 4.000,00
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(AFC-94) Para a solução das três próximas questões considere os dados da tabela
abaixo, que representa a distribuição de freqüências das notas em uma prova de
estatística aplicada em três turmas de 100 alunos cada.
Bons estudos!
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Olá, amigos!
Hoje é o dia de resolvermos todas as questões pendentes de Medidas de Dispersão! Por
meio destas resoluções, veremos como o assunto costuma ser cobrado em prova! Ok? Espero
que todos já tenham ao menos tentado resolvê-las! Vamos lá!
Dever de Casa
Sol.: Quando a questão fala em desvio médio, está, na verdade, falando em Desvio Médio
Absoluto, ou em Desvio Absoluto Médio. Vimos que estes nomes são todos sinônimos!
Começaremos por onde? Pela fórmula! É sempre assim: a fórmula é o ponto de partida
da resolução!
Uma vez que nosso conjunto é representado por um rol, teremos que:
Æ X =
∑ Xi = (3 + 5 + 7 + 9 + 11) = 35 = 7
n 5 5
Agora, ainda de olho no numerador, construiremos o conjunto (Xi- X ). Teremos:
Ocorre que a fórmula não pede apenas (Xi- X ). Ela pede o módulo de (Xi- X ).
Assim, teremos:
(Xi- X ) ={4, 2, 0, 2, 4}
E a soma destes elementos será:
∑ Xi − X = (4 + 2 + 0 + 2 + 4) = 12
Com isso, chegamos ao numerador da fórmula do Desvio Absoluto Médio! E quanto ao
denominador? O que significa esse n? Ora, significa número de elementos do conjunto! E
quantos são? São 5. Assim, concluindo a resolução, diremos que:
Æ DAM=12/5 Æ DAM=2,4 Æ Resposta!
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Sol.: Este enunciado fala agora em Desvio Padrão! Uma vez que nosso conjunto é um rol, e
que não foi dito em momento algum que se tratava de uma amostra, calcularemos o S da
seguinte forma:
∑ (Xi − X )
2
Æ X=
∑ Xi = (2 + 4 + 6 + 8 + 10) = 30 = 6
n 5 5
Agora, construiremos o conjunto (Xi- X ). Teremos:
∑ (Xi − X )
2
40
Æ S= Æ S= = 8 =2,8 Æ Resposta!
n 5
Sol.: Novamente aqui o enunciado quer saber o valor do desvio padrão do rol. Mas,
diferentemente do exemplo anterior, por duas vezes é dito que o conjunto representa uma
amostra. O que significa isso, em termos práticos? Significa que nossa fórmula terá que ser
corrigida, com um acréscimo de menos 1 no denominador. Lembrados? A equação será a
seguinte:
∑ (Xi − X )
2
Æ S=
n −1
O primeiro passo será o cálculo da Média. Teremos:
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Æ X =
(0 + 0 + 0 + 2 + 2 + 2 + 4 + 4 + 6 + 10) = 30 = 3,0
10 10
Æ (Xi- X )={(0-3), (0-3), (0-3), (2-3), (2-3), (2-3), (4-3), (4-3), (6-3), (10-3)}
Assim:
Æ (Xi- X )={(-3), (-3), (-3), (-1), (-1), (-1), (1), (1), (3), (7)}
Elevando todo mundo ao quadrado, teremos:
Æ (Xi- X )2={(-3)2, (-3)2, (-3)2, (-1)2, (-1)2, (-1)2, (1)2, (1)2, (3)2, (7)2}
Daí:
∑ (Xi − X )
2
Æ = (9+9+9+1+1+1+1+1+9+49)=90
O denominador, por sua vez, será (n-1), uma vez que estamos diante de uma amostra.
Assim, sendo que n=10, então (n-1)=9.
Aplicando a fórmula inteira, teremos:
∑ (Xi − X )
2
90
Æ S = ÆÆ S = = 10 Æ Resposta!
n −1 9
04. (Fiscal de Rendas RJ 2003 FJG) O desvio-padrão populacional dos valores 30,
40 e 50 é igual, aproximadamente, a:
A) 8 B) 8,16 C) 10 D) 10,16
Sol.: Questão semelhante à segunda. O conjunto é uma população e está representado por um
rol. Comecemos pela fórmula. Teremos:
∑ (Xi − X )
2
Æ X =
∑ Xi = (30 + 40 + 50) = 120 = 40
n 3 3
Agora, construiremos o conjunto (Xi- X ). Teremos:
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O numerador da fórmula pede que nós encontremos agora o conjunto dos quadrados de
(Xi- X ). Fazendo isso, teremos:
∑ (Xi − X )
2
200
Æ S= Æ S= = 66,67 =8,16 Æ Resposta!
n 3
05. (AFC-94) Uma empresa que possui 5 máquinas copiadoras registrou em cada
uma delas no último mês (em 1000 unidades): 20, 23, 25, 27 e 30 cópias,
respectivamente. O valor da variância desta população é:
a) 5 b) 11,6 c) 14,5 d) 25
Sol.: Esta questão pede o cálculo da Variância Populacional de um Rol. Começaremos, como
sempre, pondo a fórmula no papel. É a seguinte:
Æ X =
∑ Xi = (20 + 23 + 25 + 27 + 30) = 125 = 25
n 5 5
Agora, construiremos o conjunto (Xi- X ). Teremos:
∑ (Xi − X )
2
Æ = 58
∑ (Xi − X )
2
58
Æ S 2
= Æ S 2= =11,6 Æ Resposta!
n 5
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Sol.: A questão agora pede o cálculo da Variância Amostral. Ou seja, nosso conjunto agora
representa não mais a população, e sim apenas uma amostra! Isso influencia nossas contas,
como já sabemos! O denominador da fórmula terá que receber o menos 1. Assim:
n −1
Antes de mais nada, convém que coloquemos esses elementos em ordem crescente, para
que se configure realmente o rol. Teremos:
Æ (3, 3, 4, 5, 5)
Agora, sim! Na seqüência, descobriremos a Média do conjunto. Teremos:
Æ X=
∑ Xi = (3 + 3 + 4 + 5 + 5) = 20 = 4,0
n 5 5
Agora, construiremos o conjunto (Xi- X ). Teremos:
∑ (Xi − X )
2
Æ =4
∑ (Xi − X )
2
4
Æ S 2
= Æ S 2= =1,0 Æ Resposta!
n −1 4
Sol.: Novamente se pede o cálculo da Variância de um Rol. Embora não tenha sido usada a
palavra amostra de forma expressa, o enunciado indica que devemos calcular a Variância
Amostral, no instante em que determina que deveremos usar o denominador 4 nos nossos
cálculos. Ora, se o conjunto tem n=5 elementos, e usaremos 4 no denominador, é porque está
sendo feita a correção da fórmula para o caso da amostra!
Colocando a fórmula no papel, teremos:
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n −1
Antes de mais nada, convém que coloquemos esses elementos em ordem crescente, para
que se configure realmente o rol. Teremos:
Æ (2, 3, 4, 4, 7)
Agora, sim! Na seqüência, descobriremos a Média do conjunto. Teremos:
Æ X=
∑ Xi = (2 + 3 + 4 + 4 + 7 ) = 20 = 4,0
n 5 5
Agora, construiremos o conjunto (Xi- X ). Teremos:
∑ (Xi − X )
2
Æ = 14
Æ S 2
=∑
(Xi − X ) 2
Æ S 2=
14
=3,5 Æ Resposta!
n −1 4
Sol.: Esta questão pede duas coisas: a Mediana e a Variância Amostral. O conjunto, como
vemos, está representado por um rol.
Comecemos pela Mediana. Ora, se o conjunto é um rol, então faz diferença se o n é o
número par ou ímpar! Neste caso, temos que n=50, logo, um número par.
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E se n é um número par, significa que haverá duas posições centrais no conjunto! Estas
serão determinadas assim:
Æ 1ª Posição central: (n/2) = 50/2 = 25ª posição!
Æ 2ª Posição central: a vizinha posterior = 26ª posição.
Pronto! De resto, basta descobrir agora quais são os elementos que ocupam,
respectivamente, estas duas posições; e depois fazer a média deles dois, ou seja, somá-los e
dividir por dois o resultado da soma.
Esta média nem será necessária, uma vez que as duas posições centrais são, ambas,
ocupadas por um mesmo elemento (9). Assim, chegamos à primeira resposta:
Æ Md=9,0.
E quanto à Variância Amostral? Ora, percebamos que o enunciado nos forneceu um dado
adicional. Foi dito que:
Æ Σi Xi2 – (Σi Xi )2/ 50 = 668
Será que esse dado vai servir de alguma coisa?
S 2
=∑
(Xi − X )2
n −1
⎛ 1 ⎞⎡ (∑ Xi ) ⎤
2
S =⎜ ⎟.⎢∑ Xi − ⎥
2 2
⎝ n − 1 ⎠ ⎢⎣ n ⎥
⎦
⎛ 1 ⎞⎡ (∑ Xi ) ⎤
2
⎛ 1 ⎞
⎟.[668] =
668
Æ S =⎜ ⎟.⎢∑ Xi − ⎥ Æ S2 = ⎜ = 13,6 Æ Resposta!
2 2
⎝ n − 1 ⎠ ⎢⎣ n ⎥ ⎝ 50 − 1 ⎠ 49
⎦
Essa questão foi da prova do Fiscal da Receita de 1998. Foi a minha primeira tentativa
(frustrada) de virar fiscal. Lembro como se fosse hoje, que eu olhava para esse dado adicional e
pensava comigo: tenho certeza que isso serve para alguma coisa... Infelizmente, à época, eu
não conhecia ainda a fórmula desenvolvida da variância. Uma pena!
Adiante!
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09. (AFC-94) A média e a variância do conjunto dos salários pagos por uma
empresa eram de $285.000 e 1,1627x1010, respectivamente. O valor da variância
do conjunto dos salários após o corte de três zeros na moeda é:
a) 1,1627x107 c) 1,1627x105
6
b) 1,1627x10 d) 1,1627x104
Sol.: Aqui vem uma questão fácil, mas interessante! Ela explora uma propriedade da variância:
a propriedade do produto e divisão!
Foi dito que haverá um corte de 3 zeros na moeda.
Assim, quem ganhava 1000, com esses três zeros a menos, passará a ganhar 1. Quem
ganhava 2000 vai ganhar 2; quem ganhava 3000 vai ganhar 3.
Concordam?
E qual é a operação matemática que faz com que 1000 vire 1, 2000 vire 2, e 3000 vire 3?
Dividir por 1000, claro! E 1000 é o mesmo que 103.
Tudo bem até aqui?
Assim, concluímos: todos os elementos do conjunto original (salários originais) foram
divididos por uma mesma constante (103).
O que diz a propriedade da Variância sobre isso? Diz que a nova variância, ou seja, a
variância do novo conjunto, será igual à variância do conjunto original dividida pelo quadrado da
constante!
Quem é o quadrado de 103? É 106.
Isso é uma propriedade da potenciação. Potência de potência! Repete a base e
multiplicam-se os expoentes. Lembrados? O que fizemos foi isso:
Æ (103)2 = 10(3x2) = 106
Melhorou?
Assim, a nova variância será dividida por 106. Teremos:
1,1627 x1010
Æ Nova Variância = = 1,1627x104 Æ Resposta!
106
Nesta última conta foi usada uma outra propriedade da potenciação: a divisão de
potencia de mesma base. O que se faz neste caso? Repete-se a base, e subtraem-se os
expoentes! A base é 10. Foi repetida. Os expoentes eram 10 e 6. Foram subtraídos. E o que
restou? 10 elevado a 4.
Entendido? Adiante!
Sol.: Todos os salários receberam um aumento de 10%. Como traduzir esta informação para
uma operação matemática? Esse é o X da questão!
Aumento de 10% significa um produto! Por quanto? Por 1,10.
Se o aumento fosse de 15%, multiplicaríamos por 1,15.
Se fosse por 30%, multiplicaríamos por 1,30.
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E assim por diante!
E se, ao invés de aumento, fosse redução de 10%? O que faríamos? Multiplicaríamos por
0,90.
Se fosse redução de 20%, multiplicaríamos por 0,80.
Se fosse redução de 30%, multiplicaríamos por 0,70. E assim por diante!
Pois bem! Se todos os elementos do conjunto foram multiplicados por uma mesma
constante (1,10), o que ocorrerá ao novo desvio padrão? De acordo com a propriedade, o novo
desvio padrão será também multiplicado pela mesma constante!
Assim: Novo Desvio Padrão = 10.000 x 1,10 = 11.000 Æ Resposta!
12. (TCU-93) O quadro abaixo apresenta a renda mensal per capita das
localidades A e B:
Localidade Média Desvio Padrão
A 50 10
B 75 15
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a) O intervalo semi-interquartílico é dado por [10, 15]
b) A renda da localidade A é mais homogênea que a renda na localidade B
c) O coeficiente de variação é 50/75
d) A renda da localidade B é mais homogênea que a da localidade A
e) Os coeficientes de variação de renda nas localidades A e B são iguais
De imediato, morreu a questão! Basta verificar o texto da opção E, a qual nos diz que os
dois coeficientes de variação são iguais!
Uma observação: o CV é indicativo de homogeneidade do conjunto:
Æ Quanto menor o CV, mais homogêneo é o conjunto;
Æ Quanto maior o CV, menos homogêneo é o conjunto.
Ok? Adiante!
Sol.: Uma curiosidade: as três questões anteriores, que traziam rigorosamente o mesmo
modelo desta aqui, caíram em provas de 1993, 1994 e 1995. Ora, qual não foi a surpresa de
muita gente, minha inclusive, ao encontrar novamente o mesmo enunciado numa prova de
2002! Moral da história: a Esaf reutiliza questões antigas, vez por outra! De sorte que vale a
pena, muitíssimo, conhecer bem as provas passadas! Quanto mais, melhor!
Sol.: Aqui começa uma seqüência de questões que envolvem a variável transformada!
Questões muito fáceis, diga-se de passagem!
A variável original é a X.
Neste enunciado, há duas variáveis transformadas: Y e Z, assim definidas:
Æ Y=2X+1 e Æ Z=2X
Conhecemos a média e o desvio padrão da variável original X.
Fazendo o desenho de transformação da variável para a variável Y, teremos:
1º)x2 2º)+1
Xi Yi
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x =10 y = (10x2)+1=21
Xi Yi
Sx=3,0 Sy=(3x2)=6,0
Xi Yi
x =10 Z = (10x2)=20
Xi Zi
Sx=3,0 Sz=(3x2)=6,0
Xi Zi
1º)x5 2º)+5
Wi Yi
O enunciado nos forneceu elementos da variável W, e pediu resultados da variável Y.
Precisamos achar o CV da variável Y. Para tanto, precisaremos conhecer a sua média e o
seu desvio padrão. Trabalhando com essas duas medidas, e explorando as suas propriedades,
teremos:
1º)x5 2º)+5
w =5 y = (5x5)+5=30
Wi Yi
Sw=1,0 Sy=(1x5)=5,0
Wi Yi
Xi Zi
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2º)+2 1º)x3
Conhecemos a Média e o Desvio Padrão da variável transformada Z, e a questão nos
pede o cálculo do CV da variável original X.
Para chegarmos à resposta, precisaremos conhecer o valor da Média e do Desvio Padrão
de X. Faremos o seguinte:
1º)-2 2º)÷3
Xi Zi Z = 20 e S2z=2,56
2º)+2 1º)x3
1º)-200 2º)÷5
Xi Zi Z = 100 e Sz=13,00
2º)+200 1º)x5
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Conhecemos a Média e o Desvio Padrão da variável transformada, e queremos calcular o
CV da variável original X. Aplicando as propriedades devidas, faremos:
Æ X =(100x5)+200 Æ X =700,00
Æ Sx=13x5=65,00
Daí, finalmente, diremos que:
Æ CVx=65/700 Æ CV=0,093 =9,3% Æ Resposta!
Sol.: Uma questão bem simples. Convém, para facilitar mais ainda nosso raciocínio, que
adotemos a nomenclatura com a qual estamos acostumados! Assim, quando a questão diz que a
média de W é a, diremos que é W . O enunciado diz também que o desvio padrão de W é b.
Diremos que é Sw.
Assim, faremos agora o desenho de transformação sugerida pelo enunciado. Teremos:
1º)- W 2º)÷Sw
Wi Zi
Æ Z =( W - W )÷Sw Æ Z =0,
Ora, se é verdade que Z =0, então, também concluiremos que:
Sw Sw
Æ CVw= =
Z 0
E qualquer divisão por zero, na linguagem da Esaf, resulta em um valor indefinido!
É o que diz a alternativa C.
Logo: Letra C Æ Resposta!
a) 0,5 (347/3)0.5
b) 6
c) 0,9 (345/3)0.5
d) 28,91
e) 8
Pela informação adicional do enunciado, resta evidenciado que devemos trabalhar com a
fórmula desenvolvida do desvio padrão amostral. Como o conjunto está em formato de uma
Distribuição de Freqüências, teremos que:
Æ Fórmula Desenvolvida do Desvio Padrão Amostral para Distribuição de
Freqüências:
⎛ 1 ⎞⎡ (∑ fi.PM ) ⎤
2
S= ⎜ ⎟.⎢∑ fi.PM − ⎥
2
⎝ n − 1 ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦
⎛ 1 ⎞⎡ (∑ fi.PM ) ⎤
2
⎛ 1 ⎞ ⎛ 694 ⎞
⎥ Æ S = ⎜ ⎟.[694] Æ S = ⎜
Æ S= ⎜ ⎟.⎢∑ fi.PM − ⎟
2
⎝ n − 1 ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦ ⎝ 24 ⎠ ⎝ 24 ⎠
O que é preciso agora é transformar esse resultado ao qual chegamos acima em uma das
alternativas de resposta! Usaremos um pouco de álgebra.
Se fatorarmos o denominador, teremos que: 24=2x2x2x3=22x12
Assim:
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a freqüência relativa acumulada. Não existem observações coincidentes com os
extremos das classes.
Classes P (%)
70-90 5
90-110 15
110-130 40
130-150 70
150-170 85
170-190 95
190-210 100
∑
7
f Z2
i =1 i i
= 1680 , onde fi é a freqüência simples da classe i e Zi o ponto médio de
classe transformado. Assinale a opção que dá a variância amostral do atributo X.
Sol.: Essa questão é das boas! Envolve uma transformação da variável original. Esta
transformação foi fornecida pelo próprio enunciado, e está expressa pela seguinte conta: Z=(X-
140)/10.
A variável original é a Xi, e está sendo transformada na Zi por meio de duas operações:
uma subtração por 140 e depois uma divisão por 10.
Pois bem! O que nos pede a questão? Que encontremos a variância amostral.
Reparemos que quando se trata de variância, faz toda diferença se estamos trabalhando
com uma amostra ou com uma população!
∑ ( PM − X ) . fi
2
⎛ 1 ⎞⎡ (∑ fi.PM ) ⎤
2
= Æ S =⎜ ⎟.⎢∑ fi.PM − ⎥
2 2 2
Æ S ou
n −1 ⎝ n − 1 ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦
Como decidir por uma delas? Ora, ambas nos fazem chegar ao mesmo resultado, porém
haverá sempre uma que será mais conveniente para nossa resolução, de acordo com os dados
adicionais fornecidos pelo enunciado!
∑i =1 Z i2 f i = 1680
7
Neste caso, o dado adicional foi o seguinte:
Dica: sempre que a questão trouxer em seu enunciado uma transformação da variável, é
interessante que nós façamos de pronto um desenho que a represente. Trata-se do desenho de
transformação da variável.
Teremos:
1ª)-140 2ª)÷10
X Z
2ª)+140 1ª)x10
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∑i =1 Z i2 f i = 1680
7
Voltemos ao dado adicional trazido pelo enunciado:
Comparemos esse dado com as duas fórmulas passíveis de serem usadas:
∑ ( PM − X ) . fi
2
⎛ 1 ⎞⎡ (∑ fi.PM ) ⎤
2
= Æ S =⎜ ⎟.⎢∑ fi.PM − ⎥
2
ou
2 2
Æ S
n −1 ⎝ n − 1 ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦
Pronto! Já temos condição de afirmar que a fórmula boa para essa resolução é a fórmula
desenvolvida! A maior! Para ficar melhor de enxergar, troquemos PM (Ponto Médio) por Zi (que
é o ponto médio da variável Z), e teremos:
⎛ 1 ⎞⎡ (∑ fi.Zi ) ⎤
2
Æ S =⎜ ⎟.⎢∑ fi.Zi − ⎥
2 2
⎝ n − 1 ⎠ ⎢⎣ n ⎥⎦
Viram? Daquele colchete, já conhecemos o valor da primeira parcela, que é igual a 1680.
Sabemos também que para essa distribuição de freqüências, n=200, conforme dito na segunda
linha do enunciado (...foram examinados 200 itens...).
Daí, até agora, substituindo os valores conhecidos na fórmula, teremos:
⎛ 1 ⎞⎡ (∑ fi.Zi ) ⎤
2
Æ S =⎜ ⎟.⎢1680 − ⎥
2
⎝ 200 − 1 ⎠ ⎢⎣ 200 ⎥
⎦
Classes Fac Fi fi
70-90 5% 5% 10
90-110 15% 10% 20
110-130 40% 25% 50
130-150 70% 30% 60
150-170 85% 15% 30
170-190 95% 10% 20
190-210 100% 5% 10
n=200
Classes Fac Fi fi Xi
70-90 5% 5% 10 80
90-110 15% 10% 20 100
110-130 40% 25% 50 120
130-150 70% 30% 60 140
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150-170 85% 15% 30 160
170-190 95% 10% 20 180
190-210 100% 5% 10 200
n=200
Voltemos agora para nosso objetivo: (∑fi.Zi)2. Próximo passo? Construir a coluna (fi.Zi),
e somar seus valores. Teremos:
Quase lá! O que queremos? (∑fi.Zi)2. Daí, teremos: (-40)2=1600. Agora só precisamos
completar a fórmula e fazer as contas. Ficaremos com:
⎛ 1 ⎞⎡ (∑ fi.Zi ) ⎤
2
⎛ 1 ⎞⎡ 1600 ⎤ 1672
Æ Sz = ⎜ ⎟.⎢1680 − ⎥ Æ Æ Sz 2 = ⎜ ⎟.⎢1680 − Æ Sz =
2 2
Æ E: SZ2=8,4020
Bem que esta poderia ser nossa resposta! Só que ainda não é! Claro que não! O que
encontramos foi a variância da variável transformada! E o que a questão pede é a variância
da variável original.
É aí que entra aquele tal desenho de transformação da variável.
O resultado que temos até aqui (8,4020) está do lado da variável Z. Teremos:
1ª)-140 2ª)÷10
X Z Sz2=8,4020
2ª)+140 1ª)x10
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Para chegarmos à variância do lado de cá, ou seja, da variável original X, teremos que
percorrer o caminho de baixo, lembrando das propriedades da variância.
Variância é influenciada por produto ou divisão? Sim! Multiplicaremos (ou dividiremos) a
variância pelo quadrado da constante!
Logo, se a primeira operação do caminho de baixo é uma multiplicação por dez, então
faremos com a variância um produto pelo quadrado de dez, ou seja, multiplicaremos por 100
(cem).
Já no tocante à segunda operação do caminho de baixo, lembraremos que a variância
não é influenciada por operações de soma ou subtração. Ou seja, a segunda operação (soma
com 140) não será realizada! Teremos:
Classes Freqüência
(f)
29,5-39,5 4
39,5-49,5 8
49,5-59,5 14
59,5-69,5 20
69,5-79,5 26
79,5-89,5 18
89,5-99,5 10
Sol.: O ponto de partida da resolução, como sabemos, é a fórmula! Neste caso, a nossa é a
seguinte:
DMA =
∑ PM − X . fi
n
O enunciado chamou a medida de desvio absoluto médio. Poderia ser também desvio
médio absoluto ou simplesmente desvio absoluto. São sinônimos.
Esta nunca foi uma medida muito explorada em provas de estatística, embora sempre
tenha figurado entre os programas!
Os passos de resolução serão determinados, obviamente, pela fórmula. Olhando para a
equação, veremos aquilo que já dispomos, e o que ainda não temos e precisamos encontrar.
Voltemos a olhar para a nossa distribuição de freqüências e para a fórmula:
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Classes Freqüência
(f)
29,5-39,5 4
39,5-49,5
49,5-59,5
8
14
DMA =
∑ PM − X . fi
59,5-69,5 20
69,5-79,5 26
n
79,5-89,5 18
89,5-99,5 10
O que já temos? Olhemos para a equação! Temos os Pontos Médios? Ainda não! Então é
nosso primeiro passo: construir a coluna dos Pontos Médios. Teremos:
Classes fi PM
29,5-39,5 4 34,5
39,5-49,5 8 44,5
49,5-59,5 14 54,5
59,5-69,5 20 64,5
69,5-79,5 26 74,5
79,5-89,5 18 84,5
89,5-99,5 10 94,5
A fórmula agora pede a Média. Já a temos? Ainda não! Então é nosso próximo passo está
definido: calcular a Média! É como se fossem duas questões em uma! Usaremos o método da
variável transformada. Teremos:
Æ Y=
∑Yi. fi Æ Y=
350
= 3,50
n 100
Classes fi PM (PM- X )
29,5-39,5 4 34,5 -35
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39,5-49,5 8 44,5 -25
49,5-59,5 14 54,5 -15
59,5-69,5 20 64,5 -5
69,5-79,5 26 74,5 5
79,5-89,5 18 84,5 15
89,5-99,5 10 94,5 25
Reparando melhor na fórmula, veremos que ela pede o valor absoluto da coluna que
acabamos de construir. O módulo! E o efeito do módulo é, senão outro, transformar em positivo
quem estiver negativo. Daí, tomando a última coluna construída, faremos:
A fórmula agora pede que multipliquemos essa coluna por fi. Teremos:
Agora, sim! Já temos tudo para aplicarmos a fórmula do DMA. Teremos, enfim, que:
DMA =
∑ PM − X . fi Æ DMA =
1300
Æ DMA=13,00 Æ Resposta!
n 100
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c) O conhecimento de M e S é suficiente para determinar θ exatamente, na
realidade tem-se θ = 95% para qualquer conjunto de dados X1, ... , Xn.
d) O conhecimento de M e S é suficiente para determinar θ exatamente, na
realidade tem-se θ = 30% para qualquer conjunto de dados X1, ... , Xn.
e) O conhecimento de M e S é suficiente para determinar θ exatamente, na
realidade tem-se θ = 15% para qualquer conjunto de dados X1, ... , Xn.
Sol.: O enunciado nos fala que para um dado conjunto o valor da média vale M e a variância
vale S2. Ora, sabemos que variância é o quadrado do Desvio-Padrão. Logo, se variância é S2,
então o Desvio-Padrão será apenas S (a raiz quadrada da variância).
Fala também acerca de uma proporção θ, que é a proporção dos elementos do conjunto
que diferem da Média M, em valor absoluto, por pelo menos 2S. Quando se diz “em valor
absoluto” queremos dizer uma diferença para mais e para menos.
M-2S M M+2S
Pois bem! O que a questão quer saber? A proporção dos elementos que diferem da média
por pelo menos 2S. Esse pelo menos significa no mínimo. E no mínimo vai significar além de 2S.
Ou seja: queremos saber a proporção dos elementos que estão fora do intervalo (M-2S a
M+2S).
Essa proporção fora do intervalo será uma proporção máxima ou uma proporção mínima?
Máxima, conforme já aprendemos!
Seria mínima caso fosse a proporção dos elementos dentro do intervalo.
Sabendo disso tudo, só nos resta seguir os passos aprendidos acima. Teremos:
1º Passo) Calculamos o valor D que é a diferença entre qualquer dos limites do intervalo e a
média do conjunto.
M-2S M M+2S
D D
D
Æ K= Æ k=(2S/S) Æ k=2
S
1
Æ PMÁXIMA= Æ PMÁXIMA=(1/4)=0,25
K2
24. (AFRF-2003) As realizações anuais Xi dos salários anuais de uma firma com
N empregados produziram as estatísticas
N
1
X=
N
∑X
i =1
i = R$14.300,00
0,5
⎡1
(X i − X ) ⎤⎥
N
∑
2
S=⎢ = R$1.200,00
⎣N i =1 ⎦
Seja P a proporção de empregados com salários fora do intervalo [R$ 12.500,00; R$
16.100,00]. Assinale a opção correta.
a) P é no máximo 1/2 d) P é no máximo 1/2,25
b) P é no máximo 1/1,5 e) P é no máximo 1/20
c) P é no mínimo 1/2
25. (AFPS 2002/ESAF) Sejam X1, X2, X3, ... , Xn observações de um atributo X.
Sejam
1 n
x= ∑ xi
n i =1
1 n
s2 = ∑ (xi − x )2
n i =1
Assinale a opção correta.
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a) Pelo menos 95% das observações de X diferem de x em valor absoluto por menos que 2S.
b) Pelo menos 99% das observações de X diferem de x em valor absoluto por menos que 2S.
c) Pelo menos 75% das observações de X diferem de x em valor absoluto por menos que 2S.
d) Pelo menos 80% das observações de X diferem de x em valor absoluto por menos que 2S.
e) Pelo menos 90% das observações de X diferem de x em valor absoluto por menos que 2S.
Sol.: Esta questão pergunta, em outras palavras, qual a proporção de elementos localizados
dentro do intervalo que vai de (Média–2S) até (Média+2S).
Ora, na questão 23 (duas atrás), descobrimos a proporção dos elementos que ficam fora
deste mesmo intervalo. Lá, por ser proporção do lado de fora, era uma proporção máxima!
E aqui, por ser uma proporção dentro do intervalo, será uma proporção mínima!
Aprendemos, na aula passada, que: Pmínima = 1 – Pmáxima
Assim: Pmínima=1-0,25 Æ Pmínima=0,75
É o que diz a letra C das alternativas: pelo menos (=no mínimo) 75% das observações de
X diferem da média, em valor absoluto, por menos que 2S.
Prestem atenção para o seguinte:
Æ ...diferem por menos que... = proporção dentro!
Æ ...diferem por pelo menos... = proporção fora!
Logo: Letra C Æ Resposta!
(AFC-94) Para a solução das três próximas questões considere os dados da tabela
abaixo, que representa a distribuição de freqüências das notas em uma prova de
estatística aplicada em três turmas de 100 alunos cada.
Sol.: Uma seqüência muito interessante de questões! O enunciado apresenta, em uma única
tabela, três distribuições de freqüência. Separadamente, seriam elas as seguintes:
Æ A primeira:
Classes Turma 01
fi
0–2 20
2–4 40
4–6 30
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6–8 6
8 – 10 4
Æ A segunda:
Classes Turma 02
fi
0–2 10
2–4 15
4–6 50
6–8 15
8 – 10 10
Æ A terceira:
Classes Turma 03
fi
0–2 5
2–4 10
4–6 70
6–8 10
8 – 10 5
Classes Turma 02
fi
0–2 10
2–4 15
4–6 50 Æ Classe intermediária!
6–8 15
8 – 10 10
Classes Turma 02
fi
0–2 10
2–4 15
4–6 50
6–8 15
8 – 10 10
São iguais essas novas fi? Sim! Daí, prossegue a técnica, novamente subindo e descendo
um andar! Teremos:
Classes Turma 02
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fi
0–2 10
2–4 15
4–6 50
6–8 15
8 – 10 10
Iguais novamente? Sim! Ainda tem para onde subir ou descer? Não! Então, acabou a
nossa análise, e nossa conclusão é a seguinte: estamos diante de uma distribuição simétrica!
Se em qualquer momento dessa análise, ao subir e descer um andar, tivéssemos
encontrado fi diferentes, diríamos então que a distribuição não seria simétrica, mas assimétrica.
Qual a razão de estarmos fazendo esse estudo? Muito simples: quando a distribuição de
freqüências é simétrica, teremos sempre que a Média será igual à Moda, e será igual à
Mediana! E essas três medidas serão calculadas da seguinte forma: somaremos o limite inferior
da primeira classe com limite superior da última classe, e este resultado dividiremos por dois.
Da seguinte forma:
Classes Turma 02
Fi
0–2 10
2–4 15
4–6 50
6–8 15
8 – 10 10
Æ X = Mo = Md =
(0 + 10) = 5,0
2
Teremos:
Classes Turma 03
fi
0–2 5
2–4 10
4–6 70
6–8 10
8 – 10 5
Æ X = Mo = Md =
(0 + 10) = 5,0
2
Classes Turma 01
fi
0 – 2 20
2 – 4 40
4 – 6 30
6 – 8 6
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8 – 10 4
Classes Turma 01
fi
0–2 20
2–4 40
4–6 30
6–8 6
8 – 10 4
Uma análise atenta nos fará ver que esse conjunto tem 100 elementos (n=100). Para
isso, basta somar a coluna da fi. Também vemos, sem maiores esforços, que só as duas
primeiras classes já somam 60 elementos! Sendo 20 na primeira classe e 40 na segunda. Ou
seja: mais da metade dos elementos do conjunto estão nas duas primeiras classes. Ora, a
Mediana é exatamente aquele elemento que está no meio do conjunto, dividindo-o em duas
partes iguais.
Daí, concluímos que a Classe Mediana será a segunda (2 a 4). De sorte que a Mediana
dessa distribuição será um valor qualquer inserido nesta classe!
Mesmo sem calcular essa Mediana da turma 01, vemos que não haveria como esta
medida ser maior que 5, uma vez que 5 é um valor que faz parte da terceira classe (e não da
segunda)!
S
Vejamos qual é o conceito do Coeficiente de Variação: CV =
X
Ora, uma vez que as duas médias são iguais, temos que os denominadores dos
Coeficientes de Variação das turmas 02 e 03 são os mesmos!
Se os denominadores são iguais, o que vai definir se um CV é maior que o outro será
apenas o numerador, ou seja, o Desvio-Padrão!
Daí, apenas por hipótese, consideremos que seja verdadeiro o que está dito na opção b:
Æ Desvio-Padrão (Turma 02) > Desvio-Padrão (Turma 03)
Ora, se isto acima for verdadeiro, então, resta que será também necessariamente
verdadeiro o que está dito na opção d:
Æ coeficiente de variação (Turma 2) > coeficiente de variação (Turma 3)
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CORRELAÇÃO LINEAR
Até agora, todas as medidas estatísticas que estudamos neste Curso diziam respeito
somente a uma variável. Ou seja, estudamos a média das idades, ou a moda dos salários, ou a
mediana dos pesos, ou o desvio-padrão das estaturas, e assim por diante.
No que diz respeito à Correlação, surge aí uma diferença. Estaremos agora estudando,
conjuntamente, duas variáveis!
A Correlação é uma medida estatística que nos vai responder duas perguntas:
1ª) Existe alguma força unindo estas duas variáveis?
2ª) Caso exista esta força, como se comporta uma variável em relação à outra?
Por meio de exemplos, entenderemos bem melhor. Vejamos.
Suponhamos que se pretende estudar as duas seguintes variáveis: número de anos que
uma pessoa freqüentou os bancos escolares, e número de livros que esta pessoa lê por ano.
Ora, o censo comum nos levaria facilmente a crer que alguém que estudou por mais
tempo lê mais livros por ano; ao passo que quem mal freqüentou a escola pouco lê. Não é
verdade?
Mas a Estatística não trabalha com o censo comum, e sim com dados de pesquisa.
Assim, uma pesquisa seria realizada, e seriam coletados pares de informações, ou
seja, cada pessoa pesquisada responderia a estas duas perguntas: Quantos anos estudou? e
Quantos livros lê por ano?
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Desta forma, ao fim da pesquisa, teremos um grupo de pares de informações, os quais
irão alimentar uma tabela. Teríamos:
Variável X Variável Y
(Tempo de estudo, (Número de livros
em anos) lidos por ano)
2 5
5 8
7 12
4 9
3 1
E será por meio dos dados constantes nesta tabela que trabalharemos a Correlação!
Na realidade, a Correlação nada mais é que uma fórmula – veremos daqui a pouco – a
qual será preenchida por meio dos dados (os pares de informação) constantes na tabela acima,
e cujo resultado nos conduzirá àquelas duas conclusões: 1ª) se há uma força unindo as duas
variáveis; e 2ª) como se comporta uma variável em relação à outra.
Ora, é quase certo que o resultado da aplicação da fórmula da Correlação para os dados
acima nos iria indicar duas coisas: 1ª) sim, há uma força unindo estas duas variáveis; e 2ª)
estas duas variáveis se comportam de forma, digamos, diretamente proporcional. Ou seja,
aumentando-se uma, a outra também aumenta, e diminuindo-se uma, a outra também diminui.
Neste ponto convém que sejamos apresentados à fórmula da Correlação, que é a
seguinte:
-1 0 1
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Conhecemos, pois, a primeira análise do resultado da Correlação: a existência ou
inexistência de força unindo as duas variáveis. E quando esta força é mais intensa ou menos
intensa.
A segunda análise do resultado diz respeito ao comportamento das variáveis, uma em
relação à outra.
E é facílima esta análise:
Æ Se o resultado da Correlação der um valor maior que zero (positivo), teremos que as
variáveis se comportam de forma diretamente proporcional, ou seja, aumentando-se o valor de
uma, aumenta também a outra, e diminuindo-se uma, diminui também a outra;
Æ Se o resultado da Correlação for menor que zero (negativo), as variáveis se
comportarão de maneira inversamente proporcional, ou seja, aumentando-se o valor de uma, o
da outra diminui; e vice-versa.
Compreendido isso?
Assim, interpretar o resultado da correlação pode perfeitamente ser uma questão de
prova! Pelo que me consta, ainda não foi. Mas pode ser. Isso pode!
Agora vamos voltar à tabela que vimos acima:
Variável X Variável Y
(Tempo de estudo, (Número de livros
em anos) lidos por ano)
2 5
5 8
7 12
4 9
3 1
Com os pares de informação que vemos acima, seremos capazes de criar um gráfico,
muito simples, chamado Diagrama de Dispersão, em que cada par de informação se
transformará em um ponto. Vejamos como é simples:
O primeiro par de informação é (2 e 5). Estão vendo?
Variável X Variável Y
(Tempo de estudo, (Número de livros
em anos) lidos por ano)
2 5
5 8
7 12
4 9
3 4
Yi
12
11
10
9
8
7
6
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5
4
3
2
1
0 1 2 3 4 5 6 7 Xi
Observando os pontos marcados acima, facilmente vemos que é impossível uni-los por
meio de uma reta perfeita. Todavia, percebemos também que embora não formem uma reta
perfeita, estes pontos estão dispostos em torno do formato aproximado de uma reta.
Senão vejamos:
Yi
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0 1 2 3 4 5 6 7 Xi
Percebam ainda que esta reta é ascendente, ou seja, ela está subindo, da esquerda para
a direita. Quando isso ocorrer, ou seja, quando os pontos do diagrama de dispersão não
formarem uma reta perfeita, mas estiverem dispostos ao longo de uma reta ascendente, então
diremos que a correlação é positiva (r>1).
Outra situação possível é que os pontos do diagrama, oriundos da tabela (dos pares de
informação) também não formassem uma reta descendente perfeita, mas se aproximassem, ou
seja, estivessem dispostos ao longo de uma reta que desce, da esquerda para a direita. Seria
algo semelhante ao seguinte:
Yi
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0 1 2 3 4 5 6 7 Xi
Neste caso, diremos que a Correlação não é perfeita, porque os pontos não formaram
uma reta perfeita, mas é negativa, porque estão dispostos ao longo de uma reta descendente!
E se os pontos do diagrama formarem uma reta perfeita? São dois casos possíveis:
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1º) Os pontos, unidos, formaram uma reta ascendente perfeita:
Yi
Xi
Neste caso, temos a situação de uma correlação perfeita positiva, ou seja, r=1.
2º) Os pontos, unidos, formaram uma reta descendente perfeita:
Yi
Xi
Neste caso, temos a situação de uma correlação perfeita negativa, ou seja, r=-1.
Por fim, se estivermos estudando a existência da correlação entre as duas seguintes
variáveis: 1ª) número de anos que a pessoa freqüentou a escola; e 2ª) número do sapato que a
pessoa calça.
Ora, é muitíssimo provável que ao fazermos a pesquisa, e ao preenchermos uma tabela
com os pares de informações coletados, e depois ao marcarmos os pontos no diagrama de
dispersão, cheguemos ao seguinte gráfico:
Yi
Xi
Percebemos que, neste caso, não é possível sequer aproximar os pontos do diagrama
para o formato de uma reta, quer ascendente, quer descendente.
Quando isso ocorrer, diremos que estamos diante da ausência da correlação, ou seja,
r=0.
Com o que vimos até aqui, já estamos aptos a resolver um estilo de questão de
Correlação: aquele que pergunta pela interpretação do diagrama de dispersão.
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Um resumo desta teoria que acabamos de ver é o que se segue, nos cinco quadros
seguintes:
Acreditem-me: estes pequenos gráficos já foram objeto de prova. Era olhar para o
desenho e acertar a questão.
Mas se trata de uma questão muito rara. A chance de cair não é das maiores. Pelo sim,
pelo não, melhor é conhecermos tudo!
O terceiro tipo de questão, que aprenderemos agora, diz respeito às propriedades da
Correlação. Uma questão facílima, para quem conhece essas tais propriedades. E o bom de tudo
é que podemos reuni-las em uma única frase:
A correlação não é influenciada nem por operações de soma, nem de subtração,
nem de produto, e nem de divisão, exceto pelo sinal.
Como é isso?
Vamos ver, por meio de vários exemplos:
Uma questão de prova pode dizer que a correlação entre duas variáveis quaisquer x e y é
igual a 0,8. Ou seja, r(x,y)=0,8. E perguntar qual a correlação entre (2x-3 e 3y+5). Ou seja,
perguntar: r(2x-3, 3y+5)=?
Como resolveremos essa questão? Analisando as operações que ocorreram com as
variáveis x e y. Vejamos. Temos:
Æ r(x,y)=0,8 e r(2x-3, 3y+5)=?
A variável x virou o quê? Virou 2x-3.
Quais as operações que ocorreram com o x? Ele foi multiplicado por 2, e depois,
subtraído de 3. Produto ou subtração afetam a correlação? Não! Por último: o x mudou de sinal?
Não!
Quais as operações que ocorreram com o y? Ele foi multiplicado por 3, e depois, somado
a cinco. Produto e soma não influenciam a correlação! Por fim, o y não mudou de sinal.
Assim, desconsiderando as operações que não influenciam na Correlação, teremos que:
Æ r(2x-3, 3y+5) = r(x,y) = 0,8
Viram? O que temos a fazer é apenas desconsiderar aquelas operações que não
influenciam na correlação, e depois ver o que sobrou! Apenas fiquemos atentos, e muito, para
verificar se o sinal das variáveis x e y vai mudar ou não! Mais um exemplo.
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Ou seja: mudando o sinal de apenas uma das variáveis, muda também o sinal da
correlação!
Novo exemplo.
Novamente, alterou-se o sinal de apenas uma das variáveis. Já sabemos o efeito disto:
muda também o sinal da correlação. (O que era 0,8 virou -0,8). Só isso!
Exemplo 4) Sabendo que r(x,y)=0,8, quanto será r(-2x-3, -3y+5)?
Fazendo os cortes devidos, de acordo com as propriedades da correlação, teremos:
Æ r(-2x-3, -3y+5)
Percebemos que, desta vez, modificaram-se os sinais das duas variáveis. Com isso, o
sinal da correlação permanecerá inalterado!
Assim, teremos:
Æ r(-2x-3, -3y+5) = r(-x,-y)=0,8
(BACEN-98) Duas variáveis aleatórias X e Y têm coeficiente de correlação linear igual a 0,8. O
coeficiente de correlação linear entre as variáveis 2x e 3x é:
a) 0,8
b) 0,53
c) 0,27
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d) 0,32
e) 0,4
Sol.: É dito pelo enunciado que r(x,y)=0,8. E a questão pergunta quanto é r(2x,3y).
Ora, vimos exemplos bem mais interessantes que isto! Cortando os dois produtos, o que
resta é a apenas: r(2x,3y) = r(x,y) = 0,8 Æ Resposta!
Sol.: É dito pelo enunciado que r(x,y)=r. Em seguida, é dito ainda que y=4-2x.
Assim, substituindo este valor de y, teremos:
Æ r(x,y) = r(x, 4-2x)
Aplicando agora a propriedade da correlação, teremos:
Æ r(x, 4-2x) = r(x, -x) = -1
Assim, concluímos que: r(x,y) = r = r(x,-x) = -1
Ou seja: r=-1 Æ Reposta!
Mais uma.
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Æ r(z,x) = r(0,2-0,5x , x) = r(-x,x) = -1
O quarto tipo de questão que pode cair em prova sobre correlação é a mais difícil delas. É
a questão que exige a aplicação da fórmula!
Ou seja, é um enunciado que vai fornecer uma tabela com todos aqueles pares de
informação (das variáveis x e y), e vai pedir que seja calculado o valor do coeficiente de
correlação linear. Em outras: a questão irá querer saber o valor de r(x,y).
Antes de mais nada, convém saber do seguinte: a tabela para aplicação da fórmula da
correlação somente estará completa se contar com as seguintes cinco colunas:
Precisamos destas cinco colunas, porque a fórmula será preenchida exatamente com os
cinco somatórios que estão em azul na tabela acima!
Além desses somatórios, a fórmula traz também um tal de n. O que significa este n?
Significa número de pares de informações!
Assim, conhecendo, por meio da tabela, o número de pares de informação (n), e os
somatórios das cinco colunas acima, pronto!, já estaremos aptos a aplicar a fórmula e a fazer as
contas, e a chegar à resposta da questão!
Próximo passo: memorizar a fórmula. Vejamos novamente.
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Assim, convém que você a repita várias e várias vezes no papel. Olhando para ela, sem
olhar para ela. De todo jeito! Até que fique definitivamente memorizada.
Depois disso, lembraremos do seguinte: o denominador está debaixo do sinal da raiz
quadrada. E dentro desta raiz, há o produto de dois colchetes: o primeiro deles é aquele que a
gente já decorou. E o segundo é praticamente igual ao primeiro, trocando-se apenas o X por Y.
Você há, portanto, de concordar comigo, que o denominador já está todo memorizado.
Concorda?
Pois bem! Voltemos àquele colchete que decoramos no começo.
Agora, vamos desenvolvê-lo. É muito fácil fazer isso. Todos concordam que Xi2=Xi.Xi?
Sim? E todos também concordam que: (ΣXi)2=(ΣXi).(ΣXi)? Sim?
Assim, podemos dizer que:
Æ n.ΣXi2-(ΣXi)2 = n.Xi.Xi-(ΣXi).(ΣXi)
Tudo bem até aqui?
Pois bem! Observem que o desenvolvimento acima resultou em duas parcelas, nas quais
só aparece a variável X.
Mas para chegarmos ao numerador da fórmula, modificaremos ligeiramente o resultado
deste desenvolvimento, de forma que tenhamos as duas variáveis X e Y, e não apenas X.
Teremos: n.Xi.Yi-(ΣXi).(ΣYi)
Pronto! Chegamos ao numerador da fórmula. Agora, sim, conhecemos a fórmula inteira!
Com isso, estamos aptos, finalmente, a resolver mais este tipo de questão de correlação!
Vejamos algumas delas.
Sol.: Percebam que o enunciado não precisa descrever exatamente quais são as variáveis X e Y.
Ele apenas as chama por estas letras e pronto!
Eu pergunto a vocês: esta tabela fornecida nesta questão já está completa para usarmos
a fórmula da correlação linear?
O que vocês dizem? Sim, já está completa! Resta, portanto, colocar a fórmula no papel e
fazer as contas. Teremos:
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6 x317 − 21x75
Æ r ( x, y ) =
[ ][
6 x91 − (21) 2 . 6 x1111 − (91) 2 ]
ΣX = ΣY = 15
ΣX2 = ΣY2 = 55
ΣXY = 39
Ora, os colchetes do denominador são iguais! Como estão sendo multiplicados, é mesmo
que um só colchete elevado ao quadrado! Assim, como é do conhecimento de todos nós, se
temos a raiz quadrada de um valor qualquer elevado à segunda potência, desaparece o sinal da
raiz. Assim, teremos:
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5 x39 − 15 x15
Æ r ( x, y ) =
5 x55 − (15) 2
Viram? O que me dizem? Dá para fazer estas contas, ou não? Claro que sim! Teremos:
Æ r(x,y)=(195-225)/(275-225)
Æ r(x,y)=-30/50 = -3/5 = -0,600 Æ Resposta!
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Antes de mais nada, convém sabermos que quando tratamos de preços e quantidades
de um bem qualquer, estaremos sempre relacionando estes preços ou quantidades a duas
épocas distintas! Normalmente, essas épocas são anos! Por exemplo, compararemos o preço do
produto A no ano de 1990 e no ano de 1995. Ou então, compararemos a quantidade vendida do
produto B no ano de 2002 e no ano de 2003. E assim por diante!
Convencionou-se então chamar estas duas épocas, estes dois anos, pela seguinte
nomenclatura: ano base (que é o ano de referência!) e ano dado. E mais: doravante,
adotaremos que o ano base será designado pelo símbolo (o) enquanto que o ano dado será
designado pelo símbolo (n).
pn
po ,n =
po
Teremos:
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Preço (em R$1,00)
Produtos 2000 ( po ) 2002( p n )
A 15 20
B 8 8
C 12 7
Agora, vejamos como calcular o Índice Relativo de Preço de 2002, com base no
ano 2000, para os produtos apresentados na tabela! Faremos o seguinte cálculo:
p 2002
p 2000, 2002 =
p 2000
Teremos:
Observemos que os índices relativos dos produtos no ano base serão sempre
iguais a 100! Caso contrário, não poderíamos tomar estes valores como base ou como
referência! Confiramos novamente:
Agora vamos interpretar estes resultados! Os cálculos dos índices relativos de preços
nos informam que:
Æ O preço do bem A elevou-se 33,3% no ano de 2002, tomando por base o ano
de 2000! Basta fazer a subtração dos índices de preço! Vejamos: 133,3-100=33,3.
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Aqui, entenderemos que, no ano de 2002, houve uma redução no preço do bem C,
em relação ao preço do mesmo bem no ano de 2000. E de quanto foi essa redução? Ora, é só
subtrair:58,3-100=-41,7. O sinal negativo no resultado da subtração nos indica que houve uma
redução no preço do produto no ano dado em relação ao ano base!
É praticamente a mesma coisa que o índice relativo de preços, com uma única
diferença: em vez de tratarmos de preços, estaremos lidando com quantidades dos produtos!
qn
qo ,n =
qo
Teremos que:
q 2002
q 2000, 2002 =
q 2000
Daí: q2000,2002=(300/120)=2,5=250%
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vn
vo , n =
vo
vn pn × qn pn qn
vo , n = = = × = po ,n × qo ,n
vo po × qo po qo
Façamos um exemplo! Suponhamos que uma loja vendeu, no ano de 2000, uma
quantia de 520 fogões, ao preço de R$350,00. Em 2002, essa mesma loja conseguiu vender
apenas 400 fogões, ao preço de R$600,00 cada. Qual seria o índice relativo de valor, tomando
por base o ano de 2000? Se quisermos, podemos colocar os dados deste enunciado numa
tabela, de forma que teremos o seguinte:
Daí, faríamos:
Apenas isso!
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# Propriedades:
Æ Propriedade da Identidade!
Esta nos diz que, se o ano base e o ano dado se confundem, ou seja, se ano base e ano
dado são um só, então o valor do índice é 100%! Já vimos isso antes, quando construímos a
tabela dos relativos! Verificamos que os índices no ano base são sempre iguais a 100%.
Lembrados? Quando construímos a tabela dos relativos de preço, encontramos o seguinte:
E encontramos estes valores 100 nos preços relativos de 2000, simplesmente pelo
seguinte:
po
p o ,o = = 1 = 100%
po
Ix,y = (1 / Iy,x)
Este “I” está substituindo o “p” (de preço), ou o “q” (de quantidade), ou o “v” (de
valor)!
Æ p2000,2002=125%
Æ p2002,2000= (1/p2000,2002)=(1/125%)=80%
Æ Propriedade Circular!
Novamente aqui o “I” está em lugar de “p” (de preço), ou de “q” (de quantidade), ou
de “v” (de valor)!
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Se tivermos na questão dados relativos a variações de índices (de preço, quantidade ou
valor) de um bem em diversos anos consecutivos, poderemos trabalhar com o uso desta
propriedade!
O segredo agora é ter atenção! O enunciado falou que os acréscimos são medidos em
relação ao ano anterior, a partir do ano t0. Logo, o ano anterior a t0 é a ano t0-1! Daí, a
primeira variação (o primeiro δ) será exatamente a do ano t0 em relação ao ano t0-1!
Uma outra forma de resolver esta questão, talvez até mais simples, consistia apenas
em adotar o valor 100 para o primeiro preço (o preço em t0-1). Daí, faríamos as variações
descritas no enunciado, até chegarmos ao preço do ano desejado, que é o t0+2. Vejamos:
Æ Pt0-1=100
Æ Pt0=103
Æ Pt0+1=105,06
Æ Pt0+2=107,16
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Pronto! Como a questão quer saber a variação do preço de Pt0+2 em relação a Pt0-1, só
teremos agora que subtrair!
Designado por Ia, o Índice Aritmético Simples representa tão somente a Média
Aritmética dos índices relativos!
Ia =
∑p o,n
=
p A o ,n + p B o ,n + pC o ,n + K
n n
Onde o numerador é a soma dos relativos de preço dos produtos apresentados numa
tabela, e n é o número de produtos! Vejamos um exemplo! Consideremos a tabela de índices
relativos de preços extraída construída por nós anteriormente:
Teríamos que o índice aritmético simples de preço neste caso será igual a:
Ia =
∑p o,n
=
133,3 + 100 + 58,3
Æ Daí: Ia=97,2 Æ Resposta!
n 3
Concluímos, por este cálculo, que houve uma redução de 2,8% (=100-97,2) nos preços
dos três produtos – observados conjuntamente – no ano de 2002, em relação ao ano de 2000.
Ia =
∑q o,n
=
q A o ,n + q B o ,n + qC o ,n + K
n n
O próximo número índice será dito “ponderado”, uma vez que levará em conta os dois
elementos - preço e quantidade -, de modo que a quantidade será o “fator de ponderação”.
Funcionará como uma espécie de “peso”. Vejamos!
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Iap =
∑ p .q =
o,n p A o ,n .q A + p B o ,n .q B + pC o ,n .q C + K
∑q q A + q B + qC + ...
A dica é simples: basta pensar no cálculo da média aritmética para dados tabulados!
Estamos todos lembrados? Recordemos que este cálculo seria dado por:
X =
∑ Xi. fi
n
Pois bem! Aqui, nos números índices, o Xi daria lugar aos preços, enquanto que o fi
daria lugar às quantidades! Lembraremos ainda que o n da fórmula acima é dado por Σfi.
Vejamos um exemplo!
Ia =
(125 x120) + (95 x200) + (110 x185) = 54350 = 107,62
(120 + 200 + 185) 505
Será designado por Ih, e representa tão somente a média harmônica dos índices
relativos. Vejamos.
n n
Ih = =
1 1 1 1
∑p p Ao ,n
+
p Bo ,n
+
pCo ,n
+K
o ,n
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3
Ih == = 86,57 Æ Daí: Ih=86,57
1 1 1
+ +
133,3 100 58,3
Segundo este cálculo, houve uma redução de 13,43% (=100-86,57) nos preços dos
três produtos – observados conjuntamente – no ano de 2002, em relação ao ano de 2000.
Aqui, a única diferença em relação ao índice acima será que agora trabalharemos com
quantidades, em vez de preços! Teremos, portanto, que:
n n
Ih = =
1 1 1 1
∑q q Ao ,n
+
q Bo ,n
+
qCo ,n
+K
o ,n
Ihp =
∑q =
∑q
⎛ q ⎞ qA q q
+ B + C +K
∑ ⎜⎜ p ⎟
⎟ p Ao ,n p Bo ,n pCo ,n
⎝ o ,n ⎠
Será designado por Ig, e representa apenas a média geométrica dos índices
relativos.
Xg = n ∏ Xi
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Xg = n ∏ Xi Æ X g = 5 1x 2 x3 x 4 x5 Æ X g = 5 120 Æ E: X g = 2,61
Xg = n ∏ Xi fi
Xg = n ∏ PM fi
Aqui, repetiremos a fórmula da Média Geométrica para o rol, trocando apenas Xi pelos
relativos de preço! Teremos:
Ig = n ∏p 0,n = n p Ao ,n × p Bo ,n × pCo ,n × K
Ig = n ∏q 0,n = n q Ao ,n × q Bo ,n × qCo ,n × K
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Estes dois índices que vamos aprender – Laspeyres e Paasche – são constantemente
exigidos em provas do AFRF!
∑ p .q o n
∑ q .p o n
∑ p .q o o
∑ q .p o o
É...! A primeira impressão não é das melhores! Temos que aprender um meio de
memorizar estas quatro fórmulas! Vamos lá.
Æ Preço de Paasche: Pa =
∑ ..........
∑ ..........
Æ Quantidade de Paasche: Pa =
∑ ...........
∑ ...........
Æ Preço de Laspeyres: La =
∑ ...........
∑ ...........
Æ Quantidade de Laspeyres: La =
∑ ...........
∑ ...........
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2º Passo) Índice de preço começa com preço, enquanto índice de quantidade começa
com quantidade! Teremos:
Æ Preço de Paasche: Pa =
∑ p.q
∑ p.q
Æ Quantidade de Paasche: Pa =
∑ q. p
∑ q. p
Æ Preço de Laspeyres: La =
∑ p.q
∑ p.q
Æ Quantidade de Laspeyres: La =
∑ q. p
∑ q. p
3ºPasso) Agora, “amarraremos” as quatro fórmulas, dando um “nó” (n,o) na
vertical!
Ficaremos com:
Æ Preço de Paasche: Pa =
∑ p .q
n
∑ p .q
o
Æ Quantidade de Paasche: Pa =
∑ q .pn
∑ q .po
Æ Preço de Laspeyres: La =
∑ p .q
n
∑ p .q
o
Æ Quantidade de Laspeyres: La =
∑ q .pn
∑ q .po
4º Passo) Agora só nos resta complementar os dois preços ou quantidades que estão
faltando em cada fórmula com os índices (o) ou (n). Saibamos que, para cada uma destas
fórmulas, os índices que estão faltando são iguais, ou seja, estão faltando ou dois (o) ou dois
(n). Aí, iremos nos lembrar do “bizú do pão-de-ló”. (Essa teoria, se é que podemos chamar
assim, não existe em livro nenhum...é mais uma das minhas invenções malucas!).
Do bizú do pão-de-ló, nós só vamos aproveitar o “ló”. O “ló” traz o “L” de Laspeyres e o
“o” do índice “o”. Daí, lembraremos da frase: “Laspeyres é ló!” E se Laspeyres é ló, então os
dois índices que estão faltando para concluirmos a fórmula são ambos o próprio “o”. Teremos:
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Æ Preço de Laspeyres: La =
∑ p .q
n o
(“Laspeyres é ló”!)
∑ p .q
o o
Æ Quantidade de Laspeyres: La =
∑ q .p
n o
(“Laspeyres é ló”!)
∑ q .p
o o
E quanto ao Paasche? Ora, Paasche não é ló! Então, concluímos que “Paasche é n”!
Teremos:
Æ Preço de Paasche: Pa =
∑ p .q
n n
(“Paasche é n”!)
∑ p .q
o n
Æ Quantidade de Paasche: Pa =
∑ q .p
n n
(“Paasche é n”!)
∑ q .p
o n
Pronto! É só isso! Uma vez conhecendo as quatro equações acima, o que restará ser
feito é apenas alimentá-las com os dados de uma tabela, a qual será fornecida na questão! Ou
seja, fica faltando somente fazer o copiar-colar, e matar a questão!
Importante: Os resultados de qualquer destas quatro fórmulas terão que ser, ao final,
multiplicados por 100 (cem)!
Vejamos resolver algumas questões de provas passadas, e entenderemos melhor como
aplicar as fórmulas de Paasche e de Laspeyres. Adiante!
AFTN/94:
Considere a estrutura de preços e de quantidades relativa a um conjunto de quatro
bens, transcrita a seguir, para responder as três próximas questões.
Sol.: A primeira coisa que temos que recordar é a fórmula do índice de quantidade de Paasche.
Lembrando dos artifícios mnemônicos que apresentei acima, saberemos que a fórmula que nos
interessa aqui é a seguinte:
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Pa =
∑ q .p n n
∑ q .p o n
Agora, observemos as respostas! Todas elas começam com o valor 100! Isso por quê?
Porque esse primeiro índice diz respeito ao cálculo do ano zero (ano base) em relação a ele
próprio! Logicamente, que dispensaremos esse cálculo!
Observemos que estamos calculando tudo “em relação ao ano zero”, exatamente
porque o ano zero é o ano de referência!
Pa =
∑ q .p
n n
=
(5 x8) + (10 x12) + (10 x18) + (5 x 22) = 450 = 0,900
∑q .p
o n (5 x8) + (5 x12) + (10 x18) + (10 x 22) 500
Este resultado será multiplicado por 100! Teremos: Pa=0,90x100=90,0
Pa =
∑q .p
n n
=
(10 x12) + (10 x20) + (5 x 20) + (5 x30) = 570 = 0,864
∑q .p
o n (5 x12) + (5 x20) + (10 x 20) + (10 x30) 660
Que multiplicado por 100, ficará: 0,864x100=86,4
102. (AFTN/1994) Os índices de preços de Laspeyres correspondentes aos quatro anos são
iguais, respectivamente, a:
a) 100,0; 117,7; 135,3; 155,3
b) 100,0; 112,6; 128,7; 142,0
c) 100,0; 112,6; 132,5; 146,1
d) 100,0; 117,7; 132,5; 146,1
e) 100,0; 117,7; 133,3; 155,3
Sol.: O ponto de partida aqui será também a fórmula! Sem conhecermos a fórmula,
como poderemos querer acertar a questão? Não dá! Ei-la:
∑ p .qo o
Observando as respostas, vimos que todas as opções começam com o valor 100,0. Já
sabemos o motivo disso: esse valor representa o índice calculado para o ano zero (ano base),
em relação a ele próprio!
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Antes de passarmos às próximas contas, vamos escolher com qual “ano dado” iremos
trabalhar! Como escolher isso? Olhando para as respostas, e buscando aquela que, em todas as
opções, há valores diferentes!
Vejamos: o segundo valor das cinco opções ou serão 117,7 ou serão 112,6. Isso
não é bom! Não vai nos trazer conclusão nenhuma! Já, o terceiro valor das opções – que se
refere ao índice do ano dois em relação ao ano zero – nos traz um leque maior: 135,3 ou 128,7
ou 132,5 ou 133,3. A única resposta que se repete é o 132,5. Ou seja, se der qualquer uma
das outras respostas, já teremos “matado” a questão!!
Passemos às contas:
La =
∑ p .q
n o
=
(10 x5) + (15 x5) + (20 x10) + (25 x10) = 575 = 1,353
∑ p .q
o o (5 x5) + (10 x5) + (15 x10) + (20 x10) 425
(AFTN-1996) Para efeito das duas próximas questões, considere os seguintes dados:
Sol.: Bem! Aqui, se você é bom observador, já viu que só aplicaremos a fórmula uma
única vez! Claro! Para o ano de 1995, em relação ao ano de 1993 (que é o base!). Por que isso?
Porque os cinco valores, nas cinco opções de resposta, são todos diferentes!
Teremos:
La =
∑ p .q
n o
=
(109 x12) + (164 x 20) = 4588 = 1,931
∑ p .q
o o (58 x12) + (84 x 20) 2376
Multiplicando esse resultado por 100, chegaremos à resposta!
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Pa =
∑ p .q
n n
=
(81x13) + (120 x 25) = 4053 = 1,420
∑ p .q
o n (58 x13) + (84 x 25) 2854
Multiplicando este valor por 100, chegaremos à resposta!
Sol.: Aqui temos uma questão mais fácil ainda! Observemos que o enunciado nada
dispôs acerca de qual dos índices de Laspeyres deveria ser utilizado, se o de preços ou o de
quantidades!
Porém, analisando os dados fornecidos na tabela acima, vemos que a sua última linha
apresenta alguns resultados já em forma de somatórios! E todos eles estão iniciando com preço!
Daí, concluímos: vamos trabalhar buscando o índice de preços de Laspeyres, do ano de 1979 em
relação a 1960! Teremos:
La =
∑ p .q
n o
=
37262,0
= 4,136
∑ p .q
o o 9009,7
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# Mudança de Base:
O último ponto teórico do programa do AFRF e, portanto, deste nosso Curso, está
inserido no contexto dos Números Índices, e é chamado de Mudança de Base!
Trata-se do assunto o mais fácil de todos! Na questão de “mudança de base”, será
fornecida uma tabela muito simples, com duas linhas: na de cima, uma seqüência de épocas
distintas; na de baixo, índices que representam geralmente preços de um determinado produto!
Em suma, teremos preços de um bem em diferentes anos!
Nesta tabela, apenas um dos valores da segunda linha será igual a 100. Este ano será,
portanto, chamado ano base (ou ano de referência)! Todos os demais índices de preços podem
ser imediatamente “comparados” de forma percentual ao preço do ano base, uma vez que este
último é igual a 100! Por exemplo, consideremos a tabela abaixo:
Ano 1981 1982 1983 1984 1985 1986
Índice 75 88 92 100 110 122
Aqui, nosso ano base é 1984, pois é o único que traz o índice igual a 100. (Ficou fácil
enxergar isso, pelo destaque que eu dei na tabela acima). Se quisermos comparar o que houve
com o preço desse produto no ano de 1985, diremos sem dificuldades que ocorreu um aumento
de 10%. Claro! (110-100=10).
Pois bem! O problema agora é o seguinte: queremos mudar a base dessa tabela! Ou
seja, queremos que o ano base deixe de ser 1984 e passe a ser outro qualquer! Por exemplo,
queremos que o ano base passe a ser o de 1981. O que faremos?
Ora, se a nova base vai ser o ano de 1981, naturalmente que o índice deste ano terá
que assumir o valor de 100. A pergunta: qual é seu valor atualmente? É 75! Então, teremos que
fazer uma operação matemática, para que 75 transformem-se em 100!
75 75 ⎛ 100 ⎞
= = 75 x⎜ ⎟ = 100
0,75 ⎛ 75 ⎞ ⎝ 75 ⎠
⎜ ⎟
⎝ 100 ⎠
Pronto! Com isso, nosso índice que antes era 75, agora passou a 100! Era isso o
que queríamos fazer!
O que nos resta agora é apenas saber que, a mesma operação que foi realizada
com o índice da nova base será também feita com todos os outros índices da tabela!
Ou seja, não vai mudar só o índice do ano-base: mudará toda a tabela! E a operação
será a mesma: dividir por 0,75. Teremos, portanto:
Chegaríamos a:
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Naturalmente que, na prova, não iremos construir toda a nova tabela! Iremos nos
fixar apenas no que for solicitado pelo enunciado! Uma questão versando sobre esse assunto
caiu na prova do AFRF-98, e pegou muita gente! Vejamos essa questão!
b) Basta a divisão por 0,75 para se obter a série de preços na nova base.
A mim, muito me parece que ambas estão corretas! Inclusive eu fiz essa prova, na
época, (minha primeira tentativa!), e embora pensando que estavam as duas opções
perfeitamente corretas, já tinha conhecimento das “malícias” da ESAF. Daí, pensando nisso,
marquei a letra D e acertei a questão!
Para fechar esta aula de hoje, vou resolver mais duas questões de Números Índices que
nem estão previstas na relação do nosso Curso, mas que eu não queria deixar de resolver.
Foram cobradas recentemente em concursos do AFRF. Vamos a elas!
Sol.: Uma questãozinha que se resolve só pela álgebra! Só precisamos saber que faturamento é
quantidade vezes preço! Ou seja:
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Sol.: Esta questão, que foi cobrada no primeiro concurso de 2002, exigiu o
conhecimento de um índice que, certamente, não estava (e nunca esteve!) no programa. Trata-
se do índice deflator, ou índice de desvalorização da moeda! Seu cálculo é dado pelo seguinte:
1
desvalorização = −1
IPo ,t
Onde IPo,t significa exatamente o índice de preço, e será calculado com base no valor
da inflação do período, da seguinte forma:
IPo,t=INFLAÇÃO+100%
Esta inflação foi fornecida pelo enunciado como sendo igual a 30%. Daí, teremos:
IPo,t=30%+100%=130%=1,30
⎛ 1 ⎞
desvalorização = ⎜ ⎟ − 1 = −0,2308 = −23,08%
⎝ 1,30 ⎠
O sinal negativo apenas indica que o dinheiro se desvalorizou naquele período. Daí,
chegamos à nossa resposta:
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É isso! Vou deixar a modéstia de lado e dizer o seguinte: você, meu caro aluno online,
dificilmente vai encontrar uma aula de Números Índices como esta.
Nem no meu livro (“Estatística Básica”, Ed. Campus) o capítulo dos números índices
está assim tão bem explicado.
E como vocês mesmo puderam ver, eu resolvi quase todas as questões do nosso
material que tratam deste assunto, de sorte que ficou apenas uma para você resolver em casa.
Assim, aí vai:
Dever de Casa
107. (AFRF-2005) Considerando-se os dados sobre os preços e as quantidades vendidas de
dois produtos em dois anos consecutivos, assinale a opção correta:
Produto I Produto II
Ano
P11 Q11 P21 Q21
1 40 6 40 2
2 60 2 20 6
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# Momentos Estatísticos:
Quem tenta estudar esse assunto por livros acadêmicos, em geral, faz uma salada na
cabeça. A primeira confusão é que o leitor acaba por não entender o que significa esse tal de
momento. Ou seja, não entende para que ele serve ou a que se aplica.
Então, para tentar dirimir qualquer espécie de atrapalho, simplifiquemos: o momento
estatístico é apenas uma fórmula, a qual será utilizada, eventualmente, no estudo de dois outros
assuntos: Assimetria e Curtose!
Ora, quando formos estudar, ainda hoje, a Assimetria e a Curtose, você irá compreender
perfeitamente o que ambos significam.
E o momento? O momento é, repito, meramente uma fórmula, que se fará necessária aos
cálculos de assimetria e curtose.
Resumindo: o momento é um assunto meio, para chegamos aos dois assuntos fim:
assimetria e curtose. Ok?
Só isso! Você não vai pegar no Momento. Não vai senti-lo. Vai simplesmente aplicá-lo.
Ok?
Assim, a respeito deste tema – Momentos Estatísticos – só precisaremos conhecer a
fórmula, e mais adiante veremos quando ela será aplicada. Mais nada!
A rigor, existem três tipos de momentos estatísticos. Porém, para efeito de resolução de
uma questão de prova, só iremos aplicar um deles.
É o seguinte.
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É este o tipo de Momento que precisamos conhecer, e bem. Será exatamente ele que
encontraremos nas nossas fórmulas de Assimetria e Curtose. Vejamos como se calcula este
Momento para rol, dados tabulados e distribuição de freqüências. Teremos:
Æ Para o rol:
Usaremos o seguinte:
∑ (Xi − X )
r
mr =
n
∑ (Xi − X )
2
m2 =
n
Agora olhemos bem para a fórmula acima. É semelhante a uma medida que já
conhecemos, que é justamente a Variância. Daqui, extraímos mais esta conclusão: O Momento
de Segunda Ordem Centrado na Média Aritmética de um conjunto é o mesmo que a sua
Variância.
Teremos que:
∑ (Xi − X ) . fi
r
mr =
n
Creio que todos já tenham percebido: da fórmula do momento para um rol para a
fórmula dos dados tabulados, seguimos aquela nossa velha conhecida transição! A mesma
transição que usamos para memorizar cálculos da média, do desvio absoluto, do desvio padrão,
da variância etc.
A mesma transição, obviamente, vai-se verificar também na transição da fórmula dos
dados tabulados para a da distribuição de freqüências. Teremos:
∑ (PM − X ) . fi
r
mr =
n
Observação: Notemos que as fórmulas dos Momentos não sofrem a Correção de Bessel.
Recordando um pouco, a correção de Bessel nada mais é do que o “menos 1”, colocado no
denominador das fórmulas do Desvio-Padrão e da Variância, quando o conjunto trazido pela
questão representar uma amostra. Portanto, não esqueçamos disso: Correção de Bessel é
somente para Desvio Padrão (S) e para Variância (S2).
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Exemplo: Consideremos o conjunto abaixo.
Xi fi
0 -- 4 1
4 -- 8 2
8 --12 2
12 -- 16 1
∑ (PM − X ) . fi
3
m3 =
n
Ora, como o Momento será centrado na Média, o primeiro passo será, necessariamente,
calcular o X.
Como próximo passo, construiremos a coluna dos Pontos Médios (PM). Teremos,
portanto:
Xi Fi PM
0–4 1 2
4 -- 8 2 6
8 --12 2 10
12 -- 16 1 14
Xi fi PM (PM- X )
0 -- 4 1 2 -6
4 -- 8 2 6 -2
8 --12 2 10 2
12 -- 1 14 6
16
Xi fi PM (PM- X ) (PM- X )3
0 -- 4 1 2 -6 -216
4 -- 8 2 6 -2 -8
8 --12 2 10 2 8
12 -- 16 1 14 6 216
Observemos que não é preciso “decorar” esta seqüência de passos. Basta olharmos para
a fórmula – que será nossa guia – e veremos o que já dispomos e o que precisamos encontrar.
Daí, saberemos imediatamente qual será nosso passo seguinte.
O que nos falta agora é acharmos a coluna do [(PM- X )3.fi] e determinarmos seu
somatório. Teremos, portanto:
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∑ (PM − X ) . fi
3
0
m3 = Æ m3 = = 0 Æ Resposta!
n 6
Xi fi
0 -- 4 1
4 -- 8 2
8 --12 2
12 -- 16 1
∑ (PM − X ) . fi
4
m4 =
n
Uma vez que se trata do mesmo conjunto do exemplo anterior, saltaremos aqui os
passos iniciais e apresentaremos já a coluna do (PM- X ). Teremos:
Xi fi PM (PM- X )
0 -- 4 1 2 -6
4 -- 8 2 6 -2
8 --12 2 10 2
12 -- 16 1 14 6
Xi fi PM (PM- X ) (PM- X )4
0-4 1 2 -6 1296
4–8 2 6 -2 16
8 – 12 2 10 2 16
12 – 16 1 14 6 1296
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∑ (PM − X ) . fi
4
2656
m4 = Æ m4 = = 442,67 Æ Resposta!
n 6
mr = ; mr = ou mr =
n n n
# Medidas de Assimetria:
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Æ Distribuição Simétrica:
Média=Mediana=Moda
Somente este conhecimento já seria suficiente para acertarmos uma questão que
perguntasse apenas se o conjunto é simétrico, ou assimétrico à esquerda ou à direita.
Na questão, nossa primeira preocupação será saber qual dos métodos está sendo
requerido. E a segunda, naturalmente, será conhecer a fórmula solicitada.
A=
(Q3 + Q1 − 2Md )
(Q3 − Q1)
Onde:
- Q1 é o primeiro Quartil;
- Q3 é o terceiro Quartil;
- Md é a Mediana.
Uma boa forma de memorizar esta fórmula, seria usando as seguintes etapas:
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A= Q3 Q1
Q3 Q1
Q3 + Q1
A=
Q3 − Q1
Q3 + Q1 − 2 Md
A=
Q3 − Q1
Acerca desta fórmula, convém sabermos que se o índice der positivo, isso indica uma
Curva de Assimetria Positiva (Curva Assimétrica à Direita). Se negativo, teremos uma Curva de
Assimetria Negativa (Curva Assimétrica à Esquerda).
No mais, precisaremos saber como calcular os Quartis, que são um tipo de Medida
Separatriz. Adianto a vocês que as medidas separatrizes – Quartis, Decis e Percentis – são
obtidas pelo mesmíssimo procedimento que se usa para determinar o valor da Mediana de um
conjunto. A Mediana, em si, já é também uma medida separatriz. (Além de ser uma medida de
tendência central).
Como o próprio nome sugere, medida separatriz é aquela que separa. Ela divide o
conjunto em um número de partes iguais.
Já sabemos que a Mediana divide o conjunto ao meio, de sorte que só existe uma
mediana.
O Quartil, por sua vez, divide o conjunto em quatro partes. Assim, existem três quartis: o
Q1 (primeiro quartil), o Q2 (segundo quartil) e o Q3 (terceiro quartil).
O Decil divide o conjunto em dez partes iguais. De sorte que existem nove decis. Claro!
Só precisamos marcar nove pontos em uma reta para ela seja dividida em dez partes!
Concordam? Assim, haverá o D1, D2, D3, D4, D5, D6, D7, D8, D9 e D10.
Finalmente, o Percentil (ou Centil) divide o conjunto em cem partes iguais. Existem,
portanto, noventa e nove percentis (P1, P2, P3, ..., P99).
Vamos aprender de vez como se calculam estas medidas separatrizes.
Estão todos lembrados que para calcular a Mediana de uma distribuição de freqüências,
nós utilizamos uma fração logo no início do procedimento? Sim? Trata-se da fração da Mediana,
que é a (n/2).
Pois bem! Cada uma das demais separatrizes terá sua própria fração. E é somente isso!
Conhecida a fração da medida separatriz que se deseja calcular, todo o restante do
procedimento é idêntico ao que já conhecemos para calcular a mediana!
E é muito fácil saber qual é esta fração! Senão vejamos.
Qual a fração do primeiro quartil (Q1)?
Ora, o quartil divide o conjunto em quantas partes? Em quatro partes. Daí, faremos logo:
Æ n/4.
O 1 do Q1 vai acompanhar o n do numerador. Assim, teremos:
Æ Fração do Q1 = 1n/4.
Este 1 multiplicando não precisa aparecer. Então fica só (n/4) mesmo!
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E a fração do Q3, qual será?
Ora, o quartil divide o conjunto em quatro partes. Daí, o começo da fração é: n/4.
Só que estamos interessados no Q3. Assim, esse 3 vai para o numerador, acompanhar o
n. Ficaremos, pois, que a fração do Q3 é: (3n/4).
E assim por diante!
Vejamos a fração do primeiro decil D1, por exemplo. O decil divide o conjunto em dez
partes iguais. Logo, o início da fração é (n/10). O 1 do D1 vai para o numerador, e teremos:
(1n/10), que fica apenas (n/10).
Qual a fração do sétimo decil (D7)? Já adivinhou? Começamos com n/10, uma vez que o
decil divide o conjunto em dez partes. Agora, o 7 do D7 vai para o numerador, e teremos,
enfim, que a fração do D7 é (7n/10).
Creio que agora tudo ficou esclarecido. Sim?
Vejamos. Eu quero que você me diga qual a fração do P35 (trigésimo quinto percentil).
Você saberia dizer qual é? Claro! Primeiro, pensaremos que o percentil divide o conjunto em
cem partes iguais. Assim, começaremos por n/100. E agora, o 35 do P35 vai para o numerador,
e teremos, finalmente, que a fração do P35 é (35n/100).
Certo? Tudo entendido?
Ótimo! Uma vez sabendo qual a fração que inicia o cálculo da medida separatriz
desejada, o restante, conforme dito há pouco, é só seguir a receita de bolo que aprendemos
para calcular a mediana!
Com o exemplo resolvido abaixo, estou certo que tudo ficará ainda mais compreendido!
AFRF-2002.2: O atributo do tipo contínuo X, observado como um inteiro, numa amostra de
tamanho 100 obtida de uma população de 1000 indivíduos, produziu a tabela de freqüências
seguinte:
Classes Freqüência (fi)
29,5 – 39,5 4
39,5 – 49,5 8
49,5 – 59,5 14
59,5 – 69,5 20
69,5 – 79,5 26
79,5 – 89,5 18
89,5 – 99,5 10
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2o Passo) Construiremos a coluna da freqüência absoluta acumulada crescente (fac):
Classes fi fac↓
29,5 – 39,5 4 4
39,5 – 49,5 8 12
49,5 – 59,5 14 26
59,5 – 69,5 20 46
69,5 – 79,5 26 72
79,5 – 89,5 18 90
89,5 – 99,5 10 100
n=100
3o Passo) Passamos às perguntas comparativas dos valores da fac com o valor de referência
(n/2). Teremos:
Classes fi fac↓
29,5 – 39,5 4 4 Æ 4 é ≥ 50? Não!
39,5 – 49,5 8 12 Æ 12 é ≥ 50? Não!
49,5 – 59,5 14 26 Æ 26 é ≥ 50? Não!
59,5 – 69,5 20 46 Æ 46 é ≥ 50? Não!
69,5 – 79,5 26 72 Æ 72 é ≥ 50? SIM!
79,5 – 89,5 18 90
89,5 – 99,5 10 100
n=100
10
26
Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
10 x
26 4
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(4x10)/26 Æ X=1,54
Finalmente, o que falta ser feito é apenas somar o limite inferior da classe mediana ao
valor do X que acabamos de calcular. Teremos:
Æ Md=69,5+1,54 Æ Md=71,04
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Este valor vai ficar guardado, de molho, esperando o final da resolução! Adiante!
Classes fi fac↓
29,5 – 39,5 4 4 Æ 4 é ≥ 25? Não!
39,5 – 49,5 8 12 Æ 12 é ≥ 25? Não!
49,5 – 59,5 14 26 Æ 26 é ≥ 25? SIM!
59,5 – 69,5 20 46
69,5 – 79,5 26 72
79,5 – 89,5 18 90
89,5 – 99,5 10 100
n=100
14
Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
10 x
14 13
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(10x13)/14 Æ X=9,28
Somando este x com o limite inferior da classe, teremos:
Æ Q1=49,5+9,29 Æ Q1=58,78
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1o Passo) Calculamos o valor da fração do Q3, que é, conforme sabemos: (3n/4).
2o Passo) Uma vez que já temos a coluna da fac, passemos às perguntas de praxe:
Classes fi fac↓
29,5 – 39,5 4 4 Æ 4 é ≥ 75? Não!
39,5 – 49,5 8 12 Æ 12 é ≥ 75? Não!
49,5 – 59,5 14 26 Æ 26 é ≥ 75? Não!
59,5 – 69,5 20 46 Æ 46 é ≥ 75? Não!
69,5 – 79,5 26 72 Æ 72 é ≥ 75? Não!
79,5 – 89,5 18 90 Æ 90 é ≥ 75? SIM!
89,5 – 99,5 10 100
n=100
Achamos nossa Classe do Terceiro Quartil: é a penúltima classe (79,5 – 89,5). Daí,
construindo o desenho, teremos:
10
18
Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
10 x
18 3
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(3x10)/18 Æ X=1,67
Somando x com o limite inferior da classe, teremos:
Æ Q3=79,5+1,67 Æ Q3=81,17
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Q3 + Q1 − 2Md 81,17 + 58,78 − 2 x71,04
A= Æ A=
Q3 − Q1 81,17 − 58,78
Æ E: A = −0,095 Æ Resposta!
À primeira vista, parece ser uma questão bem mais demorada do que fato é. Na hora da
prova, com o candidato já bastante “treinado”, realmente não se perde muito tempo nesta
resolução. Mesmo porque é um procedimento bastante repetitivo, e que deverá estar,
certamente, automatizado pelo aluno.
A=
(X − Mo)
S
Onde:
- X é a Média Aritmética;
- Mo é a Moda; e
- S é o Desvio-Padrão do conjunto.
Observando bem esta fórmula que define o Primeiro Coeficiente de Pearson, verificamos
que o sinal da assimetria será definido pelo seu numerador. Assim, apenas comparando os
valores da Média Aritmética e da Moda, saberemos qual o tipo de assimetria da distribuição.
A=
(
3 X − Md )
S
Onde:
- X é a Média Aritmética;
- Md é a Mediana; e
- S é o Desvio-Padrão do conjunto.
Aqui, para este Segundo Coeficiente de Pearson, observamos que o sinal da assimetria
será definido apenas comparando os valores da Média Aritmética e da Mediana do conjunto.
Teremos, portanto:
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Estes dois Coeficientes de Assimetria de Pearson não costumavam ser muito exigidos em
provas de Estatística Básica dos concursos. Tal foi, portanto, a surpresa dos candidatos que
enfrentaram a prova do AFRF 2002.1. Vejamos a questão abaixo:
AFRF-2002.1: Em um ensaio para o estudo da distribuição de um atributo financeiro (X), foram
examinados 200 itens de natureza contábil do balanço de uma empresa. Esse exercício produziu
a tabela de freqüências abaixo. A coluna Classes representa intervalos de valores de X em reais
e a coluna P representa a freqüência relativa acumulada. Não existem observações coincidentes
com os extremos das classes.
Classes P (%)
70 – 90 5
90 – 110 15
110 – 130 40
130 – 150 70
150 – 170 85
170 – 190 95
190 – 210 100
a) 3/S
b) 4/S
c) 5/S
d) 6/S
e) 0
Sol.: Para resolvermos esta questão, precisaríamos inicialmente trabalhar com as colunas de
freqüências, para chegarmos à freqüência absoluta simples – fi. O resultado deste
procedimento, já realizado para este enunciado em aulas anteriores, é o seguinte:
Classes Fac↓ Fi fi
70 – 90 5% 5% 10
90 – 110 15% 10% 20
110 – 130 40% 25% 50
130 – 150 70% 30% 60
150 – 170 85% 15% 30
170 – 190 95% 10% 20
190 – 210 100% 5% 10
A=
(X − Mo)
S
Na primeira questão desta prova, já havia sido exigido o cálculo da Média. Inclusive já a
fizemos, em oportunidade anterior, na página 6 da nossa aula 5, para ser mais preciso!
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70-90 5% 5% 10 80 0
90-110 15% 10% 20 . 1
110-130 40% 25% 50 . 2
130-150 70% 30% 60 . 3
150-170 85% 15% 30 . 4
170-190 95% 10% 20 . 5
190-210 100% 5% 10 . 6
n=200
70-90 5% 5% 10 80 0 0
90-110 15% 10% 20 . 1 20
110-130 40% 25% 50 . 2 100
130-150 70% 30% 60 . 3 180
150-170 85% 15% 30 . 4 120
170-190 95% 10% 20 . 5 100
190-210 100% 5% 10 . 6 60
n=200 580
Xi Yi Y = 2,9
2º)+80 1º)x20
Agora, tudo o que temos a fazer é descobrir o valor da Moda desta distribuição de
freqüências. Seguiremos os passos já nossos conhecidos para isso:
Classes fi
70 – 90 10
90 – 110 20
110 – 130 50
130 – 150 60
150 – 170 30
170 – 190 20
190 – 210 10
Xi fi
70 – 90 10
90 – 110 20
110 – 130 50
130 – 150 60 Æ Classe Modal! Æ (a de maior fi)
150 – 170 30
170 – 190 20
190 – 210 10
Xi fi
70 – 90 10
90 – 110 20
110 – 130 50 Æ Classe Anterior: Δa=60-50 Æ Δa=10
130 – 150 60 Æ Classe Modal!
150 – 170 30 Æ Classe Posterior: Δp=60-30 Æ Δp=30
170 – 190 20
190 – 210 10
⎛ Δa ⎞
Segundo Czuber, teremos que: Mo = l inf + ⎜⎜ ⎟⎟ ⋅ h
⎝ Δa + Δp ⎠
⎛ 10 ⎞
Daí: Mo = 130 + ⎜ ⎟ ⋅ 20 Æ E: Mo=135
⎝ 10 + 30 ⎠
A=
(X − Mo) Æ A=
(138 − 135)
S S
3
Æ A= Æ Resposta!
S
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# Índice Momento de Assimetria:
m3
A=
S3
Onde:
- m3 é o Terceiro Momento Centrado na Média Aritmética; e
- S3 é o Desvio-Padrão, elevado à terceira potência.
Para efeitos mnemônicos, lembraremos deste cálculo como sendo a Fórmula do 3, uma
vez que é o único algarismo que aparece nela.
Trata-se de um índice cuja aplicação não é das mais rápidas. Vamos relembrar como se
calculam os elementos deste índice.
No numerador, teremos m3, que é terceiro momento (ou momento de terceira ordem),
cuja fórmula aprendemos já nesta aula de hoje, e que é dado por:
∑ (PM − X ) . fi
3
m3 =
n
∑ (PM − X ) . fi ⎟
3
⎛ 2 ⎞
⎜
S =⎜
3
⎟
⎜ n ⎟
⎝ ⎠
∑ (PM − X ) . fi
3
A= n
∑ (PM − X ) . fi ⎟
3
⎛ 2 ⎞
⎜
⎜ ⎟
⎜ n ⎟
⎝ ⎠
Percebemos, portanto, que para encontrar o Índice Momento de Assimetria teríamos que
trabalhar o numerador e o denominador da fórmula isoladamente, para em seguida chegar ao
resultado. Exatamente como se fossem duas questões em uma só.
Vejam que escolhi algumas letras (E e F) para os somatórios das colunas que nos
interessarão, somente para efeitos de desenvolvermos o raciocínio a seguir.
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Nossa resolução, neste caso, se resumiria quase a uma transposição dos dados da tabela
para a fórmula. Teríamos, portanto:
F
A= n
3
⎛ E⎞
⎜ ⎟
⎜ n⎟
⎝ ⎠
Segue, abaixo, um sumário das fórmulas dos índices e coeficientes de Assimetria que
aprendemos hoje, e que seguramente poderão ser, eventualmente, cobrados nas próximas
provas de estatística dos concursos.
A=
(Q3 + Q1 − 2Md )
(Q3 − Q1)
Æ Índice Decílico de Assimetria:
D9 + D1 − 2Md
A=
D9 − D1
A=
(X − Mo)
S
A=
(
3 X − Md )
S
∑ (PM − X ) . fi
3
m3 n
A= Æ A=
∑( )
3
S3 ⎛ ⎞2
⎜ PM − X . fi ⎟
⎜ ⎟
⎜ n ⎟
⎝ ⎠
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# Medidas de Curtose:
O que significa analisar um conjunto quanto à Curtose? Significa apenas verificar o “grau
de achatamento da curva”. Ou seja, saber se a Curva de Freqüência que representa o conjunto é
mais “afilada” ou mais “achatada” em relação a uma curva padrão, chamada curva normal.
Curva Leptocúrtica
Curva Mesocúrtica
Curva Platicúrtica
Logo, como vemos acima, uma curva (um conjunto) poderá ser, quanto à sua Curtose:
- Mesocúrtica: ou de curtose média. “Meso” lembra meio. Esta curva está no meio
termo: nem muito achatada, nem muito afilada;
Em capítulos anteriores, vimos que existe uma relação estreita entre o valor das Medidas
de Tendência Central (Média, Moda e Mediana) e o comportamento da Assimetria de um
conjunto.
Todavia, quando se trata de Curtose, não há como extrairmos uma conclusão sobre qual
será a situação da distribuição – se mesocúrtica, platicúrtica ou leptocúrtica – apenas
conhecendo os valores da Média, Moda e Mediana.
C=
(Q3 − Q1 )
2(P90 − P10 )
Onde:
- Q3 é o terceiro quartil;
- Q1 é o primeiro quartil;
- P90 é o nonagésimo percentil e
- P10 é o décimo percentil.
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C=
(Q3 − Q1 )
2(D9 − D1 )
Onde:
- Q3 é o terceiro quartil;
- Q1 é o primeiro quartil;
- D9 é o nono decil; e
- D1 é o primeiro decil.
Classes P(%)
70 – 90 5
90 – 110 15
110 – 130 40
130 – 150 70
150 – 170 85
170 – 190 95
190 - 210 100
Entende-se por curtose de uma distribuição seu grau de achatamento em geral medido
em relação à distribuição normal. Uma medida de curtose é dada pelo quociente k = Q / (P90-
P10), onde Q é a metade da distância interquartílica e P90 e P10 representam os percentis de
90% e 10%, respectivamente. Assinale a opção que dá o valor da curtose k para a distribuição
de X.
a) 0,263
b) 0,250
c) 0,300
d) 0,242
e) 0,000
Sol.:
No enunciado, o elaborador tentou complicar um pouco a compreensão da fórmula do
índice percentílico de Curtose. Além disso, usou Percentis em lugar de Decis. Todavia, sabemos
perfeitamente que Décimo Percentil (P10) é o mesmo que Primeiro Decil (D1), e que
Nonagésimo Percentil (P90) é a mesma coisa que Nono Decil (D9).
Daí, tudo esclarecido. Usaremos, de fato, para encontrar esta resposta, o Índice
Percentílico de Curtose, exatamente da forma como o conhecemos:
C=
(Q3 − Q1 )
2(D9 − D1 )
Aproveitaremos que todo esse trabalho de encontrar os Quartis (Q1 e Q3) e os Decis (D1
e D9) já foram feitos para este mesmo enunciado, e reproduziremos aqui a resolução desta
questão.
Obviamente que todos perceberam que havia um trabalho preliminar a ser realizado, que
era exatamente o de chegarmos à coluna da freqüência absoluta simples – fi.
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Como já foi falado exaustivamente sobre este procedimento de usar o Caminho das
Pedras para chegar às freqüências desejadas, expomos a seguir o resultado destas operações e,
finalmente, a coluna da fi.
Classes Fac↓ Fi fi
70 – 90 5% 5% 10
90 – 110 15% 10% 20
110 – 130 40% 25% 50
130 – 150 70% 30% 60
150 – 170 85% 15% 30
170 – 190 95% 10% 20
190 – 210 100% 5% 10
Xi fi
70 !--- 90 10
90 !--- 110 20
110 !--- 130 50
130 !--- 150 60
150 !--- 170 30
170 !--- 190 20
190 !--- 210 10
n=200
Xi fi fac↓
70 !--- 90 10 10
90 !--- 110 20 30
110 !--- 130 50 80
130 !--- 150 60 140
150 !--- 170 30 170
170 !--- 190 20 190
190 !--- 210 10 200
n=200
3º Passo) Comparamos os valores da fac com o valor de (n/4), fazendo a pergunta de praxe,
adaptada ao primeiro quartil:
Xi fi fac↓
70 !--- 90 10 10 Æ 10 é maior ou igual a 50? NÃO!
90 !--- 110 20 30 Æ 30 é maior ou igual a 50? NÃO!
110 !--- 130 50 80 Æ 80 é maior ou igual a 50? SIM!
130 !--- 150 60 140
150 !--- 170 30 170
170 !--- 190 20 190
190 !--- 210 10 200
n=200
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20
50
Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
20 x
50 20
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(20x20)/50 Æ X=8,0
Somando x com o limite inferior da classe, teremos:
Æ Q1=110+8 Æ Q1=118,0
Sol.:
1º Passo) Encontraremos n e calcularemos (3n/4):
Xi fi
70 !--- 90 10
90 !--- 110 20
110 !--- 130 50
130 !--- 150 60
150 !--- 170 30
170 !--- 190 20
190 !--- 210 10
n=200
2º Passo) Já dispondo da coluna da fac, comparamos os valores da fac com o valor de (3n/4),
fazendo a pergunta de praxe, adaptada ao terceiro quartil:
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Xi fi fac↓
70 !--- 90 10 10 Æ 10 é maior ou igual a 150? NÃO!
90 !--- 110 20 30 Æ 30 é maior ou igual a 150? NÃO!
110 !--- 130 50 80 Æ 80 é maior ou igual a 150? NÃO!
130 !--- 150 60 140 Æ 140 é maior ou igual a 150? NÃO!
150 !--- 170 30 170 Æ 170 é maior ou igual a 150? SIM!
170 !--- 190 20 190
190 !--- 210 10 200
n=200
Como a resposta SIM surgiu na fac da quinta classe (150 !--- 170), diremos que esta
será nossa Classe do Terceiro Quartil.
20
30
Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
20 x
30 10
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(20x10)/30 Æ X=6,67
Somando x com o limite inferior da classe, teremos:
Æ Q3=150+6,67 Æ Q3=156,67
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Xi fi fac↓
70 !--- 90 10 10 Æ 10 é maior ou igual a 20? NÃO!
90 !--- 110 20 30 Æ 30 é maior ou igual a 20? SIM!
110 !--- 130 50 80
130 !--- 150 60 140
150 !--- 170 30 170
170 !--- 190 20 190
190 !--- 210 10 200
n=200
Achamos, portanto, que a classe correspondente (90 !--- 110) será nossa Classe do Primeiro
Decil!
20
20
Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
20 x
20 10
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(20x10)/20 Æ X=10,0
Somando x com o limite inferior da classe, teremos:
Æ D1=90+10 Æ D1=100,0
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Xi fi fac↓
70 !--- 90 10 10 Æ 10 é maior ou igual a 180? NÃO!
90 !--- 110 20 30 Æ 30 é maior ou igual a 180? NÃO!
110 !--- 130 50 80 Æ 80 é maior ou igual a 180? NÃO!
130 !--- 150 60 140 Æ 140 é maior ou igual a 180? NÃO!
150 !--- 170 30 170 Æ 170 é maior ou igual a 180? NÃO!
170 !--- 190 20 190 Æ 190 é maior ou igual a 180? SIM!
190 !--- 210 10 200
n=200
Achamos, portanto, que a classe correspondente (170 !--- 190) será nossa Classe do
Nono Decil.
20
20
Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
20 x
20 10
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(20x10)/20 Æ X=10,0
Somando x com o limite inferior da classe, teremos:
Æ D9=170+10 Æ D9=180,0
Æ C=
(Q3 − Q1 ) Æ C=
(156,6 − 118) Æ C = 0,242 Æ Resposta!
2(D9 − D1 ) 2(180 − 100)
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Æ Interpretação do Resultado do Índice Percentílico de Curtose:
A questão acima foi resolvida pela mera aplicação da fórmula do índice percentílico.
Todavia, questões haverá que solicitarão não apenas o resultado do índice, mas questionarão a
situação de curtose em que se encontra aquele conjunto. Ou seja, desejarão saber se a
distribuição será Mesocúrtica, Leptocúrtica, ou Platicúrtica.
Para a questão que resolvemos acima, por exemplo, tendo encontrado C=0,242,
concluiríamos que se tratava de uma distribuição Leptocúrtica, caso isso estivesse sendo
perguntado pela questão.
m4
C=
S4
Onde:
- m4 é o Momento de 4a Ordem Centrado na Média Aritmética; e
- S4 é o Desvio-Padrão do conjunto, elevado à quarta potência.
Como só aparece número “4” nesta fórmula, lembraremos dela como sendo a fórmula do
4.
Esta nos parece tão trabalhosa quanto a primeira (a do índice percentílico). Pois, na
verdade, teríamos que encontrar isoladamente o valor do numerador (que já é uma questão em
si) e depois o valor do denominador. As fórmulas seriam as seguintes:
∑ (PM − X ) . fi
4
m4 =
n
( )
2
⎡ PM − X . fi ⎤
∑
2
S4 = S( )2 2
=⎢ ⎥
⎢ n ⎥
⎣ ⎦
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∑ (PM − X ) . fi
4
C= n
( )
2
⎡ PM − X . fi ⎤
∑
2
⎢ ⎥
⎢ n ⎥
⎣ ⎦
Questão de prova que venha a exigir o cálculo deste índice Momento de Curtose deverá,
naturalmente, fornecer uma tabela já bastante completa, de modo que, apenas pelas colunas
fornecidas na distribuição, já tivéssemos condições chegar ao resultado.
Caso a prova nos dê na questão apenas uma tabela com a coluna das classes e a coluna
da freqüência absoluta simples, teríamos que fazer um trabalho bastante demorado para
chegarmos à resposta.
Classes fi
... ...
Daí, como primeiro passo, teríamos que encontrar o valor da Média do conjunto.
Provavelmente, seria mais rápido determinarmos o X se utilizarmos o método da Variável
Transformada. Então, construiríamos a coluna dos Pontos Médios – PM:
Classes fi PM
... ... ...
Classes fi PM (PM-1ºPM)=Yi
h
... ... ... ...
Y=
∑ Yi. fi
n
( Y x h ) e {( Y x h)+ 1ºPM} = X
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E a coluna (PM- X )2 :
Daí, vamos designar nomes aos somatórios das colunas que nos interessam, só para
enxergarmos melhor como será nossa conclusão:
∑ (PM − X ) . fi
4
C= n
( )
2
⎡ PM − X . fi ⎤
∑
2
⎢ ⎥
⎢ n ⎥
⎣ ⎦
E encontraríamos que:
⎛F⎞
⎜ ⎟
C = ⎝ ⎠2
n
Æ Resposta da Questão!
⎛E⎞
⎜ ⎟
⎝n⎠
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Interpretaremos o Índice Momento de Curtose da seguinte maneira:
Se C = 3 Æ A distribuição é MESOCÚRTICA;
Passemos à questão.
Assinale a opção correta. Considere para sua resposta a fórmula da curtose com base nos
momentos centrados e suponha que o valor de curtose encontrado é populacional.
Sol.: A questão foi bastante clara, ao definir que o índice de curtose a ser empregado será o
índice Momento. Daí, teremos que relembrar a fórmula:
∑ (PM − X ) . fi
4
m4 n
C= Æ C=
S4
( )
2
⎡ PM − X . fi ⎤
∑
2
⎢ ⎥
⎢ n ⎥
⎣ ⎦
Agora, reparemos nos dados fornecidos pelo enunciado. Observemos que o que ele
chamou de Xi é o nosso Ponto Médio, que chamamos de PM. Daí, não resta dúvida: já nos foram
fornecidos o numerador do m4 e o numerador do S4.
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Assim, teremos:
∑ (PM − X ) . fi
4
14.682.500
C= n Æ C= 100 Æ C = 2,44
( )
2 2
⎡ PM − X . fi ⎤ ⎡ 24.500 ⎤
∑
2
⎢ ⎥ ⎢⎣ 100 ⎥⎦
⎢ n ⎥
⎣ ⎦
É isso!
Esta aula já se tornou por demais repleta de informações!
Foi nosso penúltimo encontro! Na próxima aula, que será a última do nosso Curso,
resolverei as questões que ficarão pendentes de nosso dever de casa de hoje, e falarei sobre
mais alguma coisa que tenha sido esquecida.
Ok?
Forte abraço a todos! E fiquem com Deus!
Dever de Casa
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4, 5, 5, 6, 6, 6, 6, 7, 7, 7, 7, 7, 7, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 8, 9, 9, 9,
9, 9, 9, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 11, 11, 12, 12, 13, 13,14, 15, 15,
15, 16, 16, 18, 23
87. (AFTN-98) Pede-se a um conjunto de pessoas que executem uma tarefa manual
específica que exige alguma habilidade. Mede-se o tempo T que cada uma leva
para executar a tarefa. Assinale a opção que, em geral, mais se aproxima da
distribuição amostral de tais observações.
a) Espera-se que a distribuição amostral de T seja em forma de U, simétrica
e com duas modas nos extremos.
b) Espera-se que a distribuição amostral seja em forma de sino.
c) Na maioria das vezes a distribuição de T será retangular.
d) Espera-se que a distribuição amostral seja assimétrica à esquerda.
e) Quase sempre a distribuição será simétrica e triangular.
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Classes Freqüências
4-9 5
9-14 9
14-19 10
19-24 15
24-29 12
29-34 6
34-39 4
39-44 3
44-49 2
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(AFC-94 ESAF) Para a solução da questão seguinte, utilize a série estatística abaixo:
2 5 7 13
3 6 9 13
3 6 11 13
4 6 11 13
4 7 12 15
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(FTE-PA-2002/ESAF) A tabela de freqüências abaixo deve ser utilizada nas duas próximas
questões e apresenta as freqüências acumuladas (F) correspondentes a uma amostra da
distribuição dos salários anuais de economistas (Y) – em R$ 1.000,00, do departamento de
fiscalização da Cia. X. Não existem realizações de Y coincidentes com as extremidades das
classes salariais.
Classes F
29,5 - 39,5 2
39,5 - 49,5 6
49,5 - 59,5 13
59,5 - 69,5 23
69,5 - 79,5 36
79,5 - 89,5 45
89,5 - 99,5 50
05.(Técnico de Planejamento e Pesquisa IPEA 2004 ESAF) Para uma amostra aleatória de
determinado atributo encontrou-se a seguinte distribuição de freqüências. Não existem
observações coincidentes com os extremos das classes.
Classes Freqüências
2000 – 4000 18
4000 – 6000 45
6000 – 8000 102
8000 – 10000 143
10000 – 12000 32
12000 – 14000 60
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07.(Analista CVM - 2000/ ESAF) Uma firma distribuidora de eletrodomésticos está interessada
em estudar o comportamento de suas contas a receber em dois meses consecutivos. Com
este objetivo seleciona, para cada mês, uma amostra de 50 contas. As observações
amostrais constam da tabela seguinte:
a) 3.250,00 d) 6.000,00
b) 5.000,00 e) 2.000,00
c) 4.000,00
10.(AFTN-98) Os dados seguintes, ordenados do menor para o maior, foram obtidos de uma
amostra aleatória, de 50 preços (Xi) de ações, tomada numa bolsa de valores internacional.
A unidade monetária é o dólar americano.
11.(AFTN-98) Pede-se a um conjunto de pessoas que executem uma tarefa manual específica
que exige alguma habilidade. Mede-se o tempo T que cada uma leva para executar a tarefa.
Assinale a opção que, em geral, mais se aproxima da distribuição amostral de tais
observações.
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a) Espera-se que a distribuição amostral de T seja em forma de U, simétrica e com duas
modas nos extremos.
b) Espera-se que a distribuição amostral seja em forma de sino.
c) Na maioria das vezes a distribuição de T será retangular.
d) Espera-se que a distribuição amostral seja assimétrica à esquerda.
e) Quase sempre a distribuição será simétrica e triangular.
Sabe-se que o desvio padrão da distribuição de X é aproximadamente 10. Assinale a opção que
dá o valor do coeficiente de assimetria de Pearson que é baseado na média, na mediana e no
desvio padrão.
a) -0,600 c) 0,709 e) -0,610
b) 0,191 d) 0,603
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16. Para dados agrupados representados por uma curva de freqüências, as diferenças
entre os valores da média, da mediana e da moda são indicadores da assimetria da
curva. Indique a relação entre essas medidas de posição para uma distribuição
negativamente assimétrica.
a) A média apresenta o maior valor e a mediana se encontra abaixo da moda.
b) A moda apresenta o maior valor e a média se encontra abaixo da mediana.
c) A média apresenta o menor valor e a mediana se encontra abaixo da moda.
d) A média, a mediana e a moda são coincidentes em valor.
e) A moda apresenta o menor valor e a mediana se encontra abaixo da média.
17. Uma empresa verificou que, a idade média dos consumidores de seu principal produto
é de 25 anos, considerada baixa por seus dirigentes. Com o objetivo de ampliar sua
participação no mercado, a empresa realizou uma campanha de divulgação voltada
para consumidores com idades mais avançadas. Um levantamento realizado para
medir o impacto da campanha indicou que as idades dos consumidores apresentaram
a seguinte distribuição:
Idade (X) Freqüência Porcentagem
18 !--- 25 20 40
25 !--- 30 15 30
30 !--- 35 10 20
35 !--- 40 5 10
Total 50 100
Produto I Produto II
Ano
P11 Q11 P21 Q21
1 40 6 40 2
2 60 2 20 6
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19. Para uma amostra de dez casais residentes em um mesmo bairro, registraram-se os
seguintes salários mensais (em salários mínimos):
Identificação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
do casal
Salário do 30 25 18 15 20 20 21 20 25 27
marido (Y)
Salário da 20 25 12 10 10 20 18 15 18 23
esposa (X)
Sabe-se que:
∑ ∑ ∑
10 10 10
i −1
Yi = 221 i −1
Yi 2 = 5069 i −1
XiYi = 3940
∑ ∑
10 10
i −1
Xi = 171 i −1
Xi 2 = 3171
Assinale a opção cujo valor corresponda à correlação entre os salários dos homens e os
salários das mulheres.
a) 0,72 b) 0,75 c) 0,68 d) 0,81 e)0,78
20. Assinale a opção que expresse a relação entre as médias aritmética ( X ), geométrica
(G) e harmônica (H), para um conjunto de n valores positivos (X1, X2, ... , Xn):
a) G ≤ H ≤ X , com G=H= X somente se os n valores forem todos iguais.
b) G ≤ X ≤ H, com G= X =H somente se os n valores forem todos iguais.
c) X ≤ G ≤ H, com X =G=H somente se os n valores forem todos iguais.
d) H≤ G ≤ X , com H=G= X somente se os n valores forem todos iguais.
e) X ≤ H ≤ G, com X =H=G somente se os n valores forem todos iguais.
Produto A 39 33 25 30 41 36 37
Produto B 50 52 47 49 54 40 43
Vou fazer todo o possível para disponibilizar estas resoluções acima nos primeiros dias
da semana que vem.
Continuo, meus queridos, contando com a amizade e com a compreensão de todos
vocês!
Um forte abraço a todos! E fiquem com Deus!
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Sol.: A primeira coisa a ser feita nesta resolução é colocar os dados brutos apresentados no
enunciado numa forma de rol. Ou seja, colocá-los em ordem crescente! Teremos:
Æ 8, 10, 16, 20, 22, 24, 26, 28, 30, 36, 40, 42
Feito isso, aprendemaos que para encontrar algum Quartil em um rol, antes temos que
descobrir quem é a Mediana do conjunto! Uma vez descoberta a Mediana, dividiremos o
conjunto original em duas partes: a parte dos elementos à esquerda da Mediana, e a parte dos
elementos à direita da Mediana.
Até aqui, tudo bem? Vamos fazer isso! Teremos:
Æ 8, 10, 16, 20, 22, 24, 26, 28, 30, 36, 40, 42
Md=(24+26)/2
Md=25
Æ {8, 10, 16, 20, 22, 24} e {26, 28, 30, 36, 40, 42}
Pois bem! Agora é o seguinte: o primeiro quartil Q1 será a Mediana do conjunto da
esquerda, enquanto o terceiro quartil Q3 será a Mediana do conjunto da direita!
Só isso!
Como a questão quer saber o primeiro quartil, teremos:
Æ {8, 10, 16, 20, 22, 24}
Md=(16+20)/2
Md=18 Æ Q1=18 Æ Resposta!
(AFC-94 ESAF) Para a solução da questão seguinte, utilize a série estatística abaixo:
2 5 7 13
3 6 9 13
3 6 11 13
4 6 11 13
4 7 12 15
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Sol.: Vamos seguir o mesmíssimo raciocínio da questão anterior! Aqui, os elementos já estão
em rol. Assim, descobriremos, por primeiro, quem é a Mediana do conjunto! Teremos:
Æ {2, 3, 3, 4, 4, 5, 6, 6, 6} e {9, 11, 11, 12, 13, 13, 13, 13, 15}
Q1=4 Q3=13
Sol.: Vamos calcular as três medidas de posição para esta distribuição de freqüências.
Comecemos pela Média. Teremos:
170
Æ Y = = 1,7
100
1º)-2,5 2º)÷5
Xi Yi Y = 1,7
2º)+2,5 1º)x5
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Daí:
Æ 1,7 x 5 = 8,5 e 8,5 + 2,5 = 11,0 Æ Média!
Calculemos a Mediana do conjunto! Teremos: (n/2)=50
classes fi fac
0 |— 5 20 20 Æ 20 é ≥ 50? Não!
5 |— 10 20 40 Æ 40 é ≥ 50? Não!
10 |— 15 40 80 Æ 80 é ≥ 50? Sim!
15 |— 20 10 90
20 |— 25 10 100
Total n=100
Faremos:
Limites da Classe: 10 Md 15
fac associadas: 40 50 80
10
40
Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
5 x
40 10
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(5x10)/40 Æ X=1,25
Finalmente, teremos:
Æ Md=10+1,25 Æ Md=11,25
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⎡ Δa ⎤
Æ Mo=linf+ ⎢ ⎥.h Æ Mo=10+[20/(20+30)].5 Æ Mo=12,0
⎣ Δa + Δp ⎦
Sol.: Aprendemos que o procedimento usado para se calcular qualquer medida separatriz é o
mesmo usado para o cálculo da Mediana, mudando apenas a fração inicial!
Assim, para o oitavo decil, temos que a fração será: (8n/10).
Sabendo que n=100 (a última fac!), então teremos: (8n/10)=80
Fazendo as perguntas de praxe, descobriremos qual é a classe do D8. Faremos:
Fazendo agora aquele mesmo desenho que aprendemos para a Mediana, só que agora
trabalhando com a classe do oitavo decil, teremos o seguinte:
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10
18
Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
10 x
18 8
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(8x10)/18 Æ X=4,44
Finalmente, teremos:
Æ D8=179,5+4,44 Æ D8=183,9 Æ Resposta!
05.(Técnico de Planejamento e Pesquisa IPEA 2004 ESAF) Para uma amostra aleatória de
determinado atributo encontrou-se a seguinte distribuição de freqüências. Não existem
observações coincidentes com os extremos das classes.
Classes Freqüências
2000 – 4000 18
4000 – 6000 45
6000 – 8000 102
8000 – 10000 143
10000 – 12000 32
12000 – 14000 60
Sol.: Agora não tem mais segredo!! Qual é a fração do P95? É a seguinte: (95n/100).
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Classes fi
2000 – 4000 18
4000 – 6000 45
6000 – 8000 102
8000 – 10000 143
10000 – 12000 32
12000 – 14000 60
n=400
Classes fi fac
2000 – 4000 18 18 Æ 18 é ≥ 380? Não!
4000 – 6000 45 63 Æ 63 é ≥ 380? Não!
6000 – 8000 102 165 Æ 165 é ≥ 380? Não!
8000 – 10000 143 308 Æ 308 é ≥ 380? Não!
10000 – 12000 32 340 Æ 340 é ≥ 380? Não!
12000 – 14000 60 400 Æ 400 é ≥ 380? Sim!
n=400
2000
60
Com esses quatro valores, formamos uma igualdade entre duas frações. A seguinte:
2000 x
60 40
Multiplica-se cruzando, e teremos: Æ X=(2000x40)/60 Æ X=1.333,33
Finalmente, teremos:
Æ P95=12.000+1.333,33 Æ P95=13.333,33 Æ Resposta!
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Sol.: A questão envolve uma transformação da variável. O que faremos? Claro! Faremos o
desenho de transformação! Que é o seguinte:
1º)-14 2º)÷4
Xi Zi Sz=1,10
2º)+14 1º)x4
07.(Analista CVM - 2000/ ESAF) Uma firma distribuidora de eletrodomésticos está interessada
em estudar o comportamento de suas contas a receber em dois meses consecutivos. Com
este objetivo seleciona, para cada mês, uma amostra de 50 contas. As observações
amostrais constam da tabela seguinte:
a) 3.250,00 d) 6.000,00
b) 5.000,00 e) 2.000,00
c) 4.000,00
Valor (R$) fi
1.000,00 6
3.000,00 13
5.000,00 12
7.000,00 15
9.000,00 4
n=50
Sol.: O enunciado nos pede, simplesmente, o conceito do terceiro momento central, o que é
sinônimo de terceiro momento centrado na média. Ora, para acertar esta questão só é preciso
conhecer a fórmula dos momentos! Aprendemos isso em uma de nossas aulas!
∑ (Xi − X )
3
Sol.: Uma questão muito fácil e recorrente! Aqui, precisaríamos lembrar a relação entre as
medidas de tendência central – média, moda e mediana – e a situação de assimetria de um
conjunto! A melhor forma de memorizar esta teoria é por meio do desenho das curvas
assimétricas, vistas por nós em aula pretérita do nosso Curso. São as seguintes:
Æ Distribuição Assimétrica à Direita (ou de Assimetria Positiva):
Æ Distribuição Simétrica:
Média=Mediana=Moda
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Uma vez que os dados da questão nos revelam que a Média é maior que a Mediana, e
esta é maior que a Moda, estamos, indubitavelmente, diante de uma distribuição assimétrica à
direita (ou de assimetria positiva)!
Logo: Letra A Æ Resposta!
10.(AFTN-98) Os dados seguintes, ordenados do menor para o maior, foram obtidos de uma
amostra aleatória, de 50 preços (Xi) de ações, tomada numa bolsa de valores internacional.
A unidade monetária é o dólar americano.
Sol.: Ora, estamos diante de um rol. Só precisamos conhecer o valor de duas medidas de
tendência central, e já teremos condições de afirmar qual a situação de assimetria deste
conjunto.
No caso, mais rápido é descobrir quem são a Mediana e a Moda.
A Mediana, inclusive, já havia sido objeto de uma questão anterior desta prova! Questão
esta já resolvida por nós neste Curso!
Mas façamos de novo, para não perder a viagem.
Temos que n=50 elementos. Logo, há duas posições centrais:
Æ 1ª) n/2=25ª e 2ª) a vizinha posterior: 26ª
Os elementos que ocupam estas duas posicoes centrais são: 9 e 9. Assim, fazendo a
média desses dois valores (o que não é, absolutamente, necessário!!), teremos: Md=9,0.
Agora, para saber a Moda do conjunto, basta ver qual foi o elemento que mais apareceu!
Qual foi? Foi o elemento 8. Logo: Mo=8,0.
Assim, tendo que a mediana é maior que a moda, já sabemos que o conjunto é
assimétrico à direita, ou de assimetria positiva. (Vide desenho da curva de freqüência da
questão anterior!).
Logo: Letra B Æ Resposta!
11.(AFTN-98) Pede-se a um conjunto de pessoas que executem uma tarefa manual específica
que exige alguma habilidade. Mede-se o tempo T que cada uma leva para executar a tarefa.
Assinale a opção que, em geral, mais se aproxima da distribuição amostral de tais
observações.
a) Espera-se que a distribuição amostral de T seja em forma de U, simétrica e com duas
modas nos extremos.
b) Espera-se que a distribuição amostral seja em forma de sino.
c) Na maioria das vezes a distribuição de T será retangular.
d) Espera-se que a distribuição amostral seja assimétrica à esquerda.
e) Quase sempre a distribuição será simétrica e triangular.
Sol.: Essa questão foi a mais atípica já elaborada pela Esaf (ou por qualquer outra mesa)! Eu
diria que foi uma grande viagem do elaborador... Saibam que esta questão foi causa de muita
polêmica, e que nunca mais, depois de 1998 (e nem antes!), se viu algo parecido em prova.
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Agora imagine que a linha horizontal é a linha do tempo, e que a linha vertical é a
produtividade que uma pessoa atinge, numa tarefa manual específica que exige alguma
habilidade.
Vamos soltar a imaginação! (Isso é muito necessário, diante de uma questão como
esta!).
Imagine que a atividade é fazer crochê. Você já deu uns pontos de crochê na vida?
Possivelmente não! Nem eu!
Pois bem! Imagine que há um grupo de pessoas que nunca fez crochê na vida, e que
essas pessoas recebem um curso relâmpago de cinco minutos. E cada uma começa o seu
trabalho manual. Ora, diante desta situação, vocês imaginam que a maior parte destas pessoas
vai levar pouco tempo ou vai levar muito tempo para desenvolver um pouco mais a habilidade e,
assim, alcançar uma produtividade melhor? Obviamente que levará muito tempo.
É o que está retratado na curva acima – a assimétrica à esquerda. Vejamos:
Esta área marcada em vermelho é a maior sob a curva, e representa a maior parte das
pessoas daquele grupo, as quais irão gastar mais tempo (vejam que a área está à direita do eixo
horizontal) para atingir uma produtividade maior (maior altura da curva).
Bem! Essa, pelo menos, foi a minha maneira de interpretar a questão.
Muita gente boa não conseguiu acertar. E soube até de professores com PhD que
tentaram anular esta questão, e não conseguiram!
Eu costumo dizer a meus alunos presencias que esta não é uma questão para se
preocupar. Por quê? Pela sua atipicidade! Cai uma vez em mil anos.
Ok?
Sigamos adiante!
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e) A moda, a mediana e a média aritmética são medidas de posição com valores expressos em
reais que pertencem ao domínio da variável a que se referem.
Correto! Traduzindo o que diz este item: os valores da média, moda e mediana estarão
sempre variando entre o menor e o maior elemento do conjunto! Só isso!
a) Para qualquer distribuição amostral, se a soma dos desvios das observações relativamente à
média for negativa, a distribuição amostral terá assimetria negativa.
A soma dos desvios em relação à média jamais poderá ser negativa! Diz a propriedade da média
que esta soma será sempre igual a zero! Item incorreto!
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1º)- X 2º)÷Sx
Xi Yi
Assim, se partirmos do lado da variável X com a média X , qual será a média a qual
chegaremos na variável Y? Teremos:
Æ X − X =0
Æ 0 ÷ Sx = 0
d) Para qualquer distribuição amostral pode-se afirmar com certeza que 95% das observações
amostrais estarão compreendidas entre a média menos dois desvios padrões e a média mais
dois desvios padrões.
Há dois erros neste texto. 1º) a propriedade visual do desvio padrão (de que trata este item)
não se aplica para qualquer distribuição. 2º) a referida propriedade trata apenas de uma
aproximação, e não de exatidão!
Sabe-se que o desvio padrão da distribuição de X é aproximadamente 10. Assinale a opção que
dá o valor do coeficiente de assimetria de Pearson que é baseado na média, na mediana e no
desvio padrão.
a) -0,600 c) 0,709 e) -0,610
b) 0,191 d) 0,603
Sol.: Precisaríamos aqui identificar qual foi a fórmula pedida pelo enunciado, para o cálculo da
Assimetria! Ora, o enunciado até que foi muito claro: tem que ser aquela fórmula na qual
constarão a Média, a Mediana e o Desvio-Padrão.
A=
(
3 X − Md )
S
213
Æ Y= = 3,227
66
Classes Fi Fac
4-9 5 5 Æ 5 é maior ou igual a 33? NÃO!
9-14 9 14 Æ 14 é maior ou igual a 33? NÃO!
14-19 10 24 Æ 24 é maior ou igual a 33? NÃO!
19-24 15 39 Æ 39 é maior ou igual a 33? SIM!
24-29 12 51
29-34 6 57
34-39 4 61
39-44 3 64
44-49 2 66
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Daí, faremos o desenho que nos ajuda a formar a regra de três, para descobrirmos o
valor da Mediana. Teremos:
5 (=24-19)
19 Md 24
24 33 39
15 (=39-24)
5 X
=
15 9
Daí:
3(22,64 − 22,00 )
A= Æ A=0,191 Æ Resposta!
10
16. Para dados agrupados representados por uma curva de freqüências, as diferenças
entre os valores da média, da mediana e da moda são indicadores da assimetria da
curva. Indique a relação entre essas medidas de posição para uma distribuição
negativamente assimétrica.
a) A média apresenta o maior valor e a mediana se encontra abaixo da moda.
b) A moda apresenta o maior valor e a média se encontra abaixo da mediana.
c) A média apresenta o menor valor e a mediana se encontra abaixo da moda.
d) A média, a mediana e a moda são coincidentes em valor.
e) A moda apresenta o menor valor e a mediana se encontra abaixo da média.
Sol.:
A ESAF cometeu dois enganos nesta questão: 1º) A questão é de Assimetria e este
assunto não está mais presente no edital do concurso de AFRF, e 2º) há duas alternativas
corretas na questão.
Vamos à solução!
X < Md < Mo
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17. Uma empresa verificou que, historicamente, a idade média dos consumidores de
seu principal produto é de 25 anos, considerada baixa por seus dirigentes. Com o
objetivo de ampliar sua participação no mercado, a empresa realizou uma campanha
de divulgação voltada para consumidores com idades mais avançadas. Um
levantamento realizado para medir o impacto da campanha indicou que as idades dos
consumidores apresentaram a seguinte distribuição:
2σ x
a) A campanha surtiu efeito, pois X -25=2,1 é maior que =1,53.
n
2σ x
b) A campanha não surtiu efeito, pois X -25=0 é menor que =1,64.
n
2σ x
c) A campanha surtiu efeito, pois X -25=2,1 é maior que =1,41.
n
2σ x
d) A campanha não surtiu efeito, pois X -25=0 é menor que =1,53.
n
2σ x
e) A campanha surtiu efeito, pois X -25=2,5 é maior que =1,41.
n
Sol.:
Para saber se a campanha surtiu efeito devemos efetuar o cálculo de duas medidas: X e
σ x . Mas o que significam os símbolos X e σ x ? A ESAF esqueceu de defini-los. O símbolo X já
é bem conhecido nosso, aparece em diversas provas e livros, ele significa a média aritmética.
Mas o símbolo σ x , que normalmente representa o desvio padrão populacional, não é tão
conhecido e a ESAF tinha o dever de informar.
Pela primeira vez a ESAF apresentou uma distribuição de freqüências em que as
amplitudes das classes não são todas iguais. A primeira classe tem amplitude 7, enquanto as
demais têm amplitude 5. Isso interfere um pouco na solução da questão, como mostraremos
adiante.
X =
∑fx i i
,
n
onde: Æ os xi são representados pelos pontos médios das classes (PMi).
Æ os fi são as freqüências absolutas simples das classes.
Æ n é o tamanho da amostra.
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Nesta questão, já foi fornecida a coluna de freqüências fi. Desta forma, podemos
imediatamente passar aos passos do cálculo da Média.
4) Efetuaremos o cálculo do Z :
⎛
Z =⎜
∑ f .zi i
⎞
⎟ Æ Z = − 20 Æ Z =-0,4
⎜ n ⎟ 50
⎝ ⎠
Z = X – 27,5
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Z = X – 27,5
Com este resultado, somente as alternativas A e C podem estar corretas. Para descobrir
a única alternativa correta teremos que proceder ao cálculo do desvio-padrão da variável X.
⎡ (∑ f )
⋅ xi ⎤
2
∑f
1
Fórmula da variância populacional: Vx = ⎢ ⋅ xi − ⎥
2 i
n⎢ ⎥
i
n
⎣ ⎦
Assim como no cálculo da média, aqui também utilizaremos a variável transformada
Z=X-27,5 para facilitar os cálculos da variância. Ou seja, primeiramente encontraremos a
variância de Z para depois obtermos a variância de X. Aproveitaremos a tabela feita no 3º
passo do cálculo da média, acrescentando a coluna fizi2 que pode ser obtida pelo produto das
colunas zi e fizi.
Idade (X) fi xi (=PMi) zi=xi–27,5 fi.zi fi.zi2
18 ו- 25 20 21,5 -6 -120 720
25 ו- 30 15 27,5 0 0 0
30 ו- 35 10 32,5 5 50 250
35 ו- 40 5 37,5 10 50 500
Total 50 -20 1470
⎡ (∑ f ⋅ zi ⎤
2
) 1 ⎡ (− 20)2 ⎤ [1462]
∑
1 1
Æ VZ = ⎢ f i ⋅ zi − ⎥ −
2 i
Æ VZ = ⎢1470 ⎥ Æ VZ =
n⎢ n ⎥ 50 ⎣⎢ 50 ⎦⎥ 50
⎣ ⎦
Æ VZ = 29,24
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Pela propriedade da soma e subtração da variância, temos que a variância não se altera
ao somarmos ou subtrairmos uma constante, daí a variância de X é igual a variância de Z:
VX = 29,24
Produto I Produto II
Ano
P11 Q11 P21 Q21
1 40 6 40 2
2 60 2 20 6
a) O índice de Laspeyres indica um aumento de 50% no nível de preços dos dois produtos,
enquanto o índice de Paasche indica uma redução de 50%.
b) Os fatores de ponderação no cálculo do índice de Laspeyres são 80 para o preço relativo do
produto 1 e 240 para o preço relativo do produto 2.
c) O índice de Laspeyres indica um aumento de 25% no nível de preços dos dois produtos,
enquanto o índice de Paasche indica uma redução de 75%.
d) Os fatores de ponderação no cálculo do índice de Paasche são 240 para o preço relativo do
produto 1 e 80 para o preço relativo do produto 2.
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e) O índice de Laspeyres indica um aumento de 25% no nível de preços dos dois produtos,
enquanto o índice de Paasche indica uma redução de 25%.
Sol.:
Esta é um questão de Números Índices que envolve o cálculo dos índices de Laspeyres e
Paasche de preço. Frequentemente a ESAF coloca o cálculo desses índices em suas provas,
então esta questão não deve ter sido surpresa para os candidatos.
A época base é o ano 1 e a época atual é o ano 2, pois os índices indicados nas
alternativas da questão mostram a evolução de preços do ano 1 para o ano 2.
La =
∑( p 2 ⋅ q1 )
∑( p 1 ⋅ q1 )
Pa =
∑( p 2 ⋅ q2 )
∑( p 1 ⋅ q2 )
60 × 6 + 20 × 2 6×6 + 2× 2 40 5
La = = = = = 1,25 = 125%
40 × 6 + 40 × 2 4×6 + 4× 2 32 4
60 × 2 + 20 × 6 6× 2 + 2×6 24 3
Pa = = = = = 0,75 = 75%
40 × 2 + 40 × 6 4× 2 + 4×6 32 4
Este resultado indica que houve uma variação de preços de -25% (=75%-100%), ou
seja, uma redução de 25%.
De acordo com estes resultados dos índices de Laspeyres e Paasche a alternativa correta
é a alternativa E.
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19. Para uma amostra de dez casais residentes em um mesmo bairro, registraram-se
os seguintes salários mensais (em salários mínimos):
Identificação do casal 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Salário do marido (Y) 30 25 18 15 20 20 21 20 25 27
Salário da esposa (X) 20 25 12 10 10 20 18 15 18 23
Sabe-se que:
Assinale a opção cujo valor corresponda à correlação entre os salários dos homens e
os salários das mulheres.
a) 0,72
b) 0,75
c) 0,68
d) 0,81
e) 0,78
Sol.:
Esta questão é uma simples aplicação da fórmula do Coeficiente de Correlação (r) que é
dada por:
(∑ X )(∑ Y )
∑X Y −
i i
i i
Æ r= n
(∑ X ) (∑ Y ) 2 2
∑ X − n ⋅ ∑Y − n
2 i 2 i
i i
3940 −
(171)(221)
Æ r= 10
3171 −
(171) 2
⋅ 5069 −
(221)2
10 10
Resolvendo, vem:
37791
3940 −
Æ r= 10
29241 48841
3171 − ⋅ 5069 −
10 10
3940 − 3779,1
Æ r=
3171 − 2924,1 ⋅ 5069 − 4884,1
160,9
Æ r=
246,9 ⋅ 184,9
160,9
Æ r=
246,9 ⋅ 184,9
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161
Æ r≅
45652
Neste ponto, temos que calcular a raiz quadrada de 45652. Vamos achá-la na base da
tentativa:
1002 = 10.000 (< 45652)
2002 = 40.000 (< 45652)
2102 = 44.100 (< 45652)
2202 = 48.400 (> 45652)
Daí, a raiz quadrada de 45652 é um valor entre 210 e 220. Usaremos esses dois valores
para encontrarmos o coeficiente de correlação (r):
A partir destes dois resultados, concluímos que o coeficiente de correlação linear está
entre 0,73 e 0,766, e, portanto, a alternativa correta é a alternativa B.
Sol.:
Esta foi a questão mais fácil da prova, pois bastava conhecer a propriedade conjunta das
médias aritmética, geométrica e harmônica para acertar a questão. Esta propriedade já havia
sido exigida recentemente na prova de Fiscal da Bahia, elaborada pela FCC, mas na ESAF nunca
havia sido cobrada. E eu sempre aviso em sala de aula, que não é importante saber as fórmulas
da média geométrica e harmônica, pois nunca foram objeto de prova, mas sim a propriedade
conjunta dessas médias.
Indicador Freqüência
0 ו- 2 10
2 ו- 6 20
4 ו- 6 240
6 ו- 8 410
8 ו- 10 120
Total 800
Sol.:
Aqui ocorre mais um erro da ESAF, a 2ª classe da distribuição de freqüências é 2 ו- 4 e
não 2 ו- 6 como está escrito acima.
A média aritmética de uma distribuição de frequências com classes é dada pela fórmula:
X =
∑fx i i
,
n
onde: Æ os xi serão representados pelos pontos médios das classes (PMi).
Æ os fi são as freqüências absolutas simples das classes.
Æ n é o tamanho da amostra.
Nesta questão, já foi fornecida a coluna de freqüências fi. Desta forma, podemos
Indicador fi xi (=PMi)
0 ו- 2 10 1
2 ו- 4 20 3
4 ו- 6 240 5
6 ו- 8 410 7
8 ו- 10 120 9
Total 800
Como todas as classes possuem a mesma amplitude, então faremos o cálculo usual da
variável transformada, ou seja, a variável transformada Z é obtida pela subtração da variável X
por um ponto médio qualquer da distribuição e posterior divisão do resultado pela amplitude da
classe.
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Indicador fi xi zi=xi-5
(=PMi) 2
0 ו- 2 10 1 -2
2 ו- 4 20 3 -1
4 ו- 6 240 5 0
6 ו- 8 410 7 1
8 ו- 10 120 9 2
Total 800
4) Efetuaremos o cálculo do Z :
Z=
∑ f .z i i
Æ Z=
610
Æ Z = 0,7625
n 800
5) Da relação entre Z e X, e do valor de Z , obteremos o X .
A relação que estabelecemos entre Z e X no segundo passo foi a seguinte:
Z=X–5
2
A relação entre as médias de Z e X é facilmente obtida, simplesmente substituindo-se X
por X e Z por Z , devido às propriedades da média aritmética. Teremos:
Z = X –5
2
Isolando o valor de X e substituindo o valor que encontramos para Z =0,7625, teremos:
Æ X = 2. Z + 5 Æ X = 2 . 0,7625 + 5 Æ X = 6,525
Acabamos de encontrar a média aritmética X ! Esta medida deve ser o ponto médio do
intervalo de limite inferior LI e limite superior LS. Por esse motivo, as alternativas C e D já
podem ser descartadas.
⎡ (∑ f )
⋅ xi ⎤
2
∑f
1
Vx = ⎢ ⋅ xi − ⎥
2 i
n⎢ ⎥
i
n
⎣ ⎦
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1 ⎡ (610)2 ⎤ 1 ⎡ 3721 ⎤ 1
[950 − 465,125]
Æ VZ = ⎢950 − ⎥ Æ VZ = ⎢950 − Æ VZ =
800 ⎣⎢ 800 ⎦⎥ 800 ⎣ 8 ⎥⎦ 800
484,75
Æ VZ =
800
O desvio padrão de X é igual a raiz quadrada de 2,42. O valor desta raiz está entre 1,5 e
1,6, assim consideraremos que o desvio padrão é aproximadamente 1,55.
LS = X + 2.dp
Substituindo os resultados que encontramos, teremos:
LI = X - 2.dp
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Substituindo os resultados que encontramos, teremos:
A alternativa que traz os valores corretos para os limites inferior e superior, com uma
casa decimal, é a alternativa E!
Produto A 39 33 25 30 41 36 37
Produto B 50 52 47 49 54 40 43
Sol.:
O coeficiente de variação é obtido pela divisão do desvio padrão pela média aritmética,
ou seja:
dp
CV =
X
Essa é a terceira questão da prova em que precisamos efetuar o cálculo da média e do
desvio padrão.
Æ Cálculo do CV do produto A.
39 33 25 30 41 36 37
X=
∑x i
39 + 33 + 25 + 30 + 41 + 36 + 37
Daí, X A = = 34,4
7
25 30 33 36 37 39 41
De acordo com o enunciado, não há dúvidas de que os dados apresentados são de uma
amostra, e, portanto, usaremos a fórmula da variância amostral:
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Vx =
1 ⎡
⎢ ∑ xi −
2 (∑ xi ) ⎤
2
⎥
n −1 ⎢ n ⎥
⎣ ⎦
Colocaremos esses valores em uma tabela, a fim de obtermos os somatórios: ∑x i e
∑x i
2
.
Xi Xi2
-8 64
-3 9
0 0
3 9
4 16
6 36
8 64
10 198
Daí: Vx =
1⎡
−
(10)2 ⎤ = 30,61
⎢198 ⎥
6⎣ 7 ⎦
3) Cálculo do CVA
dp A
O CVA é dado por: CV A =
XA
5,53
Substituindo os valores da média e do desvio padrão, teremos: CV A =
34,4
Resolvendo, vem: CV A = 0,161 = 16,1%
Æ Cálculo do CV do produto B.
50 52 47 49 54 40 43
50 + 52 + 47 + 49 + 54 + 40 + 43
Daí, X B = = 47,9
7
40 43 47 49 50 52 54
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Vx =
1 ⎡
⎢ ∑ xi −
2 (∑ xi ) ⎤
2
⎥
n −1 ⎢ n ⎥
⎣ ⎦
Colocaremos esses valores em uma tabela, a fim de obtermos os somatórios: ∑x
i e
∑x i
2
.
Xi Xi2
-7 49
-4 16
0 0
2 4
3 9
5 25
7 49
6 152
Daí: Vx =
1⎡
−
(6)2 ⎤ = 24,5
⎢152 ⎥
6⎣ 7 ⎦
3) Cálculo do CVB
dp B
O CVB é dado por: CVB =
XB
4,95
Substituindo os valores da média e do desvio padrão, teremos: CVB =
47,9
Resolvendo, vem: CVB = 0,103 = 10,3%
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